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Analise comportamental do filme Laranja mecânica

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PSICOLOGIA
ELENY ALVES GONSALVES RODRIGUES 
LAIANE FRANCO DE BRITO
ANÁLISE FÍLMICA: LARANJA MECÂNICA
Gurupi – TO, 2020.
INTRODUÇÃO
O objetivo deste artigo é construir uma definição de comportamento no Behaviorismo Radical onde Skinner defende que a maioria dos comportamentos humanos são condicionados de modo operante , um método de aprendizado que ocorre através de reforços (positivos ou negativos) e punições, o objetivo é entender a relação entre os comportamentos e entender a relação entre organismo e ambiente ,baseado nisto foi feito uma análise do filme Laranja mecânica.
LARANJA MECÂNICA: UMA ANÁLISE BEHAVIORISTA RADICAL.
A psicologia estuda a interação dos organismos e como eles se relacionam com o ambiente ao qual estão inseridos. Para melhor compreendê-lo e preciso saber a relação entre organismo, ambiente e as interações entre eles.
Quando falamos de organismo, referimos aos seres vivos do reino animal, ex. cachorro, papagaio, barata, rato etc. e os seres humanos. O ambiente e tudo aquilo que cerca o organismo como os objetos, cheiros, sons, fontes de calor ou frio, bem como o ambiente social que se trata das pessoas que nos cercam. A interação é a junção do organismo com o ambiente quando alterações em um provocam alterações em outro, alterações estas que podem ser involuntárias, e nesse caso elas são chamadas de reflexo. (MOREIRA, 2007)
Os reflexos são separados em duas categorias: inatos e reflexos aprendidos. Os reflexos inatos são também chamados de incondicionados, e os reflexos aprendidos são chamados de reflexos condicionados. Por definição, um comportamento inato é aquele que é geneticamente integrado em um organismo, ao invés de aprendido. Vemos um comportamento de reflexo inato, quando ao tentar fugir da casa, após matar a mulher, um de seus companheiros de gangue o golpeia com uma garrafa de leite. Alex fecha os olhos ao perceber que será golpeado, o ato de fechar os olhos ao pressentir uma situação de perigo se encaixa em comportamento inato, pois o organismo possui mecanismo de defesa, ou seja, instinto de sobrevivência. Quanto a reflexo aprendido, temos o experimento em si. Alex através do condicionamento Pavloviano, aprende que sempre ao pensar ou se envolver em atos criminosos irá ter reações de náuseas em seu corpo, o que o leva a evitar tais comportamentos. 
O condicionamento respondente é uma instância de controle de estímulo aplicado a operações de apresentação de estímulo em vez de contingências envolvendo operações de consequenciação. (CATANIA,2006) 
Para que o estímulo provoque a resposta, e necessário que haja a eliciação, que é a produção fidedigna de uma resposta por um estímulo nos reflexos incondicionados ou condicionados, esse processo se trata do comportamento respondente. (CATANIA,2006) 
[...] Um estímulo, originalmente neutro, estabelece a ocasião para um segundo estímulo, o estímulo incondicionado (US) que é a relação entre um estímulo e uma resposta que não depende de condicionamento prévio. Um reflexo condicionado é criado quando o estímulo neutro se torna um estímulo condicionado (CS), eliciando uma resposta devido à sua relação de contingência com o US. Essa resposta, uma resposta condicionada (CR), geral mente é relacionada à resposta incondicionado (UR) eliciada pelo US, mas não é necessariamente a mesma que a resposta incondicionada. (CATANIA,2006) 
Podemos identificar exemplos de comportamentos respondentes inatos/incondicionados no filme no momento do experimento onde um vídeo acompanhado da sinfonia de Bethoveen e apresentado para Alex, ele desesperadamente pede que tire, pois o “Bethoveen não tem nada a ver com isso, ele é inocente”, e a ausência da retirada da música, provoca reação de choro, agitação e gritos da parte de Alex. 
Assim como no condicionamento Pavloviano, onde uma a aprendizagem em que um estímulo previamente neutro passa, após o emparelhamento com um estímulo incondicionado, a eliciar uma resposta reflexa, ou seja, é o processo pelos quais os organismos aprendem novos reflexos. (MOREIRA, 2007)
Outro emprego do Paradigma Pavloviano está nos estudos das emoções. Emoções são respostas reflexas a estímulos ambientais relacionadas entre estímulos e respostas, ou seja, comportamentos respondentes. Se os organismos podem aprender novos reflexos, podem também aprender a sentir emoções (respostas emocionais) que não estão presentes em seu repertório comportamental quando nascem. (MOREIRA, 2007)
Em seus estudos Watson realizou um experimento para provar se o condicionamento Pavloviano era seria útil para estudar as emoções, seu objetivo era verificar se um humano poderia aprender a ter medo de algo que não tinha. O experimento foi realizado com um bebê, onde era exposto a um som estridente bem próximo, causando uma contração muscular seguida de choro. O barulho estridente é incondicionado para a resposta incondicionada de medo. Da mesma forma onde Pavlov associou a sineta junto a comida e teve a resposta da salivação, Watson associou o barulho estridente a apresentação de um rato albino, consequentemente, condicionou ao bebê a resposta emocional do medo diante do rato, mesmo sem este ser apresentado junto ao barulho estridente, pois ali foi condicionado (aprendido) o medo, denominamos tal processo de aprendizagem respondente. 
Esse tipo de aprendizagem é identificada no filme na mesma situação acima citada, quando de forma não planejada, os pesquisadores condicionam a aversão de tudo que é ato criminoso, violento e brutal à uma das músicas preferidas de Alex, que é a IX sinfonia de Beethoven, tornando o fato de ouvi-la causar náuseas e vomito ( reação da droga injetada anteriormente, para que seu efeito colateral seja associado as imagens apresentadas), gerando uma verdadeira tortura ao ponto dele tentar se matar. Antes Alex encontra prazer em tal canção, mas ao ser condicionado, mesma passa a causar as reações eliciadas. 
Ao ser aprendido, cabe apenas a dois procedimentos capazes de reverter os efeitos desse processo. O respondente condicionado que pode diminuir de intensidade à medida que a relação de contingência entre o estímulo condicionado e o incondicionado é quebrada, em um procedimento denominado extinção respondente. Ou seja, quando um CS é apresentado várias vezes, sem o US ao qual foi emparelhado, seu efeito eliciador se extingue gradualmente, fazendo com que o estímulo condicionado começa a perder a função de eliciar a resposta condicionada até não mais eliciar tal resposta. (MOREIRA, 2007). Após o experimento, por Alex evitar os atos criminosos, aos poucos ate seu linguajar (gírias) começam a se extinguir, e aos poucos ele já não faz, mas uso. Ele não foi condicionado para mudar sua forma de falar, sim para não cometer mais crimes. Porem o fato de não cometer mais crimes o leva a não utilizar seu linguajar específico, o que gerou a extinção respondente das gírias. 
O outro procedimento, denominado contra condicionamento, consiste em um novo emparelhamento entre o estímulo condicionado e outro estímulo que elicie resposta incompatível, condicionando uma resposta contrária àquela produzida pelo estímulo condicionado. (CATANIA,2006; MOREIRA,2007). Antes do experimento, ouvir Bethoveen dava prazer a Alex, era o momento onde ele tinha seus devaneios sobre atos criminosos, e então ao passar pelo experimento houve o contra condicionamento quando a música do Bethoveen passou a causar náuseas em Alex.
Após um determinado estímulo condicionado não eliciar mais uma determinada resposta condicionada, a força de um reflexo pode voltar espontaneamente. Podemos identificar um exemplo no filme quanto a grande perversão e ódio contidos dentro de Alex, que o leva a cometer seus atos inescrupuloso, ao passar pela experiencia, e exposto a cenas de violência após ser drogado para ter efeitos colaterais de náuseas e vomito. No início, ele acredita que irá gostar, pois está assistindo aquilo que ele mais gosta, porem ao final diz se sentir meio estranho. Nas demais atividades, a resposta da associação da violênciae as náuseas são obtidas com êxito. Houve a retirada do desejo de cometer crimes e perversidades. E foi assim por um tempo, até que Alex, ao ser exposto de forma intermitente a IX sinfonia de Beethoven, se joga da janela numa tentativa de suicídio. Após um longo período, onde não foi exposto a nenhum estimulo pois o mesmo se encontrava desacordado, Alex acorda em um hospital e de acordo com sua melhora física, Alex percebe que a música já não lhe causa náuseas, e que pensar em violência trás novamente a sensação prazerosa de antes do experimento. Esse fenômeno é conhecido como recuperação espontânea. Ou seja, a perversão ganhou forças novamente, após ter sido retirada. 
Além do comportamento respondente, existe um segundo tipo de comportamento que abrange o estudo sobre o comportamento humano e os organismos em geral que é o comportamento operante.
No condicionamento respondente, também chamado de condicionamento clássico, uma resposta é eliciada. No condicionamento operante, ela não é eliciada, ela é emitida. São os comportamentos aprendidos em função de suas consequências.
A diferença entre ser eliciada ou emitida está no fato de que a eliciada é extraída do organismo por um estímulo, por exemplo: se descascamos uma cebola, logo iremos chorar devido os gases emitidos pela cebola. Já no caso da resposta emitida, ela simplesmente aparece. Segundo Skinner (1979), elas vêm devido ao nosso histórico pessoal de experiencias que foram reforçadas no passado, como o fato de Alex cantar “I’m singing in the rain” enquanto cometia o espancamento e estrupo à casa do escritor, tal fato se dá por Alex associar seu prazer por músicas clássicas ao seus desejos mais insanos, o que fica claro quando ele retorna para sua casa e deitado em sua cama enquanto escuta suas músicas, fica se imaginando cometendo seus atos criminosos. 
Skinner (2003,p.71) diz que uma resposta que já ocorreu não pode, é claro, ser prevista ou controlada. Apenas podemos prever a ocorrência futura de respostas semelhantes. Desta forma, a unidade de uma ciência preditiva não é uma resposta, mas sim uma classe de respostas. Para descrever-se esta classe usar-se-á a palavra “operante”. O termo dá ênfase ao fato de que o comportamento opera sobre o ambiente para gerar consequências. As consequências definem as propriedades que servem de base para a definição da semelhança de respostas. O termo será usado tanto como adjetivo (comportamento operante) quanto como substantivo para designar o comportamento definido para uma determinada consequência. No experimento de Pavlov, contudo, um reforço é associado a um estímulo, enquanto no comportamento operante é contingente a uma resposta, como o mecanismo adotado no bar, onde ao acionar um botão, sai leite do seio de uma boneca. 
De acordo com Moreira (2007), o comportamento produz consequências e é controlado por elas; sendo assim, algumas dessas consequências aumentam a probabilidade de o comportamento voltar a ocorrer. Skinner chama essas consequências de reforço. O reforço nada mais é do que um tipo de consequência do comportamento que aumenta a probabilidade de um determinado comportamento voltar a ocorrer.
Segundo Skinner, o reforçamento de um comportamento tem dois efeitos, ele fortalece o comportamento e gratifica a pessoa, porem e importante saber que reforço e recompensa não são sinônimos. Ou seja, uma consequência reforçadora pode ser recompensadora ou prazerosa para uma pessoa, mas nem sempre é o caso. Por exemplo, Alex precisava ir à escola, afinal de contas ainda era adolescente, porem ele considerava o fato de ir à escola chato, desinteressante e não-recompensador. Por isso, sempre sentia dores de cabeça no momento de ir para a escola. 
Reforçadores existem no ambiente e na maior parte do tempo eles não são percebidos pelas pessoas, qualquer comportamento que aumente a probabilidade de sobrevivência da espécie ou do indivíduo, tende a ser reforçado. Por exemplo: comida, higiene, sexo e cuidados parentais são condiçoes necessárias à sobrevivência da espécie, logo quaisquer comportamentos que resultam em comida, higiene, sexo ou cuidados serão automaticamente reforçados, já que essas consequências são de interesse do organismo. Ferimentos, doenças e situações climáticas intensas são prejudiciais à sobrevivência, logo quaisquer comportamentos que tendem a reduzir ou evitar essas condições provavelmente serão reforçados. Para Alex, o reforço vinha em faltar a aula para continuar dormindo, com isso, a situação tende a se repetir, considerando o fato de que evitar tais condições é de interesse do organismo; dormir era reforçador para que a dor de cabeça melhorasse. 
Sendo assim, podemos dividir o reforço em duas categorias: Reforços que geram condições benéficas ao organismo (reforços positivos) e reforços que amenizam condições prejudiciais (reforços negativos).
Skinner (2003) diz que quaisquer estímulos que sejam adicionados a uma situação aumentam a probabilidade de se repetir são chamados de reforços positivos; comida, água, sexo, dinheiro, aprovação social e conforto físico são reforçadores positivos. Outros exemplos que podemos associar ao filme, são as saídas noturnas de Alex e sua gangue, onde eles roubavam e estupravam; tal comportamento tendeu a se repetir noite após noite pois era reforçado positivamente para eles. Skinner afirma que reforçar comportamentos humanos e muito mais difícil do que reforçar comportamentos de animais. pois é difícil determinar quais consequências são reforçadoras para uma pessoa específica e quais não são. Dependendo do histórico de experiencias do indivíduo, surras e humilhações podem ser reforçadoras ao contrário de carinhos e elogios. De toda forma, o dinheiro na visão de Skinner é um reforçador generalizado, quer dizer, ele funciona com praticamente todo mundo, pois pode ser trocado por uma infinidade de outros reforçadores, como alimentos, sexo, status etc. 
Quando um estimulo aversivo , como o mal estar, e removido de uma determinada situação, isso aumenta a probabilidade de um comportamento que provocou alivio se repetir, por exemplo Alex demonstrar interesse na Bíblia, para assim ter o apoio e a atenção do Padre, na esperança de que o mesmo o ajude a conseguir o que quer. E em reforço negativo, para se livrar de punições como a náusea, Alex evitava qualquer tipo de violência, assim como a IX sinfonia de Beethoven.
O reforço positivo e o reforço negativo se diferenciam porque no reforço positivo o estimulo que é de interesse do organismo é adicionado a situação como consequência de um comportamento, já no reforço negativo, um estimulo aversivo é removido da situação como consequência de um comportamento, mais em ambos os casos, o resultado é o mesmo: O reforça mento do comportamento precedente.
O reforço negativo origina dois tipos de comportamentos que é o comportamento de fuga, e o comportamento de esquiva. O comportamento de fuga e aquele que em determinado estímulo aversivo está presente no ambiente, então, esse comportamento de fuga retira-o do ambiente. Como no exemplo de Alex preferir continuar deitado para se livrar da dor de cabeça e faltar a aula, a desculpa de continuar dormindo e um comportamento de fuga, a dor de cabeça é um estímulo aversivo presente no organismo. Já a esquiva é o comportamento que evita ou atrasa o contato com um estimulo aversivo, ou seja, o comportamento de esquiva ocorre quando um determinado estimulo aversivo não está presente no ambiente, e emitir este comportamento de esquiva faz com que o estímulo não apareça, ou demore mais para aparecer, por exemplo, se Alex mantivesse um estimulo de vida mais saudável, provavelmente não sentiria tantas dores de cabeça pela manhã, dormir mais cedo seria um comportamento de esquiva.
No momento em que a consequência reforçadora do comportamento é o produto direto do próprio comportamento, dizemos que a consequência é uma reforçadora natural. Quando a consequência reforçadora é um produto indireto do comportamento, afirmamos que se trata de um reforço social, também chamadode arbitrário. Quando Alex escuta música em seu quarto e fica se imaginando cometendo várias atrocidades, vemos que está sendo reforçado pela própria música (reforço natural), quando ele começa a cantar no momento que irá cometer um estrupo para se sentir estimulado, referimos a um reforço arbitrário. (MOREIRA, 2007, p.37) 
Sabemos que o comportamento produz consequências e que essas consequências podem afetar a probabilidade de o comportamento voltar a ocorrer e que o reforço aumenta ou mantem a probabilidade de um comportamento correr. Outro comportamento derivado do reforço, é a extinção operante, ela ocorre quando o reforço de determinado comportamento é suspendido/retirado e a probabilidade de o comportamento voltar a ocorrer diminui gradativamente, até se extinguir. E o processo de retorno da frequência do comportamento ao nível operante é o que chamamos de extinção operante. 
Moreira (2007) diz que se a suspensão do reforço produz uma diminuição na frequência de um comportamento, é possível concluir que os efeitos do reforço são temporários. Ou seja, quando um comportamento não mais produz sua consequência reforçadora, sua frequência retorna à frequência do nível operante. Ao acordar no hospital e ser testado com perguntas, Alex percebe que pensar em atos criminosos não provocam mais as náuseas, o que aconteceu e que pelo período onde ficou desacordado, ele não foi reforçado a continuar sentindo náuseas diante pensamentos e comportamentos criminosos, o que causou a extinção operante das náuseas . 
Outro procedimento que causa uma consequência que diminui sua força ou probabilidade futura de ocorrência, é a punição. Segundo Skinner (2003) existem dois tipos de punição: A punição Positiva e a Punição negativa. Na punição positiva, uma variável aversiva é acrescentada a situação de modo a punir um comportamento. Já na punição negativa, uma variável gratificante é removida da situação, também como forma de punir um comportamento. No filme, Alex e punido negativamente quando passa a ser privado de liberdade, ao cometer o crime, vai preso para cumprir uma pena na esperança de que quando saia, não cometa mais crimes. E vemos uma punição positiva quando os policiais o espancam para conseguir informação e depois o fazer só por diversão.
Tanto na punição positiva como na punição negativa, o objetivo é o mesmo, tentar erradicar o comportamento precedente. Porem tanto Skinner como Thorndike questionam a eficácia da punição, pois seus efeitos são pouco previsíveis. 
Como já citado, o reforço se trata das consequências do responder mais provável, bem como na punição onde as consequências do responder tornam o responder menos provável. O que acaba nos levando ao controle aversivo; o controle aversivo inclui tanto a punição como o reforço negativo (reforço pela remoção ou prevenção de estímulos aversivos). Ou seja, controle aversivo, e quando o sujeito se comporta para que algo não aconteça, para subtrair um estímulo do ambiente ou para fazer com que o mesmo não ocorra. 
De acordo com Hunziker (2011,p.12) se o estímulo é adicionado (+) ou removido (-) em consequência da emissão da resposta; o segundo fator diz respeito ao efeito comportamental, ou seja, se em função dessa operação a resposta ficou fortalecida (maior probabilidade de ocorrência futura) ou enfraquecida (menor probabilidade de ocorrência futura). Dado que o fortalecimento da resposta em função das suas consequências tem a denominação técnica de reforçamento, e o seu enfraquecimento é denominado punição, a combinação dos dois fatores (operação e efeito) estabelece as quatro relações operantes básicas: reforçamento positivo (operação +, efeito aumento), reforçamento negativo (operação -, efeito aumento), punição positiva (operação +, efeito diminuição), e punição negativa(operação – , efeito diminuição). Portanto, com exceção do reforçamento positivo, considera-se que todas as demais relações operantes envolvem controle aversivo (apud Baum, 2005; Catania, 1998). 
Um exemplo do uso de controle aversivo está no fato de Alex passar a evitar tudo que seja um ato criminoso (estímulo aversivo), para assim não passar mal com as náuseas. 
CONCLUSÃO 
A partir das pesquisas realizadas para elaboração deste artigo, compreende-se que a observação do comportamento humano e de grande valia para a nossa sociedade e para o indivíduo, e através dos estímulos reforçadores e punições, pode sim modificar o comportamento e obter uma alteração no organismo do sujeito, como mostra o filme laranja mecânica.
Referências Bibliográficas:
CATANIA, A. Charles. Aprendizagem. Artmed, 2006.
MOREIRA, Márcio Borges; DE MEDEIROS, Carlos Augusto. Princípios básicos de análise do comportamento. Artmed, 2007.
SKINNER, Burrhus Frederic. Ciência e comportamento humano. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
HUNZIKER, Maria Helena Leite. Afinal, o que é controle aversivo? Veracruz, México. Acta Comportamentalia: Revista Latina de Análisis de Comportamiento, 2011.

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