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22/09/2015 1 AULAS 3 e 4 – COMPACTAÇÃO - TÓPICOS • Introdução • Curva de Compactação • Ensaios • Equipamentos • Exercícios de Aplicação MECÂNICA DOS SOLOS Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 1 Modos de Compactação Manuais utilizam-se soquetes, em que a energia é aplicada mediante golpes sobre a camada Mecânicos soquetes mecânicos (sapos) rolos estáticos (lisos ou dentados) e vibratórios Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 2 22/09/2015 2 Operação e Observação Processo muito simples; De grande importância pelo seus efeitos sobre a estabilização de maciços terrosos; Relaciona-se geralmente com os problemas de pavimentação, ferrovias e barragens de terra; Visa melhorar suas características de resistência, bem como permeabilidade, compressibilidade e absorção de água; CompactaçãoAR ≠ AdensamentoH20 Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 3 Operação e Observação A passagem, pura e simplesmente, de um rolo compactador na superfície do aterro lançado, não resolve o problema, pois esse só compacta uma camada relativamente fina. Assim, deve-se fazer o alteamento dos aterros por camadas com altura controlada. Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 4 22/09/2015 3 Curvas de Compactação O aumento do peso específico de um solo depende da energia dispendida e do teor de umidade do solo. Quando se realiza a compactação de um solo, sob diferentes condições de umidade e para uma determinada energia de compactação, a curva de variação dos pesos específicos g, em função da umidade h, tem aspecto como: Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 5 Curva de Compactacao Para fins práticos: gs = g / (1 + h) Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 6 22/09/2015 4 Curva de Compactacao À esquerda da umidade ótima (ramo seco da curva de Proctor), a saída de ar é facilitada porque o ar se encontra na forma de canalículos intercomunicados. A redução do atrito com o aumento do teor de umidade e os canalículos de ar permitem um novo rearranjo dos grãos, aumentando a massa específica seca. A partir de um certo teor de umidade (ramo úmido da curva de Proctor), a compactação não consegue mais expulsar o ar dos vazios, pois o grau de saturação já é elevado e o ar está envolto por água. Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 7 Curvas de Compactacao Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 8 22/09/2015 5 Ensaio de Compactação O ensaio de compactação desenvolvido por Proctor, em 1933, foi normatizado pela Associação dos Departamentos Rodoviários Americanos (A.A.S.H.O.) e é conhecido como Ensaio de Proctor Normal. Pela ABNT, este foi normatizado por meio da NBR 7.182/86 e é conhecido como Ensaio Normal de Compactação. Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 9 Ensaio de Compactação O procedimento consiste em compactar uma amostra de solo em um cilindro padrão, com um soquete, caindo de uma altura de queda de 30 cm (305mm). V = 1000 cm³ P = 2,5 kg H = 30 cm Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 10 22/09/2015 6 Ensaio de Compactação O solo é colocado dentro do cilindro em três camadas (n). Sobre cada camada aplica-se 26 golpes (N) do soquete. As espessuras finais das três camadas devem ser aproximadamente iguais. Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 11 Ensaio de Compactação Lembrando que deverão ser compactados 5 corpos de prova (CPs), um para cada ponto da Curva de Compactação. Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 12 22/09/2015 7 Ensaio de Compactação Materiais necessários: Amostra de solo previamente destorroada e seca ao sol Cilindro ou molde Peso ou soquete Proveta graduada Cápsulas de alumínio Colher de pedreiro Espátula Bandeja Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 13 Ensaio de Compactação Etapa 1 (adição de água): Nesta etapa o laboratorista pega a amostra de solo previamente preparada, e inicia a adição de água para obter a umidade do primeiro ponto da curva de compactação. A experiência do laboratorista conta muito, pois esta umidade deve estar abaixo da umidade ótima (aprox. -5%). Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 14 22/09/2015 8 Ensaio de Compactação Etapa 1 (adição de água): Para saber a quantidade de água a ser adicionada, o laboratorista tira a umidade da amostra inicial (pois mesmo após secagem ao sol, provavelmente ainda existe água no solo) e estima quanto de água deve ser adicionada. O teor de umidade que ele pretende atingir no primeiro ponto da curva, vem de sua experiência. Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 15 Ensaio de Compactação Etapa 2 (homogeneização da umidade): Nesta etapa o solo é misturado até se obter a homogeneidade da umidade na amostra. O principal indicador desta homogeneidade é a cor uniforme da amostra. Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 16 22/09/2015 9 Ensaio de Compactação Etapa 3 (compactação das camadas): Nesta etapa o solo é colocado no molde e é compactado. Cada camada deve ter sua espessura final aproximadamente igual as demais camadas. Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 17 Ensaio de Compactação Etapa 3 (compactação das camadas): Para o ensaio de Proctor Normal são compactadas 3 camadas. Cada camada recebe 26 golpes do soquete. Para possibilitar a execução da 3ª camada é acoplado um colar ao molde. Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 18 22/09/2015 10 Ensaio de Compactação Etapa 3 (compactação das camadas): 26 golpes Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 19 Ensaio de Compactação Etapa 3 (compactação das camadas): Obs.: É indicada a realização de escarificação do topo da camada anterior para obtenção de adesão entre camadas. + 26 golpes Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 20 22/09/2015 11 Ensaio de Compactação Etapa 3 (compactação das camadas): + 26 golpes Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 21 Ensaio de Compactação Etapa 4 (remoção do colar): Após compactação das 3 camadas, sempre fica um excesso de solo no corpo de prova compactado. O colar é desconectado do molde e o excesso de solo proveniente da compactação na região do colar é removido com espátula. Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 22 22/09/2015 12 Ensaio de Compactação Etapa 5 (pesagem): Após remoção do excesso de solo, o conjunto formado por base + molde + corpo de prova compactado é pesado. Para saber o peso somente do corpo de prova, o conjunto base+molde é pesado previamente, obtendo-se assim a tara do conjunto. Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 23 Ensaio de Compactação Etapa 6 (extração): Após a pesagem, o corpo de prova é extraído do molde. Após a extração, o molde fica liberado para início da compactação do próximo corpo de prova (necessidade de 5 CPs para desenhar a Curva de Compactação). Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 24 22/09/2015 13 Ensaio de Compactação Etapa 7 (confirmação do teor de umidade): Após a extração do corpo de prova, pode-se retirar nova amostra para confirmação do teor de umidade. A partir daí, repete-se todos os passos para os demais 4 CPs necessários para obtenção da Curva de Compactação. Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 25 Ensaio de Compactação Em função da evolução dos veículos de carga e, consequentemente, do aumento das cargas transportadas, surgiu a necessidade de se propor ensaios com energias de compactação maiores que a utilizada no Ensaio de Proctor Normal. Atualmente temos ensaios de compactação com 3 energias diferentes utilizados no Brasil e no mundo. Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 26 22/09/2015 14 Ensaio de Compactação É importante destacar que, quanto maior a energia de compactação aplicada na amostra,menor a umidade que esta irá atingir sua densidade máxima, ou seja, menor sua umidade ótima. Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 27 Ensaio de Compactação Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 28 22/09/2015 15 Ensaio de Compactação Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 29 Ensaio de Compactação Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 30 22/09/2015 16 Ensaio de Compactação (exemplo) DADOS INICIAIS Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 31 Ensaio de Compactação (exemplo) #1 #2 #2 = #1 - TARA Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 32 22/09/2015 17 Ensaio de Compactação (exemplo) #1 #2 #3 = #2 / VOLUME #3 Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 33 Ensaio de Compactação (exemplo) #1 #2 #7 = #4 - #5 #3 #7 #4 #5 #6 Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 34 22/09/2015 18 Ensaio de Compactação (exemplo) #1 #2 #8 = #5 - #6 #3 #7 #4 #5 #6 #8 Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 35 Ensaio de Compactação (exemplo) #1 #2 #9 = #7 / #8 #3 #7 #4 #5 #6 #8 #9 Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 36 22/09/2015 19 Ensaio de Compactação (exemplo) #1 #2 #10 = #3 / (1 + (#9/100)) #3 #7 #4 #5 #6 #8 #9 #10 Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 37 Ensaio de Compactação (exemplo) #1 #2 #3 #7 #4 #5 #6 #8 #9 #10 Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 38 22/09/2015 20 Ensaio de Compactação (exemplo) Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 39 Compactação de Campo A compactação em campo passa por 4 etapas básicas: Escavação, lançamento e espalhamento Tratamento do solo (destorroamento, umectação e homogeneização) Compactação Controle de qualidade Visto que os equipamentos são capazes de compactar uma profundidade limitada, os aterros são executados por camadas. Este processo se repete a cada camada do aterro (aprox. 25 a 30 cm de altura final). Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 40 22/09/2015 21 Escavação, Lançamento e Espalhamento Consiste na escavação de material em área de empréstimo previamente estudada e aprovada. O transporte é feito por caminhões basculante. Após a descarga na área onde será executado o aterro, o espalhamento é feito por trator de esteiras ou moto niveladora (patrol). Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 41 Escavação, Lançamento e Espalhamento Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 42 22/09/2015 22 Escavação, Lançamento e Espalhamento ESCAVAÇÃO E CARGA Procurar vídeo carga, descarga e espalhamento de solo (www.youtube.com) DESCARGA E ESPALHAMENTO Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 43 Tratamento de Solo Consiste no destorroamento, umectação e homogeneização da umidade do solo lançado e espalhado O processo de destorroamento e homogeneização é feito através de tratores de pneus com grade e moto niveladoras Já a umectação é feita através de caminhões pipa. Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 44 ../Videos_Imagens/Filmes Para Aulas/ESCAVADEIRAS VOLVO - TRABALHANDO NA JAZIDA.mp4 ../Videos_Imagens/Filmes Para Aulas/ESCAVADEIRAS VOLVO - TRABALHANDO NA JAZIDA.mp4 22/09/2015 23 Tratamento de Solo É de extrema importância nesta etapa a presença de profissional com experiência (encarregado ou patroleiro) para detectar o ponto em que o solo vai atingir a umidade ótima. Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 45 Tratamento de Solo TRATAMENTO Procurar vídeo carga, descarga e espalhamento de solo (www.youtube.com) DESCARGA E ESPALHAMENTO Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 46 ../Videos_Imagens/Filmes Para Aulas/ESCAVADEIRAS VOLVO - TRABALHANDO NA JAZIDA.mp4 ../Videos_Imagens/Filmes Para Aulas/ESCAVADEIRAS VOLVO - TRABALHANDO NA JAZIDA.mp4 22/09/2015 24 Compactação Consiste na passagem de equipamento de compactação adequado para atingir a densidade esperada. A compactação somente pode começar após toda a camada estar dentro da umidade ótima. O número de passadas de equipamento compactador varia de acordo com o solo, com o tipo de equipamento e com a energia de Proctor solicitada em projeto. Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 47 Principais Compactadores Rolo tipo pé-de-carneiro: principal vantagem é o entrosamento perfeito entre as camadas compactadas e o pisoteamento do solo de cada camada resultando numa entrosagem de torrões de solo. Podem ser vibratórios ou de arrasto (trabalha com energia cinética). Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 48 22/09/2015 25 Principais Compactadores Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 49 Principais Compactadores Rolo liso: Tem a vantagem de que a superfície de contato com o solo é pequena e, portanto, a compressão atinge pequenas profundidades. Nos solos moles afundam demasiadamente, o que dificulta a tração. São indicados somente para a compactação de pedregulhos, areias, pedra britada, lançadas em camadas de não mais de 15 cm. São utilizados também para dar acabamento em camadas finais como sub-base e base. Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 50 22/09/2015 26 Principais Compactadores Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 51 Principais Compactadores Rolo pneumático: É caracterizado pela pressão de área de contato com o solo, as quais dependem da pressão de enchimento dos pneus e do peso do compressor. É indicado para solos de granulação fina arenosa. Tem o inconveniente de deixar superfícies lisas entre as camadas. Então será necessário escarificar a superfície de contato entre as mesmas. Muito utilizado na compactação de CBUQ Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 52 22/09/2015 27 Principais Compactadores Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 53 Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 54 Principais Compactadores 22/09/2015 28 Controle de Compactação Para verificar se a compactação está sendo feita devidamente, deve-se determinar sistematicamente w (%) e gD do material. Para esse controle pode ser utilizado o “speedy” na determinação da umidade, e o processo do “frasco de areia” na determinação do peso específico. Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 55 Controle de Compactação Grau de compactação: GC = [gD(campo) / gD,max(lab)] 100 Não atingida a compactação desejada, retoma-se o processo de compactação. Não atingida a umidade desejada, revolve, corrige a umidade e recompacta. Ao longo da obra, deve-se realizar um grande número de ensaios e depois analisá-los estatisticamente. Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 56 22/09/2015 29 Ensaio do Frasco de Areia É realizada em campo a seguinte sequência: Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 57 Ensaio do Frasco de Areia Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 58 22/09/2015 30 Ensaio do Frasco de Areia Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 59 FORNECEDOR Ensaio do Frasco de Areia Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 60 FORNECEDOR FOGAREIRO E FRIGIDEIRA 22/09/2015 31 Ensaio do Frasco de Areia Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 61 Ensaio do Frasco de Areia Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 62 22/09/2015 32 Ensaio CBR (ou I.S.C.) Seu nome em inglês é California Bearing Ratio, que traduzido fica Índice de Suporte Califórnia. Ensaio de grande valor na técnica rodoviária e ferroviária. É a base do conhecido método de dimensionamento de pavimentos flexíveis, introduzido por Porter em 1929. Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 63 Determinação da hot e do gs,max Determinação das propriedades expansivas do material Determinação do I.S.C. Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 64Ensaio CBR (ou I.S.C.) 22/09/2015 33 Num molde de cilindro com aprox. diâmetro = 15 cm, altura = 17,5 cm, colarinho de 5 cm. Como fundo falso usa- se um “disco espaçador”. Ensaio de compactação: Com o material que passa na peneira de 191,1 mm realiza-se o ensaio: 55 golpes, peso de 4,5 kg, H = 45 cm. Determina-se hot e gs,max. Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 65 Ensaio CBR (ou I.S.C.) Ensaio de expansão: É feita moldando-se um corpo de prova com umidade ótima. Sobre a amostra coloca-se um papel filtro e, acima deste, um disco perfurado, munido de uma haste ajustável, com sobrecarga de discos anulares (equivalente ao peso do pavimento) a qual não deverá ser inferior a 4,5 kg. A seguir imerge-se o cilindro com a amostra compactada, junto com o disco e a sobrecarga, dentro de um depósito cheio de água, durante 4 dias, ou menos se o material não for coesivo. Sobre a haste coloca-se um extensômetro. Cada 24 horas, durante 4 dias, fazem-se leituras. Considera-se que os subleitos bons tenham expansões < 3%, os materiais para sub-bases < 2% e para bases < 1%. Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 66 Ensaio CBR (ou I.S.C.) 22/09/2015 34 Preparam-se 3 corpos de prova a hot: 55, 26 e 12 golpes; determinam-se h umidades e gs Satura-se cada uma durante 4 dias, para reproduzir condição desfavorável Mede-se as resistências à penetração de cada uma com um pistão de D = 5 cm com v = 1,25 mm/min. Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 67 Ensaio CBR (ou I.S.C.) Traça-se a curva pressão-penetração As pressões, assim obtidas, expressas em % das “pressões padrões”, denomina-se I.S.C. Estas pressões padrões, que correspondem à resistência que apresenta a pedra britada, são as reproduzidas no Quadro 2. Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 68 Ensaio CBR (ou I.S.C.) 22/09/2015 35 Geralmente o I.S.C. empregado no projeto de pavimentos flexíveis é o que corresponde à penetração de 0,1”, a menos que o índice para 0,2” seja maior, caso em que este será dotado. Assim, se chamarmos de p a pressão determinada para a penetração 0,1”, o índice de suporte será: I.S.C. = (p/70) 100 Quadro 2 Penetração Pressão padrão mm pol kg/cm² lb/pol² 2,54 5,08 7,62 10,16 12,70 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 70 105 133 161 182 1.000 1.500 1.900 2.300 2.600 Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 69 Ensaio CBR (ou I.S.C.) Com os índices obtidos para 55, 26 e 12 golpes, traça-se a curva “peso específico seco – I.S.C.” O valor do I.S.C. final, para cálculos posteriores, será o correspondente a 95% do peso específico máximo, obtido anteriormente. Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 70 Ensaio CBR (ou I.S.C.) 22/09/2015 36 Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 71 Exercícios de Aplicação Determinar a Curva de Compactação da amostra Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 72 Exercícios de Aplicação Determinar a Curva de Compactação da amostra 22/09/2015 37 Prof Edgard Rocha Mecânica dos Solos - Aulas 4 e 5 73 Exercícios de Aplicação Calcular o Grau de Compactação (GC) de um aterro, para as amostras anteriores e os dados abaixo (2 valores de GC): PESO DA AREIA QUE SAIU (g) PESO ESP. DA AREIA (g/cm3)