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Exame dos linfonodos, pulsos e pressão arterial Exame dos linfonodos INTRODUÇÃO · Vasos linfáticos aferentes do linfonodo · Linfa, linfonodos, baço, timo, amígdalas palatinas, adenoides e p. Peyer · Tronco linfático e ducto torácico · Superficiais: tecido celular subcutâneo · Profundos: fáscia dos músculos e cavidades do corpo Grupos · Cabeça e pescoço (seis níveis, pré e retroauricular, parótida, faciais e bucais) · Membros superiores (axilares e epitrocleanos) · Membros inferiores (virilhas e poplíteos) · Tórax · Abdome CARACTERÍSTICAS SEMIOLÓGICAS · Localização: local anatômico e drenagem correspondente · Tamanho ou volume: comparar (polpa digital, ervilha, azeitona, etc.) · Consistência: endurecido ou amolecido · Coalescência: junção de dois ou mais linfonodos · Mobilidade: comprometimento capsular com estruturas adjacentes · Sensibilidade: doloroso ou não · Alterações de pele: sinais flogísticos, fistulização, secreção, etc. · Condições normais: individualizados, móveis, indolores e consistência borrachosa. · Adenomegalias e esplenomegalia · Processos inflamatórios e infecções pregressas · Adenomegalias + Esplenomegalia (Calazar) · 1º passo: características semiológicas · Sinais flogísticos: adenites (bacterianas, virais*) · Fístula: micose ou tuberculose · Volumosos: linfomas e leucoses · 2º passo: localizado ou generalizado (3 ou mais grupos palpáveis) · Pulso radial (semiotécnica) · Ato simples, mas rico de significação · Entre apófise estiloide do rádio e tendão dos flexores · Dedos indicador e médio · Estado da parede arterial (lisa e fácil depressão ou “traqueia de passarinho”) · Manobra de Osler (permanece palpável, mas sem pulsações) · Frequência: normal, taquisfigmia, bradisfigmia (comparar com precórdio) · Déficit de pulso: extrassitolia ventricular e fibrilação atrial · Ritmo: regular, irregular (fisiológica [arritmia sinusal] ou patológica) · Amplitude: amplo, mediano ou pequeno · Tensão ou dureza: mole, duro ou tensão mediana Pulso radial (extrassístole) Pulso radial (extrassístoles bigeminadas) Pulso radial (fibrilação atrial) Pulso radial (BAVT) Pulso radial (TIPOS DE ONDA) · Onda de pulso normal · Pulso célere ou em martelo d’água ou de Corrigan (insuficiência aórtica) · Pulso parvus et tardus (estenose aórtica) · Pulso filiforme (choque, hipovolemia) · Pulso paradoxal (tamponamento, pericardite, enfisema – Sinal de Kussmaul) · Pulso dicrótico (insuficiência cardíaca grave) · Pulso bisferiens (miocardiopatia hipertrófica obstrutiva) · Pulso alternans (insuficiência cardíaca grave) Pulsos periféricos · Analisar comparativamente artérias homólogas · Temporal e Carótida · Subclávia e Axilar · Cubitais e Braquiais · Aorta abdominal · Femoral e Poplítea · Tibiais anterior e posterior, pediosa Manobras especiais · Manobra de Allen (oclusão de artérias ulnar, radial ou arco palmar) · Manobra de Adson (compressão de subclávia – costela cervical, m. escaleno) · Manobra Costoclavicular (compressão da subclávia) · Manobra de Isquemia de MMII · OBS: frêmito na fístula arteriovenosa ou semioclusão arterial Pulso capilar · Leve compressão sobre a borda de uma unha · Região de transição · Zona pulsátil: · Insuficiência aórtica · Fístula arteriovenosa · Anemia intensa Pulso venoso · Examinar o paciente em decúbito dorsal (45º) · Jugulares túrgidas apenas se paciente hígido estiver deitado · Turgência Jugular Patológica (TJP): semissentado (45º) ou sentado · Hipertensão venosa: · Sistema da VCS · Insuficiência cardíaca direita · Pericardite constritiva Ondas do pulso venoso jugular · Onda A – sístole atrial direita · Onda C – fechamento da valva tricúspide · Descenso X – sístole ventricular (relaxamento atrial) · Onda V – enchimento atrial direito com VT fechada · Descenso Y – Abertura da valva tricúspide Alterações clássicas do pulso venoso · Onda A proeminente · Ausência de onda A · Onda A “canhão” · Onda V gigante · Pulso venoso em W Introdução · Força exercida pelo sangue sobre a parede dos vasos · Variações contínuas durante as 24 horas · Indispensável sua aferição · Obrigatório em todas as idades Fatores determinantes · PA = DC x RVS · DC = VS x FC · Elasticidade da parede dos grandes vasos · Volemia · Viscosidade sanguínea Métodos para aferição Método direto: · Intra-arterial · Invasivo (UTI, grandes cirurgias) Método indireto: · Técnica auscultatória · Técnica palpatória · Associadas Preparo do paciente · Explicar o procedimento ao paciente e deixá-lo em repouso de 3 a 5 minutos em ambiente calmo. Deve ser instruído a não conversar durante a medição. Possíveis dúvidas devem ser esclarecidas antes ou depois do procedimento. · Certificar-se de que o paciente não: · Está com a bexiga cheia · Praticou exercícios físicos há pelo menos 60 minutos · Ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos · Fumou nos 30 minutos anteriores Posicionamento: · O paciente deve estar sentado, com pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado · O braço deve estar na altura do coração, apoiado, com a palma da mão voltada para cima e as roupas não devem garrotear o membro · Medir a PA na posição de pé, após 3 minutos, nos diabéticos, idosos e em outras situações em que a hipotensão ortostática possa ser frequente ou suspeitada. · Etapas para a realização da medição · Determinar a circunferência do braço no ponto médio entre acrômio e olécrano · Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço · Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital · Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial · Estimar o nível da PAS pela palpação do pulso radial · Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou o diafragma do estetoscópio sem compressão excessiva. · Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da PAS obtido pela palpação · Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo) · Determinar a PAS pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff) e, após, aumentar ligeiramente a velocidade de deflação · Determinar a PAD no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff) · Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa · Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a PAD no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar valores da PAS contra PAD x zero · Medir a pressão em ambos os braços na primeira consulta e usar o valor do braço onde foi obtida a maior pressão como referência · Informar o valor de PA obtido para o paciente · Anotar os valores exatos sem “arredondamentos”, a posição e o braço em que a PA foi medida Situações especiais Verificação da pressão arterial em idosos: · Sempre aferir também na posição sentada e de pé Sinal de Osler (pseudo-hipertensão) Verificação da pressão arterial em gestantes: · Aumento do volume do útero gravídico · Adotar o decúbito lateral esquerdo Fases de korotkoff Fase I – surgimento de sons Fase II – batimentos com sopro (reverberação) Fase III – sopro desaparece e sons ficam mais audíveis Fase IV – abafamento repentino dos sons Fase V – desaparecimento dos sons Hiato auscultatório: · Desaparecimento dos sons no final da fase I e na fase II · Variação de 30 a 40 mmHg · Pode subestimar a sistólica ou superestimar a diastólica · Como evitar? Sempre associar os métodos auscultatório e palpatório Outros métodos de avaliação da PA Monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA): · Medidas a cada 15 min ou 30 min por 24 horas (automático) · Avalia período noturno, estabelece relação com atividades e sintomas Auto medida da pressão arterial (AMPA): · Aferição no domicílio e/ou trabalho pelo paciente ou familiar Monitorização residencial da pressão arterial (MRPA): · 3 medidas pela manhã em jejum e 3 medidas antes do jantar por 5 dias Diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica Monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA): · Média da PA 24 ≥ 130 a 80, vigília ≥ 135 x 85 mmHge sono ≥ 120 x 70 mmHg Monitorização residencial da pressão arterial (MRPA): · Média de todas as medidas da PA ≥ 135 x 85 Medida de consultório: · Média das duas últimas medidas na mesma na 2ª consulta ≥ 140 x 90 mmHg · Ou ≥ 180 x 110 no primeiro encontro Classificação de hipertensão arterial sistêmica Quanto à Etiologia: · Essencial (primária): não se consegue caracterizar sua etiologia (95%) · Secundária: causas renais, endócrinas, vasculares, cerebrais, medicamentosas, etc. Quanto ao Estágio: Considerar sempre o maior valor * Pressão normal alta ou pré-hipertensão são termos equivalentes
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