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08- Romanica


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Arquitetura Românica
Histórico
 Precisar o surgimento exato do estilo Românico é 
complicado; dependendo do autor, pode variar do século 
V ao século IX;
 Pevsner: “... nessa época, a estabilidade política foi 
restabelecida no império (Sacro Império Romano). Oto, 
o Grande, foi coroado em Roma em 962; na mesma 
época, o primeiro dos movimentos de reforma monástica 
irradiava-se, a partir de Cluny, na Borgonha (o centro 
religioso mais importante da cristandade medieval). O 
abade Mayeul (posteriormente canonizado) foi 
entronizado em 965, e foi por essa época que se criou o 
estilo românico.”
Histórico
 O seu auge, porém, ocorreu entre os anos 1000 e 1200;
 Do ponto de vista das artes figurativas, o termo 
“românico” pretendia exprimir, de maneira sintética, o 
processo de ligação de tudo aquilo que ainda restava da 
tradição artística romana com as técnicas e tendências 
“bárbaras”.
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=romanesque+architecture&source=images&cd=&cad=rja&docid=MX5lJpmfDszCCM&tbnid=gVmYGDk9_brcxM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.durhamworldheritagesite.com/architecture/romanesque/fleury-abbey-portico&ei=CJZYUbucIZSK9gSuvYG4Cg&bvm=bv.44442042,d.dmg&psig=AFQjCNEAZGJ3ay0oVR3g2lCzTzcAxHRoWA&ust=1364846347059757
Histórico
 “Neste raciocínio, há uma parte 
de verdade e outra de erro. Na 
arte românica, foram de fato 
utilizados elementos romanos e 
germânicos, mas também 
bizantinos, islâmicos e 
armênios. Mas, sobretudo, o 
que ela criou foi essencialmente 
original”. (F. Conti)
Abadia de Maria Laach (Alemanha)
 Embora o período românico apresente uma profunda 
unidade em muitos dos seus aspectos, ele também se 
caracteriza por um grande número de “escolas” locais. 
Se isso, por um lado, está em perfeita concordância 
com as condições políticas e sociais da época, por 
outro dificulta o estudo em tamanha extensão 
geográfica.
Histórico
 Excetuando a arte barroca, 
não existe outra experiência 
figurativa européia tão 
infiltrada, em cada um dos 
países, como a da arte 
românica. (F. Conti)
Histórico
“Para descrever um estilo em 
arquitetura, é preciso descrever suas 
características próprias. Mas as 
características, por si sós, não 
constituem o estilo. É necessário 
que haja uma ideia central atuando 
em todas elas. (...) No final do 
século X, as inovações mais 
significativas são as de planta térrea
– (...) todas motivadas por uma 
nova vontade de articular e ordenar 
nitidamente os espaços.” (Pevsner) Saint-Étienne (Vignory, França), inaugurada em 1057
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=romanesque+architecture&source=images&cd=&cad=rja&docid=tUvcBCmjI9BiPM&tbnid=mlN7A5PII2lQ8M:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.flickr.com/photos/martin-m-miles/5267329066/&ei=25dYUYnpBJCi8ASQnIC4Cg&bvm=bv.44442042,d.dmg&psig=AFQjCNEAZGJ3ay0oVR3g2lCzTzcAxHRoWA&ust=1364846347059757
Coro: (do grego choros): “Nas igrejas cristãs, refere-se 
ao espaço reservado aos clérigos, que remata a nave 
principal onde se encontram o altar-mor e os cadeirais.” 
(http://www.histeo.dec.ufms.br/aulas)
Cadeiral do coro da Catedral de Lund (Suécia) – século XI
• Em termos de espaço, em oposição ao “espírito 
escultural da arte dos romanos e dos gregos” e ao 
“flutuar mágico do espaço (...) paleocristã”, o espaço 
medieval torna-se “organizado, planificado e 
agrupado”;
•A parte oriental das igrejas românicas ordena-se, 
portanto, segundo dois tipos principais, ambos 
concebidos na França: o plano irradiante e o plano 
escalonado (todos os dois com um deambulatório 
atrás da abside e com capelas de algum modo ligadas à 
parede).
• N. Pevsner: “...o arquiteto dos novos tempos irá agrupar 
as diferentes capelas num todo único e coerente, quer 
criando um deambulatório ao redor da abside e 
acrescentando capelas radiais [plano irradiante], quer 
prolongando, para além dos transeptos, as naves laterais 
terminadas em pequenas absides paralelas, ou quase 
paralelas, à abside principal; a tudo isso são 
acrescentadas duas ou mesmo três absides ao longo da 
parede oriental de cada transepto [plano escalonado].”
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=romanesque+church+floor+plan&source=images&cd=&cad=rja&docid=uX_ctRJpBWhzyM&tbnid=MAdYVOMnNka8MM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.sacred-destinations.com/france/chauvigny-church-photos/slides/floor-plan-zodiac-p.htm&ei=U6lYUfCvNIiC9gTasYCICg&psig=AFQjCNH87-d2JOX_U382MiCJJntBRAhNpA&ust=1364851377412866
• Os mais antigos exemplos de 
plano irradiante encontram-se 
em Tournus e em Notre Dame de 
la Couture (em Le Mans), igrejas 
que datam dos primeiros anos do 
século XI;
•A origem desse tipo de igreja 
talvez remonte à igreja de Saint 
Martin, de Tours, um dos mais 
famosos santuários da cristandade 
(Pevsner).
Igreja de St-Pierre de 
Chauvigny (séc. XI)
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=St-Pierre+++Chauvigny+&source=images&cd=&cad=rja&docid=kkz19IBC0sw0NM&tbnid=Du5AzKdD6NYAtM:&ved=0CAUQjRw&url=http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Chauvigny_saint-pierre1.JPG&ei=p61YUcSCIYbe9AT7toCgBg&psig=AFQjCNH-Q22iXza4oPyoavLUfuvCJYbv-w&ust=1364852101201511
• O plano escalonado aparece pela primeira vez em Cluny, 
aparentemente na abadia reconstruída pelo abade Mayeul e 
consagrada em 981;
• No plano escalonado, duas ou mais naves laterais 
atravessam os transeptos e terminam em pequenas absides 
(menores) paralelas – ou quase paralelas – à abside 
principal.
Abadia de Cluny
Planta baixa da abadia de Saint-Benoit-sur-Loire (França)
Planta baixa da Catedral de Santiago de Compostela (Espanha): 1060 a 1211
Vista do deambulatório e capela na 
Igreja de Sacré-Coeur de Paray-Le-Monial
Detalhe de capela em St. Sernin
• As razões funcionais desses dois planos eram, de um 
lado, o desenvolvimento do culto dos santos e, de outro, 
o costume cada vez mais difundido entre os padres de 
dizer a missa diariamente;
• Ou seja, tornava-se necessário um maior número de 
altares, e, para acomodá-los, 
a solução foi aumentar o 
número de capelas nas 
partes orientais das igrejas, 
isto é, as partes reservadas 
ao clero.
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=romanesque+church+++chapel&source=images&cd=&cad=rja&docid=iWYeFokPLVUyKM&tbnid=gsk_NCx5AoySCM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.durhamworldheritagesite.com/architecture/romanesque/fleury-abbey-crypt&ei=rK9YUffzNJTg8wT2nYCYCw&bvm=bv.44442042,d.dmQ&psig=AFQjCNF4fl5vNfrfEW5aSUUm0gWhWvS4UQ&ust=1364853014308832
• Contudo, quase ao mesmo tempo em que os franceses 
começavam a propor esses novos esquemas, na Saxônia 
(região da Alemanha), foi encontrado um outro sistema 
para articular o todo de uma igreja, sistema esse adotado 
pelos arquitetos da Europa central durante os dois 
séculos seguintes.
Igreja de St. Michael 
(Hildersheim, Alemanha)
• A igreja de St. Michael em Hildesheim é considerada 
o melhor exemplo deste novo sistema: ela tem dois 
transeptos, dois coros e duas absides. “Uma disposição 
menos simplista e ritmicamente mais interessante vem 
substituir a monotonia da disposição paleocristã.” 
(Pevsner)
“Era uma planta complexa, mas plenamente dominada pela lógica 
de uma razão ativa e coerente” (N. Pevsner)
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=st+michael+++hildesheim&source=images&cd=&cad=rja&docid=6jUSqIfasCPOZM&tbnid=b04kYVq1BwcXnM:&ved=0CAUQjRw&url=http://vialucispress.wordpress.com/2012/04/08/saint-michaels-church-hildesheim-jong-soung-kimm/&ei=h7FYUd7BE4TW9AS09oHADw&bvm=bv.44442042,d.dmQ&psig=AFQjCNFGKLuG2n9EHBh7YsAwyOSd4LNQ0g&ust=1364853289178769
• O edifício típico: a igreja;
• Na verdade, o período é marcado pela forte 
religiosidade, o que transformaria a Igreja, “entidade 
realmente onipresente”, na organização mais rica, culta e 
tecnologicamente equipada de toda a Europa.
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=romanesque+architecture&source=images&cd=&cad=rja&docid=WIYf6BWCacw6IM&tbnid=Yp2FlwyySFyi5M:&ved=&url=http://www.flickr.com/photos/mauroppp/240753994/&ei=djBrUZqrA4ag9QTqtoHwDQ&bvm=bv.45175338,d.eWU&psig=AFQjCNGGULjjoWmB8ovR3wExfQ_WpQUu-A&ust=1366065654523184• O desafio técnico central, em 
torno do qual gira todo o projeto 
e construção da edificação 
românica: a cobertura do 
espaço com abóbadas, ou seja, 
com estruturas curvas em pedra;
• Lembrete: as basílicas 
paleocristãs não eram cobertas 
com abóbadas!
Catedral de Aix-de-Provence
(França)
• Uma concepção estética favorável a construções 
articuladas e maciças; uma arquitetura de “peso” e 
“estabilidade” caracterizada por fortes efeitos de claro-
escuro e luz que se projeta em direção ao solo, mas que 
penetra por poucas e estreitas aberturas.
• A luz como “material de construção”...
 A arquitetura românica utilizou-se de abóbadas de 
diferentes tipos (berço e arestas). 
A Abóbada Românica
Basílica de St. Madeleine (Vezeláy, França)
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=saint+madeleine+vezelay&source=images&cd=&cad=rja&docid=M5htS16AV3xWLM&tbnid=AISlxV-m6gkR7M:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.paradoxplace.com/Photo%20Pages/France/Burgundy%20Champagne/Vezelay/Vezelay_2007/Capitals/Vezelay_Capitals.htm&ei=ykEdUcz1M4mI9QTU14DwAg&bvm=bv.42452523,d.eWU&psig=AFQjCNGlIWxcBjeZ6R3Pxjmy9qnoN2T3Hw&ust=1360958279277287
A Abóbada Românica
Igreja de St. Martin et
Chapaize (França)
Abadia de Saint-Foy (França)
file:///upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/cc/Vo%25C3%25BBte_en_berceau_Conques.JPG
 Os romanos souberam, em seu tempo, como fazer 
abóbadas de grandes dimensões. Porém, no ocidente, 
até meados do século XI, só se encontravam 
abóbadas nas absides e abóbadas de berço ou então 
de aresta nas naves laterais (as menores);
 Construir abóbadas de pedra sobre as naves 
centrais das igrejas era, portanto, a ambição dos 
arquitetos românicos, tanto por uma questão de 
segurança contra incêndios como por uma questão 
estética (de certa forma, um resgate da tradição 
romana que comprovava um maior apuro técnico dos 
construtores).
A Abóbada Românica
A Abóbada Românica
Interior da igreja de Saint-Etienne (Vignory, França): românico antigo, 
com cobertura (telhado) aparente
A Abóbada Românica
Basílica de San Miniato al Monte (Florença) – início em c.1031
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=Dkv2uBT7f2aSbM&tbnid=BBqjngwV6_RBZM:&ved=0CAUQjRw&url=http://it.wikipedia.org/wiki/Basilica_di_San_Miniato_al_Monte&ei=Aio8Uq6LA4qu9ATwyoHADw&psig=AFQjCNEUYu9vPNLHXpQS-kgDWaR1uKg-xw&ust=1379760990590413
 A partir do século X, a técnica 
para cobrir com abóbadas as 
naves mais amplas de igrejas 
maiores foi mais uma vez 
dominada “e – como sempre 
acontece quando uma inovação é 
a expressão plena do espírito de 
uma época – dominada 
separadamente por vários 
arquitetos talentosos, em vários 
centros de atividade de 
construção, mais ou menos no 
mesmo momento”. (N. Pevsner) 
A Abóbada Românica
Catedral de Speier
(c.1080, Alemanha)
 A típica abóbada românica é, portanto, a de arestas. Já 
conhecida dos romanos, ela é resultante da interseção, 
em ângulo reto, de duas abóbadas de berço;
 Pevsner: “as abóbadas nervuradas românicas elevam-se 
sobre vãos quadrados” (ou quase quadrados). 
A Abóbada Românica
 Dessa forma, libertando a parte 
alta da construção, verificamos 
o reaparecimento dos 
clerestórios: na prática, um 
plano vertical, rasgado de 
janelões, entre a abóbada 
principal e as abóbadas nas 
naves laterais (menores e mais 
baixas).
A Abóbada Românica
Catedral de Speier
(c.1080, Alemanha)
 Diferente da abóbada de berço, a 
abóbada de arestas necessita de 
quatro pontos de apoio nos 
ângulos do seu vão; 
 Ao utilizarmos pilares (ou 
colunas) de grande espessura, 
estes poderão resistir aos empuxos 
e servir de ponto de apoio a quatro 
ângulos de outros tantos vãos 
(pois a abóbada de arestas pode 
ser construída em todas as 
direções, conforme vimos).
A Abóbada Românica
As Nervuras
 Os arcos que formavam as abóbadas eram, a princípio, 
simples arestas vivas: o encontro de duas superfícies 
curvas formando os panos da abóbada;
As Nervuras
 Mais tarde, no entanto, começou-se a dotar de ressaltos -
ou “nervuras” - aqueles arcos que separavam uma 
abóbada de arestas da outra (ao que tudo indica, iniciado 
em Durham, na Inglaterra). 
As Nervuras
 Com a utilização dessas nervuras, as abóbadas de 
arestas passam então a se chamar “abóbadas de 
cruzaria” (ou também “abóbadas de nervuras”).
As Nervuras
 Se a nervura se prolonga até o 
chão (ou seja, se a carga da 
abóbada continua pelo pilar), o 
próprio pilar que separa os 
quatro tramos toma a forma de 
uma cruz, com um núcleo 
central e quatro saliências: o 
pilar cruciforme, bastante 
frequente nas construções 
românicas.
Pilares Cruciformes
Pilares Cruciformes
 Este processo também pode ser ampliado. Exemplo: 
pode-se dotar com outras saliências os dois arcos 
diagonais, prolongando-as depois até o chão, ao longo 
dos mesmos pilares. Obtêm-se assim um pilar cruciforme 
que terá, para além do núcleo central, oito saliências.
 Esta forma de tramo, composto por uma abóbada de 
cruzaria apoiada em pilares cruciformes, é a mais 
típica expressão da arquitetura românica! 
O Tramo
 O uso desses tramos, por sua 
vez, tinha duas funções 
básicas: uma estrutural e 
outra estética. Ou seja, a 
estrutura definia o próprio 
caráter estético do estilo 
românico.
 Do ponto de vista estrutural, compreendeu-se logo que 
pelas nervuras passavam as maiores cargas de toda a 
estrutura. Ou seja, o resto da abóbada de cruzaria servia 
muito mais para cobrir o espaço do que efetivamente 
para sustentar o peso da cobertura. 
O Tramo: Estrutura
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=groin+vault&source=images&cd=&cad=rja&docid=8Iuct9U_J8SfxM&tbnid=CUyp7oa-EdY2yM:&ved=0CAUQjRw&url=http://quizlet.com/2538676/artf100-test2-worksheet-flash-cards/&ei=4rdYUaDWG4KW8gSD04DIBw&bvm=bv.44442042,d.dmQ&psig=AFQjCNFLNVcy2y1hFOWUuiDME4sYSMwTlg&ust=1364854996734998
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=groin+vault&source=images&cd=&cad=rja&docid=4gvnvRIWJc4zbM&tbnid=Yj0IEX0X0lTEbM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.buffaloah.com/a/DCTNRY/v/vault.html&ei=OLhYUa3YCoeE8ATthIGYBg&bvm=bv.44442042,d.dmQ&psig=AFQjCNFLNVcy2y1hFOWUuiDME4sYSMwTlg&ust=1364854996734998
 Foi assim que acabou-se por 
perceber que as zonas entre 
cada nervura (os “panos da 
abóbada”) nada mais eram do 
que algo para enchimento, 
qualquer coisa que pudesse ser 
sustentada pelas nervuras. 
O Tramo: Estrutura
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=groin+vault&source=images&cd=&cad=rja&docid=U9nWdqh7t8ebEM&tbnid=3VOficqHW5rSxM:&ved=0CAUQjRw&url=http://etc.usf.edu/clipart/58200/58290/58290_rib_vault.htm&ei=h7hYUdGyKIq88wTGs4CQBA&bvm=bv.44442042,d.dmQ&psig=AFQjCNFLNVcy2y1hFOWUuiDME4sYSMwTlg&ust=1364854996734998
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=groin+vault&source=images&cd=&cad=rja&docid=wksfDSdbw-o49M&tbnid=NqL5Tmx8qrAIIM:&ved=0CAUQjRw&url=http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Groin_Vault.jpg&ei=-LhYUaaXM5Pw8ATUpYEw&bvm=bv.44442042,d.dmQ&psig=AFQjCNFLNVcy2y1hFOWUuiDME4sYSMwTlg&ust=1364854996734998
 Era o nascer da concepção da 
arquitetura como esqueleto de 
sustentação, preenchido por 
camadas de pedra menos espessas 
e que iria tornar-se típica da 
arquitetura gótica (que da 
românica foi, ao mesmo tempo, 
“a superação e a continuação”). 
O Tramo: Estrutura
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=groin+vault&source=images&cd=&cad=rja&docid=TBYoSrTgCtbbaM&tbnid=gk2zC0tT-IaDkM:&ved=0CAUQjRw&url=http://wps.prenhall.com/wps/media/objects/3832/3924989/getstart/archi.html&ei=sblYUfm_Lozy9gSN3oCQCQ&bvm=bv.44442042,d.dmQ&psig=AFQjCNFLNVcy2y1hFOWUuiDME4sYSMwTlg&ust=1364854996734998
 Todavia, a descrição do tramo não acaba aqui: outros 
elementos derivaram de sua adoção. A abóbada de 
cruzaria (derivada da de arestas), conforme visto 
antes, sendo apoiada em quatro pilares não é, por si 
só, uma forma estável; 
O Tramo: Estrutura
 Dado ser construída por duas 
abóbadas de berço, tendea 
“abrir-se” (em razão do empuxo), 
ou seja, a empurrar os pilares 
(mesmo os mais robustos) para 
fora, o que acabaria por derrubá-
los.
 A maneira mais simples de resolver este inconveniente é, 
mais uma vez, encostar um tramo a outro tramo igual. 
Deste modo, teremos, sobre pilares comuns a dois
O Tramo: Estrutura
tramos, dois impulsos iguais e 
contrários, que alternadamente se 
anularão, garantindo o equilíbrio da 
estrutura. Mas também esta nova 
abóbada de cruzaria deverá, por sua 
vez, apoiar-se em “alguma” coisa
em suas extremidades...
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=groin+vault&source=images&cd=&cad=rja&docid=3PLJa3YccG0S6M&tbnid=_qaYMFjeZQhaQM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.sacred-destinations.com/france/tournus-church-photos/slides/xti_4454.htm&ei=pbpYUZGHFpGm8gTqg4GgDg&bvm=bv.44442042,d.dmQ&psig=AFQjCNFLNVcy2y1hFOWUuiDME4sYSMwTlg&ust=1364854996734998
O Tramo: Estrutura
 A igreja, em resumo, poderá ser constituída por uma 
série de tramos (quadrados e dispostos de maneira a 
formarem uma cruz latina na planta), sob a condição, 
no entanto, de resolver três pontos “fracos” que os 
tramos criam: a fachada principal, a fachada posterior
(a abside) e os lados do edifício. 
 A solução mais simples é a da fachada posterior, 
onde geralmente a igreja é rematada com uma ou mais 
capelas semicirculares (as capelas radiantes) cobertas 
de abóbadas esféricas: as absidíolas. Este arremate, 
por sua estrutura arqueada, opõe-se à pressão 
(empuxo) para o exterior, exercida pela série de 
abóbadas.
O Tramo: Estrutura
 Já a fachada principal é um problema mais 
complicado. Habitualmente, ela é uma parede lisa, 
na qual se rasgam portas e janelas. Assim, seria 
provável que, sob a pressão da estrutura interna e 
sem alguma forma de opor resistência aos empuxos, 
as abóbadas (e as próprias paredes da fachada) se 
projetassem para fora;
 As soluções para este problema podem ser múltiplas
e os arquitetos românicos experimentaram-nas 
todas.
O Tramo: Estrutura
 A mais simples de todas foi engrossar fortemente as 
paredes, de tal modo que a sua espessura garantisse 
qualquer inconveniente. 
O Tramo: Estrutura
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=ruins+of+romanesque+church&source=images&cd=&cad=rja&docid=5VJIaaRPOKMw1M&tbnid=NyYwbYVYeuv5-M:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.roamhungary.com/photos/romanesque_churches/zsambek--the_church_ruins_from_north/&ei=ur5YUbToJ4a08QTgk4HwBA&bvm=bv.44442042,d.dmQ&psig=AFQjCNEWRJGGowQYW7cy1iq7tr2JhM4fVQ&ust=1364856858646759
 Muito mais engenhosa e bastante 
mais disseminada, foi a solução 
dos contrafortes; 
 Quando o tramo principal, ou os 
tramos finais de uma igreja se 
apóiam sobre a fachada, não 
exercem a mesma pressão sobre 
toda a parede; ou seja, só 
precisam de apoio extra aqueles 
pontos que correspondem aos 
pilares dos tramos que encostam 
nessa fachada. 
O Tramo: Estrutura
Igreja de St. Etienne (Caen, França)
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=DsvjPy0lmEJZkM&tbnid=N6OvCtSN_VawcM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.cavetocanvas.com/post/3566257578/church-of-st-etienne-caen-france-c&ei=QjE8UrXBLIrq8wS6xIGQCA&bvm=bv.52434380,d.eWU&psig=AFQjCNEzh62213DWWqZvENVlTeRaf_6K3w&ust=1379762842129165
 Deste modo, para eliminar 
qualquer risco, bastará reforçar de 
forma adequada esses pontos. Isto 
faz-se apoiando à parede da 
fachada grandes pilares exteriores, 
os quais, devido à sua espessura, 
não possam ser derrubados pela 
pressão (empuxo) exercida sobre 
eles pelo tramo da primeira 
abóbada de cruzaria.
O Tramo: Estrutura
Fachada de igreja em 
Zsambeck (Hungria)
 Esta estrutura chama-se, precisamente por isso, 
contraforte, e é um dos elementos mais visíveis e 
característicos das construções românicas (ou pelo 
menos de muitas delas). 
O Tramo: Estrutura
 Finalmente, existem - e são utilizadas em algumas 
edificações - soluções muito mais complexas; 
O Tramo: Estrutura
 É claro que, por exemplo, se 
acrescentarmos à fachada duas 
torres, ou um pórtico, ou uma 
nova abside, ou então uma série 
de capelas radiantes, criar-se-á 
um conjunto que 
automaticamente resolve o 
problema da pressão exercida 
sobre aquele lado.
Igreja de St. Andreas (Colônia)
O Tramo: Estrutura
Catedral de Trier (Alemanha)
Liebfrauenkirche
(Koblenz)
O Tramo: Estrutura
Abadia de Maria Laach
(Alemanha)
 Resta, por último, a questão dos flancos (laterais).
 Também aqui há diversas maneiras de resolver o mesmo 
problema. Se a igreja tiver um único vão, isto é, se os 
seus tramos se apoiarem diretamente nas paredes, pode 
ser adotado o mesmo expediente que se empregou na 
fachada: engrossar as paredes, ou acrescentar-lhes 
contrafortes, em correspondência com os pontos de 
encontro dos vértices das cruzarias. 
O Tramo: Estrutura
Igreja de St. Nicholas (Dorset)
O Tramo: Estrutura
 Mas a igreja de nave única é uma exceção na 
arquitetura românica. A forma típica de igreja, nesta 
época, é a de três naves (ou, mais raramente, a de 
cinco): uma central, com tramos maiores, e uma menor 
(ou duas) de cada lado, cobertas também com 
abóbodas. 
O Tramo: Estrutura
Perspectiva (simplificada) da estrutura de uma basílica românica
O Tramo: Estrutura
Vista das “pequenas” abóbadas de 
aresta da nave lateral de uma igreja 
românica
 Evidentemente, a pressão das abóbadas laterais na 
direção do interior tenderá a contrabalançar a das 
abóbadas centrais na direção do exterior. Dado que as 
duas abóbadas não são iguais (em geral, as das naves 
laterais são bem menores do que as abóbadas da nave 
principal), ainda existirá um empuxo (residual) atuando 
na estrutura. 
O Tramo: Estrutura
 Esta carga, porém, poderá ser absorvida por uma nova 
nave lateral (geralmente menor), ou então por um 
espessamento da parede, ou ainda por uma série de 
contrafortes engastados nas paredes laterais.
O Tramo: Estrutura
Basílica de Saint-Remi
(França)
A Alternância dos Pilares
 Uma das características 
frequentes dos templos 
românicos é justamente a
alternância dos pilares internos, 
isto é, a sucessão de pilares 
maiores e menores, ou de 
pilares e colunas, mesmo 
quando não justificadas por 
razões construtivas (e até 
mesmo quando não existem 
abóbadas a suportar). 
Basílica de San Ambrogio
(Milão, Itália)
 Exemplo da Basílica de Santo 
Ambrósio (Milão): a solução 
adotada foi a de ladear a nave 
principal - coberta por grandes 
abóbodas de arestas - por duas naves 
menores, uma de cada lado, também 
elas cobertas com abóbadas de 
cruzaria, porém menores e mais 
baixas, de forma a que entre um 
pilar cruciforme e outro haja dois 
tramos menores para cada tramo 
maior. 
A Alternância dos Pilares
 Portanto, como a cada tramo principal correspondem 
dois tramos secundários, entre os pilares principais 
tem, forçosamente, de ser inserido um segundo pilar;
 Este segundo pilar, por sua vez, destinado a suportar 
apenas pequenas abóbadas de cruzaria, é obviamente 
menor que os principais (que devem suportar o peso 
das grandes abóbadas de aresta).
A Alternância dos Pilares
 Isto faz com que, para o observador que se encontre no 
interior, a nave apareça ritmada por um pilar grande e 
um pilar pequeno, alternados: é a este ritmo que os 
manuais de arquitetura designam por: A a A a A.
A Alternância dos Pilares
A Alternância dos Pilares
Basílica de San Ambrogio (Milão, Itália)
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=basilica+de+sant'ambrogio&source=images&cd=&cad=rja&docid=NdWtRYt3H5wNeM&tbnid=XKeMO91_oiGuwM:&ved=&url=http://www.tripadvisor.com.br/LocationPhotos-g187849-d591187-w3-Basilica_di_S_Ambrogio-Milan_Lombardy.html&ei=JY9pUe_xK4XI0wHi6YHQDw&bvm=bv.45175338,d.dmQ&psig=AFQjCNFCDw9ym8i43VlTLpY7Z57nGMKSyw&ust=1365958822016459
A Alternância dos Pilares
Interior da Igreja de St. 
Michael, em Hildersheim, com 
a modulação de pilares do tipo 
a-b-b-a-b-b-a(onde “a” é um 
pilar quadrado e “b” uma 
coluna).
A Alternância dos Pilares
Igreja de São Servatius (Quedlinburg, Alemanha) – séc.X
As Criptas
 Outro elemento muito difundido 
na arquitetura românica, 
encontrado em várias regiões, é a 
cripta, ou seja, uma pequena 
capela, geralmente coberta por 
uma abóbada de cruzaria, no todo 
ou em parte subterrânea e 
colocada sob o altar-mor do 
templo, cujas funções eram 
sobretudo a guarda dos tesouros e 
relíquias, sepultamentos e também 
a celebração de missas. 
San Gregorio Maggiore (Spoleto, Itália)
As Criptas
Cripta da Catedral de Dijon (França) – séc. XI
Ornamentos
 O elemento decorativo principal - e um dos 
componentes mais importantes da arquitetura românica 
– é justamente o arco;
 Na quase totalidade dos casos, o arco é semicircular, ou 
seja, de volta perfeita (o mesmo usado pelos romanos). 
 Muitas vezes, o arco é ainda 
acompanhado por uma moldura mais ou 
menos elaborada que lhe realça o perfil;
 Quase com a mesma freqüência, tal 
moldura (ou seu intradorso), é decorada 
com uma alternância de pedras claras e 
escuras, ou então de pedra e tijolo: surge 
uma bicromia, isto é, um jogo de claro-
escuro – um dos mais freqüentes e 
“pitorescos” elementos decorativos da 
arte românica.
Ornamentos
Ornamentos
Basílica de San Ambrogio (Milão)
Ornamentos
Basílica de St. Madeleine de Vezeláy (França)
Ornamentos
Basílica de San Zeno (Verona, Itália) – séc. XII
 Outro elemento - a meio caminho entre o funcional e o 
decorativo - é a rosácea: uma grande abertura circular, 
perfurada e preenchida de vitrais, que surge como 
principal ornamento da fachada (e por vezes, embora 
com menor frequência, também das naves laterais da 
igreja) e que tem a mesma função de uma ampla janela.
Ornamentos
Igreja de San Ponciano
(Itália)
Ornamentos
Basílica de San Zeno Maggiore (Verona, Itália)
Ornamentos
Catedral (Duomo) de Volterra
 A rosácea era, na maior parte 
dos casos, a maior fonte de 
iluminação do edifício, ou pelo 
menos de sua nave central.
Igreja de S. Pedro (Ávila)
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=romanesque+church&source=images&cd=&cad=rja&docid=F5P4SIWxb_AEmM&tbnid=8Vkz5SdAT_mrBM:&ved=&url=http://www.fotoviajero.com/en/places/castilla-y-leon/romanesque-church-of-san-pedro-avila_783&ei=aZhpUbPdKsrZ0wHjkYHIBw&bvm=bv.45175338,d.dmQ&psig=AFQjCNEVh-k60AprIZCyqoK2fXjN4KsEsw&ust=1365961194132737
 E isso porque estava em voga, na época do românico, 
um tipo particular de janela, que correspondia 
simultaneamente às exigências da segurança e da 
estética, enquanto garantia uma determinada 
iluminação, difusa e discreta, com uma abertura 
mínima: a janela de voamento.
Ornamentos
 A janela de voamento é, na verdade, uma fresta 
estreita, rasgada a meio de uma parede, que se vai 
alargando progressivamente para o interior (voamento
simples), ou então tanto para o interior quanto para o 
exterior (voamento duplo). 
Ornamentos
 A partir do século XII, desenvolveu-se um importante 
elemento decorativo que o românico e o gótico 
compartilham: o portal com figuras decorativas; 
 Na França, os primeiros exemplos podem ser 
encontrados por volta de 1130-1135, em Autun e 
Vezeláy. 
Ornamentos
Tímpano da Catedral de 
Autun (França)
Ornamentos
Tímpano da Basílica de St. Madeleine de Vezeláy (França)
 Abaixo dos tímpanos, entre as 
portas, surge um outro elemento 
típico: o mainel (ou “parte-luz”), 
um pilar esculpido que divide ao 
meio o vão do portal; 
 Esse elemento, “verdadeiro ponto 
de encontro entre a escultura e a 
arquitetura”, empregou-se com 
maior frequência na França.
Ornamentos
Ornamentos
Basílica de St. Madeleine de 
Vezeláy (França)
Catedral de Sta. Maria de 
Tarragona (Espanha)
 Os capitéis das colunas tanto eram decorados com 
relevos diversos (motivos geométricos, florais etc.), 
como podiam ser também do tipo historiado (ou seja, 
um “capitel historiado”), que procurava mostrar, em 
cada uma das faces, uma história sequencial;
 O medo dos “poderes demoníacos” e do fim do 
mundo era tão real quanto a religiosidade nesta época, 
por isso outros temas também eram explorados nestes 
capitéis: lendas pagãs, cenas do imaginário popular 
com figuras de animais ou figuras míticas etc.
Ornamentos
Ornamentos
Abadia de San Juan de la Peña (Espanha)
Ornamentos
Abadia de Maria Laach (Alemanha)
Ornamentos
Basílica de Santa Giulia (Itália)
Ornamentos
Catedral de Autun (França)
 O exterior acrescenta a esses 
elementos decorativos uma nova 
série, os quais, mais uma vez, 
fazem uso do arco;
 Exemplo: as arcarias cegas, 
clássica solução decorativa do 
românico lombardo, que 
consistem numa faixa de 
pequenos arcos, muito usada 
como cornija decorativa (a 
chamada banda lombarda), sob o 
telhado ou como moldura a 
separar partes da construção.
Ornamentos
Ornamentos
Catedral de Bitonto (Puglia, Itália) – c.1150-1200 
 “A estes pormenores de ordem eminentemente 
decorativa, somam-se as diversas concepções de 
que o organismo da igreja se revestiu nas várias 
regiões em que o românico se desenvolveu”; 
(Pevsner)
 Este é, na realidade, um estilo variadíssimo, que 
ligou, num espírito de unidade, uma infinita série 
de diferenças, de escolas e de manifestações locais 
mais ou menos importantes. 
Ornamentos
Subestilos regionais: a França
 “Talvez não devêssemos falar da França 
enquanto nação nos séculos XI e XII. O 
país ainda estava dividido em territórios 
separados que guerreavam entre si e, 
com isso, não havia uma escola de 
arquitetura única como já existia na 
Inglaterra, graças aos reis normandos. 
Na França, as mais importantes escolas 
são as da Normandia, de Borgonha, de 
Provence, de Auvergne e de Poitou”. 
(Pevsner)
Subestilos regionais: a França
 “Os hábitos relativamente fixos dessas regiões eram 
cortados por uma forte corrente, vinda do norte e do 
oeste da França, descendo em direção ao noroeste da 
Espanha: era a corrente das principais rotas de 
peregrinação”;
 Na Idade Média, com efeito, as 
peregrinações eram o principal meio de 
comunicação cultural e a sua influência 
no planejamento das igrejas é evidente;
 A meta era Santiago de Compostela, 
santuário tão célebre quanto Jerusalém e 
Roma. 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=medieval+pilgrimage&source=images&cd=&cad=rja&docid=TO-I0zF4MRrFXM&tbnid=p8_SIDU2NQ901M:&ved=&url=http://www.internationalschooltoulouse.net/vs/pilgrims/motive.htm&ei=-aFpUfGkMJS_0QHT8IDIDA&bvm=bv.45175338,d.dmQ&psig=AFQjCNHcPc6imRph2uIiFv_6rV3AZ-65Nw&ust=1365963642199682
Subestilos regionais: a França
 A partir da Normandia, de onde depois foi levado para 
a Inglaterra, encontramos o costume de decorar a parte 
interna de algumas igrejas com desenhos geométricos.
Notre-Dame-La-Grande
(Poitiers, França)
 Surge ainda uma outra 
inovação normanda: a 
abóbada de cruzaria 
aparece agora sexpartida
(ou seja, dividida em seis 
seções ao invés das usuais 
quatro), apresentando 
nervuras transversais às 
duas diagonais.
Subestilos regionais: a França
Igreja de St. Etienne
(França)
 Essa “nova” nervura, que se 
prolonga até o chão, como as 
outras, converge sobre o pilar 
intermediário (o menor) e 
acaba transformando-o em um 
novo pilar cruciforme (ou 
seja, fazendo dele um pilar 
como os demais), dando um 
ritmo mais “dinâmico” à nave 
(que apresenta, deste modo, 
uma sucessão (ritmo) do tipo 
AAA). 
Subestilos regionais: a França
Igreja Trinité (Caen)
 Essa mudança será 
fundamental na concepção das 
igrejas góticas! Retornará, 
portanto, aquele ritmo “veloz” 
do interior das basílicas 
paleocristãs que procurava 
dirigir o olhar dos fiéis em 
direção ao altar com maior 
rapidez. 
Subestilos regionais: a França
Igreja Trinité (Caen)
Subestilos regionais: a Alemanha
 No que diz respeito à complexidade dos traçados, é à 
Alemanha que cabe a primazia; Era frequente que as suas igrejas não só tivessem uma 
extremidade, como também cada braço do transepto
mais ou menos complexos.
Igreja de São Miguel (Michaeliskirche) em Hildersheim (Alemanha)
Subestilos regionais: a Alemanha
Planta baixa da Igreja de São Miguel em Hildersheim (Alemanha)
Subestilos regionais: a Alemanha
Planta baixa da Igreja de St. Andreas Grundriss (Alemanha)
Subestilos regionais: a Alemanha
Igreja de Santa Maria do Capitólio (Colônia)
Subestilos regionais: a Alemanha
 Um outro elemento, ainda mais importante para o 
futuro da arquitetura européia, foi a fachada com 
duas torres;
 Aparece (segundo Pevsner) pela primeira vez na 
catedral de Estrasburgo, na forma que tinha em 1015 
(mas que depois foi alterada);
 Esse tema, contudo, foi imediatamente assimilado 
pela “mais ativa” das províncias francesas, a 
Normandia, de onde depois (mais uma vez) passou à 
Inglaterra. 
Subestilos regionais: a Alemanha
Catedral 
de Munster
Catedral 
de Worms
Subestilos regionais: a Alemanha
 Além disso, é típica do românico alemão uma grande 
“inflorescência de torres”, que surgiram com diferentes 
formas e dimensões, quer na fachada do edifício, quer 
na cabeceira, quer até mesmo no cruzeiro.
Abadia de Maria Laach
(Alemanha)
Subestilos regionais: a Itália
 Ao contrário da Alemanha, que 
reúne numa única edificação 
todos os elementos do culto 
cristão, a Itália tende a separá-
los. Ou seja, o típico traçado 
românico de um conjunto 
italiano é uma série de 
construções independentes: a 
igreja, o batistério e o 
campanário. 
Duomo de San Rufino (Itália)
Subestilos regionais: a Itália
Catedral de Parma, com seu campanário e batistério – séc. XII 
Subestilos regionais: a Itália
Igreja de San GIovanni, com seu campanário e batistério – c.1008
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=nS3L_XMfb8VLCM&tbnid=0DjPjBvlOXs8KM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.marcostucchi.com/articoli/VigoloMarchese/index.html&ei=6DU8UojkFYXQ8wTMyoCYDA&bvm=bv.52434380,d.eWU&psig=AFQjCNGs2cw8o3JQ_2v_1zwnTRMfciWr4A&ust=1379764026763289
Subestilos regionais: a Itália
Catedral de Cremona (c.1107), com seu campanário e batistério
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=NBAOW7uFXkXeiM&tbnid=ojwttWIe1107yM:&ved=0CAUQjRw&url=http://scottbrownscerebralcaffeine.wordpress.com/2013/04/&ei=Nzc8UpmeCov88QSvy4Fg&bvm=bv.52434380,d.eWU&psig=AFQjCNHvPMxQQflTcZ6Q_-FGX6UgUXhmmw&ust=1379764377668772
Subestilos regionais: a Itália
 O batistério, de planta central (octogonal, circular 
etc.), está quase sempre ao lado - ou mesmo à frente -
do templo.
Batistério de Pisa
Batistério da 
Catedral de Parma
Subestilos regionais: a Itália
 O campanário (campanile), 
ou torre sineira, é geralmente 
construído ao lado da fachada 
principal da igreja. 
Campanário (torre sineira) da 
Catedral de Santa Maria 
(Anagni, Itália)
Subestilos regionais: a Itália
Catedral de Pisa, com seu batistério e a famosa torre inclinada (campanário)
Subestilos regionais: a Itália
 Quanto às igrejas, prevalecem as formas simples –
fachadas de empena triangular, com telhado de duas 
águas, com as duas naves laterais muito mais baixas que 
a central – e, sobretudo, diferenças decorativas, mais do 
que estruturais, conforme as várias regiões.
Catedral de TroiaAbadia de Sant’Antimo
Subestilos regionais: a Itália
 Exemplos: nas regiões ao norte da Itália, observa-se 
filas e mais filas de arcadas sobrepostas nas fachadas.
Detalhe da fachada da 
Catedral de Troia 
(Puglia, Itália)
Catedral de Lucca
Catedral de Pisa
Subestilos regionais: a Inglaterra
 Menos rica em variações (mas não menos rica de 
exemplos interessantes), foi a Inglaterra;
 “Esta, se adotou muitas soluções de origem francesa 
(através dos normandos), não se limitou a repeti-las, 
antes dando delas uma versão original, quer pela 
habilidade construtiva, quer pela imponência dos 
edifícios”;
Catedral 
de Durham
 “Não se pode discutir o estilo 
românico sem levar em 
consideração as catedrais e abadias 
normandas na Inglaterra.” (Pevsner)
http://www.sacred-destinations.com/england/durham-cathedral-photos/slides/view2-cc-nick-thompson
Subestilos regionais: a Inglaterra
 Na Inglaterra, a catedral de Durham é o monumento 
principal. Foi iniciado em 1093 e recebeu as abóbadas da 
parte leste em 1104 e da nave principal em 1130. 
Vista aérea da 
catedral de Durham
Subestilos regionais: a Inglaterra
 A nave parece mais alta do que na realidade é, uma vez 
que, em vez de ser coberta por um teto plano, como era o 
costume na Inglaterra naquela época, foi coberta por uma 
abóbada ogival. 
Interior da catedral de 
Durham (coro)
Subestilos regionais: a Inglaterra
 “Em Durham, as abóbadas do coro 
(...) são provavelmente as mais 
antigas abóbadas ogivais da 
Europa, o que justifica o lugar de 
destaque ocupado por essa 
construção na história da 
edificação.” (Pevsner)
Subestilos regionais: a Inglaterra
 Segundo alguns historiadores, teria sido também em 
Durham, que se construíram as primeiras abóbadas de 
nervuras (cruzaria);
 Em Durham, a abóbada de 
nervura “confere à toda a 
estrutura da igreja uma 
vivacidade que se opõe ao peso 
das paredes inertes que oprime 
tanto os interiores do século XI.” 
(Pevsner)
Subestilos regionais: a Inglaterra
 A mesma “vivacidade” (ainda que relativa) foi dada pelos 
desenhos geométricos que ornam algumas colunas, 
especialmente as linhas em zigue-zague. 
O interior da catedral de 
Durham (Inglaterra)
Subestilos regionais: a Inglaterra
 No entanto, apesar de todos estes 
elementos ornamentais que 
alteram o ritmo normal do interior 
do edifício, a arquitetura, em 
Durham, “está longe de ser alegre 
ou dinâmica”. 
O interior da catedral de 
Durham (Inglaterra)
Arquitetura Secular
 Ao falarmos da arquitetura românica, não nos 
referimos até agora aos edifícios laicos, os quais, 
embora em número reduzido em relação aos 
eclesiásticos, existem de fato. Sobretudo, castelos e 
alguns palácios. 
Clifford Tower
(c.1245)
http://www.sacred-destinations.com/england/york-cliffords-tower-photos/slides/DSC_0008pl
Arquitetura Secular
Castelo de Sta. Maria da Feira (Portugal) – final do séc. X ou início do séc. XI
Arquitetura Secular
Castelo Loarre (Espanha) – século XI
Arquitetura Secular
Castelo em Ulrichsburg (século XII)
Arquitetura Secular
 A omissão deve-se, em parte, ao fato de a estes 
edifícios não se aplicar com muita propriedade a 
definição de românico, tendo em vista, sobretudo, o 
cunho dado à arquitetura religiosa.
file:///upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a4/Saint-Guilhem-le-D%25C3%25A9sert20_adjusted.JPG
Arquitetura Secular
 Além disso, aqueles edifícios que podemos considerar 
“tipicamente românicos” são, na verdade, muito 
parecidos aos edifícios religiosos (com as devidas 
adaptações, é lógico). 
Residência em Treis-Karden
(Alemanha) – c. 1167/68
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=bDf5jgO3DqmZpM&tbnid=2z6mRaXYawGyoM:&ved=0CAUQjRw&url=http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Treis-Karden,_Haus_Korbisch,_2012-08_CN-02.jpg&ei=_Ds8UvbCKoGS9QSz_YCYDQ&bvm=bv.52434380,d.eWU&psig=AFQjCNHClMa9us9B7p94depkZA-qmVrsZw&ust=1379765606639065
Arquitetura Secular
White Tower (Londres) – século XI
Arquitetura Secular
Castelo de Colchester (Inglaterra) – século XI
Referências:
CONTI, Flavio. Como reconhecer a arte Românica. Lisboa: Edições 70, 
1984.
JORDAN, Robert Furneaux. História da Arquitetura no Ocidente. São 
Paulo: Editorial Verbo, 1985. 
PEVSNER, Nikolaus. Panorama da Arquitetura Ocidental. São Paulo: 
Martins Fontes, 2002.
ROMANESQUE Architecture. Disponível em: <http://www.sacred-
destinations.com/reference/romanesque-architecture>. Acesso em: 26 fev. 
2013. 
TOMAN, Rolf. Romanesque: Architecture,Sculpture, Painting. Potsdam: 
H. F. Ullmann, 2010.