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Patrimônio Líquido - Cont III

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Universidade Estadual Do Centro-Oeste – UNICENTRO
Setor de Ciências Sociais Aplicadas – SESA/G
Departamento De Ciências Contábeis – DECIC/G
TALITA TAMIRIS KOKOTEN
QUESTÕES PARA ESTUDO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Trabalho a ser entregue à disciplina Contabilidade III – 3º ano do curso de Ciências Contábeis para obtenção de nota parcial semestral.
Professora Luci Longo.
Guarapuava/Pr
2020
1. Quais são as contas que compõem o PL. Cite e explique sinteticamente.
As contas que fazem parte do Patrimônio Líquido são:
· Capital Social – representa valores recebidos dos sócios e também aqueles gerados pela empresa que foram formalmente (juridicamente) incorporados ao Capital (lucros a que os sócios renunciaram e incorporaram como capital);
· Reservas de Capital – representam valores recebidos que não transitaram e não transitarão pelo resultado como receitas, pois derivam de transações de capital com os sócios;
· Ajustes de Avaliação Patrimonial – representam as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo e do passivo, em decorrência de sua avaliação a valor justo, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência; algumas poderão não transitar pelo resultado, sendo transferidas diretamente para lucros ou prejuízos acumulados.
· Reservas de Lucros – representam lucros obtidos e reconhecidos pela empresa, retidos com finalidade específica;
· Ações em Tesouraria – representam as ações da companhia que são adquiridas pela própria sociedade (podem ser quotas, no caso das sociedades limitadas);
· Prejuízos Acumulados – representam resultados negativos gerados pela empresa à espera de absorção futura; no caso de sociedades que não por ações, podem ser Lucros ou Prejuízos Acumulados, pois pode também abranger lucros à espera de destinação futura.
1. Evidencie como as contas do PL são apresentadas no Balanço Patrimonial, segundo as normas atuais de contabilidade.
1° Capital Social;
2° Reservas de Capital;
3° Ajustes de Avaliação Patrimonial;
4° Reservas de Lucros;
5° Ações em Tesouraria;
6° Prejuízos Acumulados.
1. Quanto a contabilização da integralização do Capital Social pelos sócios qual a principal base legal vigente. Dê exemplos dos lançamentos e detalhes dos lançamentos e das contas no BP.
 O art. 182 da Lei no 6.404/76 estabelece que “a conta do capital social discriminará o montante subscrito, e, por dedução, a parcela ainda não realizada”. Dessa forma, a empresa deve ter a conta de Capital Subscrito e a conta devedora de Capital a Integralizar, sendo que o líquido entre ambas representa o Capital Realizado.
O esquema de contabilização deve ser feito da seguinte forma:
· Subscrição feita pelos acionistas
D – Capital a Integralizar
C – Capital Subscrito
· Integralização feita pelos acionistas (em dinheiro ou bens)
D – Banco
C – Capital a Integralizar
Sua classificação no Balanço Patrimonial ficará:
	Capital Social
	R$ 100.000,00
	(-) Capital a integralizar
	R$ 20.000,00
	Capital Realizado
	R$ 80.000,00
1. O capital social da S/A divide-se em ações, explique melhor os aspectos contábeis.
A ação é a menor parcela em que se divide o capital social da companhia. 
As ações podem ser ordinárias, ou preferenciais, ou de fruição,1 de acordo com a natureza dos direitos ou vantagens conferidas a seus titulares. A Lei no 6.404/76, em seu art. 176, estabelece que informações sobre o número, espécies e classes das ações do capital social devem ser evidenciadas em notas explicativas para melhor compreensão sobre capital.
1. Quais as alterações significativas em relação a correção monetária do capital e quanto a classificação das contas no PL?
O Pronunciamento Conceitual Básico – Estrutura Conceitual para elaboração e apresentação das Demonstrações Contábeis (do CPC) destaca que, normalmente, numa base de continuidade operacional, somente por coincidência o valor pelo qual o Patrimônio Líquido é apresentado no balanço patrimonial será igual ao valor de mercado das ações da companhia, ou igual à soma que poderia ser obtida pela venda de seus ativos e liquidação de seus passivos isoladamente, ou da entidade como um todo. 
Patrimônio Líquido é dividido em:
· Capital Social;
· Reservas de Capital; 
· Ajustes de Avaliação Patrimonial; 
· Reservas de Lucros;
· Ações em Tesouraria; 
· Prejuízos Acumulados. 
1. Conceitue Reservas, classifique-as e de uma explicação resumida.
As Reservas de Capital são constituídas de valores recebidos pela companhia e que não transitam pelo Resultado como receitas, por se referirem a valores destinados a reforço de seu capital, sem terem como contrapartidas qualquer esforço da empresa em termos de entrega de bens ou de prestação de serviços. Constam como tais:
· Reservas o ágio na emissão de ações: Representa a contrapartida do resultado a maior recebido na venda das ações da empresa. Quando uma ação emitida é vendida por um valor superior ao seu valor nominal ou a ela atribuído (no caso de não existir valor nominal), essa diferença é contabilizada em conta separada do capital social, dentro do patrimônio líquido, denominada ágio na emissão de ações.
· Alienação de partes beneficiárias:  é a reserva formada pelo valor resultante da venda de partes beneficiárias. As partes beneficiárias são valores mobiliários (títulos) que asseguram ao seu possuidor participar em até 10% nos lucros da empresa que os emite. Servem como instrumento de captação de recursos pelas empresas, alternativamente à emissão de títulos de dívida e de ações. 
Esses papéis podem ser concedidos gratuitamente, ou podem ser alienados, e são resgatáveis ou não em uma data futura. Entretanto, somente a venda de “partes beneficiárias” será registrada no PL. A doação ou cessão gratuita será controlada extra-contabilmente, não sendo registrada como reserva, pois não houve uma origem de recursos.
A emissão de títulos de partes beneficiárias deverá constar em Notas Explicativas justificando o assunto e informando o prazo de validade (máximo 10 anos), as vantagens do beneficiado e as condições de resgate. Segundo a Lei n. 10.303/2001 que modificou a Lei n. 6.404/1976, as sociedades anônimas de capital aberto estão proibidas de emitirem partes beneficiárias.
· Bônus de subscrição:  é formada pelo resultado da venda de bônus de subscrição. Os bônus de subscrição são valores mobiliários que conferem ao seu possuidor o direito de subscrever ações da companhia que os emite por um preço certo em uma data futura.
Bônus de subscrição são títulos negociáveis no mercado emitidos dentro do limite do capital autorizado que podem ser vendidos para sócios ou terceiros ou dados como vantagem adicional aos subscritores de ações.
· Reserva legal: instituída para dar proteção ao credor é tratada no art. 193 da Lei no 6.404/76 e deverá ser constituída com a destinação de 5% do lucro líquido do exercício;
· Reservas estatutárias: são constituídas por determinação do estatuto da companhia, como destinação de uma parcela dos lucros do exercício;
· Reservas para contingências: O objetivo da constituição dessa reserva é segregar uma parcela de lucros, inclusive com a finalidade de não a distribuir como dividendo;
· Reserva de lucros a realizar: O objetivo de constituí-la é não distribuir dividendos obrigatórios sobre a parcela de lucros ainda não realizada financeiramente pela companhia, quando tais dividendos excederem a parcela financeiramente realizada do lucro líquido do exercício;
· Reserva de lucros para expansão: Para atender a projeto de investimento, a companhia poderá reter parte dos lucros do exercício, conforme disciplinado pelo art. 196 da Lei no 6.404/76, que trata da reserva de Retenção de Lucros;
· Reservas de incentivos fiscais: A Reserva de Incentivos Fiscais foi criada pela Lei no11.638/07, que adicionou à Lei no 6.404/76 o art. 195-A, com a seguinte redação: “A assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar para a reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de doações ou subvençõesgovernamentais para investimentos, que poderá ser excluída da base de cálculo do dividendo obrigatório;
· Reserva especial para dividendo obrigatório não distribuído: A companhia deverá constituir essa Reserva de Lucros quando tiver dividendo obrigatório a distribuir, mas sem condições financeiras para seu pagamento.
1. Quanto as normas que regem os dividendos. Esclarecer.
Pela atual legislação societária, as companhias devem, na data do
balanço, contabilizar a destinação do lucro líquido proposta pela Administração, inclusive os Dividendos Propostos (§ 3o do art. 176 da Lei no 6.404/76), que figurarão no Passivo Circulante quando se referirem aos mínimos obrigatórios, ou em conta destacada dentro do Patrimônio Líquido nos demais casos. Dessa forma, a empresa com investimentos em outras sociedades deve verificar os dividendos propostos, já contabilizados nos balanços dessas empresas, devendo registrar a receita de dividendos proporcionais quando efetivamente declarados pela assembleia dos acionistas ou dos sócios da investida. No caso de algum tipo de entidade que tenha outra forma de declaração, o dividendo deve ser reconhecido quando o direito ao seu recebimento estiver estabelecido. 
Nesse caso, o reconhecimento se faz debitando uma conta representativa dos dividendos a receber e creditando a receita correspondente, como indicado. 
Essa conta a receber está prevista no Modelo de Plano de Contas, no Ativo Circulante, no subgrupo Outros Créditos.
1. Qual foi o grupo de Reserva extinto pela Lei 11.638/07 e qual a principal razão para essa mudança? 
A partir da vigência da Lei no 11.638/07 foi extinta a possibilidade de manutenção e apresentação de saldos a título de Lucros Acumulados no Balanço Patrimonial. A Lei no 11.638/07, ratificada pela Lei no 11.941/09, ao estabelecer a nova estrutura do Patrimônio Líquido, prevê apenas a apresentação de resultados remanescentes no Balanço Patrimonial se estes forem negativos, devendo ser utilizada, nestes casos, a conta Prejuízos Acumulados.
A lei foi criada para adequar o Brasil aos padrões internacionais de regulamentação da profissão.
9)   Resuma o item 22.9, fixação, casos omissos e exemplos. (Dividendos)
O dividendo “mínimo” obrigatório surgiu como um dos instrumentos de fomento à cultura de mercado de capitais que no Brasil florescia, idealizado pelos responsáveis pela elaboração da Lei no 6.404/76. 
O dividendo obrigatório serviu também ao propósito de compelir aquelas companhias, cujos estatutos sociais não fixassem de modo preciso e minucioso o dividendo a que teria direito seu acionista, a regular a matéria. 
Quando o estatuto fixar o percentual do dividendo desde a constituição da empresa (não for omisso) é livre sua fixação.
Quem manda no percentual dos dividendos obrigatórios é o estatuto social da empresa, se o estatuto for omisso, a Lei n. 6.404/1976 legisla sobre o assunto.
O assunto está previsto no artigo 202 da Lei n. 6.404/1976:
Art. 202. § 2o Quando o estatuto for omisso e a assembleia-geral deliberar alterá-lo para introduzir norma sobre a matéria, o dividendo obrigatório não poderá ser inferior a 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido ajustado nos termos do inciso I deste artigo.
A Lei determina que a administração deverá propor, na data do balanço, a destinação do resultado, inclusive dividendos de no mínimo 50% do lucro ajustado.
Quanto à ordem na “fila” de recebimento de parte dos lucros destinada a tal fim: em dividendo prioritário: (que são os detentores de ações que conferem dividendo prioritário aos seus titulares têm prioridade de participação nos lucros. Se não houver lucro suficiente para o pagamento de dividendos a todos os acionistas, aqueles serão beneficiados. Em regra, os acionistas preferencialistas têm direito de receber dividendos prioritários) e dividendo não prioritário.
Quanto ao direito ao seu recebimento, ainda que não se apure lucro em dado exercício: dividendo cumulativo (dá direito ao seu beneficiário de recebê-lo no exercício em que houver lucros suficientes para sua distribuição, quando não for possível distribuí-lo no exercício social de sua competência) e dividendo não cumulativo.
Quanto à forma de apropriação dos lucros a serem distribuídos: dividendo mínimo (possibilita aos seus beneficiários participação em lucros remanescentes a serem distribuídos em igualdade de condições com as ações ordinárias, depois de a estas garantido um dividendo igual ao mínimo. Como regra geral são atribuídos aos acionistas preferencialistas), dividendo fixo (não possibilita aos seus beneficiários participação em lucros remanescentes) e dividendo obrigatório.
100.000,00R$ 100.000,00R$ 
Capital a integralizarCapital Subscrito
80.000,00R$ 80.000,00R$ 
BancoCapital a integralizar

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