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Metodologia científica

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Aula 1: Metodologia Científica 
Introdução AULA 1: METODOLOGIA CIENTÍFICA 
Ninguém duvida da necessidade de organização de nossas tarefas 
diárias, ninguém contesta a tese de que uma mente criativa, fertilizada, 
estará mais preparada para enfrentar as dificuldades, certo? 
 
A todo momento nos interrogamos sobre o significado e a função da 
Metodologia Científica, bem como seu ponto de partida, que recai sobre 
atitudes que não são espontâneas à existência humana, ao contrário da 
fala, por exemplo, que sem dúvida é um ato espontâneo. Porém, 
dominar a linguagem não depende do desenvolvimento natural dos 
sujeitos, mas de habilidades e competências para uma postura reflexiva 
e crítica. 
 
A disciplina está dividida em 4 blocos: 
 
BLOCO 1 Da Metodologia Científica 
Conhecimento 
Método 
 
BLOCO 2 Da Pesquisa 
Leitura 
Pesquisa 
 
BLOCO 3 Das Regras 
Como fazer 
 
BLOCO 4 Das Regras 
IES 
Projeto Pedagógico 
Objetivos 
1) Identificar os tipos de conhecimentos”; 
 
2) Distinguir os conceitos de senso comum, conhecimento filosófico, 
científico e discurso religioso. 
Metodologia Científica 
Esta aula faz parte do primeiro bloco e visa uma maior aproximação da 
Metodologia Científica e do processo de desenvolvimento e aquisição do 
conhecimento. Bons Estudos! 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=01
http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=01
http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=01
 
Você já ouviu falar em Metodologia Científica, mas será que sabe 
de fato o que? 
 
Metodologia científica é o estudo dos métodos de conhecer, de buscar o 
conhecimento. É uma forma de pensar para se chegar à natureza de um 
determinado problema, seja para explicá-lo ou estudá-lo. KAHLMEYER-
MERTENS et al. Como elaborar projetos de pesquisa: linguagem e 
método. Rio de janeiro: FGV, 2007. p. 15 
 
Metodologia significa, na origem do termo, estudo dos caminhos, dos 
instrumentos usados para se fazer ciência. É uma disciplina instrumental 
a serviço da pesquisa. Ao mesmo tempo visa conhecer caminhos do 
processo científico, também problematiza criticamente, no sentido de 
indagar os limites da ciência, seja com referência à capacidade de 
conhecer, seja com referência à capacidade de intervir na realidade. 
 
(DEMO, Pedro. Metodologia científica em ciências sociais. 3. ed. São 
Paulo: Atlas, 2007. p. 11.) 
 
Para nós, método é um conjunto de etapas, ordenadamente dispostas, a 
serem vencidas na investigação da verdade, no estudo de uma ciência, 
ou para alcançar determinado fim. E metodologia (do grego methodos + 
logia) significa o “estudo do método”. 
 
Quanto à palavra ciência, durante muito tempo ela serviu para indicar 
conhecimento em sentido amplo, genérico, como na expressão “tomar 
ciência”, cujo significado é “ficar sabendo”. Aos poucos, porém, como 
veremos, ganhou também sentido restrito, passando a designar o 
conjunto de conhecimentos precisos e metodicamente ordenados em 
relação a determinado domínio do saber. 
 
(RAMPAZZO, Lino. Metodologia científica: para alunos dos cursos de 
graduação e pós-graduação. 3. ed. São Paulo: Loyola, 2005. p. 13.) 
 
Após a leitura dos livros, podemos afirmar que: 
Metodologia científica é o estudo dos métodos de conhecer e de 
buscar o conhecimento; 
Metodologia científica é o estudo dos caminhos e dos instrumentos 
usados para se fazer ciência. 
 
Das alternativas acima: 
 
Apenas a I é verdadeira; 
Apenas a II é verdadeira; 
Todas as alternativas são verdadeiras; 
Todas as alternativas são falsas. 
 
A metodologia científica está dentro de duas grandes áreas... 
... E essas duas áreas se completam! 
 
Epistemologia 
 
“A ciência sem a epistemologia – na medida em que tal seja imaginável 
– é primitiva e confusa” Albert Einstein 
 
Epistemologia vem de episteme = termo grego que designa ciência; 
logia/logos = estudo. 
 
Também conhecida como Filosofia da ciência, a área se ocupa da 
fundamentação da ciência. 
 
Metodologia Científica Aplicada 
A Metodologia Científica está destinada à pesquisa e à elaboração de 
trabalhos acadêmicos e científicos. 
 
E por que tenho que estudar Metodologia Científica? 
Se considerarmos o conhecimento e a verdade como algo dinâmico e 
histórico, encontraremos o ser humano como razão e fundamento desse 
saber. 
Assim, não será preciso mais fazer perguntas do tipo: por que tenho que 
estudar? Já que a resposta está na célebre frase de Descartes, “penso, 
logo existo”. Porque essa é a nossa essência.... 
... Ademais, muitos são os motivos para estudar Metodologia Científica: 
 
E por que tenho que estudar Metodologia Científica? 
Porque o conhecimento científico não existe sem método, sem uma 
linguagem específica, ou um rigor próprio. 
 
E por que tenho que estudar Metodologia Científica? 
Porque o maior desafio da Instituições de Ensino Superior está em 
desenvolver a postura de um pesquisador ao longo do processo 
educacional. 
 
E por que tenho que estudar Metodologia Científica? 
 
Porque é preciso desenvolver a autonomia do pensamento, muito 
presente no meio acadêmico. No exercício profissional, o sucesso está 
intimamente relacionado à capacidade de planejar e de organizar o 
pensamento, muitas vezes adquirida por meio da busca do 
conhecimento, através das práticas de leitura e da participação das 
atividades acadêmicas. 
 
O conhecimento pode ser obtido de diversos modos, através do método 
científico, das hipóteses, das leis e teorias científicas, bem como por 
meio da pesquisa científica e da elaboração de trabalhos acadêmicos. 
Há muitas maneiras de estudar a realidade... 
No mundo acadêmico os modos de conhecer são classificados 
em: 
• Senso comum ou conhecimento empírico; 
• Conhecimento Científico; 
• Conhecimento Filosófico; 
• Discurso Religioso ou Conhecimento teológico. 
 
 
O Conhecimento Científico está estritamente ligado a Ciência. Mas 
afinal, o que é Ciência? 
Ciência é um saber racional e objetivo, que se atém aos fatos podendo 
transcendê-los. A Ciência depende da investigação metódica o que a 
torna analítica e requer exatidão e clareza na busca e aplicação de leis, 
podendo se usar de predições úteis, porém verificáveis. 
 
Quais as características do conhecimento científico? 
 
- Saber racional que obedece a regras, leis, princípios e se contrapõe ao 
saber ilusório, às emoções e às crenças; 
- Saber lógico e sistemático porque as ideias formam uma ordem 
coerente; 
- Saber verificável e metódico, pois é passível de exame para ter sua 
pretensão confirmada ou não. Para tanto segue uma técnica, um 
procedimento. 
 
A religião como influência no conhecimento…Clique aqui para assistir ao 
vídeo 
O vídeo traz a relação entre o conhecimento científico e teológico... ... 
enquanto o conhecimento científico se fundamenta na evidência dos 
fatos observáveis e a Filosofia na lógica de seus enunciados, o 
conhecimento teológico se preocupa com a revelação divina 
O conhecimento teológico ou religioso passa necessariamente por 
representações abstratas que influenciam as ações da vida e confere 
sentido às angústias e inquietações da consciência. 
Esse tipo de conhecimento não só representa uma explicação sobre a 
origem de todas as coisas como revela o modo que determinada cultura 
entende e interpreta a sua própria existência. 
 
Comercial feito pelo Ministério da educação e ciência da República da 
Macedônia que fala sobre a existência de Deus. 
Síntese da Aula 
Você identificou os tipos de conhecimentos e distinguiu os conceitos de 
senso comum, conhecimento filosófico, científico e discurso religioso. 
 
 
Aula 2: Conhecimento 
Introdução AULA 2: CONHECIMENTO 
Depois de estudarmos os diferentes tipos de conhecimento, podemos 
destacar que o conhecimento científico se caracteriza como racional, 
sistemático e metódico. 
Quandopensamos em conhecimento racional, estamos tomando como 
ponto de partida a possibilidade de pensar a realidade, formulando 
indagações sobre o mundo e sobre a nossa própria existência, a fim de 
encontrarmos algumas respostas que se aproximem da realidade. 
A disciplina está dividida em 4 blocos: 
http://www.youtube.com/watch?v=VqgcrJs5cPE&feature=related
http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=01
http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=02
 
BLOCO 1 Da Metodologia Científica 
Conhecimento 
Método 
 
BLOCO 2 Da Pesquisa 
Leitura 
Pesquisa 
 
BLOCO 3 Das Regras 
Como fazer 
 
BLOCO 4 Da Aplicação 
IES 
Projeto Pedagógico 
 
Quem está com a razão? 
Vamos lá, tenho certeza de que vocês sabem como é o Universo. 
Objetivos 
• Avaliar a importância do método para a prática científica; 
• Descrever a classificação das ciências. 
O Conhecimento 
Quem está com a razão? 
Vamos lá, tenho certeza de que vocês sabem como é o Universo. 
 
Bom, a Terra, fica aqui no centro, seguida pela Lua, depois vem 
Mercúrio, depois vem Vênus e depois o Sol é claro! Depois disso vem 
Marte, Júpter e depois Saturno…eu acho. 
Então a Terra é o centro do Universo e os planetas giram ao redor dela. 
É claro! Aristóteles disse isso. 
Aristóteles era um homem brilhante, mas nem sempre estava certo, por 
exemplo… 
… ele também dizia que um objeto pesado caía mais rápido do que um 
mais leve. Você acredita nisso? 
Acredito, a menos que prove o contrário. 
Professor Galileu, o que está fazendo é muito perigoso! É perigoso dizer 
que Aristóteles errou… 
… é como dizer que a Igreja e a Bíblia estão erradas! 
Não, não é assim… Aristóteles era apenas um homem! 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=02
http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=02
Mas muitos dos seus ensinamentos foram absorvidos pela Bíblia… 
São apenas ideias de um homem e algumas dessa ideias estão 
erradas… 
São doutrinas sagradas! 
Atenção… se Aristóteles estava certo, esta bola de 10kg deverá cair 
mais rápido e chegar primeiro ao chão muito antes desta bola de 1kg. 
Cuidado! Vou jogá-la e não quero acertá-los 
 
O livro final de Galileu foi publicado e mundialmente lido. 
Cinquenta anos depois, Issac Newton inspirou-se nele para desenvolver 
a teoria da gravitação, que mais tarde deu origem a teoria da 
relatividade e Einsten . 
Galileu foi realmente o Pai da Física e da Astronomia moderna, mas, 
mais do que isso, ele se atreveu a pensar o impensável e a defender o 
indefensável. Galileu atreveu-se a dizer a verdade. 
“É certamente prejudicial para as almas tornar uma heresia acreditar no 
que é provado”. 
Galileu Galilei 
 
Identifica-se na história 
de Galileu Galilei: 
A Razão; 
O Sistemático; e 
O método. 
 
A Razão 
O que podemos entender pelo termo razão? 
O termo racional vem da palavra razão e pode ter várias acepções 
como: razão humana, razão particular, razão universal, razão divina etc. 
Cada adjetivo adicionado ao termo altera o sentido do conceito razão. 
Pressupondo que razão e intelecto se equiparam e considerando a ideia 
de razão como uma faculdade humana, podemos nos questionar: 
 
E racionalidade? O que é? Racionalidade liga-se à ideia de racional, 
compreendendo dessa maneira que o ser humano é um ser racional, 
que os meios que utilizam são racionais, que o mundo é racional, ou 
seja, acreditamos que o ser humano e o mundo são inteligíveis, 
suscetíveis de serem entendidos. 
Galileu por exemplo, acredita que o homem e o mundo são inteligíveis e 
sucetíveis de entendimento ao tentar refutar uma das ideias de 
Aristóteles. 
 
O Sistemático 
O que significa Sistemático? O termo sistemático liga-se à ideia de 
sistema, que denota o sentido de um todo organizado, interconectado 
em suas partes. 
 
Uma pesquisa, por exemplo, segue um método sistemático porque é um 
processo de construção do conhecimento a partir de objetivos gerais e 
específicos que visam alcançar algum fim. Cada etapa da pesquisa 
dever estar interconectada formando um sistema coerente de 
procedimentos e ideias, constituindo, assim, um todo organizado. 
 
Pode-se notar na história, que o a intenção de Galileu era remontar um 
cenário, dentro de um sistema, que desmistificasse os feitos de 
Aristóteles baseado nos fatos. Galileu se organizou para debater as 
ideias de Aristóteles intencionalmente. 
É interessante observar que, ao falarmos em termos como racional e 
sistema, nos vinculamos ao sentido de método. 
 
O Método 
E o que seria Método? 
A palavra método vem do grego μέθοδος (méthodos) ― caminho para 
chegar a um fim. Nossos dicionários definem método como o conjunto 
de procedimentos para atingir um objetivo, ou seja, uma maneira 
ordenada e sistemática de agir. 
Assim fez Galileu, de maneira ordenada, provou que Aristóteles estava 
errado através da queda das esferas. 
Metodologia é, portanto, um conjunto de métodos. Por isso, nos 
acostumamos a dizer que uma pessoa é metódica quando segue um 
método de trabalho, ou quando se preocupa com os detalhes. 
 
No sentido literal, a Metodologia, seria então o estudo dos métodos e, 
especialmente, do método da ciência, que se supõe universal. 
O método é importante porque... 
• Ajuda a compreender o processo de investigação; 
• Possibilita a demonstração; 
• Disciplina o espírito; 
• Ajuda a perceber erros; 
• Auxilia as decisões do cientista. 
 
 
O método é então um plano de ação, onde a técnica utilizada é o modo 
ou maneira de realizar a atividade pretendida, permitindo que o 
procedimento escolhido ocorra de maneira hábil e, se possível, perfeita. 
Curiosidade 
 
Você sabia que o método científico pode ser visto como a ISO 9000 da 
ciência? “Não diz se o produto serve, não diz se o achado científico é 
importante, apenas diz que o processo de busca seguiu as regras do 
jogo. A evidência foi corretamente coletada, os procedimentos 
estatísticos e o tratamento dos dados são apropriados.” (CASTRO, 
2006, p.59) 
 
O método científico pode se sustentar em dois procedimentos básicos: 
Dedutivo 
Indutivo 
Método Dedutivo 
 
O cão estava desolado, o seu sofrimento por amor estava lhe 
consumindo. Não havia reciprocidade de sentimentos. A cadela, nem se 
quer sabia da sua existência e vivia no seu mundo paralelo, quando de 
repente o cão escuta algo que mudará a sua vida... 
 
Pesquisas comprovam a existência de coração em todos os mamíferos. 
 
Todo mamífero tem um coração; 
Todos os cães são mamíferos; 
Logo, todos os cães têm um coração. 
 
Amor... 
Você tem coração!!! 
Você observou que todas as premissas e a conclusão – segundo a 
lógica - são verdadeiras? 
 
Concluir que todos os cães têm coração, ideia presente nas premissas, 
significa dizer que o argumento dedutivo enuncia uma informação ou 
ideia já conhecida ou seja O método dedutivo tem o propósito de 
explicar o conteúdo dos enunciados, apresentando uma conclusão 
inevitável, a partir de dados gerais para dados particulares. 
 
Método Indutivo 
Durante a manutenção de um poste de energia, o Eletricista, ainda novo 
no ramo, notou que existia uma instalação irregular, feita com, cobre, 
zinco e cobalto e pensou... 
O cobre conduz energia. 
O zinco conduz energia. 
O cobalto conduz energia... 
Observe que o Eletricista passa por 3 etapas 
• Observação dos fenômenos; 
• Descoberta da relação entre eles; 
• Generalização da relação. 
• Uma crítica ao Método indutivo: 
• David Hume (1711-1776), empirista inglês, investigou o método de 
indução, colocando o seguinte problema: como podemos 
transportar uma informação particular (de um fato observado) para 
uma lei geral? Ou, dizendo de outro modo, como podemos fazer 
conexões lógicas e necessárias entre as coisas? 
• Sua resposta apontou para a ideia segundo a qual os 
conhecimentos oriundos da experiência podem ser considerados 
verdadeiros.• Todavia, partindo de tal constatação, não seria possível alcançar 
as generalizações feitas pelo intelecto, uma vez que não há 
garantias de veracidade nesse segundo momento, o que significa 
dizer que nada legitima a passagem de uma experiência singular 
para um enunciado universal, como acredita o empirismo clássico. 
 
 
Aqui temos dois dados que decorrem da experimentação e do raciocínio 
alcançados em uma realidade desconhecida e universal (“todo metal 
conduz energia”). 
 
As três etapas que compõe o método indutivo tem como objetivo a 
observação dos fenômenos com a finalidade de descobrir as suas 
causas, comparando ou aproximando os fatos, na tentativa de encontrar 
a relação entre eles. 
 
Até aqui… 
... Estudamos duas abordagens importantes para o método científico: a 
abordagem dedutiva(dependente da lógica) e a indutiva (dependente 
da experiência empírica). 
 
Se por um lado podemos criticar o método dedutivo por não ampliar o 
conhecimento, por outro podemos apontar que ele nos traz um 
conhecimento provável, pois somente um exame de todos os elementos 
garantiria uma indução perfeita. 
 
Neste caso, se algumas induções não se confirmam, deve-se buscar os 
elementos que resultaram em erro, não abandonando a investigação. 
 
Assim, encontramos duas características que distinguem os 
argumentos: 
 
Vejamos um caso interessante: 
Um pesquisador decide estudar determinada planta. Ele parte de 
conhecimentos prévios sobre o objeto escolhido. 
 
Em certo momento ele percebe que as folhas cobertas por pelos 
(tricomas) não foram atacadas por lagartas de borboletas. Fato que 
ocorre frequentemente com as folhas sem pelos. 
 
O pesquisador, então, faz o seguinte questionamento: é possível 
afirmar que a presença de pelos nas folhas da planta dificulta a 
predação? 
 
Em seguida, apresenta a hipótese: a presença de pelos em folhas de 
plantas dificulta a predação por lagartas de borboletas. 
Neste ponto, o cientista realiza a testagem de sua hipótese. Separa 
algumas folhas com pelos e outras sem pelos e verifica a predação para 
observar a hipótese formulada. 
 
Método hipotético-dedutivo 
 
Karl Popper (1922-1996) criticou o método indutivo e lançou as bases do 
método chamado hipotético-dedutivo que consiste na construção de 
hipóteses, cujas predições devem se submeter ao critério da 
falseabilidade. Popper dizia que qualquer enunciado que só tenha 
términos observacionais, poderia dizer mais do que se pode ver. 
 
Como assim? 
Clique aqui para ler uma célebre passagem de Carl Sagan que pode 
ajudar a compreender o conceito de falseabilidade 
 
“Hipótese, do grego hypothesis, suposição, pergunta ou conjectura que 
orienta a investigação por antecipar características prováveis. Podemos 
usar o termo no sentido de leis, teorias ou postulados.” 
 
A falseabilidade de uma teoria é o critério de cientificidade. Isto 
significa dizer que a verdade de uma teoria será mantida até que seja 
negada. Essa condição de poder ser negada é o que confere o status 
de científica a uma determinada teoria. 
SALMON, Wesley C. Curso moderno de Filosofia. Lógica. Rio de 
Janeiro: Zahar Editores, 1969. p. 105-106. 
 
“Este vaso tem água” 
Exemplo de enunciado básico, que só conta com términos 
observacionais e singulares. 
 
Agora, se você provar o conteúdo do vaso e sentir um gosto amargo 
você estará bebendo água? 
E se o conteúdo do vaso for resfriado e se congelar a 10 graus abaixo 
de zero, ele continuará sendo água? 
 
Quando dizemos que algo é água, estamos assumindo: 
• Que se congela a 0 graus; 
• Que ferve a 98 graus; 
• Que não tem cor, nem cheiro, nem gosto; e 
• Que essas características não mudam com o tempo. 
 
 
Método hipotético-dedutivo 
O que esse exemplo quer dizer? 
Quer dizer que, se o cientista seguir rigorosamente cada fase desse 
método e, ao final, constatar que sua hipótese deve ser refutada, como 
no caso do líquido do vaso que deixa de ser água, poderá encontrar 
argumentos científicos suficientes para formular críticas às teorias 
existentes e seus paradigmas. Essas teorias foram consideradas como 
ponto de partida para novas pesquisas. 
Toda hipótese contém uma predição, ou seja, uma suposição e precisa 
passar pelo falseamento. O cientista testará sua hipótese, analisará os 
resultados para alcançar a confirmação de sua suposição ou refutá-la. 
Se a hipótese não for corroborada, poderá, a partir dos dados obtidos, 
construir nova hipótese. 
Mais atenção: as hipóteses científicas não podem ser vistas como 
verdades absolutas, mas sim, como explicações plausíveis. 
Síntese da Aula 
Estudou os tipos o processo de aquisição do conhecimento com base no 
método científico e nos seus principais procedimentos – dedutivo e 
indutivo, analisou também o conceito de falseabilidade. 
 
 
 
Aula 3: Metodologia aplicada à pesquisa 
Introdução AULA 3: METODOLOGIA APLICADA À PESQUISA 
Nesta aula, conheceremos as técnicas de metodologia da pesquisa. 
Trabalharemos o conceito de pesquisa e suas classificações, que são as 
principais ferramentas para o processo de iniciação da escrita científica. 
A disciplina está dividida em 4 blocos: 
 
BLOCO 1 Da Metodologia Científica 
Conhecimento 
Método 
 
BLOCO 2 Da Pesquisa 
Leitura 
Pesquisa 
 
BLOCO 3 
Das Regras 
Como fazer 
 
BLOCO 4 Das Regras 
IES 
Projeto Pedagógico 
 
Esta aula faz parte do segundo bloco e visa maior aproximação da 
Metodologia quando aplicada à pesquisa científica. 
Bons Estudos! 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=02
http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=03
Objetivos 
1) Reconhecer a importância da pesquisa e seus benefícios na 
construção científica; 
 
2) Listar as classificações da pesquisa para fins de aplicabilidade; 
 
3) Estabelecer os benefícios e riscos de se pesquisar na internet; 
Metodologia aplicada à pesquisa 
Você sabia... ...que brasileiros adoram reality shows? Ficou 
comprovado que 2687 brasileiros adoram reality shows. E a maioria 
dos telespectadores dos chamados “shows da vida” são mulheres entre 
18 e 35 anos. 
O texto acima nos dá margem para alguns questionamentos: 
De onde ou de quem parte a motivação para saber a relação entre 
brasileiros e reality shows? 
Como é feito esse levantamento? 
 
Como vimos nas aulas passadas, tudo surge do conhecimento que se 
tem e do desejo e/ou necessidade de desvendar e provar coisas novas. 
E é da sede de conhecimento que nascem as pesquisas. 
Essas pesquisas começam com ideias, ou seja, experiências individuais, 
teorias, observações de fatos, leitura de artigos etc. Na tela anterior, por 
exemplo, dissemos que brasileiros adoram reality shows e indagamos: 
De onde ou de quem parte a motivação para saber a relação entre 
brasileiros e reality shows? 
 
Como é feito esse levantamento? 
Então, dizemos que pesquisa é... 
... uma atividade voltada para a solução de problemas por meio dos 
processos do método científico. 
Podemos, assim, indicar três elementos que caracterizam a pesquisa: 
o levantamento de algum problema; 
a solução à qual se chega; 
 
os meios escolhidos para chegar a essa solução, como os instrumentos 
científicos e os procedimentos adequados. 
 
Segundo Eva Maria Lakatos (1992, p. 43), a pesquisa pode ser 
considerada um procedimento formal com método de pensamento 
reflexivo que requer um tratamento científico e se constitui no caminho 
para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais. 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=03
http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=03
Significa muito mais do que apenas procurar a verdade: é encontrar 
respostas para questões propostas, utilizando métodos científicos . 
 
Começamos a refletir sobre pesquisa e agora chegou a hora de defini-la: 
 
Começamos a refletir sobre pesquisa e agora chegoua hora de defini-la: 
A pesquisa... 
• é uma atividade essencial da ciência; 
• possibilita uma aproximação e o entendimento da realidade 
investigada; 
• é um processo permanentemente inacabado; 
• fornece informações para uma intervenção no real. 
 
 
E quanto ao termo pesquisa científica, do que se trata? 
Se trata do tipo de pesquisa que objetiva contribuir para o 
desenvolvimento do conhecimento humano em todas as áreas, sendo 
sistematicamente planejada e executada segundo critérios rigorosos de 
processamento das informações. 
 
Uma pesquisa será considerada científica, se for objeto de investigação 
planejada, desenvolvida e redigida conforme as normas metodológicas 
consagradas pela ciência. 
 
Tem por base procedimentos racionais e sistemáticos, ou seja, é a 
atividade científica pela qual se descobre a realidade. 
 
Pense rápido 
Arraste as razões da pesquisa até seus respectivos exemplos de 
objetivos: 
Razões de ordem intelectual, que decorrem do desejo de conhecer. 
Este presente trabalho desenvolve um estudo sobre os benefícios da 
linhaça na redução do colesterol. O objetivo é provar as potencialidades 
das sementes que são capazes de melhorar a função do intestino, da 
pressão arterial e diminuir os riscos de doenças no coração. 
 
Razões de ordem prática, que vem do desejo de conhecer com vistas a 
fazer algo. Esta pesquisa objetiva estudar as novas configurações das 
instituições contemporâneas e seus processos subjetivos, a partir da 
análise de políticas públicas inclusivas. Analisa os fundamentos teóricos 
e empíricos implicados na formulação, implementação e avaliação das 
políticas públicas inclusivas na área da educação, com ênfase especial 
ao chamado novo paradigma — inclusão. 
 
De acordo com Antônio Carlos Gil, duas são as razões para se fazer 
uma pesquisa: 
As razões de ordem intelectual, que decorrem do desejo de 
conhecer, são comuns nas dissertações de mestrado, nas monografias, 
nos artigos e nos trabalhos de conclusão de curso, em que a pesquisa é 
voltada para fins de conhecimento. 
Já as razões de ordem prática, como próprio título diz, vem do desejo 
de conhecer com vistas a fazer algo, que muitas vezes pode vir a ser 
útil e beneficiar a própria sociedade. 
 
Antônio Carlos Gil é autor do livro Como Elaborar Projetos de Pesquisa, 
que indica caminhos aos iniciantes na elaboração desse tipo de projeto. 
Não se trata de uma “receita”, mas a obra enfatiza a prática e mostra o 
funcionamento de pesquisas participantes. 
Sua leitura garante ao profissional da área e aos estudantes de níveis 
mais avançados condições para a organização de conhecimentos 
dispersos ao longo da vida acadêmica. 
Quanto ao Pesquisador... 
É importante destacar que a possibilidade de êxito na tarefa de pesquisa 
depende das razões e motivações do pesquisador. 
Curiosidade, criatividade, integridade intelectual, atitude autocorretiva, 
sensibilidade social, imaginação disciplinada, perseverança, paciência e 
confiança na experiência são ações e atitudes que devem ser 
incorporadas à pessoa que for ou estiver no papel de pesquisador. 
Como é o caso dos estudantes que estão escrevendo trabalhos apenas 
para fins acadêmicos. 
 
Fazer pesquisa não é uma tarefa fácil 
É preciso ter planejamento e considerar aspectos como classificação, 
abordagem, objetivo e procedimentos, pois estes delimitam a busca 
do que se pretende pesquisar. 
 
Classificação 
A classificação da pesquisa está relacionada à sua natureza, ou seja, 
àquilo que compõe a essência da pesquisa: Pesquisa Pura 
Pesquisa Aplicada 
Conhecida também por básica ou teórica a Pesquisa Pura objetiva 
gerar novos conhecimentos úteis para o avanço da ciência sem 
aplicação prática prevista. 
 
Envolve verdades e interesses universais. É motivada basicamente 
pela curiosidade intelectual do pesquisador. 
Exemplo: A origem do universo. 
 
É aquela que objetiva gerar conhecimentos para a aplicação prática, 
dirigidos à solução de problemas específicos. 
 
Envolve verdades e interesses locais. 
Exemplo: A busca de uma vacina contra a AIDS. 
 
Abordagem da Pesquisa 
Quanto a abordagem, a pesquisa pode ser dividida em: 
Neste enfoque não há medição numérica, como nas descrições. 
Seu propósito está em reconsiderar ou reconstruir a realidade 
observada. Assim, considera a existência de uma relação dinâmica 
entre mundo real e o sujeito. 
É descritiva e utiliza o método indutivo. 
O processo é o foco principal. 
 
Neste tipo de pesquisa temos a coleta e a análise de dados para dar 
conta das questões que envolvem a pesquisa. 
 
Ela utiliza métodos estatísticos e traduz em números opiniões e 
informações para classificá-los e organizá-los. 
 
Clique aqui para ler o artigo Pesquisa qualitativa versus pesquisa 
quantitativa: esta é a questão? 
 
Objetivo da Pesquisa 
 
Quanto aos objetivos, a pesquisa pode ser: 
Descritiva: A pesquisa descritiva tem como objetivo principal descrever 
as características de algum fenômeno observado, descobrir a frequência 
com que ocorre, sua relação e sua conexão com outros fenômenos. 
Esta modalidade é típica das ciências humanas e sociais. 
Neste tipo de pesquisa, o estudante deve observar, registrar, analisar e 
correlacionar fatos ou fenômenos variáveis, sem manipulá-los. 
Importante esclarecer que o termo fenômeno pode designar um 
fato percebido por alguém. Neste caso, a percepção que 
determinado observador tem de um fato é o que o caracteriza 
como fenômeno. 
 
Veja alguns exemplos: 
• características de um grupo social; 
• nível de atendimento de determinada empresa prestadora de 
serviço; 
• levantamento de opiniões, atitudes e crenças de um 
segmento da sociedade; 
• pesquisas eleitorais que apontam a preferência político-
partidária de determina dos grupos etc. 
 
 
Exploratória: A pesquisa exploratória é considerada o passo 
inicial de qualquer pesquisa. 
Trata-se de uma observação, ou seja, consiste em recolher e 
registrar os fatos da realidade, com o objetivo de proporcionar 
maior familiaridade com o problema para torná-lo mais explícito ou 
viabilizar a construção de uma hipótese. 
Neste modelo temos a possibilidade do aprimoramento de ideias. 
Geralmente, neste tipo de pesquisa, há o levantamento 
bibliográfico, entrevistas com pessoas que experimentaram 
situações que estejam sendo pesquisadas e análise de exemplos. 
A pesquisa bibliográfica e o estudo de caso são exemplos de 
pesquisas exploratórias. 
 
Explicativa 
Aqui o objeto é identificar os fatores que determinam ou 
contribuem para a ocorrência dos fenômenos. 
 
Neste modelo temos um efetivo aprofundamento de 
conhecimentos, porque se busca entender ou explicar as razões 
das coisas ― fato que amplia o entendimento. 
 
Nada impede que uma pesquisa explicativa seja a continuação de 
uma pesquisa descritiva ou exploratória. 
 
Nas ciências naturais, por exemplo, utiliza-se o método 
experimental. Nas ciências sociais utilizam-se outros métodos, tais 
como o fenomenológico e dialético, além de exigir elevado grau de 
controle. 
 
Procedimentos da pesquisa 
Os procedimentos estão relacionados à maneira de agir, ao 
modo de fazer a pesquisa. 
Pesquisa bibliográfica 
É uma etapa fundamental em todo trabalho científico que 
influenciará toda pesquisa, na medida em que dá o alicerce teórico 
que servirá de base ao trabalho. 
Consiste no levantamento, seleção, fichamento e arquivamento de 
informações relacionadas à pesquisa. 
Levando em consideração que bibliografia é o conjunto dos livros 
escritos sobre determinado assunto, por autores conhecidos e 
identificados ou anônimos, a pesquisa bibliográfica é o exame 
de uma bibliografia para levantamento e análise do que já se 
produziu sobre o assunto que assumimos como tema da pesquisa 
científica. 
Há dois tipos de fontes: 
Primárias: Contém trabalhos originais, com conhecimento original, 
e publicaçãoinédita. Exemplos: monografias, teses universitárias, 
livros, relatórios técnicos, artigos em revistas científicas, anais de 
congressos. 
 
Secundárias: Contém trabalhos não originais e que basicamente 
citam, revisam e interpretam trabalhos originais. 
Exemplos: artigos de revisão bibliográfica, livros-texto, tratados, 
enciclopédias, artigos de divulgação. 
Segundo Carlos Antônio Gil (1991, p.48): 
 
“A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já 
elaborado, constituído principalmente de livros e artigos 
científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum 
tipo de trabalho desta natureza, há pesquisas desenvolvidas 
exclusivamente a partir de fontes bibliográficas.” 
 
Pesquisa documental 
Trata-se de uma pesquisa realizada através de certos documentos 
como: documentos pessoais, cartas, diários, jornais, balancetes, 
microfilmes, fotografias, memorandos, ofícios, vídeos, documentos 
estatísticos etc. 
Para Antônio Carlos Gil (1991), a pesquisa documental 
assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica, mas possui uma 
diferença: 
“A diferença está no fato de a bibliográfica utilizar 
fundamentalmente as contribuições dos diversos autores sobre 
determinado assunto. A documental utiliza materiais que não 
receberam o tratamento analítico, ou que ainda podem ser 
reelaborados.” 
 
Pesquisa de Campo 
É a investigação empírica, isto é baseada na experiência, 
realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno. 
Pode incluir entrevistas, aplicação de questionamentos, testes e 
observações. 
Segundo Antônio Joaquim Severino, na pesquisa de campo “o 
objeto é abordado em seu próprio meio. A coleta de dados é feita 
nas condições naturais em que os fenômenos ocorrem, sendo 
assim diretamente observados.” (2007, p. 123) 
 
Pesquisa Histórica 
Você já reparou que os filmes de época exigem um estudo 
histórico prévio? 
Assista ao trailer do filme 300 de Esparta e perceba os detalhes 
que foram levantados através da pesquisa histórica. 
Detalhes como vestuário, comportamento, linguajar, arquitetura, 
papel de cada personagem etc. são detalhes levantados por meio 
da pesquisa histórica, pois é ela que descreve o que já aconteceu, 
sob a forma de investigação, registro, análise e interpretação de 
fatos ocorridos no passado, para poder compreender o presente. 
Os dados podem ser coletados por meio das: 
Fontes primárias: Quando o investigador foi o observador direto 
dos eventos ou utiliza materiais de primeira mão. 
Fontes secundárias: Quando os eventos foram observados e 
reportados por outras pessoas e não diretamente pelo 
investigador. Neste caso, os dados exigem cuidadosa e objetiva 
análise a fim de avaliar sua autenticidade e relevância. 
 
Pesquisa Comparada 
A pesquisa comparada procura estabelecer semelhanças e 
diferenças entre situações, fenômenos e coisas, por meio de 
relações entre os elementos que são comparados. 
Um bom exemplo de pesquisa comparativa está nos 
levantamentos sobre os aparelhos tipo smartphones, sempre 
realizados quando há lançamentos de novos modelos e 
tecnologias. 
 
Estudo de caso 
É o estudo restrito a uma ou poucas unidades entendidas, como 
uma pessoa, uma família, um produto, uma empresa, um órgão, 
uma comunidade ou um país. 
O Estudo de Caso constitui-se em uma metodologia de ensino 
participativa, voltada para o envolvimento do aluno. 
Há Estudos de Casos, por exemplo, que apresentam situações em 
que empresas e pessoas reais precisam tomar decisões sobre um 
determinado dilema. A condução do método envolve um processo 
de discussão, em que alunos devem se colocar no lugar do 
tomador de decisão, gerar e avaliar alternativas para o problema, 
e propor um curso de ação. 
 
Conecte-se com moderação 
Com a globalização, a internet se tornou uma grande fonte de 
pesquisa. Nela encontramos muitas informações através dos sites 
de busca. Por isso, ao se fazer a opção de utilizar a internet como 
fonte de pesquisa é importante se preocupar em buscar 
informações apenas em sites confiáveis. 
As informações extraídas da internet, podem ajudar muito na 
elaboração da pesquisa, contudo é preciso também ter atenção 
quanto a propriedade intelectual do que se está utilizando. 
Em qualquer situação é importante respeitar as regras de 
utilização das informações disponíveis. Nunca utilize informações 
de outros sem fazer referência à fonte. 
Além disso, observe se as informações postadas na Web são 
verdadeiras e revise o texto, adaptando o conteúdo para o público 
do seu trabalho. 
 
Conjunto de redes de computadores interligados no mundo inteiro. 
Nesse sentido, permite a pesquisa de milhares de informações 
diferentes e configura hoje um acervo extraordinário. 
 
Veja alguns exemplos de site de busca: 
o Google; 
o Alta Vista; 
o Excite; 
o Yahoo. 
 
 
Soma dos direitos relativos às obras literárias, artísticas, 
científicas, fonogramas, emissões de radiofusão, invenções 
variadas, desenhos de modelos e marcas (patente) etc. 
 
Conecte-se com moderação 
Agora clique aqui e assista ao vídeo Dicas de pesquisa na Internet 
da Veja: 
 
Metodologia é Show! 
Testes seus conhecimentos 
 
Agora, vamos testar o seu conhecimento, no quiz 
Metodologia é Show! 
A regra é clara: serão 4 perguntas sobre as classificações da 
pesquisa e cada uma vale 25 moedas que correspondem à sua 
pontuação. Para cada classificação, existem dicas que podem ser 
compradas por 10 moedas, que serão subtraídas das moedas da 
rodada. Ao final do quiz, você terá a sua pontuação revelada. 
Existe também outro fator importante: o tempo. Por isso, não 
tenha muita calma nessa hora! Leia com atenção, não perca 
tempo e boa sorte! 
 
Dica: Tipo de pesquisa que destaca a coleta e análise de dados 
para dar conta das questões que a envolvem. 
Síntese da Aula 
• Analisou a importância da pesquisa e seus benefícios na 
construção científica; 
• Reconheceu as classificações da pesquisa para fins de 
aplicabilidade; e 
• Distinguiu os benefícios e riscos de se pesquisar na internet. 
 
 
http://www.youtube.com/watch?v=-AgTZ-5Zfj4
http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=03
Aula 4: Diferentes técnicas de estudo 
Introdução AULA 4: DIFERENTES TÉCNICAS DE ESTUDO 
Nesta aula, conheceremos as técnicas de metodologia da pesquisa. 
Trabalharemos o conceito de pesquisa e suas classificações, que são as 
principais ferramentas para o processo de iniciação da escrita científica. 
A disciplina está dividida em 4 blocos: 
 
BLOCO 1 Da Metodologia Científica 
Conhecimento 
Método 
 
BLOCO 2 Da Pesquisa 
Leitura 
Pesquisa 
 
BLOCO 3 Das Regras 
Como fazer 
 
BLOCO 4 Das Regras 
IES 
Projeto Pedagógico 
 
Esta aula faz parte do segundo bloco e visa estudar a Metodologia 
aplicada à pesquisa científica. 
Bons Estudos! 
Objetivos 
1) Relacionar as diferentes técnicas de estudo; 
2) Reconhecer a leitura como base para as técnicas de estudo; 
3) Diferenciar as funções da Resenha e do Resumo, na produção 
científica. 
Diferentes técnicas de estudo 
A leitura e as atividades acadêmicas 
Acostumamo-nos a ouvir que as tecnologias invadiram nossa 
experiência cotidiana, não é mesmo? 
Muitos acreditam que os jovens se afastaram da leitura em razão de um 
suposto excesso de tecnologias. Esse afastamento, consequentemente, 
teria provocado um empobrecimento da linguagem. 
 
Há quem diga também que não tem paciência para ler um livro, que ver 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=04
http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=04
http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=04
um filme é muito melhor. Ou, ainda, saem com frases do tipo: “o que não 
tenho é tempo!” 
Será que isso é verdade? Ou estamos diante de alguém que não criou o 
hábito de ler? 
É natural não termos tempo para certas coisas. Ninguém temtempo, no 
final das contas, mas todos querem saber tudo, não é? 
 
Vamos descobrir nesta aula, que a leitura não foi deixada de lado e que 
ela é o primeiro passo para colocar em prática as técnicas de estudo e 
desenvolver as atividades acadêmicas. 
 
“A leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas, por incrível que 
pareça, a quase totalidade não sente esta sede”. 
 
Carlos Drummond de Andrade 
 
“A leitura após certa idade distrai excessivamente o espírito humano das 
suas reflexões criadoras. Todo o homem que lê demais e usa o cérebro 
de menos adquire a preguiça de pensar”. 
 
Albert Einstein 
 
“A leitura de todos os bons livros é uma conversação com as mais 
honestas pessoas dos séculos passados”. 
 
René Descartes 
 
“A leitura traz ao homem plenitude, ao discurso segurança e à escrita 
exatidão”. 
 
Francis Bacon 
 
“Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem 
livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever ― 
inclusive a sua própria história”. 
 
Bill Gates 
 
“(...) que a importância de uma coisa [leitura] não se mede com fita 
métrica nem com balanças nem barômetros etc. 
Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento 
que a coisa produza em nós”. 
 
Manoel de Barros 
 
Durante a leitura, experimentamos um mundo totalmente novo ou 
melhoramos o nosso. E isso é muito gratificante, não é mesmo? 
Saber ler de maneira eficiente nos ajuda a descobrir novos caminhos, 
fertiliza a inteligência, nos ajuda a compreender a vida e a viver melhor 
ao lado do outro. 
 
Uma mente fertilizada tem mais chance diante da crise. 
 
Tudo bem que agora não é necessário adquirir um livro para ler um bom 
texto, não é mesmo? As mídias eletrônicas já possibilitam a leitura em 
telas, mas, principalmente no meio acadêmico, as fontes principais de 
pesquisa e conhecimento são os bons e velhos livros. 
Vamos começar com a escolha deles. 
 
O que você faz quando chega numa livraria? 
 
Vamos ver um passo a passo de como escolher um livro... 
 
1. Título 
 
Observar o título e o subtítulo, se houver. Na maioria das vezes, ele 
indica o assunto e, às vezes, até a intenção do autor. 
 
2. Contracapa 
 
A contracapa ajuda muito na nossa escolha. Ela costuma conter um 
texto de apresentação, a sinopse, ou mesmo um trecho do livro, dando 
uma espécie de amostra do que vamos encontrar nele. 
 
3. Orelhas 
 
Se o livro apresentar “Orelhas”, faça a leitura da informação trazida 
nelas, que poderá ser sobre o autor ou ser uma apreciação da obra feita 
por alguém com prestígio. 
 
Geralmente na orelha que acompanha a contracapa encontramos 
informações sobre o autor do livro e suas obras publicadas. 
 
3. Ficha Catalográfica 
 
Em seguida, leia a ficha catalográfica e verifique as qualificações da 
obra e do autor. Atente-se para a data da publicação e certifique-se de 
que é a versão mais atualizada. 
 
A ficha de catalogação para publicação, ou Ficha Catalográfica, tem 
suas origens nas fichas de papel dos catálogos de consulta de acervo 
de bibliotecas. As fichas eram criadas em cópias para serem colocadas 
nos livros e nos catálogos em gavetas. 
 
Havia tantas fichas quanto houvesse catálogos de busca: por título, por 
autor, por assunto. Convenções de padronização determinaram regras 
diversas, tal como qual entrada deve ser a primária ou como referir-se 
às informações da obra na ficha. 
 
A Biblioteconomia é a área responsável por esse tipo de informação. No 
Brasil, a entidade mais frequentemente associada à catalogação é a 
Câmara Brasileira do Livro, CBL, em um serviço totalmente online. 
 
4. Sumário 
 
Verifique o sumário. Nesta parte você encontrará uma divisão em 
tópicos de como o livro foi organizado. 
 
Muitas vezes é ele que nos dá a dica de que o livro traz exatamente o 
assunto que estamos pesquisando. 
 
5. Prefácio 
 
Se possível, leia a introdução ou o prefácio, se houver. Neste, o autor 
apresenta a metodologia usada e os objetivos do trabalho realizado ou 
até mesmo um resumo do livro. 
 
Agora a leitura nos levará às técnicas de estudo 
 
Bem, já sabemos a importância da leitura, já sabemos identificar as 
partes do livro que nos ajudam a escolhê-lo, agora vamos aprender a 
algumas técnicas de estudo, baseadas obviamente na leitura, que nos 
ajudarão a organizar as ideias encontradas nos textos e, melhor ainda, 
nos ajudarão a recuperar essas ideias quando mais precisarmos delas. 
 
Você lembra que na aula 3 vimos que a pesquisa bibliográfica é a etapa 
fundamental do trabalho científico, pois é ela que influenciará toda 
pesquisa, na medida em que dá o alicerce teórico que servirá de base 
ao trabalho? 
 
Pois bem, essa é a fase que consiste no levantamento, seleção, 
fichamento e arquivamento de informações relacionadas ao que se 
pretende estudar. 
 
O fichamento, por exemplo, configura um aperfeiçoamento da pesquisa 
bibliográfica, porque contém comentários pessoais sobre a leitura e 
algumas citações-chave. Ou seja, trata-se de uma técnica de estudo que 
ajuda na organização do conhecimento. 
 
Agora, você terá a oportunidade de conhecer, através do Banco 
Internacional de objetos educacionais do MEC, tudo sobre fichamento. 
 
Vamos lá? 
 
O fichamento de leitura, dá subsídio para a construção de análises 
textuais como - resumos e resenhas que diversificam a atividade de 
estudo e propiciam informações e novos conhecimentos. 
 
Conheça um pouco mais: 
 
Resenha: Segundo apontam Lakatos e Marconi (1996, p. 211), a 
resenha apresenta um conteúdo crítico sobre determinada obra. Sua 
importância está em desenvolver a capacidade de proferir juízos críticos 
sobre a leitura: 
 
Resenha (...) é a apresentação do conteúdo de uma obra. Consiste na 
leitura, no resumo e na crítica, formulando, o resenhista, um conceito 
sobre o valor do livro. (...) a resenha em geral é feita por cientistas que, 
além do conhecimento sobre o assunto, têm capacidade de juízo crítico. 
Também pode ser feita por estudantes; neste caso, como um exercício 
de compreensão e crítica. Para iniciar-se nesse tipo de trabalho, a 
maneira mais prática seria começar por resenhas de capítulos. 
 
O termo resenha é um substantivo feminino que significa ato ou 
efeito de resenhar. E resenhar, do latim resignare, é uma descrição 
do conteúdo de uma obra. 
 
Etapas para elaborar uma resenha 
• Situar as ideias do autor no contexto geral de seu próprio 
pensamento; 
• Situar o autor em um contexto mais amplo, mostrando o sentido 
de sua perspectiva e destacando os pontos importantes ou 
originais de seu pensamento; 
• Desvelar os pressupostos que aparecem e que justificam a 
posição assumida pelo autor; 
• Comparar as ideias do texto com ideias afins; 
• Crítica: formular um juízo crítico, uma avaliação, uma tomada de 
posição. 
 
 
*PRESSUPOSTO - (pres.su.pos.to) [ô] 
 
Adj. 
 
1 Que se pressupôs; que se supôs por antecipação; PRESUMIDO: Não 
conseguiu atingir os resultados pressupostos. 
 
sm. 
 
2 Suposição, conjectura, pressuposição, tb. como intenção, projeto: O 
pressuposto, neste caso, é que o investimento se pagará em três anos. 
 
(Dicionário Eletrônico Caldas Aulete Digital) 
 
O que uma resenha deve conter? 
• Referência da obra; 
• Informações sobre o autor; 
• Nome do resenhista e titulação; 
• Perspectiva teórica da obra; 
• Breve síntese e principais argumentos do autor; 
• Reflexão crítica da obra. 
 
 
No caso da técnica de estudo da resenha, elaboramos uma análise 
interpretativa. 
 
Como você já percebeu, o resenhista precisa ter conhecimentos na 
área. Você deve iniciar-se na prática, começando pela elaboração de 
resumos para, pouco a pouco, adquirir habilidades para vir a elaborar 
uma resenha. 
 
Resumo: Mas, afinal, o que significa resumir? Seria copiar frases 
do texto? 
 
Resumo é uma síntese sob forma de redação do fichamento de leitura,buscando compreender o sentido do texto. Uma apresentação sucinta e 
ordenada das ideias centrais do texto lido, sem a utilização de citação 
(SANTOS; MOLINA; DIAS, 2007, p. 105). 
 
Dentro do campo científico, a técnica de resumo pode ser: 
 
Parte de um trabalho técnico-científico. 
Produção seguida de palavras-chaves, que faz parte dos elementos pré-
textuais de trabalho técnico científico e que deve estar em língua 
vernácula e língua estrangeira. 
 
Um trabalho acadêmico. 
Não tem número definido de palavras, deve apresentar um cabeçalho 
(nome da IES, curso, período, turma, disciplina, professor, aluno) e 
constar a referência completa da obra estudada. 
 
Quando elaboramos um resumo, produzimos uma análise temática do 
texto lido. É o momento da compreensão do texto, entendendo as ideias 
do autor. 
 
Segundo Severino (2007), ao elaborar um resumo, o leitor deve fazer as 
seguintes perguntas: 
• Qual é o tema? 
• Qual a perspectiva da abordagem? 
• Como o assunto foi problematizado? 
• Como o autor responde ao problema? 
• Que posição assume? 
• Que ideia defende? 
• O que quer demonstrar? 
• Como o autor comprova sua tese? 
 
 
Na análise temática percebemos o raciocínio do autor e sua 
argumentação. O resumo de um texto é a síntese do raciocínio do autor 
e não a mera redução de parágrafos. 
 
João Bosco Medeiros (2003, p. 137) ensina que “texto é um tecido 
verbal estruturado de tal forma que as ideias formam um todo coeso, 
uno, coerente. A imagem do tecido contribui para esclarecer que não se 
trata de feixe de fios (frases soltas), mas de fios entrelaçados (frases 
que se inter-relacionam).” 
 
Para encerrar, veja esta charge de Maurício Ricardo e reflita. 
 
Como vimos lá no início da aula, muitos acreditam que os jovens não 
leem mais por causa dos avanços tecnológicos e isso teria causando um 
empobrecimento da linguagem. 
 
Acreditam também que essa preguiça esteja afetando a qualidade dos 
trabalhos acadêmicos devido ao uso excessivo de obras de terceiros 
sem as devidas referências, já que é muito mais fácil “copiar e colar” do 
que criar. E, convenhamos, quem não lê não escreve bem e prefere 
“roubar” as palavras dos outros. 
 
É óbvio que a tecnologia ajuda na busca de informações. Porém, 
quando encontramos o que queremos, o nosso problema está apenas 
parcialmente resolvido, pois é preciso saber apresentar suas 
descobertas. 
 
Será por meio das técnicas de estudo vistas nesta aula — fichamento, 
resumo e resenha — que você terá meios para desenvolver um texto 
que apresente as ideias pesquisadas para seus possíveis leitores. 
 
Você é o autor, valorize a sua escrita! 
Síntese da Aula 
Analisou a leitura como principal fonte para as técnicas de estudo, 
relacionou as diferentes técnicas de estudo e diferenciou as funções da 
Resenha e do Resumo, na produção científica. 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=04
Aula 5: Planejamento e Tipos de trabalho 
científico 
Introdução AULA 5: PLANEJAMENTO E TIPOS DE TRABALHO CIENTÍFICO 
Nesta aula, conheceremos as técnicas de metodologia da pesquisa. 
Trabalharemos o conceito de pesquisa e suas classificações, que são as 
principis ferramentas para o processo de iniciação da escrita científica. 
A disciplina está dividida em 4 blocos: 
 
BLOCO 1 Da Metodologia Científica 
Conhecimento 
Método 
 
BLOCO 2 Da Pesquisa 
Leitura 
Pesquisa 
 
BLOCO 3 Das Regras 
Como fazer 
 
BLOCO 4 Das Regras 
IES 
Projeto Pedagógico 
 
Esta aula faz parte do segundo bloco e visa estudar a Metodologia 
aplicada à pesquisa científica. 
Bons Estudos! 
Objetivos 
1) Relacionar os tipos de trabalho científico; 
 
2) Relacionar o planejamento como fonte primordial para o 
desenvolvimento de um trabalho científico; 
 
3) Listar os tipos de trabalhos acadêmicos mais comuns, suas funções e 
particularidades. 
Planejamento e Tipos de trabalho científico 
Você sabe por onde começar um trabalho acadêmico? 
A primeira fase de qualquer trabalho de pesquisa é a definição do que 
será estudado. 
 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=05
http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=05
http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=05
Se o tema da pesquisa não for estabelecido pelo professor, você terá 
liberdade para fazê-lo. Porém, você deve ter cautela ao escolher o 
assunto que pretende investigar, porque essa flexibilidade pode te 
colocar em uma enrascada. 
 
Pensamos logo em escolher um tema de nosso interesse pelo nosso 
gosto, não é mesmo? Algo sobre o qual queremos saber mais e 
achamos atraente. Mas isso pode não ser nada produtivo. 
 
Ao escolher um tema, devemos levar em consideração, por exemplo, se 
há uma bibliografia considerável sobre o assunto, se esta é fácil de ser 
encontrada, se estamos seguros para desenvolver os argumentos etc. 
 
Não podemos escolher algo sobre o qual não conseguiremos falar, não 
é verdade? Isso, sem dúvida, comprometerá o desenvolvimento do 
trabalho. 
 
Antes de iniciar uma pesquisa você deverá seguir os seguintes 
passos: 
 
Escolha do tema 
 
O que vou pesquisar? 
 
A inspiração para o tema pode vir de um aspecto ou uma área de 
interesse de um assunto que se deseja provar ou desenvolver. 
 
A vivência diária, as questões polêmicas, reflexão, leituras, debates, 
discussões também nos servem como fontes de assuntos. 
 
Originalidade 
 
Precisa ser original? 
 
Originalidade não é pré-requisito. Você pode pesquisar um tema mesmo 
que este não seja inédito. 
 
Revisão de Literatura 
Se o tema não é inédito, quem já pesquisou algo semelhante? 
 
É importante saber quem já pesquisou o assunto escolhido e que 
contribuição deu para o seu desenvolvimento/conclusão. 
 
Para isso, procure trabalhos semelhantes ou idênticos e pesquise 
publicações na área. 
 
Depois liste os argumentos e veja quais textos você poderá utilizar para 
apoiar suas ideias. Essa revisão da literatura o ajudará até mesmo a 
organizar a estrutura do trabalho. 
 
Justificativa 
 
Por que estudar esse tema? 
 
Que vantagens e benefícios a pesquisa proporcionará? 
 
Qual a importância profissional e cultural da pesquisa? 
 
As respostas dessas questões são as razões que o levarão a estudar o 
tema escolhido. 
 
Formulação do problema: levantamento das questões norteadoras 
 
Que questões estou disposto a responder? 
 
Deve-se definir claramente o problema, apresentá-lo no formato de 
perguntas e delimitá-lo em termos de tempo e espaço. 
 
Determinação de objetivos 
 
O que pretendo alcançar com a pesquisa? 
 
É importante formular um único objetivo geral que apresente o propósito 
da pesquisa. 
 
Os objetivos específicos representam a divisão do objetivo geral em 
outros menores. 
 
Tema: Liderança autoritária e a motivação 
 
Problematização: Como a liderança autoritária pode comprometer a 
motivação dos funcionários da Empresa XYZ. 
 
Objetivo Geral: Investigar como o estilo de liderança autoritária 
compromete a motivação dos funcionários na Empresa XYZ. 
 
Objetivos específicos: 
 
Definir o conceito de liderança autoritária; 
 
Descrever alguns exemplos de liderança autoritária na Empresa XYZ; 
 
Definir o conceito de motivação; 
 
Analisar a relação entre liderança e motivação nas organizações. 
 
Você percebeu que os objetivos específicos desdobram o objetivo geral 
da pesquisa? Que estão inseridos nesse contexto maior? 
 
Você observou também que o objetivo geral expressa exatamente o que 
se pretende provar a partir da problematização do tema? 
 
Por meio da pesquisa e da dedicação você delimitará facilmente tanto o 
objetivo geral quanto os específicos. 
 
Planejar e pesquisar são o lema 
 
Seguindo os passos que acabamos de analisar fica fácil perceber como 
é importante fazer um planejamento do trabalho, não é mesmo?Então, antes de iniciar qualquer trabalho acadêmico, dedique-se ao 
planejamento, procure traçar o caminho mais eficiente para ficar claro o 
que se pretende com ele. 
 
Esse planejamento o ajudará a encontrar um tema interessante e sem 
obstáculos que comprometam a sua pesquisa. Assim, você caminhará 
com mais segurança ao realizar o trabalho, aumentando inclusive as 
chances de terminá-lo no prazo sem passar apertos, já que tem uma 
boa ideia de quanto tempo precisará dedicar a cada fase da pesquisa. 
Vale o esforço! 
 
O planejamento ainda contribui para a escolha de um tema que pode 
levar seu trabalho a ter uma aplicação prática. O que é uma bela 
recompensa, não é mesmo? 
 
Prepare-se bem e você economizará tempo mais tarde e não terá a 
chance de escolher um tema improdutivo. Tenha certeza! 
 
Problematizar, eis a questão! 
 
Depois de escolhido o tema, deve-se pensar no problema a ser 
estudado. 
 
Sabemos que o mais comum ao ouvirmos a palavra problema é 
pensarmos em obstáculo, contratempo, situação difícil, conflito, não é? 
 
Mas, no nosso caso, o problema é científico e significa assunto 
controverso, isto é, refletir sobre um assunto que ainda não foi 
satisfatoriamente respondido, em qualquer campo de conhecimento 
 
Este problema, então, faz de um tema um objeto de pesquisas 
científicas ou discussões acadêmicas, em qualquer domínio do 
conhecimento. 
 
A clareza na formulação do problema científico refletirá na formulação 
dos objetivos e, consequentemente, no sucesso de sua pesquisa. 
 
Por que elaborar problemas científicos? 
 
Problematizar consiste em formular questões sobre o tema, ou seja, 
apresentar um questionamento que envolve o tema da pesquisa. 
 
É preciso esclarecer, portanto, que não se trata de uma simples 
pergunta, mas de um enunciado construído pela observação e 
investigação a partir de leituras aprofundadas sobre o tema escolhido. 
 
Essa tarefa envolve habilidades do pesquisador, o domínio do assunto, 
bem como a bibliografia disponível. 
 
Veja estes três exemplos: 
 
Problema de Engenharia 
 
Como fazer algo de maneira eficiente. 
 
Veja dois exemplos: 
 
“Como fazer para melhorar os transportes urbanos?” 
 
“Como aumentar a produtividade no trabalho? 
 
Problema de Valor 
 
Aqueles que indagam se algo é bom ou mau, desejável ou 
indesejável, certo ou errado, melhor ou pior, se algo deve ou não 
ser feito. 
 
Veja dois exemplos: 
 
“Os pais devem dar palmadas nos filhos?” 
 
“Qual a melhor técnica para a propaganda?” 
 
Problema Científico 
 
Um problema é considerado de natureza científica quando envolve 
variáveis que podem ser tidas como testáveis, que podem ser 
observadas e manipuladas. 
 
Veja um exemplo: 
 
“Em que medida a escolaridade determina a preferência político-
partidária?” 
 
Aqui temos duas variáveis relacionando-se: 
 
Variável 1: escolaridade 
 
Variável 2: preferência político-partidária 
 
As variáveis podem ser de três tipos: 
• Independente 
Variável que influencia, determina ou afeta outra variável, dando a 
condição ou a causa para certo resultado, efeito ou consequência. 
 
Exemplo: 
“Se dermos uma pancada no joelho dobrado de um indivíduo, sua 
perna esticará”. 
• Dependente 
Consiste nos valores a serem explicados ou descobertos, em virtude de 
serem influenciados, determinados ou afetados pela variável 
independente. 
 
Exemplo: 
“Se dermos uma pancada no joelho dobrado de um indivíduo, sua perna 
esticará”. 
• Interveniente 
É aquela que em uma sequência causal, se coloca entre a variável 
independente e a dependente, tendo como função ampliar, diminuir ou 
anular a influência de uma sobre a outra. 
 
Exemplo: 
“A liderança autoritária influencia na motivação dos colaboradores.” 
 
Dos problemas às hipóteses 
 
Ao seguirmos a ordem das razões, podemos afirmar que a formulação 
de uma hipótese de pesquisa decorre da problematização. 
 
As hipóteses são as possíveis respostas encontradas para o problema 
formulado. 
 
A problematização requer possibilidades de respostas, alternativas que 
devem ser consideradas e examinadas. 
 
Exemplo de hipótese 
 
Tema: mortalidade infantil 
 
Problematização: em que medida o fenômeno da mortalidade infantil 
está relacionado à desnutrição da criança? 
 
Você percebeu que o pesquisador ao constatar a relação entre as 
variáveis (mortalidade infantil e desnutrição), formulou uma hipótese? 
 
Agora que já sabemos como começar, vamos ver os tipos de trabalhos 
acadêmicos mais comuns. 
 
Você já conhece todos os tipos de trabalhos a que pode ser 
submetido enquanto estudante, suas particularidades e funções? 
 
Será que você já realizou algum deles? Confira. 
 
Relatório 
 
O Relatório é a parte final de uma pesquisa. Seu objetivo consiste em 
dar ao leitor o resultado completo do estudo, apresentando fatos, dados, 
procedimentos utilizados, resultados obtidos, chegando a certas 
conclusões e recomendações (RAMPAZZO, 2005). 
 
Comunicação Científica ou Paper 
 
Segundo a ABNT (1989) paper é um pequeno artigo científico, 
elaborado sobre determinado tema ou resultados de um projeto de 
pesquisa para comunicações em congressos e reuniões científicas, 
sujeitos à sua aceitação por julgamento. 
 
A finalidade de um paper é formar um problema, estudá-lo, adequar 
hipóteses, cotejar dados, prover uma metodologia própria e, finalmente, 
concluir ou eventualmente recomendar. 
 
Por ser bastante técnico, o paper pode conter fórmulas, gráficos, 
citações e pés de página, anexos, adendos e referências. 
 
A última coisa que se destaca nesse tipo de trabalho é a opinião do 
autor, por isso em um papera opinião de quem o escreveu é velada e 
tem a aparência imparcial e distante, não deixando transparecer tão 
claramente as crenças e as preferências do escritor. 
 
Conforme Carmo-Neto (1996), os dados de um paper são geralmente 
experimentais, mensuráveis objetivamente. Mesmos os mais intuitivos 
ou hipotéticos sempre imprimem certo aspecto científico e quase 
sempre são formados a partir de uma metodologia própria para aquele 
fim. 
 
Seminário 
 
É um procedimento didático que consiste em levar o aluno a pesquisar a 
respeito de um tema, a fim de apresentá-lo e discuti-lo cientificamente. 
 
Poderá funcionar com um só grupo ou dividir-se em subgrupos, 
dedicando cada um deles ao estudo de aspectos particulares de um 
mesmo tema ou temas diferentes de uma disciplina. 
 
Cada integrante terá uma tarefa individualizada. 
 
Neste caso, a exposição poderá ficar a cargo de um representante do 
grupo ou a apresentação de cada integrante individualmente. 
 
Para a dinâmica desta atividade em grupo, Eva Maria Lakatos (2004) 
sugere que o trabalho seja organizado com os seguintes participantes: 
 
O Coordenador é representado pelo professor. É ele que propõe os 
temas, indica a bibliografia inicial, estabelece a agenda de trabalho e 
fixa a duração das apresentações. 
 
O Organizador é representado por um integrante do grupo. Este ficará 
responsável pelas reuniões, coordenará as etapas da pesquisa e poderá 
designar tarefas para cada componente do grupo. 
 
O Relator será o componente responsável pela exposição dos 
resultados dos estudos do grupo, porém não é o único a falar em sala 
de aula. 
 
O Secretário será representado pelo integrante designado pelo 
professor para anotar as conclusões finais, após os debates. 
 
Os Comentadores são os escolhidos pelo professor para o 
aprofundamento crítico do tema. Devem estudar com antecedência o 
tema a ser apresentado com o intuito de fazer críticas adequadas à 
exposição, antes da discussão e por ocasião do debate com os demais 
participantes. 
 
Os Debatedores são todos os alunos da classe. Participam fazendo 
perguntas, pedindo esclarecimentos, colocando objeções, reforçando 
argumentos ou dando alguma contribuição. 
 
SeminárioEtapas do Seminário 
 
O coordenador propõe o estudo, indicando a bibliografia mínima, bem 
como formalizando os grupos, a figura do comentador e do secretário. 
 
O grupo formado escolherá o organizador e decidirá quanto ao número 
de relatores. Após esta etapa inicial, o grupo organizará reuniões 
sucessivas, sob a orientação do organizador para: 
 
Determinação do tema central (“o fio condutor”); 
 
Divisão do tema central em tópicos; 
 
Análise do material coletado; 
 
Síntese das ideias dos diferentes autores, analisada sob a forma 
de introdução (breve exposição do tema 
central), desenvolvimento(explicação, discussão e demonstração), 
conclusão (síntese de toda a reflexão) e referências (de acordo com as 
normas da ABNT). 
 
A atividade do seminário se resume em: 
 
Reunião da classe sob a orientação do coordenador; 
 
Apresentação dos resultados da pesquisa do(s) relator(es), em aula. O 
comentador, após a exposição, intervém com os subsídios e críticas; 
 
Participação da classe nas discussões e debates, através de 
indagações, sugestões e/ou dúvidas. O coordenador do seminário faz 
uma síntese e encaminha para as conclusões finais, fazendo a 
avaliação do seminário. 
 
Anteprojeto de Pesquisa 
 
Trata-se de um documento temático que apresenta de maneira concisa 
o conteúdo de um projeto de pesquisa. 
 
É um estudo preparatório, esboço ou conjunto dos estudos preliminares, 
que irão constituir, depois das necessárias alterações, as diretrizes 
básicas do projeto definitivo. 
 
Projeto de Pesquisa 
 
O projeto de pesquisa apresenta os pontos principais que revelam a 
definição de um problema, a revisão sucinta da bibliografia e a 
metodologia. 
 
Assim, a primeira parte apresenta a introdução, o objetivo, a 
justificativa, as questões norteadoras ou hipóteses do estudo. A 
segunda parte contempla a metodologia, indicando o tipo de pesquisa 
que será desenvolvida e os instrumentos a serem utilizados. 
 
Artigo Científico 
 
É um pequeno estudo que trata de uma questão científica e destina-se a 
publicações em revistas ou periódicos. Difere-se da monografia pela sua 
reduzida dimensão e conteúdo (RAMPAZZO, 2005). 
 
O artigo também deve ser estruturado em três partes (NBR 6022): 
elementos pré-textuais; textuais e pós-textuais. 
 
Monografia 
 
Segundo Geller (2011), monografia, no sentido etimológico, significa 
dissertação a respeito de um assunto único, pois monos (mono) significa 
um só e graphein (grafia) significa escrever. 
 
A monografia é um trabalho científico que se caracteriza pela 
especificação, ou seja, a redução da abordagem a um só assunto, a um 
só problema. Portanto, monografia é um trabalho com tratamento escrito 
de um tema específico que resulte de interpretação científica com a 
finalidade de apresentar uma contribuição relevante ou original à 
ciência. 
 
TCC - Significa “Trabalho de Conclusão de Curso”. 
 
Trata-se de um documento que representa o resultado de um estudo, 
devendo expressar conhecimento do assunto escolhido e elaborado sob 
a coordenação de um orientador. 
 
A Dissertação é um tipo de trabalho apresentado no final do curso de 
pós-graduação stricto sensu, visando obter o título de mestre. Este tipo 
de trabalho acadêmico requer defesa pública. 
 
Como estudo teórico, de natureza reflexiva, a dissertação requer 
sistematização, ordenação e interpretação dos dados. (RAMPAZZO, 
2005) 
 
A tese é o trabalho científico, escrito, original, sobre um tema específico, 
cuja contribuição amplia os conhecimentos do tema escolhido. 
Representa, portanto, um avanço na área científica em que se situa e 
confere ao seu escritor o título de doutor. 
 
A tese possui a mesma estrutura da monografia e da dissertação, mas 
distingue-se no que concerne à profundidade, à originalidade, extensão 
e objetividade (RAMPAZZO, 2005). 
 
Agora é com você! 
 
Siga as pistas e cace 5 tipos de trabalhos acadêmicos bens 
comuns: 
 
Aqui entrará o caça-palavras. A palavras que deverão entrar são: 
 
1. Relatório 
2. Monografia 
3. Seminário 
4. Anteprojeto 
5. Pesquisa 
 
1. Parte final de uma pesquisa. Seu objetivo consiste em dar ao leitor o 
resultado completo do estudo. 
 
2. Tipo de trabalho que tem 3 subtipos. 
 
3. Muitas pessoas estão envolvidas na elaboração deste trabalho. 
 
4. Estudo preparatório, esboço ou conjunto dos estudos preliminares, 
que irão constituir as diretrizes básicas do projeto definitivo. 
 
5. Pontos principais que revelam a definição de um problema, a revisão 
sucinta da bibliografia e a metodologia. 
 
Chegamos ao final de mais uma aula 
 
Nesta aula aprendemos que planejar não é perda de tempo! 
 
Agora vai outra dica importante, após delimitar o tema procure ler o que 
os autores falam sobre ele e anote como problematizaram o tema. 
 
Observe como levantaram questões norteadoras da pesquisa, bem 
como responderam a essas questões formuladas. 
 
Esse um bom exercício para ajudar você na problematização de um 
tema. Pesquisa alguma poderá prescindir de uma boa problematização! 
 
E, lembre-se, é muito importante ter consciência do tipo de trabalho que 
se pretende escrever e sua função para obter sucesso na apresentação 
de suas pesquisas. 
Síntese da Aula 
Analisou a estrutura os tipos de trabalho científico e relacionou o 
planejamento como fonte primordial para o desenvolvimento de um 
trabalho científico. Além disso, conheceu os tipos de trabalhos 
acadêmicos mais comuns, suas funções e particularidades. 
 
 
Aula 6: Estrutura e Formatação 
Introdução AULA 6: ESTRUTURA E FORMATAÇÃO 
Nesta aula, conheceremos as técnicas de metodologia da pesquisa. 
Trabalharemos o conceito de pesquisa e suas classificações, que são as 
principais ferramentas para o processo de iniciação da escrita científica. 
A disciplina está dividida em 4 blocos: 
 
BLOCO 1 Da Metodologia Científica 
Conhecimento 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=05
http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=06
Método 
 
BLOCO 2 Da Pesquisa 
Leitura 
Pesquisa 
 
BLOCO 3 Das Regras 
Como fazer 
 
BLOCO 4 Das Regras 
IES 
Projeto Pedagógico 
 
Esta aula faz parte do segundo bloco e visa estudar a Metodologia 
aplicada à pesquisa científica. 
Bons Estudos! 
Objetivos 
1) Analisar a ABNT enquanto órgão regulador; 
 
2) Distinguir os elementos que formam a estrutura de um trabalho 
científico; 
 
3) 3. Esboçar a formatação de um trabalho científico. 
Estrutura e Formatação 
Evitando o caos 
 
Imagine se cada aluno que produzisse um trabalho acadêmico o 
organizasse como bem entendesse? 
 
Imagine-se fazendo uma pesquisa e encontrando os livros organizados 
de formas diferentes: uns começando pelo desenvolvimento, seguido da 
conclusão e terminando com a introdução; outros começando pela 
conclusão, seguida da introdução e do desenvolvimento. Que confusão, 
não é mesmo? 
 
É para dar uma sequência lógica, evitar o caos e, claro, a perda de 
tempo, que organizamos a ordem do texto. 
 
Aprendemos isso nas aulas de redação, lembra? Primeiro, vem a 
introdução, depois, o desenvolvimento e, por último, a conclusão. Essa 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=06
http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=06
ordem se estende a outras produções textuais, inclusive os trabalhos 
acadêmicos. 
 
E é disso que vamos tratar nessa aula: estrutura, formatação e 
organização de nossas produções científicas. 
 
E sabe quem dita as regras? Vamos descobrir! 
 
A famosa ABNT Fundada em 1940, a Associação Brasileira de 
Normas Técnicas (ABNT) é o órgão responsável pela normalização 
técnica no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento 
tecnológico brasileiro. 
 
Mas você deve estar se perguntando: 
No que ela interfere no meu trabalho acadêmico? Algumas normas 
da ABNT servemde padrão para as instituições de ensino no que diz 
respeito à apresentação de trabalhos acadêmicos e científicos. 
 
Por isso, quando não houver especificação por parte da instituição 
quanto à normatização de um trabalho científico, adote as normas 
da ABNT. 
 
Vamos começar pela estrutura Muitos dos trabalhos acadêmicos são 
compostos pelos chamados elementos pré-textuais, textuais e pós-
textuais que nos ajudam a organizar o conteúdo. 
 
Você reparou que alguns elementos foram classificados como 
obrigatórios? 
Pois, então, veja quais são as partes que não podem faltar no seu 
trabalho: 
 
Obrigatório: 
• Capa 
• Folha de rosto 
• Folha de aprovação 
• Resumo na língua vernácula 
• Resumo na língua estrangeira 
• Sumário 
 
 
Opcionais: 
• Lombada 
• Ficha catalográfica 
• Errata 
• Agradecimento 
• Dedicatória 
• Epígrafe 
• Lista de Ilustrações 
• Lista de tabelas 
• Lista de abreviaturas e siglas 
• Lista de símbolos 
 
 
O que é Formatação? 
 
Entende-se por formatação a ação de dar forma, de organizar a 
disposição dos elementos visuais em um arquivo gráfico ou de texto. 
 
É a formatação, portanto, que nos ajudará a dar a forma mais 
apropriada, segundo a ABNT, aos nossos trabalhos acadêmicos e 
projetos. 
 
Ela nos auxiliará a adaptar o conjunto de características visuais próprias 
do texto ― como o itálico, o sublinhado, o negrito, o tamanho de fonte, 
o espaço de linhas etc. ― ao padrão estabelecido. 
 
Formatação de trabalhos acadêmicos e científicos 
 
Observe agora alguns dos itens mais importantes a serem considerados 
na formatação de um trabalho acadêmico: 
 
Fonte: 
 
Recomenda-se utilizar em todo o trabalho a fonte Arial ou Times New 
Roman, normal, tamanho 12. A utilização do itálico é feita apenas nas 
palavras em outro idioma. 
 
Nas legendas das tabelas, figuras, ilustrações, citações longas e nos 
textos das notas de rodapé o tamanho da fonte a ser utilizada é 11. 
 
É nesse campo do editor de texto que você poderá fazer essas 
configurações. 
 
Espaço: 
O espaçamento a ser adotado é o de 1,5 cm nas entrelinhas, com recuo 
de primeira linha do parágrafo (1,25 cm – corresponde a 1 tab.) e texto 
justificado. 
 
Nas citações com mais de três linhas, nas legendas das tabelas, figuras 
e ilustrações o espaçamento é simples. 
 
Observe ainda o espaço simples nas referências bibliográficas, 
colocadas em ordem alfabética por sobrenome do autor, alinhadas à 
margem esquerda e separadas entre si por dois espaços simples. 
 
É nesse campo do editor de texto que você poderá fazer essas 
configurações. 
Margem: 
Segundo as normas da ABNT o papel deve ser branco, com formato A4 
(21,0 cm x 29,7cm). 
 
As páginas devem apresentar margem esquerda e superior de 3,0 cm, 
direita e inferior de 2,0 cm. 
 
Capa: 
 
A capa é elemento obrigatório em alguns tipos de trabalho acadêmico, 
apresenta uma formatação específica e deve conter os elementos 
essenciais para identificação do autor do trabalho (ABNT, NBR 14724). 
 
A ABNT normatiza que seja usada a fonte Times New Roman ou Arial, 
tamanho 14, e o espaço entre as linhas deve ser simples. 
 
Sua capa deverá conter as seguintes informações na ordem sugerida: 
 
1º - Identificação da Instituição de Ensino Superior - IES (caixa alta); 
2º - Identificação do curso (caixa alta); 
3º - Tipo de trabalho (caixa alta); 
4º - Nome do acadêmico (caixa alta); 
5º - Título do projeto (caixa alta); 
6º - Cidade, ano (caixa alta). 
A régua vertical do editor de texto ajudará na formatação da capa. 
 
Assim, no marco 1 da régua do editor, indique o nome da universidade 
(IES). 
 
No marco 1,5, indique o curso. 
No marco 2, especifique o tipo de trabalho. 
No marco 7, inserira o nome completo do acadêmico. 
No marco 12, mencione o título do trabalho. 
No marco 23, insira a cidade e ano. 
Folho de Rosto 
 
A folha de rosto é um complemento da capa e deve apresentar a 
identificação da disciplina em que o trabalho será apresentado, bem 
como o curso, a instituição de ensino, o aluno e o professor orientador. 
 
Na hipótese de dissertações de mestrado e teses de doutorado, no 
verso da folha de rosto, deve constar a ficha catalográfica. 
 
Quanto a numeração das páginas, vale ressaltar que todas as folhas a 
partir da folha de rosto devem ser contadas, mas a numeração começa 
a partir da primeira parte textual (introdução). 
 
O número deve estar expresso em algarismo arábico, fonte 11, no canto 
superior da folha. 
 
Sumário: 
 
Para muita gente, fazer sumário no Word é um martírio. Ele nunca fica 
conforme o esperado quando criado manualmente. 
 
Quando utilizamos a função automática do Word, ou não saímos do 
canto ou o resultado foge totalmente aos requisitos normativos, não é 
mesmo? 
 
Para esclarecer as dúvidas sobre Sumário, assista ao vídeo e veja o 
passo a passo que mudará a sua vida! 
 
Citações 
 
Entende-se por citação a menção de uma informação extraída de outra 
fonte. 
 
A citação pode ser direta ou indireta 
 
Referência Bibliográfica 
Referência é o “[...] conjunto padronizado de elementos descritivos, 
retirados de um documento, que permite sua identificação individual” 
(ABNT, 2002, p. 2) no todo ou em parte, impressos ou registrados em 
diversos tipos de suporte. 
 
Para finalizar... 
 
...Veja agora algumas representações gráficas da formatação que te 
ajudarão na hora de montar seu anteprojeto ou projeto de pesquisa e 
seu TCC. 
Síntese da Aula 
- Analisou a estrutura os tipos de trabalho científico e relacionou o 
planejamento como fonte primordial para o desenvolvimento de um 
trabalho científico. 
 
 
 
Aula 7: Citação 
Introdução AULA 7 : CITAÇÃO 
Uma das principais angústias no meio acadêmico é a forma como o 
aluno se comunica. E isso é comum a todas as áreas. 
Espera-se que o aluno tenha um cuidado especial ao elaborar o seu 
texto e que siga algumas normas que facilitam a comunicação. 
 
É nesse sentido que se afirma que a linguagem escrita deve estar 
baseada em regras que a diferencia do agir espontâneo. Uma dessas 
regras é a da citação. 
 
BLOCO 1 Da Metodologia Científica 
Conhecimento 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=06
http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=07
Método 
 
BLOCO 2 Da Pesquisa 
Leitura Pesquisa 
 
BLOCO 3 Das Regras 
Como fazer 
 
BLOCO 4 Das Regras 
IES 
Projeto Pedagógico 
 
Esta aula faz parte do segundo bloco e visa estudar a Metodologia 
aplicada à pesquisa científica. 
Bons Estudos! 
Objetivos 
1) Aplicar as normas da ABNT nos trabalhos acadêmicos 
 
2) Distinguir as formas de se fazer citação em trabalhos acadêmicos. 
Citação 
Qual é o propósito de um texto científico? 
 
Segundo Azevedo (1997, p. 109), “o propósito de um texto científico é 
comunicar os resultados e as ideias a que se chegou, após a coleta e 
análise dos dados”. 
 
Porém, é muito comum recorrer às palavras dos próprios autores 
quando queremos escrever sobre nossas pesquisas. 
 
Muitas vezes, recorremos a citações ou porque não conseguimos 
superar a fala do autor ou porque queremos intencionalmente mostrar 
ao nosso leitor como ele abordou o assunto. 
 
Antes de tudo... 
Em um trabalho cuidadoso, você deve ler diferentes autores sobre o 
assunto a ser pesquisado e, assim, organizar o pensamento, 
fundamentando as ideias antes de iniciar a redação do trabalho. 
 
Nesse aspecto, o fichamento bibliográfico e o de leitura configuram 
fases imprescindíveis para a elaboração de seu trabalho acadêmico. 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=07
http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=07
 
Somente após uma leitura cuidadosa, você poderá destacar as citações-
chave que utilizará, caso seja necessário. 
 
Mas o que significa citar? Como devo organizar uma citação? 
As citações são

Outros materiais