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Aula 1: Metodologia Científica Introdução AULA 1: METODOLOGIA CIENTÍFICA Ninguém duvida da necessidade de organização de nossas tarefas diárias, ninguém contesta a tese de que uma mente criativa, fertilizada, estará mais preparada para enfrentar as dificuldades, certo? A todo momento nos interrogamos sobre o significado e a função da Metodologia Científica, bem como seu ponto de partida, que recai sobre atitudes que não são espontâneas à existência humana, ao contrário da fala, por exemplo, que sem dúvida é um ato espontâneo. Porém, dominar a linguagem não depende do desenvolvimento natural dos sujeitos, mas de habilidades e competências para uma postura reflexiva e crítica. A disciplina está dividida em 4 blocos: BLOCO 1 Da Metodologia Científica Conhecimento Método BLOCO 2 Da Pesquisa Leitura Pesquisa BLOCO 3 Das Regras Como fazer BLOCO 4 Das Regras IES Projeto Pedagógico Objetivos 1) Identificar os tipos de conhecimentos”; 2) Distinguir os conceitos de senso comum, conhecimento filosófico, científico e discurso religioso. Metodologia Científica Esta aula faz parte do primeiro bloco e visa uma maior aproximação da Metodologia Científica e do processo de desenvolvimento e aquisição do conhecimento. Bons Estudos! http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=01 http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=01 http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=01 Você já ouviu falar em Metodologia Científica, mas será que sabe de fato o que? Metodologia científica é o estudo dos métodos de conhecer, de buscar o conhecimento. É uma forma de pensar para se chegar à natureza de um determinado problema, seja para explicá-lo ou estudá-lo. KAHLMEYER- MERTENS et al. Como elaborar projetos de pesquisa: linguagem e método. Rio de janeiro: FGV, 2007. p. 15 Metodologia significa, na origem do termo, estudo dos caminhos, dos instrumentos usados para se fazer ciência. É uma disciplina instrumental a serviço da pesquisa. Ao mesmo tempo visa conhecer caminhos do processo científico, também problematiza criticamente, no sentido de indagar os limites da ciência, seja com referência à capacidade de conhecer, seja com referência à capacidade de intervir na realidade. (DEMO, Pedro. Metodologia científica em ciências sociais. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2007. p. 11.) Para nós, método é um conjunto de etapas, ordenadamente dispostas, a serem vencidas na investigação da verdade, no estudo de uma ciência, ou para alcançar determinado fim. E metodologia (do grego methodos + logia) significa o “estudo do método”. Quanto à palavra ciência, durante muito tempo ela serviu para indicar conhecimento em sentido amplo, genérico, como na expressão “tomar ciência”, cujo significado é “ficar sabendo”. Aos poucos, porém, como veremos, ganhou também sentido restrito, passando a designar o conjunto de conhecimentos precisos e metodicamente ordenados em relação a determinado domínio do saber. (RAMPAZZO, Lino. Metodologia científica: para alunos dos cursos de graduação e pós-graduação. 3. ed. São Paulo: Loyola, 2005. p. 13.) Após a leitura dos livros, podemos afirmar que: Metodologia científica é o estudo dos métodos de conhecer e de buscar o conhecimento; Metodologia científica é o estudo dos caminhos e dos instrumentos usados para se fazer ciência. Das alternativas acima: Apenas a I é verdadeira; Apenas a II é verdadeira; Todas as alternativas são verdadeiras; Todas as alternativas são falsas. A metodologia científica está dentro de duas grandes áreas... ... E essas duas áreas se completam! Epistemologia “A ciência sem a epistemologia – na medida em que tal seja imaginável – é primitiva e confusa” Albert Einstein Epistemologia vem de episteme = termo grego que designa ciência; logia/logos = estudo. Também conhecida como Filosofia da ciência, a área se ocupa da fundamentação da ciência. Metodologia Científica Aplicada A Metodologia Científica está destinada à pesquisa e à elaboração de trabalhos acadêmicos e científicos. E por que tenho que estudar Metodologia Científica? Se considerarmos o conhecimento e a verdade como algo dinâmico e histórico, encontraremos o ser humano como razão e fundamento desse saber. Assim, não será preciso mais fazer perguntas do tipo: por que tenho que estudar? Já que a resposta está na célebre frase de Descartes, “penso, logo existo”. Porque essa é a nossa essência.... ... Ademais, muitos são os motivos para estudar Metodologia Científica: E por que tenho que estudar Metodologia Científica? Porque o conhecimento científico não existe sem método, sem uma linguagem específica, ou um rigor próprio. E por que tenho que estudar Metodologia Científica? Porque o maior desafio da Instituições de Ensino Superior está em desenvolver a postura de um pesquisador ao longo do processo educacional. E por que tenho que estudar Metodologia Científica? Porque é preciso desenvolver a autonomia do pensamento, muito presente no meio acadêmico. No exercício profissional, o sucesso está intimamente relacionado à capacidade de planejar e de organizar o pensamento, muitas vezes adquirida por meio da busca do conhecimento, através das práticas de leitura e da participação das atividades acadêmicas. O conhecimento pode ser obtido de diversos modos, através do método científico, das hipóteses, das leis e teorias científicas, bem como por meio da pesquisa científica e da elaboração de trabalhos acadêmicos. Há muitas maneiras de estudar a realidade... No mundo acadêmico os modos de conhecer são classificados em: • Senso comum ou conhecimento empírico; • Conhecimento Científico; • Conhecimento Filosófico; • Discurso Religioso ou Conhecimento teológico. O Conhecimento Científico está estritamente ligado a Ciência. Mas afinal, o que é Ciência? Ciência é um saber racional e objetivo, que se atém aos fatos podendo transcendê-los. A Ciência depende da investigação metódica o que a torna analítica e requer exatidão e clareza na busca e aplicação de leis, podendo se usar de predições úteis, porém verificáveis. Quais as características do conhecimento científico? - Saber racional que obedece a regras, leis, princípios e se contrapõe ao saber ilusório, às emoções e às crenças; - Saber lógico e sistemático porque as ideias formam uma ordem coerente; - Saber verificável e metódico, pois é passível de exame para ter sua pretensão confirmada ou não. Para tanto segue uma técnica, um procedimento. A religião como influência no conhecimento…Clique aqui para assistir ao vídeo O vídeo traz a relação entre o conhecimento científico e teológico... ... enquanto o conhecimento científico se fundamenta na evidência dos fatos observáveis e a Filosofia na lógica de seus enunciados, o conhecimento teológico se preocupa com a revelação divina O conhecimento teológico ou religioso passa necessariamente por representações abstratas que influenciam as ações da vida e confere sentido às angústias e inquietações da consciência. Esse tipo de conhecimento não só representa uma explicação sobre a origem de todas as coisas como revela o modo que determinada cultura entende e interpreta a sua própria existência. Comercial feito pelo Ministério da educação e ciência da República da Macedônia que fala sobre a existência de Deus. Síntese da Aula Você identificou os tipos de conhecimentos e distinguiu os conceitos de senso comum, conhecimento filosófico, científico e discurso religioso. Aula 2: Conhecimento Introdução AULA 2: CONHECIMENTO Depois de estudarmos os diferentes tipos de conhecimento, podemos destacar que o conhecimento científico se caracteriza como racional, sistemático e metódico. Quandopensamos em conhecimento racional, estamos tomando como ponto de partida a possibilidade de pensar a realidade, formulando indagações sobre o mundo e sobre a nossa própria existência, a fim de encontrarmos algumas respostas que se aproximem da realidade. A disciplina está dividida em 4 blocos: http://www.youtube.com/watch?v=VqgcrJs5cPE&feature=related http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=01 http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=02 BLOCO 1 Da Metodologia Científica Conhecimento Método BLOCO 2 Da Pesquisa Leitura Pesquisa BLOCO 3 Das Regras Como fazer BLOCO 4 Da Aplicação IES Projeto Pedagógico Quem está com a razão? Vamos lá, tenho certeza de que vocês sabem como é o Universo. Objetivos • Avaliar a importância do método para a prática científica; • Descrever a classificação das ciências. O Conhecimento Quem está com a razão? Vamos lá, tenho certeza de que vocês sabem como é o Universo. Bom, a Terra, fica aqui no centro, seguida pela Lua, depois vem Mercúrio, depois vem Vênus e depois o Sol é claro! Depois disso vem Marte, Júpter e depois Saturno…eu acho. Então a Terra é o centro do Universo e os planetas giram ao redor dela. É claro! Aristóteles disse isso. Aristóteles era um homem brilhante, mas nem sempre estava certo, por exemplo… … ele também dizia que um objeto pesado caía mais rápido do que um mais leve. Você acredita nisso? Acredito, a menos que prove o contrário. Professor Galileu, o que está fazendo é muito perigoso! É perigoso dizer que Aristóteles errou… … é como dizer que a Igreja e a Bíblia estão erradas! Não, não é assim… Aristóteles era apenas um homem! http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=02 http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=02 Mas muitos dos seus ensinamentos foram absorvidos pela Bíblia… São apenas ideias de um homem e algumas dessa ideias estão erradas… São doutrinas sagradas! Atenção… se Aristóteles estava certo, esta bola de 10kg deverá cair mais rápido e chegar primeiro ao chão muito antes desta bola de 1kg. Cuidado! Vou jogá-la e não quero acertá-los O livro final de Galileu foi publicado e mundialmente lido. Cinquenta anos depois, Issac Newton inspirou-se nele para desenvolver a teoria da gravitação, que mais tarde deu origem a teoria da relatividade e Einsten . Galileu foi realmente o Pai da Física e da Astronomia moderna, mas, mais do que isso, ele se atreveu a pensar o impensável e a defender o indefensável. Galileu atreveu-se a dizer a verdade. “É certamente prejudicial para as almas tornar uma heresia acreditar no que é provado”. Galileu Galilei Identifica-se na história de Galileu Galilei: A Razão; O Sistemático; e O método. A Razão O que podemos entender pelo termo razão? O termo racional vem da palavra razão e pode ter várias acepções como: razão humana, razão particular, razão universal, razão divina etc. Cada adjetivo adicionado ao termo altera o sentido do conceito razão. Pressupondo que razão e intelecto se equiparam e considerando a ideia de razão como uma faculdade humana, podemos nos questionar: E racionalidade? O que é? Racionalidade liga-se à ideia de racional, compreendendo dessa maneira que o ser humano é um ser racional, que os meios que utilizam são racionais, que o mundo é racional, ou seja, acreditamos que o ser humano e o mundo são inteligíveis, suscetíveis de serem entendidos. Galileu por exemplo, acredita que o homem e o mundo são inteligíveis e sucetíveis de entendimento ao tentar refutar uma das ideias de Aristóteles. O Sistemático O que significa Sistemático? O termo sistemático liga-se à ideia de sistema, que denota o sentido de um todo organizado, interconectado em suas partes. Uma pesquisa, por exemplo, segue um método sistemático porque é um processo de construção do conhecimento a partir de objetivos gerais e específicos que visam alcançar algum fim. Cada etapa da pesquisa dever estar interconectada formando um sistema coerente de procedimentos e ideias, constituindo, assim, um todo organizado. Pode-se notar na história, que o a intenção de Galileu era remontar um cenário, dentro de um sistema, que desmistificasse os feitos de Aristóteles baseado nos fatos. Galileu se organizou para debater as ideias de Aristóteles intencionalmente. É interessante observar que, ao falarmos em termos como racional e sistema, nos vinculamos ao sentido de método. O Método E o que seria Método? A palavra método vem do grego μέθοδος (méthodos) ― caminho para chegar a um fim. Nossos dicionários definem método como o conjunto de procedimentos para atingir um objetivo, ou seja, uma maneira ordenada e sistemática de agir. Assim fez Galileu, de maneira ordenada, provou que Aristóteles estava errado através da queda das esferas. Metodologia é, portanto, um conjunto de métodos. Por isso, nos acostumamos a dizer que uma pessoa é metódica quando segue um método de trabalho, ou quando se preocupa com os detalhes. No sentido literal, a Metodologia, seria então o estudo dos métodos e, especialmente, do método da ciência, que se supõe universal. O método é importante porque... • Ajuda a compreender o processo de investigação; • Possibilita a demonstração; • Disciplina o espírito; • Ajuda a perceber erros; • Auxilia as decisões do cientista. O método é então um plano de ação, onde a técnica utilizada é o modo ou maneira de realizar a atividade pretendida, permitindo que o procedimento escolhido ocorra de maneira hábil e, se possível, perfeita. Curiosidade Você sabia que o método científico pode ser visto como a ISO 9000 da ciência? “Não diz se o produto serve, não diz se o achado científico é importante, apenas diz que o processo de busca seguiu as regras do jogo. A evidência foi corretamente coletada, os procedimentos estatísticos e o tratamento dos dados são apropriados.” (CASTRO, 2006, p.59) O método científico pode se sustentar em dois procedimentos básicos: Dedutivo Indutivo Método Dedutivo O cão estava desolado, o seu sofrimento por amor estava lhe consumindo. Não havia reciprocidade de sentimentos. A cadela, nem se quer sabia da sua existência e vivia no seu mundo paralelo, quando de repente o cão escuta algo que mudará a sua vida... Pesquisas comprovam a existência de coração em todos os mamíferos. Todo mamífero tem um coração; Todos os cães são mamíferos; Logo, todos os cães têm um coração. Amor... Você tem coração!!! Você observou que todas as premissas e a conclusão – segundo a lógica - são verdadeiras? Concluir que todos os cães têm coração, ideia presente nas premissas, significa dizer que o argumento dedutivo enuncia uma informação ou ideia já conhecida ou seja O método dedutivo tem o propósito de explicar o conteúdo dos enunciados, apresentando uma conclusão inevitável, a partir de dados gerais para dados particulares. Método Indutivo Durante a manutenção de um poste de energia, o Eletricista, ainda novo no ramo, notou que existia uma instalação irregular, feita com, cobre, zinco e cobalto e pensou... O cobre conduz energia. O zinco conduz energia. O cobalto conduz energia... Observe que o Eletricista passa por 3 etapas • Observação dos fenômenos; • Descoberta da relação entre eles; • Generalização da relação. • Uma crítica ao Método indutivo: • David Hume (1711-1776), empirista inglês, investigou o método de indução, colocando o seguinte problema: como podemos transportar uma informação particular (de um fato observado) para uma lei geral? Ou, dizendo de outro modo, como podemos fazer conexões lógicas e necessárias entre as coisas? • Sua resposta apontou para a ideia segundo a qual os conhecimentos oriundos da experiência podem ser considerados verdadeiros.• Todavia, partindo de tal constatação, não seria possível alcançar as generalizações feitas pelo intelecto, uma vez que não há garantias de veracidade nesse segundo momento, o que significa dizer que nada legitima a passagem de uma experiência singular para um enunciado universal, como acredita o empirismo clássico. Aqui temos dois dados que decorrem da experimentação e do raciocínio alcançados em uma realidade desconhecida e universal (“todo metal conduz energia”). As três etapas que compõe o método indutivo tem como objetivo a observação dos fenômenos com a finalidade de descobrir as suas causas, comparando ou aproximando os fatos, na tentativa de encontrar a relação entre eles. Até aqui… ... Estudamos duas abordagens importantes para o método científico: a abordagem dedutiva(dependente da lógica) e a indutiva (dependente da experiência empírica). Se por um lado podemos criticar o método dedutivo por não ampliar o conhecimento, por outro podemos apontar que ele nos traz um conhecimento provável, pois somente um exame de todos os elementos garantiria uma indução perfeita. Neste caso, se algumas induções não se confirmam, deve-se buscar os elementos que resultaram em erro, não abandonando a investigação. Assim, encontramos duas características que distinguem os argumentos: Vejamos um caso interessante: Um pesquisador decide estudar determinada planta. Ele parte de conhecimentos prévios sobre o objeto escolhido. Em certo momento ele percebe que as folhas cobertas por pelos (tricomas) não foram atacadas por lagartas de borboletas. Fato que ocorre frequentemente com as folhas sem pelos. O pesquisador, então, faz o seguinte questionamento: é possível afirmar que a presença de pelos nas folhas da planta dificulta a predação? Em seguida, apresenta a hipótese: a presença de pelos em folhas de plantas dificulta a predação por lagartas de borboletas. Neste ponto, o cientista realiza a testagem de sua hipótese. Separa algumas folhas com pelos e outras sem pelos e verifica a predação para observar a hipótese formulada. Método hipotético-dedutivo Karl Popper (1922-1996) criticou o método indutivo e lançou as bases do método chamado hipotético-dedutivo que consiste na construção de hipóteses, cujas predições devem se submeter ao critério da falseabilidade. Popper dizia que qualquer enunciado que só tenha términos observacionais, poderia dizer mais do que se pode ver. Como assim? Clique aqui para ler uma célebre passagem de Carl Sagan que pode ajudar a compreender o conceito de falseabilidade “Hipótese, do grego hypothesis, suposição, pergunta ou conjectura que orienta a investigação por antecipar características prováveis. Podemos usar o termo no sentido de leis, teorias ou postulados.” A falseabilidade de uma teoria é o critério de cientificidade. Isto significa dizer que a verdade de uma teoria será mantida até que seja negada. Essa condição de poder ser negada é o que confere o status de científica a uma determinada teoria. SALMON, Wesley C. Curso moderno de Filosofia. Lógica. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1969. p. 105-106. “Este vaso tem água” Exemplo de enunciado básico, que só conta com términos observacionais e singulares. Agora, se você provar o conteúdo do vaso e sentir um gosto amargo você estará bebendo água? E se o conteúdo do vaso for resfriado e se congelar a 10 graus abaixo de zero, ele continuará sendo água? Quando dizemos que algo é água, estamos assumindo: • Que se congela a 0 graus; • Que ferve a 98 graus; • Que não tem cor, nem cheiro, nem gosto; e • Que essas características não mudam com o tempo. Método hipotético-dedutivo O que esse exemplo quer dizer? Quer dizer que, se o cientista seguir rigorosamente cada fase desse método e, ao final, constatar que sua hipótese deve ser refutada, como no caso do líquido do vaso que deixa de ser água, poderá encontrar argumentos científicos suficientes para formular críticas às teorias existentes e seus paradigmas. Essas teorias foram consideradas como ponto de partida para novas pesquisas. Toda hipótese contém uma predição, ou seja, uma suposição e precisa passar pelo falseamento. O cientista testará sua hipótese, analisará os resultados para alcançar a confirmação de sua suposição ou refutá-la. Se a hipótese não for corroborada, poderá, a partir dos dados obtidos, construir nova hipótese. Mais atenção: as hipóteses científicas não podem ser vistas como verdades absolutas, mas sim, como explicações plausíveis. Síntese da Aula Estudou os tipos o processo de aquisição do conhecimento com base no método científico e nos seus principais procedimentos – dedutivo e indutivo, analisou também o conceito de falseabilidade. Aula 3: Metodologia aplicada à pesquisa Introdução AULA 3: METODOLOGIA APLICADA À PESQUISA Nesta aula, conheceremos as técnicas de metodologia da pesquisa. Trabalharemos o conceito de pesquisa e suas classificações, que são as principais ferramentas para o processo de iniciação da escrita científica. A disciplina está dividida em 4 blocos: BLOCO 1 Da Metodologia Científica Conhecimento Método BLOCO 2 Da Pesquisa Leitura Pesquisa BLOCO 3 Das Regras Como fazer BLOCO 4 Das Regras IES Projeto Pedagógico Esta aula faz parte do segundo bloco e visa maior aproximação da Metodologia quando aplicada à pesquisa científica. Bons Estudos! http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=02 http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=03 Objetivos 1) Reconhecer a importância da pesquisa e seus benefícios na construção científica; 2) Listar as classificações da pesquisa para fins de aplicabilidade; 3) Estabelecer os benefícios e riscos de se pesquisar na internet; Metodologia aplicada à pesquisa Você sabia... ...que brasileiros adoram reality shows? Ficou comprovado que 2687 brasileiros adoram reality shows. E a maioria dos telespectadores dos chamados “shows da vida” são mulheres entre 18 e 35 anos. O texto acima nos dá margem para alguns questionamentos: De onde ou de quem parte a motivação para saber a relação entre brasileiros e reality shows? Como é feito esse levantamento? Como vimos nas aulas passadas, tudo surge do conhecimento que se tem e do desejo e/ou necessidade de desvendar e provar coisas novas. E é da sede de conhecimento que nascem as pesquisas. Essas pesquisas começam com ideias, ou seja, experiências individuais, teorias, observações de fatos, leitura de artigos etc. Na tela anterior, por exemplo, dissemos que brasileiros adoram reality shows e indagamos: De onde ou de quem parte a motivação para saber a relação entre brasileiros e reality shows? Como é feito esse levantamento? Então, dizemos que pesquisa é... ... uma atividade voltada para a solução de problemas por meio dos processos do método científico. Podemos, assim, indicar três elementos que caracterizam a pesquisa: o levantamento de algum problema; a solução à qual se chega; os meios escolhidos para chegar a essa solução, como os instrumentos científicos e os procedimentos adequados. Segundo Eva Maria Lakatos (1992, p. 43), a pesquisa pode ser considerada um procedimento formal com método de pensamento reflexivo que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais. http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=03 http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=03 Significa muito mais do que apenas procurar a verdade: é encontrar respostas para questões propostas, utilizando métodos científicos . Começamos a refletir sobre pesquisa e agora chegou a hora de defini-la: Começamos a refletir sobre pesquisa e agora chegoua hora de defini-la: A pesquisa... • é uma atividade essencial da ciência; • possibilita uma aproximação e o entendimento da realidade investigada; • é um processo permanentemente inacabado; • fornece informações para uma intervenção no real. E quanto ao termo pesquisa científica, do que se trata? Se trata do tipo de pesquisa que objetiva contribuir para o desenvolvimento do conhecimento humano em todas as áreas, sendo sistematicamente planejada e executada segundo critérios rigorosos de processamento das informações. Uma pesquisa será considerada científica, se for objeto de investigação planejada, desenvolvida e redigida conforme as normas metodológicas consagradas pela ciência. Tem por base procedimentos racionais e sistemáticos, ou seja, é a atividade científica pela qual se descobre a realidade. Pense rápido Arraste as razões da pesquisa até seus respectivos exemplos de objetivos: Razões de ordem intelectual, que decorrem do desejo de conhecer. Este presente trabalho desenvolve um estudo sobre os benefícios da linhaça na redução do colesterol. O objetivo é provar as potencialidades das sementes que são capazes de melhorar a função do intestino, da pressão arterial e diminuir os riscos de doenças no coração. Razões de ordem prática, que vem do desejo de conhecer com vistas a fazer algo. Esta pesquisa objetiva estudar as novas configurações das instituições contemporâneas e seus processos subjetivos, a partir da análise de políticas públicas inclusivas. Analisa os fundamentos teóricos e empíricos implicados na formulação, implementação e avaliação das políticas públicas inclusivas na área da educação, com ênfase especial ao chamado novo paradigma — inclusão. De acordo com Antônio Carlos Gil, duas são as razões para se fazer uma pesquisa: As razões de ordem intelectual, que decorrem do desejo de conhecer, são comuns nas dissertações de mestrado, nas monografias, nos artigos e nos trabalhos de conclusão de curso, em que a pesquisa é voltada para fins de conhecimento. Já as razões de ordem prática, como próprio título diz, vem do desejo de conhecer com vistas a fazer algo, que muitas vezes pode vir a ser útil e beneficiar a própria sociedade. Antônio Carlos Gil é autor do livro Como Elaborar Projetos de Pesquisa, que indica caminhos aos iniciantes na elaboração desse tipo de projeto. Não se trata de uma “receita”, mas a obra enfatiza a prática e mostra o funcionamento de pesquisas participantes. Sua leitura garante ao profissional da área e aos estudantes de níveis mais avançados condições para a organização de conhecimentos dispersos ao longo da vida acadêmica. Quanto ao Pesquisador... É importante destacar que a possibilidade de êxito na tarefa de pesquisa depende das razões e motivações do pesquisador. Curiosidade, criatividade, integridade intelectual, atitude autocorretiva, sensibilidade social, imaginação disciplinada, perseverança, paciência e confiança na experiência são ações e atitudes que devem ser incorporadas à pessoa que for ou estiver no papel de pesquisador. Como é o caso dos estudantes que estão escrevendo trabalhos apenas para fins acadêmicos. Fazer pesquisa não é uma tarefa fácil É preciso ter planejamento e considerar aspectos como classificação, abordagem, objetivo e procedimentos, pois estes delimitam a busca do que se pretende pesquisar. Classificação A classificação da pesquisa está relacionada à sua natureza, ou seja, àquilo que compõe a essência da pesquisa: Pesquisa Pura Pesquisa Aplicada Conhecida também por básica ou teórica a Pesquisa Pura objetiva gerar novos conhecimentos úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais. É motivada basicamente pela curiosidade intelectual do pesquisador. Exemplo: A origem do universo. É aquela que objetiva gerar conhecimentos para a aplicação prática, dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais. Exemplo: A busca de uma vacina contra a AIDS. Abordagem da Pesquisa Quanto a abordagem, a pesquisa pode ser dividida em: Neste enfoque não há medição numérica, como nas descrições. Seu propósito está em reconsiderar ou reconstruir a realidade observada. Assim, considera a existência de uma relação dinâmica entre mundo real e o sujeito. É descritiva e utiliza o método indutivo. O processo é o foco principal. Neste tipo de pesquisa temos a coleta e a análise de dados para dar conta das questões que envolvem a pesquisa. Ela utiliza métodos estatísticos e traduz em números opiniões e informações para classificá-los e organizá-los. Clique aqui para ler o artigo Pesquisa qualitativa versus pesquisa quantitativa: esta é a questão? Objetivo da Pesquisa Quanto aos objetivos, a pesquisa pode ser: Descritiva: A pesquisa descritiva tem como objetivo principal descrever as características de algum fenômeno observado, descobrir a frequência com que ocorre, sua relação e sua conexão com outros fenômenos. Esta modalidade é típica das ciências humanas e sociais. Neste tipo de pesquisa, o estudante deve observar, registrar, analisar e correlacionar fatos ou fenômenos variáveis, sem manipulá-los. Importante esclarecer que o termo fenômeno pode designar um fato percebido por alguém. Neste caso, a percepção que determinado observador tem de um fato é o que o caracteriza como fenômeno. Veja alguns exemplos: • características de um grupo social; • nível de atendimento de determinada empresa prestadora de serviço; • levantamento de opiniões, atitudes e crenças de um segmento da sociedade; • pesquisas eleitorais que apontam a preferência político- partidária de determina dos grupos etc. Exploratória: A pesquisa exploratória é considerada o passo inicial de qualquer pesquisa. Trata-se de uma observação, ou seja, consiste em recolher e registrar os fatos da realidade, com o objetivo de proporcionar maior familiaridade com o problema para torná-lo mais explícito ou viabilizar a construção de uma hipótese. Neste modelo temos a possibilidade do aprimoramento de ideias. Geralmente, neste tipo de pesquisa, há o levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que experimentaram situações que estejam sendo pesquisadas e análise de exemplos. A pesquisa bibliográfica e o estudo de caso são exemplos de pesquisas exploratórias. Explicativa Aqui o objeto é identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Neste modelo temos um efetivo aprofundamento de conhecimentos, porque se busca entender ou explicar as razões das coisas ― fato que amplia o entendimento. Nada impede que uma pesquisa explicativa seja a continuação de uma pesquisa descritiva ou exploratória. Nas ciências naturais, por exemplo, utiliza-se o método experimental. Nas ciências sociais utilizam-se outros métodos, tais como o fenomenológico e dialético, além de exigir elevado grau de controle. Procedimentos da pesquisa Os procedimentos estão relacionados à maneira de agir, ao modo de fazer a pesquisa. Pesquisa bibliográfica É uma etapa fundamental em todo trabalho científico que influenciará toda pesquisa, na medida em que dá o alicerce teórico que servirá de base ao trabalho. Consiste no levantamento, seleção, fichamento e arquivamento de informações relacionadas à pesquisa. Levando em consideração que bibliografia é o conjunto dos livros escritos sobre determinado assunto, por autores conhecidos e identificados ou anônimos, a pesquisa bibliográfica é o exame de uma bibliografia para levantamento e análise do que já se produziu sobre o assunto que assumimos como tema da pesquisa científica. Há dois tipos de fontes: Primárias: Contém trabalhos originais, com conhecimento original, e publicaçãoinédita. Exemplos: monografias, teses universitárias, livros, relatórios técnicos, artigos em revistas científicas, anais de congressos. Secundárias: Contém trabalhos não originais e que basicamente citam, revisam e interpretam trabalhos originais. Exemplos: artigos de revisão bibliográfica, livros-texto, tratados, enciclopédias, artigos de divulgação. Segundo Carlos Antônio Gil (1991, p.48): “A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho desta natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas.” Pesquisa documental Trata-se de uma pesquisa realizada através de certos documentos como: documentos pessoais, cartas, diários, jornais, balancetes, microfilmes, fotografias, memorandos, ofícios, vídeos, documentos estatísticos etc. Para Antônio Carlos Gil (1991), a pesquisa documental assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica, mas possui uma diferença: “A diferença está no fato de a bibliográfica utilizar fundamentalmente as contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto. A documental utiliza materiais que não receberam o tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados.” Pesquisa de Campo É a investigação empírica, isto é baseada na experiência, realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno. Pode incluir entrevistas, aplicação de questionamentos, testes e observações. Segundo Antônio Joaquim Severino, na pesquisa de campo “o objeto é abordado em seu próprio meio. A coleta de dados é feita nas condições naturais em que os fenômenos ocorrem, sendo assim diretamente observados.” (2007, p. 123) Pesquisa Histórica Você já reparou que os filmes de época exigem um estudo histórico prévio? Assista ao trailer do filme 300 de Esparta e perceba os detalhes que foram levantados através da pesquisa histórica. Detalhes como vestuário, comportamento, linguajar, arquitetura, papel de cada personagem etc. são detalhes levantados por meio da pesquisa histórica, pois é ela que descreve o que já aconteceu, sob a forma de investigação, registro, análise e interpretação de fatos ocorridos no passado, para poder compreender o presente. Os dados podem ser coletados por meio das: Fontes primárias: Quando o investigador foi o observador direto dos eventos ou utiliza materiais de primeira mão. Fontes secundárias: Quando os eventos foram observados e reportados por outras pessoas e não diretamente pelo investigador. Neste caso, os dados exigem cuidadosa e objetiva análise a fim de avaliar sua autenticidade e relevância. Pesquisa Comparada A pesquisa comparada procura estabelecer semelhanças e diferenças entre situações, fenômenos e coisas, por meio de relações entre os elementos que são comparados. Um bom exemplo de pesquisa comparativa está nos levantamentos sobre os aparelhos tipo smartphones, sempre realizados quando há lançamentos de novos modelos e tecnologias. Estudo de caso É o estudo restrito a uma ou poucas unidades entendidas, como uma pessoa, uma família, um produto, uma empresa, um órgão, uma comunidade ou um país. O Estudo de Caso constitui-se em uma metodologia de ensino participativa, voltada para o envolvimento do aluno. Há Estudos de Casos, por exemplo, que apresentam situações em que empresas e pessoas reais precisam tomar decisões sobre um determinado dilema. A condução do método envolve um processo de discussão, em que alunos devem se colocar no lugar do tomador de decisão, gerar e avaliar alternativas para o problema, e propor um curso de ação. Conecte-se com moderação Com a globalização, a internet se tornou uma grande fonte de pesquisa. Nela encontramos muitas informações através dos sites de busca. Por isso, ao se fazer a opção de utilizar a internet como fonte de pesquisa é importante se preocupar em buscar informações apenas em sites confiáveis. As informações extraídas da internet, podem ajudar muito na elaboração da pesquisa, contudo é preciso também ter atenção quanto a propriedade intelectual do que se está utilizando. Em qualquer situação é importante respeitar as regras de utilização das informações disponíveis. Nunca utilize informações de outros sem fazer referência à fonte. Além disso, observe se as informações postadas na Web são verdadeiras e revise o texto, adaptando o conteúdo para o público do seu trabalho. Conjunto de redes de computadores interligados no mundo inteiro. Nesse sentido, permite a pesquisa de milhares de informações diferentes e configura hoje um acervo extraordinário. Veja alguns exemplos de site de busca: o Google; o Alta Vista; o Excite; o Yahoo. Soma dos direitos relativos às obras literárias, artísticas, científicas, fonogramas, emissões de radiofusão, invenções variadas, desenhos de modelos e marcas (patente) etc. Conecte-se com moderação Agora clique aqui e assista ao vídeo Dicas de pesquisa na Internet da Veja: Metodologia é Show! Testes seus conhecimentos Agora, vamos testar o seu conhecimento, no quiz Metodologia é Show! A regra é clara: serão 4 perguntas sobre as classificações da pesquisa e cada uma vale 25 moedas que correspondem à sua pontuação. Para cada classificação, existem dicas que podem ser compradas por 10 moedas, que serão subtraídas das moedas da rodada. Ao final do quiz, você terá a sua pontuação revelada. Existe também outro fator importante: o tempo. Por isso, não tenha muita calma nessa hora! Leia com atenção, não perca tempo e boa sorte! Dica: Tipo de pesquisa que destaca a coleta e análise de dados para dar conta das questões que a envolvem. Síntese da Aula • Analisou a importância da pesquisa e seus benefícios na construção científica; • Reconheceu as classificações da pesquisa para fins de aplicabilidade; e • Distinguiu os benefícios e riscos de se pesquisar na internet. http://www.youtube.com/watch?v=-AgTZ-5Zfj4 http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=03 Aula 4: Diferentes técnicas de estudo Introdução AULA 4: DIFERENTES TÉCNICAS DE ESTUDO Nesta aula, conheceremos as técnicas de metodologia da pesquisa. Trabalharemos o conceito de pesquisa e suas classificações, que são as principais ferramentas para o processo de iniciação da escrita científica. A disciplina está dividida em 4 blocos: BLOCO 1 Da Metodologia Científica Conhecimento Método BLOCO 2 Da Pesquisa Leitura Pesquisa BLOCO 3 Das Regras Como fazer BLOCO 4 Das Regras IES Projeto Pedagógico Esta aula faz parte do segundo bloco e visa estudar a Metodologia aplicada à pesquisa científica. Bons Estudos! Objetivos 1) Relacionar as diferentes técnicas de estudo; 2) Reconhecer a leitura como base para as técnicas de estudo; 3) Diferenciar as funções da Resenha e do Resumo, na produção científica. Diferentes técnicas de estudo A leitura e as atividades acadêmicas Acostumamo-nos a ouvir que as tecnologias invadiram nossa experiência cotidiana, não é mesmo? Muitos acreditam que os jovens se afastaram da leitura em razão de um suposto excesso de tecnologias. Esse afastamento, consequentemente, teria provocado um empobrecimento da linguagem. Há quem diga também que não tem paciência para ler um livro, que ver http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=04 http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=04 http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=04 um filme é muito melhor. Ou, ainda, saem com frases do tipo: “o que não tenho é tempo!” Será que isso é verdade? Ou estamos diante de alguém que não criou o hábito de ler? É natural não termos tempo para certas coisas. Ninguém temtempo, no final das contas, mas todos querem saber tudo, não é? Vamos descobrir nesta aula, que a leitura não foi deixada de lado e que ela é o primeiro passo para colocar em prática as técnicas de estudo e desenvolver as atividades acadêmicas. “A leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas, por incrível que pareça, a quase totalidade não sente esta sede”. Carlos Drummond de Andrade “A leitura após certa idade distrai excessivamente o espírito humano das suas reflexões criadoras. Todo o homem que lê demais e usa o cérebro de menos adquire a preguiça de pensar”. Albert Einstein “A leitura de todos os bons livros é uma conversação com as mais honestas pessoas dos séculos passados”. René Descartes “A leitura traz ao homem plenitude, ao discurso segurança e à escrita exatidão”. Francis Bacon “Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever ― inclusive a sua própria história”. Bill Gates “(...) que a importância de uma coisa [leitura] não se mede com fita métrica nem com balanças nem barômetros etc. Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós”. Manoel de Barros Durante a leitura, experimentamos um mundo totalmente novo ou melhoramos o nosso. E isso é muito gratificante, não é mesmo? Saber ler de maneira eficiente nos ajuda a descobrir novos caminhos, fertiliza a inteligência, nos ajuda a compreender a vida e a viver melhor ao lado do outro. Uma mente fertilizada tem mais chance diante da crise. Tudo bem que agora não é necessário adquirir um livro para ler um bom texto, não é mesmo? As mídias eletrônicas já possibilitam a leitura em telas, mas, principalmente no meio acadêmico, as fontes principais de pesquisa e conhecimento são os bons e velhos livros. Vamos começar com a escolha deles. O que você faz quando chega numa livraria? Vamos ver um passo a passo de como escolher um livro... 1. Título Observar o título e o subtítulo, se houver. Na maioria das vezes, ele indica o assunto e, às vezes, até a intenção do autor. 2. Contracapa A contracapa ajuda muito na nossa escolha. Ela costuma conter um texto de apresentação, a sinopse, ou mesmo um trecho do livro, dando uma espécie de amostra do que vamos encontrar nele. 3. Orelhas Se o livro apresentar “Orelhas”, faça a leitura da informação trazida nelas, que poderá ser sobre o autor ou ser uma apreciação da obra feita por alguém com prestígio. Geralmente na orelha que acompanha a contracapa encontramos informações sobre o autor do livro e suas obras publicadas. 3. Ficha Catalográfica Em seguida, leia a ficha catalográfica e verifique as qualificações da obra e do autor. Atente-se para a data da publicação e certifique-se de que é a versão mais atualizada. A ficha de catalogação para publicação, ou Ficha Catalográfica, tem suas origens nas fichas de papel dos catálogos de consulta de acervo de bibliotecas. As fichas eram criadas em cópias para serem colocadas nos livros e nos catálogos em gavetas. Havia tantas fichas quanto houvesse catálogos de busca: por título, por autor, por assunto. Convenções de padronização determinaram regras diversas, tal como qual entrada deve ser a primária ou como referir-se às informações da obra na ficha. A Biblioteconomia é a área responsável por esse tipo de informação. No Brasil, a entidade mais frequentemente associada à catalogação é a Câmara Brasileira do Livro, CBL, em um serviço totalmente online. 4. Sumário Verifique o sumário. Nesta parte você encontrará uma divisão em tópicos de como o livro foi organizado. Muitas vezes é ele que nos dá a dica de que o livro traz exatamente o assunto que estamos pesquisando. 5. Prefácio Se possível, leia a introdução ou o prefácio, se houver. Neste, o autor apresenta a metodologia usada e os objetivos do trabalho realizado ou até mesmo um resumo do livro. Agora a leitura nos levará às técnicas de estudo Bem, já sabemos a importância da leitura, já sabemos identificar as partes do livro que nos ajudam a escolhê-lo, agora vamos aprender a algumas técnicas de estudo, baseadas obviamente na leitura, que nos ajudarão a organizar as ideias encontradas nos textos e, melhor ainda, nos ajudarão a recuperar essas ideias quando mais precisarmos delas. Você lembra que na aula 3 vimos que a pesquisa bibliográfica é a etapa fundamental do trabalho científico, pois é ela que influenciará toda pesquisa, na medida em que dá o alicerce teórico que servirá de base ao trabalho? Pois bem, essa é a fase que consiste no levantamento, seleção, fichamento e arquivamento de informações relacionadas ao que se pretende estudar. O fichamento, por exemplo, configura um aperfeiçoamento da pesquisa bibliográfica, porque contém comentários pessoais sobre a leitura e algumas citações-chave. Ou seja, trata-se de uma técnica de estudo que ajuda na organização do conhecimento. Agora, você terá a oportunidade de conhecer, através do Banco Internacional de objetos educacionais do MEC, tudo sobre fichamento. Vamos lá? O fichamento de leitura, dá subsídio para a construção de análises textuais como - resumos e resenhas que diversificam a atividade de estudo e propiciam informações e novos conhecimentos. Conheça um pouco mais: Resenha: Segundo apontam Lakatos e Marconi (1996, p. 211), a resenha apresenta um conteúdo crítico sobre determinada obra. Sua importância está em desenvolver a capacidade de proferir juízos críticos sobre a leitura: Resenha (...) é a apresentação do conteúdo de uma obra. Consiste na leitura, no resumo e na crítica, formulando, o resenhista, um conceito sobre o valor do livro. (...) a resenha em geral é feita por cientistas que, além do conhecimento sobre o assunto, têm capacidade de juízo crítico. Também pode ser feita por estudantes; neste caso, como um exercício de compreensão e crítica. Para iniciar-se nesse tipo de trabalho, a maneira mais prática seria começar por resenhas de capítulos. O termo resenha é um substantivo feminino que significa ato ou efeito de resenhar. E resenhar, do latim resignare, é uma descrição do conteúdo de uma obra. Etapas para elaborar uma resenha • Situar as ideias do autor no contexto geral de seu próprio pensamento; • Situar o autor em um contexto mais amplo, mostrando o sentido de sua perspectiva e destacando os pontos importantes ou originais de seu pensamento; • Desvelar os pressupostos que aparecem e que justificam a posição assumida pelo autor; • Comparar as ideias do texto com ideias afins; • Crítica: formular um juízo crítico, uma avaliação, uma tomada de posição. *PRESSUPOSTO - (pres.su.pos.to) [ô] Adj. 1 Que se pressupôs; que se supôs por antecipação; PRESUMIDO: Não conseguiu atingir os resultados pressupostos. sm. 2 Suposição, conjectura, pressuposição, tb. como intenção, projeto: O pressuposto, neste caso, é que o investimento se pagará em três anos. (Dicionário Eletrônico Caldas Aulete Digital) O que uma resenha deve conter? • Referência da obra; • Informações sobre o autor; • Nome do resenhista e titulação; • Perspectiva teórica da obra; • Breve síntese e principais argumentos do autor; • Reflexão crítica da obra. No caso da técnica de estudo da resenha, elaboramos uma análise interpretativa. Como você já percebeu, o resenhista precisa ter conhecimentos na área. Você deve iniciar-se na prática, começando pela elaboração de resumos para, pouco a pouco, adquirir habilidades para vir a elaborar uma resenha. Resumo: Mas, afinal, o que significa resumir? Seria copiar frases do texto? Resumo é uma síntese sob forma de redação do fichamento de leitura,buscando compreender o sentido do texto. Uma apresentação sucinta e ordenada das ideias centrais do texto lido, sem a utilização de citação (SANTOS; MOLINA; DIAS, 2007, p. 105). Dentro do campo científico, a técnica de resumo pode ser: Parte de um trabalho técnico-científico. Produção seguida de palavras-chaves, que faz parte dos elementos pré- textuais de trabalho técnico científico e que deve estar em língua vernácula e língua estrangeira. Um trabalho acadêmico. Não tem número definido de palavras, deve apresentar um cabeçalho (nome da IES, curso, período, turma, disciplina, professor, aluno) e constar a referência completa da obra estudada. Quando elaboramos um resumo, produzimos uma análise temática do texto lido. É o momento da compreensão do texto, entendendo as ideias do autor. Segundo Severino (2007), ao elaborar um resumo, o leitor deve fazer as seguintes perguntas: • Qual é o tema? • Qual a perspectiva da abordagem? • Como o assunto foi problematizado? • Como o autor responde ao problema? • Que posição assume? • Que ideia defende? • O que quer demonstrar? • Como o autor comprova sua tese? Na análise temática percebemos o raciocínio do autor e sua argumentação. O resumo de um texto é a síntese do raciocínio do autor e não a mera redução de parágrafos. João Bosco Medeiros (2003, p. 137) ensina que “texto é um tecido verbal estruturado de tal forma que as ideias formam um todo coeso, uno, coerente. A imagem do tecido contribui para esclarecer que não se trata de feixe de fios (frases soltas), mas de fios entrelaçados (frases que se inter-relacionam).” Para encerrar, veja esta charge de Maurício Ricardo e reflita. Como vimos lá no início da aula, muitos acreditam que os jovens não leem mais por causa dos avanços tecnológicos e isso teria causando um empobrecimento da linguagem. Acreditam também que essa preguiça esteja afetando a qualidade dos trabalhos acadêmicos devido ao uso excessivo de obras de terceiros sem as devidas referências, já que é muito mais fácil “copiar e colar” do que criar. E, convenhamos, quem não lê não escreve bem e prefere “roubar” as palavras dos outros. É óbvio que a tecnologia ajuda na busca de informações. Porém, quando encontramos o que queremos, o nosso problema está apenas parcialmente resolvido, pois é preciso saber apresentar suas descobertas. Será por meio das técnicas de estudo vistas nesta aula — fichamento, resumo e resenha — que você terá meios para desenvolver um texto que apresente as ideias pesquisadas para seus possíveis leitores. Você é o autor, valorize a sua escrita! Síntese da Aula Analisou a leitura como principal fonte para as técnicas de estudo, relacionou as diferentes técnicas de estudo e diferenciou as funções da Resenha e do Resumo, na produção científica. http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=04 Aula 5: Planejamento e Tipos de trabalho científico Introdução AULA 5: PLANEJAMENTO E TIPOS DE TRABALHO CIENTÍFICO Nesta aula, conheceremos as técnicas de metodologia da pesquisa. Trabalharemos o conceito de pesquisa e suas classificações, que são as principis ferramentas para o processo de iniciação da escrita científica. A disciplina está dividida em 4 blocos: BLOCO 1 Da Metodologia Científica Conhecimento Método BLOCO 2 Da Pesquisa Leitura Pesquisa BLOCO 3 Das Regras Como fazer BLOCO 4 Das Regras IES Projeto Pedagógico Esta aula faz parte do segundo bloco e visa estudar a Metodologia aplicada à pesquisa científica. Bons Estudos! Objetivos 1) Relacionar os tipos de trabalho científico; 2) Relacionar o planejamento como fonte primordial para o desenvolvimento de um trabalho científico; 3) Listar os tipos de trabalhos acadêmicos mais comuns, suas funções e particularidades. Planejamento e Tipos de trabalho científico Você sabe por onde começar um trabalho acadêmico? A primeira fase de qualquer trabalho de pesquisa é a definição do que será estudado. http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=05 http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=05 http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=05 Se o tema da pesquisa não for estabelecido pelo professor, você terá liberdade para fazê-lo. Porém, você deve ter cautela ao escolher o assunto que pretende investigar, porque essa flexibilidade pode te colocar em uma enrascada. Pensamos logo em escolher um tema de nosso interesse pelo nosso gosto, não é mesmo? Algo sobre o qual queremos saber mais e achamos atraente. Mas isso pode não ser nada produtivo. Ao escolher um tema, devemos levar em consideração, por exemplo, se há uma bibliografia considerável sobre o assunto, se esta é fácil de ser encontrada, se estamos seguros para desenvolver os argumentos etc. Não podemos escolher algo sobre o qual não conseguiremos falar, não é verdade? Isso, sem dúvida, comprometerá o desenvolvimento do trabalho. Antes de iniciar uma pesquisa você deverá seguir os seguintes passos: Escolha do tema O que vou pesquisar? A inspiração para o tema pode vir de um aspecto ou uma área de interesse de um assunto que se deseja provar ou desenvolver. A vivência diária, as questões polêmicas, reflexão, leituras, debates, discussões também nos servem como fontes de assuntos. Originalidade Precisa ser original? Originalidade não é pré-requisito. Você pode pesquisar um tema mesmo que este não seja inédito. Revisão de Literatura Se o tema não é inédito, quem já pesquisou algo semelhante? É importante saber quem já pesquisou o assunto escolhido e que contribuição deu para o seu desenvolvimento/conclusão. Para isso, procure trabalhos semelhantes ou idênticos e pesquise publicações na área. Depois liste os argumentos e veja quais textos você poderá utilizar para apoiar suas ideias. Essa revisão da literatura o ajudará até mesmo a organizar a estrutura do trabalho. Justificativa Por que estudar esse tema? Que vantagens e benefícios a pesquisa proporcionará? Qual a importância profissional e cultural da pesquisa? As respostas dessas questões são as razões que o levarão a estudar o tema escolhido. Formulação do problema: levantamento das questões norteadoras Que questões estou disposto a responder? Deve-se definir claramente o problema, apresentá-lo no formato de perguntas e delimitá-lo em termos de tempo e espaço. Determinação de objetivos O que pretendo alcançar com a pesquisa? É importante formular um único objetivo geral que apresente o propósito da pesquisa. Os objetivos específicos representam a divisão do objetivo geral em outros menores. Tema: Liderança autoritária e a motivação Problematização: Como a liderança autoritária pode comprometer a motivação dos funcionários da Empresa XYZ. Objetivo Geral: Investigar como o estilo de liderança autoritária compromete a motivação dos funcionários na Empresa XYZ. Objetivos específicos: Definir o conceito de liderança autoritária; Descrever alguns exemplos de liderança autoritária na Empresa XYZ; Definir o conceito de motivação; Analisar a relação entre liderança e motivação nas organizações. Você percebeu que os objetivos específicos desdobram o objetivo geral da pesquisa? Que estão inseridos nesse contexto maior? Você observou também que o objetivo geral expressa exatamente o que se pretende provar a partir da problematização do tema? Por meio da pesquisa e da dedicação você delimitará facilmente tanto o objetivo geral quanto os específicos. Planejar e pesquisar são o lema Seguindo os passos que acabamos de analisar fica fácil perceber como é importante fazer um planejamento do trabalho, não é mesmo?Então, antes de iniciar qualquer trabalho acadêmico, dedique-se ao planejamento, procure traçar o caminho mais eficiente para ficar claro o que se pretende com ele. Esse planejamento o ajudará a encontrar um tema interessante e sem obstáculos que comprometam a sua pesquisa. Assim, você caminhará com mais segurança ao realizar o trabalho, aumentando inclusive as chances de terminá-lo no prazo sem passar apertos, já que tem uma boa ideia de quanto tempo precisará dedicar a cada fase da pesquisa. Vale o esforço! O planejamento ainda contribui para a escolha de um tema que pode levar seu trabalho a ter uma aplicação prática. O que é uma bela recompensa, não é mesmo? Prepare-se bem e você economizará tempo mais tarde e não terá a chance de escolher um tema improdutivo. Tenha certeza! Problematizar, eis a questão! Depois de escolhido o tema, deve-se pensar no problema a ser estudado. Sabemos que o mais comum ao ouvirmos a palavra problema é pensarmos em obstáculo, contratempo, situação difícil, conflito, não é? Mas, no nosso caso, o problema é científico e significa assunto controverso, isto é, refletir sobre um assunto que ainda não foi satisfatoriamente respondido, em qualquer campo de conhecimento Este problema, então, faz de um tema um objeto de pesquisas científicas ou discussões acadêmicas, em qualquer domínio do conhecimento. A clareza na formulação do problema científico refletirá na formulação dos objetivos e, consequentemente, no sucesso de sua pesquisa. Por que elaborar problemas científicos? Problematizar consiste em formular questões sobre o tema, ou seja, apresentar um questionamento que envolve o tema da pesquisa. É preciso esclarecer, portanto, que não se trata de uma simples pergunta, mas de um enunciado construído pela observação e investigação a partir de leituras aprofundadas sobre o tema escolhido. Essa tarefa envolve habilidades do pesquisador, o domínio do assunto, bem como a bibliografia disponível. Veja estes três exemplos: Problema de Engenharia Como fazer algo de maneira eficiente. Veja dois exemplos: “Como fazer para melhorar os transportes urbanos?” “Como aumentar a produtividade no trabalho? Problema de Valor Aqueles que indagam se algo é bom ou mau, desejável ou indesejável, certo ou errado, melhor ou pior, se algo deve ou não ser feito. Veja dois exemplos: “Os pais devem dar palmadas nos filhos?” “Qual a melhor técnica para a propaganda?” Problema Científico Um problema é considerado de natureza científica quando envolve variáveis que podem ser tidas como testáveis, que podem ser observadas e manipuladas. Veja um exemplo: “Em que medida a escolaridade determina a preferência político- partidária?” Aqui temos duas variáveis relacionando-se: Variável 1: escolaridade Variável 2: preferência político-partidária As variáveis podem ser de três tipos: • Independente Variável que influencia, determina ou afeta outra variável, dando a condição ou a causa para certo resultado, efeito ou consequência. Exemplo: “Se dermos uma pancada no joelho dobrado de um indivíduo, sua perna esticará”. • Dependente Consiste nos valores a serem explicados ou descobertos, em virtude de serem influenciados, determinados ou afetados pela variável independente. Exemplo: “Se dermos uma pancada no joelho dobrado de um indivíduo, sua perna esticará”. • Interveniente É aquela que em uma sequência causal, se coloca entre a variável independente e a dependente, tendo como função ampliar, diminuir ou anular a influência de uma sobre a outra. Exemplo: “A liderança autoritária influencia na motivação dos colaboradores.” Dos problemas às hipóteses Ao seguirmos a ordem das razões, podemos afirmar que a formulação de uma hipótese de pesquisa decorre da problematização. As hipóteses são as possíveis respostas encontradas para o problema formulado. A problematização requer possibilidades de respostas, alternativas que devem ser consideradas e examinadas. Exemplo de hipótese Tema: mortalidade infantil Problematização: em que medida o fenômeno da mortalidade infantil está relacionado à desnutrição da criança? Você percebeu que o pesquisador ao constatar a relação entre as variáveis (mortalidade infantil e desnutrição), formulou uma hipótese? Agora que já sabemos como começar, vamos ver os tipos de trabalhos acadêmicos mais comuns. Você já conhece todos os tipos de trabalhos a que pode ser submetido enquanto estudante, suas particularidades e funções? Será que você já realizou algum deles? Confira. Relatório O Relatório é a parte final de uma pesquisa. Seu objetivo consiste em dar ao leitor o resultado completo do estudo, apresentando fatos, dados, procedimentos utilizados, resultados obtidos, chegando a certas conclusões e recomendações (RAMPAZZO, 2005). Comunicação Científica ou Paper Segundo a ABNT (1989) paper é um pequeno artigo científico, elaborado sobre determinado tema ou resultados de um projeto de pesquisa para comunicações em congressos e reuniões científicas, sujeitos à sua aceitação por julgamento. A finalidade de um paper é formar um problema, estudá-lo, adequar hipóteses, cotejar dados, prover uma metodologia própria e, finalmente, concluir ou eventualmente recomendar. Por ser bastante técnico, o paper pode conter fórmulas, gráficos, citações e pés de página, anexos, adendos e referências. A última coisa que se destaca nesse tipo de trabalho é a opinião do autor, por isso em um papera opinião de quem o escreveu é velada e tem a aparência imparcial e distante, não deixando transparecer tão claramente as crenças e as preferências do escritor. Conforme Carmo-Neto (1996), os dados de um paper são geralmente experimentais, mensuráveis objetivamente. Mesmos os mais intuitivos ou hipotéticos sempre imprimem certo aspecto científico e quase sempre são formados a partir de uma metodologia própria para aquele fim. Seminário É um procedimento didático que consiste em levar o aluno a pesquisar a respeito de um tema, a fim de apresentá-lo e discuti-lo cientificamente. Poderá funcionar com um só grupo ou dividir-se em subgrupos, dedicando cada um deles ao estudo de aspectos particulares de um mesmo tema ou temas diferentes de uma disciplina. Cada integrante terá uma tarefa individualizada. Neste caso, a exposição poderá ficar a cargo de um representante do grupo ou a apresentação de cada integrante individualmente. Para a dinâmica desta atividade em grupo, Eva Maria Lakatos (2004) sugere que o trabalho seja organizado com os seguintes participantes: O Coordenador é representado pelo professor. É ele que propõe os temas, indica a bibliografia inicial, estabelece a agenda de trabalho e fixa a duração das apresentações. O Organizador é representado por um integrante do grupo. Este ficará responsável pelas reuniões, coordenará as etapas da pesquisa e poderá designar tarefas para cada componente do grupo. O Relator será o componente responsável pela exposição dos resultados dos estudos do grupo, porém não é o único a falar em sala de aula. O Secretário será representado pelo integrante designado pelo professor para anotar as conclusões finais, após os debates. Os Comentadores são os escolhidos pelo professor para o aprofundamento crítico do tema. Devem estudar com antecedência o tema a ser apresentado com o intuito de fazer críticas adequadas à exposição, antes da discussão e por ocasião do debate com os demais participantes. Os Debatedores são todos os alunos da classe. Participam fazendo perguntas, pedindo esclarecimentos, colocando objeções, reforçando argumentos ou dando alguma contribuição. SeminárioEtapas do Seminário O coordenador propõe o estudo, indicando a bibliografia mínima, bem como formalizando os grupos, a figura do comentador e do secretário. O grupo formado escolherá o organizador e decidirá quanto ao número de relatores. Após esta etapa inicial, o grupo organizará reuniões sucessivas, sob a orientação do organizador para: Determinação do tema central (“o fio condutor”); Divisão do tema central em tópicos; Análise do material coletado; Síntese das ideias dos diferentes autores, analisada sob a forma de introdução (breve exposição do tema central), desenvolvimento(explicação, discussão e demonstração), conclusão (síntese de toda a reflexão) e referências (de acordo com as normas da ABNT). A atividade do seminário se resume em: Reunião da classe sob a orientação do coordenador; Apresentação dos resultados da pesquisa do(s) relator(es), em aula. O comentador, após a exposição, intervém com os subsídios e críticas; Participação da classe nas discussões e debates, através de indagações, sugestões e/ou dúvidas. O coordenador do seminário faz uma síntese e encaminha para as conclusões finais, fazendo a avaliação do seminário. Anteprojeto de Pesquisa Trata-se de um documento temático que apresenta de maneira concisa o conteúdo de um projeto de pesquisa. É um estudo preparatório, esboço ou conjunto dos estudos preliminares, que irão constituir, depois das necessárias alterações, as diretrizes básicas do projeto definitivo. Projeto de Pesquisa O projeto de pesquisa apresenta os pontos principais que revelam a definição de um problema, a revisão sucinta da bibliografia e a metodologia. Assim, a primeira parte apresenta a introdução, o objetivo, a justificativa, as questões norteadoras ou hipóteses do estudo. A segunda parte contempla a metodologia, indicando o tipo de pesquisa que será desenvolvida e os instrumentos a serem utilizados. Artigo Científico É um pequeno estudo que trata de uma questão científica e destina-se a publicações em revistas ou periódicos. Difere-se da monografia pela sua reduzida dimensão e conteúdo (RAMPAZZO, 2005). O artigo também deve ser estruturado em três partes (NBR 6022): elementos pré-textuais; textuais e pós-textuais. Monografia Segundo Geller (2011), monografia, no sentido etimológico, significa dissertação a respeito de um assunto único, pois monos (mono) significa um só e graphein (grafia) significa escrever. A monografia é um trabalho científico que se caracteriza pela especificação, ou seja, a redução da abordagem a um só assunto, a um só problema. Portanto, monografia é um trabalho com tratamento escrito de um tema específico que resulte de interpretação científica com a finalidade de apresentar uma contribuição relevante ou original à ciência. TCC - Significa “Trabalho de Conclusão de Curso”. Trata-se de um documento que representa o resultado de um estudo, devendo expressar conhecimento do assunto escolhido e elaborado sob a coordenação de um orientador. A Dissertação é um tipo de trabalho apresentado no final do curso de pós-graduação stricto sensu, visando obter o título de mestre. Este tipo de trabalho acadêmico requer defesa pública. Como estudo teórico, de natureza reflexiva, a dissertação requer sistematização, ordenação e interpretação dos dados. (RAMPAZZO, 2005) A tese é o trabalho científico, escrito, original, sobre um tema específico, cuja contribuição amplia os conhecimentos do tema escolhido. Representa, portanto, um avanço na área científica em que se situa e confere ao seu escritor o título de doutor. A tese possui a mesma estrutura da monografia e da dissertação, mas distingue-se no que concerne à profundidade, à originalidade, extensão e objetividade (RAMPAZZO, 2005). Agora é com você! Siga as pistas e cace 5 tipos de trabalhos acadêmicos bens comuns: Aqui entrará o caça-palavras. A palavras que deverão entrar são: 1. Relatório 2. Monografia 3. Seminário 4. Anteprojeto 5. Pesquisa 1. Parte final de uma pesquisa. Seu objetivo consiste em dar ao leitor o resultado completo do estudo. 2. Tipo de trabalho que tem 3 subtipos. 3. Muitas pessoas estão envolvidas na elaboração deste trabalho. 4. Estudo preparatório, esboço ou conjunto dos estudos preliminares, que irão constituir as diretrizes básicas do projeto definitivo. 5. Pontos principais que revelam a definição de um problema, a revisão sucinta da bibliografia e a metodologia. Chegamos ao final de mais uma aula Nesta aula aprendemos que planejar não é perda de tempo! Agora vai outra dica importante, após delimitar o tema procure ler o que os autores falam sobre ele e anote como problematizaram o tema. Observe como levantaram questões norteadoras da pesquisa, bem como responderam a essas questões formuladas. Esse um bom exercício para ajudar você na problematização de um tema. Pesquisa alguma poderá prescindir de uma boa problematização! E, lembre-se, é muito importante ter consciência do tipo de trabalho que se pretende escrever e sua função para obter sucesso na apresentação de suas pesquisas. Síntese da Aula Analisou a estrutura os tipos de trabalho científico e relacionou o planejamento como fonte primordial para o desenvolvimento de um trabalho científico. Além disso, conheceu os tipos de trabalhos acadêmicos mais comuns, suas funções e particularidades. Aula 6: Estrutura e Formatação Introdução AULA 6: ESTRUTURA E FORMATAÇÃO Nesta aula, conheceremos as técnicas de metodologia da pesquisa. Trabalharemos o conceito de pesquisa e suas classificações, que são as principais ferramentas para o processo de iniciação da escrita científica. A disciplina está dividida em 4 blocos: BLOCO 1 Da Metodologia Científica Conhecimento http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=05 http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=06 Método BLOCO 2 Da Pesquisa Leitura Pesquisa BLOCO 3 Das Regras Como fazer BLOCO 4 Das Regras IES Projeto Pedagógico Esta aula faz parte do segundo bloco e visa estudar a Metodologia aplicada à pesquisa científica. Bons Estudos! Objetivos 1) Analisar a ABNT enquanto órgão regulador; 2) Distinguir os elementos que formam a estrutura de um trabalho científico; 3) 3. Esboçar a formatação de um trabalho científico. Estrutura e Formatação Evitando o caos Imagine se cada aluno que produzisse um trabalho acadêmico o organizasse como bem entendesse? Imagine-se fazendo uma pesquisa e encontrando os livros organizados de formas diferentes: uns começando pelo desenvolvimento, seguido da conclusão e terminando com a introdução; outros começando pela conclusão, seguida da introdução e do desenvolvimento. Que confusão, não é mesmo? É para dar uma sequência lógica, evitar o caos e, claro, a perda de tempo, que organizamos a ordem do texto. Aprendemos isso nas aulas de redação, lembra? Primeiro, vem a introdução, depois, o desenvolvimento e, por último, a conclusão. Essa http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=06 http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=06 ordem se estende a outras produções textuais, inclusive os trabalhos acadêmicos. E é disso que vamos tratar nessa aula: estrutura, formatação e organização de nossas produções científicas. E sabe quem dita as regras? Vamos descobrir! A famosa ABNT Fundada em 1940, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o órgão responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro. Mas você deve estar se perguntando: No que ela interfere no meu trabalho acadêmico? Algumas normas da ABNT servemde padrão para as instituições de ensino no que diz respeito à apresentação de trabalhos acadêmicos e científicos. Por isso, quando não houver especificação por parte da instituição quanto à normatização de um trabalho científico, adote as normas da ABNT. Vamos começar pela estrutura Muitos dos trabalhos acadêmicos são compostos pelos chamados elementos pré-textuais, textuais e pós- textuais que nos ajudam a organizar o conteúdo. Você reparou que alguns elementos foram classificados como obrigatórios? Pois, então, veja quais são as partes que não podem faltar no seu trabalho: Obrigatório: • Capa • Folha de rosto • Folha de aprovação • Resumo na língua vernácula • Resumo na língua estrangeira • Sumário Opcionais: • Lombada • Ficha catalográfica • Errata • Agradecimento • Dedicatória • Epígrafe • Lista de Ilustrações • Lista de tabelas • Lista de abreviaturas e siglas • Lista de símbolos O que é Formatação? Entende-se por formatação a ação de dar forma, de organizar a disposição dos elementos visuais em um arquivo gráfico ou de texto. É a formatação, portanto, que nos ajudará a dar a forma mais apropriada, segundo a ABNT, aos nossos trabalhos acadêmicos e projetos. Ela nos auxiliará a adaptar o conjunto de características visuais próprias do texto ― como o itálico, o sublinhado, o negrito, o tamanho de fonte, o espaço de linhas etc. ― ao padrão estabelecido. Formatação de trabalhos acadêmicos e científicos Observe agora alguns dos itens mais importantes a serem considerados na formatação de um trabalho acadêmico: Fonte: Recomenda-se utilizar em todo o trabalho a fonte Arial ou Times New Roman, normal, tamanho 12. A utilização do itálico é feita apenas nas palavras em outro idioma. Nas legendas das tabelas, figuras, ilustrações, citações longas e nos textos das notas de rodapé o tamanho da fonte a ser utilizada é 11. É nesse campo do editor de texto que você poderá fazer essas configurações. Espaço: O espaçamento a ser adotado é o de 1,5 cm nas entrelinhas, com recuo de primeira linha do parágrafo (1,25 cm – corresponde a 1 tab.) e texto justificado. Nas citações com mais de três linhas, nas legendas das tabelas, figuras e ilustrações o espaçamento é simples. Observe ainda o espaço simples nas referências bibliográficas, colocadas em ordem alfabética por sobrenome do autor, alinhadas à margem esquerda e separadas entre si por dois espaços simples. É nesse campo do editor de texto que você poderá fazer essas configurações. Margem: Segundo as normas da ABNT o papel deve ser branco, com formato A4 (21,0 cm x 29,7cm). As páginas devem apresentar margem esquerda e superior de 3,0 cm, direita e inferior de 2,0 cm. Capa: A capa é elemento obrigatório em alguns tipos de trabalho acadêmico, apresenta uma formatação específica e deve conter os elementos essenciais para identificação do autor do trabalho (ABNT, NBR 14724). A ABNT normatiza que seja usada a fonte Times New Roman ou Arial, tamanho 14, e o espaço entre as linhas deve ser simples. Sua capa deverá conter as seguintes informações na ordem sugerida: 1º - Identificação da Instituição de Ensino Superior - IES (caixa alta); 2º - Identificação do curso (caixa alta); 3º - Tipo de trabalho (caixa alta); 4º - Nome do acadêmico (caixa alta); 5º - Título do projeto (caixa alta); 6º - Cidade, ano (caixa alta). A régua vertical do editor de texto ajudará na formatação da capa. Assim, no marco 1 da régua do editor, indique o nome da universidade (IES). No marco 1,5, indique o curso. No marco 2, especifique o tipo de trabalho. No marco 7, inserira o nome completo do acadêmico. No marco 12, mencione o título do trabalho. No marco 23, insira a cidade e ano. Folho de Rosto A folha de rosto é um complemento da capa e deve apresentar a identificação da disciplina em que o trabalho será apresentado, bem como o curso, a instituição de ensino, o aluno e o professor orientador. Na hipótese de dissertações de mestrado e teses de doutorado, no verso da folha de rosto, deve constar a ficha catalográfica. Quanto a numeração das páginas, vale ressaltar que todas as folhas a partir da folha de rosto devem ser contadas, mas a numeração começa a partir da primeira parte textual (introdução). O número deve estar expresso em algarismo arábico, fonte 11, no canto superior da folha. Sumário: Para muita gente, fazer sumário no Word é um martírio. Ele nunca fica conforme o esperado quando criado manualmente. Quando utilizamos a função automática do Word, ou não saímos do canto ou o resultado foge totalmente aos requisitos normativos, não é mesmo? Para esclarecer as dúvidas sobre Sumário, assista ao vídeo e veja o passo a passo que mudará a sua vida! Citações Entende-se por citação a menção de uma informação extraída de outra fonte. A citação pode ser direta ou indireta Referência Bibliográfica Referência é o “[...] conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite sua identificação individual” (ABNT, 2002, p. 2) no todo ou em parte, impressos ou registrados em diversos tipos de suporte. Para finalizar... ...Veja agora algumas representações gráficas da formatação que te ajudarão na hora de montar seu anteprojeto ou projeto de pesquisa e seu TCC. Síntese da Aula - Analisou a estrutura os tipos de trabalho científico e relacionou o planejamento como fonte primordial para o desenvolvimento de um trabalho científico. Aula 7: Citação Introdução AULA 7 : CITAÇÃO Uma das principais angústias no meio acadêmico é a forma como o aluno se comunica. E isso é comum a todas as áreas. Espera-se que o aluno tenha um cuidado especial ao elaborar o seu texto e que siga algumas normas que facilitam a comunicação. É nesse sentido que se afirma que a linguagem escrita deve estar baseada em regras que a diferencia do agir espontâneo. Uma dessas regras é a da citação. BLOCO 1 Da Metodologia Científica Conhecimento http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=06 http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=07 Método BLOCO 2 Da Pesquisa Leitura Pesquisa BLOCO 3 Das Regras Como fazer BLOCO 4 Das Regras IES Projeto Pedagógico Esta aula faz parte do segundo bloco e visa estudar a Metodologia aplicada à pesquisa científica. Bons Estudos! Objetivos 1) Aplicar as normas da ABNT nos trabalhos acadêmicos 2) Distinguir as formas de se fazer citação em trabalhos acadêmicos. Citação Qual é o propósito de um texto científico? Segundo Azevedo (1997, p. 109), “o propósito de um texto científico é comunicar os resultados e as ideias a que se chegou, após a coleta e análise dos dados”. Porém, é muito comum recorrer às palavras dos próprios autores quando queremos escrever sobre nossas pesquisas. Muitas vezes, recorremos a citações ou porque não conseguimos superar a fala do autor ou porque queremos intencionalmente mostrar ao nosso leitor como ele abordou o assunto. Antes de tudo... Em um trabalho cuidadoso, você deve ler diferentes autores sobre o assunto a ser pesquisado e, assim, organizar o pensamento, fundamentando as ideias antes de iniciar a redação do trabalho. Nesse aspecto, o fichamento bibliográfico e o de leitura configuram fases imprescindíveis para a elaboração de seu trabalho acadêmico. http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=07 http://estacio.webaula.com.br/cursos/EDU570/mobile/Mobile.htm?Aula=07 Somente após uma leitura cuidadosa, você poderá destacar as citações- chave que utilizará, caso seja necessário. Mas o que significa citar? Como devo organizar uma citação? As citações são
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