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Teoria geral do processo
Aula 2: Evolução do Direito Processual
Apresentação
Estudaremos as fontes do Direito Processual e sua classi�cação. Além disso, veremos a importância da norma, da
doutrina e da jurisprudência.
Na sequência, analisaremos a evolução do processo brasileiro, desde o período colonial até o Código de Processo Civil de
2015, bem como seu comprometimento com os princípios constitucionais.
Objetivo
Demonstrar as principais fontes do Direito Processual;
Revisar as alterações legislativas rumo ao estado atual do estudo da teoria geral do processo;
Analisar a evolução do Direito Processual no Brasil.
Principais fontes do Direito Processual
Quando falamos em fontes, estamos nos referindo aos meios pelos quais as normas jurídicas são estabelecidas de modo a
regulamentar o direito objetivo.
Classi�camos as fontes em formais e materiais. São formais aquelas que têm a capacidade de produzir uma regra jurídica, e
materiais aquelas que exercem algum grau de in�uência no resultado, mas não têm força su�ciente para gerar um dever
jurídico.
Fontes formais
A fonte formal do Direito Processual é a lei
em sentido amplo, aí incluídas
Continue lendo... 
Fontes materiais
Já as fontes materiais são dotadas de
caráter ético e cultural que, em
determinado momento, servem para
legitimar a criação das normas legais, na
medida em que in�uenciam o legislador ao
elaborar propostas legislativas, frutos da
observância de valores e interesses
sociais.
Meios suplementares de integração da norma
Além das fontes formais e materiais do direito, existem os chamados meios suplementares de integração da norma, que são
aqueles institutos jurídicos destinados a preencher lacunas no ordenamento, que, constatadas pelo magistrado, têm que ser
preenchidas para que sejam executáveis, sob pena de resultarem em negativa de prestação jurisdicional.
Não custa lembrar do Art. 140 do CPC, segundo o qual o juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade
do ordenamento jurídico. E aqui temos o importante papel desempenhado pela jurisprudência (entendimento dos tribunais) e
pela doutrina (ensinamentos dos autores especializados).
http://estacio.webaula.com.br/cursos/GON564/AULA2.HTML
Clique nos botões para ver as informações.
Tratando agora especi�camente da jurisprudência, alguns conceitos precisam ser aprofundados. Tecnicamente, a
jurisprudência refere‑se a um conjunto de decisões dos tribunais e não a uma decisão isolada. É um termo genérico e que
abrange diversas �guras.
A primeira delas é a súmula vinculante, prevista no art. 103‑A da Carta de 1988 e regulada pela Lei n. 11.417/2006, que
torna o precedente judicial fonte formal do direito. Trata‑se de uma �gura híbrida, com características de norma abstrata,
eis que aplicável a todos, porém surgida a partir de um caso especí�co, e, por isso, também norma concreta entre as
partes envolvidas naquele litígio.
Ademais, o regime de julgamento conjunto de recursos especiais e extraordinários repetitivos também já revela a mesma
importância que vem ganhando a jurisprudência em nosso sistema. Esse sistema foi introduzido no CPC/1973 e
desenvolvido no atual CPC.
Aliás, essa é uma tendência: A valorização da jurisprudência no nosso sistema jurídico. Nesse sentido, o novo Código de
Processo Civil elenca os precedentes que devem ser obrigatoriamente observados pelos magistrados.
Jurisprudência 
No que concerne especi�camente aos mecanismos processuais destinados à formação dos precedentes vinculantes,
podem-se elencar os seguintes:
Atribuição de efeitos vinculantes a todas as súmulas expedidas pelo STF, STJ e mesmo às orientações emanadas do
plenário ou de órgão especial de tribunais de segunda instância (art. 927);
Incidente de resolução de demandas repetitivas (arts. 976 a 987);
Recursos extraordinários e especiais repetitivos, que passam a ter disciplina uni�cada em subseção própria (arts.
1.036 a 1.041);
Incidente de assunção de competência (art. 947);
Orientação do plenário ou do órgão especial do tribunal (art. 927, V).
O art. 332 compõe o rol dessas previsões, ao contemplar a possibilidade de julgamento liminar de improcedência das
pretensões que versem exclusivamente sobre questão de direito e que contrariem enunciados de súmulas do STF ou do
STJ.
Também entram no mesmo caso: Acórdãos proferidos pelo STF ou STJ em julgamento de recursos excepcionais
repetitivos, entendimento �rmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência e
enunciado de súmula de tribunal de justiça quanto ao direito local.
Esse rol de previsões é integrado ainda pelo art. 311, II, que autoriza a concessão de tutela de evidência quando as
alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese �rmada em julgamento de casos
repetitivos ou em súmula vinculante.
Formação de precedentes 
Importante lembrar ainda os artigos 496, § 4º, e 521, IV, que, igualmente, fazem previsão expressa do uso de precedentes.
O art. 496 dispensa o duplo grau obrigatório de jurisdição (súmula de tribunal superior, acórdão proferido pelo STF ou pelo
STJ em julgamento de recursos repetitivos, entendimento �rmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou
de assunção de competência ou, ainda, entendimento coincidente com orientação vinculante �rmada no âmbito
administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa).
Já o artigo 521, IV, dispensa a exigência de caução nos casos de cumprimento provisório da decisão (quando a sentença
a ser provisoriamente cumprida estiver em consonância com súmula da jurisprudência do STF ou do STJ ou em
conformidade com acórdão proferido no julgamento de casos repetitivos).
Por �m, temos o art. 932, que, ao tratar dos poderes monocráticos do relator, permite negar ou dar provimento a recurso
que for contrário à súmula do STF, do STJ ou do próprio tribunal, acórdão proferido pelo STF ou pelo STJ em julgamento
de recursos repetitivos, ou, ainda, entendimento �rmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de
assunção de competência.
Outros artigos 
O microssistema de formação de precedentes vinculantes previsto no CPC/2015 é composto, portanto, pelas normas
gerais previstas nos artigos 926 a 928, bem como pelas disposições esparsas que regulamentam todos os mecanismos
de julgamentos por amostragem acima mencionados.
Observe-se, por �m que, com relação ao uso da ferramenta da reclamação, o CPC/2015, no art. 988, traz as hipóteses de
seu cabimento. Por reclamação entendemos a ferramenta expressamente prevista na lei e com objetivo de combater uma
decisão judicial que, sem justo motivo, deixou de aplicar precedente vinculante já existente sobre determinada questão de
direito.
Dessa forma, trata‑se, em nosso sistema, de nítida tendência ao prestígio do precedente e de seu reconhecimento como
fonte formal do direito.
Em adendo 
Alterações legislativas da teoria geral do processo
Vamos revisar, ainda que muito rapidamente, a evolução do Direito Processual no Brasil desde o descobrimento até os dias
atuais.
Como na época colonial Brasil e Portugal formavam um Estado único, as leis processuais portuguesas tinham plena
aplicabilidade por aqui. Foi o período das ordenações emanadas da corte.
Vigoravam à época
Ordenações Afonsinas (1456): Inspiradas, principalmente, no direito romano, no direito canônico e nas leis gerais
elaboradas a partir do reinado de Afonso II (período do Descobrimento);
 
Ordenações Manuelinas (1521): As primeiras editadas em território nacional;
Ordenações Filipinas (1603).
Atenção
Além das Ordenações Filipinas, repercutiam na Justiça do país as cartas dos donatários, dos governadores e ouvidores e, ainda, o
poder dos senhores de engenho, que faziam sua própria justiça ou in�uenciavam a Justiça o�cial, ora pelo prestígio que
ostentavam, ora pelo parentesco com os magistrados.
Refundação do direito nacional
Proclamada a independência em 7 de setembro de 1822, era necessário refundar o direitobrasileiro, o que foi feito com a
Constituição Imperial de 1824. Incorporando os valores das revoluções liberais do �m do século XVIII, a Carta Constitucional
introduziu em nosso ordenamento diversas inovações e princípios fundamentais, sobretudo na seara penal, em que era mais
evidente a necessidade de mudanças para, por exemplo, abolir a tortura e todas as penas cruéis.
 O advento da Constituição Imperial não retirou, contudo,
automaticamente, a vigência das normas da antiga metrópole. Isso
porque, o decreto de 20 de outubro de 1823 as adotou como leis
brasileiras, revogando apenas as disposições contrárias à soberania
nacional e ao regime brasileiro. Por isso, as Ordenações Filipinas
continuaram produzindo efeitos.
Em 1850, com a promulgação do Código Comercial, foram editados os regulamentos 737 (considerado o primeiro diploma
processual brasileiro fora do âmbito criminal) e 738, que tratavam, respectivamente, do processo das causas comerciais e do
funcionamento dos tribunais e juízes do comércio.
Observação
O Direito Processual Civil, entretanto, não recebeu normativa
própria, o que manteve em vigência, no ponto, as
disposições das Ordenações e suas posteriores
modi�cações. Diante disso, o governo imperial baixou, em
1876, uma Consolidação das Leis do Processo Civil, com
força de lei, que �cou conhecida como Consolidação Ribas,
em virtude de sua elaboração a cargo do Conselheiro
Antônio Joaquim Ribas.
Logo após a proclamação da República, o Regulamento 737
teve sua aplicação estendida às causas cíveis, mantendo‑se
a aplicação das Ordenações e suas modi�cações aos casos
de jurisdição voluntária e de processos especiais.
Contudo, a primeira Constituição da República, em 1891,
transmitiu aos Estados-membros a competência legislativa
sobre matéria processual, aumentando o espectro de
competência, antes pertencente somente à União Federal.
Com isso, diversos Códigos Estaduais foram promulgados,
regulamentando as mais diversas questões processuais.
 Selo da Proclamação da República. Fonte: Shutterstock Por Mitrofanov Alexander.
Fonte: Mitrofanov Alexander /Shutterstock
Código Civil Brasileiro
Em 1º de janeiro de 1916, foi editado o Código Civil Brasileiro, que acabou, em algumas disposições, extrapolando o direito
material para alcançar também algumas matérias de natureza processual.
No Rio de Janeiro, então Distrito Federal, foi editado o Código Judiciário de 1919, Lei nº 1.580, de 20 de janeiro, sendo em
seguida substituído pelo Código de Processo Civil do DF, de 31 de dezembro de 1924, devidamente promulgado pelo Decreto nº
16.751.
Com o �m da República Velha, a Constituição de 1934 passou a atribuir competência exclusiva para a União Federal legislar
sobre direito processual. A tendência foi mantida com a Carta outorgada de 1937, em seu art. 16, XVI, culminando com a
edição do Código Brasileiro de Processo Civil, por meio do Decreto-lei nº 1.608, de 18 de setembro de 1939.
Saiba mais
A uni�cação processual foi importante pela premente necessidade de se tratar de maneira uniforme o processo civil, ante a
profusão de leis estaduais que não se mostravam aptas a tutelar de forma satisfatória os direitos dos particulares.
Os códigos de 1939 e 1973
O CPC de 1939 trouxe ao país algumas das mais modernas doutrinas europeias da época, com a introdução de importantes
inovações em nosso ordenamento processual, como o princípio da oralidade e a combinação do princípio dispositivo e do
princípio do juiz ativo, possibilitando uma maior celeridade nos procedimentos.
Dando sequência à trajetória evolutiva, chegamos ao segundo Código de Processo Civil, introduzido em nosso ordenamento
jurídico pela Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, e que teve como base o anteprojeto de autoria de Alfredo Buzaid.
No código, foram incorporadas as ideias instrumentalistas do processo,
pelas quais o processo não seria um �m em si mesmo, mas um instrumento
para assegurar direitos. Como exemplo disso, instituíram-se a relativização
das nulidades e a liberdade das formas para maior efetividade da decisão
judicial.
O novo diploma tinha inegável superioridade técnica frente à legislação até então existente, ainda que o modelo processual
permanecesse estruturado em institutos individualistas de tutela jurisdicional.
Com o passar do tempo e o surgimento de novas demandas sociais, o CPC de 1973 sofreu diversas alterações, principalmente
a partir do início da década de 1990. Foi um momento marcado pela Reforma Processual, caracterizada por dezenas de leis
alteradoras destinadas a promover mudanças pontuais e ajustes “cirúrgicos”.
Décadas de 1990 e 2000
 Fonte: Chinnapong /Shutterstock
Em 1994, ocorreu a primeira reforma signi�cativa. Podem ser citadas como exemplos as sistematizações da tutela antecipada
e da tutela especí�ca das obrigações de fazer e não fazer, bem como o novo regime do recurso de agravo, entre outras
modi�cações.
Entre 2001 e 2002, com a entrada em vigor das Leis n°s 10.352/2001, 10.358/2001 e 10.444/2002, levou-se a cabo a segunda
grande reforma do Código de Processo Civil de 1973, com destaque para os seguintes pontos:
1. Limitar os casos de reexame necessário;
2. Permitir a fungibilidade entre as providências antecipatórias e as medidas cautelares incidentais;
3. Reforçar a execução provisória;
4. Permitir ao relator a conversão de agravo de instrumento em agravo retido;
5. Limitar os casos de cabimento de embargos infringentes.
As mudanças são o re�exo da maior importância dada pela ciência processual nos últimos tempos à efetividade da prestação
jurisdicional, a �m de possibilitar que o cidadão tenha uma resposta jurisdicional mais rápida do Poder Judiciário, à luz do
princípio constitucional de acesso à justiça (CF, art. 5º, XXXV).
Em dezembro de 2004, depois de muitos anos de debate, foi en�m
aprovada e editada a Emenda Constitucional nº 45, que trouxe a
chamada “Reforma do Poder Judiciário”.
A EC incluiu na Carta Magna questões de grande relevância, tais como a garantia da duração razoável do processo, a
federalização das violações aos direitos humanos, a súmula vinculante, a repercussão geral da questão constitucional como
pressuposto para a admissibilidade do recurso extraordinário e os Conselhos Nacionais da Magistratura e do Ministério
Público. Na sequência, foi iniciado um grande movimento reformista na legislação processual civil brasileira.
Novo Código Civil
Impressionou – na sucessão de diplomas legais –, não só o número de
dispositivos alterados, como, principalmente, o fato de que alguns institutos
foram modi�cados diversas vezes. Por conta disso, em 2009, foi formada
uma Comissão de juristas, com o �to de elaborar um anteprojeto para o
Novo Código Civil, que, logo em dezembro daquele ano, concluiu a primeira
fase de seus trabalhos.
Em seguida, a proposta elaborada foi submetida a oito audiências públicas, que resultaram na análise de mais de mil
sugestões. Foram consultados Ministros dos Tribunais Superiores e, �nalmente, iniciado o processo legislativo. Em 16 de
março, o projeto foi sancionado pela Presidência da República, sendo publicado, com 7 (sete) vetos, no Diário O�cial do dia
seguinte. Com base no texto aprovado, pode-se dizer que se buscou um balanceamento entre boas ideias já existentes e as
necessidades de mudança, sempre com o objetivo de se assegurar maior celeridade na prestação jurisdicional.
Quando o processo legislativo já parecia esgotado, no �nal de 2015 foi apresentado o Projeto de Lei n° 168/2015, objetivando a
modi�cação de alguns dispositivos do CPC, ainda na vacatio.
As alterações mais importantes repercutiram sobre a ordem cronológica, ajustes nas hipóteses de ação rescisória e de
reclamação, e o retorno do juízo de admissibilidade dos recursos excepcionais, com a sistematização dos recursos de agravo
(nos próprios autos) e agravo interno a depender da decisão exarada pelo Tribunal local. A proposição acabou aprovada e
publicada, sem vetos presidenciais, em 05 de fevereiro de 2016, resultando na Lei nº 13.256. Após o advento do CPC
 Clique no botão acima.
Dentro da mesma base ideológica de privilegiar o acesso à Justiça e a duração razoável do processo, houve a edição
da Lei de Mediação (13.140/15) e da lei que promoveu alterações no procedimento arbitral (13.129/15).
 
Aliás, no CPC vigente, é possível identi�car a atenção da Comissão de Juristas em valorizar os meios adequados de
solução de controvérsias, criando-se, inclusive, uma seção especí�ca (artigos 165 a 175).
Com efeito, o CPC se preocupou com a atividade de conciliação e de mediação realizada judicialmente, sem prejuízo
da possibilidade desses mecanismos serem utilizados previamente ao processo ou, ainda, de outros meios de solução
de con�itos escolhidos pelos interessados (art. 175).Tratados sob a rubrica de "auxiliares da justiça", os conciliadores e
mediadores devem auxiliar o juiz na tarefa de estímulo à autocomposição (art. 139, V do CPC).
Importante, ainda, ressaltar o art. 174 do CPC, que autoriza a atividade consensual envolvendo a Fazenda Pública, nos
níveis federal, estadual e distrital, e municipal. Para plena aplicabilidade do dispositivo, será preciso lei especí�ca de
cada ente federado.
Hipóteses do CPC
1. Questões que envolvam a administração pública (incisos I e II);
2. Questões coletivas que possam ser objeto de termo de ajustamento de conduta.
Quanto ao uso dos meios consensuais pela administração pública, impende salientar que a previsão não é inédita, mas
teve seu campo de incidência ampliado no CPC. Eles já eram previstos no âmbito dos Juizados Especiais Federais (Lei
n° 10.259/01), bem como na Lei dos Juizados Especiais da Fazenda Pública (Lei nº 12.153/09).
A segunda hipótese diz respeito ao termo de ajustamento de conduta, pelas Câmaras de Mediação e de Conciliação
ligadas aos entes públicos. Essa ferramenta foi colocada na Lei n° 7.347/85 pelo CDC, em 1990, e inseriu o §6º no art.
5°, prevendo a celebração de “ajustes de conduta” em todos os temas que podem ser objeto de ação civil pública, a
saber: Meio ambiente, patrimônio cultural, histórico e paisagístico, ordem econômica, defesa do consumidor, entre
outros.
Em seguida, outras Leis �zeram referência expressa ao instituto: Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº
8.069/90, art. 211), Lei do CADE (Lei nº 8.884/94, art. 53, posteriormente alterada pela Lei nº 12.519/11, arts. 9º, V, e
85), Lei Ambiental (Lei nº 9.605/98, art. 79-A), e o Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/03, art. 74, X).
A Lei de Mediação, seguindo esse mesmo caminho, em seus arts. 33 a 40, traz normas especí�cas para a utilização
das técnicas de conciliação e mediação nos con�itos que envolvam a administração pública e seus órgãos, bem como
na utilização da ferramenta do termo de ajustamento de conduta.
Atividade
1. (CESPE - TJ-MA - Juiz - 2013) No que concerne à lei processual civil superveniente, assinale a opção correta:
a) Encontrando-se o processo em curso, é facultado ao juiz aplicar a lei nova ou a lei anterior que melhor atenda à rápida solução da lide,
amparado no princípio constitucional da celeridade processual.
b) Neste caso, aplica-se a regra do isolamento dos atos processuais, de modo que a lei nova é aplicada aos atos processuais pendentes,
tão logo entre em vigor, respeitados os já praticados e seus efeitos.
c) Os efeitos dessa lei atingem os processos ajuizados após a edição da lei, não se aplicando a nova lei processual aos processos em
curso.
d) A nova regra processual editada no curso do processo não se aplica no grau de jurisdição em que o processo tramita, repercutindo-se
os seus efeitos nos graus de jurisdição subsequentes.
e) N.R.A.
2. A propósito dos princípios gerais e fundamentais do processo civil, considere as seguintes proposições:
I. O Direito Processual Constitucional abrange, de um lado, a tutela constitucional dos princípios fundamentais da organização
judiciária e do processo; de outro, a jurisdição constitucional.
II. O contraditório e ampla defesa são assegurados em todos os processos, inclusive administrativos, desde que neles haja
litigantes ou acusados.
III. A Constituição Federal de 1988 deu concretude à igualdade processual que decorre do princípio da isonomia, transformando-a
no princípio da paridade de armas, mediante o equilíbrio dos litigantes no processo civil, sendo, todavia, vedado ao juiz determinar
a produção de provas, sem requerimento das partes, por violar o princípio da imparcialidade.
IV. Em ação civil de indenização por danos morais e materiais, em face do normatizado na Carta Magna, que considera
inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos, a gravação de conversa telefônica feita por um dos interlocutores,
sem conhecimento do outro, quando ausente causa legal de sigilo ou de reserva da conversação, não é considerada prova ilícita.
De acordo com as assertivas, podemos a�rmar que:
a) O item I está certo, e o item II está errado.
b) O item I está errado, e o item III está certo.
c) O item III está errado, e o item IV está certo.
d) O item II está errado, e o item III está certo.
e) O item II está certo, e o item III está errado.
3. O princípio da inafastabilidade ou princípio do controle jurisdicional expresso na Constituição Federal garante:
a) A todos o acesso ao Poder Judiciário.
b) Às partes a ampla defesa.
c) A todos o juiz natural.
d) A todos o juiz imparcial.
e) Ao juiz o poder diretivo do processo.
4. (FAE- TRT - 9ª REGIÃO/PR - Juiz do Trabalho - 2006) Analise as seguintes assertivas:
I. Pretensão de direito material corresponde à faculdade que o titular de um direito subjetivo possui de exigir que tal direito seja
respeitado em caso de violação.
II. Entender o direito de ação como autônomo e abstrato signi�ca distingui-lo do direito material disputado entre os litigantes, bem
como reconhecer que sua existência independe da própria existência do direito material controvertido.
III. Não existem exceções à proibição da autotutela.
IV. O acesso à Justiça restringe-se à admissão ao processo ou ao ingresso em juízo.
V. A sentença arbitral, para gerar efeitos jurídicos, deve ser homologada judicialmente.
Estão corretos os itens:
a) I, IV e V.
b) I, II e V.
c) II, III e V.
d) I e II.
e) Apenas II.
5. O princípio da inércia da jurisdição:
a) É absoluto, sem possibilidade de sofrer qualquer forma de mitigação.
b) Pode ser mitigado na jurisdição voluntária, mas não na contenciosa.
c) Está presente mesmo na instauração de inventário de ofício.
d) É consequência do princípio constitucional de devido processo legal.
e) N.R.A.
Notas
Fontes formais
A fonte formal do Direito Processual é a lei em sentido amplo, aí incluídas:
a) Constituição Federal, que consagra os chamados princípios constitucionais processuais, tais como o devido processo legal,
a ampla defesa e o contraditório, a duração razoável do processo, bem como a isonomia e a inadmissibilidade de provas
obtidas por meios ilícitos;
b) A lei federal (art. 22, I, da Constituição de 1988) e a lei estadual, que podem tratar de matéria de procedimento e de criação e
funcionamento dos juizados especiais (art. 24, X e XI), bem como disciplinar a organização judiciária e as normas de
competência em razão de valor e matéria;
c) Os atos normativos editados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ);
d) Os tratados internacionais assinados e rati�cados pelo Brasil;
e) Os regimentos internos dos tribunais;
f) As decisões com força vinculante dos tribunais (tema que será visto mais adiante).
Referências
CARNEIRO, Paulo Cezar Pinheiro. O Novo Processo Civil Brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 2019.
 
DINAMARCO, Cândido Rangel; LOPES, Bruno Vasconcelos Carrilho. . São Paulo: Malheiros
Editores, 2016.
FREIRE, Bruno. A reforma processual trabalhista e o acesso à Justiça. Revista de Processo, São Paulo, v. 43, p. 393-410, 2018.
FUX, Luiz. Teoria geral do processo civil. 2. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2016.
PINHO, Humberto Dalla Bernardina de. Manual de Direito Processual Civil Contemporâneo. São Paulo: Saraiva, 2019.
PINHO,Humberto Dalla Bernardina de; GAIO JUNIOR, Antonio Pereira. Teoria geral do processo civil. Rio de Janeiro: Grupo
GEN, 2018.
TESHEINER, José Maria Rosa; THAMAY, Rennan Faria Kruger. Teoria geral do processo: Em conformidade com o novo CPC.
Rio de Janeiro: Forense, 2015.
Próxima aula
Princípios constitucionais do Direito Processual brasileiro;
Principais características dos princípios constitucionais.
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Assista ao vídeo AGU explica – doutrina e jurisprudência e identi�que em quais hipóteses as decisões judiciais podem se
transformar em fontes normativas do Direito Processual. Acesso em 16 Fev 2020.
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