Projeto Integrador Educação Física

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MARIA DE FÁTIMA NUNES 
A Inclusão de alunos com necessidades especiais nas aulas de 
Educação Física
Riachinho-MG
2019
A Inclusão de alunos com necessidades especiais nas aulas de 
Educação Física
Projeto de Estágio, apresentado ao Instituto Prominas, como requisito parcial para a obtenção do diploma/ certificado do Curso de Segunda Licenciatura ( X ) Educação Inclusiva.
Riachinho-MG
2019
SUMÁRIO
PROJETO INTEGRADOR 
IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO 	04
1.2 Instituição para implementação	04
1.2 Título	04
1.3 Nome do idealizador	04
2 SITUAÇÃO GERADORA E JUSTIFICATIVA	04
3 OBJETIVOS	06
3.1 Objetivo geral	06
4 RESULTADOS ESPERADOS	06
5 ABRANGÊNCIA E CONTEXTO	08
6 PLANO DE AÇÃO, CRONOGRAMA E DESDOBRAMENTO 
DAS AÇÕES 	10
7 AVALIAÇÃO/ CONCLUSÃO	11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	12
PROJETO INTEGRADOR
IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO 
1.1 Instituição para implementação: O projeto será realizado na Escola Estadual Coronel Manoel José de Almeida, situada na Rua São João Batista- Buritizeiro/ Zona Rural no município de Riachinho-MG. É uma Instituição de rede pública, ensino regular. Funciona nos períodos matutinos e vespertinos, conta com mais ou menos 28 funcionários, e atende aproximadamente 130 alunos de 4 a 18 anos, sendo 05 com necessidades especiais. 
1.2 Título: A Inclusão de alunos com necessidades especiais nas aulas de 
Educação Física
1.3 Nome de seu Idealizador: Maria de Fátima Nunes
1 SITUAÇÃO GERADORA E JUSTIFICATIVA 
	Por conhecimentos, receio ou mesmo preconceito, a maioria das pessoas com deficiência foram e são excluídas das aulas de Educação Física. A participação dos alunos nessas aulas pode trazer muitos benefícios no desenvolvimento das capacidades afetivas, de integração e inserção escolar.
	Educação inclusiva é o conjunto de princípios e procedimentos implementados pelos sistemas de ensino para adequar a realidade das escolas à realidade do alunado. Diz respeito todas as crianças que enfrentam barreiras: barreira de acesso à escolarização ou de acesso currículo, que levam ao fracasso escolar e à exclusão social. 
Estes são alguns documentos que retrata sobre a educação inclusiva de alunos com necessidades especiais, e que na maioria ficaram somente no papel: 
· Documentos internacionais e nacionais
· Constituição Federal de 1988;
· Declaração de Educação para todos: Satisfação das Necessidades Básicas de Aprendizagem –jomtiem,1990;
· Declaração Salamanda (1994)
· Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96;
· Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CDPD) – 2008
De acordo com Libâneo, Oliveira e Toschi(2005), qualidade em educação é, simplesmente, alcançar o objetivo educacional básico, ou seja, o aprendizado dos alunos. A qualidade é desta maneira, o aprendizado de todos, do especial ao “normal”, do regular ao inclusivo, do que demanda menos atenção ao que necessita de cuidados e atividades dirigidas diretamente àquele aluno.
	O surgimento da educação inclusiva se deu perante o esporte para pessoas com deficiência teve seu início após a Primeira Guerra Mundial, como forma de tratamento de soldados que adquiriram impedimentos permanentes. Também no final da Segunda Guerra Mundial, houve um novo impulso no seu desenvolvimento, principalmente a partir de tratamentos desenvolvidos no “Stoke Mandeville Hospital”, na Inglaterra. Nessa época, ainda persistia a visão do esporte como auxiliar ao tratamento médico. Aí foi havendo esta interação que chegou o começo dos jogos anuais desenvolvidos nesse hospital, o movimento ganhou força, culminando com a criança das primeiras paraolimpíadas, em 1960, na cidade de Roma. E no Brasil, o esporte adaptado foi introduzido no final da década de 50. Estes são alguns pontos importantes do surgimento da educação inclusiva para as pessoas com necessidades especiais, e que hoje são vistos diariamente, causando um impacto diferente na vida dessas crianças dentro do ambiente escolar por falta de aceitação de muitos nas instituições. Nem todas as escolas fazem questões de procurar meios para auxiliar na inclusão e desenvolvimento destas crianças, fica esperando algo mais do governo, que muitas vezes não está nem um pouco preocupados. E com isso as buscas novas ações em prol da inclusão destas crianças fica pra traz. 
	O professor como mediador no ambiente escolar não só das crianças com necessidades especiais, mais também de todo o ensino em geral, em especial o professor de educação física no que se trata esse projeto, a Educação Física deveria ser uma ferramenta educacional de interação e cooperação. Pois envolve o movimento do corpo, interação, raciocínio lógico e outros. Promove dentro do ambiente escola a cooperação de forma em geral. E nesse contexto muitas vezes a criança com necessidades especiais fica de fora das atividades. Neste trabalho com essas crianças dentro das aulas de educação física deve obter sua reintegração na sociedade, com autonomia, liberdade, criatividade e alegria, estimulando a cooperação como forma de aproximar as diferenças, reforçar a auto estima de quem se sente diferente, fazendo com que ao final todos estejam jogando e convivendo em cooperação, vinculada à comunicação, à confiança, e ao desenvolvimento de habilidades positivas de interação social. Para mais alcance das metas e objetivos nas aulas de educação física com a inclusão desses alunos com necessidades especiais o professor precisa saber quem é seu aluno, do que ele precisa, de seus limites e desejos, da importância que suas aulas têm de proporcionar um ambiente ótimo não só no aspecto motor, mas sim no seu todo. Como fala os “autores Duarte e Santos (2005) descrevem a ação de inclusão na área da educação física para além do simples desenvolvimento de atividades físicas. O papel do professor de educação física é de contribuir com uma formação de cidadão, cuja ação educativa é possibilitar aprendizagens e avanços nas capacidades de adaptação da criança com necessidades especiais e a sua vivência e relação corporal”.
	Diante deste contexto pode-se perceber a importância do professor no alcance da produtividade destas crianças, na busca de meios que os envolve diretamente ao meio social, ou seja, na comunidade escolar, para assim sentirem firmes e especiais na sociedade como um todo. 
3 OBJETIVOS 
3.1 Objetivo Geral 
Desenvolver e criar práticas educativas inclusivas nas aulas de Educação Física regular, mostrando sua organização e sua relação com a qualidade do ensino para a inclusão dos alunos com necessidades especiais e sua participação como um todo. 
3.2 Objetivos Específicos 
· Criar meios de adaptação dentro das necessidades das reformas educacionais e como as crianças com deficiência são inseridas nessas reformas.
· Conhecer o conceito da educação física adaptada;
· Discutir os conceitos de qualidade relacionados à educação.
· Desenvolver formas de interação dos alunos com necessidades especiais nas aulas de educação física e suas participações nas brincadeiras. 
4 RESULTADOS ESPERADOS 
Espera-se que diante das pesquisas feitas e analisadas num método qualitativo e quantitativo, onde foi feito observação, participação e muitos diálogos com profissionais da instituição escolar, principalmente com os professores regente e com o professor Educação Física, onde foi refletido, se há uma inclusão de qualidade para essas crianças com necessidades especiais. Neste relato foi concluído que 62% destas crianças recebem esta qualidade de ensino proporcionando ao grupo de ensino um desafio de adequar essa qualidade. 
Outra observação perante a realização do projeto foi que, os alunos entre si, se colocam no lugar do outro, conforme a necessidade de cada um no desenvolvimento das atividades e jogos perante as aulas de educação física. A professora relata que 85% dos alunos reconhecem que é preciso ajudar as pessoas que necessitam de algum tipo de ajuda, e eles falam que tentam imaginar como seria se fossem eles naquela situação, como que é estar em outro papel, que seja o seu realmente. 
Perante a observaçãomais um ponto interessante, foi à participação geral das crianças, na organização, na criação e no desenvolver das adaptações feitas e realizadas pelos professores regentes juntamente com o professor de educação física, no momento das criações, inovações e adaptações dos jogos e das atividades, totalizando 100% se envolvem de maneira ativa das brincadeiras.
Indo mais além, foi feito uma perguntada ao professor de educação Física se a participação desses alunos traz benefícios ao grupo, no desenvolvimento das capacidades afetivas, integração e inserção social? Ele nos relatou que 92% sim, porque promove um maior envolvimento dos mesmos durante as aulas. Pois ao inovar essas aulas, produz meios de socialização e interação causando um bom relacionamento entre as crianças. 
Durante a pesquisa em observação sobre a estrutura da escola onde foi realizado o projeto, a mesma não possui estrutura adequada para receber esses alunos com necessidades especiais, mais mesmo assim a inclusão acontece para a tentativa da melhoria destas crianças em total da questão física, psicológica e social. Primeiramente não tem um professor de apoio para as crianças que realmente necessidade deste apoio, não só a criança, mais também o professor regente, e ainda pode visto que, os professores que trabalham com essas crianças não tem preparação, ou seja, formação adequada e apropriada para poder ajudá-los perante o recebimento destas crianças, e o governo infelizmente não está nem um pouco preocupado sobre em questão, o governa lança a ideia e cobra mais não auxiliam perante tais necessidades. 
Infelizmente no que se percebe que o resultado com relação à infra-estrutura ainda é precário em muitas escolas da rede municipal e estadual, chegando a uma totalidade de quase 80%, principalmente nos municípios do interior. 
	 No decorrer de todo o contexto em geral da observação, da qualificação e quantidade expostas perante a realização do projeto, é esperado que este projeto traga algumas ações necessárias para a conformidade destas crianças como: profissionais qualificados; recursos materiais e estruturais, materiais adaptados para o trabalho com essas crianças, enfim todo o benefício para o bem estar dos profissionais da área educacional e para a inclusão destas crianças com necessidades especiais que necessita destes benefícios para o desenvolver físico, psicológico, motora e outros mais, nos seus dia a dia. 
5 ABRANGÊNCIA E CONTEXTO 
A metodologia trabalhada foi de forma qualitativa e quantitativa, na Escola Estadual Coronel Manoel José de Almeida, com 05 alunos com necessidades especiais do Ensino Fundamental nas aulas de Educação Física, como fim, a inclusão destes alunos nas atividades propostas e lançadas pelos profissionais da área de Educação Física e pelos professores regentes de turmas, direção e demais profissionais. 
Para mais atuação do projeto foi feito observações, perguntas e materiais usados ou adaptados para o levantamento da atuação do projeto em prol da inclusão destes alunos nas aulas de educação física.
Foi feito uma reunião no pátio da escola para esclarecimento de como iria ser feito o projeto e suas características com todos os alunos e funcionários da escola, foi levado alguns materiais que forma expostos para fazer as adaptações necessárias perante a realização do projeto, onde auxiliaria os alunos com e sem necessidades especiais, trabalhando o respeito, a interação, organização, cooperação e compreensão, se colocando um no lugar do outro, perante as realizações das atividades para poderem perceber e sentir o quanto é importante aceitar as pessoas como elas são, que o diferente faz parte do dia a dia de cada um de nos. 
Dentro deste trabalho foi desenvolvida a coordenação motora, concepção de tamanhos, qualidade e quantidade, psicológico, e outros mais. Foi criado vários métodos de brincadeiras que faria a interação e a inclusão destas crianças dentro do ambiente escolar, os alunos de forma em geral participem também das criações das atividades e tomem gosto pelo que faz. 
Para ajuda e compreensão das atividades foram criados vários storyboard com várias deficiências, como uma criança na cadeira de rodas e outra com um dos olhos vedados, e outros mais, com o objetivo para visualizar atividades e jogos adaptados ou mudados, para que a inclusão nas aulas de educação física aconteça de uma forma que nenhum aluno fique fora delas, fornecendo idéias para o professor, motivando a empatia entre eles. Todas as atividades podem ser adaptadas depois de uma observação nas limitações de cada aluno feita pelo professor.
Veja alguma idéias de atividades: 
Futebol sentados- os alunos sentados no chão, com uma trave pequena. Pode ser adaptado para um jogo de voleibol, colocando uma rede no meio da quadra. Pode ser uma brincadeira ou o jogo com todas as regras. 
Bola ao túnel ou boliche: para alunos na cadeira de rodas, e todos os outros, a equipe foi dividido em 2 equipes. Sentado na cadeira, um de cada vez, colocar um colchonete como rampa, soltar a bola que se entrar em um túnel de tecido ou feito com bambolês, será gol e ponto para a equipe. Pode ser adaptado para um jogo de boliches, trocando o túnel por peças de boliche. 
Dinâmica de integração: abotoar camisas com meias nas mãos como luvas, amarrar cadastros, pedir para que os alunos tragam de casa uma camisa com botões e um par de tênis. Tentar abotoar a camisa com as luvas nas mãos, sentindo assim a dificuldade de alunos com necessidades especiais, como a paralisia cerebral, por exemplo. Tentar amarrar os cadastros e abotoar a camisa do amigo. 
Filme mudo: Falar para os alunos que eles vão assistir a um filme sem som. Depois de terminado, pedir que falem sobre o filme, cada um vai entender de um jeito e ver como é difícil não ouvir. 
Percursos por cones: com cones em uma reta com distância de um metro mais ou menos. Se não tiver cones, pode ser marcado um X no chão. Duas equipes, onde farão o percurso entre os cones empurrando uma cadeira de rodas com o aluno cadeirante. Não podem correr, e tem passar entre os cones sem derrubá-los. Ganha quem terminar o percurso primeiro. Lembrando que as realizações destas atividades foram feitas ao ar livre, no pátio da escola, na quadra descoberta, para uma maior adequação e aproveitamento do espaço nas adaptações das construções dos materiais pedagógicos.
	Durante a realização das atividades e da criação das mesmas, pode perceber que os alunos com necessidades especiais podem e devem participarem integralmente das atividades de educação física normalmente como foi feito e visto perante a realização deste projeto. 
6 PLANO DE AÇÃO, CRONOGRAMA E DESDOBRAMENTO DAS AÇÕES 
	Período 2019
	Set
	Out
	Nov
	Ações
	Atividades 
	X
	X
	X
	Ação 1
	Pesquisas, através de perguntas, observação e participação. 
	X
	
	
	Ação 2
	Reunião com alunos e professores regente e da Educação Física, direção e criação de materiais
	X
	X
	
	Ação 3
	Realização do projeto com uso dos materiais metodológicos, alunos, professores de educação física e regente de turmas. 
	
	
	X
	Ação 
	Atividades 
	Responsável 
	Ação 1
	Pesquisas, observação, diálogos e participação. 
	Idealizador do projeto 
	Ação 2
	Reuniões, alunos, professores regentes e educação física, direção. Criação material pedagógico.
	Idealizador do projeto. 
Professores regentes, educação física, direção e material pedagógico. 
	Ação 3
	Realizações do projeto com os materiais pedagógicos adaptadas dentro da atividades com o professor de educação física, regência e alunos.
	Idealizador do projeto, professor de Educação física, regente e alunos. 
7 AVALIAÇÃO/ CONCLUSÃO
A análise do processo da inclusão dos alunos com necessidades especiais na aula de Educação Física no ensino regular deve acontecer de forma constante independente da deficiência que este aluno tem, a educação física é um benefício para os alunos deficientes e a inclusão abrange toda a escola no seu benefício em questão. É uma forma de socialização que vai além da escola, este aluno fica beneficiado aténa sociedade de forma em geral. Quando o aluno tem a possibilidade de entrar em contato com outras pessoas eleva a auto-estima, reforça as atitudes positivas em questão da inclusão e da integração em si. Mais tudo isso vai depender do repensar do papel do professor dentro da prática pedagógica, esta prática diferenciada beneficia todos os alunos de forma em geral, digo, os com deficiências e os não, sendo esta feita através de criatividade, movimentação corporal, jogos, a expressão, com isso gera uma oportunidade de solenizar a diferença, proporcionando aos alunos novas experiências salientando a cooperação e a solidariedade.
São fatos que mesmo sabendo que o professor esta em fase de preparação para enfrentar esta realidade que se encontra cada vez mais presente no dia a dia; essa inserção de alunos deficiente ou não, todos estão em um mesmo ambiente escolar e na mesma turma, é preciso fazer esta inclusão acontecer, mesmo sem uma infraestrutura adequada das escolas, sem materiais pedagógicos adaptados e adequados às necessidades vai acontecendo devagarzinho esta inclusão escolar. E diante da proposta deste projeto, a inclusão acontece e com bons resultados. Pois a educação física é o meio de trabalhar a movimentação em todas as questões pessoal e interpessoal, através dos materiais pedagógicos adaptados, e com o estímulo de co-participação de todos eleva o processo do ensino-aprendizagem com os estímulos das brincadeiras e jogos. 
Adaptar a educação física no mundo de hoje é de suam importância pois, é uma disciplina livre pouca rigidez e regras, mais diante do planejamento pedagógico coerente se torna um instrumento de orientação e de possíveis base de mudanças durante o processo do ensino pedagógico. Diante desta análise percebe que é preciso haver mudanças na visão e nas atitudes dos professores e demais funcionários da educação. A estadia do aluno com deficiência na escola é o meio de desenvolver um trabalho com diversidades onde envolve o respeito e a aceitação do diferente e a busca do novo no cotidiano escolar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DUARTE, E. e LIMA, S. M. Atividade física para pessoas com necessidades especiais: experiências e intervenções pedagógicas. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2005
https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/235/4571/1/GUILHERME%20FRANCO%20CAPUANO.pdf, acesso dia 04 de outubro de 2019 as 12:44m.
Material didático- https://ava.portalcomplementacao.com.br/tportal/atividadecomplementar
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