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Resumo Teoria dos Sistemas - TGA

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Teoria dos Sistemas (1951) 
 
1) Origens da teoria 
- Não busca solucionar problemas ou tentar soluções práticas, mas produzir teorias e 
formulações para a aplicação na realidade empírica 
- Há a necessidade de se estudar os sistemas globalmente, envolvendo todas as 
interdependências de suas partes 
1.1) Premissas básicas 
- Os sistemas existem dentro de sistemas: cada sistema é constituído de subsistemas 
- Sistemas são abertos: caracterizados por um processo de intercâmbio com seu ambiente para 
trocar energia e informação 
- As funções de cada sistema dependem de sua estrutura: cada sistema tem um objetivo ou 
finalidade 
1.2) Razões para a introdução na administração 
- Necessidade de síntese e integração das teorias anteriores, pois todas elas apenas falavam de 
uma microabordagem 
- Avanço da tecnologia da informação 
- Os resultados bem-sucedidos da aplicação da teoria de sistemas nas demais áreas 
 
2) Conceito de sistemas 
- Conjunto de elementos dinamicamente relacionados entre si, formando uma atividade para 
atingir um objetivo, operando sobre entradas (informação, energia, matéria), processando e 
fornecendo saídas (informação, energia, matéria) processadas. 
 
3) Características dos sistemas 
- Emergente sistêmico: há propriedades que existem num sistema como um todo, mas não em 
seus elementos (ex: água) 
- Proposito ou objetivo: o arranjo dos elementos do sistema visa sempre a uma finalidade a 
alcançar 
- Globalismo ou totalidade: uma estimulação em qualquer parte do sistema afeta todas as 
unidades devido ao relacionamento entre elas 
- Ambiente: os sistemas existem em um meio e por ele são condicionados. 
 
4) Parâmetros dos sistemas 
- Entrada ou insumo (input): força ou impulso de partida que fornece materiais e informação 
- Saída, produto ou resultado (output): consequência para a qual se reuniram elementos 
- Processamento ou processador (throughput): está empenhado na produção de um resultado 
e pode ser representado pela caixa negra: nela entram os insumos e dela saem os produtos. 
- Retroação ou retroalimentação (feedback): um subsistema planejado para sentir a saída e 
compará-la com um padrão ou critério preestabelecido para mantê-la controlada dentro 
daquele padrão, evitando desvios 
- Ambiente: meio que envolve externamente o sistema 
 
5) Sistemas Fechados 
- Não apresentam intercâmbio com o meio ambiente, pois são herméticos a qualquer influência 
ambiental 
- Não recebem nenhum recurso externo e nada produzem que seja enviado para fora 
- Sistemas cujo comportamento é determinístico e programado e que operam com pequeno e 
conhecido intercâmbio de matéria e energia com o meio ambiente 
- Sistemas estruturados, em que os elementos e as relações combinam-se de maneira peculiar 
e rígida, produzindo uma saída invariável 
 
6) Sistema Aberto 
- Intercâmbio de transações com o ambiente e conserva-se constantemente no mesmo estado 
(autorregulação) 
- O organismo humano não pode ser considerado mera aglomeração de elementos separados, 
mas um sistema definido que possui integridade e organização 
- O sistema aberto é influenciado pelo meio ambiente e influi sobre ele, alcançando um estado 
de equilíbrio dinâmico nesse meio 
- Age ao mesmo tempo, como variável independente do meio ambiente e como variável 
dependente 
- Tem a capacidade de crescimento, mudança, adaptação ao ambiente e até autorreprodução 
sob certas condições ambientais 
- é contingência do sistema aberto competir com outros sistemas 
 
7) Características das organizações como Sistemas Abertos 
7.1) Comportamento probabilístico e não determinístico 
- Como o ambiente inclui variáveis externas desconhecidas e incontroláveis, as consequências 
dos sistemas sociais são probabilísticas, e não determinísticas, e seu comportamento não é 
totalmente previsível 
7.2) As organizações como partes de uma sociedade maior e constituídas de partes menores 
- As organizações são vistas como sistemas dentro de sistemas 
- A interação entre eles produz uma totalidade que não pode ser compreendida pela simples 
análise das várias partes tomadas isoladamente 
7.3) Interdependência das partes 
- As partes de um sistema são independentes e inter-relacionadas 
- A organização não é um sistema mecânico no qual uma das suas partes pode ser mudada sem 
um efeito concomitante sobre as demais 
7.4) Homeostase ou “estado firme” 
- Unidirecionalidade ou constância de direção: apesar das mudanças do ambiente, os mesmos 
resultados são atingidos 
- Progresso em relação aos fins: o sistema mantém, em relação ao fim desejado, um grau de 
progresso dentro dos limites definidos como toleráveis 
- Homeostase: É o equilíbrio dinâmico entre as partes do sistema. Tendência em manter-se 
estável. Todo mecanismo homeostático é um dispositivo de controle para manter certa variável 
dentro de limites desejados (ex: piloto automático em aviação) 
- Adaptabilidade: Capacidade de o sistema ajustar-se aos padrões requeridos em sua interação 
com o ambiente externo 
- (Adaptabilidade X homeostase: Luta entre uma inércia de obter uma situação mais estável e a 
necessidade de se adaptar) 
- Entropia: processo pelo qual o sistema tende à exaustão, desorganização e morte. A reação a 
essa tendência chama-se entropia negativa ou negentropia. 
- Se não haver esforços, existe uma tendência de dar errado. Como se combate a entropia de 
modo que os sistemas não comecem a ser ineficientes ¿ A solução é a adaptabilidade. 
7.5) Fronteiras ou limites 
- Um indivíduo X pode ser membro de duas organizações ao mesmo tempo: o sistema A e o B 
- é por meio das fronteiras que existe a interface, canal entre os diferentes componentes de um 
sistema por meio do qual a informação é transferida ou o intercâmbio de energia é realizado 
7.6) Morfogênese 
- O sistema tem a capacidade de modificar a si próprio e sua estrutura básica 
- A organização pode modificar sua constituição e estrutura por um processo cibernético, pelo 
qual os seus membros comparam os resultados desejados com os resultados obtidos e detectam 
os erros que podem ser corrigidos para mudar a situação 
7.7) Resiliência 
- As organizações têm capacidade de enfrentar e superar perturbações externas provocadas 
pela sociedade sem que desapareça seu potencial de progresso 
 
8) Homem funcional 
- O indivíduo vive um papel dentro da organização, relacionando-se com os demais indivíduos 
em um sistema aberto 
- Ele mantém expectativas quanto ao papel dos demais participantes e procura enviar aos outros 
as suas expectativas de papel 
- Suas interações alteram ou reforçam o papel 
 
9) Aritmética organizacional 
- Quanto é 2+2? 
- 2+2=3 → falta de sinergia: organização mal-sucedida 
- 2+2=4→ ponto de equilíbrio, sem sinergia: Organização mal-sucedida 
- 2+2=5, 7, 15→ abordagem sistêmica: organização bem-sucedida 
- 2+2=A, X, Z→ disfunção, não atingimento dos objetivos propostos 
 
 
 
 
10) Modelo de Schein 
- A organização é um sistema aberto 
- A organização é um sistema com objetivos 
- A organização é um conjunto de subsistemas, em que esse comportamento deve ser analisado 
ao invés de focalizar nos comportamentos individuais 
- Os subsistemas são mutuamente dependentes e as mudanças ocorridas em um deles afetam 
os comportamentos dos outros 
- A organização existe em um ambiente dinâmico 
- Os múltiplos elos entre a organização e seu ambiente tornam difícil a clara definição das 
fronteiras organizacionais 
 
11) Modelo de Katz e Kahn (organização como sistema aberto) 
- Importação (entradas): a organização recebe insumos do ambiente 
- Transformação (processamento): os sistemas abertos transformam a energia recebida em 
produtos acabados 
- Exportação (saídas): os sistemas abertos exportam seus produtos, serviços ou resultados para 
o meio ambiente 
- Os sistemas são ciclos de eventos que se repetem 
- Entropia negativa: para sobreviver, os sistemas abertosprecisam mover-se para deterem o 
processo entrópico e se reabastecerem de energia, mantendo sua estrutura 
- Informação como insumo, retroação negativa e processo de codificação: as entradas de caráter 
informativo proporcionam sinais à estrutura sobre o ambiente e sobre o próprio funcionamento 
- Estado firme e homeostase dinâmica: existe um influxo contínuo de energia do ambiente 
exterior e uma exportação contínua dos produtos do sistema; os sistemas reagem à mudança 
ou antecipam-na por intermédio do crescimento que assimila as novas entradas de energia nas 
suas estruturas 
- Diferenciação: os padrões difusos e globais são substituídos por funções especializadas e 
diferenciadas 
- Equifinalidade: um sistema pode alcançar, por uma variedade de caminhos, o mesmo resultado 
final, partindo de diferentes condições iniciais 
- Os limites a as fronteiras definem a esfera de ação do sistema, bem como o seu grau de 
abertura em relação ao meio ambiente 
12) Modelo de Katz e Kahn (características da primeira ordem) 
- Sistemas sociais não têm limitação de amplitude e não se relaciona com nenhum modelo físico 
- Sistemas sociais necessitam de entradas de manutenção e de produção: elas incluem as 
motivações que atraem as pessoas e as mantêm trabalhando dentro do sistema social 
- Sistemas sociais têm sua natureza planejada: são imperfeitos e inventados pelo homem; se 
baseiam em atitudes, crenças, percepções, motivações, hábitos e expectativas das pessoas 
- Sistemas sociais apresentam maior variabilidade de que os sistemas biológicos: eles precisam 
utilizar forças de controle para reduzir a variabilidade e a instabilidade das ações humanas 
- Funções, normas e valores são os principais componentes do sistema social 
- Organizações sociais constituem um sistema formalizado de funções: representam um padrão 
de funções interligadas que definem formas de atividades prescritas ou padronizadas 
- Conceito de inclusão parcial: a organização utiliza apenas os conhecimentos e as habilidades 
das pessoas que lhe são importantes 
- Organização em relação ao seu meio ambiente 
 
13) Outros aspectos de Katz e Kahn 
- Cada organização cria sua própria cultura com seus próprios tabus, usos e costumes 
- Como a sociedade tem uma herança cultural, as organizações sociais possuem padrões 
distintivos de sentimentos e crenças coletivos, que são transmitidos aos novos membros 
- As organizações sociais recorrem à multiplicação de mecanismos, pois lhes falta a estabilidade 
intrínseca dos sistemas biológicos 
- As organizações sociais criam mecanismos de recompensas a fim de vincular seus membros ao 
sistema, estabelecem normas e valores para justificar e estimular as atividades requeridas e as 
estruturas de autoridade para controlar e dirigir o comportamento organizacional 
- As organizações sobrevivem enquanto forem capazes de manter a importação sob todas as 
formas, de quantidades maiores de energia do que elas devolvem ao ambiente como produto 
- A organização consiste em papéis ou aglomerados de atividades esperadas dos indivíduos e 
que se superpõem 
 
 
 
 
14) Modelo sociotécnico de Tavistock 
- Toda organização importa várias coisas do meio ambiente e utiliza essas importações em 
processos de conversão, para então exportar produtos e serviços que resultam do processo de 
conversão 
- Subsistema técnico: envolve a tecnologia, o território, o tempo e as instalações e bens 
materiais 
- Subsistema social: compreende as pessoas, suas características físicas e psicológicas, as 
relações sociais e as exigências formais 
 
15) Sistemas Vivos 
- Nascem, herdam seus traços estruturais 
- Morrem, seu tempo de vida é limitado 
- Têm um ciclo de vida predeterminado 
- São concretos, o sistema é descrito em termos físicos e químicos 
- São completos, o parasitismo e a simbiose são excepcionais 
- A doença é definida como um distúrbio no processo vital 
 
16) Sistemas Organizados (organizações) 
- São organizados, adquirem sua estrutura em estágios 
- Podem ser reorganizados, têm uma vida ilimitada e podem ser reconstruídos 
- Não têm ciclo de vida definido 
- São abstratos, o sistema é descrito em termos psicológicos e sociológicos 
- São incompletos: dependem de cooperação com outras organizações e suas partes são 
intercambiáveis 
- O problema é definido como um desvio nas normas sociais

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