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0 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA GRADUAÇÃO GRADUAÇÃO GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA 1 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS Núcleo de Educação a Distância Gestão com Pessoas e Liderança. DERROSSO, Prof.º Dr. Giuliano Foz do Iguaçu - PR 2019. 61 p. ADMINISTRAÇÃO - EaD CDU: 65.012.43 NEAD – Núcleo de Educação a Distância Av. Bartolomeu de Gusmão, 1324 - Centro – CEP: 85.852-130 Foz do Iguaçu – Paraná / ead.udc.br / 3574-6900 2 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA APRESENTAÇÃO Prezado(a) Acadêmico(a), Você está participando da disciplina de Gestão De Pessoas e Liderança na modalidade a distância, ofertada pelo Centro Universitário Dinâmica das Cataratas - UDC. Sabemos que o seu percurso de aprendizagem necessita ser acompanhado e orientado, para que você obtenha sucesso nos estudos e construa um conhecimento relevante à sua formação profissional. Preparamos este material didático com os conteúdos teóricos e as orientações de atividades planejadas pelo professor, possibilitando, assim, guiá-lo no autoestudo ao longo do semestre. Além disso, você conta com o ambiente virtual de aprendizagem como espaço de estudo e de participação ativa no curso. Nele você encontra as orientações para realizar atividades e avaliações online, além de recursos que vão enriquecer a proposta deste material didático, tais como links para sites da Internet, vídeos gravados pelo professor e outros por ele sugeridos, textos, animações, ilustrações, dentre outras mídias. Lembre-se, no entanto, de que você deve se organizar para criar sua própria autonomia de estudo. Isso inclui o planejamento do seu tempo de dedicação ao estudo individual e de participação colaborativa no ambiente virtual. Este material é o seu livro-texto e apoio importante no desenvolvimento de sua aprendizagem no curso. Bom estudo! Direção UDC Online 3 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ....................................................................................................... 2 UNIDADE I – TENDÊNCIAS E CENÁRIOS DA GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS .................................................................................................................. 5 1.1 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS NOS DIAS DE HOJE ............... 5 1.2 EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE ARH .................................................................. 5 1.3 A ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS ............................................... 7 1.4 A IMPORTÂNCIA DA ARH PARA OS ADMINISTRADORES ............................... 8 1.5 A MODERNA ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS ......................... 11 1.6 O RH COMO RESPONSABILIDADE .................................................................. 13 1.7 O RH COMO PROCESSO .................................................................................. 13 1.8 FUNÇÕES GERENCIAIS DA ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS . 16 1.9 FUNÇÕES GERENCIAIS X AUTORIDADES EM ARH: ...................................... 16 1.10 RESPONSABILIDADES DA ARH E DOS GERENTES..................................... 17 1.11 O AMBIENTE DA ARH EM MUDANÇA ............................................................ 19 1.12 IMPORTÂNCIA DA GLOBALIZAÇÃO PARA ARH: ........................................... 19 1.13 DESAFIO DE ENCORAJAR O CAPITAL HUMANO OU INTELECTUAL PARA ARH ........................................................................................................................... 20 UNIDADE II – O PAPEL DO ARH EM MUDANÇA .................................................. 21 2.1 EVOLUÇÃO ........................................................................................................ 21 2.2 IMPORTÂNCIA ................................................................................................... 21 2.3 ADMINISTRAÇÃO DE RH EFETIVA .................................................................. 21 2.4 A QUESTÃO DE RH E A TECNOLOGIA ............................................................ 22 2.5 O RH E A CAPACIDADE DE RESPOSTA .......................................................... 22 2.6 O RH E A QUESTÃO DE SERVIÇOS ................................................................. 23 2.7 O RH E ESTRATÉGIA EMPRESARIAL .............................................................. 23 2.8 O PAPEL DA ARH NA FORMULAÇÃO E EXECUÇÃO DE ESTRATÉGIA ........ 24 2.9 CONSTRUÇÃO DE VANTAGEM COMPETITIVA PARA GESTÃO DE PESSOAS .................................................................................................................................. 25 2.10 ARH COMO VANTAGEM COMPETITIVA ........................................................ 25 2.11 ESCOLA DE RELAÇÕES HUMANAS............................................................... 25 2.12 ORIGEM DA T.R.H............................................................................................ 26 2.13 EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE: ................................................................... 26 4 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA 2.14 CONCLUSÕES DA EXPERIÊNCIA .................................................................. 27 2.15 CAPITAL INTELECTUAL DAS ORGANIZAÇÕES ............................................ 28 UNIDADE III – ANÁLISE DE CARGOS E SALÁRIOS ............................................. 31 3.1 MÉTODOS DE COLETA DE INFORMAÇÕES PARA ANÁLISE DE CARGOS .. 35 3.2 MÉTODOS DE COLETA DE DADOS SOBRE CARGOS ................................... 36 UNIDADE IV – LIDERANÇA E PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES ........................ 39 4.1 GRUPOS X ORGANIZAÇÕES ............................................................................ 39 4.1.1 Eu X outros: ................................................................................................... 39 4.2. FEEDBACK NAS ORGANIZAÇÕES .................................................................. 40 4.3 LIDERANÇA ........................................................................................................ 43 4.3.1 DEFINIÇÃO DE LIDERANÇA .......................................................................... 44 4.4 TEORIAS DA LIDERANÇA ................................................................................. 47 4.4.1 Teoria dos Estilos de Liderança .................................................................. 47 4.4.2 A MOTIVAÇÃO NO TRABALHO ...................................................................... 52 4.4.3 PROCESSO MOTIVACIONAL ......................................................................... 53 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 59 5 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA UNIDADE I – TENDÊNCIAS E CENÁRIOS DA GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS 1.1 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS NOS DIAS DE HOJE De acordo com Chiavenato (2006) são as pessoas que ingressam, permanecem e participam da organização, qualquer que seja o seu nível hierárquico ou sua tarefa. Os recursos humanos estão distribuídos em todos os níveis da organização. Recursos Humanos é a área que trabalha com os aspectos relativos ao elemento humano nas organizações. Segundo Milkovich e Boudreau (2006, p. 19), a administração de recursos humanos é entendida como “uma série de decisões integradas que formam as relações de trabalho; sua qualidade influencia diretamente a capacidade da organização e de seus empregados em atingir seus objetivos”. 1.2 EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE ARH É amplamente aceito que o domínio da gestão de RH como tema em ambos oscurrículos universitários, sobremaneira no ambiente mundial dos negócios nasceu na América do Norte entre os anos de 1910 e 1920. Com o passar do tempo, várias denominações foram usadas: gestão dos empregados, gestão do trabalho, administração pessoal, relações de trabalho, relações industriais, gestão das relações industriais e relações dos empregados. No entanto, o termo atual, gestão de recursos humanos, só foi introduzido por volta da década de 1950 (KAUFMAN, 2002). Drucker (1954 apud Marciano, 1995, p. 1) foi o responsável pela invenção deste termo, referenciando os trabalhadores como recursos humanos que possuíam uma qualidade individual que os distinguia dos demais recursos organizacionais: "a habilidade de coordenar, integrar, julgar e imaginar”. De acordo com Strauss (2001) o termo foi primeiramente utilizado como substituto na literatura quando Charles Myers, Paul Pigors e F. Malm, renomearam sua pesquisa adotando esta nova 6 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA expressão. Já Kaufman (2002) ressalta que, somente no final da década de 1980, a expressão foi definitivamente consolidada. Dulebohn et al (1995 apud Kaufman, 2002, p.965) relata que: [...] a conotação do termo gestão de RH é distinta de administração do pessoal das seguintes maneiras. Em primeiro lugar, a gestão de pessoal implica em RH como gastos, indica uma ênfase organizacional em ativos humanos. Em segundo lugar, administração do pessoal significa um grupo administrativo de funções de RH discretas, além da manutenção de atividades reativas, passivas e secundárias para as outras funções empresariais. Mas, por outro lado, a gestão de RH indica uma atitude pró-ativa, uma integração de todas as funções de RH e um reforço para sua expansão, seu posicionamento e sua importância estratégica dentro das organizações. A passagem transcrita confirma as constantes batalhas enfrentadas pela função de RH para justificar a sua importância estratégica dentro das organizações. Contudo, no que se refere às características sociais e culturais de cada época, seu desenvolvimento foi marcado, ao longo da história, pelo atendimento de um conjunto de necessidades empresarias, que se renova a partir de constatações de mudança, sempre exigindo novas adequações gerenciais. (STEWART, 1996). Ao falar sobre Administração de Recursos Humanos (ARH), remete-se ao conceito que em uma graduação é de extrema importância que os acadêmicos saibam o devido valor que os funcionários possuem em uma empresa, da maneira que muitos autores afirmam que trata-se de uma área que está em um processo de transformações constantes, da maneira que o ser humano vive em constante mudança também. 7 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA Dessa maneira, a administração de recursos humanos (ARH), segundo Dessler (2011), refere-se a todas as práticas além de políticas que são necessárias par a condução de aspectos relacionados às pessoas no trabalho no quesito de gerenciamento, principalmente no que remete a contratação, treinamento, avaliação, remuneração e ao oferecimento de um ambiente bom e seguro para que os funcionários possam desempenhar da melhor forma a sua função na empresa. 1.3 A ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Administrar é a arte de fazer com que as coisas sejam feitas da melhor maneira possível, através dos recursos disponíveis, a fim de atingir os objetivos. O administrador tem por função integrar e coordenar os recursos organizacionais (pessoas, materiais, dinheiro, tempo e espaço, etc.) em direção aos objetivos definidos de maneira tão eficaz quanto possível. Os Recursos Organizacionais A organização é o ponto de convergência dos fatores de produção (natureza, capital e trabalho) com eficiência e eficácia. A Organização é um empreendimento social do qual se reúnem vários recursos para que determinados objetivos sejam atingidos Práticas e Políticas da ARH: - Conduzir análise de cargo (Determinação da natureza do trabalho de cada funcionário; - Prever as necessidades de trabalho; - Recrutar candidatos; - Selecionar candidatos; - Orientar novos funcionários; - Treinar novos funcionários; - Gerenciar recompensas e salários (maneiras de remuneração dos funcionários); - Oferecer incentivos e benefícios; - Avaliar o desempenho do funcionário; - Comunicar-se (através de entrevistas, aconselhamento e formas de disciplina aos funcionários); 8 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA Os Recursos são meios utilizados pela organização para realizar suas tarefas e atingir seus objetivos. Os recursos organizacionais podem ser classificados em: - recursos administrativos = administração geral; - materiais = administração da produção; - financeiro = administração financeira; - humanos = administração de recursos humanos; - mercadológicos = administração mercadológica. 1.4 A IMPORTÂNCIA DA ARH PARA OS ADMINISTRADORES Todos os conceitos e técnicas citadas por Dessler (2011) são de extrema importância para todos os administradores para que se evitem erros. Assim, apresentaremos abaixo uma pequena relação de erros que não se pode cometer enquanto estiver gerenciando uma empresa, pois esses podem a longo prazo ser muito prejudicial para todos os funcionários, gerentes e administradores da empresa. Essa ilustração abaixo demonstra simbologicamente a importância de um administrador, pois tudo está concentrado em suas mãos, como por exemplo, seus funcionários, que são peça chave para a organização. - Contratar a pessoa errada para o trabalho; - Ter um alto índice de rotatividade; - Deparar-se com funcionários que não dão o melhor de si para a empresa; - Levar sua empresa ao tribunal ou autoridades por suas ações que podem ser discriminatórias; - Ter sua empresa considerada irregular de acordo com as leis federais de segurança no trabalho por práticas inseguras que podem trazer riscos aos funcionários; - Permitir que a falta de treinamento arruíne o efetivo de seu departamento; - Estabelecer práticas de trabalho que sejam injustas aos funcionários de sua empresa. 9 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA E aí? Você concorda que não deve fazer nada disso em sua empresa para que não traga nenhum problema grave para você e sua administração? Os Estilos de Administração de Recursos Humano A ARH é enormemente influenciada pela cultura organizacional, pelas concepções dominantes sobre a natureza humana e é desenhada de acordo com essas suposições. Dessa forma, preste muita atenção nas teorias que serão apresentadas a você: - A Teoria “X” e a Teoria “Y” de Mcgregor McGregor distingue duas concepções opostas da administração baseadas em pressuposições a respeito da natureza humana: a tradicional (Teoria X) e a moderna (Teoria Y). TEORIA X: baseia-se em concepções incorretas sobre a natureza humana. Predominou durante décadas no passado. Sob essa ótica o homem: − é motivado por incentivos econômicos; − é ser passivo que precisa ser administrado e controlado; − tem emoções irracionais que não deve interferir no auto-interesse do indivíduo; − suas emoções devem ser controladas ou neutralizadas; − é preguiçoso e deve ser estimulado por incentivos externos; − tem objetivos que ser opõem aos objetivos da organização; − é incapaz de autocontrole e autodisciplina; − evita o trabalho por ser indolente por natureza; − não tem ambição; − não gosta de responsabilidades; 10 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA − resiste à modificações por apegar-se à segurança. Com essas concepções, administrar passa a ser: − dirigir os esforços das pessoas; − controlar as ações dos indivíduos; − modificar o comportamento das pessoas; − enfrentar a resistências das pessoas; − persuadir, recompensar, punir, coagir, controlar as pessoas. Para McGregor,pode haver pessoas com o comportamento segundo essa Teoria mas suas atitudes são efeitos de alguma experiência negativa em alguma organização. TEORIA Y: baseia-se em um conjunto de suposições da teoria da motivação humana: a aplicação do esforço físico ou mental no trabalho é tão natural quanto jogar ou descansar; − homem médio não tem desprazer em trabalhar; − trabalho é fonte de satisfação; − homem deve exercitar o autocontrole e a autodireção; − confiar objetivos é premiar; − homem procura responsabilidade; − homem médio aplica altos graus de imaginação e criatividade em seu trabalho; − as potencialidades intelectuais do homem são utilizadas parcialmente − homem não é passivo e nem contrário aos objetivos da organização; Sob a ótica da Teoria Y, a administração deve criar condições organizacionais e métodos de operação por meio dos quais as pessoas possam atingir melhor seus objetivos pessoais, dirigindo seus esforços em direção aos objetivos da organização. A Teoria Y propõe um estilo de administração participativo e democrático baseado em valores humanos e com as ideias renovadoras: − descentralização e delegação (satisfação das necessidades mais elevadas – auto realização pessoal); − Ampliação do cargo e maior significação do trabalho (satisfação das necessidades sociais e de estima); − participação e administração consultiva (satisfação das necessidades sociais e de estima) - ouvir as pessoas e deixar que participem das decisões; 11 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA − auto-avaliação de desempenho (satisfação das necessidades de auto-realização e estima). Os programas tradicionais de avaliação de desempenho são elaborados segundo as concepções da Teoria X. TEORIA Z: William Ouchi (1982) – concepção japonesa de administração. Ouchi afirma que a produtividade no Japão deve-se muito mais uma questão de administração de pessoas do que de tecnologia, um gerenciamento fundamentado em filosofia e cultura organizacionais adequados do que a abordagem tradicional aplicada nas organizações. No Japão o processo de decisão é participativo e consensual havendo a consulta de toda a equipe. O emprego é vitalício, tem estabilidade no emprego e a organização funciona como comunidade humana. A produtividade é questão de organização social. Como no exemplo da figura abaixo, o emprego e a produtividade movem tanto questões de economia, quanto movimentam o mundo atual. 1.5 A MODERNA ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS A sociedade brasileira vem se transformando no íntimo de sua cultura. Consequentemente crenças e valores estão diferentes, um pouco em sua essência, muito em sua operacionalização, e estarão mais ainda com o rápido passar do tempo. É claro que existe uma diferença sensível na velocidade dessas mutações, em cada uma das várias classes sociais, em cada região geográfica e também nos diversos setores econômicos. Mas sua existência é inegável. 12 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA A empresa, por ser um sistema social organizado, sofre intensamente o impacto de tais mudanças dos valores da comunidade, na medida em que os seus recursos humanos são indivíduos da comunidade, e por mais “socializados” que possam estar sendo – por normas, rotinas, regulamentos internos, etc. – apresentam no trabalho, nas relações com as chefias e com subordinados, sinais claros do novo sistema de valores. Eis o grande desafio da moderna Administração de Recursos Humanos: lidar com os novos recursos humanos brasileiros. E não é um desafio exclusivo da Gerência de Recursos Humanos, ou de Relações Industriais, ou ainda outros nomes que a área possa ter numa organização. O desafio afeta todos os profissionais que atuam na organização, todos aqueles que têm subordinados ou, então, mantêm intenso relacionamento funcional com grupos ou equipes de pessoas. Na verdade, todo “gerente” é um Gerente de Recursos Humanos e, portanto, está comprometido com o desafio de analisar, entender, compreender e agir de forma eficiente e eficaz, junto aos Recursos Humanos da sua organização. A atuação da Administração de Recursos Humanos: A administração de RH é responsável pela provisão, da manutenção e do desenvolvimento de todos os recursos humanos da empresa. A atuação dela abrange o ambiente interno da organização (analise e descrição de cargos, treinamento e planos diversos) e o ambiente externo (pesquisa de mercado, recrutamento e seleção, legislação trabalhista, etc.). Podem ser aplicadas diretamente sobre as pessoas (entrevistas, seleção, integração, etc.) ou indiretamente através dos cargos ocupados (analise e descrição dos cargos) ou dos planos globais/específicos (planejamento de RH, banco de dados, plano de carreira, etc.). Objetivos da ARH Criar, manter e desenvolver um contingente de pessoas com habilidades, motivação e satisfação, para realizar os objetivos da organização. Criar, manter e desenvolver condições organizacionais de aplicação, desenvolvimento e satisfação plena das pessoas, para que alcancem seus objetivos individuais. Alcançar a eficiência e eficácia com as pessoas O RH na estrutura organizacional A área de recursos humanos dentro da empresa pode ter sua função centralizada (todas as atividades ou políticas direcionadas para uma área específica) 13 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA ou decentralizada (várias áreas podem assumir atividades ou algumas políticas específicas). A área de recursos humanos pode ainda estar situada dentro da estrutura organizacional conforme o nível, que pode ser; institucional (a nível hierárquico de diretoria e, portanto, decisorial), intermediário (a nível hierárquico de órgão ou departamento e, portanto, não decisorial, necessitando-se reportar ao órgão decisorial) e de assessoria (a nível hierárquico está vinculado a presidência ou diretoria da empresa e funciona como um órgão orientador, de consultoria e serviços de Staff). 1.6 O RH COMO RESPONSABILIDADE A responsabilidade básica da administração de recursos humanos em nível institucional cabe ao executivo máximo da organização (presidente). Do ponto de vista mais amplo, cabe a ele a responsabilidade pela organização toda. Em nível departamental ou divisional, a responsabilidade pela administração de RH cabe a cada executivo de linha (chefe). Sendo assim cada chefia é responsável pelos recursos humanos alocados em seu órgão. O desempenho das atividades de RH são geralmente trabalhosas, e o pessoal de linha (chefes) necessitam sempre de ajuda. Existe como auxilio dentro desse processo a função de Staff (assessoria) que desenvolve diretrizes capazes de solucionar problemas específicos com pessoal. É o suprimento de dados (execução de serviços especializados, devidamente solicitados) que possibilitarão ao chefe tomar decisões acertadas. 1.7 O RH COMO PROCESSO Com a evolução constante das atividades relacionadas com pessoas, a administração de recursos humanos foi fundamentada e separada em processos, que são: provisão, aplicação, manutenção, desenvolvimento e monitoração. Preste atenção nesses processos: 14 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA a) Planejamento de Recursos Humanos Analise do Mercado de Trabalho: O mercado de trabalho significa vagas disponíveis pelas empresas. Ele está em constante flutuação, ou seja, sempre estão dependendo da lei de oferta e da procura. Essa figura acima demonstra de maneira simbólica as áreas de trabalho oferecidas pelo mercado, da maneira que se destaca sempre o profissional mais adequado para ocupar a vaga conforme a demanda do mercado. Em situação de oferta o mercado se comporta da seguinte forma: - Excessiva quantidade de vagas; - Competição entre empresas por melhores candidatos; - Redução das exigências aos candidatos nos processos seletivos; - Intensificação dos investimentosem treinamentos; - Intensificação em benefícios sociais. Em situação de procura o mercado se comporta da seguinte forma: - Insuficiente quantidade de vagas; - Falta de competição entre empresas por melhores candidatos; - Aumento das exigências aos candidatos nos processos seletivos; - Redução dos investimentos em treinamentos; - Redução ou congelamento dos benefícios sociais. - Analise do Mercado de Recursos Humanos ou Mão–de-Obra. 15 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA O mercado de recursos humanos é composto pelo conjunto de pessoas aptas ou preparadas para ao trabalho ofertado. Este mercado também depende da lei de oferta e procura. Em situação de oferta o mercado se comporta da seguinte forma: - Excessiva quantidade de candidatos; - Competição entre candidatos para obter melhores vagas; - Rebaixamento das pretensões salariais; - O candidato aceita qualquer oportunidade desde que ela apareça; - Orientação para a sobrevivência. Já em situação de procura o mercado se comporta da seguinte forma: - Insuficiente quantidade de candidatos; - Falta de competição entre candidatos para obter melhores vagas; - Elevação das faixas salariais; - O candidato seleciona as múltiplas oportunidade; - Orientação para a melhoria e desenvolvimento. A ilustração acima demonstra que existem mais de um pessoa por vaga, e cabe ao órgão competente fazer a escolha do profissional adequado em um processo de seleção. 16 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA 1.8 FUNÇÕES GERENCIAIS DA ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Em um contexto geral, existe um padrão que, gerentes são de certo modo, gerentes de RH (Recursos Humanos) também, pois em sua lista de funções básicas envolvem atividades que vão desde o recrutamento, entrevista, seleção, até mesmo o treinamento de funcionários. Mas vale ressaltar ainda, que hoje em dia, muitas empresas possuem um departamento especifico para essas atividades, o denominado departamento de recursos humanos, esse que possui um gerente próprio para executar a função de recursos humanos na empresa. Assim, suas funções ficam separadas entre autoridade de linha versus autoridade de staff. Dessa maneira, para ficar mais claro as atividades, faremos da seguinte maneira a divisão do gerenciamento: 1.9 FUNÇÕES GERENCIAIS X AUTORIDADES EM ARH: Autoridade: é o direito de tomar decisões para dirigir o trabalho dos outros e dar ordens. Autoridade de linha No gerenciamento Autoridade de staff Linha: São autorizados a dirigir o trabalho de seus funcionários, onde todos possuem um chefe. - São também responsáveis pela realização de metas básicas da organização. EX: gerentes de hotéis e de produção. - Possuem responsabilidade direta pela realização de metas organizacionais, além de autoridade para dirigir o trabalho de seus funcionários. Staff: são autorizados a assessorar e aconselhar os gerentes de linha na realização de metas. Agora nos diga, qual a função de linha e autoridades de staff? 17 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA Além disso é importante saber a definição que os autores nos trazem dizendo que: Atenção: Gerentes de RH geralmente são gerentes de staff, tendo a responsabilidade de aconselhar gerentes de linha (como os de produção de venda) em áreas como recrutamento, contratação e remuneração. Dessa maneira, em um contexto Geral: Empresas tem em média um funcionário da área de RH para cada cem pessoas da força de trabalho. A Administração de Recursos Humanos, junto com seus gerentes, esses que estão capacitados para lidar com pessoas em uma empresa, possuem demandas de responsabilidade para que essa gestão seja eficiente, dessa maneira fica definido que: 1.10 RESPONSABILIDADES DA ARH E DOS GERENTES Tratamento direto das pessoas é, e sempre foi, parte integral da responsabilidade de todos gerentes de linha, do presidente ao nível mais baixo, pois em qualquer parte de uma empresa, o capital intelectual dessa é composto por pessoas, assim: - A ARH é eficiente quando: 1- Coloca a pessoa certa no trabalho certo 2- Integra novos funcionários na organização 3- Treina funcionários em trabalhos que constituam uma novidade para eles 4- Melhora o desempenho das pessoas 5- Ganha cooperação criativa e desenvolve boas relações de trabalho 6- Interpreta as políticas e os procedimentos da organização 7- Controla os custos do trabalho 8- Desenvolve habilidades nas pessoas 9- Organiza e mantêm clima favorável 10- Protege saúde e condições psicológicas dos funcionários - Você pode nos citar exemplos que uma ARH eficiente? 18 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA Ainda assim, vamos deixar mais claro para você: Dessa forma, é de extrema importância saber que: • Em pequenas empresas: gerentes de linhas são capazes de assumir todas as essas obrigações sem assistência, sendo que a medida que a empresa cresce, necessitam de assistência, junto com conhecimentos específicos de staff e R.H. Em um mundo no qual estamos vivendo, com mercado competitivo, existem responsabilidades delegada especificamente a cada setor, como pode ser verificado abaixo: • Responsabilidades da ARH do departamento de RH: Fornecer assistência especializada de que os gerentes de linha precisam; Suas prioridades tendem a se modificar com tempos de mudança, junto com o treinamento e desenvolvimento, benefícios, remuneração e relações de trabalho; Como já falamos anteriormente, o mercado competitivo que vivemos atualmente, está em constante mudança, principalmente em órgãos e setores que trabalham diretamente com pessoas. Abaixo descrevemos a mudança em que se encontra o ambiente de ARH: A figura acima demonstra que como o ambiente de ARH passa por constantes mudanças, é necessário reuniões entre gestores e pessoas capacitadas da organização para novas ideias para a organização possa se manter estável no mercado. 19 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA 1.11 O AMBIENTE DA ARH EM MUDANÇA Antes de tudo é importante deixar claro: - Atualmente: o papel de RH nas organizações trata-se de entender como as empresas estão mudando e as tendências que estão fazendo com que essas mudanças ocorram. Vamos citar alguns exemplos: Pressão para competitividade, empresas através de downsizing, universidades desejando mais alunos e produtividade acadêmica. Globalização A globalização da concorrência junto com a desregulamentação: são tendências que afetam as organizações exigindo mudanças na força de trabalho. - Globalização: trata-se da tendência que as organizações tem em expandir suas vendas ou produção para novos mercados externos. - A produção se torna globalizada a medida que as empresas ao redor do mundo estabelecem suas instalações industrias onde será mais vantajoso para elas. 1.12 IMPORTÂNCIA DA GLOBALIZAÇÃO PARA ARH: Significa aumento da competição, sendo que organizações que antes competiam apenas com outras locais, descobriram agora que devem enfrentar o ataque de concorrentes estrangeiros. - Desde estabelecimento da força de trabalho global até a reformulação de seleção, treinamento e políticas de compensação para colaboradores estrangeiros, gerenciar a globalização será o maior desafio de RH nos próximos anos. - Tendências na natureza de trabalho: trabalhos executados por pessoas também estão mudando, através por exemplo de mudanças tecnológicos, que podem gerar mais lucros; mudanças relacionadas a serviços e conhecimento, junto com o capital humano. - A questão: “Cérebro”: nunca foi tão importante para as empresas; Todas as empresas dependem cada vez mais do conhecimento – patentes, processos, habilidades de administrador, tecnologias, informações sobre clientese fornecedores juntos com experiências = capital intelectual. 20 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA 1.13 DESAFIO DE ENCORAJAR O CAPITAL HUMANO OU INTELECTUAL PARA ARH trata-se do fato em que os trabalhadores devem ser gerenciados de maneira diferentes dos trabalhadores das gerações anteriores, pois o “centro da gravidade” do emprego está se deslocando rapidamente; dos trabalhadores manuais e burocráticos para os trabalhadores do conhecimento, que resistem ao modelo de comando e controle que as empresas copiaram de organizações militares anos atrás. DRUCKER: colaboradores não podem simplesmente receber ordens e ser monitorados de perto, novos sistemas e habilidades de gestores devem selecionar treinar esses colaboradores para que obtenham autodisciplina e comprometimento. 21 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA UNIDADE II – O PAPEL DO ARH EM MUDANÇA 2.1 EVOLUÇÃO Desde o início do século XX: os primeiros departamentos de RH controlavam admissões e demissões feitas pelos supervisores, dirigiam o departamento de pagamentos e administravam benefícios. Hoje a área de pessoal está rapidamente entrando em uma fase onde passa ser: planejadora e agente de mudanças, refletindo o fato de que nas organizações atuais competitivas, são os colaboradores altamente treinados e comprometidos, e não máquinas, que geralmente consistem a grande chave para a competitividade da organização. 2.2 IMPORTÂNCIA A grande importância se dá para a contratação de pessoas certa, no quesito: Treinamento, motivação efetiva. Vamos citar alguns exemplos: Contratação altamente seletiva, equipe de trabalho com tomada de decisões descentralizadas, salários altos e diminuição da diferença de status. Dessa maneira, as pessoas que estão em uma empresa são vistas como uma fonte de vantagem competitiva, o que muitas vezes podem ser vistas como um grande diferencial. 2.3 ADMINISTRAÇÃO DE RH EFETIVA Podemos afirmar que uma Administração de RH efetiva traz mais retornos as empresas, tendo em mente sempre que esse é um dos principais papéis das empresas que hoje estão no mercado. 22 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA 2.4 A QUESTÃO DE RH E A TECNOLOGIA Hoje vivemos em um ambiente tecnológico, onde a tecnologia junto com o capital humano traz inúmeros benefícios as organizações, pois é necessário que as empresas acompanhem a tendência e rapidez em que o mercado está atualmente, como por exemplo a questão de dinamização de tarefas ou a automatização de tarefas, da maneira que se economize tempo para a realização de atividades a serem executadas na empresa. A figura demonstra que a importância tecnológica já se faz presente nas organizações, estando ao alcance de colaboradores, gestores e administradores. 2.5 O RH E A CAPACIDADE DE RESPOSTA O conjunto definido como: Downsizing, empowerment e organizações em equipe tendem a facilitar as decisões a serem tomadas, necessidades e desafios. Sugestão!! Você pode fazer uma pesquisa em nossa biblioteca e definir os termos Downsizing e empowerment. 23 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA 2.6 O RH E A QUESTÃO DE SERVIÇOS Organizações que estão no mercado tem pouco a vender além do próprio serviço, tanto que é através de seu serviço muitas vezes que vamos até a determinadas empresas ou organizações, tornando-se dessa maneira dependentes das atitudes e da motivação de seus colaboradores. Cuidado! Sua empresa pode perder clientes se ficar visível a falta de motivação da equipe. A concorrência existente hoje em praticamente todos os segmentos de mercado, remete a necessidade de ter grande capacidade de resposta, para que assim, incentive o colaborador presente ali nessa empresa da maneira que possa alinhar ele como se o dono fosse. E está correto, não é? Se você fosse o dono da empresa com certeza desejaria que todos os colaboradores estivessem motivados e executando da melhor forma sua tarefa. 2.7 O RH E ESTRATÉGIA EMPRESARIAL A estratégia depende cada vez mais do fortalecimento da competitividade organizacional e da formação de equipes de trabalhos comprometidas, ou seja, novamente estamos falando que o RH possui um papel central. Em um ambiente de mudanças rápidas, globalmente competitivos e orientado para qualidade, em geral são os colaboradores e seus recursos humanos, que oferecem a chave para a competitividade. Já que estamos falando de estratégia, vamos nos aprofundar mais para que após essa leitura, fique mais claro a você o papel do ARH tanto para formular, tanto para executar uma estratégia que seja necessária: 24 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA 2.8 O PAPEL DA ARH NA FORMULAÇÃO E EXECUÇÃO DE ESTRATÉGIA Vamos dividir em 3 níveis de tomada de decisão: 1- Identifica o portfólio de negócios que compõem a organização e o modo como esses negócios e pessoas se relacionam. 2- Cada negócio é orientado por uma estratégia competitiva de nível de negócios, identificando como construir e fortalecer uma posição competitiva para o negócio no mercado a longo prazo. 3- Composto por departamentos, produção, vendas e ARH. Estratégias funcionais identificam os cursos de ação básicos que cada departamento terá de perseguir para ajudar o negócio a atingir suas metas. O termo Planejamento estratégico é reservado para nível empresarial, a gestores/ gerentes qualificados, ou seja: resume o tipo de negócio que a organização será, abrangendo: - Oportunidades - Ameaças externas - Forças - Fraquezas Para ficar mais claro: Oportunidades = Análise de mercado; Ameaça externas = Equipes / concorrência / outros mercados / novos produtos / inovação; Força = Novos produtos / novas equipes qualificadas / atendimento / qualidades; Fraqueza = Equipes não treinadas / motivação/ qualidade 25 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA Com essa figura acima, fica claro que as organizações estão em constante competição no mercado, da maneira que precisam estar antenadas para estar sempre a frente da concorrência. 2.9 CONSTRUÇÃO DE VANTAGEM COMPETITIVA PARA GESTÃO DE PESSOAS Trata-se de quaisquer fatores que permitem a empresa diferenciar seus produtos ou serviços de seus concorrentes; Finalidade: A empresa almeja maior participação no mercado. EX: liderança de custos, ou até mesmo diferenciação da maneira que a empresa busca ser única em seu setor com características que são bastante valorizadas pelos seus compradores. 2.10 ARH COMO VANTAGEM COMPETITIVA Carros de baixo custo e alta qualidade, por exemplo, não são resultados apenas de máquinas automatizadas sofisticadas, devemos saber que são frutos de colaboradores altamente comprometidos com todo o trabalho e autodisciplina. Falaremos agora da Escola de Relações Humanas. 2.11 ESCOLA DE RELAÇÕES HUMANAS Teoria de Relações Humanas: Teve seu início nos Estados Unidos, como consequência imediata das conclusões da Experiência de Hawthorne, conforme você irá ver logo abaixo. 26 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA Oposição a Teoria clássica: Essa, que foi uma teoria que nunca foi bem aceita em países democráticos; da maneira que trabalhadores e sindicatos passaram a considerar exploração de pessoas a favor dos interesses patronais. Dessa maneira, foi considerado que a Administração não estava adequada, ou seja, você acredita que: ADM se baseava em princípios inadequados. Assim, a Teoria de Relações Humanas, surgiu com a necessidade da humanização do trabalho de métodos rigorosos que os trabalhadores se submetiam. 2.12 ORIGEM DA T.R.H • Humanizar e democratizar à ADM: eliminar conceitos rígidos e mecanicista,para adequar novos padrões de vida; novo movimento voltado a conceitos administrativos. • Ciências Humanas: Psicologia e Sociologia: influências intelectuais e aplicação à organização industrial; demonstram inadequação da Teoria utilizada. • Ideias da Filosofia (John Dewey) e da Psicologia (Kurt Lewin): capitais para o humanismo nas empresas. • Conclusões da experiência de Hawthorne: demonstrando erros X robotizações dos empregados juntos a Teoria Clássica. 2.13 EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE: • Foi em 1927 através do Conselho Nacional de Pesquisa • Fábrica estava localizada no bairro de Hawthorne • Pesquisar a correlação entre iluminação e eficiência dos operários, medida por meio de produção. • Elton Mayer estendeu-se a fadiga, acidentes de trabalho, rotatividade de pessoal e ao efeito das condições de trabalho sobre a produtividade do pessoal. 27 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA • Verificação dos resultados eram prejudiciais à natureza Psicológica. • A pesquisa foi divida em 2 fases: • 1ª fase: efeito da iluminação sobre rendimento dos operários; • 2 grupos com mesmo trabalho; 1º: sobre intensidade de luz variável; 2º trabalhava com intensidade de luz constante. • Fatores descobertos: fator psicológico → operários reagiam à experiências de acordo com suas suposições pessoais → se julgavam na obrigação de produzir mais quando a intensidade de iluminação aumentava, e ao contrário quando diminuía. • Resultou também que o fator psicológico era preponderante ao fisiológico. • 2ª fase: 6 pessoas para um grupo de observação: • 5 na produção e 1 fornecia peças. • Trabalho em equipe: moças gostavam de trabalhar juntas (melhor controle, menos rígido) • Ambiente amistoso e sem pressão, menos ansiedade. • Não havia temor ao supervisor, pois esse era o orientador. • Amizade entre si = equipe integrada. • Grupo unido desenvolve objetivos em comum, como o aumento de produção. 2.14 CONCLUSÕES DA EXPERIÊNCIA • Nível de produção é resultante da integração racial: nível de produção pode não ser determinado por capacidades fisiológicas, mas sim por normas e expectativas grupais; capacidades sociais do trabalhador que determina sua competência e eficiência. ↑ interação social no grupo = ↑ disposição de produzir. • Comportamento Social dos empregados: trabalhadores não agem ou reagem isoladamente como indivíduos, mas como membro de grupos, quando não agem dessa forma são punidos. 28 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA • Recompensas e Sanções Sociais: trabalhadores preferiam produzir menos do que pôr em risco suas relações amistosas; pessoas passam a ser avaliadas pelo grupo e normas de comportamento. • Grupos informais: grupo com comportamento social de crença, valores, atitudes e expectativas diferenciadas. • Relações Humanas: humanas passou a estudar essa interação social; cada pessoa possui uma personalidade própria e diferenciada; compreensão da natureza das relações humanas permite melhores resultados aos subordinados. • Importância do conteúdo do cargo: especialização para cargos através da política da empresa, não por própria vontade. • Ênfase nos aspectos emocionais: Comportamento humano passo a merecer atenção especial. 2.15 CAPITAL INTELECTUAL DAS ORGANIZAÇÕES O capital humano é constituído das pessoas que fazem parte de uma organização. Capital humano significa talentos que precisam ser mantidos e desenvolvidos. Mais do que isso, capital humano significa capital intelectual. Um capital invisível composto de ativos intangíveis. A contabilidade tradicional, preocupada unicamente com ativos tangíveis e físicos, está às voltas com um fenômeno inesperado: o valor de mercado das organizações não depende mais apenas do seu valor patrimonial físico, mas principalmente do seu capital intelectual. Na Era da Informação o conhecimento está se transformando no recurso organizacional mais importante das empresas. Uma riqueza muito mais importante e crucial do que o dinheiro. Gradativamente, o capital financeiro – que predominou na Era Industrial - está cedendo lugar para o capital intelectual, como a base fundamental das operações empresariais. Em um mundo onde os tradicionais fatores de produção - natureza, capital e trabalho - já esgotaram e exauriram a sua contribuição para os negócios, as empresas estão investindo pesadamente no capital intelectual para aumentarem a sua vantagem competitiva. 29 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA O fato é que as empresas bem-sucedidas estão se transformando em organizações educadoras e em organizações do conhecimento, onde a aprendizagem organizacional é incrementada e desenvolvida através de processos inteligentes de gestão do conhecimento. Nessas empresas, a ARH está totalmente comprometida em incrementar o capital intelectual e aplicá-lo cada vez mais. O sucesso empresarial reside nesse filão. Assim, o capital intelectual está se tornando um conceito fundamental para as organizações que miram o futuro. Para Dessler (2011), capital intelectual é composto dos seguintes ativos intangíveis: a) Uma nova visão do homem, do trabalho e da empresa. b) Estrutura plana, horizontalizada, enxuta, de poucos níveis hierárquicos. c) Organização voltada para processos e não por funções especializadas e isoladas. d) Necessidade de atender ao usuário - interno e externo - e, se possível, encantá-lo. e) Sintonia com o ritmo e natureza das mudanças ambientais. f) Visão voltada para o futuro e para o destino da empresa e das pessoas. g) Necessidade de criar valor e de agregar valor as pessoas, a empresa e ao cliente. h) Criação de condições para uma administração participativa e baseada em equipes. i) Agilidade, flexibilidade, dinamismo e provação. j) Compromisso com a qualidade e com a excelência de serviços. k) Busca da inovação e da criatividade. Como você já sabe, o capital intelectual dos colaboradores é de extrema importância para o mercado, mas para que isso seja sempre um ponto positivo é necessário que a empresa tenha a pessoa certa na vaga certa. Dessa maneira, vamos falar um pouco da descrição de cargo que as pessoas ocupam? Pois através dessas políticas que fazem o R.H. mais eficiente também. 30 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA Veja essa figura acima e comente: agilidade e flexibilidade dos colaboradores pode fazer a diferença dentro de uma mesma organização, gerando assim mais lucros? 31 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA UNIDADE III – ANÁLISE DE CARGOS E SALÁRIOS Segundo CHIAVENATO (2000, p. 11) A análise de um cargo e sua descrição são formas de ajudar na contratação de empregados dentro do perfil desejado, atendendo às necessidades das atividades que o empregador deseja. Ou seja, devido à divisão do trabalho e à consequente especialização funcional, as necessidades básicas de recursos humanos para a organização – seja em qualidade ou até mesmo em quantidade, são estabelecidas através de um esquema de descrição e especificação de cargos. Dessa forma, as descrições de cargos relacionam as tarefas, os deveres as responsabilidades do cargo, enquanto as especificações de cargos se preocupam com os requisitos necessários ao ocupante. Assim, os cargos são preenchidos de acordo com essas descrições e especificações. Importante então que você saiba que o ocupante do cargo deve ter características pessoais compatíveis com as especificações do cargo, enquanto o papel a desempenhar, será o conteúdo do cargo registrado na descrição, pois devemos desempenhar da melhor forma a atividade proposta pelo cargo que estamos exercendo. De um modo geral, a descrição do cargo relata impessoalmente o conteúdo do cargo, já enquanto asespecificações do cargo fornecem a percepção da organização a respeito das qualificações humanas desejáveis para o trabalho, expressas em termos de educação, experiência, iniciativa etc. Devido á divisão do trabalho e consequentemente as especializações funcionais, as necessidades básicas de recursos humanos, pela organização – seja em quantidade seja em qualidade – são estabelecidas por meio de um esquema de descrição e especificações de cargos. As descrições de cargos relacionam as tarefas, os deveres e as responsabilidades do cargo, enquanto o papel a desempenhar será o conteúdo do cargo registrado na descrição. Geralmente, a descrição do cargo relata impessoalmente o conteúdo do cargo, enquanto as especificações do cargo fornecem a percepção da organização a respeito das qualificações humanas desejáveis para o trabalho, expressas em termos de educação, experiência, iniciativa etc."(CHIAVENATO, 2001, p. 66). 32 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA Quando os cargos são projetados e desenhados à revelia do órgão de ARH, na grande maioria das organizações, resta então, saber como foram projetados e desenhados pelos outros órgãos. Atenção! De outro modo, é preciso descrever e analisar os cargos para se conhecer seu conteúdo e especificações, para se poder administrar os recursos humanos neles aplicados. Assim, quando o desenho dos cargos já está feito há muito tempo, o problema é conhecê-lo em sua totalidade. A descrição e análise de cargos são o melhor caminho para isso. Observa-se com essa figura acima, que colaboradores ao adentrar em uma organização, possuem chance de crescimento através de analise de cargos de cada um, analisados individualmente. Dessler (2003), diz que as organizações são constituídas por cargos, esses que devem ser preenchidos. Dessa maneira, ressalta ainda que a análise de cargo trata-se de um procedimento pelo qual se determinam as obrigações desses cargos e as características das pessoas que são contratadas para exerce-la. Dessa forma, tem que ficar claro a você que ao adentrar em uma empresa, é importante saber as funções que você irá realizar em seu cargo, para assim, ver se possui o domínio ou terá que se aperfeiçoar um pouco mais para poder cumprir com suas obrigações. Mesmo assim, o normal é que um supervisor ou até mesmo um especialista de RH faça uma análise de cargo, da forma que possa a utilizar um questionário como Dessler (2003) demonstra: 33 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA QUESTIONÁRIO DE ANÁLISE DE CARGO NOME: _________________________________________________________________ TÍTULO DO CARGO: __________________________________________________ DEPARTAMENTO: ____________________________________________________ NÚMERO DO CARGO: ________________________________________________ NOME DO SUPERVISOR: _____________________________________________ TÍTULO DO CARGO DO SUPERVISOR: ______________________________ 1. RESUMO DE ATRIBUIÇÕES: Descreva resumidamente e com suas próprias palavras suas principais atribuições. ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ __ 2. QUALIFICAÇÕES ESPECIAIS: liste as licenças, permissões, certificações etc. requeridas para desempenhar as atribuições do seu cargo. ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ __ 3. EQUIPAMENTOS: Liste equipamentos, máquinas ou ferramentas (calculadora, veículos, máquinas de escrever, torno mecânico, etc.) que você normalmente opera como parte de atribuições do seu cargo. ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ __ 4. ATIVIDADES REGULARES: Em termos gerais, descreva as atividades que você desempenha regularmente. Por favor, liste as atividades em ordem decrescente de importância e indique o tempo gasto com elas por mês. ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ __ 5. CONTATOS: O seu cargo requer quaisquer contatos com outros departamentos, outras empresas ou agências? Em caso afirmativo, favor definir as atribuições que requerem esses contatos com frequência. ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ __ 6. SUPERVISÃO: Você tem a responsabilidade de supervisão? Sim ( ) Não ( ). 7. TOMADA DE DECISÃO: Favor explicar as decisões que você toma no desempenho das atribuições regulares do seu cargo. ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ __ a) Qual seria o resultado provável se você tomasse decisões ruins ou realizasse ações impróprias? ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ 8. RESPONSABLIDADE POR REGISTROS: Liste os relatórios ou arquivos que você precisa preparar ou manter. Coloque, em termos gerais, a quem cada relatório é destinado ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ _______ 34 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA Questionário de análise de cargos para o desenvolvimento de descrição de cargo. (Dessler 2003, pág. 65 – adaptado) 9. FREQUÊNCIA DE SUPERVISÃO: Com que frequência você precisa reunir-se com seu supervisor ou com outra pessoa para tomada de decisão ou para determinar o curso de ação a ser tomado? ( ) frequentemente ( ) ocasionalmente ( ) raramente ( ) nunca 10. CONDIÇÕES DE TRABALHO: Por favor, descreva as condições sob as quais você trabalha – internamente, externamente, ar condicionado na sala etc. Lembre-se de listar qualquer condição desagradável ou incomum de trabalho. _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 11. REQUISITOS DE CARGO: Por favor, indique os requisitos mínimos que você acredita serem necessários para o desempenho satisfatório do seu cargo. a) Educação: Escolaridade mínima:____________________________________ Anos de estudo:___________________________________________ Especialização:____________________________________________ b) Experiência: Tipo:_______________________________________________________ Anos:______________________________________________________ c) Treinamento especial: ______________________________________________________________ ____________________________________________________________ d) Habilidades especiais: ______________________________________________________________ ____________________________________________________________ 12. INFORMAÇÕES ADICIONAIS: Por favor, apresente informações adicionas que não estejam em qualquer outro item as quais você considera importante para a descrição do seu cargo. _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ Assinatura: _____________________________ Data:_______________ 13. equipamentos, máquinas ou ferramentas (calculadora, veículos, máquinas de escrever, torno mecânico, etc.) que você normalmente opera como parte de atribuições do seu cargo. _________________________________________________________________________________ _________________________________________________14. ATIVIDADES REGULARES: Em termos gerais, descreva as atividades que você desempenha regularmente. Por favor, liste as atividades em ordem decrescente de importância e indique o tempo gasto com elas por mês. _________________________________________________________________________________ _________________________________________________ 15. CONTATOS: O seu cargo requer quaisquer contatos com outros departamentos, outras empresas ou agências? Em caso afirmativo, favor definir as atribuições que requerem esses contatos com frequência. _________________________________________________________________________________ _________________________________________________ 16. SUPERVISÃO: Você tem a responsabilidade de supervisão? Sim ( ) Não ( ). 17. TOMADA DE DECISÃO: Favor explicar as decisões que você toma no desempenho das atribuições regulares do seu cargo. _________________________________________________________________________________ _________________________________________________ b) Qual seria o resultado provável se você tomasse decisões ruins ou realizasse ações impróprias? 35 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA Agora observe o questionário acima e preencha com base em seu trabalho. Você conseguiria? As informações da análise de cargo são a base para várias atividades que os funcionários exercem na empresa. Vale lembrar que essas atividades estão inter- relacionadas com a área de gestão de RH. Vamos citar um exemplo para ficar mais claro: informações sobre as obrigações do trabalho podem ser a base para a criação de programas de treinamento, e informações sobre as características humanas necessárias para o desempenho do trabalho são usadas para decidir que tipo de pessoa recrutar e contratar. Dessler (2003), ressalta ainda que a análise de cargo tem um papel central na administração de R.H, no Estado Unidos por exemplo, esse fato é reconhecido pelas Diretrizes para a Seleção de Funcionários das Agencias Federais, essas que estipulam que a analise de cargo é uma etapa crucial na validação das principais atividades de pessoal. 3.1 MÉTODOS DE COLETA DE INFORMAÇÕES PARA ANÁLISE DE CARGOS Para Chiavenato (2006), pode-se afirmar que o conceito de cargo está ligado à permanência e ao definitivo nas organizações. No mundo de hoje, onde tudo muda e as organizações precisam mudar para poderem sobreviver -, os cargos também precisam mudar continuamente. Daí a necessidade de flexibilizar o conceito de cargo e torná-lo dinâmico. Isso requer uma constante remodelagem dos cargos. Muito importante é o que afirma Chiavenato, (2001): "Desenhar um cargo significa: estabelecer um conjunto de tarefas que o ocupante deverá desempenhar (conteúdo do cargo); como esse conjunto de tarefas deverá ser desempenhado (métodos e processos de trabalho); a quem o ocupante do cargo deverá se reportar (responsabilidade); quem o ocupante do cargo deverá supervisionar ou dirigir (autoridade)". Ressalta ainda que: A partir da divisão do trabalho e fragmentação das tarefas definem os cargos. Estabelecer uma separação rígida entre o pensar (gerencia) e o executar (operário). O gerente manda e o operário obedece e executa as tarefas simples e repetitivas. A eficiência era a preocupação máxima. (CHIAVENATO,1999 p. 163) 36 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA Podemos dizer que embora pareça totalmente relacionada em suas finalidades e no processamento de obtenção de dados, a Descrição de Cargos e Análise de cargos são distintas entre si. Para ficar mais claro: Enquanto a Descrição se preocupa com conteúdo do cargo em que ocupante faz, quanto faz, como faz e porque faz; a análise pretende estudar e determinar todos os requisitos qualificativos, as responsabilidades envolvidas e as condições exigidas pelo cargo, para seu desempenho adequado é por meio desta análise que os cargos estão posteriormente avaliados e devidamente classificados para efeito de comparação" (CHIAVENATO,2001, p. 68) Dessa maneira, a Descrição de Cargos é uma simples lista das tarefas ou atribuições que um ocupante desempenha, a Análise de Cargos é uma verificação comparativa de quais as exigências que essas tarefas exigem ao seu ocupante. Mesmo assim com funções que parecem estar distintas, ou seja, quais são os requisitos intelectuais e físicos que o ocupante deveria ter para desempenhar adequadamente o cargo, quais as responsabilidades que o cargo exige ao ocupante e em que condições o cargo deve ser desempenhado pelo ocupante. Como já vimos no inicio dessa apostila, a descrição e análise de cargo é função de staff, e de inteira responsabilidade do setor de linha de uma organização, o staff dar apoio ao de linha para executar a descrição de cargos de cada indivíduo da organização. 3.2 MÉTODOS DE COLETA DE DADOS SOBRE CARGOS O processo de coleta de dados é a maneira pela qual iremos utilizar para adquirirmos dados suficientes para análise dos cargos. Normalmente é utilizados das seguintes maneiras: Observação; Questionário e Entrevista, segundo Dessler (2003). O método de observação é utilizado em atividades mais simples e repetitivas, onde se possa escrever todo o processo de trabalho detalhadamente, normalmente os setores operacionais facilitam este método de observar a pessoa trabalhando, ou seja, quando a observação direta é útil em especial quando o trabalho consiste na atividade física observável. 37 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA Este método possibilita o entendimento melhor do objetivo final de cada tarefa de sua importância e ligações com outras tarefas. Possibilita também que observamos as reais responsabilidades e condições ambientais exigidas pelo cargo. Este método faz com que o observador execute sua função de coleta de dados sem que o trabalhador pare suas atividades. Ao mesmo tempo precisa-se de tempo, pois é um processo demorado e cansativo para o analista. É um método restrito por demandar atividades simples e repetitivas. O método de questionário é o mais usual, usado em todos os setores de uma organização, os questionários são elaborados anteriormente padronizados dentro de cada grupo de ocupacional, pois cada cargo grupo demanda uma peculiaridade. Os questionários devem ser simplificados para que à medida que o empregado estiver preenchendo-o ele consiga entende-lo perfeitamente para que não ocorram informações erradas. Antes de aplicar um questionário é preciso um esclarecimento da sua aplicação para que não haja entendimentos adversos sobre o assunto. Este método não demanda custos altos e adquirimos informações sobre o cargo com menor tempo. Este método sendo o mais usual não é aconselhável utilizarmos somente dele para uma boa descrição, pois a sua má compreensão pode fazer com que o indivíduo preencha-o errado e incompleto. "Na prática, o questionário segue o mesmo roteiro da entrevista, com a diferença de que é preenchido pelo ocupante do cargo, ou pelo seu superior ou por ambos em conjunto. Alguns questionários são bem estruturados para facilitar o seu preenchimento e utilização. A principal vantagem do questionário é de coletar informação de um grande número de funcionários. Seu custo operacional é menor do que a entrevista. Em contrapartida, o seu planejamento e montagem requerem tempo e testes preliminares". (CHIAVENATO,1999, p.179) 38 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA A figura acima mostra um check-list de um método de entrevista com perguntas estruturadas. O método de entrevista é indiscutivelmente o melhor método para se realizar uma análise de cargo perfeita, sem erros e dúvidas, pois as perguntas já poderão ser pré-elaboradas e o analista pode conduzir da melhor forma que desejar para sua melhor coleta de dados. Lembrando que o seu roteiro deve ser muito bem elaborado. No início da entrevista é necessário que o ocupante do cargo pensedetalhadamente em suas atividades, no que ela exige dele (responsabilidades). É importante que o empregado se sinta à vontade para responder as perguntas, o ambiente deve está favorável para que isso ocorra. Deve ser esclarecido na entrevista que aqueles dados são simplesmente para a descrição e análise do cargo que ele ocupa e não de sua experiência. Esta abordagem facilita o esclarecimento de dúvidas com o ocupante do cargo no ato da entrevista. Os dados são mais corretos e podemos confiar neles, aplicamos a qualquer cargo. Dessler (2003) ainda traz métodos como, diário ou registro do participante, onde se pede para que os funcionários mantenham diário ou lista do que fazem ao longo do dia, além de ouros métodos de análise de cargo utilizado em Serviços Públicos por exemplo nos Estados Unidos. 39 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA UNIDADE IV – LIDERANÇA E PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES 4.1 GRUPOS X ORGANIZAÇÕES Antes de adentrar em motivação e liderança que trataremos nessa unidade, vamos deixar claro algumas definições: Segundo Moscovici (2011): Conforme vivemos em nosso dia-a-dia, grupo são: Conjunto de pessoas que: • São interdependentes; • Realização de objetivos em comum; • Visam relacionamentos interpessoais satisfatório; • Interação = ajuda X dificuldades. Para que se trabalhe bem é necessários termos claro que estamos em uma organização diariamente tendo que lidar com algumas questões: Figura para demonstrar a importância da união em um grupo dentro de uma organização. 4.1.1 Eu X outros: • Como trabalhar bem com os outros? Não basta termos somente competências técnicas, devemos possuir também competências interpessoais; 40 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA • Visões errôneas X diferenciadas? É normal que aconteça, pois cada um possui sua personalidade, por isso devemos respeitar opiniões e culturas que as pessoas possuam na mesma organização. • Problemas X interferências? Também irão acontecer, mas devemos ser conscientes e resolvermos da forma mais humana da maneira que chegue um acordo entre ambas as partes envolvidas. Atenção, não se assuste, pois a convivência humana é desafiadora. Moscovici (2011), deixa claro que: Contato inicial em novas organizações/ grupos: • Primeira impressão: impacto que cada um causa no outro. • Primeira impressão pode estar condicionada a um conjunto de fatores psicológicos: Experiências X expectativas na situação de encontro. • As primeiras impressões errôneas em novos grupos X preconceitos. Relações Interpessoais para Gestão com Pessoas: Desenvolvem-se em decorrência do processo de interação em situações organizacionais compartilhadas. Sentimento e interações: influenciarão nas atividades, da forma que: Sentimentos de antipatia e rejeição diminuem as interações, dessa maneira gerando menor comunicação, automaticamente resultando em queda de produtividade. 4.2. FEEDBACK NAS ORGANIZAÇÕES É importante para área de comportamento humano e nas relações interpessoais: trata-se que todo comportamento requer um feedback, sendo que esse pode ser necessário para alcançar um objetivo, sendo que esses podem orientar o comportamento tanto de gestores, líderes e colaboradores. Moscovici (2011), afirma que é o mecanismo-chave explicativo para comunicação e controle do capital humano, sendo que o: Não Feedback: ocorre quando não existem sinais do objetivo que modifiquem a atividade do objeto no curso do comportamento. 41 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA Feedback no processo do desenvolvimento de competências: trata-se de um processo de ajuda para mudanças de comportamento; é a comunicação a um colaborador ou até mesmo para uma equipe, o qual fornece informações sobre como sua atuação está afetando demais colaboradores. Feedback eficaz: ajuda o colaborador/ equipe para a melhoria de seu desempenho, possibilitando assim atingir seus objetivos. Fracassos em equipes: comunicação interpessoal tem indicado, que Feedback embora compreendidos e aceitos intelectualmente, não são fáceis de serem seguidos, tanto no processo de dar quanto receber Feedback. Dificuldades em receber Feedback nas organizações: - Difícil aceitar/ admitir nossas ineficiências - Confiança em outra pessoa: pode afetar nosso - Status ou imagem perante o grupo - Percebermos que estamos retribuindo para manter o problemas - Resolução de problemas pode significar descobrir e reconhecer facetas de personalidades que estamos evitando. Dificuldades em DAR Feedback nas organizações: - Demonstração de superioridade de inteligência/ habilidades. - Temer as relações: Feedback pode ser mal interpretado. - Receptor pode se tonar defensivo; resistente - Pessoa pode não estar preparada psicologicamente, ou não sente a necessidade dele. - Feedback não desejados podem ser fracassados = gerar bloqueios nas relações. Figura explica colaboradores expressando opiniões diferenciadas. 42 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA Os colaboradores necessitam de Feedbacks para sabermos se o que estamos fazendo está correto ou não, não podemos fazer isso sozinhos. Mudanças e exigências de mercado/ influência da G.P. perante o colaborador: Organizações e colaboradores buscam conquistar mercados, esses que são: • exigentes, • competitivos e; • influenciável, Dessa maneira é necessário criar estratégias para driblar os concorrentes que procuram se capacitar para participar ativamente. O desafio da G.P é a peça chave para que o sucesso da organização se concretize e atinja seus objetivos, da maneira que: → É um adequado gerenciamento que vai preparar a organização para competir no mercado. → Organizações preocupadas com seus desenvolvimentos e de cursos de capacitação. → A motivação faz toda a diferença, colaborador satisfeito dedica-se e contribui efetivamente em benefício próprio e da organização. → Desafios para G.P. Através de mudanças exigidas pelo mercado, não há como prever o futuro dessa área. Tentar acompanhar mudanças: Gestão de Pessoas será a primeira área a mudar e a última a acabar dentro de uma organização. →Desafios de natureza ambiental: São forças externas às organizações; Essas influenciam de forma significativa o desempenho e estão fora do seu controle. → Para prevenir essa influência negativa à organização, o gestor de pessoas precisa estar atento aos acontecimentos, observando e analisando o ambiente externo e procurando afastar todas as ameaças que rodeiam a organização. → Os principais desafios ambientais estão diretamente relacionados: à revolução da informação e da comunicação, à participação do estado, a 43 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA ampliação do setor de serviços, à alteração da jornada de trabalho, à ampliação do nível de exigência do mercado e a responsabilidade social. → Desafios Organizacionais: - Decorrem de problemas internos das organizações - Podem ser considerados “subprodutos” das forças ambientais = empresas não operam no vácuo. 4.3 LIDERANÇA De maneira figurada, a imagem acima demonstra um destaque na equipe, esse pode ser chamado de líder. Nas palavras de (Chiavenato, 2003, p. 122) “a liderança é necessária em todos os tipos de organização humana, seja nas empresas, seja em cada um de seus departamentos”. Contudo a liderança é essencial em todas as funções da administração. Gerir pessoas hoje é uma das mais importantes funções da administração moderna no contexto global. “Administração de Recursos Humanos é o conjunto de políticas e práticas necessárias para conduzir os aspectos da posição gerencial relacionadas com as pessoas”. (CHIAVENATO, 2004, p. 9). O gestor de pessoas, para ser efetivo em suas atividades, deve ter uma visão global do negocio, ter conhecimento sobre o ser humano,ter capacidade de antecipar-se ás mudanças, estar envolvido com o planejamento estratégico da organização e ter capacidade de liderar pessoas e equipes de trabalho. Existem diversos conceitos de liderança, uma vez que liderar é algo muito complexo, sendo de grande importância em todos os tipos de organização. O líder possui a capacidade de influenciar e ajudar a atingir as metas, tem que está aberto a mudanças e arrancar o melhor de cada um de sua equipe. Dentre os traços que diferenciam os líderes dos não-líderes são a ambição, desejo de liderar, honestidade, autoconfiança, inteligência e conhecimento. Segundo Chiavenato (2000, p.315) A liderança é a capacidade de influenciar as pessoas a fazerem aquilo que devem fazer. 44 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA O líder exerce influência sobre as pessoas, conduzindo suas percepções de objetivos em direção a seus objetivos. Atualmente os profissionais de recursos humanos têm-se deparado com constantes e importantes mudanças ocorridas não só com as organizações, mas, principalmente com as pessoas cada vez mais os gestores buscam novos métodos e processos que conduzam os colaboradores a um caminho de satisfação no desenvolvimento de suas atividades. Para tanto, o líder precisa promover mecanismos que sustentam o relacionamento e o desenvolvimento da equipe de trabalho. Para Chiavenato (2000) não se deve confundir liderança com direção. Pessoas que fazem parte de uma direção de empresa, podem não exercer o papel de líder. Um bom dirigente deve ser um bom líder e nem sempre um bom líder é um bom dirigente. Conforme já foram abordados por vários autores os lideres devem estar presentes em todos os níveis e tipos de organizações. Um líder exerce um papel fundamental no desenvolvimento das equipes de trabalho. Lembrando, no entanto, que outros elementos devem estar presentes em uma equipe para que apresente um desempenho de excelência. 4.3.1 DEFINIÇÃO DE LIDERANÇA A maneira como o líder se comporta influencia as atitudes e o desempenho da equipe de trabalho. O estilo de liderança é que mostra o desempenho dos lideres e liderados no alcance das metas na organização. Existem três tipos de liderança: autocrática, liberal e democrática. O líder que desempenha o estilo de liderança autocrático é duro e impositivo, o comportamento dos grupos mostrou forte tensão, frustração, e, sobretudo, agressividade de um lado; de outro, nenhuma espontaneidade, nem iniciativa, nem formação de grupos de amizades (Chiavenato, 2000, p. 316). Na liderança autocrática os liderados mesmo gostando do seu trabalho não demonstravam satisfação e era só o líder dar as costas que paravam suas atividades sendo agressivos e indisciplinares, ou seja, o trabalho apenas se desenvolvia com a presença física do líder, com este tipo de líder a organização tem muitas dificuldades para alcançar seus objetivos. Segundo Chiavenato (2000, p.316) a liderança liberal o líder deixa todos á vontade. Embora a atividade dos grupos fosse intensa, a produção foi medíocre. As 45 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA tarefas se desenvolviam ao acaso, com muitas oscilações. Neste estilo de liderança nota-se um pouco de falta de respeito em relação ao líder onde os liderados gastam muito tempo com assuntos pessoais que não estão relacionados ao trabalho, o pessoal tem total liberdade nas decisões e pouca participação do líder. A liderança democrática apresenta boa relação do líder com os liderados, às atividades foram bem desenvolvidas até mesmo quando o líder não estava, promove a participação e confiança da equipe, e mantém uma boa comunicação do líder com os liderados. Conforme Chiavenato (2003) os líderes utilizam os três tipos de liderança de acordo com o momento, pessoas e tarefas a serem executados, tanto eles mandam os subordinados a cumprir as obrigações, como também consultam os liderados nas tomadas de decisões. É essencial para a pessoal que está no cargo de liderança saber lidar e aplicar o estilo de liderança em cada tipo de situação tem momentos que o líder tem que ser mais rigoroso, outro mais maleável. Conforme Chiavenato (2000, p. 316) a liderança democrática o líder e atuante, consultivo e orientador. Houve formação de grupos de amizade e de relacionamentos cordiais. Mostra que neste estilo de liderança o líder conduz e orienta o grupo e incentiva a participação democrática das pessoas. Existem diversos conceitos de liderança e praticamente todos citam alguns elementos chave como “trabalho em grupo”, “influenciar pessoas” e “atingir resultados”. Para Chiavenato (1999), a liderança é uma forma de influência. A influência é uma transação interpessoal em que uma pessoa age para modificar ou provocar o comportamento de outra pessoa, de maneira intencional. Ressalta ainda que dá um parâmetro bem abrangente na definição de liderança: - Disposição de assumir riscos. - Desejo apaixonado de fazer diferença. - Se sentir incomodado com a realidade. - Assumir responsabilidades enquanto outros inventam justificativas. - Enxergar as possibilidades de uma situação enquanto outros só conseguem ver as dificuldades. - Disposição de se destacar no meio da multidão. 46 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA É importante deixar claro que as organizações têm evoluído, sobretudo em termos estruturais e tecnológicos. As mudanças e o conhecimento são os novos paradigmas e têm vindo a exigir uma nova postura nos estilos pessoais e organizacionais, voltados para uma realidade diferenciada e emergente. Neste contexto, a Liderança passa a ser a chave para o sucesso organizacional, decorrendo de uma nova cultura e estrutura, na qual se privilegia o capital intelectual, pois são as pessoas que proporcionam as condições essenciais ao desenvolvimento das organizações. Ao longo dos tempos, a liderança tem sido alvo de interesse por parte das organizações e dos gestores, estes começaram a perceber a importância que a mesma tem para o sucesso e o alcance dos objetivos traçados. Os líderes devem procurar incrementar, um melhor relacionamento entre as pessoas, incentivando o trabalho em equipa, motivando os colaboradores e proporcionando um ambiente de trabalho saudável, seguro e propício ao progresso e desenvolvimento das suas capacidades e talentos. A Liderança é um tema de importância estratégica para as organizações, como tal, deve ser integrada na definição da estratégia organizacional. As organizações precisam das pessoas para atingirem os seus objetivos e alcançar a sua visão e missão de futuro, assim como as pessoas necessitam das organizações para atingirem as suas metas e realizações pessoais. As pessoas têm sido uma preocupação constante da gestão das organizações, uma vez que uma boa gestão das mesmas se traduz no diferencial que alavanca os bons resultados. Para trabalhar o capital humano de modo a maximizar o seu desempenho, é necessário que os indivíduos se sintam motivados e satisfeitos com o seu líder e com a forma como que a Liderança vem sendo exercida. Os líderes têm a missão de atingir os resultados pretendidos pela organização através das pessoas que lideram. Assim sendo, para que a gestão de pessoas seja eficaz, os líderes têm de ser os modelos sociais, dando o exemplo, estando sempre na linha da frente, mostrando como se faz, fazendo. A liderança é considerada como um processo dinâmico e que vem sofrendo alterações e adaptações aos vários níveis, daí a necessidade de trabalhar algumas das suas principais características que permitem obter o máximo de eficiência e eficácia. 47 GESTÃO COM PESSOAS E LIDERANÇA Sejam quais forem as características pessoais e de personalidade do líder, estas afetam as relações com os liderados e, consequentemente, o desempenho destes nas tarefas que executam nas organizações. Conforme visto
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