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Autoria: Anderson Alves Pinto
Tema 03
Oceanos e Mares
Oceanos e Mares
Autoria: Anderson Alves Pinto
Como citar esse documento:
PINTO, Anderson Alves. Estudo das Águas Continentais e Oceânicas: Oceanos e Mares. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2016.
Índice
Pág. 25
Pág. 27 Pág. 28
Pág. 26
Pág. 23Pág. 20
ACOMPANHENAWEB
Pág. 3
CONVITEÀLEITURA
Pág. 4
PORDENTRODOTEMA
Os oceanos e mares formam grandes massas de água líquida e salgada que recobrem mais de 70% da superfície 
terrestre. Em suas águas, o ser humano realiza a atividade da pesca e o transporte marítimo, o tipo mais barato e mais 
utilizado nas trocas internacionais de mercadorias. 
Além disso, é nas águas dos oceanos e mares que o homem encontra o sal, mineral muito importante para a alimentação, 
já que regula os níveis hídricos do corpo. Em sua estrutura geológica, o homem extrai recursos minerais, como os 
hidrocarbonetos, e realiza pesquisas. Sua dinâmica de correntes marinhas regula a temperatura no planeta.
Algumas dúvidas recorrentes recaem sobre os conceitos de mar e oceano. O que os diferencia? Onde termina um e se 
inicia o outro? Por que o transporte oceânico é chamado, comumente, de transporte marítimo?
A ideia de que o fundo oceânico fosse plano foi derrubada durante a Segunda Guerra Mundial com a utilização de 
sonares que descortinaram cadeias de montanhas numa geomorfologia muito acidentada.
Em função de sua importância e de suas riquezas, o controle das rotas marítimas e das áreas petrolíferas, como o Ártico, 
compreender a dinâmica da água no planeta Terra.
CONVITEÀLEITURA
Oceanos e Mares
Os oceanos e mares estão presentes na História da Civilização. Foi por meio das grandes navegações que o 
homem europeu conheceu e conquistou outros continentes e difundiu sua técnica e cultura pelo mundo.
É pelo mar que se faz a maior parte do transporte das mercadorias negociadas pelas nações e é nele que se extrai 
a maior parte dos recursos pesqueiros, sendo onde se encontram o sal e grande parcela dos recursos energéticos 
mundiais.
Ao estudar as grandes porções de água salgada do planeta, é recorrente a dúvida sobre a diferença entre os conceitos 
de mar e de oceano. Cabe esclarecer que o mar se encontra mais próximo do continente, apresenta menor profundidade, 
menor salinidade, menor extensão e diferente coloração em relação ao oceano, que é a grande massa de água que 
envolve os continentes. 
como é o caso transporte marítimo e das correntes marinhas.
A água dos oceanos constitui uma massa líquida única (Figura 3.1), entretanto, à medida que o homem foi explorando 
PORDENTRODOTEMA
Figura 3.1 Os Oceanos.
Fonte: Messer Woland e Petr Dlouhý. 
acrescentar que existem diferenças, levantadas por oceanógrafos, entre essas cinco grandes porções de água salgada, 
tais como a profundidade média, a salinidade, a temperatura e o volume das marés.
extensão e do volume de água de todos os oceanos, recobrindo rochas muito antigas, e sob as suas águas se estendem 
cordilheiras cujo cume se apresenta na forma de ilhas, como o arquipélago japonês e o arquipélago do Havaí. Nele se 
encontra a área mais profunda dos oceanos, a Fossa das Marianas, com pouco mais de 11 mil metros de profundidade 
em relação ao nível de suas águas.
da Terra. Sua formação remonta a 150 milhões de anos atrás a partir da separação entre a África e a América do Sul, 
o que se deu pela formação da Dorsal Mesoatlântica, uma cadeia de montanhas submarinas que corta o Oceano de 
PORDENTRODOTEMA
norte a sul, sendo a Islândia sua extremidade ao norte. Este Oceano recebe um grande volume de água doce, oriundo 
principalmente do Rio Mississipi, do Rio Amazonas, do Rio do Congo e do Rio da Prata.
de profundidade. Prova de seu tectonismo ativo, houve, em dezembro de 2004, um intenso maremoto em que ondas 
gigantescas conhecidas como tsunamis devastaram a costa do sudeste asiático e da África Oriental, causando a morte 
de centenas de milhares de pessoas.
banquisas (Figura 3.2). Ele se divide em diversos 
mares em meio a diversos arquipélagos.
Figura 3.2 Ursos polares sobre uma banquisa e um submarino nuclear.
Fonte: U.S. Navy, foto de Chief Yeoman Alphonso Braggs. 
PORDENTRODOTEMA
A concepção de Oceano Glacial Antártico é recente, sendo promovida por cientistas que consideram que a porção das 
próprias e comuns entre si, sendo distinta, portanto, dos três oceanos supracitados. Com base nisso, foi estabelecida a 
existência do Oceano Glacial Antártico.
Os mares são, em comparação com os oceanos, pequenas massas de águas salgadas em contato com os continentes 
e ligadas aos oceanos. O termo mar também é utilizado para designar alguns lagos de água salgada, como o Mar de 
Aral, o Mar Cáspio e o Mar Morto; estes são considerados mares isolados ou fechados.
Os mares abertos ou costeiros são aqueles que acompanham os litorais dos continentes, formando uma massa de água 
contínua com os oceanos, é o que ocorre na maior parte da vasta área costeira do Brasil e no Mar da Arábia. 
Há mares que são marcados por sua expressão mediterrânea, sendo ligados de forma restrita aos oceanos ou a outros 
Figura 3.3 Exemplos dos mares fechado, continental e aberto: 1. Mar Cáspio (Mar fechado ou isolado), também considerado um lago; 2. Mar 
Mediterrâneo (interior ou continental); 3. Mar aberto.
Fonte: Wikimedia Commons. 
PORDENTRODOTEMA
As Características das Águas Oceânicas
As águas dos oceanos e mares apresentam importantes parâmetros, como a salinidade, a temperatura e a 
densidade. O conhecimento dessas variáveis permite um entendimento mais apurado das características dessas águas.
A temperatura do mar varia com a profundidade, de forma que, quanto mais profundo é este, menor é a temperatura. Ela 
absorvida. 
A superfície oceânica é mais quente que o ar a ela adjacente, o que leva à perda de calor do mar para a atmosfera, no 
processo conhecido como condução. Além disso, ocorre a perda de calor para a atmosfera pelo processo de evaporação.
Essa evaporação vai ocorrer em função da conjugação de elementos meteorológicos como a umidade relativa do ar, a 
Cabe salientar que a água salina, diferentemente do que ocorre com a água doce, se congela a partir da temperatura de 
20 graus Celsius negativos. Portanto, embora seu congelamento ocorra, isso acontece em condições muito mais frias 
que aquelas observadas para o congelamento de lagos de água doce. Nesse sentido, vale lembrar que as geleiras que 
se encontram nas regiões polares são formadas a partir da neve que precipita, sendo, portanto, constituídas por água 
doce.
A explicação para o fato de a água do mar ser salgada encontra suas raízes na própria formação da Terra, tendo em vista 
que os vulcões expeliram – e prosseguem expelindo – gases como o dióxido de carbono e o ácido clorídrico, sendo este 
último a fonte de cloro para a água do mar. Com isso, desde os seus primórdios, a água nas bacias oceânicas sofreu um 
processo de salinização, que foi incrementado com a erosão dos continentes que forneceu elementos dissolvidos para 
a solução (GOMES, s.d., p. 3).
podendo ser representada em 35g/kg ou 3,5% ou, ainda, 35 partes por mil (35 ppm). Apenas seis elementos são 
responsáveis por 99% dos sais marinhos, entre os quais o sódio e o cloreto são os mais abundantes, respondendo, 
respectivamente, por cerca de 30,6% e 55% dos sais marinhos (CARVALHO JÚNIOR, 2014, p. 63).
Vários métodos para a medição da salinidade da água foram utilizados no passado, como a determinação a partir da 
evaporação de uma amostra da água do mar e a pesagem de seus resíduos. Atualmente, essa mensuração se dá 
PORDENTRODOTEMA
pelo método da condutividade elétrica. Mesmo com a mudança de métodos e o tempo decorrido desde as primeiras 
Quadro 3.1 A água quanto à salinidade.
quanto à salinidade Salinidade ocorrência
Hipersalina Maior que 40 Mar de Aral e Mar Morto
Salina
Entre 33 e 37 Superfície dos Oceanos
Entre 28 e 40 Áreas Costeiras
Salobra Menor que 25 Estuários (mistura de água docee salina)
Fonte: Elaborado pelo autor.
A água apresenta maior salinidade na zona equatorial, em relação às zonas próximas dos polos, já que estas contam 
com as geleiras para diminuir a sua salinidade. Da mesma forma, geralmente as águas oceânicas apresentam maior 
entretanto, a atuação de correntes marinhas pode levar a anomalias e alterar essa lógica.
Para melhor compreensão da dinâmica das águas oceânicas, convém analisar as suas semelhanças com a dinâmica 
atmosférica. Assim como o ar atmosférico se agrupa e se move em massas de ar, a água dos oceanos se movimenta 
em massas de água, sendo estas mais lentas e menos variáveis que as massas de ar. Além disso, cabe considerar que 
em função da densidade.
A densidade da água do mar ocorre em função da temperatura, da salinidade e da pressão. Ela é mensurada em gramas 
3 e 1.030 g/cm3. As águas menos densas 
tendem a se posicionar sobre as mais densas (CARVALHO JÚNIOR, 2014, p. 67).
PORDENTRODOTEMA
são mais densas que as águas quentes das médias latitudes. Com isso, as águas frias polares mergulham sob as águas 
Os efeitos da radiação solar, da evaporação, da precipitação, da descarga de água dos rios e da formação de gelo são 
sentidos na superfície, mas se tornam praticamente nulos a partir de 200 metros de profundidade. 
tal realidade, foi determinado que a Água Intermediária Antártica possui idade inferior a 350 anos, que a Água de Fundo 
Antártica possui idade de 900 anos e que a Água de Fundo do Atlântico Norte tem a idade de 700 anos. Essa idade 
Essas datações permitem compreender como é lento o movimento das massas de água das camadas mais profundas 
dos oceanos. Elas também fornecem condições para que os oceanógrafos determinem a origem dessas águas e possam 
prever os seus movimentos frente a massas de água vizinhas.
As Correntes Marinhas
oceânica. Entre as mais conhecidas relações estão os ventos que, com a criação de ondas, impulsionam as principais 
correntes marinhas (PETERSEN; SACK; GABLER, 2014, p. 93).
em padrões circulatórios ou giros que, em razão do efeito coriolis
Sul e sentido horário no Hemisfério Norte, como se vê na Figura 3.4.
PORDENTRODOTEMA
Figura 3.4 As correntes marinhas.
Fonte: Petersen, Sack e Gabler (2014, p. 94).
regulação térmica de muitas regiões. As correntes marinhas apresentam velocidades variadas e podem ser quentes ou 
Assim, as correntes quentes levam calor da área equatorial para áreas de latitude média ou alta, abrandando os rigores do 
frio. Da mesma forma, as correntes frias levam suas características das altas latitudes para áreas tropicais, amenizando 
o calor intenso existente. 
na formação de ventos e nas características das massas de ar.
PORDENTRODOTEMA
Nesse sentido, algumas correntes se notabilizam pelos efeitos que produzem. Uma delas é a corrente do Golfo, que 
parte das águas tropicais e quentes do Golfo do México em direção ao leste, derivando a corrente do Atlântico Norte 
que leva calor à Europa, possibilitando o aquecimento do Mar do Norte, o que permite que os portos noruegueses sejam 
utilizados no inverno.
A corrente de Humboldt ou do Peru, de natureza fria, é importante para a pesca, já que carrega grande quantidade de 
plânctons, o que atrai peixes e faz do Peru e do Chile grandes produtores de pescados. O mesmo ocorre com o Japão 
que conta com as correntes de Oyashyo (fria) ao norte e Kuroshyo (quente) ao sul. Cabe ressaltar que os grandes 
pela presença de correntes frias em sua área marítima.
A dinâmica das correntes frias do Hemisfério Sul, que correm na direção Norte, é responsável pela formação de desertos 
nas costas ocidentais da América do Sul, da África e da Oceania. Dessa forma, os movimentos das correntes do Peru, 
de Benguela e a Circumpolar Antártica são responsáveis pelo surgimento, respectivamente, dos desertos do Atacama, 
do Kalahari e do Grande Deserto de Vitória. Isso se explica pelo fato de que as massas de ar oceânicas, carregadas de 
pela qual a umidade não chega ao continente, levando à formação de desertos muito secos.
As Ondas e as Marés
As ondas surgem em função dos movimentos provocados pelo vento, que ao soprar sobre a superfície das águas 
ocorrem o seu dobramento e a sua quebra. Áreas de mar aberto apresentam ondas maiores que áreas de mar continental 
e áreas de mar fechado. 
As ondas viajam e repetem formas que consistem em movimentos de altos e baixos alternados, chamados de crista da 
se vê na Figura 3.5, o comprimento da onda consiste da distância horizontal entre as sucessivas cristas de ondas 
(PETERSEN; SACK; GABLER, 2014, p. 407).
PORDENTRODOTEMA
Figura 3.5 Forma de onda e terminologia de tamanhos.
Fonte: Petersen, Sack e Gabler (2014, p. 408).
As ondas são as grandes responsáveis pelas formas do relevo costeiro, já que elas realizam a erosão e transportam e 
depositam materiais, de forma contínua, na área costeira onde atuam.
Os tsunamis são ondas com grande comprimento e elevada concentração de energia, as quais em águas profundas 
podem se deslocar com um metro de altura, a cerca de 725 km/h, o que possibilita a sua passagem por baixo de um 
navio sem serem notadas. Entretanto, quando toda essa energia chega perto da zona costeira, a onda se eleva de forma 
substancial e pode causar sérias perdas materiais e de vidas.
Em 26 de dezembro de 2004 ocorreu uma série de tsunamis
por movimentos de de placa litosférica, gerando efeitos devastadores nos continentes alcançados pelo 
ocasionando grandes perdas materiais e a perda estimada de mais de 230 mil vidas humanas em 14 diferentes países.
PORDENTRODOTEMA
Figura 3.6 Cidade de Achém, Indonésia após o tsunami de dezembro de 2004.
Fonte: U.S. Navy, foto de Philip A. McDaniel. 
A envergadura daquela tragédia chamou a atenção da comunidade internacional sobre a necessidade da montagem de 
um sistema de alerta avançado de tsunamis
As marés consistem de duas ondas de comprimento muito longo, o que se dá pela interação entre a Terra, a Lua e o Sol. 
A atração da Lua é maior que a do Sol, isso ocorre porque, mesmo sendo muito menor que o Astro-rei, a Lua está mais 
formada por água (os oceanos) é mais facilmente deformável que os continentes, ocorre a sua atração pela Lua, o que 
gera a elevação da maré (maré alta). 
com maior elevação que a média das marés altas; e ii) marés baixas abaixo da média das marés baixas.
PORDENTRODOTEMA
Geomorfologia Marinha
planícies. Entretanto, aquele evento histórico levou ao desenvolvimento de sonares que possibilitaram descortinar uma 
realidade muito distante daquilo que se pensava até então.
O relevo marinho se divide em duas partes básicas que são as margens continentais e as bacias oceânicas. Essa 
divisão é marcada por uma zona de transição que está abaixo da água (Figura 3.7).
de sedimentos que permitiu, ao longo do tempo geológico, a formação de reservas de petróleo e gás natural. Também 
da atividade pesqueira, bem como da mineração de hidrocarbonetos. 
raios solares, dependendo das características locais da água, adentram até o limite de cerca de cem metros no oceano. 
completa escuridão.
Figura 3.7 Natureza geral da fronteira entre continentes e bacias oceânicas.
Fonte: Petersen, Sack e Gabler (2014, p. 421).
PORDENTRODOTEMA
PORDENTRODOTEMA
A inclinação ou talude continental apresenta uma declividade abrupta, seguindo quase que verticalmente em direção ao 
assoalho oceânico. Este apresenta um relevo irregular, como ocorre nos continentes. Embora existam planícies, elas 
representam a forma menos comum de relevo.
Figura 3.8 Esquema de uma dorsal oceânica.
Fonte: NASA/GSFC/Robert Simmon. 
As partes mais profundas das bacias oceânicas são as chamadas zonas abissais, onde podem ser encontradas as 
As dorsais oceânicas são grandes montanhas submarinas, formadas nos limites entre placas litosféricas divergentes, 
ocasionando a expansão do fundo oceânico. A Figura 3.8 representa um esquema geral de dorsal oceânica.
Figura 3.9) que corta o Oceano Atlântico de norte a sul, sendo a Islândia e o arquipélagodos Açores alguns de seus 
PORDENTRODOTEMA
Figura 3.9 Mapa com a localização da Dorsal Mesoatlântica.
Fonte: National Centers for Environmental Information (adaptada). 
A Dorsal do Atlântico é responsável pela expansão do assoalho do Oceano Atlântico em um ritmo estimado de dois a 
O homem possui forte relação com os oceanos e mares. Em suas águas salinas, ele retira alimento por meio da 
atividade pesqueira, extrai riquezas energéticas como o petróleo e o gás natural, realiza o transporte de mercadorias 
continentes.
Não é de hoje que o controle das rotas marítimas é importante, assim como o acesso às áreas mais piscosas do oceano 
e também a posse sobre as jazidas petrolíferas existentes nos mares. Por isso, o interesse das nações pelos mares e 
Além disso, é preciso considerar que no passado as atividades desenvolvidas no mar determinaram grande parte da 
evolução política dos últimos séculos. No presente, o mar continua a representar um cenário em que se encontram as 
aspirações, os interesses e as manifestações de poder de cada vez mais nações (CAMINHA, 1983, p. 1).
Por conta do interesse em torno dessas riquezas e visando disciplinar o uso dos oceanos e mares, a Organização das 
Nações Unidas (ONU) promoveu a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM). Na CNUDM são 
(ZEE).
A CNUDM foi aprovada em 1982 com 130 votos a favor, 17 abstenções e quatro votos contrários. Aceita pela maioria 
da convenção.
O mar territorial compreende a dimensão de 12 milhas marítimas a partir do litoral. Nele, o país é soberano no que 
diz respeito ao controle das águas, do espaço aéreo sobrejacente, do leito e do subsolo desta área. O país tem à sua 
disposição uma área contígua, até mais 12 milhas náuticas para aplicar suas leis e regulamentos referentes ao mar, 
A ZEE compreende uma área delimitada pela linha de base do litoral com outra a 200 milhas náuticas de mar afora. Nela, 
o país pode, com exclusividade, explorar, aproveitar, conservar e gerir os recursos naturais, vivos ou não nas águas 
sobrejacentes ao leito do mar, bem como de seu subsolo.
A plataforma continental corresponde a um prolongamento natural do território continental do país, tendo dimensão 
variável. Nela se depositam sedimentos que formam a bacia sedimentar, onde podem ser encontrados petróleo e gás 
natural.
Nesse sentido, o conceito de plataforma continental existente na CNUDM é diverso do conceito geomorfológico, ao 
colocar que ela possui – para os países em que a sua dimensão não alcance a linha de 200 milhas náuticas a partir da 
linha base litorânea – a mesma dimensão para a qual foi acordada a ZEE (SOUZA, 1999, p. 80).
PORDENTRODOTEMA
solicitar a ampliação de sua ZEE baseado em estudos que comprovem tal dimensão. Essa ampliação pode deslocar a 
linha de 200 para até 350 milhas náuticas, a partir da linha costeira, com base na aprovação do pleito pela Comissão 
para os Limites da Plataforma Continental da ONU.
O Oceano Ártico banha a costa da Rússia, da Groelândia (Dinamarca), do Alasca (EUA) do Canadá e da Noruega. 
Naquele oceano, a Rússia pretende provar que a cordilheira submarina Lomonosov faz parte da plataforma continental 
da Sibéria. Com isso, a soberania em boa parte do Ártico, hoje dividida com outras nações, passaria a ser exclusivamente 
russa. 
cerca de 20% das reservas de petróleo não conhecidas do mundo estejam sob as águas do Oceano Ártico. Até 2040 ele 
A situação descrita a respeito do interesse russo em ampliar sua ZEE pode encontrar amparo no direito internacional, 
caso seja provado que a cordilheira submarina Lomonosov faz parte da plataforma continental da Sibéria. Todavia, isso 
afeta interesses dos outros países, inclusive dos Estados Unidos, que não reconhecem a CNUDM.
na vida marinha.
O transporte marítimo é um vetor de poluição tradicional dos oceanos. Os navios cargueiros, principalmente petroleiros, 
causam vazamentos de óleo de seus motores ou de suas cargas, além do despejo de resíduos diversos pelos tripulantes.
A exploração petrolífera é outro forte vetor que polui os mares, já que, algumas vezes, na perfuração do poço de petróleo 
ocorrem problemas técnicos que levam a grandes vazamentos.
e produtos químicos que escoam para os rios, resíduos sólidos diversos, com destaque para os resíduos de plástico. E 
o rio sempre acaba no mar e leva toda essa poluição com ele.
PORDENTRODOTEMA
PORDENTRODOTEMA
Leia um artigo que, entre outros assuntos, trata sobre o mar territorial, a zona contígua, a 
partir do litoral para 350 milhas náuticas em função de sua plataforma continental ser maior que 
as 200 milhas náuticas, o que permitiu tal pleito. A pretensão, junto com os estudos geológicos, 
seguiu para a Comissão para os Limites da Plataforma Continental da ONU que solicitou um 
reestudo e que o Brasil apresentasse certo recuo territorial em sua pretensão. Cabe ressaltar 
que a plataforma continental que se estende sob o oceano é recoberta por bacia sedimentar rica 
em petróleo e gás natural, o que motiva a pretensão de aumento da ZEE.
Disponível em: 
. Acesso em: 5 out. 2015. 
ACOMPANHENAWEB
Nesta matéria, é apresentada a situação dos oceanos frente à ação antrópica, o que é 
visualizado por meio de uma animação que mostra uma tonalidade amarela (representando 
as áreas impactadas) tomando conta dos oceanos. São apontados estudos que indicam que 
já existem 400 zonas mortas nos oceanos em razão do excesso de matéria orgânica que leva 
à proliferação de algas que, quando morrem, são consumidas por bactérias que demandam 
muito oxigênio, exaurindo as possibilidades de vida marinha. Os esgotos urbanos e os rios 
contaminados por fertilizantes químicos seriam os responsáveis por tal proliferação. Outros 
problemas apontados são a pesca predatória, a exploração de hidrocarbonetos no mar, os 
resíduos sólidos urbanos (principalmente o plástico). Todavia, o autor credencia a culpa da morte 
lenta e gradual dos oceanos ao subdesenvolvimento. Leia o artigo e saiba o porquê disso.
Disponível em: 
. Acesso em: 05 out. 2015.
O Fenômeno das Marés
gravitacional, exercida principalmente pela lua, sobre a Terra possibilita a variação das marés. 
Além disso, outros fatores se fazem presentes, como a rotação da Terra, a variada profundidade 
dos oceanos e o formato dos litorais que levam a diferentes resultados das marés pelo planeta.
Disponível em: . Acesso em: 5 out. 2015.
Duração: 00:01:41.
ACOMPANHENAWEBACOMPANHENAWEB
Tsunami
tsunamis e apresenta imagens com os efeitos dessas ondas devastadoras em áreas litorâneas. 
Apresenta um breve histórico em que destaca a menor distância entre a Terra e a Lua, em um 
passado geológico remoto, o que levava a tsunamis frequentes nos oceanos primitivos. Também 
destrincha a dinâmica de como os estudos puderam determinar as causas de um tsunami e 
como é possível estabelecer um alarme em áreas costeiras para evacuação da população antes 
da chegada dessas ondas gigantes.
Disponível em: . Acesso em: 5 out. 2015.
Duração: 00:08:21.
Lixo nos Oceanos
os resíduos sólidos urbanos (notadamente material de natureza plástica), em áreas para as 
animais marinhos que avaliam o plástico em decomposição como alimento e o ingerem, o que 
reprodução em massa de insetos marinhos.
Disponível em: . Acesso em: 5 out. 2015.
Duração: 00:01:11.
ACOMPANHENAWEBACOMPANHENAWEB
Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas questões de múltipla 
AGORAÉASUAVEZ
O desenvolvimento da civilização nos últimos séculos possui forte ligação com os oceanos e mares, tendo em vista a importância 
destes para as atividades antrópicas.
Aponte três usos importantes que o homem fez e/ou faz dos oceanos.
Os oceanos formam uma grande extensão de água salgada que recobre a maior parte do planeta e cerca os continentes.
A respeito dos oceanos, analise as assertivas que seguem.
I. A Rússia realiza pesquisas visando provar que a cordilheira submarina Lomonosov faz parte da Plataforma Continental da Si
béria, oque poderá aumentar a sua ZEE no Oceano Glacial Antártico.
entre elas a fossa das Marianas, que possui mais de 11 km de profundidade.
o que ocasionou tsunamis que causaram a morte de mais de 230 mil pessoas.
V. A concepção de Oceano Glacial Ártico é recente, sendo promovida por cientistas que consideram que a porção das águas dos 
AGORAÉASUAVEZ
Marque a alternativa que apresenta apenas os itens das assertivas corretas.
a) I, II e IV.
b) I, III e V.
c) II, III e IV.
d) III e V.
e) I e V.
O mar é uma massa de água salgada que pode estar contígua ao oceano; pode ser continental e ter um estreito como ligação ao 
oceano ou a outro mar; ou pode ter as características que o enquadram como um lago.
Assinale a alternativa que relaciona corretamente o nome e o tipo de mar indicado.
a) O Mar Mediterrâneo é um mar isolado.
b) O Mar da Arábia é um mar aberto.
c) O Mar Cáspio é um mar interior
d) O Mar Báltico é um mar aberto.
e) O Mar de Aral é um mar continental.
AGORAÉASUAVEZ
Os oceanos formam uma massa de água salgada que recobre mais de 70% da superfície da Terra.
Por que razão a água do mar é salgada?
também foi esclarecida, segundo a qual oceano é a grande massa de água salgada; os mares abertos são áreas 
contíguas aos oceanos e que banham as áreas costeiras; os mares continentais possuem características mediterrâneas 
com uma limitada ligação com o oceano; e os mares fechados, por sua vez, correspondem a lagos de água salgada. As 
características físicas da água oceânica também foram tratadas, com destaque para as dimensões da temperatura, da 
salinidade e da densidade, o que está ligado aos movimentos das grandes massas de água que apresentam uma dinâmica 
semelhante à dinâmica das massas de ar, entretanto de forma muito mais lenta. As ondas são resultado da interação do 
tsunamis são ondas gigantes que podem 
com a Lua e o Sol. Os aspectos geomorfológicos da área marinha apontaram que existe uma transição entre o relevo 
terrestre e o oceânico que se dá abaixo da linha d’água. Para concluir, foram estudadas as relações do homem com os 
Por que razão a água do mar é salgada?
FINALIZANDO
Agence France-Presse Brasil, produção de Stéphane Koguc, 4 nov. 2013. Disponível em: 
. Acesso em: 5 out. 2015. Duração: 00:01:41.
ASSIM se fez a Terra – os Tsunamis. Disponível em: . Acesso em: 5 out. 
2015. Duração: 00:08:21.
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REFERÊNCIAS
 são bancos de gelo que se formam na água do mar gelada a partir dos dois graus Celsius negativos, o que 
partes menores, formando um gelo em placas.
Efeito coriolis
a direita no Hemisfério Norte.
estudo dos oceanos e mares.
Plânctons são microrganismos presentes nas águas oceânicas que fazem parte da base da cadeia alimentar marinha, 
sendo encontrados em áreas costeiras.
gulha sob outra, menos densa, em direção à astenosfera (manto), o que acontece quando ocorre o movimento conver
gente de placas litosféricas.
Tsunamis ondas que se formam pelo deslocamento de águas oceânicas causadas por terremotos, erupções vulcâni
se com altura perigosa, que pode levar a grandes tragédias.
GLOSSÁRIO
GABARITO
O homem utiliza os oceanos e mares para o transporte de mercadorias no comércio internacional, tendo em 
realiza atividades pesqueiras, tendo em vista que seres marinhos são uma saudável fonte de proteínas; realiza a extração 
de hidrocarbonetos, tendo em vista que o petróleo e o gás natural podem ser encontrados nas plataformas continentais.
Alternativa C.
faz parte da Plataforma Continental da Sibéria, o que poderá aumentar a sua ZEE no Oceano Glacial Ártico e não no 
Antártico.
Antártico (e não Ártico) que é recente, sendo 
características comuns e inseparáveis.
Alternativa B.
O Mar da Arábia é um mar aberto; o Mar Mediterrâneo é um mar interior ou continental; o Mar Cáspio é um mar fechado 
ou isolado; o Mar Báltico é um mar continental ou interior; e o Mar de Aral é um mar isolado ou fechado.
a existência de Kalahari. Isso se dá pelo fato de que essas correntes, por serem frias, provocam a precipitação das 
 A água do mar é salgada porque, no processo de formação da Terra, os vulcões expeliram gases como 
o dióxido de carbono e o ácido clorídrico, sendo este a fonte de cloro para a água do mar. Isso fez com que a água 
nas bacias oceânicas sofresse um processo de salinização, que foi incrementado com a erosão dos continentes que 
forneceu elementos dissolvidos para a solução.

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