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Analise do comportamento - Análise da musica Meditação de Tom Jobim e Newton Mendonça. Professora Rosangela Darwich

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TTP – Análise do Comportamento 
Professora Dra. Rosângela Darwich 
Aluno: Nehemias Guedes Valentim Junior 
Turma: 7NNA 
 
 
Música: Meditação 
Autores: Tom Jobim e Newton Mendonça 
 
 
 
Quem acreditou 
No amor, no sorriso, na flor 
Então sonhou, sonhou... 
E perdeu a paz 
O amor, o sorriso e a flor 
Se transformam depressa demais 
 
Quem, no coração 
Abrigou a tristeza de ver tudo isto se perder 
E, na solidão 
Procurou um caminho e seguiu, 
Já descrente de um dia feliz 
 
Quem chorou, chorou 
E tanto que seu pranto já secou 
Quem depois voltou 
Ao amor, ao sorriso e à flor 
Então tudo encontrou 
E a própria dor 
Revelou o caminho do amor 
E a tristeza acabou 
 
 
 
 
“Quem acreditou no amor, no sorriso, na flor, então sonhou, sonhou” 
 
 O ideal de amor está presente culturalmente após a idade média, há o mito do 
“felizes para sempre” dos contos de fadas, os “happy ends” dos filmes hollywoodianos e 
há os modelos sociais, que “exercem influência no modo de como as pessoas vão se 
comportar no contexto de suas interações”(PEREIRA; MEDEIROS, 2014). Quando se diz 
“então sonhou”, este “alguém” pode ter sido considerado um sonhador devido suas 
crenças referentes ao amor e felicidade. 
 
 
“E perdeu a paz, o amor, o sorriso e a flor, Se transformam depressa demais” 
 
 Perder a paz, pode ser um efeito emocional por contato de contingências de 
estímulos aversivos, medo/ansiedade se for por apresentação de punição positiva , (por 
estar contato com as contingências diferentes de suas regras, no caso de estar diante da 
solidão), ou frustração/decepção por resposta a uma punição negativa (se distanciando 
de reforçadores outrora disponíveis, no caso de ter terminado um relacionamento). 
 
 
“Quem no coração abrigou a tristeza de ver tudo isso se perder”. 
 
“Sentimentos não são causa de comportamentos e sim respostas emocionais 
respondentes e operantes decorrentes da interação do organismo com o seu ambiente” 
(Kohlenberg e Tsai apud PEREIRA; MEDEIROS, 2014). 
 
 
“Quem chorou, chorou e tanto que seu pranto já secou” 
 
O ato de chorar corresponde à alterações fisiológicas respondentes aos estados 
emocionais, dizer que o pranto já secou é um recurso linguístico para dizer que se chorou 
de mais, chorou bastante. “Não choramos porque sentimos tristeza, e sim choramos e 
sentimos tristeza porque algo aconteceu” (Skinner apud PEREIRA; MEDEIROS, 2014). 
 
 
“Quem depois voltou ao amor, ao sorriso e à flor, então tudo encontrou” 
 
 Este trecho trata da volta ao amor, ao sorriso e à flor. O amor que está relacionado 
com vários reforçadores positivos como atenção, sexo, trocas de afeto. O sorriso que é 
uma expressão facial condizente com a alegria. A flor que existe como vários significados 
na cultura, representa sentimentos e utilizada para diversas homenagens e presentes. 
Ele/a tudo encontrou pois, diante de tantos estímulos aversivos, conseguiu eliciar 
respostas diferentes e retornar ao momento de tranquilidade e alívio, demonstrando 
habilidades como autocontrole e expressividade emocional, que referem-se à diferença 
entre sentir e expressar como: 
“reconhecer e nomear emoções próprias e dos outros; falar sobre 
emoções e sentimentos; acalmar-se; lidar com os próprios 
sentimentos e controlar o humor; expressar qualquer tipo de 
emoções; lidar com sentimentos negativos; tolerar frustrações; e 
mostrar espírito esportivo” (PEREIRA; MEDEIROS, 2014). 
 
 
“E a própria dor revelou o caminho do amor e a tristeza acabou” 
 
 Através das habilidades de autocontrole e expressividade emocional, a pessoa saiu 
de um momento de desequilíbrio que causava tristeza e conseguiu ir para outra direção, 
conseguiu se adaptar no mundo, fazendo escolhas que o fizessem ter um novo olhar 
sobre o amor, diferente do primeiro olhar ingênuo como um idealista ou sonhador, mas 
baseado em suas experiências de vida, com uma certa maturidade, assertividade e 
resiliência. 
 
 
Referência: 
 
PEREIRA, H. C. F.;MEDEIROS, C. A. de. “500 dias com ela”: Análise Comportamental 
de Relações Afetivas! In DE-FARIAS, A. K. C. R. & RIBEIRO, M. R. (Orgs.). Skinner vai 
ao cinema (volume 2) (pp. 64-89). Brasília: Instituto Walden4, 2014.

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