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DIAGNÓSTICO - IMAGEM RADIOLOGIA DO SISTEMA ÓSSEO Aula do dia: 14/02/2020 - Estrutura dos ossos longos: -> Considerações: - No raio x o Periósteo, em condições normais, não se vê - O crescimento completo ocorre entre 10 a 14 meses, quanto menor o cão, menos tempo para completar o crescimento - O desenvolvimento completo se dá com a união das metáfises e epífises - Se houver dúvida sobre o diagnóstico, radiografe o osso bom para comparar - Quanto antes o médico agir melhor, para evitar atrofias musculares e/ou ossificações - Respostas à injúria: • Redução da radiopacidade (mais escuro): o Osteopenia (generalizada) -> pega todos os ossos e todo o osso o Osteólise (focal) -> “macha preta” no osso • Aumento da radiopacidade (mais claro): o Esclerose -> na área de esclerose se vê uma mancha branca - Reações Periosteais: - Fratura: é a perda da continuidade do tecido ósseo. - Deve-se sempre fazer, no mínimo, duas projeções. - O exame radiográfico serve para: -> confirmar um diagnóstico, detectado clinicamente ou não; -> verificar e/ou fazer a posição e a relação dos fragmentos; -> verificar o tempo da fratura para decidir protocolo - Classificação das Fraturas: 1) Ferimento externo comunicante: • Aberta: fratura exposta (terá gás) • Fechada 2) Extensão das lesões: • Completas -> quando a fratura atravessa o osso todo (continua...) • Incompleta -> quando o osso trinca • Por Avulsão -> quando o ligamento sofre injúria e o osso é arrancado do lugar, acontece mais em animais jovens devido a não ossificação completa. COMPLETA POR AVULSÃO 3) Direção das fraturas: • Simples: 01 fratura no mesmo osso o Transversa: reto o Oblíqua: diagonal o Em espiral: diagonal + curva na ponta • Segmentar: 02 fraturas no mesmo osso • Cominutiva: muitas fraturas no mesmo osso, estilhaçado Cominutiva Segmentar 4) Localização da fratura • diafisária (terço proximal, terço médio ou terço distal) • epifisária (somente jovens) • condilar (no côndilo), intercondilar (entre os côndilos) ou supracondilar (acima dos côndilos) 5) Para onde foi o desvio: • cranial, lateral, medial Sempre falar em que osso(s) é Resumindo: 1º) Transversa Simples Oblíqua Espiral - Completa Segmentar Cominutiva - Incompleta - Por Avulsão 2º) Onde? Exemplos: - Terço proximal da diáfise - Terço médio da epífise - Terço distal da metáfise 3º) Descrever o desvio DISTAL (sempre colocar no final DO FRAGMENTO DISTAL) Exemplos: - Desvio crânio-lateral do fragmento distal do úmero - Desvio caldo-medial do fragmento distal do fêmur Exemplos: Diagnóstico por imagem 28.02.20 O púbis é dividido em dois campos: ramo cranial do púbis e o ramo caudal do púbis, quando tem uma fratura e não tem desvio é mais difícil de enxergar. O coxal quando tem mais fraturas, ele é mais fácil de enxergar. Dica: Ele forma um Mickey mouse de ponta cabeça, que é o canal pélvico e os forames. Eles são simétricos, quando tem desvio, ele é facilmente identificado e ele perde a sua característica. Descrição da fratura: Tem as articulações sacroilíacas tem que ser contínua, provavelmente tem uma luxação sacroilíaca, teve fratura no acetábulo direito, teve fratura no ramo cranial do púbis direito, teve fratura no ramo caudal do púbis esquerdo, teve uma fratura no ramo cranial do púbis esquerdo. São varias fraturas. As fraturas no coxal pode fazer estreitamentos pélvicos, ele pode começar a concentrar e estreitar, e com esse estreitamento vem alguns problemas... se for uma fêmea, os filhotes não conseguem nascer. Pode fazer fecaloma (fezes endurecidas, presas), essas fezes não vão sair, pelo estreitamento da pelve. Se estiver muito estreito e pegou no momento que acabou de acontecer, consegue mexer em alguma coisa para evitar o estreitamento. Uma vez já estreito, dificilmente arruma. Só se for fazer uma osteotomia, cortar esse osso e tentar mexer. Tem que ver se vale a pena. !!! Fratura epifisária: Só vai acontecer em animais jovens, essas fraturas são chamas de fraturas Salter-Harris. FECALOMA As fraturas de Salter Harris são divididas em 5 tipos, o (A) é o normal, tem a epífise (parte de baixo do osso), disco epifisário ou fise e encima a matáfise. Ou seja, tem a metáfise, disco e epífise, isso é o normal. Fratura Salter Harris Tipo I: É uma fratura que acomete o disco epifisário, a fise. O disco não aparece no RX, se eu tenho uma epífise que não segue a mesma linha e eixo da metáfise, temos uma fratura no disco mesmo não conseguindo enxergar. Fratura Salter Harris Tipo II: Fratura no disco e na metáfise. Fratura Salter Harris Tipo III: Fratura no disco e na epífise Fratura Salter Harris Tipo IV: Fratura no disco, metáfise e epífise Fratura Salter Harris Tipo V: Fratura compressiva do disco, quando cai tem um impacto e causa uma compressão. Todas elas acometem o disco epifisário, por isso só vai acontecer nos cães jovens. O que tem que tomar muito cuidado com fraturas Salter Harris, são as deformidades, porque quando tem alguma fratura/trauma, esse disco tende a fechar antes por conta do calo, independente se é compressivo ou não. Pode ser gerado um estimulo extracorpóreo, com o fechamento precoce do disco. O osso começa a envergar gerando deformidades. Ter cuidado com esses animais que fraturam, tem que acompanhar, porque durante o crescimento ele pode começar com deformidades. Animal que fraturou Salter tem que ficar acompanhando, e de olho porque durante o crescimento ele pode começar a estreitar. Consolidação Óssea: A consolidação óssea vai estar completa quando não enxerga mais a fratura. Primeiro o animal fratura, forma ali um hematoma depois ele forma um Tec. Conj. Hialino para depois disso começar a formar osso, forma o osso e depois disso a consolidação óssea (calo ósseo). Hematoma, tecido conjuntivo não aparece no RX, -só vou conseguir ver a formação de alguma coisa a partir do processo de ossificação (?). Se já tem proliferação óssea, a fratura é antiga, tem muita coisa para acontecer antes disso. O metabolismo de filhote acaba sendo mais acelerado do que de um animal idoso, em um filhote tem que operar o quanto antes. A primeira coisa a se fazer quando acontece uma fratura é alinhar essa fratura, depois disso tem que fazer um RX imediatamente após, porque se não radiografar e esse animal voltar daqui a 1 semana todo torto, você não sabe se ele saiu da cirurgia já torto ou ele saiu bom e ele fez alguma fez alguma coisa que entortou. E sempre fazer os controles sequenciais (2,4,6 semanas), se o animal na 5° semana começa a mancar e não é a semana que ele tem que voltar, é importante esse paciente voltar e entender o que aconteceu porque pode acontecer de desalinhar, implante quebrou ou implante esteja solto e nunca dá para saber quais das opções aconteceu mesmo sem radiografar. Olhar sempre com o exame anterior para saber se teve evolução ou não No mês 2 não está completamente consolidado, mas está quase, é um animal jovem porque dá para ver o disco, se essa mesma projeção fosse de um animal velho, demoraria mais tempo por causa do metabolismo. Complicação da Consolidação óssea Retardo na união: Une de uma forma “meia boca”, se esse animal não operar de novo ele vai refraturar. Ele pode dá esse retardo por que: - Instabilidade, se não isolar todos os vetores e tiver com rotação esse animal ainda tem mobilidade e causa retardo na união. - Animal idoso tem pouca vascularização. - Aonde foi e o tipo de fratura pode influenciar. - Infecção tipo local da fratura HEMATOMA T. CONJUNT. CONFORMAÇÃO ÓSSEA Não união: Não uniu, pelos mesmos motivos do retardo:- Mobilidade (pata de elefante) - Avasculização - Infecção - Corpo estranho (pino contaminado) As bordas ficam parecendo pata de elefante, arredonda as bordas, mas não uni, isso é uma não união por instabilidade e pode acontecer de ter uma não união, quando o osso começa a ficar fininho e começa a evoluir até sumir algum pedaço do osso, ele vai ficando fino e some por causa da avasculização, mais comum acontecer em pequenos. No caso da imagem não é por conta de avasculização porque o osso não está fino. Má união: Une, mas de uma forma torta, ele teve a consolidação só que torta isso é muito comum em animais de rua, ele foi atropelado e não tem quem reduza essa fratura, a própria natureza consolida. - A função pode estar comprometida porque esse animal tem as patinhas tortas porque consolidou torto, não doí no local, mas pela biomecânica ele está forçando as outras articulações e pode levar a problemas futuros. - Redução errônea - Rotação, angulação durante o processo de consolidação. Considerações: - Sempre ter bom senso na hora de radiografar, dói muito para o animal que traumatizou ou fraturou. Se o animal está sentindo muita dor e está radiografando para cirurgia, sedar para a cirurgia e depois radiografar. - Colocar uma tala antes do exame. Quando o animal chega com a pata pendurada e está com fratura no rádio e ulna, dói muito os dois se encostam, a tala ajuda para evitar a dor. - Analgesia, tranquilização, sedação. Afecções de Etiologia indeterminada (não sabe porque começa) PANOSTÉITE: “osso dálmata porque é todo manchado” • Cães raças grandes/gigantes (Pastor Alemão e Basset Hound); • Comum em jovem (5-12 meses) – adultos (7 anos); • Aumento da atividade osteoblástica e fibroblástica no endósteo e canal medular; • Único osso (monostótica ou poliostótica); • Múltiplos ossos (poliostótica); • diáfises (rádio, ulna, fêmur, tíbia); • claudicação sem histórico de trauma (membros aleatoriamente); • dor à palpação profunda de diáfise; • auto-limitante (não se sabe porque aparece, pode ser que suma também) • Aspectos radiográficos: - esclerose do canal medular (áreas arredondadas); - Perto do forâme nutrício. C M Como enxerga essa alteração no osso? Quando ele tiver alteração no periósteo: Calo ósseo, neoplasia óssea; tudo isso tem alteração no periósteo e nesse caso a alteração é no endósteo, no RX atravessa por isso conseguimos ver tudo -Pode ser em um osso só, 1 mancha: monostotico -Em um osso, várias manchas: poliostótica -Em vários ossos: poliostótica Quando radiografa encontramos área de esclerose no canal medular, perto do forame nutrício área de esclerose é uma macha branca. Não tem nada para fora do osso, é dentro do canal. Descrição: Áreas de esclerose no canal medular, no terço proximal e médio do fêmur bilateral, poliostótica, panostéite. OSTEODISTROFIA HIPERTRÓFICA • Cães raças grandes/gigantes e jovens (machos) • 3 a 6 meses de idade - Suplementação nutricional excessiva minerais e vitaminas, deficiência de vitamina C e cinomose; • Relutância em andar (dói) e ficar em estação, anorexia e febre; • Geralmente bilateral e simétrico; (muito semelhante o direito com o esquerdo) • Auto-limitante; • Metáfises de ossos longos (principalmente distal de rádio, ulna e tíbia). • Aspectos radiográficos – Linha radiotransparente na região da metáfise • Formação de osso paraperiostal junto a metáfise. Ele dá o aspecto de dupla linha de crescimento. O animal é ter apenas 1 linha Essa todas as alterações, essa é mais sutil e difícil de identificar se houver dúvida radiografa o outro lado, a doença é bilateral simétrica. PERIÓSTEO ENDÓSTEO A alteração está no periósteo, esse desenho representa a cortical e medular, se você pega o osso com panostéite, não consegue enxergar nenhuma alteração, porque o aumento da atividade é no ENDÓSTEO. Na parte distal do rádio, tem epífise, disco de crescimento e várias linhas radiotrasparente na metáfise. OSTEOPATIA HIPERTRÓFICA “ osteoPATINHA hipertrófica” Antigamente era chamado de osteopatia pulmonar hipertrófica, hoje em dia não se usa mais o pulmonar. •Causa desconhecida, intimasse que seja alteração neurovascular (distúrbio circulatório/mecanismo neurovascular autônomo -n.vago) •Cães e gatos adultos e idosos •Moléstia intratorácica ou abdominal (neoplasias, doenças infecciosas, parasitárias) •Aumento de volume das extremidades (bilateral e simétrico) – diáfises •Dor e claudicação •Aspectos radiográficos: - Proliferação periosteal (irregular –dependendo da severidade e cronicidade) em metacarpos e metatarsos –diáfises; -Simétricas e bilaterais; -Não afeta articulações. -Se fez RX de tórax e não achou nada, faz US procurando moléstia (qualquer coisa que esteja comprimindo). NORMAL Quando o animal vem com esses sintomas de aumento de volume das extremidades, ele vem para radiografar membro, quando radiografa vai ter uma proliferação periostal irregular ou empaliçado (como se fosse vários palitos), bilateral simétrica. Quando a imagem for igual a imagem 1, o próximo passo é radiografar tórax porque é uma doença neuro vascular, quando você radiografa tórax, você procura uma neoplasia, abcesso, granuloma parasitário porque essa bola provavelmente está estimulando o nervo vago, o nervo vago estimulado aumenta a circulação sanguínea nas periferias, com o aumento da circulação, o periósteo também começa a aumentar e fazer as proliferações. Alguma coisa estimulou o nervo vago e isso gera um aumento da vascularização, gerando proliferação periostal exacerbada. Antes era chamado de osteopatia pulmonar porque achava-se que era somente no tórax, em alguns animais começaram a perceber que no tórax não aparecia nada e no ultrassom de abdômen achavam uma massa, descobriu que a estimulação de nervo vago não agride só o tórax, no abdômen também. Quando se fala que é encontrado nas extremidades, depois ele começa a subir quando mais proximal ele estiver, mais ele está porque começa embaixo e vai subindo. 13.03.20 – Alterações Metabólicas HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO NUTRICIONAL - Cães e gatos jovens - Acontece um distúrbio nutricional desequilibrando cálcio e fosforo. Esse desequilíbrio ativa os paratormônios – que ativa os osteoclastos – ele começa a “destruir” a parte óssea (ele está absorvendo esse cálcio) e tudo isso acontece por origem nutricional - Animal que não se alimenta bem, geralmente acomete cães de rua - Muito comum em pacientes Silvestres (por falta de orientação e dar girassol) Aspectos Radiográficos: - Diminuição generalizada da radiopacidade também conhecida como osteopenia - Adelgaçamento da cortical – geralmente tem o osso com medular e cortical Normal com Ele começa a ficar Medular e cortical adelgaçado, a cortical fica fina -A cortical vai ficando fina pela ação dos osteoclastos - As metáfises ficam mais evidentes por consequência, se toda radiopacidade óssea começa a sumir/diminuir a região da metáfise é onde tem ação dos osteoblastos, ele tenta repor e ele fica nas regiões de metafisárias perto do disco de crescimento - Cifolordose (desvio de coluna) – o osso que está osteopenico fica mais frágil e maleável por ter menos cortical - Fraturas patológicas (fratura em decorrência de alteração óssea, por exemplo por uma neoplasia óssea) - Angústia pélvica (estreitamento pélvico, começa a fechar) Se restabelecer a parte nutricional fazendo a ingestão de cálcio e outros, pode voltar ao normal dependendo da fase, se estiverinicial é mais fácil, se tiver muito longo dificilmente ele volta. Imagem: O rim está mais radiopaco que o osso, esse paciente já perdeu muito cálcio, ele possui uma osteopenia, uma diminuição de radiopacidade generalizada, não é só na coluna, no fêmur, coxal e etc. Ele tem cifolordose, o desvio na coluna, coxal está côncavo. Quando a cortical é adelgaçada não dá quase para vê-la, tem uma fratura por consequência óssea, chamada de fratura patológica, essa fratura quando o animal tem hiperpara nutricional a literatura recomenda que para lembrar que parece uma fratura por dobradura. Quando o animal tem hiperpara nutricional não tem osso nem para ele, então nunca vai formar um calo ósseo naquela região, ele não tem cálcio para isso até restabelecer o cálcio e fosforo da alimentação. NORMAL Cortical e medula normal Cortical adelgaçada Rx de um Sagui, ele possui inúmeras fraturas patológicas, tem a cortical adelgaçada, coxal com estreitamento pélvico, coluna está “sumindo”, osteopenia. Coluna difícil de enxergar, desviada (cifolordose), abdômen mais radiopaco que o osso, fraturas patológicas em vários locais. HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO RENAL - Alteração metabólica de origem renal - Paciente renal que vai ter um distúrbio glomerular que acontece um desequilíbrio cálcio e fosforo, aumenta paratormônio e estimula osteoclastos, os osteoclastos começam a absorver cálcio - Aumento da concentração de fosforo e o cálcio não consegue acompanhar - Nesse caso não tem erro nutricional, é de origem renal - Animal jovem e idoso Aspecto Radiográfico - Diminuição da radiopacidade dos ossos do crânio, isso não acontece nos dentes eles ficam intactos - “Dentes Flutuantes” porque diminui a radiopacidade do crânio - “Mandíbula de borracha” – a mandíbula está mais maleável (mole), tomar cuidado para não causar uma fratura patológica - Perda da lamina dura (fibrose) - Pode ter calcificação de partes moles (isso não caracteriza a doença) Descrição: Diminuição da radiopacidade dos ossos do crânio tornando os dentes mais evidentes Tratamento: Se tratar a parte renal com o tempo ele tende a melhorar e voltar, mas é muito demorado NEOPLASIA ÓSSEA - Osteossarcoma (corresponde a grande parte das neoplasias ósseas, mas nem todas), nunca podemos afirmar ser osteossarcoma só vamos ter certeza fazendo uma citologia ou biopsia porque não conseguimos ver essas células no RX - Mais comum em adultos e idosos - Raças grandes (Boxer, Rottweiler, São Bernado, Golden e outros) - Tem 4 localizações que o osteossarcoma tem predileção para aparecer: Distal radio, proximal úmero, distal fêmur e proximal tíbia – isso não quer dizer que só vai ter tumor nessa região, pode aparecer fora dessas demarcações. - Aumento de volume - Dor - Claudicação - Costuma ser monostótico (uma área de lesão, ele preserva a articulação e não passa para outros órgão) – isso não é exato, pode acontecer uma poliostotica - Fraturas patológicas NORMAL NORMAL - Metastase, procura em RX tórax e US para avaliar abdômen (o mais comum é pulmonar) A metástase é disseminação do câncer, para ele disseminar ele precisa de um caminho, esse caminho é por via linfática e nematoide (?), o pulmão é rico nessas vias, é altamente irrigado e tem bastante caminho. Aspectos Radiográficos - Osteolises ou proliferação periostal desorganizada ou mista (que são os dois juntos) - Aumento de volume em partes moles - Controle radiográfico (30 dias) – para entender como essa doença está evoluindo - Citologia e Biopsia Aumento de volume no distal do rádio/ulna, com aumento de partes moles. Neoplasia óssea com osteolise, monostotica, não pega rádio e nem carpo, não tem falange proximal. Área de osteolise na face cranial da tíbia, aumento de volume e fratura patológica. Localização: Proximal da tíbia “perto do joelho” e monostotica. Processo Misto, áreas de osteolises com proliferação periostais acontecendo. Aumento de volume de partes moles. Monostotica. NORMAL NORMAL Doenças Infecciosas OSTEOMIELITE A osteomielite não é uma infecção do osso, é uma inflamação óssea causando por um foco infeccioso por isso é com “ite”, ela está inflamada e a causa dessa inflamação é infecciosa. Gerando osteomielite não vai ter calo ósseo. Tratamento: Antibiótico Causas - Fraturas expostas - Cirurgias (pino) - Mordida e feridas abertas - Evolução de 2/3 semanas - Bactérias, fungos, protozoários, metalose - Dor, edema, febre, claudicação - Agudo (sem sinais radiográficos) | crônico (presença de alterações radiográficas) Aspectos Radiográficos - Osteólise - Proliferação periostal | Aumento de partes moles - Monostótico – Poliostotica (grande parte das osteomielites são poliostoticas) Fratura que começa a fazer proliferação óssea (calo ósseo). Não consegue ver a cortical e a medular porque teve muita proliferação, provavelmente tem um foco de infecção na fratura. Área de esclerose, melhorando conforme o tratamento com atb. Monostótica. Poliostotica Quando tem pino, tem muita osteosíntese, a proliferação periostal está acontecendo, o corpo está mais preocupado em fazer a proliferação para confinar essas estruturas do que calo ósseo. Tem uma não união e foco de infecção. Tira o pino e faz cultura para saber o que cresce e tratar. OSTEOMIELITE X NEOPLASIA - Histórico - Anamnese - Exame físico Essas etapas são muito importantes porque a parte radiográfica vai ser muito semelhante e se basear apenas com isso torna-se complicado. Se pegar um Rottweiller por exemplo com 12 anos, aumento de volume, proximal de úmero, sem histórico de trauma, radiografa, se conseguir ver Sunburst é neoplasia. Se for um animal que tem 2 anos, sofreu um atropelamento há 2 meses atrás, no local tem um aumento de volume, quando for radiografar tem proliferação ou/e área de osteolise, mas o histórico é muito mais compatível com osteomielite. Muitas vezes usa mais a anamnese e histórico. Se tiver dúvida faz histopatológico ou citologia, se precisar tira o pino faz cultura bacteriana ou fungica e tudo isso junto fecha o diagnóstico. IMAGEM RADIOGRAFIA DO SISTEMA ARTICULAR Aula do dia: 27/03/2020 ANATOMIA ARTICULAR A junção de dois ossos ou mais é denominado articulação, existes articulações que são compostas de três ossos (cotovelo- úmero, radio e ulna). Quando temos a articulações, além da estrutura óssea tem um monte de outras coisas como: - Capsula Articular - Ligamentos Articulares - Cartilagem Articular - Liquido sinovial - Osso Subcondral – parte mais extrema do osso que fica em contato com o outro osso, parte lisinha por conta da movimentação da articulação Quando radiografa a articulação a única coisa que enxergamos é osso, não vê cartilagem, liquido sinovial, ligamento, capsula. DOENÇA ARTICULAR DEGENERATIVA OSTEOARTOSE – ARTROSE Dois ossos constituindo uma articulação que por algum motivo tem uma instabilidade articular nesses dois ossos, essa instabilidade o corpo entende que não é legal e ele tenta fixar novamente fazendo proliferação de osso, na tentativa de fazer uma anquilose (grudar) para não ter a instabilidade, isso caracteriza a artrose, a formação de osso a mais com o intuito de gerar estabilidade entre os ossos. Animais com essa alteração a articulação começa a fazer vários estalos porque pedaço de osso com pedaço de osso começa a se movimentar. Toda doença articular se não tratar pode virar uma artrose. - Alteração degenerativa não inflamatória da cartilagem e do osso Na radiografia não conseguimos identificar nada, só consegue ver osso. PRIMÁRIA: Acontece pelo próprio desgaste da articulação por isso é mais comum em animais idosos, vai ocorrendo desgastes e isso gera a artrose,não é por causa de nenhuma doença e sim pela idade do paciente. SECUNDÁRIA: Secundarias a alguma alteração, traumas, doenças especificas. Inicial: Sem alterações radiográficas, o osso precisa de tempo para se manifestar e vai demorar um pouco para se ver. Algumas coisas que podem acontecer na artrose: Pode acontecer todas ou algumas, não necessariamente precisa estar todas juntas, como também pode acontecer só uma. Lado direto – Normal Lado esquerdo – Artrose 1. Aumento de volume intra-articular: Quando tem o liquido sinovial ele é normal, sem nenhum aumento, do lado esquerdo tem mais do que deveria, é um processo inflamatório que aumenta de tamanho por conta de alguma doença ou até mesmo a artrose que esteja causando isso. Não é exclusivo na artrose, mas deve estar presente nela. 2. Osteófito periarticular: O osso condral é lisinho e não forma nenhum bico como mostra do lado esquerdo, esse bico é o osteófito periarticular, essas partes que começam a crescer são os osteófitos o seu intuito é crescer, se juntar com outro e anquilosar e estabilizar a articulação. 3. Entesófitos (inserção ligamento ou tendão): Tem osso a mais crescendo Não tem nenhuma diferença radiograficamente do 1 e 2, o intuito deles é crescer e gerar essa estabilidade articular, eles levam nomes diferentes porque entesófito é uma proliferação óssea que acontece em locais específicos – inserções de ligamentos ou tendões –. Para diferenciar tem que saber a anatomia. 4. Erosão do osso Subcondral: É uma parte do osso lisa, quando tem a erosão/irregularidade de osso subcondral, vai aparecendo essa irregularidade porque vai nascendo os osteófitos, a superfície vai ficando irregular. 5. Calcificação peri/intra-articulares “Joint Mice”: É uma estrutura calcificada que fica intra-articular que incomoda muito é como se fosse uma “pedrinha”, ele não vai apoiar muitas vezes por conta disso. Essa calcificação pode ser por algum fragmento que saiu da erosão, tem uma placa de cartilagem que fica depois do osso subcondral e uma parte dessa cartilagem pode se soltar e depois de um tempo calcificar. 6. Esclerose osso subcondral: A parte fica mais clara, isso acontece porque no osso subcondral tem muito osteófito nessa região e tem muito mais osso que normalmente se tem, para o RX atravessar tem uma área muito mais espessa e acaba tendo essa área de esclerose. Ou seja, ele fica mais espesso, osso sobre osso tem uma camada dupla acontecendo por ter osso a mais nessa região. 7. Áreas císticas: Dificilmente consegue enxergar, é uma área radiotransparente. Como se fosse um buraco. Tudo isso está acontecendo para fazer uma anquilose que nada mais é que grudar, juntar no intuito de gerar uma estabilização articular. RX: Tudo que está acontecendo, essa erosão, proliferação de ostéofito e entesófitos faz com que a característica da articulação mude porque tem várias coisas a mais. A cabeça do fêmur está totalmente alterada, o colo está espesso. Tudo isso que acontecendo faz com que tenha uma alteração morfológica (alteração da forma). LUXAÇÃO E SUBLUXAÇÃO LUXAÇÃO- Perda total da relação articular - os dois ossos deslocam SUBLUXAÇÃO- Perda parcial da relação articular – ele ainda possui uma relação com a articulação - Pode acontecer em qualquer articulação do esqueleto - Na hora que luxa tudo estoura, capsula, ligamento e etc. - Depois de colocar esse osso no lugar, quando for radiografar vai aparecer tudo normal porque no rx não aparece capsula, ligamento, liquido e etc. Por isso não adianta só reduzir, precisa encaminhar para a cirurgia para gerar a estabilidade novamente e não luxar novamente. - Ele vai ter uma instabilidade e daqui a pouco o corpo entende isso e começa a fazer artrose na tentativa de anquilosar esses ossos. Causas: A mais comum é o trauma (atropelamento ou caiu) Doença que vai fazer alguma alteração na articulação Normal Normal A região de cabeça caudal do úmero tem como se fosse um bico, isso é um ostéofito que está formando isso é sinal de artrose, está alterando morfologicamente o úmero. Normal Tem ostéofitos periarticulares e tudo está mais branco. Tem os bicos que são chamados de entesófitos porque sabemos que no epicôndilo é um lugar de ligamento. Alteração de desenvolvimento (superfícies de articulação alteradas) Alteração Congênita – má formação OSTEOCONDROSE Falha na ossificação do osso subcondral Osteocondrite dissecante – “joint mice” e “flap calcificado” (os dois são a mesma coisa) Lesões bilaterais – animais de grande porte (acomete + machos; Golden Retriever, Labrador e etc.) Animais jovens 4-9 meses Local mais comum de acontecer: ÚMERO, pode acontecer também nos côndilos femorais (medial) e tálus (medial) – Sempre acomete a fase medial porque grande parte do apoio do corpo está acontecendo na face medial, tem um grande ponto de estresse Aspectos radiográficos 1. Área radiotransparente/osteólise no osso subcondral 2. Área de esclerose que pode ou não estar presente 3. Flap calcificado “joint mice” 4. DAD (artrose) Observar a ligação do rádio com o úmero, ele ainda possui uma relação com o úmero por isso é uma subluxação, porque a perda da articulação é parcial. SUBLUXAÇÃO Nesse caso, teve uma perda total da relação articular, não tem como conectar, precisa ter uma relação entre esses três ossos e nesse caso ela foi perdida. LUXAÇÃO LUXAÇÃO Nesse caso, saiu tudo do lugar, teve uma perda total da relação articular, nesse caso confunde um pouco porque um está sobreposto no outro, mas ele foi ali para trás e teve perda total da articulação. No lado esquerdo o acetábulo está raso, quase reto, tem uma subluxação. Ele ainda tem uma relação articular. SUBLUXAÇÃO 1+3 – Osteocondrite dissecante 1+2 – Osteocondrose Quando tem o osso subcondral a superfície tem que ser lisa, vai acontecer em determinado momento quando o paciente tem osteocondrose uma erosão “buraco” no osso subcondral, temos que imaginar que tem uma “peça” solta que não ossificou, se não ossificou não aparece no RX, no RX vai ser visto apenas erosão, quando aparecer apenas a erosão é chamado de OSTEOCONDROSE. Se tem o buraco no osso subcondral e a estrutura que antes era de cartilagem começa a ossificar, quando tá ossificado é chamado de FLAP CALCIFICADO, a diferença é que antes não enxergava o FLAP porque essa estrutura era de cartilagem e agora começou a ossificar e por isso é chamado de flap calcificado. Quando tem o “buraco” do osso subcondral + flap calcificado isso é chamado de OSTEOCONDRITE DISSECANTE. Osteocondrose – Só consegue ver a erosão sem o flap Osteocondrite Dissecante– Erosão + FLAP LUXAÇÃO DE PATELA Alteração muito comum na rotina Raças Toy- Poodle, Yorkshire, Lhasa, Shih tzu, Pinscher Clínica desses animais: estão andando normal, levanta uma das patas de traz e não apoia mais e do nada ele faz um movimento e volta a apoiar como se nada tivesse acontecido, isso é característico de luxação, a patela sai do lugar e quando isso acontece dói (eles tiram a pata do chão e não apoia mais), eles fazem algum movimento que essa patela volta para o lugar e quando volta para o lugar para de doer e eles apoiam normalmente. Nesse caso, tem um buraco, esse buraco é a área radiotransparente no osso subcondral, essa é a área de osteólise OSTEOCONDROSE A área parece que está reta, porque é a área radiotransparente que acontece no osso subcondral, tem a área calcificada que é chamado FLAP | OSTEOCONDRITE DISSECANTE. Doença intermitente que as vezes sai, as vezes volta, depende muito do Grau Pode ser congênita ou traumática Trauma: Unilateral | Congênita: Medial (para dentro) e Bilateral – quando for uma luxação bilateral e medial provavelmenteé congênita, no RX não consegue enxergar o gene, por isso NUNCA podemos afirmar ser congênita ou traumática. Lateral cães de grande porte (raras) A patela fica no sulco troclear é como se fosse a cama da patela, é um lugar mais fundo no fêmur. As classificações de graus são usadas no exame físico NÃO É NO RX Causas: Arrasamento do sulco troclear Alterações de ligamentos e musculaturas, tem o fêmur, tíbia e patela no meio, para a patela ficar no meio tem uma serie de ligamentos e musculaturas que se inserem nela que faz a patela ficar no lugar, se tem uma frouxidão pode facilitar a luxação, pela musculatura não estar segurando como deveria. Variação Angular do fêmur e tíbia – o osso fica torto Aspectos radiográficos: Projeção que consegue ver bem é na craniocaudal Desvio medial da patela (bilateral) Traumática (unilateral) – não descreve isso Rotação do terço proximal da tíbia – quando vai posicionar coloca o animal de barriga para cima, se puxar só a imagem não vai ficar boa, tem que puxar e rodar um pouco para o fêmur dá uma endireitada e ficar reto, se tiver alteração de ligamento a tíbia acaba rodando também DAD (artrose) Esse animal tem uma luxação de patela medial por causa da fíbula sempre é lateral. Luxação de patela com desvio medial Com rotação da Tíbia 03.04.20 - QUESTIONÁRIO ONLINE IMAGEM – ESTUDO 1. “Área focal de menor radiopacidade” refere-se a: a. Esclerose b. Osteólise c. Osteopenia d. Artrose 2. Área de maior radiopacidade refere-se á: a. Osteólise b. Osteopenia Projeção: CranioCaudal Desvio medial da patela bilateral, provavelmente congênita (a congênita não vai ser descrito no laudo) Normal Projeção: CranioCaudal Desvio medial da patela bilateral. Com rotação da Tíbia c. Esclerose d. Osteocondrose 3. NÃO refere-se aos tipos de proliferações periostais: a. Osteólise b. Irregular c. Lisa d. “Sunburst” 4. NÃO é uma classificação de fratura: a. Oblíqua b. Diagonal c. Espiral d. Transversa 5. Refere-se a fratura Salter Harris tipo II: a. Físe + Metáfise b. Físe + epífise c. Metáfise d. Epífise + Metáfise 6. Panosteite refere-se a área de _________ em canal medular a. Osteopenia b. Osteólise c. Osteocondrose d. Esclerose 7. “Linha radiotransparente em metáfise” refere-se a doença: a. Osteodistrofia Hipertrófica b. Hiperparatireoidismo secundário nutricional c. Osteopatia Hipertrófica d. Hiperparatireoidismo secundário renal 8. A localização mais comum que as neoplasias ocorrem são: a. Distal do úmero b. Proximal de radio c. Proximal da tíbia d. Proximal de fêmur 9. “Osteopenia e adelgaçamento de corticais” refere-se a qual doença: a. Hiperparatireoidismo secundário nutricional b. Osteopatia Hipertrófica c. Neoplasia óssea d. Osteodistrofia hipertrófica 10. NÃO é sinal radiográfico de artrose: a. Osteófito periarticular b. Entesófito c. Esclerose subcondral d. Regularidade do osso subcondral 11. “Área radiotransparente em osso subcondral com flap calcificado” refere-se a qual doença? a. Osteocondrite dissecante b. Osteoartrose c. Osteocondrose d. Osteodistrofia dissecante 12. “ Perda parcial da relação articular” refere-se a: a. Luxação b. Neoplasia c. Fratura d. Subluxação
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