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Direito Penal Parte II

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Direito Penal
Nexo de Causalidade: 
· Quando um sujeito pratica uma conduta vai gerar um efeito entre causa e efeito (relação), a conduta vai produzir um resultado.
· A conduta vai reproduzir um resultado de forma dependente. Ex. se um cara deu um tiro à tendência que essa conduta de causa ao resultado à causa morte.
· Mas pode ser que essa conduta possa gerar outro efeito que chama concausa (aliada a conduta do agente), que por si só produz o resultado independentemente da conduta do sujeito. 
· Causa absolutamente independente: Ela pode ser absolutamente independente (essa outra causa ocorreria de qualquer forma, mesmo sem a conduta do agente. Pode ser preexistente: já existia ao tempo da conduta do agente; concomitante: foi gerada simultaneamente a conduta do agente; ou superveniente: surgiu depois da conduta do agente) ou relativamente independente. 
· Entre a conduta do agente e o nexo causal há uma quebra do nexo causal.
· O agente vai responder por aquilo que ele deu causa, não pelo resultado (Artigo 13 caput CP).
· Causas Relativamente independente: outra causa produziu o resultado, aliada a conduta do agente. Esta outra causa teve origem na conduta do agente, ou seja, o resultado só ocorreu porque o agente agiu.
Também pode ser preexistente (ex. hemofílico), concomitante e superveniente (o que gera o resultado é uma causa alheia a conduta do agente, que surge depois, mas só ocorreu o resultado porque o agente agiu – responde somente pelos fatos anteriores artigo 13 §1º).
Não há quebra do nexo causal; o agente responde pelo resultado;
Crime Doloso X Culposo (artigo 18 CP)
· Dolo direto: artigo 18 I primeira parte, o sujeito quer o resultado, agiu voltado a produção do resultado.
· Aplica-se a teoria da vontade
· Dolo eventual: não quer o resultado, há uma previsão do resultado, mas não quer diretamente a produção desse resultado; assume o risco de produzir o resultado e também aceita a produção desse resultado.
· Prevê que pode acontecer determinado resultado, mas ao invés de deixar de agir ele segue em diante assumindo o risco.
· Se o resultado ocorrer ele continua agindo. 
· Ex: caçada e verifico que tem uma pessoa próxima ao animal e sei que posso errar a mira e acertar na pessoa, mas continua e arrume o risco. 
· Aplica-se a teoria do consentimento
· Crime Culposo: é quando ocorre a inobservância de um dever de cuidado objetivo. Atingindo um bem jurídico alheio.
3 formas: 
· Imprudência: sujeito age de uma forma descuidada, agiu de forma a descuidar o dever de cuidado objetivo. 
· Negligência: sujeito deixa de tomar as cautelas que a situação exigia. Ausência de cautela e/ou de cuidado. 
· Imperícia: sujeito deixa de observar as regras/normas de determinado oficio ou profissão eles exigem. Dentro de um contexto de uma profissão deixa de observar as normas técnicas ou as normas que são recomendadas para o exercício de determinada profissão.
· Dolo eventual: prevê o resultado mas assume o risco na produção desse resultado, e aceita esse resultado. 
· Culpa consciente: previsão do resultado, só que o agente acredita que o resultado não vai ocorrer. Confia que o resultado não irá ocorrer. Considera de uma forma leviana que tem talento ou qualidade suficiente para evitar o resultado.
Crime Consumado e Crime Tentado:
· Artigo 14 CP
· Crime consumado: quando o sujeito atinge totalmente a sua finalidade; o agente consegue reunir todos os elementos constantes do tipo penal; 
· Crime material: ocorre a consumação quando há uma alteração no mundo externo. O resultado precisa ser perceptível. O resultado é naturalístico, tem que ser atingido o resultado desejado.
· Crime formal: a descrição da conduta no tipo penal, também há a descrição do resultado no tipo penal, mas o legislador não exige que o resultado se produza para considerar aquele crime consumado. Ocorre consumação antecipada. Ex. artigo 316 CP – concussão – funcionário público exigir (conduta) vantagem indevida (resultado). 
· Tentativa: o agente dará início a execução do delito, mas a não consumação por circunstancias alheias a sua vontade. Artigo 14 II CP. 
· Consequência da tentativa: causa de redução da pena. Diminuir a pena do crime consumado de 1/3 a 2/3. Quanto mais próximo da consumação menor será a diminuição da pena por conta da tentativa.
· Crimes que não admitem tentativa: ou não são consumados ou são 
fato atípico. 
a) Crime culposo: não existe tentativa de crime culposo, em regra. Porque o resultado é involuntário, o agente não quer o resultado.
b) Crime preterdoloso: quando o sujeito tem o dolo na conduta e culpa no resultado. Ex. lesão corporal seguida de morte.
c) Contravenções penais: artigo 4 do Dec 3688/41.
d) Crimes omissivos próprios: crime de mera conduta (crimes omissivos impróprios é possível a tentativa – o sujeito tem o dever jurídico de agir e evitar o resultado).
· Desistência voluntaria: o sujeito dá início a execução do delito, mas não vai consumar por circunstancias próprias a sua vontade. Tem potencialidade lesiva (pode seguir a execução), mas acaba praticando uma conduta de abstenção. 
· Arrependimento eficaz: o sujeito dá início a execução do delito, mas não vai consumar por circunstancias próprias a sua vontade. Esgota sua potencialidade lesiva, pratica todos os atos executórios. Mas antes da consumação o agente pratica uma conduta ativa para evitar a consumação do crime.
· Causas de exclusão da tentativa;
· Arrependimento posterior: artigo 16 CP. O sujeito em um crime praticado sem violência ou grave ameaça a pessoa ele busca reparar o dano ou restituir a coisa. O crime está consumado. Desde que tenha restituído o dano até o recebimento da denúncia.
· Causa de diminuição da pena de 1/3 a 2/3.
· Estelionato, apropriação indébito, furto.
· Crime impossível: artigo 17 CP. O sujeito ele dá início a execução do crime, mas por ineficácia absoluta do meio (instrumento utilizado para executar aquele delito) empregado para praticar o delito ou uma impropriedade absoluta do objeto (bem jurídico que o agente pretende atingir) seria impossível a consumação do delito.
· Consequência: fato atípico, o sujeito não responde nem a tentativa.
· Ineficácia relativa do meio: responde por tentativa.
· Erro de tipo: artigo 20 CP - quando há um erro sobre um elemento ou circunstancias constitutivo do tipo (tipos penais que definem crimes). O sujeito tem uma falsa percepção da realidade.
· O sujeito não sabe que está praticando uma conduta típica.
· O sujeito não sabe o que está fazendo, se soubesse não praticaria aquela conduta.
· Ex. achou que era um animal na caçada, mas era uma pessoa; pegou o celular por engano.
· Causa excludente de tipicidade, pode levar a atipicidade da conduta. 
· Erro de tipo essencial:
a) Invencível/Inevitável: a consequência é que vai ter a exclusão do dolo e da culpa. E o fato será atípico. O sujeito não responde por nada. Ocorre quando qualquer pessoa naquela circunstancia também erraria.
b) Vencível/Evitável: há exclusão do dolo, e o sujeito responde por culpa se tiver previsão na modalidade culposa. 
· Erro proibição:
· Leva a exclusão de culpabilidade.
· Artigo 21 CP
· Falta ao agente potencial consciência da ilicitude do fato.
· O sujeito sabe o que faz, mas falta potencial consciência que a conduta é ilícita.
· Se for inevitável o sujeito vai ser isento de pena
· Evitável: causa de redução da pena de 1/6 a 1/3.

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