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2020 - TOMO CC INTEGRADA - Material ALUNO (1)

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CIÊNCIAS CONTÁBEIS
MATERIAL INSTRUCIONAL DE APOIO
PARA A DISCIPLINA DE 
CIÊNCIAS CONTÁBEIS INTEGRADA
MATERIAL ALUNO
2020
CQA/UNIP – Comissão de Qualificação e Avaliação da UNIP
CIÊNCIAS CONTÁBEIS
MATERIAL INSTRUCIONAL DE APOIO PARA A DISCIPLINA DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS INTEGRADA
Christiane Mazur Doi
Doutora em Engenharia Metalúrgica e de Materiais, Mestra em Ciências - Tecnologia Nuclear, Engenheira Química e Licenciada em Matemática, com Aperfeiçoamento em Tópicos de Estatística. Professora titular da Universidade Paulista.
Cristiane Nagai
Mestre em Controladoria e Contabilidade, Contadora e Advogada. Professora adjunta da Universidade Paulista.
Maria José Teixeira
Mestra em Ciências Contábeis e Bacharela em Ciências Contábeis. Professora adjunta e Coordenadora Geral Técnica do curso de Ciências Contábeis da Universidade Paulista.
ÍNDICE REMISSIVO
	Questão 1
	Estrutura das Demonstrações Contábeis
	Questão 2
	Estrutura das Demonstrações Contábeis.
	Questão 3
	Estrutura das Demonstrações Contábeis.
	Questão 4
	Estrutura das Demonstrações Contábeis.
	Questão 5
	Contabilidade Societária.
	Questão 6
	Contabilidade Societária. 
	Questão 7
	Contabilidade Societária. 
	Questão 8
	Contabilidade Societária.
	Questão 9
	Contabilidade societária. 
	Questão 10
	Contabilidade societária. 
	Questão 11
	Contabilidade societária. 
	Questão 12
	Contabilidade societária. 
	Questão 13
	Contabilidade Gerencial. 
	Questão 14
	Contabilidade Gerencial. 
	Questão 15
	Contabilidade Gerencial. 
	Questão 16
	Contabilidade Gerencial. 
	Questão 17
	Contabilidade Gerencial. 
	Questão 18
	Controladoria e orçamentos. 
	Questão 19
	Controladoria e orçamentos. 
	Questão 20
	Controladoria e orçamentos. 
	Questão 21
	Contabilidade Financeira. 
	Questão 22
	Contabilidade Financeira. 
	Questão 23
	Contabilidade Financeira. 
	Questão 24
	Contabilidade Financeira. 
	Questão 25
	Contabilidade Avançada. 
	Questão 26
	Contabilidade Avançada. 
	Questão 27
	Contabilidade Avançada. 
	Questão 28
	Contabilidade Avançada. 
	Questão 29
	Contabilidade Avançada. 
	Questão 30
	Contabilidade Avançada. 
	Questão 31
	Contabilidade Avançada. 
	Questão 32
	Normas Internacionais de Contabilidade. 
	Questão 33
	Normas Internacionais de Contabilidade. 
	Questão 34
	Normas Internacionais de Contabilidade. 
	Questão 35
	Normas Internacionais de Contabilidade. 
	Questão 36
	Normas Internacionais de Contabilidade. 
	Questão 37
	Perícia. Avaliação. Arbitragem. 
	Questão 38
	Perícia. Avaliação. Arbitragem.
	Questão 39
	Perícia. Avaliação. Arbitragem. 
Questão 1. A DLPA - Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados - é uma demonstração contábil cujo objetivo é mostrar todas as alterações ocorridas, durante o exercício, na conta Lucros ou na conta Prejuízos Acumulados.
Com relação à DLPA, julgue as afirmativas a seguir.
I. A DLPA apresenta o resultado do exercício e sua transferência para o Patrimônio Líquido.
II. Na DLPA, são evidenciados as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao capital e o saldo de Lucros ou Prejuízos Acumulados no final do exercício.
III. A DLPA deverá indicar eventuais aumentos de capital em dinheiro e poderá ser incluída na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.
Está correto o que se afirma em
	A. I, apenas.
	B. I e II, apenas.
	C. I e III, apenas.
	D. II e III, apenas.
	E. I, II e III.
Questão 2. Da contabilidade da Cia. Penedo, foram extraídos os dados a seguir, durante o exercício de 2013.
· Valor do Patrimônio Líquido em 31/12/2012: R$580.000,00.
· Valor do Patrimônio Líquido em 31/12/2013: R$950.000,00.
· Ajuste positivo de exercícios anteriores: R$30.000,00.
· Dividendos propostos aos acionistas: R$140.000,00.
· Constituição da Reserva Legal: R$18.000,00.
· Aumento de capital em dinheiro: R$120.000,00.
· Constituição da Reserva Estatutária: R$36.000,00.
Considerando exclusivamente essas informações, é possível concluir que o lucro líquido do exercício gerado pela companhia, em 2013, corresponde a
	Material Específico – Ciências Contábeis – Tomo VII – CQA/UNIP
	Material Específico – Ciências Contábeis – CQA/UNIP
25
	A. 414.000,00
	B. 390.000,00
	C. 384.000,00
	D. 360.000,00
	E. 330.000,00
Questão 3.[footnoteRef:1] O Balanço Patrimonial de 31/12/2012 apresentava a composição a seguir para o Patrimônio Líquido da Empresa Internacional S.A. [1: (FCC/2015 – com adaptações).] 
· Capital Social: R$4.000.000,00
· Reserva Legal: R$760.000,00
· Reserva Estatutária: R$200.000,00
· Reserva para Expansão: R$120.000,00
O Lucro Líquido apurado em 2013 foi R$1.200.000,00 e a empresa fez a destinação a seguir desse valor.
· Reserva legal: de acordo com a Lei Nº 6.404/76 e alterações posteriores.
· Reserva para Expansão aprovada pela assembleia: 10% do Lucro Líquido.
· Dividendos Mínimos Obrigatórios: o estatuto prevê 30% do Lucro Líquido ajustado nos termos da Lei Nº 6.404/76 e alterações posteriores.
Com base nessas informações, a quantia que a Empresa Internacional S.A. apresentou no passivo como dividendos a distribuir e o valor total do Patrimônio Líquido, em 31/12/2013, foram, respectivamente, em reais
a) 
A. 348.000,00 e 5.932.000,00.
B. 342.000,00 e 5.938.000,00.
C. 1.040.000,00 e 5.240.000,00.
D. 348.000,00 e 5.892.000,00.
E. 312.000,00 e 5.968.000,00.
Questão 4[footnoteRef:2]. A Empresa Trovoada S.A. apresentou as demonstrações contábeis a seguir, com os valores expressos em reais. [2: (FCC/2015 – com adaptações).] 
Sabendo-se que as despesas financeiras somente serão pagas na data de vencimento dos empréstimos existentes em 31/12/2014, que não houve pagamento de empréstimos em 2014, que o terreno foi vendido à vista e que os equipamentos foram adquiridos à vista, o fluxo de caixa gerado pelas Atividades Operacionais no ano de 2014 foi, em reais,
	A. 66.000,00.
	B. 80.000,00.
	C. 50.000,00.
	D. 36.000,00.
	E. 56.000,00.
Questão 5.[footnoteRef:3] Conforme o Art. 248 da Lei Nº 6.404/76, atualizado pela Lei Nº 11.638/2007 e pela Lei Nº 11.941/2009, os Investimentos em Controladas, Coligadas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo Método de Equivalência Patrimonial. De acordo com a legislação vigente, para determinação do valor do investimento por esse método, aplica-se o percentual no: [3: Questão 14 – Enade 2015.] 
A. Capital Social sobre o valor do Lucro Líquido da Coligada e da Controlada, não se computando os resultados não realizados.
B. Capital Social sobre o valor do Patrimônio Líquido da Coligada e da Controlada, somando-se a este montante os resultados não realizados líquidos dos efeitos fiscais.
C. Patrimônio Líquido sobre o valor do Capital Social da Coligada e da Controlada, subtraindo-se desse montante os resultados não realizados líquidos decorrentes dos efeitos fiscais.
D. Capital Social sobre o valor do Patrimônio Líquido da investidora, subtraindo-se desse montante os resultados não realizados decorrentes de negócios com a Companhia, Coligadas ou Controladas.
E. Capital Social sobre o valor do Patrimônio Líquido da Coligada e da Controlada, não se computando os resultados não realizados decorrentes de negócios com a companhia, Coligadas ou Controladas.
1. Introdução teórica
1.1. Investimentos avaliados pelo Método da Equivalência Patrimonial
O Art. 248 da Lei N° 6.404/76, com as alterações produzidas pela Lei N° 11.941/2009, trata da avaliação dos Investimentos em Coligadas e Controladas. 
Art. 248.  No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em coligadas ou em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial, de acordo com as seguintes normas (Redação dada pela Lei N° 11.941, de 2009):
I - o valor do patrimônio líquido da coligada ou da controlada será determinado com base em balanço patrimonial ou balancete de verificação levantado, com observância das normas desta Lei, na mesma data, ouaté 60 (sessenta) dias, no máximo, antes da data do balanço da companhia; no valor de patrimônio líquido não serão computados os resultados não realizados decorrentes de negócios com a companhia, ou com outras sociedades coligadas à companhia, ou por ela controladas;
II - o valor do investimento será determinado mediante a aplicação, sobre o valor de patrimônio líquido referido no número anterior, da porcentagem de participação no capital da coligada ou controlada;
III - a diferença entre o valor do investimento, de acordo com o número II, e o custo de aquisição corrigido monetariamente; somente será registrada como resultado do exercício:
a) se decorrer de lucro ou prejuízo apurado na coligada ou controlada;
b) se corresponder, comprovadamente, a ganhos ou perdas efetivos;
c) no caso de companhia aberta, com observância das normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários.
§ 1º Para efeito de determinar a relevância do investimento, nos casos deste artigo, serão computados como parte do custo de aquisição os saldos de créditos da companhia contra as coligadas e controladas.
§ 2º A sociedade coligada, sempre que solicitada pela companhia, deverá elaborar e fornecer o balanço ou balancete de verificação previsto no número I.
O Pronunciamento Técnico CPC 18 (R2) – Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto – confirma o teor da Lei N° 6.404/76 ao estabelecer, no item 10, a aplicação do método da equivalência patrimonial nos investimentos em coligadas, em empreendimentos controlados em conjunto e em controladas. 
As definições de sociedades controladas e sociedades coligadas estão contidas no Art. 243 da Lei N° 6.404/76 e reproduzidas a seguir.
· Sociedade controlada. São controladas as sociedades nas quais a controladora, diretamente ou por meio de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe asseguram, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e poder de eleger a maioria dos administradores. 
· Sociedade coligada. São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa. Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la. É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20% ou mais do capital votante da investida. 
Há, entretanto, uma diferença entre a Lei N° 6.404/76 e o Pronunciamento Técnico – CPC 18 (R2) – na definição de coligada. O item 5 do referido pronunciamento determina que se o investidor mantiver direta ou indiretamente, por meio de controladas, por exemplo, 20% ou mais do poder de voto da investida, presume-se que ele tenha influência significativa, a menos que possa ser claramente demonstrado o contrário. A Lei N° 6.404/76, por sua vez, não faz menção às participações indiretas e, consequentemente, considera que as empresas são coligadas somente por participações diretas.
Há, também, as sociedades que fazem parte de um mesmo grupo ou que estão sob controle comum. O Art. 265 da Lei N° 6.404/76 determina que a sociedade controladora e suas controladas podem constituir, nos termos desse artigo, grupo de sociedade, mediante convenção pela qual se obriguem a combinar recursos ou esforços para a realização dos respectivos objetos, ou a participar de atividades ou empreendimentos comuns. O Pronunciamento Técnico – CPC 18 (R2), item 3, define empreendimento controlado em conjunto (joint venture) como um acordo por meio do qual as partes, que detêm o controle em conjunto do acordo contratual, têm direitos sobre os ativos líquidos.
O pronunciamento técnico CPC 18 (R2) estabelece, também, que o investimento deve ser inicialmente reconhecido pelo custo e o seu valor contábil será ajustado pelo reconhecimento da participação do investidor nos lucros ou prejuízos do período, nas distribuições recebidas e nas variações de saldo dos componentes dos outros resultados abrangentes.
Para Montoto (2015), avaliar por equivalência patrimonial significa, na prática, contabilizar, no instante da aquisição da participação societária, o valor de custo e, na primeira demonstração financeira elaborada após a aquisição, atualizar o saldo do investimento em função das variações no patrimônio líquido da investida. 
Para Santos et al (2015), de acordo com a legislação societária, uma vez identificados os investimentos que devem ser avaliados pela equivalência patrimonial, será efetuada a equivalência patrimonial dos investimentos mediante os seguintes procedimentos:
(a) apura-se o valor dos investimentos após a equivalência patrimonial, multiplicando-se o patrimônio líquido da empresa investida pelo percentual de participação da investidora no capital da investida;
(b) obtém-se o valor da equivalência patrimonial pela diferença entre o valor após equivalência (item a) e o saldo do investimento existente no item razão contábil.
1.2. Resultados não realizados
Como determina o Art. 248 da Lei N° 6.404/76, no valor do patrimônio líquido, não serão computados os resultados não realizados decorrentes de negócios com a companhia ou com outras sociedades coligadas à companhia ou por ela controladas.
Os resultados não realizados ocorrem quando são efetuadas operações de venda de ativos entre investidora e investida e entre controladora e controlada, com lucros ou prejuízos. Na data da elaboração do balanço, se esses ativos ainda não tiverem sido vendidos a terceiros e, portanto, ainda constarem no balanço patrimonial das empresas compradoras, os resultados não realizados devem ser eliminados.
O Pronunciamento Técnico – CPC 18 (R2) – fixou tratamento diferenciado para os resultados não realizados para coligadas e controladas. Os itens 28 e 28A classificam as operações em transações ascendentes (upstream) e descendentes (downstream). Uma transação é ascendente (upstream) quando a coligada vende para a investidora ou quando a controlada vende para a controladora. Uma transação é descendente (downstream) quando a investidora vende para a coligada ou a controladora vende para a controlada. 
	O referido pronunciamento, com a interpretação dada pela Interpretação Técnica – ICPC 09 (R2), determina as regras a seguir para a eliminação dos resultados não realizados.
· Nas operações de venda de ativos da investidora para uma coligada (downstream), a eliminação dos lucros não realizados deve ser feita no resultado individual da investidora, na linha de resultado da equivalência patrimonial, da seguinte forma: aplicar o percentual de participação sobre o Lucro Líquido da coligada e contabilizar como Resultado de Equivalência Patrimonial; aplicar o percentual de participação sobre os lucros não realizados e contabilizar como conta redutora do Resultado de Equivalência Patrimonial em contrapartida de conta redutora de investimentos.
· Nas operações de venda da coligada (ou empreendimento controlado em conjunto) para sua investidora (upstream), os lucros não realizados por operação de ativos ainda em poder da investidora devem ser eliminados da seguinte forma: aplicar o percentual de participação sobre o Lucro Líquido da coligada, deduzido o total do lucro que for considerado como não realizado pela investidora, e contabilizá-lo como Resultado de Equivalência Patrimonial.
· Nas operações de venda da controladora para uma controlada (downstream), os lucros não realizados devem ser totalmente eliminados no resultado individual da controladora, deduzindo-se 100% do lucro contido no ativo ainda em poder da controlada, da seguinte forma: aplicar o percentual de participação sobre o Lucro Líquido da controlada e contabilizá-lo como Resultado de Equivalência Patrimonial; contabilizar o total dos lucros não realizados como conta redutora do Resultado de Equivalência Patrimonial em contrapartida de conta redutora de Investimentos.
· Nas operações de venda da controlada para a controladora (upstream), o lucro deve ser reconhecido na controlada normalmente. No caso de coligada e de empreendimentocontrolado em conjunto, adotar o mesmo procedimento. Nas demonstrações individuais da controladora, o cálculo da equivalência patrimonial deve ser feito deduzindo-se, do patrimônio líquido da controlada, 100% do lucro contido no ativo ainda em poder da controladora.
2. Indicações bibliográficas
· BRASIL. Lei N° 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm>. Acesso em 29 set. 2016.
· COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – CPC. Pronunciamento Técnico CPC 18 (R2) – Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto. Disponível em <http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/ 263_CPC_18_(R2)_rev%2008.pdf>. Acesso em 29 set. 2016.
· COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – ICPC 09 (R2) - Demonstrações Contábeis Individuais, Demonstrações Separadas, Demonstrações Consolidadas e Aplicação do Método da Equivalência Patrimonial. Disponível em <http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/494_ICPC09(R2).pdf>. Acesso em 29 set. 2016.
· MONTOTO, E. Contabilidade geral e avançada esquematizado. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.
· SANTOS, J. L. et al. Manual de práticas contábeis: aspectos societários e tributários. São Paulo: Atlas, 2015.
Questão 6. A Cia. Canadá assumiu o controle da Cia. Toronto ao adquirir 70% das ações ordinárias pelo valor de R$350.000,00 em 31/12/2013. Nessa data, o patrimônio líquido da Cia. Toronto era composto apenas pelo capital social no valor de R$ 500.000,00, representado por 500.000 mil ações ordinárias ao valor nominal de R$1,00 por ação. 
Durante o 1º semestre de 2014, a Cia. Toronto obteve lucro de R$ 200.000,00, do qual destinou 30% à distribuição de dividendos entre os acionistas. A Cia. Canadá, ao efetuar o fechamento do balanço em 30/06/2014, em decorrência da avaliação de seu investimento na Cia. Toronto, deverá efetuar quais registros em sua contabilidade?
A. Creditar Resultado de Equivalência Patrimonial no valor de R$ R$140.000,00 e creditar Investimentos no valor de R$ 42.000,00. 
B. Creditar Resultado de Equivalência Patrimonial no valor de R$98.000,00 e creditar Receita de Dividendos no valor de R$42.000,00.
C. Debitar Investimentos no valor de R$140.000,00 e creditar a conta Caixa no valor de R$42.000,00.
D. Creditar Receita de Dividendos no valor de R$21.000,00 e debitar a conta Investimentos no valor de R$98.000,00.
E. Creditar a conta Investimentos no valor de R$200.000,00 e debitar a conta Caixa no valor de R$60.000,00.
Questão 7. O objetivo do CPC Nº 18 (R2) - Investimento em Coligadas, em Controladas e em Empreendimento Controlado em Conjunto - é estabelecer a contabilização de investimentos em coligadas e em controladas e definir os requisitos para a aplicação do método da equivalência patrimonial. De acordo com essa norma, avalie as afirmativas a seguir.
I. Influência significativa é o poder de participar das decisões sobre políticas financeiras e operacionais de uma investida, desde que haja, obrigatoriamente, o controle individual ou o controle conjunto dessas políticas.
II. O Método de Equivalência Patrimonial é o método de contabilização por meio do qual o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e, a partir daí, ajustado para refletir a alteração pós-aquisição na participação do investidor sobre os ativos líquidos da investida.
III. Pelo Método da Equivalência Patrimonial, as distribuições recebidas da investida reduzem o valor contábil do investimento.
IV. Se o investidor mantém, direta ou indiretamente, vinte por cento ou mais do poder de voto da investida, presume-se que ele tenha influência significativa.
Está correto o que se afirma apenas em
	A. I, II e IV.
	B. I, III e IV.
	C. II, III e IV.
	D. III e IV.
	E. II e IV.
Questão 8[footnoteRef:4]. O Patrimônio Líquido contábil da Empresa Riacho Fundo S.A., em 31/12/2012, era R$10.000.000,00. A Cia. Grande Rio adquiriu, em 31/12/2012, 40% das ações da Empresa Riacho Fundo S.A., pagando à vista o valor de R$6.000.000,00 e passando a ter influência significativa sobre a empresa investida. Sabe-se que, na data da aquisição das ações, o valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis da Empresa Riacho Fundo S.A. era R$12.000.000,00 e que a diferença para o Patrimônio Líquido contábil decorre do valor contabilizado pelo custo e o valor justo de um terreno. [4: (FCC/2015 – com adaptações).] 
No período de 01/01/2013 a 31/12/2013, a Empresa Riacho Fundo S.A. reconheceu as mutações a seguir em seu Patrimônio Líquido
· Lucro líquido de 2014: R$900.000,00
· Pagamento de dividendos: R$200.000,00.
Com base nessas informações, o valor reconhecido em Investimentos em Coligadas, no Balanço Patrimonial individual da Cia. Grande Rio, em 31/12/2014, foi, em reais,
a) 
	A. 4.280.000,00.
	B. 6.280.000,00.
	C. 5.080.000,00
	D. 4.360.000,00.
	E. 6.360.000,00.
Questão 9[footnoteRef:5]. A Demonstração do Resultado do ano de 2017 da empresa Só-Negar S.A. é apresentada a seguir: [5: Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: SEFAZ-SC Prova: FCC - 2018 - SEFAZ-SC - Auditor-Fiscal da Receita Estadual - Auditoria e Fiscalização (Prova 3)
] 
As seguintes informações são conhecidas:
I. A empresa Controlar S.A. detém 100% do capital da empresa Só-Negar S.A.
II . A empresa Só-Negar realizou uma venda no valor de R$ 5.000,00 para a empresa Controlar S.A., sendo que o Custo dos Produtos Vendidos foi R$ 3.000,00. Desta forma, a margem bruta nessa venda foi 40%.
III . A empresa Controlar S.A. ainda mantém em seu estoque o valor de R$ 1.500,00 das compras que fez da empresa Só-Negar S.A.
Com base nessas informações, em 2017, o resultado
A. de equivalência patrimonial reconhecido pela empresa Controlar S.A. foi R$ 1.700,00.
B. não realizado considerado pela empresa Só-Negar S.A. foi R$ 2.000,00.
C. de equivalência patrimonial reconhecido pela empresa Controlar S.A. foi R$ 1.100,00.
D. de equivalência patrimonial reconhecido pela empresa Controlar S.A. foi R$ 300,00, negativo.
E. líquido da empresa Só-Negar S.A. foi reduzido em R$ 900,00.
Questão 10[footnoteRef:6]. [6: Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: SEFAZ-GO Prova: FCC - 2018 - SEFAZ-GO - Auditor-Fiscal da Receita Estadual
] 
Texto associado
      Em 31/12/2016, a Cia. Brasileira adquiriu, à vista, 40% das ações da Cia. Francesa. O valor pago pela aquisição foi R$ 7.000.000,00 e a Cia. Brasileira passou a ter influência significativa na administração. Na data da aquisição, o Patrimônio Líquido contábil da Cia. Francesa era R$ 10.000.000,00 e o valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis era R$ 15.000.000,00, sendo esta diferença decorrente da avaliação a valor justo de um ativo intangível com vida útil indefinida que a Cia. Francesa detinha.
      No período de 01/01/2017 a 31/12/2017, a Cia. Francesa apurou lucro líquido de R$ 500.000,00. Sabe-se que, em 2017, a Cia. Francesa realizou uma venda no valor de R$ 100.000,00 para a Cia. Brasileira com margem de lucro de 50% sobre as vendas, e estas mercadorias adquiridas da Cia. Francesa ainda estão no estoque da Cia. Brasileira. A alíquota de imposto de renda para a Cia. Francesa é 34% e esta distribuiu dividendos totais no valor de R$ 150.000,00. 
O impacto reconhecido na Demonstração do Resultado individual de 2017 da Cia. Brasileira, referente ao investimento na Cia. Francesa, foi, em reais, 
A. 
B. 120.000,00.
C. 180.000,00.
D. 186.800,00.
E. 167.000,00.
F. 126.800,00.
Questão 11[footnoteRef:7]. Um equipamento foi adquirido, em 01/01/2012, por R$1.200.000,00, com pagamento à vista. A empresa adquirente definiu a vida útil desse equipamento em 10 anos e estimou o valor residual em R$120.000,00. Em 01/01/2013, a empresa reavaliou a vida útil do equipamento para 6 anos e o valor residual foi estimado para R$192.000,00. Com base nessas informações e sabendo-se que a empresa adota o método das quotas constantes para o cálculo da depreciação, o valor contábil do equipamento apresentado no Balanço Patrimonial da empresa, em 31/12/2014, foi, em reais, [7: (FCC/2015).]A. 792.000,00.
	B. 876.000,00.
	C. 672.000,00.
	D. 728.000,00.
	E. 840.000,00.
Questão 12.[footnoteRef:8] [8: Questão 10 – Enade 2012 – adaptado.] 
A Cia. Irlanda apropria mensalmente a sua depreciação por meio do método das quotas constantes (depreciação linear). 
Ativo Imobilizado da Cia. Irlanda em 31/12/2011
*Os computadores adquiridos em 04/01/2010 já tinham sido utilizados há exatos três anos pelo 1º proprietário.
Observa-se que existe legislação específica para a depreciação de bens usados adquiridos, conforme Regulamento do Imposto de Renda, DL 9580/2018, que determina a apropriação da metade do tempo usual ou o prazo de vida útil restante (dos dois o maior) para os bens usados adquiridos.
O critério utilizado é de que, independentemente do dia de aquisição, sua quota mensal de depreciação será apropriada integralmente. Todos os bens estão em uso, todos os meses são considerados de 30 dias, e o ano é de 360 dias.
A apropriação da depreciação é realizada sem considerar qualquer expectativa de valor residual.
Com base na situação acima descrita, o saldo da conta de Depreciação Acumulada em 31/12/2011 da Cia. Irlanda foi de
A. R$1.634.000,00.
B. R$1.642.000,00.
C. R$1.662.000,00.
D. R$1.682.000,00.
E. R$1.692.000,00.
1. Introdução teórica
Depreciação de bens adquiridos usados
À medida que a empresa utiliza seus ativos, incorre uma despesa. No caso de itens registrados no Imobilizado, a empresa, ao utilizá-los, gera uma despesa denominada depreciação. A depreciação representa o consumo dos ativos de longo prazo e há diversos métodos para seu cálculo, a exemplo do método da linha reta (ou quotas constantes).
Pelo método da linha reta, o valor da despesa de depreciação é obtido pela divisão do valor depreciável (custo do ativo menos seu valor residual) do bem pelo seu tempo de vida útil estimado. Conforme explica Almeida (2014), valor residual de um ativo é um valor estimado que a entidade obteria com a venda do ativo após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a idade e a condição para o fim de sua vida útil.
O registro contábil da depreciação implica débito na conta de despesa de depreciação com contrapartida em depreciação acumulada. O valor contábil do bem é obtido pela diferença entre seu custo de aquisição e sua depreciação acumulada. 
Ao se adquirir um bem usado que será classificado no ativo imobilizado, o cálculo da depreciação será realizado utilizando-se o tempo de vida útil maior entre (a) a metade da vida útil do bem ou (b) o restante da vida útil do bem, como mostrado no exemplo a seguir.
· Veículo adquirido com 3 anos de uso.
· Tempo de vida útil estimada para o veículo adquirido novo: 8 anos.
· Metade da vida útil do veículo: 4 anos.
· Restante da vida útil do veículo: 5 anos.
· O veículo será, portanto, depreciado durante o prazo de 5 anos.
A fim de atender ao princípio da competência, o reconhecimento da despesa de depreciação deve ser realizado mensalmente, a partir do momento em que o imobilizado esteja instalado, posto em serviço ou em condições de produzir conforme art. 305, § 2º do Decreto Nº 9.580, de 22 de novembro de 2018, conhecido como Regulamento do Imposto de Renda (RIR/18). No mesmo sentido, o item 55 do CPC 27 – Ativo Imobilizado dispõe que a depreciação do ativo se inicia quando ele está disponível para uso, ou seja, quando está no local e em condições de funcionamento na forma pretendida pela administração.
2. Indicações bibliográficas
· ALMEIDA, M. C. Curso de Contabilidade Introdutória em IFRS e CPC. São Paulo: Atlas, 2014.
· BRASIL. Presidência da República. Decreto Nº 9.580 de 22 de novembro de 2018. Regulamenta a tributação, a fiscalização, a arrecadação e a administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza. Disponível em <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/decreto/d9580.htm>. Acesso em 08 fev. 2020.
· COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – CPC. Pronunciamento CPC 27: Ativo Imobilizado. Disponível em <http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/316_CPC_27_rev%2006.pdf>. Acesso em 19 ago. 2014.
Questões 13 e 14
Questão 13.[footnoteRef:9] [9: Questão 27 – Enade 2012.] 
Suponha que determinada empresa atinge seu ponto de equilíbrio contábil (lucro zero) vendendo 250 unidades de seu produto, conforme discriminado na tabela abaixo.
	Demonstração do lucro (no ponto de equilíbrio)
	Vendas: 250 unidades a R$8,00
	R$2.000,00
	100%
	(-) Custos variáveis: 250 unidades a R$2,00
	R$500,00
	25%
	(-) Despesas variáveis: 250 unidades a R$0,80
	R$200,00
	10%
	= Lucro marginal
	R$1.300,00
	65%
	(-) Custos fixos
	(R$1.300,00)
	65%
	= Lucro operacional
	R$0
	0%
	Demonstração do lucro (no ponto de equilíbrio)
	Vendas: 4000 unidades a R$ 10,00
	R$ 4.000
	100%
	(-) Custos variáveis: 400 unidades a R$4,00
	R$ 1600
	25%
	(-) Despesas variáveis: 400 unidades a R$ 1,00
	R$ 400,00
	10%
	= Lucro marginal
	R$ 2.000
	65%
	(-) Custos fixos
	1500,00
	65%
	= Lucro operacional
	R$ 500,00
	0%
A empresa deseja avaliar o impacto de aumentar, simultaneamente, no próximo período, os custos fixos para R$1.500,00, o preço de venda unitário para R$10,00, o custo variável por unidade para R$4,00 e as despesas variáveis para R$1,00. Além disso, ela deseja alcançar lucro operacional de R$500,00.
Considerando que essa empresa implemente todas as alterações projetadas para o próximo período, para atingir seu novo ponto de equilíbrio (econômico), ela deverá vender
A. 260 unidades.
B. 300 unidades.
C. 360 unidades.
D. 400 unidades.
E. 600 unidades.
Questão 14.[footnoteRef:10] [10: Questão 29 – Enade 2012.] 
A empresa Alfa acumula vendas no valor de R$1.000.000,00, obtendo um lucro bruto de R$200.000,00. O preço de venda do único produto produzido pela empresa é de R$1.000,00 e o seu custo variável é de R$300,00.
Nessa situação, o grau de alavancagem operacional da empresa Alfa é igual a
	A. 5,5.
	B. 5,0.
	C. 4,5.
	D. 4,0.
	E. 3,5.
1000-300=700,00
700x1.000=
700.000/200.00=3.5%
1. Introdução teórica
1.1. Análise custo/volume/lucro
Ao analisarmos o comportamento dos custos, separando-os, por exemplo, em fixos e em variáveis, muitas outras possibilidades de análise surgem quanto aos gastos e às receitas da empresa, quanto ao volume do que é produzido, quanto ao que pode ser alterado, quanto ao que pode ser adicionado etc.
Segundo Padoveze (2006), esse ferramental de análise econômica é denominado análise de custo/volume/lucro e conduz a três importantes conceitos: margem de contribuição, ponto de equilíbrio e alavancagem operacional.
De acordo com Crepaldi e Crepaldi (2014), essa análise é um instrumento utilizado para projetar o lucro que seria obtido em diversos níveis possíveis de produção e vendas, bem como para analisar o impacto sobre o lucro de modificações no preço de venda, nos custos ou em ambos. Ela é baseada no custeio variável. Por meio da análise, pode-se estabelecer qual a quantidade mínima que a empresa deve produzir e vender para que não incorra em prejuízo.
1.2. Margem de contribuição
Margem de contribuição representa o preço de venda diminuído dos custos e das despesas variáveis, isto é, representa a contribuição que a empresa obtém em cada unidade vendida para cobrir os custos e as despesas fixas.
Em outras palavras, pode-se entender margem de contribuição como a parcela do preço de venda que ultrapassa os custos e as despesas variáveis e que contribui para a absorção dos custos fixos e, ainda, para a formação do lucro (CREPALDI e CREPALDI, 2014).
A informação obtida com a margem de contribuição auxilia os gestores a decidirem se devem diminuir ou expandir uma linha de produção, a avaliarem alternativas provenientes da produção e de propagandas especiais, a analisarem estratégias de preço, serviços ou produtos e a avaliarem desempenho.
1.3. Ponto de equilíbrio
No caso de a empresa desejar conhecer a quantidade mínima a ser vendida para que seja capaz de cumprir financeiramente com seus custos e suas despesas fixas, além dos custos e das despesas variáveis em que necessariamenteincorre para fabricar/vender o produto, deve-se calcular o denominado ponto de equilíbrio, que representa o volume de atividade operacional em que o total da margem de contribuição da quantidade vendida/produzida iguala-se aos custos e às despesas fixas.
Em outras palavras, o ponto de equilíbrio mostra o nível de atividade ou o volume operacional quando a receita total das vendas se iguala ao somatório dos custos variáveis totais, dos custos e das despesas fixas.
O ponto de equilíbrio evidencia os parâmetros que mostram a capacidade mínima em que a empresa deve operar para não ter lucro ou prejuízo. Quanto maiores forem as vendas acima do ponto de equilíbrio, maior será a margem de segurança da empresa.
1.3.1. Tipos de ponto de equilíbrio
De acordo com Parisi e Megliorini (2011), o ponto de equilíbrio pode ser analisado sob três aspectos distintos: contábil, financeiro e econômico.
O ponto de equilíbrio contábil é o mais tradicional e o resultado obtido a partir da fórmula para encontrá-lo pode ser interpretado como a quantidade mínima a ser produzida pela empresa de modo que seja capaz de cobrir despesas e custos fixos, não obtendo lucro ou prejuízo.
Conforme Parisi e Megliorini (2011), uma empresa que esteja trabalhando no ponto de equilíbrio contábil não atende às expectativas dos proprietários no que se refere à remuneração do capital nela investido, pois gera resultado econômico negativo, dada a não consideração do custo de oportunidade do capital nela investido.
A fórmula do ponto de equilíbrio contábil é a que segue.
Diferentemente do ponto de equilíbrio contábil, o ponto de equilíbrio econômico considera que a margem de contribuição deva ser suficiente para cobrir os custos e as despesas fixos e o custo de oportunidade do capital investido na empresa.
Para Parisi e Megliorini (2011), o ponto de equilíbrio econômico indica o mínimo que uma empresa deve produzir e vender para cobrir os juros sobre capital de terceiros (empréstimos e financiamentos) e remunerar o investimento realizado pelos proprietários. Em outras palavras, o lucro líquido do exercício é predeterminado e o ponto de equilíbrio econômico indicará a quantidade de vendas necessária para que se atinja tal lucro. Geralmente, o lucro líquido predeterminado é o custo de oportunidade, ou seja, a lucratividade mínima esperada pelo investidor (CREPALDI e CREPALDI, 2014).
A fórmula do ponto de equilíbrio econômico é a que segue.
Por fim, o ponto de equilíbrio financeiro considera que a margem de contribuição deva ser suficiente para cobrir os custos e as despesas desembolsáveis – caso em que seriam excluídos dos custos e das despesas fixos os valores de custos e despesas não caixa, a exemplo da depreciação e amortização – e também os pagamentos de juros e amortizações de dívidas. A quantidade de produtos nesse ponto indica a necessidade de a empresa produzir e vender de modo que lhe seja possível obter os recursos necessários para cobrir os pagamentos demandados por suas operações.
A fórmula do ponto de equilíbrio financeiro é a que segue.
1.4. Alavancagem operacional
Alavancagem operacional significa a possibilidade de acréscimo do lucro total por meio do aumento da quantidade produzida e vendida, buscando a maximização do uso dos custos e das despesas fixas. De outro modo, representa o grau de sensibilidade do lucro às variações no percentual de vendas. Seu cálculo é dado pela divisão da margem de contribuição pelo lucro.
Se, por exemplo, temos R$113.080,00 de margem de contribuição e R$66.758,74 de lucro, a alavancagem é de 1,69. Isso significa que o lucro da empresa cresce 1,69 vezes mais rápido do que suas vendas. Se a empresa aumentar suas vendas em 30%, seu lucro aumentará em 50,7% (1,69x30%).
Importante destacar que o efeito da alavancagem operacional está relacionado com os gastos fixos da empresa. Para produtos com alta alavancagem operacional, caracterizados por altos custos fixos e baixos custos variáveis, pequenas alterações no volume de vendas resultam em grandes mudanças nos lucros. Ao contrário, para produtos com baixa alavancagem operacional, caracterizados por baixos custos fixos e altos custos variáveis, mudanças no volume de vendas não resultam em grandes mudanças nos lucros.
Quanto maior o grau de alavancagem, mais perto a empresa encontra-se do ponto de equilíbrio. Por esse motivo, o grau de alavancagem operacional é uma medida de risco operacional. Quando a empresa está próxima do ponto de equilíbrio, o lucro operacional aproxima-se de zero, aumentando, portanto, o grau de alavancagem operacional.
2. Indicações bibliográficas
· CREPALDI, S. A.; CREPALDI, G. S. Contabilidade gerencial: teoria e prática. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
· PADOVEZE, C. L. Curso básico gerencial de custos. 2. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006.
· PARISI, C.; MEGLIORINI, E. (Org.). Contabilidade gerencial. São Paulo: Atlas, 2011.
Questão 15.[footnoteRef:11] [11: Questão 13 – Enade 2012.] 
A empresa Rainha fabrica atualmente três produtos, de acordo com as informações apresentadas no quadro seguir.
	Produto
	Horas/máquinas necessárias para uma unidade de produto
	Margem de contribuição unitária
	Margem de contribuição por horas/máquina
	Branco
	6 horas
	R$36,00
	R$6,00
	Laranja
	4 horas
	R$28,00
	R$7,00
	Verde
	2 horas
	R$20,00
	R$10,00
A capacidade total de horas/máquina necessária e a produção máxima semanal para satisfazer a demanda estão explicitadas no quadro seguinte.
	Produto
	Horas/máquina
	Demanda máxima semanal
	Branco
	900
	150 unidades
	Laranja
	600
	150 unidades
	Verde
	300
	150 unidades
Considerando que a capacidade das máquinas é limitada em 1.752 horas semanais e que o MIX de produção é função da capacidade das máquinas e da demanda de mercado, o MIX que maximiza os resultados, na sequência de classificação dos produtos, é
A. branco 142 unidades; verde 150 unidades; laranja 150 unidades.
B. branco 142 unidades; laranja 150 unidades; verde 150 unidades.
C. laranja 150 unidades; branco 142 unidades; verde 150 unidades.
D. verde 150 unidades; laranja 150 unidades; branco 142 unidades.
E. branco 150 unidades; laranja 150 unidades; verde 142 unidades.
1. Introdução teórica
Margem de contribuição e fator limitativo
Em situações em que não existam fatores que limitem a capacidade produtiva da empresa, os produtos que possuem maior margem de contribuição devem ser os incentivados em termos de produção e venda, pois, quanto maior a margem de contribuição, maior a contribuição de cada unidade vendida no pagamento dos custos fixos mensais da empresa. 
No entanto, diversas variáveis, internas ou externas, podem afetar o fluxo operacional da empresa, impondo restrições à produção e à venda de seus produtos. Quando uma restrição afeta o volume de vendas a ser produzido ou vendido, o conceito adequado é avaliar a margem de contribuição de cada produto, de acordo com as restrições encontradas, sem ser de forma isolada.
Em outras palavras, quando há limitações da capacidade produtiva da empresa, a variável que passa a ser importante é a razão entre a margem de contribuição unitária e o fator limitativo da capacidade produtiva (NEVES e VICECONTI, 2003).
2. Indicação bibliográfica
· NEVES, S. das; VICECONTI, P. E. V. Contabilidade de custos: um enfoque direto e objetivo. 7. ed. São Paulo: Frase, 2003. 
Questão 16.[footnoteRef:12] [12: Questão 32 – Enade 2012.] 
Uma empresa fabrica 2 produtos, sendo que o produto X corresponde a 75% das vendas e o produto Y a 25% das vendas. O produto X é vendido por R$40,00, tendo custos e despesas variáveis de R$20,00 e custos e despesas fixas de R$4,00. O produto Y é vendido por R$30,00, tendo custos e despesas variáveis de R$14,00 e custos e despesas fixas de R$6,00.
Sob essas condições, a margem de contribuição conjunta para os produtos X e Y será de
A. R$14,50.
B. R$19,00.
C. R$23,00.
D. R$23,50.
E. R$37,50.
1. Introdução teórica
Modelo de decisão da margem de contribuição – vários produtos
Ao produzir e vender diversos produtos e serviços, énecessário que a empresa adote um modelo de decisão de margem de contribuição de modo que lhe seja possível decidir quais ofertas de produtos são mais rentáveis, maximizando, ao final, seu lucro.
Além de apurar a contribuição de cada produto na absorção dos custos fixos, é necessário analisar se existe alguma restrição no processo industrial que impeça a empresa de atender à demanda do mercado.
2. Indicação bibliográfica
· DANTAS, J. A. O vendedor de sorvetes, a margem de contribuição e o ponto de equilíbrio. Disponível em <http://www.sebraesp.com.br/index.php/161-produtos-online/empreendedorismo/publicacoes/artigos/6280-o-vendedor-de-sorvetes-a-margem-de-contribuicao-e-o-ponto-de-equilibrio>. Acesso em 15 abr. 2015. 
Questão 17.[footnoteRef:13] [13: Questão 12 – Enade 2012.] 
A Indústria Metalúrgica Sem Fronteiras S.A. fabrica 10.000 unidades mensais de determinada peça cujo custo está discriminado no quadro a seguir.
	Custos
	10.000 peças
	Unitário
	Materiais
	R$50.000,00
	R$5,00
	Mão de obra direta
	R$30.000,00
	R$3,00
	Custos indiretos variáveis
	R$20.000,00
	R$2,00
	Custos fixos
	R$100.000,00
	R$10,00
	Custo Total
	R$200.000,00
	R$20,00
Essa empresa recebe uma proposta de comprar a peça diretamente de um fornecedor por R$11,00 cada; porém, nesse caso, incorreria nos seguintes custos adicionais:
· Fretes de R$2,00 por unidade;
· Mão de obra indireta adicional para recepção, inspeção e manuseio das peças de R$20.000,00 mensais.
Se parar de fabricar a peça, a empresa não conseguirá eliminar todos os custos atuais relacionados à fabricação do produto, restando, ainda, 40% dos custos fixos.
Caso a empresa deixe de fabricar a peça e passe a comprá-la do fornecedor, seu custo unitário será de:
A. R$19,00.
B. R$21,00.
C. R$23,00.
D. R$25,00.
E. R$27,00.
1. Introdução teórica
Comprar versus fabricar
Muitas são as empresas que buscam a terceirização de alguns produtos e de seus componentes com o objetivo de diminuir custos em tarefas que não sejam o negócio fim. Outras metas buscadas com a implantação da terceirização (conhecida também como outsourcing) são os aumentos da produtividade, da capacidade de inovação e da vantagem competitiva, tendo em vista que os maiores esforços e o foco da organização são direcionados aos seus processos-chave.
Decisões como a de terceirizar ou não parte da produção têm como base um modelo de análise de gestão de custos que envolve o levantamento dos custos das alternativas “comprar” ou “fabricar”, a análise acerca dos custos fixos, a utilização da capacidade ociosa e as avaliações dos custos adicionais por adquirir de terceiros e das quantidades envolvidas e da qualidade, do tempo e do fornecedor alternativo.
Nesse sentido, a empresa pode estar diante de um custo unitário de comprar menor do que o de fabricar, o que, aparentemente, seria a melhor solução no intuito de reduzir custos. No entanto, a resposta raramente é tão óbvia, conforme alertam Horngren et al (2004), pois é necessário analisar a diferença do custo futuro esperado entre as alternativas.
2. Indicação bibliográfica
· HORNGREN, C. T.; SUNDEM, G. L.; STRATTON, W. O. Contabilidade Gerencial. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.
Questão 18.[footnoteRef:14] Uma empresa fez sua projeção de vendas para janeiro, fevereiro e março do próximo ano, conforme quadro a seguir. [14: Questão 19 – Enade 2015.] 
	Orçamento de vendas
	
	Jan
	Fev
	Mar
	Demanda esperada (quantidade)
	10.000
	12.000
	15.000
	Preço de venda
	2,00
	2,00
	2,00
	Vendas Brutas (R$)
	20.000,00
	24.000,00
	30.000,00
Suponha que todas as vendas dessa empresa sejam parceladas da seguinte forma:
· 1ª parcela (à vista), correspondente a 30% da venda;
· 2ª parcela (prazo de 30 dias), correspondente a 30% da venda;
· 3ª parcela (prazo de 60 dias), correspondente a 40% da venda.
Considerando a política de recebimento e os dados apresentados, verifica-se que a empresa espera receber, no mês de março, o montante de
	A. R$8.000,00.
	B. R$22.200,00.
	C. R$24.200,00.
	D. R$29.600,00.
	E. R$30.000,00.
1. Introdução teórica
Planejamento de vendas
	O planejamento de vendas é fundamental para que a empresa alcance o sucesso esperado em seus negócios. A preparação de um planejamento de vendas visa a prever, com antecipação, o valor das receitas que a empresa espera receber em determinado período futuro e, em consequência, estabelecer planos de ações para que seus objetivos sejam alcançados.
O planejamento de vendas (projeção de vendas ou orçamento de vendas) é, basicamente, uma estimativa da quantidade de vendas e, consequentemente, do faturamento que uma empresa pode obter no futuro. A projeção de vendas pode ser feita mediante análise das vendas anteriores da empresa como ferramenta no planejamento de curto, médio e longo prazos.
Para Schubert (2005), os números de um orçamento não têm a obrigação de coincidir com os números que serão obtidos à medida que a realização da empresa avança sobre o período orçado. Os números das previsões tendem a aproximar-se dos números realizados. De acordo com Horngren et al (2004), o orçamento de vendas é um ponto de partida para a elaboração do orçamento geral, porque os níveis de estoques, as compras e as despesas operacionais são engrenados ao nível previsto de vendas. A previsão de vendas acurada é essencial para um orçamento eficaz.
 Após o orçamento de vendas, podem ser preparados o orçamento de compras e o orçamento de despesas operacionais, e pode ser prevista, mês a mês, a posição de caixa. A precisão dos programas estimados de produção e das tabelas de custo depende do detalhamento e da exatidão, em valor e em quantidade, da previsão de vendas.
O planejamento de vendas influencia diretamente a projeção do fluxo de caixa. O fluxo de caixa é um instrumento financeiro que realiza o controle da movimentação financeira, ou seja, a captação e a aplicação de recursos em determinado período de tempo. A segurança do orçamento de caixa depende, principalmente, do grau de exatidão do orçamento de vendas. Qualquer erro significativo na projeção do faturamento afeta diretamente o fluxo de caixa. Um dos itens mais representativos na formação do fluxo de caixa é o recebimento de clientes proveniente de vendas à vista e a prazo. É evidente que oferecer prazos de pagamento maiores facilita as vendas, mas provoca alterações na gestão financeira, pois, quanto maior o prazo de pagamento concedido aos clientes, menor a eficiência de geração de caixa da empresa, o que revela menor capacidade de pagamento de suas obrigações.
	
2. Indicações bibliográficas
· BORGES, L. Como fazer projeção de vendas. Disponível em <http://blog.luz.vc/como-fazer/como-fazer-projecao-de-vendas/>. Acesso em 24 fev. 2016.
· HORNGREN, C. T. et al. Contabilidade de custos: uma abordagem gerencial. 11. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004. v. 1.
· SCHUBERT, P. Orçamento empresarial integrado: metodologia, elaboração, controle e acompanhamento. 3. ed. São Paulo: Freitas Bastos, 2005. 
· TREASY. Projeção do fluxo de caixa. Disponível em <https://www.treasy.com.br/blog/projecao-de-fluxo-de-caixa>. Acesso em 04 out. 2016.
Questão 19[footnoteRef:15]. O sucesso de toda empresa, depende de um bom processo orçamentário. Assim são feitas as análises e os planos estratégicos. Para elaborar um orçamento empresarial é preciso analisar o ramo de atividade da empresa e assim buscar informações como um todo para elaborar o melhor orçamento a fim de buscar a lucratividade e menos riscos. Sobre os conceitos acerca de orçamento, assinale dentre as alternativas a seguir a que estiver INCORRETA: [15: (Ano: 2016 Banca: IESES Órgão: BAHIAGÁS Prova: IESES - 2016 - BAHIAGÁS - Analista de Processos Organizacionais - Administração)
] 
A. Orçamento Estático: a filosofia do orçamento estático está em romper com o passado, ou seja, nunca deixar o orçamento a partir das observações dos dados do passado, pois estes podem conter ineficiências que poderiam ser perpetuadas.
B. O Orçamento Contínuo tem por objetivo analisar, naquele período em que foi elaborado,o que deu certo e o que deu errado e assim projetar um novo orçamento a fim de diferenciar o que deu errado, contudo analisar detalhadamente as receitas e as despesas para ter base para a elaboração do período futuro. O orçamento contínuo cobre em torno de 12 meses, sendo que se pode revisa-lo mensalmente, trimestralmente e semestralmente, resultando em um orçamento mais claro e detalhado.
C. O processo de elaboração do orçamento em uma organização, seja pública ou privada, é parte importante no planejamento e controle financeiro. Na busca das empresas por diferenciação no mercado, o orçamento deve ser visto não só como instrumento de gestão, mas também como uma ferramenta estratégica.
D. O Orçamento Flexível objetiva auxiliar a empresa a calcular sua capacidade e assim prever seus custos para vários níveis de atividades. O orçamento flexível somente torna-se eficaz quando a empresa consegue calcular o que cada empregado produz o que cada máquina ou computador produz e o que cada metro quadrado a fábrica produz, assim os gestores conseguem se preparar para o inesperado.
E. As principais etapas para uma empresa elaborar o orçamento empresarial são: orçamento de vendas, orçamento de produção ou fabricação, orçamento dos custos de matéria-prima, orçamento dos custos de mão-de-obra direta, orçamento dos custos indiretos de fabricação, despesas de vendas e administrativas, projeção dos financeiros.
Questão 20[footnoteRef:16]. O orçamento empresarial tem como finalidade: [16: (Ano: 2016 Banca: UECE-CEV Órgão: DER-CE Prova: UECE-CEV - 2016 - DER-CE - Engenharia Mecânica)] 
A. atribuir poderes aos diversos segmentos administrativos.
B. definir as funções de planejamento e controle dos ativos.
C. definir as metas rotineiras e não rotineiras no âmbito empresarial.
D. traduzir, em termos monetários, o planejamento das atividades da empresa, que é retratado, de forma integrada, nos aspectos econômicos e financeiros.
Questão 21. A Indústria Aquarius S.A. adquiriu, em 01/01/2011, um equipamento para seu parque fabril no valor de R$400.000,00, cuja vida útil foi estimada em 10 anos, sem valor residual. No final de 2013, a indústria tomou conhecimento que foi lançado, no mercado, um novo equipamento com tecnologia reconhecidamente superior, gerando indícios de que o equipamento em uso sofreu relevante desvalorização.
Estudos realizados pela empresa identificaram que o valor justo líquido de despesas a ser obtido na venda do equipamento era de R$180.000,00 e o valor em uso projetado pelo do valor presente de fluxos de caixa futuros esperados era de R$240.000,00.
Após a avaliação desse equipamento, em 31/12/2013, e em atendimento ao CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos, o valor recuperável do equipamento e o valor da perda por impairment, serão, respectivamente, iguais a 
A. R$180.000,00 e R$100.000,00.
B. R$240.000,00 e R$40.000,00.
C. R$400.000,00 e R$160.000,00.
D. R$240.000,00 e R$280.000,00.
E. R$180.000,00 e R$60.000,00.
Questão 22. Uma sociedade empresarial, em outubro de 2013, adquiriu 12 toneladas de determinada matéria-prima por R$60.000,00 a tonelada. Ao final do exercício, a empresa mantinha em seu estoque apenas 1/4 dessa matéria-prima, cuja cotação no mercado era de R$55.000,00 a tonelada. De acordo com as projeções econômicas, há forte possibilidade de, já em 2014, ocorrer recuperação da cotação do produto no mercado, quando, então, espera-se que ele atinja o preço unitário de R$70.000,00, caso se mantenham estáveis algumas variáveis econômicas no futuro.
No fechamento do balanço, em 31/12/2013, a empresa deverá avaliar os estoques pelo valor realizável líquido de acordo com o CPC Nº 16 (R1) – Estoques.
Com base nas informações, para o fechamento do balanço, em 31/12/2013, assinale a alternativa que mostra o procedimento contábil que a empresa deverá adotar.
A. Reconhecer uma receita de R$30.000,00, considerando a potencialidade de benefícios futuros.
B. Contabilizar R$30.000,00 no patrimônio líquido, na conta outros resultados abrangentes e a débito de estoques.
C. Reconhecer despesas com perdas estimadas para redução ao valor realizável líquido no valor de R$15.000,00, creditando igual valor diretamente na conta de estoques.
D. Reconhecer despesas com perdas estimadas para redução ao valor realizável líquido no valor de R$45.000,00 a crédito de lucros acumulados.
E. Reconhecer despesas com perdas estimadas para redução ao valor realizável líquido no valor de R$15.000,00, creditando igual valor em conta redutora de estoques.
Questão 23[footnoteRef:17]. Uma empresa apresentou, em seu Balanço Patrimonial de 31/12/2013, o saldo de R$560.000,00 na conta Provisões, o qual era composto pelos valores a seguir. [17: (FCC/2015 – com adaptações).] 
 = 560.000
Para a elaboração das demonstrações contábeis de 31/12/2014, foram obtidas as informações a seguir sobre os diversos processos que a empresa está respondendo.
=160.000+ 80.0000= 240.0000
560.000- 240.000= 320.000
Com base nessas informações, a empresa reconheceu, na Demonstração de Resultados de 2014,
A. despesa com provisão no valor de R$80.000,00.
B. despesa com provisão no valor de R$240.000,00.
C. ganho líquido com provisão no valor de R$160.000,00.
D. despesa com provisão no valor de R$40.000,00.
E. ganho líquido com provisão no valor de R$320.000,00.
Questão 24.[footnoteRef:18] [18: Questão 24 – Enade 2012.] 
A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) tem por finalidade evidenciar a riqueza criada pela entidade e sua distribuição durante determinado período. Seus dados, em sua grande maioria, são obtidos principalmente a partir da Demonstração do Resultado.
A respeito desse tema, avalie as afirmações a seguir.
I. A DVA da empresa informa a riqueza criada pelos usuários externos em determinado período e a forma como tais riquezas foram distribuídas.
II. O valor adicionado representa a riqueza criada pela empresa, medida, de forma geral, pela diferença entre o valor das vendas e os insumos adquiridos de terceiros, incluindo também o valor adicionado recebido em transferência, ou seja, produzido por terceiros e transferido à entidade.
III. A receita de venda de mercadorias, de produtos e de serviços representa os valores reconhecidos na contabilidade pelo regime de competência e incluídos na demonstração do resultado do período.
IV. A DVA apresenta a distribuição da riqueza criada para os agentes que contribuíram para a sua geração, incluindo os sócios acionistas.
É correto apenas o que se afirma em
A. I e II.
B. I e III.
C. II e IV.
D. I, III e IV.
E. II, III e IV.
1. Introdução teórica
Demonstração do Valor Adicionado
A Demonstração do Valor Adicionado (DVA), componente do balanço social, é um instrumento complementar na análise da situação econômico-financeira das empresas. Tem por finalidade evidenciar a riqueza criada pela entidade e sua distribuição durante determinado período.
Conforme consta no Pronunciamento Técnico CPC 09 - Demonstração do Valor Adicionado, a elaboração da DVA deve observar a Estrutura Conceitual Básica para Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis e seus dados, em sua maioria, devem ser obtidos a partir da demonstração do resultado.
A DVA é formada por duas partes: (i) composição do valor adicionado gerado pela empresa e (ii) distribuição do valor adicionado aos diversos elementos que contribuíram para sua obtenção.
As receitas de vendas de produtos, mercadorias e serviços auferidos pela empresa, excluídos os insumos adquiridos de terceiros, são itens que representam composição do valor adicionado. Em outras palavras, o valor adicionado representa a riqueza criada pela empresa, medida pela diferença entre o valor das vendas e o valor dos insumos adquiridos de terceiros. Compreende também o valor adicionado recebido em transferência, isto é, aquele produzido por terceiros e transferido à entidade.
A segunda parte da DVA evidencia como o valor adicionado foi distribuído entre o quadro de pessoal da empresa (sob a forma de remuneração direta, benefícios e FGTS), qualé a parcela do governo (sob a forma de impostos, taxas e contribuições), qual é a remuneração dos financiadores externos de capital (pagamento de juros, por exemplo) e qual é a remuneração atribuída aos sócios e acionistas (sob a forma de dividendos ou juros sobre o capital próprio).
2. Indicação bibliográfica
· COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – CPC. Pronunciamento Técnico CPC 09 – Demonstração do Valor Adicionado. 2014. Disponível em <http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/175_CPC_09.pdf>. Acesso em 24 jun. 2014.
Questão 25.[footnoteRef:19] [19: Ano: 2019 Banca: CONSULPLAN Órgão: CFC Prova: CONSULPLAN - 2019 - CFC - Bacharel em Ciências Contábeis - 2º Exame] 
A Cia Alfa e a Cia Beta apresentavam os seguintes balanços patrimoniais em 31/12/X0:
Em 01/01/X1, a Cia Alfa adquiriu 90% de participação da Cia Beta por R$ 19.800. Na data, o valor de mercado do terreno é de R$ 12.000 e na negociação foi atribuído um valor de R$ 5.000 para a marca da empresa. Assinale o valor da conta “Participações de não Controladores” no balanço patrimonial consolidado em 01/01/X1 com base na NBC TSP 17 – Demonstrações Contábeis Consolidadas, considerando apenas os dados apresentados.
A. R$ 1.500.
B. R$ 1.700.
C. R$ 1.980.
D. R$ 2.200.
Questão 26.[footnoteRef:20] [20: Ano: 2018 Banca: IBFC Órgão: Câmara Municipal de Araraquara - SP Prova: IBFC - 2018 - Câmara Municipal de Araraquara - SP - Contador] 
Com relação à Consolidação das Demonstrações Contábeis, assinale a alternativa correta:
A. A consolidação das demonstrações contábeis é uma técnica contábil que consiste na unificação das demonstrações contábeis de todas as controladas da empresa com o objetivo de comparar a situação econômico-financeira das controladas com a da controladora.
B. A consolidação das demonstrações contábeis consiste em subtrair do saldo contábil do grupo econômico todos os saldos das contas contábeis das controladas.
C. As empresas que são obrigadas a efetuarem a consolidação das demonstrações contábeis, devem fazê-la, mas não podem publicar esta consolidação, devendo permanecer estes dados em poder do grupo econômico e fornecendo-os ao órgão competente apenas quando solicitado.
D. As demonstrações contábeis consolidadas devem: combinar itens similares de ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da controladora com os de suas controladas.
E. A responsabilidade pela consolidação das demonstrações contábeis é da sociedade controlada que apresentar o maior Patrimônio Líquido
Questão 27.[footnoteRef:21] A Consolidação das demonstrações contábeis objetiva informar aos seus usuários os resultados das operações e a posição financeira do Grupo empresarial; portanto ficam submetidas ao processo de consolidação integral, as empresas as quais o investidor tenha investimentos classificados como: [21: Ano: 2018 Banca: IBADE Órgão: Câmara de Porto Velho - RO Prova: IBADE - 2018 - Câmara de Porto Velho - RO - Contador
] 
A. investimentos disponíveis para venda.
B. controlada em conjunto.
C. investimentos com influência significativa.
D. coligada.
E. controlada.
Questão 28.[footnoteRef:22] Situação hipotética: A Cia JOBOATÃO possui 60% de ações da Cia PETROLINA. As companhias apresentaram seus balanços para fins de consolidação, conforme abaixo:
Considerando que a Cia JABOATÃO não possui outros investimentos e que não houve lucro não realizado nas transações entre as duas companhias e diante do balanço apresentado para fins de consolidação, pode-se afirmar: [22: Ano: 2019 Banca: INAZ do Pará Órgão: CORE-PE Prova: INAZ do Pará - 2019 - CORE-PE - Contador] 
A. O valor o ativo circulante consolidado é de R$ 175.000,00.
B. O valor do passivo circulante consolidado é de R$ 75.000,00.
C. O valor do ativo não circulante consolidado é de R$ 165.000,00.
D. O valor do patrimônio líquido consolidado é de R$ 234.000,00.
E. O valor do passivo não circulante consolidado é de R$ 90.000,00.
Questão 29.[footnoteRef:23] [23: Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: SEFAZ-RS Prova: CESPE - 2019 - SEFAZ-RS - Auditor Fiscal da Receita Estadual - Bloco II] 
Com relação à consolidação de demonstrações contábeis, julgue o item a seguir.
I Trata-se de procedimento obrigatório para todas as sociedades por ações, abertas ou fechadas, e, ainda, para entidades limitadas, quando existirem investimentos em controladas, sem qualquer exceção.
II É admissível uma defasagem de até sessenta dias entre as datas das demonstrações contábeis das empresas consolidadas e da empresa consolidadora, desde que satisfeitas as demais condições exigíveis.
III Devem ser excluídos das demonstrações os custos de estoque e os lucros ou prejuízos relativos a resultados ainda não realizados de negócios entre sociedades.
IV Os resultados relativos ao goodwill decorrente de operações intragrupo devem ser evidenciados na consolidação.
Estão certos apenas os itens
A. I e II.
B. I e IV.
C. II e III.
D. I, III e IV.
E. II, III e IV.
Questão 30.[footnoteRef:24] As Cias. A e B apresentavam os seguintes balanços patrimoniais em 31/12/2017: [24: Provas: FGV - 2018 - AL-RO - Analista Legislativo - Contabilidade
Disciplina: Contabilidade Geral - Assuntos: 4. Fusão, incorporação e cisão] 
Na data, o terreno da Cia. A tinha valor justo de R$ 200.000, enquanto o terreno da Cia. B tinha valor justo de R$ 150.000.
Em 02/01/2018, os sócios das duas empresas fazem uma fusão, constituindo a Cia. ABC.
Assinale a opção que indica o valor do patrimônio líquido da Cia. ABC na data da fusão.
A. R$150.000,00
B. R$250.000,00
C. R$290.000,00
D. R$320.000,00
E. R$460.000,00
Questão 31.[footnoteRef:25] A Cia. M é controlada pela Cia. K. As duas empresas apresentavam os seguintes balanços patrimoniais em 31/12/2017. [25: Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: AL-RO Prova: FGV - 2018 - AL-RO - Analista Legislativo - Contabilidade
] 
Em 02/01/2018, os sócios da Cia. K resolvem incorporar a Cia. M, que deixa de existir. Na data, os estoques da Cia. M tinham valor justo de R$ 60.000.
Assinale a opção correta em relação ao balanço patrimonial da Cia. K, depois de realizada a incorporação da Cia. M.
A. O ativo total era de R$ 80.000.
B. O passivo total era de R$ 50.000.
C. O capital social era de R$ 80.000.
D. A reserva de lucros era de R$ 30.000.
E. O ajuste da avaliação patrimonial era de R$ 30.000.
Questões 32 e 33
Questão 32.[footnoteRef:26] [26: Questão Discursiva 5 – Enade 2015.] 
Pelas características qualitativas da informação contábil-financeira útil, são identificados os tipos de informação que muito provavelmente são reputados como os mais úteis para investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes e em potencial, para tomada de decisões acerca da entidade que reporta com base na informação de seus relatórios contábil-financeiros (informação contábil-financeira).
As demonstrações contábeis retratam os efeitos patrimoniais e financeiros das transações e outros eventos, por meio do seu grupamento em classes amplas de acordo com as características econômicas.
Essas classes são denominadas elementos das transações contábeis. Os elementos diretamente relacionados à mensuração da posição patrimonial e financeira no Balanço Patrimonial são os ativos, os passivos e o patrimônio líquido.
COMITÉ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro: CPC 00 (R1). Brasília, 2011 (com adaptações).
Tendo como referência o exposto, suponha que uma indústria de alta tecnologia tenha descontinuado a produção de um componente eletrônico que era vendido a outras indústrias para a fabricação de microcomputadores e que a máquina instalada nessa linha de produção tenho sido concebida especialmente para fabricar esse componente. Considere, ainda, que dada a impossibilidade do uso desse componente em outras linhas de produção ou de sua venda no mercado de usados, o contador tenha baixado a máquina do ativo da empresa, cujo valor contábil na data da baixa era de R$1.300.000,00.
Com base na situação apresentada,faça o que se pede nos itens a seguir.
a) Justifique a decisão do contador de baixar a máquina do ativo da empresa, fundamentando-se na definição de ativo segundo as normas contábeis adotadas no Brasil.
b) Supondo que o contador não tivesse baixado a máquina do ativo, descreva a consequência para a utilidade e a qualidade das informações contábeis reportadas pela empresa. Embase sua resposta nas Características Qualitativas Fundamentais.
Questão 33.[footnoteRef:27] [27: Questão 15 – Enade 2015.] 
As Características Qualitativas Fundamentais, previstas na Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis, são a relevância e a representação fidedigna.
No que diz respeito a essas características, avalie as afirmativas a seguir.
I. A informação contábil-financeira é relevante quando capaz de fazer diferença, com valor preditivo e/ou confirmatório, nas decisões.
II. A informação pode ser capaz de fazer diferença em uma decisão ainda que alguns usuários decidam não a levar em consideração.
III. Para ser representação fidedigna, a realidade retratada deve ser completa e neutra, e estar livre de erro.
É correto o que se afirma em
A. I, apenas.
B. II, apenas.
C. I e III, apenas.
D. II e III, apenas.
E. I, II, III.
1. Introdução teórica
1.1. Aspectos gerais da Estrutura Conceitual
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis emitiu, em 2011, o Pronunciamento Conceitual Básico (R1), que trata da Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, também denominado de CPC 00.
De acordo com o prefácio desse pronunciamento, o International Accounting Standards Board (IASB), organização internacional que publica e atualiza as normas internacionais de contabilidade, está em pleno processo de atualização de sua Estrutura Conceitual, cujo projeto está sendo conduzido em fases, como reproduzido abaixo.
À medida que um capítulo é finalizado, itens da Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis, que foi emitido em 1989, vão sendo substituídos. Quando o projeto da Estrutura Conceitual for finalizado, o IASB terá um único documento, completo e abrangente, denominado Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro (The Conceptual Framework for Financial Reporting).
A Estrutura Conceitual está dividida em quatro capítulos, conforme segue.
· Capítulo 1 – Objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral.
· Capítulo 2 – A entidade que reporta a informação (dado a ser acrescentado futuramente).
· Capítulo 3 – Características qualitativas da informação contábil-financeira útil.
· Capítulo 4 – Estrutura Conceitual para elaboração e apresentação das demonstrações contábeis (1989): texto remanescente.
O objetivo das demonstrações contábeis, segundo as determinações do Pronunciamento Conceitual Básico (R1) – (CPC 00), é fornecer informações que sejam úteis na tomada de decisões econômicas e nas avaliações por parte dos usuários em geral, não tendo o propósito de atender à finalidade ou à necessidade específica de determinados grupos de usuários. Essas regulamentações satisfazem, portanto, as necessidades comuns da maioria dos seus usuários.
Segundo o Pronunciamento (CPC 00), os usuários utilizam as demonstrações contábeis para tomadas de decisões econômicas, tais como:
a. decidir quando comprar, manter ou vender instrumentos patrimoniais;
b. avaliar a administração da entidade quanto à responsabilidade que lhe tenha sido conferida e quanto à qualidade de seu desempenho e de sua prestação de conta;
c. avaliar a capacidade de a entidade pagar seus empregados e proporcionar-lhes outros benefícios;
d. avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos financeiros emprestados à entidade;
e. determinar políticas tributárias;
f. determinar a distribuição de lucros e dividendos;
g. elaborar e usar estatísticas da renda nacional; ou
h. regulamentar as atividades das entidades.
Cabe ressaltar que a Estrutura Conceitual apresentada nesse pronunciamento estabelece conceitos que fundamentam a elaboração e a apresentação de demonstrações contábeis destinadas a usuários externos e não define normas ou procedimentos para qualquer questão particular sobre aspectos de mensuração ou divulgação. Nada nessa Estrutura Conceitual substitui qualquer Pronunciamento Técnico, Interpretação ou Orientação. Se algum conflito for observado, sempre as exigências do Pronunciamento Técnico, da Interpretação ou da Orientação específicos devem prevalecer sobre a Estrutura Conceitual.
1.2. Elementos das demonstrações contábeis
O capítulo 4, Estrutura Conceitual para a Elaboração e a Apresentação das Demonstrações Contábeis do Pronunciamento Conceitual Básico (R1) – (CPC 00), determina que
as demonstrações contábeis retratam os efeitos patrimoniais e financeiros das transações e outros eventos, por meio do grupamento dos mesmos em classes amplas de acordo com as suas características econômicas. Essas classes amplas são denominadas de elementos das demonstrações contábeis. Os elementos diretamente relacionados à mensuração da posição patrimonial e financeira no balanço patrimonial são os ativos, os passivos e o patrimônio líquido. Os elementos diretamente relacionados com a mensuração do desempenho na demonstração do resultado são as receitas e as despesas.
Os elementos das demonstrações contábeis são definidos do modo a seguir.
· Ativo: é um recurso controlado pela entidade, como resultado de eventos passados, e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade. O benefício econômico futuro incorporado a um ativo é o seu potencial em contribuir, direta ou indiretamente, para o fluxo de caixa ou equivalentes de caixa para a entidade.
· Passivo: é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos.
· Patrimônio Líquido: é o interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos. É representado pelo capital social (recursos aportados pelos sócios), pelas reservas de retenções de lucros e pelas reservas que representam ajustes para manutenção do capital.
· Receitas: são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma de entrada de recursos ou de aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em aumentos do patrimônio líquido.
· Despesas: são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma de saída de recursos ou de redução de ativos ou acréscimos de passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido.
1.3. Características qualitativas da informação contábil-financeira útil
		Conforme Pronunciamento Conceitual Básico (R1) do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC 00), as características qualitativas da informação contábil-financeira útil identificam os tipos e as informações importantes nas decisões de investidores, de credores por empréstimos e de outros credores existentes ou em potencial.
		Para que a informação contábil-financeira seja útil, ela precisa ser relevante e representar com fidedignidade o que se propõe a representar. A utilidade da informação contábil-financeira será melhorada se ela for comparável, verificável, tempestiva e compreensível. As características qualitativas dividem-se, portanto, em fundamentais e de melhoria.
1.3.1. Características qualitativas fundamentais
		As características qualitativas fundamentais são a relevância e a representação fidedigna, descritas abaixo.
· Relevância: de acordo com o item QC6 do CPC 00, a informação contábil-financeira é relevante quando é capaz de fazer diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos usuários, ainda se eles decidirem não a levar em consideração ou se já tiverem tomado ciência de sua existência por outras fontes. O item QC7 complementa que a informação contábil-financeira é capaz de fazer diferença nas decisões se tiver valor preditivo, valor confirmatório ou ambos. A informação contábiltem valor preditivo se puder ajudar os usuários a aumentarem a probabilidade de predizer futuros resultados e tem valor confirmatório se retroalimentarem ou servirem de feedback para a confirmação ou a alteração das avaliações prévias.
· Representação fidedigna: a realidade é representada fidedignamente, segundo o item QC12 do CPC 00, quando apresenta três atributos: é completa, neutra e livre de erros.
· Completa: o retrato da realidade econômica é completo quando inclui toda a informação necessária para que o usuário compreenda o fenômeno que está sendo retratado, incluindo todas as descrições e as explicações necessárias.
· Neutra: um retrato neutro da realidade econômica, de acordo com o item QC14 do CPC 00, é desprovido de viés na seleção ou na apresentação da informação contábil-financeira. A realidade econômica não pode ser manipulada de modo que seja recebida pelos usuários de modo favorável ou desfavorável.
· Livre de erros: a realidade econômica é livre de erros quando não há omissões ou erros no fenômeno retratado e quando o processo utilizado para produzir a informação reportada foi selecionado e aplicado também livre de erros.
1.3.2. Características qualitativas de melhoria
		As características qualitativas de melhoria são a comparabilidade, a verificabilidade, a tempestividade e a compreensibilidade, conforme explicações a seguir.
· Comparabilidade: permite que os usuários identifiquem e compreendam similaridades e diferenças entre os itens.
· Verificabilidade: significa que diferentes observadores chegam a um mesmo consenso sobre determinada informação reportada, embora não cheguem necessariamente a um completo acordo. Segundo o Pronunciamento Conceitual Básico (R1), a verificação pode ser direta ou indireta. A verificação direta está relacionada à constatação fidedigna do montante ou está relacionada a outra representação por meio de uma observação direta, como, por exemplo, por meio da contagem de caixa. A verificação indireta implica checar os dados de entrada do modelo ou da fórmula e recalcular os resultados obtidos pela aplicação do mesmo método. O exemplo dado por Santos et al (2015) é a verificação do valor contábil dos estoques pela verificação dos dados de entrada (quantidades e custos) e pelo recálculo do saldo final dos estoques, utilizando a mesma premissa adotada no fluxo do custo (por exemplo, usando o método PEPS).
· Tempestividade: nos termos do item QC29 do CPC 00, tempestividade significa ter informação disponível para tomadores de decisão a tempo de ser possível influenciá-los em suas decisões. Em geral, a informação mais antiga é a que tem menos utilidade. Contudo, certa informação pode ter o seu atributo tempestividade prolongado após o encerramento do período contábil em decorrência de alguns usuários que, por exemplo, necessitarem identificar e avaliar tendências.
· Compreensibilidade: segundo o item QC31 do CPC 00, classificar, caracterizar e apresentar a informação com clareza e concisão tornam-na compreensível. Certos fenômenos são inerentemente complexos, mas a exclusão de informações sobre tais fenômenos dos relatórios contábil-financeiros, apesar de tornar a informação mais facilmente compreendida, implicaria relatórios incompletos e potencialmente distorcidos. Desse modo, o item QC32 do Pronunciamento Conceitual Básico (R1) explica que os relatórios contábil-financeiros são elaborados para usuários que têm conhecimento razoável de negócios e de atividades econômicas.
2. Indicações bibliográficas
· COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Estrutura conceitual para elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro. Disponível em <http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/147_CPC00_R1.pdf>. Acesso em 17 nov. 2016.
· SANTOS, J. L. dos, et al. Manual de práticas contábeis: aspectos societários e tributários. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
Questão 34.[footnoteRef:28] [28: Questão 10 – Enade 2015.] 
As áreas do conhecimento embasam-se em pressupostos e métodos científicos de diversas escolas de pensamento. Especificamente na área da contabilidade, as escolas de pensamento norte-americana e italiana são as principais correntes em que se fundamenta a contabilidade brasileira. Acerca dessas escolas, assinale a opção correta.
A. A italiana enfatiza a abordagem informacional, enquanto a escola norte-americana confere grande importância à sistematização do plano de contas.
B. A norte-americana adota a visão estabelecida pelo neopatrimonialismo, enquanto a escola italiana assume como principal foco a geração das informações contábeis para seus diversos usuários.
C. A italiana prioriza as necessidades dos usuários das informações contábeis, enquanto a escola norte-americana demonstra excessiva preocupação em caracterizar a contabilidade como ciência.
D. A norte-americana considera prioritário o conhecimento da teoria das contas, enquanto a escola italiana enfatiza a área de auditoria para garantir maior confiabilidade às informações geradas.
E. A norte-americana considera a contabilidade uma fornecedora de informações econômicas relevantes para os diversos usuários, enquanto a escola italiana defende que a contabilidade deve estudar apenas os eventos que afetam o patrimônio das entidades.
1. Introdução teórica
1.1. A evolução do pensamento contábil
A história da contabilidade indica que a preocupação do homem em controlar suas propriedades e suas riquezas foi um dos principais fatores para o avanço da teoria e da aplicação da ciência contábil.
Para Iudícibus (2015), a preocupação com as propriedades e a riqueza é uma constante no homem da antiguidade (como hoje também o é), e ele teve de aperfeiçoar seus instrumentos de avaliação da situação patrimonial à medida que as atividades se desenvolveram em dimensão e em complexidade.
A evolução da contabilidade foi marcada pelo surgimento de várias escolas de pensamento contábil, e a obra de Luca Pacioli, publicada em 1494, representou a expressão do início da era moderna da Contabilidade.
O livro de Pacioli, intitulado Summa de arithmetica, geometria, proportioni et proportionalitá e publicado em Veneza em 1494, apenas dois anos após a chegada de Colombo à América, era fundamentalmente um tratado de matemática, mas incluía uma seção sobre o sistema de escrituração por partidas dobradas, denominado Particularis de Computis et Scripturis. Essa seção foi o primeiro material publicado que descrevia o sistema de partidas dobradas e apresentava o raciocínio sobre o qual se baseavam os lançamentos contábeis (HENDRIKSEN, 2012).
O surgimento do método das partidas dobradas e a sua divulgação por meio da obra de Luca Pacioli foram impulsos vigorosos para a expansão da escola italiana por toda a Europa e para o seu domínio no cenário contábil até o início do século XX. Em 1920, com a ascensão mundial dos Estados Unidos, surge a escola norte-americana.
O Brasil, por não ter uma escola de pensamento contábil genuinamente nacional, sofreu a influência das duas escolas. No período de 1915 a 1964, a contabilidade brasileira foi influenciada pela escola italiana. A partir de 1964, com a chegada das empresas de auditoria anglo-americanas, a contabilidade brasileira passou a ser a influenciada pela escola norte-americana.
Vale notar que o Decreto N° 2.627, primeira Lei das Sociedades por Ações, publicado em 1940, foi redigido segundo os princípios da escola italiana, e a Lei N° 6.404, a nova Lei das Sociedades por Ações, publicada em 1976, foi totalmente inspirada na escola norte-americana.
1.2. Escola italiana 
A escola italiana foi a primeira escola do pensamento de contabilidade que exerceu influência no cenário contábil mundial. Acontecimentos marcantes de naturezas diversas, nas esferas política, social e econômica, envolveram a Itália durante o século XV e XVI. Várias cidades italianas, como Veneza, Florença, Gênova e Pisa, destacavam-se pelo desenvolvimento do comércio na Europa e tornaram-se pontos de origem e pontos de chegada para grandes rotas comerciais do oriente.
Nesse cenário, Luca Pacioli, convivendo

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