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Correção Introdução, Resultados e Discussão 24 maio

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INTRODUÇÃO
A organização Mundial de Saúde (OMS) 1define sobrepeso e obesidade como a agregação excessiva de adiposidade corporal. A etiologia da obesidade é complexa e multifatorial (genética e ambiental), de baixo grau de inflamação que atinge pessoas em países desenvolvidos e em desenvolvimento. 1,2Hoje, a crescente prevalência da obesidade e suas comorbidades acometem a população brasileira em todas as fases do curso da vida e tem sido uma das principais preocupações de saúde pública. 3
A base do tratamento da obesidade compreende reeducação alimentar que deve ser concomitante a outros tratamentos, entre eles estão exercício físico, medicamentos, cirurgia bariátrica.2 No entanto, as ações tradicionais para o enfrentamento da obesidade não tem apresentado eficácia epidemiológica significativa, leitura que pode ser feita a partir dos dados crescentes de indivíduos com obesidade no Brasil e no mundo. (Vigitel, 2018; caderno se saúde pública, 2017). Nesse sentido, novas abordagens têm sido testadas, como os estudos acerca do transplante de microbiota fecal de indivíduos magros para obesos e a modulação da microbiota através de probióticos e prebióticos. (Andrade et al, 2015). 
Nessa perspectiva, os estudos de Stenman et al, (2018) tem demonstrado que a microbiota intestinal humana em equilíbrio entre as bactérias benéficas e as enterobactérias gera um estado de simbiose proporcionando saúde ao corpo do hospedeiro e uma função melhorada da barreira intestinal e marcadores relacionados à obesidade.7Sabe-se que o intestino é um órgão complexo, cada vez mais estudado na obesidade pela sua capacidade de sinalizar vias metabólicas envolvidas na fisiopatologia da obesidade. A maior biocenose de micróbios no ser humano está inserida no intestino, e existe uma relação de simbiose com o hospedeiro com função de manutenção da saúde, da homeostase metabólica de produção de substratos diversificados.4Assim, a produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) no intestino grosso pode contribuir significativamente para uma diferenciação da microbiota entre indivíduos magros e obesos. 5
Probióticos são microorganismos vivos que configuram benefício de saúde ao hospedeiro ao serem administrados em quantidades adequadas. Já os prebióticos são substratos alimentares não digeríveis consumidos por microorganismos do hospedeiro conferindo-lhe benefício de saúde 4,11. Estudofeito por Kasper Schei et al. (2017)6, avaliando a aplicação de probióticos em mulheres gestantes e em sua prole, demonstram que houve mudanças na quantidade e diversidade microbiológica intestinal e a confirmação de transferência de mãe para filho. 6 Nesse sentido, com a administração seletiva de probióticos e prebióticos - em estudos clínicos – foram observadas evidências de controle de peso em humanos, o que sugere a possibilidade de modulação da microbiota intestinal para a regulação de adiposidade corporal. 11
Diante dessa explanação questiona-se como se relaciona a modulação da microbiota intestinal pelos probióticos e prebióticos para o controle da obesidade. Portanto, o objetivo deste artigo é caracterizar o estado da arte acerca da modulação intestinal e seus efeitos no controle de peso.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de revisão narrativa da literatura, visando caracterizar o estado da arte acerca da modulação intestinal e seus efeitos no controle de peso. Revisões narrativas são publicações amplas apropriadas para descrever o “estado da arte” de um determinado assunto, sob o ponto de vista teórico ou contextual. Essa categoria de artigos tem papel possibilitar ao leitor uma atualização de conhecimentos, bem como análise crítica de maneira mais objetiva. (Acta Paul Enferm 2007)
Foi realizada busca de publicações originais referente à modulação da microbiota intestinal através de probióticos e prebióticos em obesos nas bases de dados US National Library of Medicine - PUBMED, Scientific Eletronic Library Online – SCIELO e Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde - LILACS. A busca incluiu artigos em Inglês e Português no período entre 2010 e 2020. A pesquisa se deu em estudos com humanos. Foram utilizados os seguintes descritores: microbiota, obesidade, probióticos, prebióticos e com o uso dos operadores booleanos “AND”, “OR”. Além disso, foram incluídos na pesquisa documentos oficiais e artigos teóricos acerca da temática.
Foram definidos os seguintes critérios de inclusão das publicações: originalidade e relevância dos estudos (ensaios clínicos controlados e randomizados, ensaios biológicos, estudo de caso controle, artigos com textos completos, estudo com humanos). E os seguintes critérios de exclusão: artigos com animais, repetidos e com direcionamento que fugia ao tema central da proposta de pesquisa, restando X artigos após a aplicação destes critérios.	Comment by Deborah D. Santos: Vamos preencher!
RESULTADOS E DISCUSSÃO
OBESIDADE E MICROBIOTA INTESTINAL
No Brasil 55,7% da população adulta encontra-se com sobrepeso e 19,8% com obesidade, já na população infantil são 12,9% de crianças obesas. (Ministério da Saúde - 2020, Vigitel Brasil - 2018). As consequências do estado obeso na infância para a vida adulta são as comorbidades associadas, como as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), que podem impactar no período de grande capacidade produtiva na fase adulta, e contribuir para aumento de gastos econômicos no setor de saúde pública. Ministério da Saúde - 2020, Nesse contexto, as ações de controle implantadas abrangem o manejo nos primeiros dias de vida, como o incentivo ao aleitamento materno; e o estímulo ao hábito saudável aliado as ações de alimentação e atividade física de forma intersetorial, integrada e sustentável entre os profissionais de saúde, entes governamentais e agentes econômicos da cadeia de produção, distribuição e comércio em todo o Estado Brasileiro, sendo incentivada a agricultura familiar como meio de fortalecimento regional para a alimentação saudável. Ministério da Saúde - 2020, .(referenciar caderno se saúde pública, 2017) Recentemente estudos evidenciaram que o excesso de peso na infância é um fator de risco para a idade adulta.(MS) Assim, a obesidade passa a ser estudada desde a vida intrauterina. (S Murugesan et al., 2015, PROBIOTICOS REDUCE, The impact of, Kasper Schei1) 
Kasper e seus colaboradores (2018) demonstraram que a microbiota pode modificar a fisiologia do crescimento, imunidade e metabolismo na criança. Pois, os fungos intestinais foram detectados ​​na maioria das mães e na maioria dos seus filhos já com 10 dias de idade, depois a redução de fungos foi provavelmente determinada pela alimentação, imunidade intestinal e suas interações. Ao se aproximar dos 2 anos de idade, a microbiota apresentou fungos específicos para a microbiota adulta.(S Murugesan et al., 2015) 
 Clinicamente, a obesidade é compreendida como um processo inflamatório cônico de baixa intensidade e etiologia multifatorial, cujos determinantes que mais se destacam são as dietas com alta densidade calórica e a inatividade física. Referenciar Vários autores Porém outro caminho etiológico pode ser justificado por uma disfunção na expressão genética do microbioma (conjunto de microorganismos e dos seus genes inseridos em tecidos e órgão do corpo) de cada indivíduo, em especial a microbiota intestinal, afetando a sinalização sistêmica no corpo do ser humano e causando um desequilíbrio. (S Murugesan et al., 2015) 
A microbiota intestinal humana é composta de colônias de bactérias, archaeas, vírus e fungos com aproximadamente 100 trilhões de microorganismos que vivem de forma mutualista com o hospedeiro. Sendo que na maioria dos indivíduos cerca de 90% das bactérias são Firmicutes e Bacteroides. Estas bactérias atuam no processo digestivo do hospedeiro. Os Firmicutes são relacionados ao estado de desequilíbrio intestinal, a maior absorção de calorias e a formação de tecido adiposo no corpo. Enquanto os bacteróides são bactérias comensais. (ANVISA Microbiologia clínica, 2015) As bactérias comensais produzembacteriocinas que atuam na proteção contra bactérias enteropatogênicas e que protegem a barreira intestinal, o controle de inflamação, a síntese de vitaminas e o fortalecimento do sistema imunológico. (S Murugesan et al., 2015)
O aumento da expressão e produção de citocinas e reagentes de fase aguda como proteína C-reativa (PCR), interleucinas (ILs), fator de necrose tumoral (FNT) ou lipopolissacarídeos (LPS) resulta no baixo grau de inflamação em pessoas obesas. E a dieta rica em gordura contribui para o rompimento de proteínas com junção apertada (Zonula occludens-1 e ocludina), envolvidas na função de barreira intestinal levando a uma disbiose. Roya Kelishadi et al., 2014 
A ingestão de uma dieta rica em gordura e pobre em fibras desencadeará a proliferação de bacterias Firmicutes e consequente absorção de energia favorecendo o estado obeso no indivíduo e gerando derivados de lipopolissacarídeos (LPS) e inflamação de baixo grau denominada endotoxemia. (The impact of, 2010) Nesse sentido, a escolha da dieta pode regular a microbiota para o controle da obesidade. Uma dieta rica em polissacarídeos que não são digeridas no intestino delgado serão digeridas e fermentadas no intestino grosso por bactérias, e sintetizadas em substratos como monossacarídeos e AGCC (acetato, butirato e o propionato). Estes produtos geralmente são produzidos no cólon numa razão de aproximadamente 60% de acetato, 25% de propionato e 15% de butirato. No entanto, as concentrações podem variar de acordo com a porção do intestino (local onde ocorre a fermentação) e o tipo de polissacarídeo da dieta. Assim, a microbiota, através da ingestão de alimentos, pode contribuir para o controle da obesidade. Schwiertz e colaboradores (2010)
O estudo de Roya Kelishadiet al., 2014 demonstrou que a modulação da microbiota intestinal aumenta a altura das vilosidades e a profundidade das criptas, e leva a uma camada de mucosa mais espessa no jejuno e no cólon e consequentemente ao estado de normobiose intestinal. Esses efeitos advêm dos produtos da fermentação por bactérias, principalmente ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), como o butirato, que age como um substrato, ou seja, servem como nutrientes para os colonócitos e outras células epiteliais do intestino. E sugerem a influência positiva da modulação da dieta sobre fatores de inflamação, que depende de seu efeito na redução de peso em crianças com sobrepeso e obesas. Roya Kelishadiet al., 2014
Os AGCC possuem a capacidade de se ligar aos receptores acoplados de proteína G (GPCRs): Gpr41, Gpr3. Hoje são denominados de receptores de ácidos graxos livres (free fatty acids receptors – FFAR): FFAR2, FFAR3. Esses receptores são expressos pelas células epiteliais do intestino (enterócitos) e células enteroendócrinas. Os enterócitos são produtores de peptídeos anorexígenos como o glucagon like peptide 1 (GLP-1), e as células enteroendócrinas produtoras do peptídeo tirosina tirosina (PYY). O GLP-1 melhora a sensibilidade a insulina, sinaliza a supressão de insulina, prevenindo o acúmulo de gordura. E o PYY age inibindo a secreção gástrica, esvaziamento gástrico, contração da vesícula biliar, redução de tempo do trânsito gastrointestinal e maior absorção de nutrientes do lúmen intestinal, realiza suas funções no SNC, inibindo peptídeos orexígenos como a grelina induzindo saciedade. Assim, o papel da microbiota pode manifestar-se na regulação do apetite através dos AGCC. (Frota K M G, 2015)
Schwiertz e colaboradores (2010) estudaram 98 voluntários para avaliar a microbiota intestinal humana e a concentração de AGCC fecal em indivíduos magros e obesos (30 com peso normal, 35 acima do peso e 33 obesos. Foi demonstrado que a proporção de AGCC individuais mudou em favor do propionato no excesso de peso e obesos do que no grupo de magros, sugerindo que o metabolismo dos AGCCs pode desempenhar um papel considerável na obesidade. Os grupos bacterianos pertenciam aos filos Firmicutes e Bacteroidetes. porém, a proporção de Firmicutes para Bacteroidetes mudou a favor dos Bacteroidetes em indivíduos com sobrepeso e obesos. Schwiertz e colaboradores (2010)
Outro resultado semelhante por Murugesan et al., (2015) ao avaliar crianças mexicanas demonstrou que o desequilíbrio na abundância de pelo menos nove bactérias diferentes,sendo que houve um ligeiro aumento na abundância de Firmicutes em crianças com sobrepeso (52%) e obesas (50%) comparado ao peso normal (46%), bem como concentração alterada de AGCC nas fezes estavam associadas às condições de sobrepeso e obesidade. Os participantes do estudo de coorte foram 190 crianças de 9 a 11 anos de idade com peso normal (n = 81), sobrepeso (n = 29) e obesidade (n = 80). (S Murugesan et al., 2015)
Atualmente a busca pelo entendimento sobre o comportamento da microbiota intestinal e sua relação com a obesidade dispõe de comum acordo que as bactérias Firmicutes e Bacteroides têm participação ativa com a lipogênese do corpo através alimentação ingerida pelo hospedeiro. No entanto, estudos em humanos são controversos em relação à proporção de Firmicutes em obesos superar a proporção de Bacteróides. Portanto o tipo de dieta tem importância significativa para melhor conduzir possíveis caminhos terapêuticos capazes de alterar a microbiota para o controle da lipogênese no individuo e melhor controle de saúde de forma integrada com as ações de controle já implementadas. Para isso, é preciso mais estudos que possam fortalecer o conhecimento sobre a microbiota, a modulação intestina pela dieta e a obesidade.
 REFERÊNCIAS - ainda vou organizar estou aguardando referências coletadas das colegas de grupo
1.OMS
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/julho/25/vigitel-brasil-2018.pdf
2. Ministério da Saúde https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/julho/25/vigitel-brasil-2018.pdf
3.Vigitel Brasil 2018: Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília, DF.
Revisão Sistemática X Revisão Narrativa
Acta Paul Enferm 2007; 20(2):v.
Edna Terezinha Rother
file:///C:/Users/J&G/Desktop/NUTRI%C3%87%C3%83O/NUTRI%C3%87%C3%83O%202020.1/TCC/Artigos%20Microbiota%20intestinal%20e%20Obesidade/Envio%20Corre%C3%A7%C3%B5s%20Prof.%20D%C3%A9bora/Revis%C3%A3o%20Sistem%C3%A1tica%20X%20Revis%C3%A3o%20Narrativa.pdf
Patricia Camacho Dias 1 Patrícia Henriques 1 Luiz Antonio dos Anjos 1 Luciene Burlandy 1
Cad. Saúde Pública 2017; 33(7):e00006016 Obesidade e políticas públicas: concepções e estratégias adotadas pelo governo brasileiro Obesity and public policies: the Brazilian government’s definitions and strategies Obesidad y políticas públicas: concepciones y estrategias adoptadas por el gobierno brasileño
doi: 10.1590/0102-311X00006016
file:///C:/Users/J&G/Desktop/NUTRI%C3%87%C3%83O/NUTRI%C3%87%C3%83O%202020.1/TCC/Artigos%20Microbiota%20intestinal%20e%20Obesidade/Novas%20pesquisas/artigos%20instala%C3%A7%C3%A3o/Obesidade%20e%20pol%C3%ADticas%20p%C3%BAblicasconcep%C3%A7%C3%B5es%20e.pdf
Karoline de Macêdo Gonçalves Frota, Nina Rosa Mello Soares, Vivianne Ramos da Cunha Muniz, Larissa Cristina Fontenelle, Cecília Maria Resende Gonçalves de Carvalho 
Nutrire. 2015 Aug; 40(2):173-187 
Efeito de prebióticos e probióticos na microbiota intestinal e nas alterações metabólicas de indivíduos obesos
http://doi.editoracubo.com.br/10.4322/2357-9730.67683
4. Nicolucci, Alissa C; Hume, Megan P; Martínez, Inés; Mayengbam, Shyamchand; Walter, Jens; Reimer, Raylene. A Prebiotics Reduce Body Fat and Alter Intestinal Microbiota in Children Who Are Overweight or With Obesity. Gastroenterology 2017;153(3):711–722 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28596023/
5. Andreas Schwiertz1 , David Taras2 , Klaus Schäfer2 , Silvia Beijer3 , Nicolaas A. Bos3 , Christiane Donus4 and Philip D. Hardt Microbiota and SCFA in Lean and Overweight Healthy Subjects. nature publishing group VOLUME 18 NUMBER 1 | january 2010 | www.obesityjournal.org
6. Kasper Schei, Ekaterina Avershina, Torbjørn ien Knut Rudi, Turid Follestad, Saideh Salamati eRønnaug Astri Ødegård
Early gut mycobiota and mother-offspring transfer 2018
7. A.A. Hibberd1, C.C. Yde2, M.L. Ziegler, A.H. Honoré, M.T. Saarinen, S. Lahtinen, B. Stahl, H.M. Jensen and L.K. Stenman. Probiotic or synbiotic alters the gut microbiota and metabolism in a randomised controlled trial of weight management in overweight adults / 
8. R Luoto1,2, M Kallioma¨ki1,2, K Laitinen3,4 and E Isolauri
Rikke Juul Gøbel, y Nadja Larsen, y Mogens Jakobsen, Christian Mølgaard, and Kim Fleischer Michaelsen
The impact of perinatal probiotic intervention on the development of overweight and obesity: follow-up study from birth to 10 years 2012
9. Roya Kelishadi, Sanam Farajian, Morteza Safavi, Maryam Mirlohi, Mahin Hashemipour
A randomized triple-masked controlled trial on the effects of synbiotics on inflammation markers in overweight children 2014
10. Murugesan, S; Ulloa-Martínez, M; Martínez-Rojano, H; Galván-Rodríguez, F M; Miranda-Brito, C; Romano, M C; Piña-Escobedo, A; Pizano-Zárate, M L; Hoyo-Vadillo, C; García-Mena, J.
Study of the diversity and short-chain fatty acids production by the bacterial community in overweight and obese Mexican children 2015
11. A.A. Hibberd, C.C. Yde2, M.L. Ziegler, A.H. Honoré, M.T. Saarinen, S. Lahtinen, B. Stahl, H.M. Jensen and L.K. Stenman Probiotic or synbiotic alters the gut microbiota and metabolism in a randomised controlled trial of weight management in overweight adults 2018
12. Hou, Ya-Ping; He, Qing-Qing; Ouyang, Hai-Mei; Peng, Hai-Shan; Wang, Qun; Li, Jie; Lv, Xiao-Fei; Zheng, Yi-Nan; Li, Shao-Chuan; Liu, Hai-Liang; Yin, Ai-Hua. Human Gut Microbiota Associated with Obesity in Chinese Children and Adolescents.2017

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