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Resumo expandido - Descrição anatômica de elementos da cavidade oral.

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Ciências agrárias e biológicas.
Descrição anatômica de elementos da cavidade oral: palato duro e palato mole, e problemas relacionados.
Roberto Robson Borges dos Santos[footnoteRef:1] [1: Professor de Anatomia dos animais domésticos do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). 
] 
Thais Kettelly Borges Soares[footnoteRef:2] [2: Estudante do 4º semestre de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.] 
RESUMO; Neste trabalho objetivou-se descrever dois elementos anatômicos da cavidade oral, o palato duro e palato mole, além de relatar alguns problemas que acometem algumas espécies domésticas, fenda palatina secundária, e prolongamento de palato mole, que são problemas que acontecem na cavidade oral, podendo ser classificados como congênito, quando o animal nasce com uma anomalia, ou adquirido, que é quando surge após algum trauma. Cães e gatos de raça pura têm a maior incidência dos casos. A solução para esses problemas é unicamente  através de intervenção cirúrgica. 
 PALAVRAS CHAVE: cavidade oral; fenda palatina; animais domésticos. 
INTRODUÇÃO: O assunto que se pretende nesse trabalho refere-se ao estudo do palato duro e sua continuação, o palato mole. Justifica-se esse estudo tendo em vista o acometimento de fenda palatina e prolongamento de palato mole em cães e gatos de raça pura decorrente da má formação e do prolongamento dos palatos, principalmente as raças braquicefálicas. Nesse sentido esse trabalho tem como objetivo descrever anatomicamente o palato duro, o palato mole se atendo aos problemas decorrentes da sua má formação, seu prolongamento e as possíveis soluções;
METODOLOGIA: Como procedimento metodológico foi feito levantamento bibliográfico onde foi realizada seleção e análise de artigos científicos acessíveis na plataforma SciElo, Google Acadêmico e PUBVET. A partir das leituras foram resumidos os pontos principais relatados pelos autores.
RESULTADO E DISCUSSÕES:
O palato duro é a parede dorsal da cavidade oral, possui uma base óssea formada pelo processo palatino do osso incisivo, osso maxilar e osso palatino, que separa a cavidade oral da cavidade nasal. Essa região é composta de tecido conjuntivo denso, bastante rígido e sensível, sua inervação é somática, feita pelo trigêmeo. Três acidentes anatômicos estão presentes no palato duro, as rugas, a rafe e as criptas ou cristas. No palato duro é encontrado a papila incisiva, que está na parte mais rostral, que é um ponto de delimitação para dois óstios de ductos que vão comunicar a cavidade oral com a cavidade nasal.
O palato mole é descrito como a continuação do palato duro, porém não possui a base óssea. É uma estrutura musculomembranosa, composta pelos músculos tensor, levantador do véu palatino e o encurtador, dois arcos de sustentação estão presentes - o arco palato faríngeo do palato mole e o arco palato glosso do palato mole - que juntos formam uma região chamada Fauces. Sua inervação é dada pelo sistema nervoso autônomo.
	A fenda palatina geralmente, afeta o palato duro ou o palato mole, fazendo com que haja uma ligação da cavidade oral com a cavidade nasal. Cães de raças braquicefálicas estão sob maior risco que outras raças. Os sinais clínicos associados variam com o grau do defeito e podem incluir crescimento insatisfatório, drenagem de leite pelas narinas durante e após a amamentação, em animais jovens ainda tosse, esforços para vomitar, espirros durante a alimentação e infecções recidivantes do trato respiratório; em animais idosos podem sofrer infecção respiratória e pneumonia em decorrência da aspiração dos alimentos (HOSKINS; DIMSKI, 1997). Trata-se de uma anomalia congênita de ocorrência infrequente em animais domésticos. Os fatores considerados como envolvidos na sua patogênese são: fatores hereditários, deficiências nutricionais maternas, ingestão de medicamentos, agentes químicos ou plantas tóxicas teratogênicas durante a gestação e interferência mecânica com o embrião em desenvolvimento (SANTOS et al, 2010). O diagnóstico é realizado mediante um exame clínico da cavidade oral ou com radiografia de crânio, onde é possível notar a separação completa dos ossos palatinos. A técnica cirúrgica para a correção dessas deformidades deve ser determinada de acordo com as condições do paciente.
O prolongamento de palato mole é uma alteração primária em cães e gatos de raça pura, ou raças braquicefálicas. Esses animais podem apresentar desordens respiratórias, podendo apresentar sinais clínicos como o ronco, por exemplo. O prolongamento do palato mole é resolvido com técnicas cirúrgicas onde a porção terminal do palato mole é removido. O pós-operatório geralmente é bem tranquilo, nota-se melhora dos casos clínicos em uma semana após cirurgia. O diagnóstico se dá de forma terapêutica, para o qual o animal precisa estar anestesiado para um exame mais aprofundado, já que é preciso examinar a orofaringe. Visualiza-se no exame a borda caudal do palato mole, que em um paciente normal deveria tocar a ponta da epiglote, porém, em um paciente com prolongamento do palato mole, ela ultrapassa esse limite, causando o prolongamento. A técnica cirúrgica é a única forma usada para resolver o problema.
CONCLUSÃO: Mediante os problemas apresentados, técnicas cirúrgicas são precisas para a resolução dos problemas. Como observado na literatura pertinente nenhum procedimento cirúrgico obteve complicação, e após a cirurgia os animais se recuperaram rapidamente, e de forma satisfatória, não havendo nenhuma complicação e apresentando sinais de melhora na primeira semana após a cirurgia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
ATALLAH, Fabiane et al. Uso de resina acrilica na reconstrução do palato duro após exérese de carcinoma nasal em cão relato de caso. Revista Brasileira de Medicina Veterinária, 35(Supl. 1), 2013, (pp. 113 – 117) 
BEZERRA, Daniella et al. Correção de fenda palatina secundária traumática em cão. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, vol. 71, n.5, 2019. n.p
CAMPOS, D. G et al. Deslocamento dorsal intermitente de palato mole em equino (Equus caballus) da raça puro sangue inglês. Ciência Veterinária nos Trópicos, vol.17, n. 3, 2014 (pp. 40) 
CRUZ, Igor et al. Palatoplastia em envelope para tratamento de prolongamento de palato mole em cão da raça pastor belga malinois. Revista Científica de medicina Veterinária - issn 1679-7353, n.30, 2018. n.p
FRANCO, Mariana et al. Prolongamento de palato mole – Estafilectomia. Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia, vol. 9, n. 6, 2015 (pp. 271 – 273).
HUPPES, R. Rafael et al. Tratamento cirúrgico na correção de prolongamento de palato mole e estenose nasal em um cão. Revista Colombiana de Ciencia Animal, vol. 5, n. 1, 2013. (pp. 234 – 242).
MAIA, Danielle et al. Tratamento cirúrgico de fenda palatina em um felino adulto. Revista Científica do Curso de Medicina Veterinária, vol. 3, n.1, 2016. n.p
 SILVA, Hannah et al. Correção cirúrgica de fenda palatina traumática em gato. Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Vol. 11, n. 7, 2017. (pp. 676 – 679)
SILVA, Mariana et al. Redução de fenda palatina secundária em um gato. Ciência Veterinária nos Trópicos , vol. 9, n. 2, 2006 ( pp 97 – 101 )

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