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ATIVIDADE AVALIATIVA – A2 ATIVIDADE A2 – INTERDISCIPLINAR : ELABORACAO DE HC EM DEFESA POLICIAL MILITAR (G.A.T.E) CASO INTERDISCIPLINAR: DIREITO PROCESSUAL PENAL I, DIREITO PENAL CRIMES CONTRA A PESSOA e PROCESSO CONSTITUCIONAL TEMA: CRIME CONTRA A VIDA. COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO DE MILITAR. CABIMENTO DE HABEAS CORPUS. PROBLEMA PROPOSTO Durante uma incursão na favela de Paraisópolis, policiais militares entram em confronto com traficantes que portavam armamento de uso restrito, inclusive fuzis. Um policial militar, atirador de elite, pertencente ao Grupo de Ações Táticas Especiais (G.A.T.E.), disparou à distância visando acertar um dos traficantes. Entretanto, por um erro na execução, veio a acertar pelas costas um morador da comunidade que buscava seu filho na escola. O policial militar, autor do disparo, foi indiciado pelo Delegado de Polícia Civil e custodiado preventivamente no Presídio da Polícia Militar “Romão Gomes”. Moradores da comunidade e membros da Comissão de Direitos Humanos da OAB/SP peticionaram aos órgãos correcionais e policiais pleiteando a condenação do policial militar por homicídio doloso qualificado por utilização de recurso que tornou impossível a defesa da vítima. A defesa do policial militar impetrou HC perante a Justiça Militar Estadual para trancamento do Inquérito Policial alegando, em síntese, a ocorrência das excludentes de antijuridicidade da legítima defesa e do estrito cumprimento de dever legal e, como tese subsidiária, a existência de “aberratio ictus”, mas não obteve apreciação dos seus pedidos, pois a ordem foi negada em razão da declaração de incompetência absoluta do juízo militar estadual. ATIVIDADE A2 Diante dos conhecimentos adquiridos e das questões realizadas na Atividade A1, desenvolva a seguinte peça jurídica em defesa do Policial Militar, membro do Grupo de Ações Táticas Especiais (G.A.T.E.): Enquanto advogado, elabore um HABEAS CORPUS liberatório, a favor do Policial Militar sustentando, diante do caso descrito no problema, as teses de excludentes de antijuridicidade a legítima defesa e do estrito cumprimento do dever legal e, como tese subsidiária, a existência de “aberratio ictus”. Importante o embasamento legal, doutrinário e jurisprudencial. 1 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DO XX TRIBUNAL DO JURÍ DA XX VARA CRIMINAL DA COMARCA DA CAPITAL, ESTADO DE SAO PAULO Processo nº XXX XXX XXXX URGENTE XXXXX XXXX XXXXX , advogado inscrito na OAB/SP sob o número XX.XXX, com um escritório profissional em Rua Alexandre Dumas, 2016, sala 002, Bairro Santo Amaro, São Paulo, estado de São Paulo, onde recebe intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro Artigo 5°, artigo LXVIII de Constituição Federal de 198 c/c Artigos 647 e 648 do Código de Processo Penal , impetrar a ordem de: HABEAS CORPUS LIBERATÓRIO COM PEDIDO DE CONCESSÃO DE LIMINAR em benefício do paciente XXXXX XXXXX XXXXX , brasileiro, casado, policial militar, portador do RG N° X.XXX.XXX-Y (SSP/SP), com data de expedição de xx/xx/xxxy, nascido em xx / xx / xxxx , residente na Rua Sobe e Desce, N° XX, Bairro Centro, São Paulo, estado de São Paulo, atualmente custodiado no Presídio da Policia Militar “Romão Gomes”, nesta cidade, que sofreu coação violenta contra sua liberdade pelo Delegado de Policia do 89° Distrito Policial de São Paulo (SP). Pelos fatos e fundamentos a seguir aduzidos. 2 I - SÍNTESE DOS FATOS Durante uma incursão na favela do Paraisópolis , a o polícia militar entrou em confronto com traficantes que portavam armamento de uso restrito, de grosso calibre, inclusive fuzis. Um polícia militar, atirador de elite, pertencente ao Grupo de Ações Táticas Especiais ( G.A.T.E.), disparou a distancia visando acertar um dos traficantes. No entanto, por um erro na execução, veio acertar pelas costas, um residente da comunidade. Moradores da comunidade e membros da Comissão de Direitos Humanos da OAB/SP, responderam por vias diversas para exigir a condenação da polícia militar para homicídio doloso qualificado por utilização de recurso que torna impossível a defesa da vítima. Chegando o fato ao conhecimento da autoridade policial, instaurou-se o inquérito policial para apurar eventual infração penal. Ouvido as partes, acusado e testemunhas, o Delegado de Polícia Civil decidiu por indiciar o Policial Militar pela prática descrita no artigo 121, §2.º, IV do Código Penal, bem como representar por sua prisão preventiva. De maneira, que até o presente momento o autor do fato encontra-se recolhido no presídio supracitado, de forma ilegal, pelos motivos a seguir expostos. II - DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA A Constituição Federal prevê no art. 5.º, inciso LXVIII, que será concedido “habeas corpus” sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. De forma, que há regulamentação desse instituto no Código de processo penal, da seguinte forma "Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição disciplinar;" 3 "Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal: I - quando não houver justa causa; (...)" Há que se mencionar ainda o Pacto de São José da Costa Rica, recepcionado em nosso ordenamento jurídico brasileiro, que em seu art. 7º, é taxativo ao expor que toda pessoa tem direito a liberdade, sendo que ninguém pode ser submetido ao encarceramento arbitrário. Assim, para ocorrer o cerceamento da liberdade de qualquer cidadão deve-se observar os princípios e garantias previstos na Constituição, o que foi fortemente violado, além de, vislumbrar que, no caso em tela, não estão presentes os requisitos do artigo 312 do Código de Processo Penal, para a decretação da prisão preventiva do paciente. O homicídio enganoso ou culposo tem a mesma desvalorização do resultado, a morte, diferenciando os comportamentos pela desvalorização da ação. O tipo de capacidade, que é altamente técnico e produzido pela acusação no momento da queixa, deve levar em conta a desvalorização do comportamento do policial militar, intencionalmente ou maliciosamente, garantindo que a sua ação serão avaliados de acordo com o princípio da legalidade. Construir uma adaptação típica, não podemos afirmar que, em caso de dúvida, ação intencional ou negligência, pode o membro por tipos de relatórios de polícia mal-intencionados, com o argumento de que o júri está definido o típico ação quando lhe falta o conhecimento técnico necessário de profissionais da área jurídica. Se a sentença do júri não é confirmada, a Coroa não pode transferir o julgamento de capacidade típica entre um ato potencialmente fraudulentas ou consciente culpa, Tribunal Popular, que decidirá sem conhecimento suficiente sobre esta questão extremamente complexa. Tipos criminosos de homicídio qualificado, previsto em art. 121, § 2 e seções do CP são tipos criminais em que o resultado da morte requer seus próprios motivos, meios, modos e propósitos. (BRASIL, 1940) 4 Esses são elementos subjetivos do tipo, em que "o propósito específico ou motivo de ação aparece em certas definições de condições de ofensas ou motiva a ilicitude do fato. É, portanto, um elemento subjetivo do tipo ilícito, que se apresenta de maneira autônoma, próximo ao engano. " (BRASIL, 1940) Dado o objetivo específico adredemente exigido pelo legislador para criminalizar a ação, o poder harmonizaria os tipos criminosos de crime de assassinato na forma de eventual intenção? . Como vemos, o engano em sua forma final não dispensa o conhecimento de todas as circunstâncias, objetivas e subjetivas do tipo. Nos tipos de homicídios qualificados,o número de mortes não é suficiente, e várias circunstâncias que qualificam o crime são cumulativas e exigem engano direto. ( BITENCOURT, 2004) Se o agente executa a ação com o resultado esperado da morte, usando meios insidiosos, por exemplo, necessariamente, a ação terá que seguir a forma intencional direta, não final. Números de homicídios qualificados exigem "específica", não um genérico, e a indiferença do agente em relação ao resultado é inconsistente com o resultado, que não é só a morte da vítima, mas também as circunstâncias quem qualifica a ação. No que concerne a garantia da ordem pública, cremos que também não merece subsistir a prisão preventiva do paciente, porquanto o simples fato de ter sido denunciado, uma vez que de fato ter sido recebida a denúncia não caracteriza que o réu é culpado, principalmente porque o processo está carregado de elementos que corroboram para principal tese defensiva de legítima defesa. “Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.” Aduz Capez, que a autodefesa é uma razão para excluir a ilegalidade de repetir a agressão injusta, real ou iminente, por conta própria ou outro direito, usando meios moderadamente necessários. Não há situação de perigo aqui em 5 conflito com dois ou mais ativos, em que um deles deve ser sacrificado. Pelo contrário, há um ataque ilegal real ao agente ou a terceiros, legitimando a repulsa. Com relação aos meios necessários para repelir a agressão, a autodefesa é considerada como o uso dos meios menos nocivos disponíveis ao policial no momento da agressão. Nesse sentido, alguns argumentam que a proporcionalidade entre repulsão e agressão é essencial para a existência dos meios necessários (CAPEZ, 2003). Portanto, alegamos, que assassinatos com qualificações maliciosas não envolvem a forma de possíveis fraudes, mas apenas fraudes diretas. A repercussão de que a morte de um cidadão praticada pelo agente encarregado de cumprir a lei causa agitação na comunidade e uma forte repercussão na mídia, não pode ser fato determinante para determinar, a antecipação de julgamento e ou antecipação de sua condenação. No entanto, os legisladores, especialmente o promotor público, não podem deixar de observar a estrita legalidade ao executar um julgamento de adequação típico da ação do policial militar que comete assassinato como parte de um crime, atividade policial ostensiva ou por motivos fundamentados de sua função. ( RANGEL, 2005) Baseamos que a classificação da ação em qualquer forma intencional exige não só a gestão do risco (previsão), mas também o consentimento da polícia militar não pode agir de outra forma. “Adorável digitando a conduta do policial militar, que tem um meio letal de trabalhar com a arma de fogo , a forma maliciosa acaba não encontrando abrigo nos estudiosos mais renomados do assunto. O direito penal pode encarnar preconceitos e institucionalizado violência , que, uma vez preso por aqueles que podem analisar com precisão a evidência da investigação preliminar -investigação o Polícia Militar, convide o público em geral, a demitir acusações de leis criminais, humanitárias e legalistas”. (SANTOS, 2002) 6 Que o policial militar seja denunciado, julgado e condenado, como qualquer cidadão, até o ponto de sua culpa. De lege ferenda o criação de um delito criminal específico de homicídio culposo em um caminho consciente, com dor intermediária entre a falta e o possível inconsciente intencional, poderia aliviar o vácuo legal. Deveras, salientar, que o policial estava cumprindo seu estrito dever legal, dentro de suas funções para manter a ordem pública, que pelos fatos apresentados poderá ser julgado, porem com fortes indícios de absolvição por legitima defesa. Vale ressaltar, que somente o Tribunal do Júri poderá julgar e conceder sua absolvição ou condenação. Por isso, conforme jurisprudência: EMBARGOS INFRIGENTES DA PROCURADORIA DE JUSTIÇA NOS AUTOS DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO QUE NEGOU A REMESSA DE IPM AO PROCURADOR GERAL DE JUSTIÇA. CRIME DOLOSO CONTRA A VIDA DE CIVIL PRATICADO POR POLICIAL MILITAR. DETERMINAÇÃO DE ARQUIVAMENTO INDIRETO DOS AUTOS PELO MAGISTRADO DE PRIMEIRA INSTÂNCIA. VERIFICAÇÃO PRÉVIA DO FATO QUE DEVE SER REALIZADA PELO PROMOTOR DE JUSTIÇA MILITAR, COM MESMAS ATRIBUIÇÕES E CAPACIDADE DO PROMOTOR DE JUSTIÇA DO JÚRI. EXCLUDENTE DE ILICITUDE VERIFICADA QUE RETIRA A ILICITUDE DO FATO. “Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças.” (RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.057.995 SÃO PAULO) DAS NULIDADES O erro de execução ou aberração do ictus é um tipo de crime aberrante fornecido em nossa ordenação no art. 73 do Código Penal, em verbis: Art. 73. Quando, por acidente ou erro na utilização do meio de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que ele pretendia ofender, afetar outra pessoa, reage como se ele tivesse cometido a ofensa contra essa pessoa, tendo em conta as disposições do artigo 3. Artigo 20 do Código Se a pessoa que o agente pretendia ofender também é afetada, o Regra 70 deste Código. " A primeira parte do aparato conceitua o erro de execução como um desvio do golpe ou uma aberração do ataque. Não deve ser confundido com o erro da pessoa, 7 o que leva a um mal-entendido por parte do agente, pensando que a pessoa é realmente a que queremos alcançar. (GRECO, 2006) O erro na execução, de acordo com os termos de Bitencourt , corresponde a "um erro no uso de meios de execução, devido a um acidente ou uma incapacidade para a execução (pode até ser habilidoso, mas circunstâncias além de seu controle pode causar um erro) ". Isso acontece quando o agente quer alcançar uma determinada pessoa, mantendo seu comportamento exclusivamente para esse fim. No entanto, por um erro em um dos atos executórios, sua vontade se materializa em outra pessoa. (2003, p.574) Na inteligência da art. 73, supra, em caso de erro de execução, o representante reage pela conduta que exerceu como se o tivesse exercido contra a pessoa em causa, em todas as suas qualidades, tendo em conta a previsão de aplicar a regra da art. 20 do Código Penal, que prevê: Art. 20 (CP) - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Descriminantes putativas (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984 § 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo . § 3º O erro da pessoa contra a qual o crime foi cometido não está isento de pena, caso em que as condições ou qualidades da vítima não são levadas em conta, mas as da pessoa contra quem agente queria cometer o crime." As seguintes interpretações da Corte do Estado de Minas Gerais, conforme transcrito abaixo, são consideradas adequadas ao conceito e as regras aplicáveis às hipóteses de erro de execução : "O aberratio acidente vascular cerebral ocorre quando, por acidente ou erro, o agente, em vez de chegar a pessoa que pretende ofender, afeta uma pessoa diferente, e deve responder ao crime como s' atingiu a pessoa-alvo, considerando as qualidades de qualificação da pessoa do delito. "(TJMG, 8 processo nº 1.0000.00.343709-2 / 000 (1)Rel. Reynaldo Ximenes Carneiro, Pub. 20 / 09/2003) "Nós não precisamos de falar com aberratio delicti , mas temos de fazer um erro de execução se o agente tenta a vida de seu desafeto e acaba acidentalmente matar outro. Uma vez que a presença de aberratio ictus em uma unidade complexa foi verificado, é necessário aplicar a regra da competição formal no momento da sentença, e não a da acusação da ofensa. "(TJMG, Processo No. 1.0003 .01.003349-0 / 001 (1), de José Antônio Baía Borges, publicado em 13/09/2005) No caso de um erro de pessoa para pessoa, o sujeito pode alcançar apenas a pessoa não segmentada, bem como segmentar tanto o ofensor quanto o ofensor. Assim, a doutrina divide o erro em execução em: aberratio ictus da unidade simples e unidade complexa ictus aberratio. (GRECO, 2008) No entanto, é questionável se existe uma viabilidade entre a falta de justificativa para autodefesa e o erro de execução. Para Rogério Greco, é perfeitamente viável. Deveras, relembrar o que ele diz sobre isso: "Pode acontecer que um agente determinado, procurando repelir uma agressão injusta, agindo com animus defendi , acabe prejudicando alguém que não seja seu atacante, ou ambos (agressor e terceiro). Nesse caso, se uma pessoa que não seja seu agressor for ferida ou morta, o resultado da aberração no ataque ( aberratio ictus ) também será protegido pela causa da justificativa da defesa legítima e não poderá ser responsabilizado criminalmente. (2006, pp. 392 e 393) Portanto, no caso de um erro na execução da demissão do policial, em que o tiroteio só atinge o refém (unidade única) ou ambos, causando a crise e o refém (unidade complexo), é somente quando é absolutamente independente, nada impede analisar os fatos sob a égide da causa da justificação da legítima defesa. Caso contrário, se, no momento da execução do disparo, o policial não se importar ou assumir o risco de produzir um resultado (morte ou lesão) diferente do que é previsto e aceito, será dele ação guiada por possíveis fraudes e neste caso, não é necessário falar de um erro de execução. Fraude potencial e malevolência direta são incompatíveis com aberratio ictus. Neste sentido também, a doutrina e jurisprudência: "Não é possível conceber um comportamento malévolo para a pessoa afetada e não direcionada, ou seja, a pessoa diversa não pode ser incluída na esfera representativa ou voluntária do sujeito agente, ou porque a seção 73 não coloca nenhum fator agravante com respeito à 9 individualidade da pessoa ofendida, seja porque é uma discrepância entre desejado e percebido por causa de um acidente ou um erro no uso dos meios de execução do crime.Mesmo decepção, em sua forma final, de menor intensidade, não pode ser configurado de forma adequada para uma pessoa diferente.Qualquer forma de fraude é incompatível com as hipóteses 73, fora do escopo do aberração ictus . (JR, COST apud GRECO, 2006, pp. 663 e 664) "A prática de qualquer comportamento, resultando em resultados diferentes, uma liderada por um engano direta e um cometido por uma possível fraude, configura a diversidade de projetos. STF anterior. Neste caso, parece que competição formal imperfeita, caracterizada pelo surgimento de mais de um resultado, por uma única ação engajada para fins autônomos."(STJ, Resp .138557 / DF, Rel. Min Gilson Mendes Dipp , 5T, P. DJ, 10/06/2002, p.239 / RT 807, p.577). "No caso de aberratio acidente vascular cerebral , mas em um objetivo final, dada a possibilidade de prever o risco de dano a outrem, mesmo que houvesse um protesto formal crimes dolosos, as penas são aplicadas cumulativamente, de acordo com o padrão de arte. 70, a última parte do código penal ". (STF HC 73548 / SP, Rel. Min. Ilmar Galvão, um T., P. DJ, 1996/05/17, p.16328) "Isso acontece aberração golpe quando, por acidente ou erro, o oficial, em vez de atingir a pessoa que pretende ofender, afeta uma pessoa diferente e deve, portanto, reagir pelo crime como se tivesse atingido a pessoa visada, considerando então as qualidades dessa pessoa para caracterizar o crime. "(Caso TJMG nº 1.0000.00.343709-2 / 000 (1), por Reynaldo Ximenes Carneiro, publicação, 20/09/2003) "Não há necessidade de falar aberração delicti e, sim, por engano na execução, se o oficial tentar acabar com sua vida com uma aversão a ele e, acidentalmente, acabar matando outras pessoas. Uma vez que o aparecimento de aberração golpe no caso de uma unidade complexa, é necessário aplicar a regra da concorrência formal no momento da sentença, não a da comissão do crime. " (TJMG, Processo n ° 1.0003.01.003349-0 / 001 (1), Relação José Antônio Baía Borges, Pub, 13/09/2005) Segue-se de todo o precedente que no aberratio ictus está a execução viciada, e não a vontade, porque os atos executórios (erroneamente) não correspondem àqueles representados pela vontade do agente. Portanto, uma vez que a possibilidade de chegar a um terceiro é antecipada por repelir uma agressão injusta e o agente persistir na reação, correndo o risco de produzir um resultado negativo, ele atuará com projetos autônomos para se defender e causar danos. no terceiro, um comportamento incompatível com o início do erro de execução. Assim, ele pode responder ao crime de homicídio cometido no ato da morte de um terceiro. Finalmente, dada a viabilidade da legítima defesa com aberratio ictus e que justificativa também exclui a ilicitude dos danos resultantes de uma reação legítima 10 (informação do artigo 188, I, CC / 02), bem como a possibilidade de compensação, devemos terminar, pontuar o tratamento da questão da responsabilidade civil quando a legítima defesa, enquadrada no erro de execução, acaba causando dano a terceiros. Para fazer isso, usamos o seguinte julgamento: "Responsabilidade Civil, Defesa Legítima. "Aberratio Ictus " Um oficial que, em autodefesa, cometer uma ofensa contra um terceiro em razão de um erro de execução, é passível de indenização , se for provado que o tribunal civil é responsável. Se isso for recusado pelo tribunal comum, é o réu a pagar uma indemnização à vítima. Art.1540 e 159 do CC. Chamada não conhecida. "(STJ, REsp 152030 / DF, Ruy Rosado de Aguiar, 4º T., P. no DJ em 25/03/1998) AUSÊNCIA DOS PRESSUPOSTOS DA PREVENTIVA O Código Penal não introduziu a noção de cumprimento estrito da obrigação legal, como fez com o estado de necessidade e autodefesa, e cabe à doutrina defini- la. Pela própria expressão desta exclusão, note-se que o agente não será criminalmente responsável se ele agir de acordo com uma obrigação legal. Conforme Mirabete e Fabbrini (2009): Eles agem em estrita conformidade com as obrigações legais dos policiais que usam a força física para desempenhar suas funções (evite escapar da prisão, impedindo a ação de um armado que comete um delito ou sobre o ponto cometer, controlar a perturbação da ordem pública, etc.). Para Bitencourt (2008: 325): [...] duas condições devem ser estritamente observadas, para configurar a exclusão: a) estrita observância - apenas atos estritamente necessários justificam o comportamento autorizado; (b) uma obrigação legal - é essencial que a obrigação seja legal, isto é, que derive da lei e não constitua uma obrigação de natureza social, moral ou religiosa. A norma da qual o dever emana deve ser legal e de natureza geral: lei, decreto, regulamento, etc. O policial, quando se está em conformidade com "luz verde" dada pelo comandante da crise, atira o assaltante, que é deficiente, não podem ser responsabilizados criminalmente, uma vez que é em estrita conformidade com a sua obrigação legal (subordinação / obediência) ao seu superior, o artigo 163 do CPM: "Recusar-se a obedecer a ordens superiores em um objeto ou umaquestão de serviço, ou vis-à-vis um dever imposto pela lei, regulamento ou instrução: Punição - detenção, um a dois anos, se o ato não constituir um crime mais grave ". Para caracterizar esta exclusão, considera-se que o comandante adotou todas as medidas não-letais para resolver a crise e, finalmente, ordenou à polícia a disparar, isto é para dizer que ordem foi legal. Bitencourt (2008: 363), de forma precisa e transparente, afirma que: 11 [...] se a ordem é legal, o problema não é mais culpado e pode resultar na exclusão da ilegalidade. Se o agente cumprir uma ordem legal superior, ele exercerá estritamente suas obrigações legais. O respeito pela ordem legal não tem conotação de ilegalidade, mesmo que configure um comportamento típico; pelo contrário, caracteriza sua exclusão (artigo 23). No entanto, vale ressaltar, ser evidente que a Constituição Federal, também possibilita a decretação de prisão provisória antes de uma sentença condenatória transitada em julgado, entretanto, essas prisões têm caráter eminentemente cautelar e, como toda medida dessa linhagem, para serem legitimamente decretadas devem preencher os requisitos cautelares do fumus comissi delicti e periculum in libertatis, sendo imprescindível, portanto, que a existência do crime esteja devidamente comprovada e que haja, pelo menos, indícios mínimos de autoria (fumus boni iuris), além de comprovação da necessidade da prisão, ou seja, risco para o transcurso normal do processo, caso não seja ela decretada (periculum in mora). Em suma, a prisão cautelar só poderá ser decretada, quando, havendo indícios de autoria e prova da materialidade, for necessária para a garantia da ordem pública, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal (artigo 312 do CPP). Assim, ainda que Vossa Excelência considere haverem indícios suficientes de autoria, o mesmo não se pode dizer com relação ao periculum in libertatis, pois essa exigência cautelar aqui não se encontra presente. Não há nos autos elementos que façam supor que o paciente, que sequer registra outros processos criminais tramitando em seu desfavor, pretendia se furtar à apuração de sua responsabilidade criminal ou influir no depoimento de testemunhas, com o objetivo de obstaculizar o decurso da instrução processual, ou seja, não se vislumbra, nesse caso, o risco que a liberdade do expoente poderia oferecer ao deslinde da instrução processual, à ordem pública, tampouco à aplicação da lei penal, ausentes, portanto, os requisitos para a decretação da prisão preventiva. Diga-se que as justificativas de uma prisão cautelar devem ressurgir de elementos de convicção existentes nos autos, ou seja, a declaração da vítima de um suposto crime cometido, que ao menos fora investigado, ocorrido há mais de trinta anos não pode ser considerada como argumento para a caracterização do periculum 12 in libertatis. Essa, aliás, é a lição de Luís Flávio Gomes, que com extrema propriedade doutrina “que a prisão cautelar é excepcional e instrumental. Desse modo, só se justifica quando o juiz, motivadamente, demonstra seu embasamento fático e jurídico, valendo das provas produzidas dentro do processo” (Direito de Apelar em Liberdade, Ed. RT, p. 39). Destaca-se que a simples alegação de gravidade do delito não é suficiente a sustentar decreto prisional cautelar, posto que como pacífico entendimento doutrinário e jurisprudencial, a necessidade da medida deve ser comprovada por fatos concretos e não apenas na afirmação de que a gravidade do crime afeta a paz social e deixa abalada a comunidade local. Neste sentido já decidiram o Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça: Boletim Informativo nº 213 do STJ. DECISÃO DA 6ª TURMA. PRISÃO PREVENTIVA. REQUISITOS. FUNDAMENTAÇÃO. A gravidade do delito mesmo quando praticado crime hediondo, se considerada de modo genérico e abstratamente, sem que haja correlação com a fundamentação fático objetiva, não justifica a prisão cautelar. A prisão preventiva é medida excepcional de cautela, devendo ser decretada quando comprovados objetiva e corretamente, com motivação atual, seus requisitos autorizadores. O clamor público, por si só, não justifica a custódia cautelar. Precedentes citados: HC 5.626-MT, DJ 16/6/1997, e HC 31.692- PE, DJ 3/5/2004. HC 33.770-BA, Rel. Min. Paulo Medina, julgado em 17/6/2004. Assim, não se pode compreender na expressão garantia da ordem pública, a questão do clamor público, porque não estaria sendo aferido neste caso o perigo que a liberdade do paciente poderia acarretar, mas tão somente a gravidade objetiva do crime e os anseios da sociedade. Em relação à aplicação da lei penal, não há fundamento para a decretação da prisão preventiva, pois não há receio de que o paciente, se solto, venha a evadir-se do distrito da culpa, uma vez que possui bons antecedentes, residência fixa, identidade certa e trabalho. Sendo este inclusive, membro de uma tropa de elite da Policia Militar do estado de São Paulo. III DOS PRESSUPOSTOS DA MEDIDA LIMINAR 13 Diante da flagrante ilegalidade da decretação da prisão do paciente, não pairam dúvidas para que, num gesto de estrita justiça, o direito à liberdade é reconhecido desde o início. A plausibilidade jurídica da concessão da liminar encontra-se devidamente caracterizada. O “fumus comissi delicti”, significa a fumaça do cometimento do delito, o qual pelos elementos fáticos e jurídicos trazidos à colação não foram capazes de demonstrar a efetiva participação do paciente no crime emo comento. Por sua vez, no que concerne o “periculum libertatis” (perigo na liberdade do acusado), conforme demonstrado minuciosamente, não vislumbra-se qualquer justificativa plausível para a prisão cautelar do paciente. Cabe citar os ensinamentos do jurista Alberto Silva Franco, veja-se: “É evidente, assim, que apesar da tramitação mais acelerada do remédio constitucional, em confronto com as ações previstas no ordenamento processual penal, o direito de liberdade do cidadão é passível de sofrer flagrante coarctação ilegal e abusiva. Para obviar tal situação é que, numa linha lógica inafastável, foi sendo construído, pretoriamente, em nível de habeas corpus, o instituto da liminar, tomando de empréstimo do mandado de segurança, que é dele irmão gêmeo. A liminar, em habeas corpus, tem o mesmo caráter de medida de cautela, que lhe é atribuída do mandado de segurança”. Em vista do exposto, este pedido de habeas corpus deve ser concedido desde o início, a fim de evitar a detenção temporária do paciente. IV – DA Legítima Defesa e do estrito cumprimento do dever legal Como pode-se observar no caso em tela, o Policial Militar, apenas estava cumprindo o seu dever de defesa da comunidade, buscando capturar os traficantes armados que entram em confronto com os policiais militares, estes meliantes, inclusive, portavam armamento de uso restrito, inclusive fuzis, de alta letalidade. Vejamos que é seu dever, entre tantos outros a preservação da ordem pública, e foi nessa busca que tentou capturar o traficante que atirou contra a guarnição, e a comunidade. Tal dever encontra-se no art. 8.º, inciso IV, da Lei 14 Complementar 893 de 2001, “Regulamento Disciplinar da Polícia Militar” do Estado de São Paulo. Tal excludente de ilicitude encontra-se no art. 23, inciso III do Código Penal, assim como a legítima defesa, que melhor é explicada no art. 25 do Código Penal, “Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem” (BRASIL, 1940). Vejamos que neste caso, o policial buscava repelir agressão, atual ou iminente ao seu direito e também de outrem, estando diante de um tiroteio, dessa forma, difícil lhe seria medir qual o meio moderado de conter a agressão com arma de fogo, porparte do traficante, segundo CAPEZ apud MIRABETE “Apesar da inafastável necessidade da moderação no uso dos meios necessários à repulsa, como bem preleciona Mirabete, “a legítima defesa, porém, é uma reação humana e não se pode medi-la com um transferidor, milimetricamente, quanto à proporcionalidade de defesa ao ataque sofrido pelo sujeito” (2016, p. 849) Bem como, vejamos o entendimento jurisprudencial nesse sentido, APELAÇÃO CRIMINAL. RECURSO DA ACUSAÇÃO. DUPLO HOMICÍDIO COMETIDO POR POLICIAL MILITAR CONTRA CIVIS. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM. DOLO EXISTENTE. ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA. LEGÍTIMA DEFESA PRÓPRIA COM ABERRATIO ICTUS SEGUIDA DE LEGÍTIMA DEFESA DE TERCEIRO. COMPROVAÇÃO INEQUÍVOCA. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO NÃO PROVIDO. 1. Tratando-se de crime doloso contra a vida de civil, praticado por militar, o julgamento da causa escapa da competência da Justiça Castrense, incumbindo à Justiça Criminal Comum, por meio da vara do Tribunal do Júri do local onde o crime foi praticado. 2. Nos termos do art. 415, inciso IV, do Código de Processo Penal, o juiz deverá absolvê-lo, desde logo, quando demonstrada causa de exclusão do crime – a exemplo da legítima defesa, a qual elide a antijuridicidade do delito. 3. Entretanto, essa absolvição sumária, quando fundada na legítima defesa, somente é possível de ser decretada se a indigitada excludente restar comprovada nos autos de forma clara, inconteste, sendo estreme de dúvidas, situação ocorrida na hipótese dos autos. 4. In casu, do acurado exame da prova testemunhal colhida no judicium accusationis, ressoa inquestionável que o réu, no exercício de sua função de policial militar, utilizou, moderadamente, dos meios necessários tanto para repelir os disparos efetuados contra si por um criminoso, quanto para salvaguardar a vida de terceiro, posteriormente feito de refém durante a perseguição. 5. O fato do acusado, para proteger sua vida, ter atingido com um disparo 15 uma jovem inocente, caracteriza hipótese de aberratio ictus, não afastando a excludente de ilicitude da legítima defesa, por força do art. 73 do Código Penal. 6. Em relação ao infrator que veio a óbito, indubitável que a conduta do policial militar se revelou como o único meio eficaz para fazer cessar o iminente risco à incolumidade da vítima mantida como refém na ocasião. Dessa forma, no caso em análise, o Policial visava a legítima defesa de seus pares, e da comunidade, pois estava sendo atacado com arma de fogo de grosso caibre, com alto poder de destruição, dessa forma ter usado arma de fogo como meio de repelir a injusta agressão, pode ser considerada como um meio equivalente para repelir a agressão. V - PEDIDOS Face ao exposto, é ponto assente que o paciente sofreu constrangimento ilegal por ato da autoridade coatora, o Delegado de Polícia Civil, circunstância “contra legem” que deve ser remediada por esse Excelentíssimo Juízo. Isto posto, com base nos artigos 5.º, LXVIII da Constituição Federal, artigos 647 e 648 do Código de Processo Penal requer: a- A manifestação do Ministério Público, em especial a Procuradoria Geral de Justiça, apresentando parecer; b- a requisição de informações ao Delegado de Polícia Civil, ora apontado como autoridade coatora; c- conforme o mérito da liminar com a finalidade de consolidar, para o paciente policial militar XXXXXX XXXXXX XXXXX, a competente ordem de “habeas corpus” para fazer impedir o constrangimento ilegal que o mesmo vem sofrendo, como medida de mais inteira Justiça, expedindo-se, IMEDIATAMENTE, o competente ALVARÁ DE SOLTURA, a fim de que seja o paciente posto em liberdade; 16 d- A convocação pessoal de Doutor Advogado para apoio oral, para marcar o dia e a hora desta Casa Colgante. Nestes termos, Pede deferimento. São Paulo 09 de abril de 2019. ADVOGADO / OAB
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