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LITERATURA PORTUGUESA III

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Acadêmico:
	Disciplina:
	Literatura Portuguesa (LET42)
	Avaliação:
	Avaliação Final (Objetiva) - Individual FLEX ( Cod.:512629) ( peso.:3,00)
	Prova:
Nota da Prova:
	10,00
Legenda:  Resposta Certa   Sua Resposta Errada  
	1.
	Leia o excerto de um dos sermões do Padre Vieira apresentado a seguir:
"Suponho, finalmente, que os ladrões de que falo não são aqueles miseráveis a quem a pobreza e vileza da sua fortuna condenou a este gênero de vida, porque a mesma sua miséria ou escusa ou alivia o seu pecado, como diz Salomão... O LADRÃO QUE FURTA PARA COMER, NÃO VAI NEM LEVA AO INFERNO: os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são os ladrões de maior calibre e de mais alta esfera, os quais debaixo do mesmo nome e do mesmo procedimento distingue muito bem São Basílio Magno... não são só ladrões, diz o Santo, os que cortam bolsas, ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título, são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. OS OUTROS LADRÕES ROUBAM UM HOMEM, ESTES ROUBAM CIDADES E REINOS: os outros furtam debaixo do seu risco estes sem temor, nem perigo: os outros, se furtam, são enforcados, estes furtam e enforcam. Diógenes, que tudo via com mais aguda vista que os outros homens, viu que uma grande tropa de varas e ministros de justiça levam a enforcar uns ladrões, e começou a bradar: LÁ VÃO OS LADRÕES GRANDES ENFORCAR OS PEQUENOS".  
FONTE: VIEIRA, Padre Antônio. Sermões. Rio de Janeiro: Agir, 1980.
Analise as sentenças a seguir:
I- Padre Vieira, nesse sermão (Sermão do Bom Ladrão), procura destacar a "grande corrupção".
II- O maior pecado do mundo, segundo Vieira, destacado no Sermão do Bom Ladrão, é matar o ladrão.
III- Segundo Vieira, no Sermão do Bom Ladrão, não leva à condenação infernal o ato de roubar para saciar a fome.
IV- Há pequenos ladrões e grandes ladrões, conforme mostra Vieira, no Sermão do Bom Ladrão.
Assinale a alternativa CORRETA:
	 a)
	As sentenças II e III estão corretas.
	 b)
	As sentenças I, II e III estão corretas.
	 c)
	Somente a sentença III está correta.
	 d)
	As sentenças I, III e IV estão corretas.
	2.
	Ainda que a Literatura Portuguesa não tenha desenvolvido novelas de cavalaria como a Inglaterra e a França, tal gênero encontrou nas terras lusitanas um público apaixonado e fiel. A partir do final do século XIII, convencionou-se dividir as novelas de cavalaria em ciclos. No que se refere aos ciclos, assinale a alternativa CORRETA:
	 a)
	Ciclo Europeu, Ciclo Carolíngio, Ciclo de Amadis.
	 b)
	Ciclo Latino, Ciclo de Amadis, Ciclo Clássico.
	 c)
	Ciclo de Amadis, Ciclo Bretão ou Arturiano, Ciclo Saxão.
	 d)
	Ciclo Carolíngio, Ciclo Clássico, Ciclo Bretão ou Arturiano.
	3.
	A obra barroca em prosa, seja para o Brasil como para Portugal, teve destaque na pessoa do Padre Antônio Vieira, pelos seus "Sermões". Estes ficaram tão famosos que seus superiores os fizeram imprimir para servirem de modelo para outros sacerdotes, nas suas pregações, apesar de Padre Vieira opor-se a isso. Durante o século XVII, um dos meios mais importantes de divulgação de ideias, fatos, doutrinamento e de transmissão de informações era o sermão. Por isso, Padre Vieira valeu-se dessa técnica para doutrinar as populações (de diferentes classes sociais) e para efetuar reflexões acerca do mundo e dos acontecimentos. E ele tratou de diferentes temáticas  nos seus "Sermões". Acerca dessa obra do Padre Vieira, analise as seguintes sentenças: 
I- O "Sermão pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal Contra as de Holanda" trata dos invasores holandeses na cidade de Salvador.
II- O "Sermão do Mandato" trata do amor místico de Cristo.
III- No "Sermão de Santo Antônio aos Peixes", Padre Vieira trata do comportamento dos colonos e compara seus vícios aos dos peixes.
IV- O "Sermão da Sexagésima" trata da educação oferecida pela coroa portuguesa no Brasil Colônia.
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
	 a)
	Somente a sentença III está correta.
	 b)
	As sentenças I e IV estão corretas.
	 c)
	As sentenças I, II e III estão corretas.
	 d)
	As sentenças II e IV estão corretas.
	4.
	A partir da segunda metade do século XIX, a Europa começa a dar mostra de mudanças muito significativas, especialmente no que se refere aos ideais de liberalismo e democracia. As ciências naturais começam a desenvolver-se e os métodos experimentais e de observação da realidade começam a ser vistos como possíveis para explicar racionalmente o mundo físico. No que se refere à literatura dessa época, assinale a alternativa CORRETA:
	 a)
	O surgimento das doutrinas científicas e filosóficas não influenciou a produção escrita, pois a literatura é a arte da palavra.
	 b)
	Com base no cientificismo e no materialismo, os escritores se opõem à metafísica, à religião e a tudo o que fugisse dos limites da matéria.
	 c)
	Para os escritores dessa época, a Teologia e a Metafísica não poderiam ser substituídas por uma realidade concreta.
	 d)
	O desenvolvimento científico não interessava aos intelectuais, ou seja, este tema não era bem aceito porque eles lidam com o subjetivismo.
	5.
	No que se refere à questão estética, Mikhail Bakhtin (2006, p. 84), no seu texto teórico sobre a estética da criação verbal, afirma que "a forma material, que determina se uma obra é de pintura, poesia ou música, determina de maneira substancial também a estrutura do objeto estético". Sobre o objeto estético, assinale a alternativa CORRETA:
FONTE: BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. Tradução de Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
	 a)
	Criação, representada e definida apenas pela palavra escrita.
	 b)
	Puramente visual, ou seja, somente uma forma espacial externa.
	 c)
	Expressão não verbalizada que se constrói somente de forma espacial.
	 d)
	Multifacetado e se justifica de acordo com a realidade ético-cognitiva.
	6.
	Uma das grandes expressões do Barroco, seja português ou brasileiro, foi Gregório de Matos. Ele nasceu no Brasil (Salvador), mas viveu também em Portugal. Nos seus escritos, já no Brasil, Gregório de Matos fazia muitas críticas à sociedade da época (políticos, religiosos, membros da burguesia, empresários). Este fato resultou na sua prisão e deportação para Angola - África). Gregório de Matos ganhou grande expressão na poesia Barroca. Leia a poesia a seguir:
Triste Bahia
Triste Bahia! 
ó quão dessemelhante 
Estás e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mi abundante.
A ti tricou-te a máquina mercante,
Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando e, tem trocado,
Tanto negócio e tanto negociante.
FONTE: MATOS, Gregório de. Obras completas. São Paulo: Cultura, 1945, p. 62.
Com relação ao tema tratado por Gregório de Matos nesse poema, assinale a alternativa CORRETA:
	 a)
	Gregório de Matos mostra a exploração econômica da Bahia.
	 b)
	Gregório de Matos fala acerca do governo da Bahia, que é muito sério.
	 c)
	Gregório de Matos revela as belezas da Bahia e as exalta.
	 d)
	Gregório de Matos faz uma crítica ao povo baiano.
	7.
	Segundo Massaud Moisés (2008. p. 169), com o Romantismo, abre-se um ciclo de cultura inteiramente novo, correspondente à diminuição do poder das oligarquias reinantes em favor das monarquias constitucionais ou das repúblicas federativas, e ao aparecimento do Liberalismo em política, moral, arte etc. Na literatura, no que se refere ao Romantismo, assinale a alternativa CORRETA:
FONTE: MOISÉS, Massaud. Romantismo. A Literatura Portuguesa. São Paulo: Cultrix, 2008.
	 a)
	Os escritores românticos preferem a visão que os clássicos tinham da vida e da arte.
	 b)
	O romantismo contempla o outro, ou seja, seu olhar está voltado para os sentimentos alheios e coletivos.
	 c)
	Os autores românticos repudiam os modelos e as normas, pregando a liberdade na criação artística.
	 d)
	O Romantismo defende a pureza dos gênerosliterários, dando lugar à ordem clássica.
	8.
	Observe os versos que seguem:
Na messe, que enlourece, estremece a quermesse...
O sol, o celestial girassol, esmorece...
E as cantilenas de serenos sons amenos
Fogem fluidas, fluindo à fina flor dos fenos.
Os versos em questão são do poema "Um sonho", do poeta lusitano, Eugênio de Castro, que fazia parte de um grupo de escritores, cuja poesia enfatizava a forma, argumento mais presente na estética simbolista, pelo culto à palavra. Seus poemas eram a expressão da linguagem em relação ao concreto e abstrato, ao material e o ideal. Sobre a estética simbolista e com base nos versos apresentados, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
(  ) Sonoridade das palavras e assonância, pela repetição de vogais.
(  ) Minuciosa descrição e repetição do fato ou espaço.
(  ) Sinestesia pela fusão de várias sensações.
(  ) Rimas e  aliteração,pela repetição da consoante f, por exemplo.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
FONTE: CASTRO, Eugênio de. Um sonho. In: ABDALA Jr., B.; PASCHOALIN, M. A. História social da literatura portuguesa.
São Paulo: Ática, 1994.
	 a)
	V - V - F - F.
	 b)
	F - F - F - V.
	 c)
	V - V - F - V.
	 d)
	V - F - V - V.
	9.
	Na primeira metade do século XII, aparecem as primeiras manifestações da Literatura Portuguesa, cujo início é marcado pelo lirismo trovadoresco, as cantigas. O primeiro período cultivou a poesia lírica, e o segundo, a prosa. No que se refere às cantigas do gênero lírico, analise as sentenças a seguir:
I- Neste grupo, estão as cantigas de amigo e as cantigas de amor.
II- Nas cantigas de amor, o poeta assume o eu lírico, fazendo confidências à pessoa amada.
III- As cantigas de amigo expressam sentimentos, como a alegria e a ansiedade pela chegada do amigo. 
IV- As cantigas de amor são ambientadas fora dos palácios e demonstram um homem soberano apaixonado por mulher de classe social inferior.
Assinale a alternativa CORRETA:
	 a)
	As sentenças I, II e III estão corretas.
	 b)
	As sentenças II e IV estão corretas.
	 c)
	As sentenças III e IV estão corretas.
	 d)
	As sentenças I e IV estão corretas.
	10.
	Por volta de 1871, ocorre em Portugal a Questão Coimbrã, que, pelo viés do Realismo, eram Conferências Democráticas que definiam os verdadeiros propósitos e consagravam a nova arte. Sobre a Questão Coimbrã, analise as sentenças a seguir:
I- Era um movimento que motivava a tomada de posição dos escritores portugueses em favor da estética romântica.
II- Resultou do confronto entre jovens estudantes de Coimbra e alguns poetas ultrarromânticos de Lisboa. 
III- Antero de Quental, como acadêmico da Universidade de Coimbra e autor das Odes Modernas, foi um importante representante do novo modelo de poesia.
IV- O objetivo das conferências era expor questões contemporâneas religiosas, literárias, políticas, sociais e científicas.
Assinale a alternativa CORRETA:
	 a)
	As sentenças II, III e IV estão corretas.
	 b)
	As sentenças I, II e IV estão corretas.
	 c)
	As sentenças I, II e III estão corretas.
	 d)
	As sentenças I e IV estão corretas.
	11.
	(ENADE, 2005) O crítico José Guilherme Merquior, ao analisar a questão da literatura na Modernidade, afirma:
[...] a partir de Flaubert e Baudelaire, instala-se nas letras o senso da "vacuidade do ideal"; emerge a tradição moderna como literatura crítica. O ideal esvaziado de conteúdo, assinalado pelo crítico, no texto de Eça de Queirós:
	 a)
	É tido como consequência da "propaganda do amor ilegítimo".
	 b)
	Pode ser associado à "escangalhada catedral romântica".
	 c)
	Constitui a busca do "paladino da moral".
	 d)
	É considerado causa da ação de "celebrar missa durante tantos anos".
	12.
	(ENADE, 2014) Talvez o maior lugar-comum da crítica literária no Brasil, hoje, seja o de que o texto é múltiplo. Simples assim: a multiplicidade como algo quase dado, uma característica praticamente a priori das obras, que a interpretação só precisaria atestar ou confirmar. Justamente por ser um lugar-comum, a crença em uma multiplicidade essencial ou ontológica da literatura não precisa ser ferrenhamente defendida; pelo contrário, ela funciona melhor quando permanece como uma espécie de pressuposto de fundo, frequentemente não declarado, do processo interpretativo. A crença na multiplicidade está presente em todas essas frases, que parecem não precisar de explicação: "esta obra presta-se a infinitas leituras"; "são inúmeros os sentidos"; "há uma pluralidade de vozes"; ou até mesmo no nefasto "cada um tem a sua interpretação". Trata-se aqui, na realidade, de um barateamento brutal da ideia de diferença, que, se por um lado está em consonância com tendências culturais e sociais mais amplas, por outro, gera consequências bem determinadas para a prática da crítica no âmbito das Letras e das Ciências Humanas.
A poética da multiplicidade encontra sua forma mais apurada na aplicação de teorias. Como tudo é plural, como todo antagonismo foi suprimido (fora, como já dito, o antagonismo contra o antagonismo, ou antibinarismo binário), qualquer texto pode ser lido segundo qualquer teoria. Como tudo é dialógico, não importa se você usa Badiou, Barthes, Bataille, Baudrillard, Bhabha, Bourdieu ou Butler (para ficar só no "B"), para o drama renascentista, a épica do século 17, ou o verso livre do 20. No fundo, o verbo "usar" já diz tudo, porque esse tipo de relação entre literatura e teoria é essencialmente utilitária. Determinados autores, como Bakhtin e Benjamin, são tão explorados, são inseridos em debates tão absolutamente díspares, que vale a pena perguntar se ainda faz algum sentido mencionar seus nomes. E é um fenômeno curioso que, se por um lado, a crítica da multiplicidade vem questionando o cânone literário, desafiando seu fechamento e reivindicando a inserção de novas vozes, por outro, a teoria vem testemunhando a formação de um cânone próprio, um rol de autores que se tornaram referência obrigatória (inclusive para as novas vozes), cujos conceitos podem, sim, ser problematizados, mas não sua posição a priori como grandes nomes.
Sobre a poética da multiplicidade, avalie as afirmações a seguir:
I- A multiplicidade é uma características só recentemente incorporada pelo texto literário.
II- Há um confronto e, no mesmo momento, um restabelecimento do cânone literário.
III- Uma determinada teoria é capaz de abarcar todas as possibilidades de um texto literário.
Assinale a alternativa CORRETA:
FONTE: Disponível em: <http://revistacult.uol.com.br>. Acesso em: 17 ago. 2014 (adaptado).
	 a)
	I, apenas.
	 b)
	II, apenas.
	 c)
	II e III.
	 d)
	I e III.
Prova finalizada com 12 acertos e 0 questões erradas.

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