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______________________________________
Santos & Abrão Advogados Associados
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE SANTA MARIA - RS
ADEMIR ARRUDA SANTANA, brasileiro, solteiro, prestador de serviços, residente e domiciliado na Rua Aristides Lobo, nº 381, Vila Oliveira, na cidade de Santa Maria, por seu procurador signatário, conforme instrumento de mandato em anexo, vem perante V.Exa. propor a presente
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE DÉBITO
em face da AES SUL - Distribuidora Gaúcha de Energia S/A, com endereço profissional à Rua Dona Laura, 320 - 14º andar. Bairro, Moinhos de Vento, Porto Alegre/RS, CEP, 90430-090, CNPJ n.º 02.016.440/0001-62, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos: 
I- I- DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA 
 
Requer a concessão dos benefícios da Assistência Judiciária Gratuita, conforme lhe faculta o artigo 3º e seguintes da lei nº 1.050/60, declarando-se o Reclamante ser pobre na forma da lei e sem condições de arcar com o ônus da demanda sem prejuízo do próprio sustento e de sua família.
II – DOS FATOS:
O Requerente usufrui dos serviços de luz da empresa Requerida, salientando-se que o fornecimento de energia elétrica disponibilizado pela Requerida é essencial para o uso doméstico do Autor.
 Ocorre que, em Fevereiro de 2013, o Requerente recebeu em sua residência sua conta de luz, da concessionária de serviço público AES SUL no valor de R$222,74(duzentos e vinte e dois reais e setenta e quatro centavos) como segue comprovante em anexo (doc. 1). 
Entretanto, o Autor contatou que o valor da fatura, naquele mês, era um valor exorbitante em relação aos meses anteriores, porém, efetuou o pagamento da conta, uma vez que, caso não o fizesse, a empresa Ré cortaria seu fornecimento de energia elétrica. 
Salienta-se o Autor entrou em contato com a Requerida para esclarecer os fatos, e o atendente lhe informou que já havia verificado o contador, e que o mesmo estaria correto.
Destarte, além do fato do Autor ser a única pessoa a residir na casa, ele ainda trabalha o dia todo em um hospital, e muitas vezes realiza plantões durante a noite, e portanto, fica pouco em casa. 
Ocorre que, em Janeiro de 2014, veio novamente uma fatura referente ao fornecimento de energia elétrica do Requerente, no valor de R$231,00(duzentos e trinta e um reais), um valor abusivo e irreal, pois a média de consumo na residência do Autor é de aproximadamente R$100(cem reais) por mês. Segue fatura anexada a essa exordial (doc.2). 
Gize-se que o Autor não possui eletrodomésticos em casa, como máquina de lavar roupas e ar-condicionado, possuindo apenas um chuveiro elétrico como comodidade, e que, de maneira nenhuma, justificaria o gasto de energia elétrica, e por consequência, o valor absurdo cobrado na fatura. 
 Ademais o Requerente voltou a contatar a empresa requerida no intuito de resolver o problema de forma conciliatória, o que não ocorreu face ao descaso e negligência da empresa frente a fragilidade do consumidor dentro da relação de consumo citada nesta petição.
Tudo isso, causou grande revolta ao consumidor que necessita dos serviços da Requerida, pois o mesmo é essencial para a Autor, uma vez que, sem luz, não pode executar atividades básicas como tomar banho quente, ou até mesmo olhar televisão.
O Requerente ciente que não faz jus a dívida que vem lhe sendo cobrada, frente a todo o transtorno e inconveniência que a empresa Requerida causou ao consumidor, o mesmo, revoltado, cessou as tentativas de resolver o problema diretamente com a empresa dando ensejo, assim, a presente ação.
III – DOS FUNDAMENTOS:
Com base em todo o exposto, restando prejudicado o Requerente na utilização do serviço prestado pela Requerida, cumpri-nos demonstrar a legalidade do direito pleiteado pela autora, baseando-nos na legislação pertinente.
Para iniciar, deve-se lembrar, que a nossa Constituição Federal, prevê a defesa do consumidor frente as relações de consumo, conforme reza o inciso XXXII, do artigo 5º da Constituição Federal: “XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor”.
No mesmo sentido, o inciso V, do artigo 170 da Carta Magna preceitua a defesa do consumidor como um dos princípios de justiça social. 
Ora Excelência, é reconhecida a vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo, conforme inciso I, do artigo 4º da Lei 8.078/90:
“Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios:
I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo;”
Tal descaso e abuso incorrerem por parte da Requerida em relação ao Autor, em razão de sua vulnerabilidade na qualidade de consumidor, ficando exposto a todos os constrangimentos e prejuízos por ser o pólo frágil da relação de consumo, entendimento este reconhecido dentro da política nacional de relações de consumo.
Outrossim, dispõe o mesmo artigo 6º do CDC, em seu inciso VI, que também é direito básico do consumidor a reparação dos danos causados pelo fornecedor:
“Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
(...)
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;”
Ressalta-se Excelência, que o artigo 14 do CDC atribui ao fornecedor do serviço a responsabilidade pelos danos causados aos consumidores, seja por defeitos decorrentes da prestação do serviço ou por informações deficientes: 
“Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.”
Com base na Lei 8.078/90, considera-se defeituoso todo o serviço que não confira ao consumidor a segurança por ele esperada, sofrendo alterações inesperadas em seu modo de funcionamento, conforme dispõe o inciso I, do parágrafo 1º, do artigo 14, do Código de Defesa do Consumidor:
“§ 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:
I - o modo de seu fornecimento;”
Portanto Excelência, o direito ora pleiteado pelo Requerente encontra amparo na Lei direcionada aos consumidores, comprovando-se através da analise dos artigos supracitados que a Requerida agiu em desacordo com o que dispõe a legislação, uma vez que efetuou uma cobrança exorbitante de energia elétrica, valor esse que vai muito além das possibilidades financeiras do Autor, que se obrigou a efetuar o pagamento, para que não houvesse o corte de luz em sua residencia. 
Outrossim, salienta-se que a conduta abusiva da ré se deu, não apenas uma vez, mas duas, em que o Autor se obrigou a efetuar o pagamento de, em torno de 3(três) vezes mais consumo, do que realmente utilizou naquele período.
 Deve-se ressaltar que, o serviço de funcionamento de Energia Elétrica é uma relação de consumo, considerado fornecedor a empresa de Saneamento – AES SUL, na forma do art.3º do código de defesa do consumidor, e os seus usuários são consumidores na forma do art. 2º, parágrafo único da mesma norma.
Aduz que o art. 6º, inciso x, do código da defesa do consumidor, consigna que é direito básico do consumidor "a adequada é eficaz prestação dos serviços público em geral". O art. 4º do CDC estabelece a política nacional das relações de consumo, cujo objetivo é atender às necessidades dos consumidores, respeitando a sua dignidade, saúde e segurança, providenciando a melhoria de sua qualidade de vida, citando ainda o art. 175, parágrafo único, inciso IV da constituição Federal.
Que, com o advento do código do consumidor, o art. 22 prescreveu a obrigatoriedade dos órgãos públicos, por si ou empresasconcessionárias ou permissionárias, de fornecer serviços adequados, seguros e, quanto aos essenciais contínuos, o que desconsidera espancado este equívoco do código do consumidor.
"O serviço de fornecimento de Energia Elétrica é PÚBLICO E ESSENCIAL, subordinado ao princípio da continuidade” (grifo nosso), na forma do art. 22 do código do consumidor, da mesma forma que o serviço de telefonia e água.
Enuncia o art. 22 e seu parágrafo único do CDC que: "Os órgãos públicos, por ou suas empresas, concessionárias, permissionária ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos".
É a própria jurisprudência pátria que vem determinando em seus julgados, como consta na EMENTA :
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. CORTE DE FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA. SERVIÇO ESSENCIAL. SUSPENSÃO INDEVIDA. DANOS IN RE IPSA. PROCEDÊNCIA DO PLEITO INDENIZATÓRIO. VALOR A SER REPARADO. CRITÉRIOS PARA FIXAÇÃO DA INDENIZAÇÃO. JUROS DE MORA. TERMO DE INCIDÊNCIA. DATA DA FIXAÇÃO DO MONTANTE A SER REPARADO. APELAÇÃO PROVIDA. (Apelação Cível Nº 70044029692, Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marilene Bonzanini Bernardi, Julgado em 09/11/2011) 
Tal principio proíbe o retrocesso, porque o seu art. 5º, inciso XXXII, 170 e art. 48 e suas disposições transitórias, vem protegidos pelo art.1º do CDC, o que atende à política a política nacional de relação de consumo, cujo o objetivo é o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito a dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria de sua qualidade de vida, bem como a transferência e harmonia de relações de consumo (art.4ºcaput, do CDC).
Assim é que o jurista Marcos Maselle Gouveia afirma: 
"A defesa do consumidor é uma garantia fundamental prevista no art. 5º, inciso XXXII, bem como um princípio de relação econômica, previsto no art. 170, item V da CF" (grifo nosso).
O direito do consumidor possui garantia fundamental na constituição e, a interrupção no fornecimento, além de causar uma lesão, afeta diretamente a sua dignidade e flagrante retrocesso ao direito do consumidor.
Assim é que a prática abusiva do corte já vem sendo conhecida em casos de fornecimento de energia elétrica, pois a luz é de necessidade da população, de consumo imprescindível e não pode ser cortada sob nenhum propósito.
Neste sentido é o inteiro entendimento deste Juízo por se tratar da defesa de um direito básico do Consumidor, não podendo a pessoa Jurídica criar descontinuidade, pois os serviços essenciais se tornam indispensáveis para a conservação, preservação da vida, saúde, higiene, educação e trabalho das pessoas, o que, ainda para o Ministro Garcia Vieira, "na época moderna exemplificadamente se tornam essenciais, nas condições de já estarem sendo prestados, o transporte, água, esgoto, fornecimento de água, linha telefônica, limpeza urbana, etc".
Para o jurista Mário de Aguiar, "uma inovação trazida pela atual constituição é a extensão do mesmo critério às concessionárias ou permissionárias dos serviços públicos.
Comentando o art.22 do CDC, o jurista Antônio Herman de Vasconcelos e Benjamim, assim se expressa: "A Segunda inovação importante é a determinação que os serviços essenciais- e só eles- devem ser contínuos, isto é, não podem ser interrompidos. Cria-se para o consumidor um direito à continuidade do serviço, podendo o consumidor postular em juízo que se condene a administração a fornecê-lo".
Tal situação está reconhecida por nossas Câmaras Civis, como por exemplo do tribunal Catarinense, cujo reexame de sentença de ação de mandado de segurança confirmou a sentença a qual, fundamentando-se em que: "Se houver débito a cobrança devera ser feita pela via própria. O que não pode é o usuário ser coagido a pagar o que julga razoavelmente não deve sob teor de ver interrompido o fornecimento de água, bem indispensável para a vida humana".
Entendendo este Juízo que o art. 5º, inciso XXXXV da Constituição Federal que: "A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário, lesão ou ameaça a direita e, a ré está resguardada pelo Principio da Isonomia para ingressar em juízo e cobrar o que lhe é devido. 
Nesse sentido, temos jurisprudência da Nona câmara cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul:
DIREITO DO CONSUMIDOR. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZATÓRIA. CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA. COBRANÇA ABUSIVA. ERRO MATERIAL. DISPARIDADE COM O HISTÓRICO DE CONSUMO DA USUÁRIA DO SERVIÇO. NEGLIGÊNCIA DA CONCESSIONÁRIA. CORTE DE FORNECIMENTO DE LUZ. PREJUÍZO EVIDENTE. DANO MORAL CARACTERIZADO. 1. Em cotejo com as provas produzidas, observa-se que a autora, no mês de março de 2010, registrou como leitura de consumo de energia elétrica no medidor de sua residência o equivalente a 7.916 KWh, e no mês anterior 7.741 KWh. Dessa diferença, e como consumo a ser faturado pela concessionária apelante, restariam 175 KWh; 2. No entanto, a cobrança efetuada junto à autora foi o equivalente a 1.750 KWh, expresso no montante de R$ 843,13 (oitocentos e quarenta e três reais e treze centavos), e claro, aqui, o erro de cálculo quanto ao faturamento, devidamente comunicado à ré pela autora, solicitando, desta forma, pedido de revisão da indigitada cobrança, consoante narrativa, obtendo como única resposta que a reclamação foi julgada improcedente; 3. Agiu ilicitamente a demandada, até de forma abusiva, ao não demonstrar esmero quanto à verificação do erro em análise, atuando com negligência, e causando prejuízo imensurável, sem reconhecer a própria falha; 4. A empresa ré ainda suspendeu o fornecimento de energia elétrica na unidade residencial da consumidora, em razão da falta de pagamento da cobrança ora controvertida; 5. Nexo causal entre a conduta e o dano plenamente evidenciado, in re ipsa, e a postura da concessionária, reprovável sob qualquer aspecto, há que se reconhecer a responsabilização civil, independente de culpa, pois intrínseco ao risco do empreendimento. Inteligência do art. 14 do CDC; 6. A reparação moral subsiste, e o valor arbitrado, R$ 3.000,00 (três mil reais), atende ao caráter punitivo-pedagógico da reprimenda; 7. Sentença mantida por seus próprios fundamentos; 8. Recurso a que se nega seguimento, na forma do art. 557, CPC.
(TJ-RJ - APL: 1805348220108190001 RJ 0180534-82.2010.8.19.0001, Relator: DES. ADOLPHO ANDRADE MELLO, Data de Julgamento: 27/07/2012, DECIMA PRIMEIRA CAMARA CIVEL, Data de Publicação: 02/08/2012)
APELAÇÃO CÍVEL - Interposição contra sentença que julgou procedente ação declaratória de inexigibilidade de débito c.c. indenização por dano morais. Cobrança indevida de conta de energia elétrica. Danos morais existentes. Indenização reduzida. Inaplicabilidade das penas por litigância de má-fé. Prequestionamento afastado. Sentença parcialmente reformada. Apelação parcialmente provida.
(TJ-SP - APL: 990101060191 SP , Relator: Mario A. Silveira, Data de Julgamento: 17/05/2010, 33ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 21/05/2010)
Por fim, ressalta-se o que dispõe o parágrafo único, do artigo 42, do Código de Defesa do Consumidor, sobre a ilegalidade das cobranças indevidas, as quais devem ser ressarcidas em dobro:
Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça.
Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável.
Portanto, diante dos fatos narrados, requer o Autor a devolução dos valores cobrados indevidamente pela Requerida, referente aos meses de fevereiro de 2013 e Janeiro de 2014, em dobro, seguindo os moldes do código de defesa do consumidor.
IV – DOS PEDIDOS:
Pelo exposto, requer-se:
a) A citação da Requerida para, querendo, contestar a presente ação, sob pena de serem reputados como verdadeirosos fatos aqui alegados, nos termos do art. 319 do Código de Processo Civil;
b) A total PROCEDENCIA da presente ação, com a condenação da Requerida ao ressarcimento em dobro, nos moldes do artigo 42 do código de defesa do consumidor, dos valores cobrados indevidamente, pagos nos meses de Fevereiro de 2013 e Janeiro de 2014, no montante de R$907,48(novecentos e sete reais e quarenta e oito centavos). 
c) A inversão do ônus da prova, nos termos do artigo 6º, inciso VIII do CDC,
d) Requer, sendo certo que a Impetrante não possui condições de arcar com os ônus processuais sem prejuízo do seu sustento e de sua família, que se digne Vossa Excelência a deferir-lhe os benefícios da Justiça Gratuita, com fulcro na Lei 1.060/50;
Dá-se o valor da causa de R$ 907,48(novecentos e sete reais e quarenta e oito centavos) para todos os efeitos legais.
Termos em que,
Pede Deferimento.
Santa Maria, 20 de Janeiro de 2014.
13/12
Rua Tamanday, 73 B – Bairro Nonoai – Santa Maria/RS
CEP: 97.060-540 -

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