Aula_06 Patrimônio Histórico Cultural Brasileiro

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PATRIMÔNIO HISTÓRICO-CULTURAL BRASILEIRO
Aula 6 - Patrimônio artístico e cultural
Região Norte
PATRIMÔNIO CULTURAL E ARTISTICO – REGIÃO NORTE - AULA 6
PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL BRASILEIRO 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DA AULA 
Patrimônio - Região Norte
	Acre
	Rondônia
	Roraima
	Amapá
	Tocantins
	Amazonas 
	Pará
	
PATRIMÔNIO CULTURAL E ARTISTICO – REGIÃO NORTE - AULA 6
PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL BRASILEIRO 
REGIÃO NORTE
Vamos nos deter agora, nas características patrimoniais de cada região. Por isso, a aula 6 será dedicada à região Norte.
 
Portanto, conheceremos mais de todos os estados que compõem a região Norte: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
A região Norte era habitada originalmente por grupamentos indígenas, mas, a partir do século XVII, passou a ser visitada por espanhóis e portugueses. Esses visitantes estavam interessados em explorações militares e religiosas, no intuito de proteger o território e de catequizar os índios, respectivamente.
O clima predominante é o equatorial, quente e chuvoso 
PATRIMÔNIO CULTURAL E ARTISTICO – REGIÃO NORTE - AULA 6
PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL BRASILEIRO 
REGIÃO NORTE - ACRE
Preserva mais de 80% de sua cobertura vegetal.Em 2004, foi criado o Parque Estadual do Chandles, na função de Unidade de Conservação de Proteção Integral numa área de aproximadamente 700 mil hectares de florestas nativas.
O IPHAN não tombou nenhum bem no estado, mas há a preservação de alguns bens materiais que valem com apelo turístico: Palácio Rio Branco (estilo clássico, sede do governo do estado até 1998 e atualmente Museu Histórico), a Casa do Seringueiro, Museu da Borracha e o Cine Teatro Recreio (grande testemunho do período do desenvolvimento acreano).
Chandless
Palácio Rio Branco
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REGIÃO NORTE - ACRE
Percebe-se, pois, que o maior patrimônio do Acre é representado por suas riquezas naturais. Sendo assim, o grande desafio é conciliar o desenvolvimento urbano e econômico com a preservação do meio ambiente. 
Para aproveitar a vocação ecológica, foram criadas rotas turísticas, como os Caminhos do Pacífico e os Caminhos de Chico Mendes, apresentados no Salão de Turismo de São Paulo em 2008.
Atualmente, há cerca de 146 aldeias indígenas, totalizando aproximadamente 14.500 índios no estado, os quais habitam quase 14% do território acreano 
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Durante o século XVI, Rondônia começou a ser disputada pelos europeus, até que, no século XVIII, o governo português de D. João I iniciou a edificação de vários fortes, dentre os quais se destaca o Real Forte Príncipe da Beira.
REGIÃO NORTE – RONDÔNIA 
O Real Forte Príncipe da Beira é o mais antigo monumento do estado de Rondônia e foi inaugurado em 1783, à margem direita do rio Guaporé, fronteira com a Bolívia. A construção fica localizada no município de Costa Marques e foi tombada em 1950 no Livro Histórico do IPHAN. No entanto, somente em junho de 2008 o governo brasileiro começou a revitalização e a preservação histórica do forte.
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REGIÃO NORTE - RONDÔNIA
O Museu da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré é a principal atração histórica no Complexo Turístico Ferroviário de Porto Velho, a capital do Estado. 
Nesse museu, estão expostas antigas locomotivas e objetos que preservam 
a memória da ferrovia, no ciclo da borracha, inaugurada em 1912. 
O Parque Natural Municipal de Porto Velho é outro patrimônio, para impedir o desmatamento por garimpeiros e madeireiras, criado em 1989. 
Museu
Parque Ecológico
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No século XVII, os portugueses chegaram a Roraima em busca das drogas do sertão e de outros produtos, como urucum, pimenta, guaraná, cravo e castanha.
Podem-se destacar os patrimônios materiais, imateriais e naturais. Em relação aos materiais, poucos bens do início da colonização foram preservados. 
REGIÃO NORTE - RORAIMA 
Dentre os bens que restaram, mencionamos o Forte São Joaquim, distante 52km de Boa Vista. Atualmente, o Exército Brasileiro vem trabalhando na recuperação das ruínas no forte, transformando-o em museu histórico militar em virtude de sua importância histórica para o estado. 
Forte São Joaquim
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 REGIÃO NORTE - RORAIMA
Roraima possui danças indígenas e um vocabulário específico representado por palavras de muitas comunidades de índios (patrimônio imaterial).
O patrimônio natural é o ponto forte. As áreas protegidas são 75% do estado e quase 10% da população é indígena, a maior população de índios do Brasil. 
Roraima tem oito Unidades de Preservação (três parques nacionais, três estações ecológicas e duas florestas nacionais). Destaca-se o Parque Nacional do Monte Roraima, criado em 1989.
Boa Vista abriga a diocese de Roraima, prédio (1907) e funcionou como residência de bispos, hospital e sede do território (patrimônio material).
Parque Roraima
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O referido estado foi originalmente habitado por índios, mas invadido por holandeses, franceses e ingleses. 
Todos, porém, foram expulsos pelos portugueses na época da colonização. 
REGIÃO NORTE - AMAPÁ
Portugal consolidou a conquista desse território construindo a Fortaleza de São José de Macapá, em 1764, na margem esquerda do rio Amazonas. A fortaleza foi tombada pelo IPHAN em 1950 e, atualmente, é o Museu Territorial, um dos mais belos monumentos militares do Brasil colonial.
Museu Territorial
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REGIÃO NORTE – AMAPÁ 
A igreja de São José (1761) é o bem material mais antigo da capital. Na festa de São José, a igreja promove um arraial e uma procissão que movimentam o turismo na cidade. 
O Monumento Marco Zero do Equador indica a linha imaginária que divide a Terra em dois hemisférios. Única capital atravessada por esta linha. 
O estado conta com o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque (PNMT), maior unidade de conservação de floresta tropical do mundo.
Como patrimônio imaterial, destacamos a arte Kusiwa, dos índios Wajãpi. Repleta de simbolismos, forma um sistema de comunicação gráfica, com tintas feitas do urucum, do jenipapo e de resinas perfumadas. 
Em 2002, a arte Kusiwa foi inscrita no Livro de Registro das Formas de Expressão como patrimônio imaterial do estado.
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Tocantins só tem um bem tombado pelo IPHAN. Trata-se do Conjunto Arquitetônico, Urbanístico e Paisagístico na cidade de Natividade. O conjunto é composto por mais de trezentas obras barrocas. 
Destacam-se: Folias de Reis, festas do Divino Espírito Santo, cavalhadas e as danças (catira e sússia). O artesanato feito com o capim-dourado da região do Jalapão ganhou fama inclusive no âmbito internacional.
REGIÃO NORTE – TOCANTINS 	
Mais recente estado brasileiro (1988), tem seu território coberto pelo cerrado e florestas.
O patrimônio natural inclui o 
Parque Indígena do Araguaia 
(Ilha do Bananal), Parque Nacional do Araguaia e Parque Estadual do Jalapão. 
Natividade
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REGIÃO NORTE – AMAZONAS 
Vamos apontar os quatro bens tombados pelo IPHAN, um pelo patrimônio estadual e dois patrimônios imateriais do Amazonas. Já que a Floresta Amazônica foi destaque em aula anterior, não a mencionaremos nesse momento.
Todos os quatro patrimônios materiais tombados pelo IPHAN estão localizados na capital do estado, Manaus. Eles são representados pelo conjunto arquitetônicodo Porto de Manaus, pelo Mercado Municipal, pelo Reservatório de Mocó e pelo Teatro Amazonas. Todos eles são atrativos que movimentam o setor do Turismo na região.
Em 1980, o governo amazonense, por sua vez, tombou o Palácio Rio Negro, construído no século XIX e que servira de moradia a um comerciante de borracha. O referido palácio é um dos grandes pontos turísticos do estado. 
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Patrimônios imateriais: 
Cachoeira de Iauaretê na cidade de São Gabriel de Cachoeira, formada 85% por indígenas e que considera aquela queda d’água um lugar sagrado, aprovada em 2006 pelo IPHAN como patrimônio imaterial. 
O folclore do Boi-Bumbá, deu origem ao espetáculo de Parintins. Nele, duas agremiações encenam lendas e rituais indígenas, durante três noites, no final do mês de junho, no Centro Cultural Amazonino Mendes, o Bumbódromo. (Boi Caprichoso e Boi Garantido) 
REGIÃO NORTE – AMAZONAS 
Boi-bumbá
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EXPLORANDO O TEMA:
Neste vídeo do SBT do Pará, a reportagem Rotas do Pará faz um passeio por uma das rotas turísticas mais atrativas do Norte do Brasil: a Ilha de Marajó, onde se encontra a Área de Proteção Ambiental da Ilha de Marajó, uma das sete Unidades de Conservação implantadas pelo Governo do Pará. 
Acesse http://www.youtube.com/watch?v=gxZPzeoKklU
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REGIÃO NORTE - PARÁ
A capital é Belém, com vários bens tombados pelo IPHAN: Mercado Ver-o-Peso, Teatro Nossa Senhora da Paz (que segue o estilo dos teatros clássicos italianos, inaugurado em 1874) e a Igreja da Sé, Catedral Metropolitana de Belém iniciada em 1748 e influenciada pelo Barroco português e espanhol.
Para proteger os ecossistemas e incentivar a educação ambiental, o Pará instituiu sete novas Unidades de Preservação em 2006, destacando: Reserva Biológica Maicuru e a Estação Ecológica Grão-Pará. E ainda a Área de Proteção Ambiental do Arquipélago de Marajó, na foz do rio Amazonas.
Mercado Ver-o-peso
Marajó
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Por fim, em 2005, o Círio de Nossa Senhora de Nazaré foi inscrito como patrimônio imaterial do estado. Em poucas palavras, representa uma emocionante festa em forma de procissão que envolve a população, num caráter tanto religioso quanto profano. 
Ao seu lado, o patrimônio imaterial paraense também conta com uma típica culinária, exemplificada, a título de curiosidade, pelo pato no tucupi (preparado com um sumo retirado da mandioca-brava e com jambu).
REGIÃO NORTE – PARÁ 
Círio de Nazaré
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Segundo o website da G1, o maior índice de desmatamento está concentrado no Pará. Quem navega pelas águas do rio Xingu não imagina o contraste. Ao lado da bela paisagem está um cenário desolador. Motosserras não dão trégua e queimadas deixam a selva em cinzas
TEMAS PARA DEBATE
Essa região, no Pará, atualmente concentra os municípios que mais destroem a Amazônia brasileira. Em Progresso, Itaituba e Altamira, a Floresta Amazônica perdeu mais de 18 mil quilômetros quadrados, uma área maior que o estado de Sergipe. 
Como isso afeta o patrimônio natural da Região Norte? Que ações podem ser feitas em relação a política de patrimônio e planejamento turístico?
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RESUMINDO
Nesta aula, você
Identificou os sítios naturais, materiais e imateriais presentes na Região Norte do Brasil. 
Compreendeu a relação entre Patrimônio e Turismo nessa região e percebeu que os núcleos turísticos desta região estão baseados neste patrimônio. 
Analisou as contradições entre as políticas públicas para o patrimônio natural, quase inexistentes no Norte e os desmatamentos.