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Contestação de Alimentos

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA 1ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE SANTA MARIA – ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Processo nº 027/1.18.0002411-8
XXXXSSP/RS e inscrito no CPF/MF sob o número 707.531.720-20, residente e domiciliado a Rua XXX Alto da Boa Vista, Santa Maria/RS.
CONTESTAÇÃO
Em face de Silvia Comaretto, nascida em 12/07/2000 e Mario Comaretto Neto, nascido em 15/03/2008, menores impúberes, neste ato representado pela genitora JANDIRA TERESA COMARETTO, brasileira, solteira, cozinheira, RG nº 1052899166, inscrita no CPF nº 944.463.00-59, residente e domiciliada na Rua Nossa Senhora do Rosário, em razão dos argumentos fáticos e jurídicos expostos a seguir
I. DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
O Requerido não possui condições de arcar com as custas do processo sem prejuízo de seu próprio sustento, tal como de sua família, fazendo jus aos benefícios da justiça gratuita, com base nos Art. 98 e subsequentes. Do NCPC (Lei no13.105 de março de 2015) que veio a revogar a Lei 1.060/50.
I. PRELIMINARMENTE
Insta destacar que o Requerido não fora informado no mandado de citação de que foram deferidos alimentos provisórios e de que ele tinha o dever de cumprir com tal obrigação em prazo determinado por este juízo. Segue em anexo a cópia da citação que o Réu recebeu sem descrição de que haveria alimentos provisórios e sem a cópia da inicial. Apenas tomou ciência de tal obrigação com a vista de sua procuradora aos autos que o informou a situação.
Sabe-se que a obrigação de alimentar é de suma importância e que dar acesso para o Réu se defender é exercer a ampla defesa e o contraditório, logo não é admissível que haja omissão que prejudique o réu, como o ocorrido.
II. BREVE RESUMO DOS FATOS
O Requerido ao separar de corpos da genitora Jandira, ambos acordaram no pagamento de R$ 200,00 (duzentos reais) que na medida de suas condições financeiras sempre adimpliu com o valor acordado pelas partes sem cogitar a má-fé da genitora em alegar de que o Requerido não presta o auxilio com regularidade. Em anexo alguns recibos que o Requerido possui. 
Salienta-se que ainda na saída do Requerido do lar ele deixou com a genitora Janaina as terras que lhe foi herdada pelo pai para que a genitora pudesse arrendar e auferir renda mensal sobre a mesma, dessa forma não deixaria seus filhos sem sustento. Sendo que também teve a concordância de Jandira (Doc. em anexo).
O Requerido era agricultor e agora é autônomo, assim não aufere salário fixo, dependa da demanda de serviços e por vezes do tempo, pois exerce função de lavador de carros duas vezes por semana e normalmente quando chove não há trabalho. Dessa forma, evidente que mudou sua situação financeira e não recebe mais do que um salário mínimo mensal como autônomo.
III. DO DIREITO E FUNDAMENTOS:
a) DA NECESSIDADE E POSSIBILIDADE
O Requerido nunca negou a paternidade nem mesmo deixou de arcar com a ajuda de custo de forma voluntária, mas é sabido que o país está em crise de emprego e o autor como autônomo depende da demanda de trabalho por vezes se vê com pouco dinheiro para o seu próprio sustento. Sendo que o terreno deixado para a genitora como proprietária proporciona arrendamento e se obtêm renda mensal do mesmo e somando a isso o Requerido auxilia com mais o montante de R$ 200,00 (duzentos reais).
Conforme o que já foi exposto anteriormente é evidente o direito pleiteado para que permaneça recebendo a pensão alimentícia do genitor, no entanto deve-se considerar a possibilidade do Requerido de arcar com os valores de forma que não o prejudique. 
Ocorre que com toda a dificuldade o Requerido vem prestando os alimentos e a filha Silvia já possui a maioridade civil, com plena saúde para promover seu próprio sustento, não há motivação para continuidade da obrigação de alimentar desta forma requer que seja o Requerido exonerado de tal obrigação. 
Art. 1699. Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem os supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo.
Art. 1.696 – O direito à prestação de alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento. (Grifo nosso).
No que tange ao filho Mario Comaretto não há objeção em continuar prestando alimentos enquanto o mesmo necessitar, no entanto este auxílio não pode ultrapassar as posses do Requerido de arcar com tal despesa.
Insta destacar que o valor de R$ 200,00 (duzentos reais) que o pai alcança mensalmente refere-se há um pouco a mais que o equivalente a 20% (vinte por cento) do salário mínimo vigente de R$ 954,00 (novecentos e cinqüenta e quatro reais), pois em um simples cálculo temos que 190,80 (cento e noventa reais e oitenta centavos) equivalem a 20% exato do salário mínimo vigente no país.
IV – PEDIDOS
POSTO ISSO, o Réu expressa o desejo que Vossa Excelência se digne de tomar as seguintes providências:
6.1. Requerimentos
a) Seja concedido o pedido da gratuidade da justiça;
6.2. Pedidos
a) Tendo em vista que a Autora não logrou êxito em comprovar a alteração do binômio legal capacidade/necessidade, torna-se inescusável que os pedidos sejam JULGADOS IMPROCEDENTES e, em conta disso, seja a mesma condenada ao pagamento custas e honorários advocatícios;
b) Considerando a possibilidade de pagar do genitor requer que se mantenha o valor de R$ 200,00 (duzentos reais) a título de pensão alimentícia que equivale um pouco a mais que 20% do salário mínimo vigente. 
c) Requer exoneração do pagamento de pensão alimentícia de Silvia Comaretto, nascida em 12/07/2000, visto que já alcançou a maioridade e não demonstrou a necessidade de sua manutenção.
d) protesta e requer seja deferida a produção de provas de sorte comprovar o quanto alegado por todos os meios de provas admitidas em direito, notadamente pelo depoimento pessoal, oitiva das testemunhas se necessário, juntada posterior de documentos como contraprova, tudo de logo requerido.
Nestes Termos,
Respeitosamente, pede deferimento.
Santa Maria, 10 de outubro de 2018.
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