Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 2 TRIBUTÁRIO NA CF/88 CAPÍTULO I DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL Seção I DOS PRINCÍPIOS GERAIS Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: I – impostos; II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva OU potencial, de serviços públicos específi- cos E divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua dis- posição; III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. § 1º Sempre que possível, os IMPOSTOS terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do con- tribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendi- mentos e as atividades econômicas do contribuinte § 2º As taxas NÃO PODERÃO ter base de cálculo própria de impostos. Taxas e contribuições de melhorias são tributos vinculados. Medida Provisória poderá instituir ou majorar IMPOSTOS PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA. Segundo enten- dimento do STF, na ADI 948/GO, a aplicação do princípio da ca- pacidade contributiva não deve se limitar somente aos impos- tos, podendo ser estendido as demais espécies tributárias, sem- pre que as particularidades dessas exações permitirem. O princípio encontra aplicação plena aos tributos com fato ge- rador não vinculado, quais sejam, os impostos e, normalmente, também os empréstimos compulsórios e as contribuições. As custas, a taxa judiciária e os emolumentos constituem es- pécie tributária, são taxas, segundo a jurisprudência iterativa do STF. (ADI 1.145/PB) A regularidade do exercício do poder de polícia é imprescindí- vel para a cobrança da taxa de localização e fiscalização TAXA DE POLÍCIA TAXA DE SERVIÇO O poder de polícia deve ser EFETIVAMENTE realizado, não se admitindo poder de polícia "potencial", podendo o exercí- cio da atividade ser constatada pela existência de órgão admi- nistrativo de fiscalização, dota- do de estrutura e pessoal com- petente para tanto. O serviço pode ser efetiva ou potencialmente utilizado pelo contribuinte, podendo a taxa ser cobrada a partir do mo- mento que o serviço é coloca- do à disposição do sujeito pas- sivo. SÚMULAS SOBRE TAXA Súmula vinculante 12-STF: A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o disposto no art. 206, inciso IV, da Constituição Federa Súmula vinculante 19-STF: A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o art. 145, II, da CF. Súmula vinculante 29-STF: É constitucional a adoção, no cál- culo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cál- culo própria de determinado imposto, desde que não haja in- tegral identidade entre uma base e outra. Súmula vinculante 41-STF: O serviço de iluminação pública NÃO PODE ser remunerado mediante taxa. Súmula 595-STF: É inconstitucional a taxa municipal de con- servação de estradas de rodagem cuja base de cálculo seja idêntica a do imposto territorial rural. Súmula 665-STF: É constitucional a Taxa de Fiscalização dos Mercados de Títulos e Valores Mobiliários instituída pela Lei 7.940/89. Súmula 667-STF: Viola a garantia constitucional de acesso à ju- risdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre o valor da causa. Art. 146. Cabe à LC: I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributá- ria, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tribu- tária, especialmente sobre: a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em rela- ção aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respec- tivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tri- butários; c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo pratica- do pelas sociedades cooperativas. d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusi- ve regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previs- to no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239. Parágrafo único. A LC de que trata o inciso III, d (tratamento di- ferenciado e favorecido para ME e EPP), também poderá insti- tuir um regime único de arrecadação dos impostos e contri- buições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí- pios, observado que: I - será opcional para o contribuinte; II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado; III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribui- ção da parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou condicio- namento; IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro nacio- nal único de contribuintes. Art. 146-A. LC poderá estabelecer critérios especiais de tributa- ção, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer nor- mas de igual objetivo. Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumu- lativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais. 3 Art. 148. A União, mediante LC, poderá instituir empréstimos compulsórios (EC): I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de ca- lamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II - no caso de investimento públ ico de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b" (princípio da anterioridade). Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de em- préstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamen- tou sua instituição. Tributos que devem ser dispostos por LC: 1 - Imposto Residual; 2 - Contribuição Social Residual; 3 - Empréstimo Compulsório; 4 - Imposto Sobre Grandes Fortunas (IGF). Os demais são instituídos por meio de LO. Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribui- ções sociais (CS), de intervenção no domínio econômico (CIDE) e de interesse das categorias profissionais ou econômi- cas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, ob- servado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º (Contribuição social para seguridade social: só pode ser exigida após decorridos 90 dias da data da pu- blicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b"), relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. § 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios insti- tuirão, por meio de lei, contribuições para custeio de regime próprio de previdência social, cobradas dos servidores ativos, dos aposentados e dos pensionistas, que poderão ter alíquo- tas progressivas de acordo com o valor da base de contribui- ção ou dos proventos de aposentadoria e de pensões. (EC 103/19) § 1º-A. Quando houver deficit atuarial, a contribuição ordinária dos aposentados e pensionistas poderá incidir sobre o valor dos proventos de aposentadoria e de pensões que supere o salário-mínimo. (EC 103/19) § 1º-B. Demonstrada a insuficiência da medida prevista no § 1º-A para equacionar o deficit atuarial, é facultada a instituição de contribuição extraordinária, no âmbito da União, dos servidores públicos ativos, dos aposentados e dos pensionistas. (EC 103/19) § 1º-C. A contribuição extraordinária de que trata o § 1º-B de- verá ser instituída simultaneamente com outras medidas para equacionamento do deficit e vigorará por período determina- do,contado da data de sua instituição. (EC 103/19) § 2º As contribuições sociais (CS) e de intervenção no domínio econômico (CIDE) de que trata o caput deste artigo: I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; II - incidirão também sobre a importação de produtos estran- geiros ou serviços; III - poderão ter alíquotas: a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro; b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada. § 3º A pessoa natural destinatária das operações de importa- ção poderá ser equiparada a pessoa jurídica, na forma da lei. § 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez. SÚMULAS SOBRE CONTRIBUIÇÕES STF Súmula Vinculante 40-STF: A contribuição confederativa de que trata o artigo 8º, IV, da Constituição Federal, só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo. Súmula 659-STF: É legítima a cobrança da COFINS, do PIS e do FINSOCIAL sobre as operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País. Súmula 732-STF: É constitucional a cobrança da contribuição do salário-educação, seja sob a Carta de 1969, seja sob a Constituição Federal de 1988, e no regime da Lei 9.424/96. STJ Súmula 77-STJ: A Caixa Econômica Federal é parte ilegítima para figurar no polo passivo das ações relativas às contribuições para o fundo PIS/PASEP. Súmula 351-STJ: A alíquota de contribuição para o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) é aferida pelo grau de risco desenvolvido em cada empresa, individualizada pelo seu CNPJ, ou pelo grau de risco da atividade preponderante quando houver apenas um registro. Súmula 396-STJ: A Confederação Nacional da Agricultura tem legitimidade ativa para a cobrança da contribuição sindical rural. Súmula 423-STJ: A contribuição para financiamento da Seguridade Social – Cofins incide sobre as receitas provenientes das operações de locação de bens móveis. Súmula 458-STJ: A contribuição previdenciária incide sobre a comissão paga ao corretor de seguros, independentemente da existência de contrato de trabalho. Súmula 468-STJ: A base de cálculo do PIS, até a edição da MP n. 1.212/1995, era o faturamento ocorrido no sexto mês anterior ao do fato gerador. Súmula 499-STJ: As empresas prestadoras de serviços estão sujeitas às contribuições ao Sesc e Senac, salvo se integradas noutro serviço social. Súmula 508-STJ: A isenção da Cofins concedida pelo artigo 6º, II, da LC 70/91 às sociedades civis de prestação de serviços profissionais foi revogada pelo artigo 56 da Lei 9.430/96. Súmula 516-STJ: A contribuição de intervenção no domínio econômico para o Incra (Decreto-Lei nº 1.110/1970), devida por empregadores rurais e urbanos, não foi extinta pelas Leis ns. 7.787/1989, 8.212/1991 e 8.213/1991, não podendo ser compensada com a contribuição ao INSS. Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir CONTRIBUIÇÃO, na forma das respectivas leis, para o CUS- TEIO DO SERVIÇO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA, observado o dis- posto no art. 150, I e III. Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica. Súmula vinculante 41-STF: O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa. As instituições de assistência social são imunes apenas ao paga- mento de impostos e de contribuições para a seguridade social. NÃO HÁ IMUNIDADE AO PAGAMENTO DE CONTRIBUIÇÃO PARA ILUMINAÇÃO PÚBLICA. Seção II DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR 4 Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contri- buinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - [PRINCÍPIO DA LEGALIDADE] exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; Medida Provisória poderá instituir ou majorar IMPOSTOS II - [PRINCÍPIO DA IGUALDADE TRIBUTÁRIA OU VEDAÇÃO DE PRIVILÉGIO ODIOSO] instituir tratamento desigual entre con- tribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibi- da qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denomina- ção jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos “Autolimitação do poder fiscal, por meio da Constituição ou de lei formal, consistente na permissão, destituída de razoabilidade, para que alguém deixe de pagar os tributos que incidem generi- camente sobre todos os contribuintes ou recebe benefícios inextensíveis aos demais” III - cobrar tributos: a) [PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE TRIBUTÁRIA] em rela- ção a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado ; b) [PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE] no mesmo exercício fi- nanceiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou au- mentou ; Súmula vinculante 50-STF: Norma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigação tributária não se sujeita ao princí- pio da anterioridade c) [PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL OU ANTE- RIORIDADE ESPECÍFICA] antes de decorridos 90 dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b ; IV - utilizar tributo com efeito de confisco; A multa moratória, embora não seja tributo, não pode ter um importe que lhe confira característica confiscatória, invi- abilizando inclusive o recolhimento de futuros tributos. V - [PRINCÍPIO DA LIMITAÇÃO DE TRÁFEGO] estabelecer limi- tações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público ; VI - INSTITUIR IMPOSTOS sobre: a) [IMUNIDADE RECÍPROCA] patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; b) [IMUNIDADE RELIGIOSA] templos de qualquer culto; Deve abranger não somente os prédios destinados ao culto, mas, também, o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas menciona- das (RE 325.822) Não cabe à entidade religiosa demonstrar que utiliza o bem de acordo com suas finalidades institucionais, ao contrário, compe- te à Administração tributária demonstrar a eventual tredestina- ção do bem gravado pela imunidade. (ARE 800.395 AgR) Os cemitérios que consubstanciam extensões de entidades de cunho religioso estão abrangidos pela garantia contemplada no art. 150 da Constituição do Brasil. Impossibilidade da inci- dência de IPTU em relação a eles. A imunidade tributária conferida pelo art. 150, VI, b, é restrita aos templos de qualquer culto religioso, não se aplicando à maçonaria, em cujas lojas não se professa qualquer religião. c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusi- ve suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; Súmula 730 do STF. "A imunidade tributária conferida a institui- ções de assistência social sem fins lucrativos pelo art. 150, VI, c, da Constituição, somente alcança as entidades fechadas de previdência social privada se não houver contribuição dos beneficiários." Súmula Vinculante 52: ainda quando alugado a terceiros, per- manece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas. A IMUNIDADE TRIBUTÁRIA SUBJETIVA aplica-se a seus bene- ficiários na posição de contribuinte de direito, mas não na de simples contribuinte de fato, sendo irrelevante, para a veri- ficação da existência do beneplácito constitucional, a repercus- são econômica do tributo envolvido. (RE 608872/MG) d) [IMUNIDADE CULTURAL] livros, jornais, periódicos e o pa- pel destinado a sua impressão A imunidade tributária constante do art. 150, VI, “d”, da Constituição Federal (CF),aplica-se ao livro eletrônico (“e- book”), inclusive aos suportes exclusivamente utilizados para fixá-lo (RE 330817/RJ). A imunidade da alínea “d” do inciso VI do art. 150 da CF/88 al- cança componentes eletrônicos destinados, exclusivamente, a integrar unidade didática com fascículos (RE 595676/RJ). Jornais: Os jornais gozam de imunidade, mesmo que conte- nham publicidade em seu corpo (anúncios, classificados etc.), considerando que isso constitui fonte de renda necessária para continuar a difusão da cultura (Ricardo Alexandre); Contudo, al- gumas vezes, junto com o jornal vêm alguns folhetos separa- dos contendo publicidade de supermercados, lojas etc. Tais encartes publicitários não são parte integrante (indissociável) do jornal e não se destinam à difusão da cultura (possuem finali- dade apenas comercial), razão pela qual NÃO gozam de imu- nidade (RE 213.094/ES). Filmes e papéis fotográficos: Súmula 657-STF - A imunidade prevista no art. 150, VI, “d”, da Constituição Federal abrange os filmes e papeis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos. Listas telefônicas: SÃO imunes. Papel para propaganda: NÃO é imune. Chapas de impressão: NÃO são imunes. Serviços de distribuição de livros, jornais e periódicos: NÃO são imunes Serviços de composição gráfica: NÃO são imunes. e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores bra- sileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os con- tenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. § 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previs- tos nos arts. 155, III, e 156, I. 5 NÃO SE APLICA O PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE NÃO SE APLICA O PRINCÍPIO DA NOVENTENA EC para atender despesas ex- traordinárias II IE IPI IOF IEG EC para atender despesas extra- ordinárias II IE IR IOF IEG Fixação da BC do IPVA e IPTU Súmula Vinculante 50: Norma legal que ALTERA O PRAZO DE RECOLHIMENTO de obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade. A anterioridade da súmula entende-se como sendo a anteriori- dade anual e a anterioridade nonagesimal. § 2º A vedação do inciso VI, "a" (imunidade recíproca), é exten- siva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos ser- viços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decor- rentes. § 3º As vedações do inciso VI, "a" (imunidade recíproca), e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econô- micas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel. § 4º As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", com- preendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacio- nados com as finalidades essenciais das entidades nelas menci- onadas. § 5º A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços. § 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálcu- lo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, rela- tivos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser conce- dido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o cor- respondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g. § 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tribu- tária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido. IMUNIDADES ONTOLÓGICAS IMUNIDADES POLÍTICAS São aquelas que existiriam ainda que a CF/88 não as pre- visse em seu texto, uma vez que são fundamentais para a observância dos princípios contidos na nossa Carta Mag- na de 1988, quais sejam, da isonomia e do pacto federativo. Estão, sobremaneira, relaciona- das às cláusulas pétreas da São aquelas que se destinam a proteger princípios presen- tes expressamente na CF/88, mas são decorrentes da von- tade política do legislador constitucional, e não em virtu- de da falta de capacidade con- tributiva dos beneficiários. Como exemplo, temos a imuni- dade conferida aos templos de nossa CF/88, afirmando-as ain- da mais. qualquer culto (imunidade reli- giosa), conferida em razão de uma vontade política do legis- lador frente aos interesses reli- giosos que vigoram no nosso país e na nossa sociedade, ex- pressamente cristã. SÚMULAS SOBRE IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS STF Súmula vinculante 52-STF: Ainda quando alugado a tercei- ros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qual- quer das entidades referidas pelo art. 150, VI, c, da CF, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas Súmula 75-STF: Sendo vendedora uma autarquia, a sua imuni- dade fiscal não compreende o imposto de transmissão "inter vivos", que é encargo do comprador. Súmula 336-STF: A imunidade da autarquia financiadora, quan- to ao contrato de financiamento, não se estende a compra e venda entre particulares, embora constantes os dois atos de um só instrumento. Súmula 591-STF: A imunidade ou a isenção tributária do com- prador não se estende ao produtor, contribuinte do imposto sobre produtos industrializados. Súmula 657-STF: A imunidade prevista no art. 150, VI, d, da CF abrange os filmes e papéis fotográficos necessários à publica- ção de jornais e periódicos. Súmula 730-STF: A imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins lucrativos pelo art. 150, VI, c, da Constituição, somente alcança as entidades fechadas de previ- dência social privada se não houver contribuição dos beneficiá- rios. STJ Súmula 352-STJ: A obtenção ou a renovação do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (Cebas) não exime a entidade do cumprimento dos requisitos legais supervenien- tes. Súmula 612-STJ: O certificado de entidade beneficente de as- sistência social (CEBAS), no prazo de sua validade, possui na- tureza declaratória para fins tributários, retroagindo seus efeitos à data em que demonstrado o cumprimento dos requisi- tos estabelecidos por lei complementar para a fruição da imuni- dade. Art. 151. É VEDADO à União: I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico en- tre as diferentes regiões do País; II - tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Esta- dos, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remune- ração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em ní- veis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes; III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios [VEDAÇÃO ÀS ISEN- ÇÕES HETERÔNOMAS] 6 Art. 152. É VEDADO aos Estados, ao Distrito Federal e aos Mu- nicípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou desti- no (não se aplica à União) Seção III DOS IMPOSTOS DA UNIÃO Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: I - (II) importação de produtos estrangeiros; II– (IE) exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou na- cionalizados; III - (IR) renda e proventos de qualquer natureza; IV - (IPI) produtos industrializados; V – (IOF) operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a tí- tulos ou valores mobiliários; VI - (ITR) propriedade territorial rural; VII - (IGF) grandes fortunas, nos termos de lei complementar. § 1º É facultado ao Poder Executivo (por meio de decreto), atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, ALTE- RAR AS ALÍQUOTAS dos impostos enumerados nos incisos I (II), II (IE), IV (IPI) e V (IOF). § 2º O imposto de renda (IR): I - será informado pelos critérios da generalidade, da universali- dade e da progressividade, na forma da lei; SÚMULAS SOBRE IR STF Súmula 93-STF: Não está isenta do imposto de renda a ativi- dade profissional do arquiteto. Súmula 584-STF: Ao imposto de renda calculado sobre os ren- dimentos do ano-base, aplica-se a lei vigente no exercício fi- nanceiro em que deve ser apresentada a declaração. • Polê- mica, mas prevalece que continua válida. Súmula 586-STF: Incide imposto de renda sobre os juros reme- tidos para o exterior, com base em contrato de mútuo. Súmula 587-STF: Incide imposto de renda sobre o pagamento de serviços técnicos contratados no exterior e prestados no Bra- sil. STJ Súmula 125-STJ: O pagamento de férias não gozadas por ne- cessidade do serviço não está sujeito à incidência do Imposto de Renda. Súmula 136-STJ: O pagamento de licença-prêmio não gozada por necessidade do serviço não está sujeito ao Imposto de Renda. Súmula 215-STJ: A indenização recebida pela adesão a progra- ma de incentivo à demissão voluntária não está sujeita à inci- dência do Imposto de Renda. Súmula 262-STJ: Incide o Imposto de Renda sobre o resultado das aplicações financeiras realizadas pelas cooperativas. Súmula 386-STJ: São isentas de Imposto de Renda as indeniza- ções de férias proporcionais e o respectivo adicional. Súmula 447-STJ: Os Estados e o Distrito Federal são partes le- gítimas na ação de restituição de imposto retido na fonte pro- posta por seus servidores. Súmula 463-STJ: Incide Imposto de Renda sobre os valores percebidos a título de indenização por horas extraordinárias tra- balhadas, ainda que decorrentes de acordo coletivo. Súmula 498-STJ: Não incide imposto de renda sobre a indeni- zação por danos morais. Súmula 556-STJ: É indevida a incidência de imposto de renda sobre o valor da complementação de aposentadoria pago por entidade de previdência privada e em relação ao resgate de contribuições recolhidas para referidas entidades patrocinadoras no período de 1º/1/1989 a 31/12/1995, em razão da isenção concedida pelo art. 6º, VII, b, da Lei n. 7.713/1988, na redação anterior à que lhe foi dada pela Lei n. 9.250/1995. Súmula 590-STJ: Constitui acréscimo patrimonial a atrair a inci- dência do Imposto de Renda, em caso de liquidação de entidade de previdência privada, a quantia que couber a cada participan- te, por rateio do patrimônio, superior ao valor das respectivas contribuições à entidade em liquidação, devidamente atualiza- das e corrigidas. Súmula 598-STJ: É desnecessária a apresentação de laudo médico oficial para o reconhecimento judicial da isenção do Im- posto de Renda, desde que o magistrado entenda suficiente- mente demonstrada a doença grave por outros meios de prova. Súmula 627-STJ: O contribuinte faz jus à concessão ou à manutenção da isenção do imposto de renda, não se lhe exigindo a demonstração da contemporaneidade dos sintomas da doença nem da recidiva da enfermidade. § 3º O imposto sobre produtos industrializados (IPI): I - será SELETIVO, em função da essencialidade do produto; II - será NÃO-CUMULATIVO, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores; III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior. IV - terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei. SÚMULAS SOBRE IPI STF Súmula 591-STF: A imunidade ou a isenção tributária do com- prador não se estende ao produtor, contribuinte do imposto sobre produtos industrializados. STJ Súmula 411-STJ: É devida a correção monetária ao creditamen- to do IPI quando há oposição ao seu aproveitamento decorrente de resistência ilegítima do Fisco Súmula 494-STJ: O benefício fiscal do ressarcimento do crédito presumido do IPI relativo às exportações incide mesmo quan- do as matérias-primas ou os insumos sejam adquiridos de pessoa física ou jurídica não contribuinte do PIS/PASEP. Súmula 495-STJ: A aquisição de bens integrantes do ativo per- manente da empresa não gera direito a creditamento de IPI. JURISPRUDÊNCIA EM TESES DO STJ EDIÇÃO N. 118: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - I 1) O fato gerador do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, incidente sobre mercadoria importada, é o desembaraço aduaneiro (art. 46, I, do Código Tributário Nacional - CTN), sendo irrelevante se o bem é adquirido a título de compra e venda ou de arrendamento, incidindo o tributo sobre a base de cálculo proporcional nos casos de ingresso do bem em caráter temporário no território nacional, nos termos do art. 79 da Lei n. 9.430/1996. 7 2) Os produtos importados estão sujeitos a uma nova incidência do IPI quando de sua saída do estabelecimento importador na operação de revenda, mesmo que não tenham sofrido industrialização no Brasil. 3) Não incide o IPI sobre alimentos e outras preparações utilizadas na alimentação de cães e gatos quando acondicionados e comercializados em embalagens com peso superior a 10 kg (dez quilos). 4) Não incide Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI nos serviços de composição e de impressão gráfica. 5) Combustíveis, lubrificantes e energia elétrica, embora consumidos durante o processo de industrialização, não podem ser considerados como matéria-prima, insumos ou produtos intermediários, para o fim de inclusão no cálculo do crédito presumido de IPI. 6) Não incide Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI sobre a venda de produtos, na hipótese em que ocorre roubo ou furto de mercadoria, antes da entrega ao comprador, porquanto não configurado o fator gerador, com a efetivação da operação mercantil. 7) A ficção jurídica prevista no art. 11 da Lei n. 9.779/1999 não alcança situação reveladora de isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI que a antecedeu. 8) Não se admite interpretação extensiva do art. 11 da Lei n. 9.779/1999 para permitir o creditamento, após a sua vigência, dos produtos finais não tributados, pois o benefício somente foi reconhecido pela lei para os produtos finais isentos ou sujeitos ao regime de alíquota zero. 9) É legítima a aplicação das alíquotas previstas na Resolução da Comissão de Incentivo à Exportação - CIEX 02/1979, para fins de cálculo do crédito-prêmio do IPI. 10) Em se tratando de ressarcimento de crédito-prêmio de IPI, a liquidação da sentença se dará por artigos, oportunidade em que a parte deverá apresentar toda a documentação suficiente à comprovação da efetiva operação de exportação, bem como do ingresso de divisas no País, sem o que não se habilita à fruição do benefício, mesmo estando ele reconhecido na sentença. § 4º O imposto sobre propriedade territorial rural (ITR): I - SERÁ PROGRESSIVO e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas; O ITR é um imposto progressivo: quanto mais alto for o valor do objeto que recebe o gravame tributário, maior será a alíquota e, portanto, o ônus imputado ao contribuinte. II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel; III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim op- tarem, na forma da lei, desde que não implique redução do im- posto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. STJ: "Não incideIPTU, mas ITR , sobre imóvel localizado na área urbana do Município, desde que comprovadamente uti- lizado em exploração extrativa, vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial (art. 15 do DL 57 /1966)" SÚMULAS SOBRE ITR Súmula 139-STJ: Cabe à Procuradoria da Fazenda Nacional pro- por execução fiscal para cobrança de crédito relativo ao ITR. § 5º O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do IOF, devido na operação de origem; a alíquota mínima será de 1%, assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos: I – 30% para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem; II – 70% para o Município de origem. OURO ATIVO FINANCEIRO NÃO ATIVO FINANCEIRO Incide apenas IOF Incide ICMS SÚMULAS SOBRE IOF STF Súmula 664-STF: É inconstitucional o inciso V do art. 1º da Lei 8.033/90, que instituiu a incidência do imposto nas operações de crédito, câmbio e seguros – IOF sobre saques efetuados em caderneta de poupança. STJ Súmula 185-STJ: Nos depósitos judiciais, não incide o imposto sobre operações financeiras. Art. 154. A União poderá instituir: I - mediante LC, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constitui- ção; II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos ex- traordinários, COMPREENDIDOS OU NÃO EM SUA COMPE- TÊNCIA TRIBUTÁRIA, os quais serão suprimidos, gradativa- mente, cessadas as causas de sua criação. Seção IV DOS IMPOSTOS DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: I - (ITCMD) transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; II - (ICMS) operações relativas à circulação de mercadorias e so- bre prestações de serviços de transporte interestadual e inter - municipal e de comunicação , ainda que as operações e as presta- ções se iniciem no exterior; III - (IPVA) propriedade de veículos automotores. § 1º O ITCMD: I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou ti- ver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal; III - terá competência para sua instituição regulada por LC: a) se o doador tiver domicílio ou residência no exterior; b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no exterior; IV - terá suas alíquotas máxim as fixadas pelo Senado Federal; ITCMD BEM IMÓVEL BEM MÓVEL Estado da situação do bem Estado onde se processa o inventário ou do domicílio do doador 8 SÚMULAS SOBRE ITCMD Súmula 112-STF: O imposto de transmissão "causa mortis" é devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura da sucessão. Súmula 113-STF: O imposto de transmissão "causa mortis" é calculado sobre o valor dos bens na data da avaliação. Súmula 114-STF: O imposto de transmissão "causa mortis" não é exigível antes da homologação do cálculo. Súmula 115-STF: Sobre os honorários do advogado contratado pelo inventariante, com a homologação do juiz, não incide o imposto de transmissão "causa mortis". Súmula 331-STF: É legítima a incidência do imposto de transmissão "causa mortis" no inventário por morte presumida Súmula 590-STF: Calcula-se o imposto de transmissão "causa mortis" sobre o saldo credor da promessa de compra e venda de imóvel, no momento da abertura da sucessão do promitente vendedor. § 2º O ICMS atenderá ao seguinte: I - SERÁ NÃO-CUMULATIVO, compensando-se o que for devi- do em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal; II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrá- rio da legislação: a) NÃO IMPLICARÁ CRÉDITO para compensação com o mon- tante devido nas operações ou prestações seguintes; b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações an- teriores; III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das merca- dorias e dos serviços; IPI ICMS SERÁ seletivo Será não-cumulativo PODERÁ SER seletivo Será não-cumulativo IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de 1/3 dos Senadores, aprovada pela maioria abso- luta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação; V - é facultado ao Senado Federal: a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, medi- ante resolução de iniciativa de 1/3 e aprovada pela maioria absoluta de seus membros; b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por 2/3 de seus membros; ALÍQUOTA MÍNIMA ALÍQUOTA MÁXIMA Iniciativa: 1/3 Iniciativa: Maioria Absoluta Aprovação: Maioria Absoluta Aprovação: 2/3 VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Fe- deral, nos termos do disposto no inciso XII, "g", as alíquotas in- ternas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, não poderão ser inferiores às pre- vistas para as operações interestaduais; VII - nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final, CONTRIBUINTE OU NÃO do imposto, lo- calizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual e caberá ao Estado de localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna do Estado destinatário e a alíquota interestadual; VIII - a responsabilidade pelo recolhimento do imposto cor- respondente à diferença entre a alíquota interna e a interesta- dual será atribuída: a) ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto; b) ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte do imposto; IX - incidirá também: a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do ex- terior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contri- buinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o esta- belecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço; b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios; X - NÃO INCIDIRÁ: a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, as- segurada a manutenção e o aproveitamento do montante do im- posto cobrado nas operações e prestações anteriores; As operações que destinem mercadorias para o exterior não são isentas de ICMS e sim IMUNES. b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica; c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º (quan- do for ativo financeiro – só incide IOF); d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita; XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do IPI, quando a operação, realizada entre contribuintes e re- lativa a produto destinado à industrialização ou à comerciali- zação, configure fato gerador dos dois impostos; XII - CABE À LC: a) definir seus contribuintes; b) dispor sobre substituição tributária; c) disciplinar o regime de compensação do imposto; d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabeleci- mento responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços; e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X,"a"; f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à re- messa para outro Estado e exportação para o exterior, de ser- viços e de mercadorias; g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o im- posto incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalida- de, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b ; 9 i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do impos- to a integre, também na importação do exterior de bem, mer- cadoria ou serviço. § 3º À exceção do ICMS e o II e IE, nenhum outro imposto po- derá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, servi- ços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País. § 4º Na hipótese do inciso XII, h (combustíveis e lubrificantes), observar-se-á o seguinte: I - nas operações com os lubrificantes e combustíveis deriva- dos de petróleo, o imposto caberá ao ESTADO ONDE OCOR- RER O CONSUMO; II - nas operações interestaduais, entre contribuintes, com gás natural e seus derivados, e lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo, o imposto será repartido entre os Estados de origem e de destino, mantendo-se a mes- ma proporcionalidade que ocorre nas operações com as de- mais mercadorias; III - nas operações interestaduais com gás natural e seus deri- vados, e lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo, destinadas a não contribuinte, o imposto ca- berá ao Estado de origem; IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante delibera- ção dos Estados e Distrito Federal, nos termos do § 2º, XII, g, observando-se o seguinte: a) serão uniformes em todo o território nacional, podendo ser diferenciadas por produto; b) poderão ser específicas, por unidade de medida adotada, ou ad valorem, incidindo sobre o valor da operação ou sobre o preço que o produto ou seu similar alcançaria em uma venda em condições de livre concorrência; c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplican- do o disposto no art. 150, III, b (princípio da anterioridade). ICMS-COMBUSTÍVEIS: incide a anterioridade especial (nona- gesimal) no que se refere à diminuição e restabelecimento de alíquotas § 5º As regras necessárias à aplicação do disposto no § 4º, inclusi- ve as relativas à apuração e à destinação do imposto, serão esta- belecidas mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do § 2º, XII, g. SÚMULAS SOBRE ICMS STF Súmula vinculante 32-STF: O ICMS não incide sobre alienação de salvados de sinistro pelas seguradoras. Súmula vinculante 48-STF: Na entrada de mercadoria importa- da do exterior, é legítima a cobrança do ICMS por ocasião do desembaraço aduaneiro. Súmula 573-STF: Não constitui fato gerador do imposto de circulação de mercadorias a saída física de máquinas, utensílios e implementos a título de comodato. Súmula 574-STF: Sem lei estadual que a estabeleça, é ilegítima a cobrança do imposto de circulação de mercadorias sobre o fornecimento de alimentação e bebidas em restaurante ou esta- belecimento similar. • Polêmica. Súmula 662-STF: É legítima a incidência do ICMS na comerci- alização de exemplares de obras cinematográficas, gravados em fitas de videocassete. STJ Súmula 95-STJ: A redução da alíquota do imposto sobre produ- tos industrializados ou do imposto de importação não implica redução do ICMS. Súmula 129-STJ: O exportador adquire o direito de transferên- cia de crédito do ICMS quando realiza a exportação do produto e não ao estocar a matéria-prima. Súmula 135-STJ: O ICMS não incide na gravação e distribuição de filmes e videoteipes. Súmula 155-STJ: O ICMS incide na importação de aeronave, por pessoa física, para uso próprio. Súmula 163-STJ: O fornecimento de mercadorias com a simul- tânea prestação de serviços em bares, restaurantes e estabeleci- mentos similares constitui fato gerador do ICMS a incidir sobre o valor total da operação. Súmula 166-STJ: Não constitui fato gerador do ICMS o sim- ples deslocamento de mercadoria de um para outro estabeleci- mento do mesmo contribuinte. Súmula 198-STJ: Na importação de veículo por pessoa física, destinado a uso próprio, incide o ICMS. Súmula 237-STJ: Nas operações com cartão de crédito, os en- cargos relativos ao financiamento não são considerados no cál- culo do ICMS. Súmula 334-STJ: O ICMS não incide no serviço dos provedo- res de acesso à Internet. Súmula 350-STJ: O ICMS não incide sobre o serviço de habili- tação de telefone celular. Súmula 391-STJ: O ICMS incide sobre o valor da tarifa de ener- gia elétrica correspondente à demanda de potência efetivamen- te utilizada. Súmula 395-STJ: O ICMS incide sobre o valor da venda a prazo constante da nota fiscal. Súmula 431-STJ: É ilegal a cobrança de ICMS com base no va- lor da mercadoria submetido ao regime de pauta fiscal. Súmula 432-STJ: As empresas de construção civil não estão obrigadas a pagar ICMS sobre mercadorias adquiridas como in- sumos em operações interestaduais. Súmula: 433-STJ: O produto semielaborado, para fins de inci- dência de ICMS, é aquele que preenche cumulativamente os três requisitos do art. 1º da Lei Complementar n. 65/1991. Súmula 457-STJ: Os descontos incondicionais nas operações mercantis não se incluem na base de cálculo do ICMS. Súmula 509-STJ: É lícito ao comerciante de boa-fé aproveitar os créditos de ICMS decorrentes de nota fiscal posteriormente declarada inidônea, quando demonstrada a veracidade da com- pra e venda. § 6º O IPVA: I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal; II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização. A notificação do contribuinte para o recolhimento do IPVA per- fectibiliza a constituição definitiva do crédito tributário, inici- ando-se o prazo prescricional para a execução fiscal no dia se- guinte à data estipulada para o vencimento da exação. SÚMULAS SOBRE IPVA Súmula 585-STJ: A responsabilidade solidária do ex-proprietá- rio, prevista no art. 134 do Código de Trânsito Brasileiro – CTB, não abrange o IPVA incidente sobre o veículo automotor, no que se refere ao período posterior à sua alienação 10 Seção V DOS IMPOSTOS DOS MUNICÍPIOS Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I – (IPTU) propriedade predial e territorial urbana; II – (ITBI) transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, EXCETO OS DE GARANTIA, bem como cessão de direitos a sua aquisiçã o ; III - (ISSQN) serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar. § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refe- re o art. 182, § 4º, inciso II, o IPTU poderá: I – ser PROGRESSIVO em razão do valor do imóvel (aplicação do princípio da função social da propriedade); e II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel. PROGRESSIVIDADE FISCAL PROGRESSIVIDADE EXTRAFISCAL A EC 29/2000 autorizou, no art. 156, § 1º, I, da CF/88, que as alíquotas do IPTU sejam pro- gressivas em razão do valor do imóvel. No que concerne à progressivi- dade de alíquotas com base no valor do imóvel, devem ser ob- servados os seguintes requisi- tos e características: a) somente é legítima a partir do advento da EC 29, de 13 de setembro de 2000 - confor- me a Súmula 668, STF b) tem objetivo fiscal, pois, ao aumentar as alíquotas inciden- tes sobre os imóveis mais vali- osos - presumivelmente per- tencentes a pessoas de maior capacidade econômica-, visa a incrementar a arrecadação, retirando mais de quem mais pode pagar; c) deve-se ater aos limites do razoável, sob pena de incidir em efeito confiscatório, vedado pelo art. 150, IV, da CF/1988. Segundo o art. 182, § 4º, da CF, é facultado ao Poder Público municipal, mediante lei espe- cífica para área incluídano plano diretor, exigir, nos ter- mos da lei federal, do proprie- tário do solo urbano não edifi- cado, subutilizado ou não utili- zado, que promova seu ade- quado aproveitamento. A previsão desse art. 182, § 4º, já constava do texto originá- rio da CF/88 não decorrendo de emenda. No caso de o particular não atender à exigência do Poder Público, o próprio dispositivo prevê um conjunto de provi- dências sucessivas. A segunda delas, logo após o parcelamen- to ou edificação compulsórios, é a adoção de IPTU progressi- vo no tempo: a) Tem objetivo extrafiscal, pois o escopo da regra é esti- mular o cumprimento da função social da propriedade por meio de um agravamento da carga tributária suportada pelo proprietário do solo urba- no que não promove seu ade- quado aproveitamento. A arre- cadação advinda de tal situa- ção é mero efeito colateral do tributo. b) O parâmetro para a pro- gressividade não é o valor do imóvel, mas, sim, o passar do tempo sem o adequado apro- veitamento do solo urbano. Na PROGRESSIVIDADE FIS- CAL prevista no art. 156, § 1º, I, da CF, quanto mais valioso o Na PROGRESSIVIDADE EX- TRAFISCAL, prevista no art. 182, § 4º, II, da CF, quanto mais imóvel, maior a alíquota inci- dente. tempo mantida a situação agressiva à finalidade social da propriedade, maior será a alíquota aplicável no lança- mento do lPTU. SÚMULAS SOBRE IPTU STF Súmula vinculante 52-STF: Ainda quando alugado a tercei- ros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qual- quer das entidades referidas pelo art. 150, VI, c, da CF, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas. Súmula 539-STF: É constitucional a lei do município que reduz o imposto predial urbano sobre imóvel ocupado pela residência do proprietário, que não possua outro. Súmula 583-STF: Promitente-comprador de imóvel residencial transcrito em nome de autarquia é contribuinte do imposto pre- dial territorial urbano. • Válida, mas para isso, o promitente- comprador deverá estar previsto na lei municipal como contri- buinte do imposto (Súmula 399-STJ). Súmula 589-STF: É inconstitucional a fixação de adicional pro- gressivo do imposto predial e territorial urbano em função do número de imóveis do contribuinte. Súmula 668-STF: É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da Emenda Constitucional 29/2000, alíquo- tas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana STJ Súmula 160-STJ: É defeso, ao município, atualizar o IPTU, me- diante decreto, em percentual superior ao índice oficial de cor- reção monetária. Súmula 397-STJ: O contribuinte do IPTU é notificado do lan- çamento pelo envio do carnê ao seu endereço. Súmula 399-STJ: Cabe à legislação municipal estabelecer o su- jeito passivo do IPTU. Súmula 614-STJ: O locatário não possui legitimidade ativa para discutir a relação jurídico-tributária de IPTU e de taxas refe- rentes ao imóvel alugado nem para repetir indébito desses tri- butos. Súmula 626-STJ: A incidência do IPTU sobre imóvel situado em área considerada pela lei local como urbanizável ou de expan- são urbana não está condicionada à existência dos melhoramen- tos elencados no art. 32, § 1º, do CTN. § 2º O ITBI: I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorpo- rados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capi- tal, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adqui- rente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil; II - compete ao Município da situação do bem. SÚMULAS SOBRE ITBI Súmula 75-STF: Sendo vendedora uma autarquia, a sua imunidade fiscal não compreende o imposto de transmissão "inter vivos", que é encargo do comprador. 11 Súmula 110-STF: O imposto de transmissão "inter vivos" não incide sobre a construção, ou parte dela, realizada pelo adquirente, mas sobre o que tiver sido construído ao tempo da alienação do terreno. Súmula 470-STF: O imposto de transmissão "inter vivos" não incide sobre a construção, ou parte dela, realizada, inequivocamente, pelo promitente comprador, mas sobre o valor do que tiver sido construído antes da promessa de venda. Súmula 656-STF: É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o imposto de transmissão inter vivos de bens imóveis – ITBI com base no valor venal do imóvel § 3º Em relação ao ISSQN, cabe à LC: I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas; II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior. III – regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. DF pode instituir ISS SÚMULAS SOBRE ISS STF Súmula vinculante 31-STF: É inconstitucional a incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS sobre ope- rações de locação de bens móveis. Súmula 588-STF: O imposto sobre serviços não incide sobre os depósitos, as comissões e taxas de desconto, cobrados pelos es- tabelecimentos bancários. Súmula 663-STF: Os §§ 1º e 3º do art. 9º do DL 406/68 foram recebidos pela Constituição. STJ Súmula 138-STJ: O ISS incide na operação de arrendamento mercantil de coisas móveis. Súmula 156-STJ: A prestação de serviço de composição gráfica, personalizada e sob encomenda, ainda que envolva forneci- mento de mercadorias, está sujeita, apenas, ao ISS. Súmula 167-STJ: O fornecimento de concreto, por empreitada, para construção civil, preparado no trajeto até a obra em beto- neiras acopladas a caminhões, é prestação de serviço, sujei- tando-se apenas à incidência do ISS. Súmula 274-STJ: O ISS incide sobre o valor dos serviços de as- sistência médica, incluindo-se neles as refeições, os medicamen- tos e as diárias hospitalares. Súmula 424-STJ: É legítima a incidência de ISS sobre os servi- ços bancários congêneres da lista anexa ao DL nº 406/1968 e à LC n. 56/1987. Súmula 524-STJ: No tocante à base de cálculo, o ISSQN incide apenas sobre a taxa de agenciamento quando o serviço presta- do por sociedade empresária de trabalho temporário for de in- termediação, devendo, entretanto, englobar também os valores dos salários e encargos sociais dos trabalhadores por ela contra- tados nas hipóteses de fornecimento de mão de obra. Seção VI DA REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal: I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza (IR), incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarqui- as e pelas fundações que instituírem e mantiverem; II – 20% do produto da arrecadação do imposto que a União instituir no exercício da competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I. Art. 158. Pertencem aos Municípios: I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza (IR), incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarqui- as e pelas fundações que instituírem e mantiverem; II – 50% do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural (ITR), relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III; III - 50% do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus terri- tórios (IPVA); IV – 25% do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre presta- ções de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS). PERTENCEM AOS MUNICÍPIOS IR 100% ITR 50% ou 100% se ficar responsável por fiscalizar e cobrar IPVA 50% ICMS 25% Parágrafo único. As parcelas de receita pertencentes aosMunicí- pios, relativas ao ICMS, serão creditadas conforme os seguintes critérios: I – 3/4, no mínimo, na proporção do valor adicionado nas ope- rações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios; II - até 1/4, de acordo com o que dispuser lei estadual ou, no caso dos Territórios, lei federal. As participações dos Municípios na arrecadação do ICMS são determinadas pelos valores adicionados nas operações rela- tivas às prestações de serviços e circulação de mercadorias ocorridas nos territórios municipais e por outros critérios fi- xados em lei estadual 1º Critério: 3/4 desse valor [18,75% dos 25%] será entregue a cada municipal na proporção das operações e prestações de serviço feitas em seus respectivos territórios. 2º Critério: 1/4 desse valor [6,25% dos 25%] o constituinte deixou em aberto o critério, pois deverá ser definido por lei estadual ou, no caso de território, lei Federal. Art. 159. A União entregará: I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e pro- ventos de qualquer natureza (IR) e sobre produtos industrializa- dos (IPI), 49%, na seguinte forma: a) 21,5% ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal; b) 22,5% ao Fundo de Participação dos Municípios; c) 3%, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, atra- vés de suas instituições financeiras de caráter regional, de acordo 12 com os planos regionais de desenvolvimento, ficando assegura- da ao semiárido do Nordeste a metade dos recursos destina- dos à Região, na forma que a lei estabelecer; d) 1% ao Fundo de Participação dos Municípios, que será en- tregue no primeiro decêndio do mês de dezembro de cada ano; e) 1% ao Fundo de Participação dos Municípios, que será en- tregue no primeiro decêndio do mês de julho de cada ano; II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos indus- trializados (IPI), 10% aos Estados e ao Distrito Federal, propor- cionalmente ao valor das respectivas exportações de produ- tos industrializados. III - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico prevista no art. 177, § 4º (CIDE), 29% para os Estados e o Distrito Federal, distribuídos na forma da lei, ob- servada a destinação a que se refere o inciso II, c, do referido pa- rágrafo (financiamento de programas de infraestrutura de transportes). § 1º Para efeito de cálculo da entrega a ser efetuada de acordo com o previsto no inciso I, excluir-se-á a parcela da arrecadação do imposto de renda e proventos de qualquer natureza per- tencente aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios , nos termos do disposto nos arts. 157, I, e 158, I. § 2º A nenhuma unidade federada poderá ser destinada par- cela superior a 20% do montante a que se refere o inciso II, devendo o eventual excedente ser distribuído entre os demais participantes, mantido, em relação a esses, o critério de partilha nele estabelecido. § 3º Os Estados entregarão aos respectivos Municípios 25% dos recursos que receberem nos termos do inciso II (10% IPI), observados os critérios estabelecidos no art. 158, parágrafo único, I e II. § 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que cabe a cada Estado (29% CIDE), 25% serão destinados aos seus Muni- cípios, na forma da lei a que se refere o mencionado inciso. REPARTIÇÃO DE RECEITAS OURO COMO ATIVO FINANCEIRO 30% - E/DF/T 70% - M IR 100% - E/DF/M incidente na fonte, sobre ren- dimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que institu- írem e mantiverem ITR 50% - M 100% - M (quando o M optar por fiscalizar e cobrar, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal) IPVA 50% - M ICMS 25% - M IR e IPI 21,5% - FPE 22,5% - FPM 3% - aplicação em programas de financia- mento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através de suas ins- tituições financeiras de caráter regional, de acordo com os planos regionais de desenvol- vimento, ficando assegurada ao semiárido do Nordeste a metade dos recursos destinados à Região, na forma que a lei estabelecer 1% - FPM (entregue no primeiro decêndio do mês de dezembro de cada ano) 1% - FPM (entregue no primeiro decêndio do mês de julho de cada ano) IPI 10% - E/DF 25% do que o E/DF receber será repassado ao M CIDE 29% - E/DF 25% do que o E/DF receber será repassado ao M Art. 160. É VEDADA a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos atribuídos, nesta seção, aos Esta- dos, ao Distrito Federal e aos Municípios, neles compreendi- dos adicionais e acréscimos relativos a impostos. Parágrafo único. A vedação prevista neste artigo NÃO IMPEDE a União e os Estados de condicionarem a entrega de recursos: I – ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autarqui- as; II – ao cumprimento do disposto no art. 198, § 2º, incisos II e III (aplicação em serviço de saúde). Art. 161. Cabe à LC: I - definir valor adicionado para fins do disposto no art. 158, pa- rágrafo único, I; II - estabelecer normas sobre a entrega dos recursos de que trata o art. 159, especialmente sobre os critérios de rateio dos fundos previstos em seu inciso I, objetivando promover o equilíbrio soci- oeconômico entre Estados e entre Municípios; III - dispor sobre o acompanhamento, pelos beneficiários, do cál- culo das quotas e da liberação das participações previstas nos arts. 157, 158 e 159. Parágrafo único. O Tribunal de Contas da União efetuará o cálculo das quotas referentes aos fundos de participação a que alude o inciso II. Art. 162. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios divulgarão, até o último dia do mês subsequente ao da arrecada- ção, os montantes de cada um dos tributos arrecadados, os recur- sos recebidos, os valores de origem tributária entregues e a en- tregar e a expressão numérica dos critérios de rateio. Parágrafo único. Os dados divulgados pela União serão discrimi- nados por Estado e por Município; os dos Estados, por Município. 13 CTN DISPOSIÇÃO PRELIMINAR Art. 1º Esta Lei regula, com fundamento na Emenda Consti- tucional n. 18, de 1º de dezembro de 1965, o sistema tributário nacional e estabelece, com fundamento no artigo 5º, inciso XV, alínea b, da Constituição Federal as normas gerais de direito tri- butário aplicáveis à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, sem prejuízo da respectiva legislação complementar, supletiva ou regulamentar. LIVRO PRIMEIRO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL TÍTULO I Disposições Gerais Art. 2º O sistema tributário nacional é regido pelo disposto na Emenda Constitucional n. 18, de 1º de dezembro de 1965, em leis complementares, em resoluções do Senado Federal e, nos li- mites das respectivas competências, em leis federais, nas Consti- tuições e em leis estaduais, e em leis municipais. Art. 3º TRIBUTO é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não consti- tua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determi- nada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrele- vantes para qualificá-la: I - a denominação e demais características formais adota- das pela lei; II - a destinação legal do produto da sua arrecadação. Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria (TEORIA TRIPARTITE ) STF adota a TEORIA PENTAPARTITE: impostos, taxas, contribui- ções de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais. TÍTULO II Competência Tributária CAPÍTULO I Disposições Gerais Art. 6º A atribuição constitucional de competência tributá- ria compreende a competência legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas na Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, e observado o dispostonesta Lei. Parágrafo único. Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas de direito público pertencerá à competência legislativa daquela a que tenham sido atribuídos. Art. 7º A competência tributária é INDELEGÁVEL, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição. § 1º A atribuição compreende as garantias e os privilé- gios processuais que competem à pessoa jurídica de direito pú- blico que a conferir. § 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido. § 3º NÃO CONSTITUI DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de ARRECADAR tributos. A capacidade tributária ativa é delegável; compreende as ga- rantias e privilégios processuais; é revogável a qualquer tempo. Art. 8º O não-exercício da competência tributária não a defe- re a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído. Súmula 69-STF: A Constituição Estadual não pode estabelecer limite para o aumento de tributos municipais CAPÍTULO II Limitações da Competência Tributária SEÇÃO I Disposições Gerais Art. 9º É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - instituir ou majorar tributos sem que a lei o estabeleça , ressalvado, quanto à majoração, o disposto nos artigos 21, 26 e 65; II - cobrar imposto sobre o patrimônio e a renda com base em lei posterior à data inicial do exercício financeiro a que corresponda; III - estabelecer limitações ao tráfego, no território nacional, de pessoas ou mercadorias, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais; IV - cobrar imposto sobre: a) o patrimônio, a renda ou os serviços uns dos outros; b) templos de qualquer culto; c) o patrimônio, a renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, observados os requisitos fixados na Seção II deste Capítulo; d) papel destinado exclusivamente à impressão de jornais, periódicos e livros. § 1º O disposto no inciso IV não exclui a atribuição, por lei, às entidades nele referidas, da condição de responsáveis pelos tributos que lhes caiba reter na fonte, e não as dispensa da prática de atos, previstos em lei, assecuratórios do cumprimento de obrigações tributárias por terceiros. § 2º O disposto na alínea a do inciso IV aplica-se, exclusivamente, aos serviços próprios das pessoas jurídicas de direito público a que se refere este artigo, e inerentes aos seus objetivos. Art. 10. É vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional, ou que importe distinção ou preferência em favor de determinado Estado ou Município. Art. 11. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens de qualquer natureza, em razão da sua procedência ou do seu destino. SEÇÃO II Disposições Especiais 14 Art. 12. O disposto na alínea a do inciso IV do artigo 9º, observado o disposto nos seus §§ 1º e 2º, é extensivo às autarquias criadas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, tão-somente no que se refere ao patrimônio, à renda ou aos serviços vinculados às suas finalidades essenciais, ou delas decorrentes. Art. 13. O disposto na alínea a do inciso IV do artigo 9º não se aplica aos serviços públicos concedidos, cujo tratamento tributário é estabelecido pelo poder concedente, no que se refere aos tributos de sua competência, ressalvado o que dispõe o parágrafo único. Parágrafo único. Mediante lei especial e tendo em vista o interesse comum, a União pode instituir isenção de tributos federais, estaduais e municipais para os serviços públicos que conceder, observado o disposto no § 1º do artigo 9º. Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é subordinado à observância dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas: I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais; III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão. § 1º Na falta de cumprimento do disposto neste artigo, ou no § 1º do artigo 9º, a autoridade competente pode suspender a aplicação do benefício. § 2º Os serviços a que se refere a alínea c do inciso IV do artigo 9º são exclusivamente, os diretamente relacionados com os objetivos institucionais das entidades de que trata este artigo, previstos nos respectivos estatutos ou atos constitutivos. Art. 15. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir empréstimos compulsórios: I - guerra externa, ou sua iminência; II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos orçamentários disponíveis; III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo. Parágrafo único. A lei fixará obrigatoriamente o prazo do empréstimo e as condições de seu resgate, observando, no que for aplicável, o disposto nesta Lei. TÍTULO III Impostos CAPÍTULO I Disposições Gerais Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato ge- rador uma situação independente de qualquer atividade esta- tal específica, relativa ao contribuinte. FG não vinculado. Arrecadação não vinculada. CAPÍTULO II Impostos sobre o Comércio Exterior SEÇÃO I Impostos sobre a Importação - II Art. 19. O imposto, de competência da União, sobre a impor- tação de produtos estrangeiros tem como fato gerador a entra- da destes no território nacional. Art. 20. A base de cálculo do imposto é: I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária; II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre concorrência, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no País; III - quando se trate de produto apreendido ou abandona- do, levado a leilão, o preço da arrematação. Art. 22. Contribuinte do imposto é: I - o importador ou quem a lei a ele equiparar; II - o arrematante de produtos apreendidos ou abandona- dos. SEÇÃO II Imposto sobre a Exportação - IE Art. 23. O imposto, de competência da União, sobre a expor- tação, para o estrangeiro, de produtos nacionais ou nacionaliza- dos tem como fato gerador a saída destes do território nacio- nal. Art. 24. A base de cálculo do imposto é: I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária; II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência. Parágrafo único. Para os efeitos do inciso II, considera-se a entrega como efetuada no porto ou lugar da saída do produ- to, deduzidos os tributos diretamente incidentes sobre a opera- ção de exportação e, nas vendas efetuadas a prazo superior aos correntes no mercado internacional o custo do financiamento. Art. 25. A lei pode adotar como base de cálculo a parcela do valor ou do preço, referidos no artigo anterior, excedente de valor básico, fixado de acordo com os critérios e dentro dos limites por ela estabelecidos. Art. 27. Contribuinte do imposto é o exportador ou quem a lei a ele equiparar. CAPÍTULO III Impostos sobreo Patrimônio e a Renda SEÇÃO I Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR Art. 29. O imposto, de competência da União, sobre a propri- edade territorial rural tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil, localização FORA DA ZONA URBANA do Município. Art. 30. A base do cálculo do imposto é o valor fundiário. Art. 31. Contribuinte do imposto é o proprietário do imó- vel, o titular de seu domínio útil, ou o seu possuidor a qual- quer título. SEÇÃO II Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por 15 natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, LOCA- LIZADO NA ZONA URBANA do Município. § 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal; observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo me- nos 2 dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público: I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; II - abastecimento de água; III - sistema de esgotos sanitários; IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamen- to para distribuição domiciliar; V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 km do imóvel considerado. § 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas ur- banizáveis, ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do parágrafo anterior. Art. 33. A base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel. Parágrafo único. Na determinação da base de cálculo, não se considera o valor dos bens móveis mantidos, em caráter per- manente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua utiliza- ção, exploração, aformoseamento ou comodidade. Art. 34. Contribuinte do imposto é o proprietário do imó- vel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a qual- quer título. SEÇÃO III Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis e de Direitos a eles Relativos - ITCMD Art. 35. O imposto, de competência dos Estados, sobre a transmissão de bens imóveis e de direitos a eles relativos tem como fato gerador: I - a transmissão, a qualquer título, da propriedade ou do domínio útil de bens imóveis por natureza ou por acessão física, como definidos na lei civil; II - a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos reais de garantia; III - a cessão de direitos relativos às transmissões referidas nos incisos I e II. Parágrafo único. Nas transmissões causa mortis, ocorrem tantos fatos geradores distintos quantos sejam os herdeiros ou legatários. Art. 36. Ressalvado o disposto no artigo seguinte, o imposto não incide sobre a transmissão dos bens ou direitos referidos no artigo anterior: I - quando efetuada para sua incorporação ao patrimônio de pessoa jurídica em pagamento de capital nela subscrito; II - quando decorrente da incorporação ou da fusão de uma pessoa jurídica por outra ou com outra. Parágrafo único. O imposto não incide sobre a transmissão aos mesmos alienantes, dos bens e direitos adquiridos na forma do inciso I deste artigo, em decorrência da sua desincorporação do patrimônio da pessoa jurídica a que foram conferidos. Art. 37. O disposto no artigo anterior não se aplica quando a pessoa jurídica adquirente tenha como atividade preponderante a venda ou locação de propriedade imobiliária ou a cessão de di- reitos relativos à sua aquisição. § 1º Considera-se caracterizada a atividade preponderante referida neste artigo quando mais de 50% da receita operacional da pessoa jurídica adquirente, nos 2 anos anteriores e nos 2 anos subseqüentes à aquisição, decorrer de transações mencio- nadas neste artigo. § 2º Se a pessoa jurídica adquirente iniciar suas atividades após a aquisição, ou menos de 2 anos antes dela, apurar-se-á a preponderância referida no parágrafo anterior levando em conta os 3 primeiros anos seguintes à data da aquisição. § 3º Verificada a preponderância referida neste artigo, tor- nar-se-á devido o imposto, nos termos da lei vigente à data da aquisição, sobre o valor do bem ou direito nessa data. § 4º O disposto neste artigo não se aplica à transmissão de bens ou direitos, quando realizada em conjunto com a da totali- dade do patrimônio da pessoa jurídica alienante. Art. 38. A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos. Art. 39. A alíquota do imposto não excederá os limites fixa- dos em resolução do Senado Federal, que distinguirá, para efeito de aplicação de alíquota mais baixa, as transmissões que atendam à política nacional de habitação. Art. 40. O montante do imposto é dedutível do devido à União, a título do imposto de que trata o artigo 43, sobre o pro- vento decorrente da mesma transmissão. Art. 41. O imposto compete ao ESTADO DA SITUAÇÃO DO IMÓVEL TRANSMITIDO, ou sobre que versarem os direitos cedi- dos, mesmo que a mutação patrimonial decorra de sucessão aberta no estrangeiro. Art. 42. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei. SEÇÃO IV Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza - IR Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica: I - de renda, assim entendido o produto do capital, do tra- balho ou da combinação de ambos; II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior. § 1o A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percep- ção. § 2o Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto refe- rido neste artigo. Art. 44. A base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributá- veis. Art. 45. Contribuinte do imposto é o titular da disponibili- dade a que se refere o artigo 43, sem prejuízo de atribuir a lei 16 essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produto- res de renda ou dos proventos tributáveis. Parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte pagadora da ren- da ou dos proventos tributáveis a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento lhe caibam. CAPÍTULO IV Impostos sobre a Produção e a Circulação SEÇÃO I Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI Art. 46. O imposto, de competência da União, sobre produ- tos industrializados tem como fato gerador: I - o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira; II - a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o pa- rágrafo único do artigo 51; III - a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão. Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se industrializado o produto que tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo. Art. 47. A base de cálculo do imposto é: I - no caso do inciso I do artigo anterior, o preço normal, como definido no inciso II do artigo 20, acrescido do montante: a) do imposto sobre a importação; b) das taxas exigidas para entrada do produto no País; c) dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importa- dor ou dele exigíveis; II - no caso
Compartilhar