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CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL 
E MPOG – QUESTÕES COMENTADAS ESAF 
PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 
 
1 
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PONTUAÇÃO 
Bem, pessoal, estamos na reta final e nosso penúltimo assunto está sempre 
presente em qualquer prova de Língua Portuguesa de qualquer banca examinadora 
– Pontuação. 
Na comunicação oral, o falante lança mão de certos recursos da linguagem, como a 
entoação da voz, os gestos e as expressões faciais para denotar dúvida, hesitação, 
surpresa, incerteza etc. 
Quando se constrói a comunicação por meio da escrita, quem passa a ter essa 
incumbência é a pontuação. Por isso, tanta gente associa indevidamente o 
emprego de vírgula a uma pausa da respiração. Isso não tem sentido. Se assim o 
fosse, tínhamos de colocar vírgula a cada palavra escrita. Ou você, por acaso, 
prende a respiração ao escrever uma oração sem vírgulas? 
Afinal, qual é a utilidade de colocarmos sinais de pontuação no texto? 
Além de estabelecer na escrita aquelas denotações expostas acima, também se 
digna a eliminar ambiguidades que poderiam surgir em um texto sem pontuação ou 
a destacar certas palavras, expressões ou frases. 
O texto que reproduzimos abaixo, cuja autoria desconhecemos, exemplifica bem as 
funções da pontuação e vem sem a pontuação – analise-o. 
Se o homem soubesse o valor que tem a mulher andaria de quatro à sua procura. 
Cabe a nós, redatores, empregar a pontuação de modo que a mensagem por nós 
escrita chegue ao leitor no sentido exato que queríamos transmitir. 
Certamente, as mulheres irão empregar a vírgula após “mulher”: 
Se o homem soubesse o valor que tem a mulher, andaria de quatro à sua procura. 
Aliás, essa é a mais pura verdade!!!! (rs...) 
Já aos homens interessa a vírgula após “tem”: 
Se o homem soubesse o valor que tem, a mulher andaria de quatro à sua procura. 
E aí, gostaram dessa? 
A pontuação depende da estrutura sintática da oração. Para começar, é 
interessante notar que a ordem direta das orações é a seguinte: 
SUJEITO – VERBO – COMPLEMENTOS VERBAIS – ADJUNTOS 
Para colocar a oração nessa ordem direta, devemos partir do verbo, perguntando a 
ele quem é o seu sujeito. 
A partir daí, conhecendo o sujeito e o verbo, identificaremos os complementos 
verbais (predicativos, objetos), que são os termos que complementam o sentido do 
verbo. 
Por “adjuntos”, entendem-se as condições em que a ação expressa pelo verbo se 
estabelece – tempo, lugar, modo, intensidade, dúvida, negação. Essas 
circunstâncias são apresentadas pelos advérbios. É lógico que, se uma dessas 
circunstâncias (como a de negação) estiver acompanhando um termo específico 
(por exemplo, um verbo), o advérbio irá se posicionar próximo ao esse termo, e 
não no fim da oração (Eu não sairei daqui). 
Os complementos, além de verbais, podem ser nominais, quando completam o 
sentido de um nome: necessidade de carinho. Também aos nomes ligam-se 
elementos para restringi-los ou designá-los (adjuntos adnominais). Esses termos 
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E MPOG – QUESTÕES COMENTADAS ESAF 
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regidos devem ficar próximos de seus termos regentes, onde quer que estejam 
(seja no sujeito, seja no predicado). 
Exemplos: Seu amor à pátria (o nome faz parte do sujeito) era fantástico; Não há 
necessidade de chorar (o nome faz parte do predicado). 
Esses conceitos são fundamentais para compreendermos alguns casos de proibição. 
Os sinais de pontuação são: ponto, ponto-e-vírgula, vírgula, ponto de exclamação, 
ponto de interrogação, travessão, parênteses, aspas, reticências. 
Eles indicam entoação ou pausa. Nas palavras de Celso Cunha (Nova Gramática 
do Português Contemporâneo), “esta distinção, didaticamente cômoda, não é, 
porém, rigorosa. Em geral, os sinais de pontuação indicam, ao mesmo tempo, a 
pausa e a melodia.”. 
O sinal mais explorado em questões de prova é, sem dúvida, a vírgula. Vamos aos 
exercícios. Bons estudos. 
 
QUESTÕES DE PROVA DA ESAF 
1 - (ESAF/SEFAZ SP/2009) 
Assinale a opção que apresenta período construído com os núcleos do sujeito e do 
predicado da oração principal do período transcrito a seguir. 
A partir de um fragmento perdido, no qual o filósofo Blaise Pascal fala, de 
passagem, sobre loucura política, julgada por ele território fértil em imperfeição 
humana, o velho jornalista e também filósofo italiano Emilio Rossi, morto há um 
mês, escreveu livro saboroso, com o título deste artigo e o subtítulo Ironia e veritá 
di Pascal (Edizioni Studium, Roma, 1984). 
(Rubem Azevedo Lima, A política como loucura, Correio Braziliense, 12/1/2009, 
12.) 
a) A loucura política foi julgada pelo filósofo Blaise Pascal, em um fragmento 
perdido, como imperfeição humana. 
b) Com o título A política como loucura, Emilio Rossi escreveu um livro saboroso, a 
partir de um fragmento de Pascal. 
c) Jornalista e filósofo, Emilio Rossi morreu em dezembro de 2008. 
d) No livro que tem como título o mesmo do artigo de Rubem Azevedo Lima, Blaise 
Pascal trata, de passagem, da loucura política. 
e) Tida pelo autor como território fértil em imperfeição humana, a loucura política é 
tratada em livro pelo jornalista e filósofo Emilio Rossi. 
 
Gabarito: B 
Comentário. 
Selecionamos essa EXCELENTE (e recente) questão de prova para dar início ao 
nosso estudo de hoje porque, apesar de não tratar do assunto em si, serve para 
relembrarmos os termos da oração, ponto importantíssimo que serve de base para 
a aula de PONTUAÇÃO. 
Para resolvermos essa questão, teríamos de, em primeiro lugar, identificar a oração 
principal do período “A partir de um fragmento perdido, o velho jornalista e 
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também filósofo italiano Emilio Rossi escreveu livro saboroso, com o título 
deste artigo e o subtítulo Ironia e veritá di Pascal.” 
Agora, vamos identificar os núcleos do sujeito e do predicado. 
SUJEITO: “o velho jornalista e também filósofo italiano Emilio Rossi” 
Houve, nesse momento, uma falha da banca, pois o núcleo do sujeito era 
“jornalista”, estando os demais elementos ligados a esse núcleo nas seguintes 
funções sintáticas: 
- adjunto adnominal: “o”, “velho”, “filósofo”, “italiano”; 
- aposto especificativo: “Emilio Rossi” – esta função sintática tem valor 
substantivo e é exercida, na maior parte das vezes, por um substantivo 
próprio. Serve para individualizar um substantivo de uso genérico. Sua 
característica é que, ao contrário dos demais apostos, não pode ser 
separado por vírgula do substantivo a que se liga. 
- a palavra “e”, na qualidade de conjunção, não exerce função sintática na 
construção; 
- a palavra denotativa de inclusão “também” atua como adjunto adverbial (as 
palavras denotativas, segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira, são 
classificadas na mesma categoria dos advérbios). 
Contudo, a banca classificou como núcleo do sujeito “Emilio Rossi”, o que, apesar 
de incorreto, não prejudicaria a identificação da resposta correta, já que, em 
nenhuma outra opção, foi corretamente indicado o núcleo do predicado, como 
veremos a seguir. 
PREDICADO: “escreveu livro saboroso” 
Por ser um predicado verbal (indicativo de ação, e não de estado), o núcleo é o 
verbo ESCREVER. 
Os demais elementos podem até participar da construção, mas necessariamente 
deveriam ser indicados os núcleos. Assim, a única opção que atende (com 
ressalvas) ao enunciado seria B. 
Vamos, agora, identificar as funções sintáticas dos demais elementos da oração 
principal: 
- “A partir de um fragmento perdido” – essa estrutura tem valor adverbial, 
logo a função exercida é a de adjunto adverbial. Fazendo uma análise 
pormenorizada deste segmento, temos que o núcleo seria “fragmento” e “a 
partir de”, uma locução prepositiva (sem função sintática) e “perdido”, 
adjetivo na funçãode adjunto adnominal em relação a “fragmento”. 
- “livro saboroso, com o título deste artigo e o subtítulo Ironia e veritá di 
Pascal” – objeto direto. Em uma análise mais apurada, o núcleo do objeto 
direto seria “livro”, e “saboroso” estaria exercendo a função de adjunto 
adnominal”, juntamente com o restante da construção: “com o título deste 
artigo e o subtítulo Ironia e veritá di Pascal”. Poderíamos, até, refinar ainda 
mais, identificando a função sintática de cada um desses elementos. Em 
relação a “título”, os demais elementos exercem a função de adjunto 
adnominal; em relação a “subtítulo”, “Ironia e veritá di Pascal” exerce a 
função de aposto especificativo. 
Agora, sim, vamos entrar nas questões que tratam especificamente de 
PONTUAÇÃO. 
 
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2 - (ESAF/ MP ENAP – SPU/ 2006) 
Assinale a opção em que o emprego dos sinais de pontuação está correto. 
a) Motoristas e montadoras de automóveis, não terão que desembolsar mais 
recursos com a mudança para o biodiesel, pois esse combustível não exige 
nenhuma alteração nos motores dos veículos. 
b) A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), 
assegurou a garantia dos motores dos veículos que utilizarem o biodiesel misturado 
ao diesel na proporção de 2%, como foi autorizado. 
c) Além disso, o combustível renovável poderá ser usado, em substituição ao óleo 
diesel em usinas termelétricas, na geração de energia elétrica em comunidades de 
difícil acesso, como é o caso de diversas localidades na região Norte. 
d) Para autorizar o uso do biodiesel no mercado nacional, o governo, editou um 
conjunto de atos legais que tratam dos percentuais de mistura do biodiesel ao 
diesel, da forma de utilização e do regime tributário. 
e) Tal regime, considera a diferenciação das alíquotas com base na região de 
plantio, nas oleaginosas e na categoria de produção (agronegócio e agricultura 
familiar). O governo cria também o Selo Combustível Social e isenta a cobrança do 
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). 
(Adaptado de Em Questão, n. 261 - Brasília, 08 de dezembro de 2004) 
 
Gabarito: C 
Comentário 
Nas provas da ESAF, como já dissemos, a maior incidência é de erros de emprego 
da vírgula. O que você deve ter em mente (é o que mais cai) são os casos de 
proibição. 
CASOS PROIBIDOS: 
1 - Separar por vírgula elementos inseparáveis na ordem direta: 
1.1 – sujeito do verbo; 
1.2 – verbo do complemento verbal; 
1.3 – termo regente do termo regido (complemento nominal, adjunto 
adnominal); 
1.4 – verbos que compõem uma locução verbal; 
Se surgir uma vírgula após um desses elementos “inseparáveis”, verifique se não 
se trata de alguma intercalação de elementos. Para a correção do período, deve 
haver duas vírgulas nessa intercalação, uma abrindo o período e outra, fechando. 
2 – Colocar apenas uma das duas vírgulas obrigatórias para isolar termos 
ou expressões deslocados de sua posição original na oração (exceto, 
obviamente, se estiver no início do período). 
Desse jeito, o período deslocado fica “capenga”, faltando uma das vírgulas. Se 
abrir, terá de fechar. Portanto, são necessárias duas vírgulas, mesmo que alguma 
delas esteja exercendo dupla função (por exemplo, no caso de DOIS ou mais 
termos deslocados e adjacentes). 
A única opção inteiramente correta é a C. Vejamos, pois, os erros das demais: 
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a) O sujeito composto - “Motoristas e montadoras de automóveis” – foi separado do 
predicado por uma vírgula sem cabimento. Ela deve ser eliminada para a correção 
do período. 
Antes da conjunção “pois” há uma vírgula, o que indica ser esta uma conjunção 
explicativa (falamos sobre isso na aula de CONJUNÇÃO). 
b) Novamente a vírgula separa sujeito de predicado, sem que tenha havido 
qualquer intercalação. Assim, deve ser retirada a vírgula antes de “assegurou”. 
d) Para corrigir a oração, retire a vírgula após “governo”. 
e) O sujeito do verbo CONSIDERAR é “Tal regime”. Olha a vírgula lá, indevidamente 
no meio da relação entre sujeito e predicado... Nossa, essa vírgula parece até 
irmão caçula de adolescente – só fica atrapalhando!...(rs...) 
 
3 - (ESAF/ANA/2009) 
Assinale a opção em que o trecho do texto está reescrito de forma gramaticalmente 
errada. 
Os fundamentos da Lei n. 9.433/97, conhecida como Lei das Águas, resultaram de 
décadas de discussões e basearam-se nas experiências adotadas pelas unidades 
federadas desde a década de 70, além de estarem sintonizados com os discursos 
dos mais significativos fóruns internacionais. Esses fundamentos estabelecem que a 
água é um bem de domínio público e um recurso natural limitado, dotado de valor 
econômico. Além disso, apregoam que, em situações de escassez, a água deve ser 
usada prioritariamente para o consumo humano e a dessedentação de animais; que 
sua gestão deve sempre proporcionar o uso múltiplo; que a bacia hidrográfica é a 
unidade territorial para a implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos; 
e que essa gestão deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder 
Público, dos usuários e das comunidades. 
(Adaptado de http://www.ana.gov.br/SalaImprensa/artigos ) 
a) Asseveram ainda que a gestão hídrica deve ser descentralizada e contar com a 
participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades, e que a bacia 
hidrográfica é a unidade territorial para a implementação da Política Nacional de 
Recursos Hídricos.(ℓ. 6 a 9) 
b) Estão sintonizados com os discursos dos mais significativos fóruns 
internacionais.(ℓ. 4, 5 e 6) 
c) Esses fundamentos estabelecem que a água é um bem de domínio público, 
dotado de valor econômico, e um recurso natural limitado.(ℓ. 4 e 5) 
d) Apregoam também que a gestão da água deve sempre proporcionar o uso 
múltiplo e que, em situações de escassez, a água deve ser usada prioritariamente 
para o consumo humano e a dessedentação de animais. (ℓ . 6 e 7) 
e) Os fundamentos da lei conhecida como Lei das Águas (Lei n. 9.433/97), 
basearam-se nas experiências adotadas pelas unidades federadas desde a década 
de 70 e resultou de décadas de discussões.(ℓ. 1 e 2) 
 
Gabarito: E 
Comentário. 
A vírgula antes do verbo (basearam-se) separou-o do sujeito (“Os fundamentos da 
lei conhecida como Lei das Águas”), incorrendo em erro. 
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Com algumas palavras denotativas, a vírgula é obrigatória (“Aquele encontro era, 
SOBRETUDO, uma oportunidade de reaproximação.”) 
Em outros casos, o emprego é facultativo, devendo ocorrer quando a intenção for 
de realce, como ocorre com a palavra “ainda”: “Ele quer(,) ainda(,) que você o 
deixe em paz.”. Note que, na opção A, este vocábulo não está isolado por vírgulas 
(”Asseveram AINDA que...”), tendo sido considerado correto. 
 
4 - (ESAF/AFC CGU/2006) 
Julgue se o trecho do texto abaixo foi transcrito de forma gramaticalmente correta. 
- Todos os modelos, em maior ou menor grau fracassaram. O socialismo, ao em 
vez de oferecer o paraíso, criou um inferno sob a forma de estados totalitários, 
baseados na repressão policial e na ação da polícia política. 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
A intercalação de termos, expressões, orações exige o emprego de DUAS vírgulas – 
uma introduzindo e outra encerrando. O emprego de apenas UMA delas provoca 
erro de pontuação. 
É isso o que acontece nessa questão – a expressão “em maior ou menor grau” deve 
ficar isolada por duas vírgulas, por ter valor adverbial. Mais adiante, falaremos em 
detalhes sobre a pontuação com advérbios. 
Além desse problema com a vírgula, há outro, de ortografia. 
Provavelmente,o examinador quis “driblar” seu ouvido ao usar a expressão criada 
por ele “ao em vez de...” – que coisa feia é essa? Uma mistura de “ao invés de” 
com “em vez de”. Aproveitamos para comentar o emprego de uma ou de outra 
expressão. 
“INVÉS” remete à ideia de “inverso”. Assim, somente deveríamos usá-la na 
indicação de coisas contrárias, adversas, inversas: “Ao invés de chorar, ele teve 
uma crise de riso.”. 
Já a expressão “em vez de” sugere a ideia de troca, substituição, podendo ser 
aplica a todas as situações, inclusive as abrangidas pela expressão “ao invés de” 
(ideias opostas). Assim, se quiser acertar sempre, use “em vez de”, mas, se quiser 
demonstrar conhecimento, ao indicar ideias opostas, use “ao invés de”. 
Só não vá tentar impressionar alguém e pisar na bola (rs...)! 
 
5 - (ESAF/AFC CGU/2004) 
Assinale a opção em que o emprego dos sinais de pontuação está correto. 
a) No Brasil, mesmo depois da proclamação da República, o Estado continuou 
sendo, uma organização nacional frágil, com baixa capacidade de incorporação 
social e mobilização política interna, e sem vontade nem pretensões expansivas. 
b) A própria sobrevivência da nova república, na hora da sublevação da Armada, 
em 1893 dependeu da organização e proteção da Esquadra Legal que chegou à 
Baía da Guanabara, sob a liderança dos Estados Unidos, e com a participação de 
quatro outras grandes potências. 
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c) Pouco depois o Brasil decretava moratória de sua dívida externa e era obrigado a 
negociações com a Casa Rotschild e a Inglaterra, em 1898, que caracterizaram e 
consolidaram, a posição subalterna e submissa das elites cafeicultoras, frente aos 
interesses econômicos internacionais. 
d) No período entre a crise econômica mundial de 1930 e o início da Segunda 
Guerra, o Brasil conquistou algum espaço de manobra para sua política externa, 
devido à disputa entre as grandes potências, e adotou, internamente, políticas que 
fortaleceram o Estado central e a sua economia nacional. 
e) Essa autonomia, entretanto, durou pouco, até a assinatura do acordo negociado 
por Oswaldo Aranha em Washington, em 1939, no qual ficou caracterizada, a nova 
dependência financeira do Brasil com relação ao Banco Morgan, junto com o seu 
alinhamento incondicional ao lado da nova liderança mundial norte-americana. 
(Adaptado de José Luís Fiori, “O Brasil no mundo: o debate da política externa”) 
 
Gabarito: D 
Comentário. 
Tendo em mente os casos de proibição, podemos eliminar as opções a, c e e. 
a) Em “o Estado continuou sendo, uma organização nacional frágil”, a vírgula 
separa a locução verbal “continuou sendo” do seu complemento “uma organização 
nacional frágil”. 
c) Na passagem “que caracterizaram e consolidaram, a posição subalterna e 
submissa das elites cafeicultoras”, o objeto direto “a posição subalterna e submissa 
das elites cafeicultoras” foi separado indevidamente por uma vírgula de seus 
regentes, os verbos CARACTERIZAR e CONSOLIDAR. Mais um caso de proibição. 
e) Agora, a vírgula separou predicado do sujeito em “no qual ficou caracterizada, a 
nova dependência financeira do Brasil”, devendo ser retirada. 
 
No item b, temos um novo caso de emprego da vírgula – em expressões 
explicativas. Sempre que alguma estrutura (uma expressão, oração, termo 
qualquer) tiver natureza explicativa, deverá vir isolada por vírgulas, parênteses ou 
travessões. 
Na passagem “A própria sobrevivência da nova república, na hora da sublevação da 
Armada, em 1893 dependeu da organização e proteção da Esquadra Legal...”, a 
expressão “em 1893” tem valor apenas informativo e, por isso, deveria vir isolada 
por vírgulas. Faltou a segunda, após a indicação do ano. 
 
6 - (ESAF/CGU – ANALISTA / 2008) 
Assinale a opção em que o trecho foi transcrito com erro de pontuação. 
a) Ao longo dos últimos anos, na reforma do Judiciário, o Congresso municiou o 
Supremo com ferramentas novas para imprimir maior eficácia ao sistema. A corte, 
entretanto, as vem utilizando com certa timidez. 
b) A mais poderosa dessas armas é o efeito vinculante. Trata-se de dispositivo que 
permite ao Supremo editar súmulas fixando jurisprudência que deve 
obrigatoriamente ser seguida pelas instâncias inferiores da Justiça e pela 
administração pública. 
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c) Criado em 2004 e regulamentado dois anos depois, o mecanismo só foi utilizado 
em três ocasiões, nenhuma delas envolvendo conteúdo muito controverso. 
d) Caminho semelhante segue o princípio da repercussão geral, que possibilita ao 
STF, recusar recursos extraordinários e agravos em ações com baixa relevância 
social, no entendimento da maioria dos ministros. 
e) Associadas, a edição de novas súmulas vinculantes e a exclusão das matérias 
sem repercussão geral teriam o condão de livrar o Judiciário de milhares de 
processos repetitivos, cujo desfecho já é conhecido de antemão. 
(Folha de S. Paulo, 2/2/2008) 
 
 
Gabarito: D 
Comentário. 
Agora, a vírgula após “STF” separou elementos que complementam o verbo. Na 
construção, o verbo POSSILITAR é bitransitivo, apresentando-se como objeto 
indireto “ao STF” e objeto direto uma oração reduzida de infinitivo: “recusar 
recursos extraordinários e agravos em ações com baixa relevância social”. Como a 
oração se encontra na ordem direta, não pode a vírgula separar o verbo do seu 
complemento. 
 
7 - (ESAF/ AFRF / 2005) 
Enquanto o patrimônio tradicional continua sendo responsabilidade dos Estados, a 
promoção da cultura moderna é cada vez mais tarefa de empresas e órgãos 
privados. Dessa diferença derivam dois estilos de ação cultural. Enquanto os 
governos pensam sua política em termos de proteção e preservação do patrimônio 
histórico, as iniciativas inovadoras ficam nas mãos da sociedade civil, 
especialmente daqueles que dispõem de poder econômico para financiar arriscando. 
Uns e outros buscam na arte dois tipos de ganho simbólico: os Estados, 
legitimidade e consenso ao aparecer como representantes da história nacional; as 
empresas, obter lucro e construir através da cultura de ponta, renovadora, uma 
imagem “não interessada” de sua expansão econômica. 
(Nestor Garcia Canclini, Culturas Híbridas, p. 33, com adaptações) 
Assinale a alteração na pontuação que provoca incoerência textual ou erro 
gramatical no texto. 
a) A substituição do ponto final depois de “cultural” (l.3) por dois-pontos. 
b) A substituição dos dois-pontos depois de “simbólico” (l.7) pelo sinal de ponto-e-
vírgula. 
c) A substituição do sinal de ponto-e-vírgula depois de “nacional” (l.8) pela 
conjunção e. 
d) A inserção de uma vírgula depois de “construir” (l.8). 
e) A retirada da vírgula depois de “ponta” (l.9). 
 
Gabarito: E 
Comentário. 
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A vírgula após “ponta” serve para ligar elementos de igual função sintática, qual 
seja, a de adjuntos adnominais, em relação ao termo regente “cultura” (cultura de 
ponta, renovadora). Sua retirada provocaria uma separação indesejada entre o 
verbo CONSTRUIR e seu complemento (“uma imagem ‘não interessada’ de sua 
expansão econômica”), uma vez que foi mantida a primeira vírgula, antes de 
“renovadora”. 
Sempre que o examinador fizer alguma sugestão de mudança na pontuação, vá ao 
texto e verifique se tal procedimento não poderia acarretar problemas na 
estruturação sintática do texto. 
Vamos a alguns comentários sobre as sugestões admitidas. 
a) Após “cultural”, temos a enunciação de quais seriam os dois estilos de ação 
mencionados pelo autor, por isso seria válida a alteração proposta. 
b) Com o ponto-e-vírgula, haveriauma pausa tão grande quanto a realizada pelo 
sinal de dois-pontos. Poderíamos, até, trocar esses sinais por um ponto, iniciando, 
assim, um novo período. 
c) A partir da linha 7, o autor apresenta os dois tipos de ganho simbólico. As 
vírgulas observadas após “Estados” e “empresas” servem para indicar a omissão 
(elipse) de algum termo – no caso, o verbo BUSCAR: 
“...os Estados BUSCAM legitimidade e consenso ao aparecer como 
representantes da história nacional; as empresas BUSCAM obter lucro e 
construir através da cultura de ponta, renovadora, uma imagem “não 
interessada” de sua expansão econômica.” 
O emprego dessas vírgulas indicando a elipse é opcional, mas, caso sejam usadas, 
promovem maior clareza ao texto. 
Como já existem vírgulas na passagem, o ponto-e-vírgula foi empregado 
adequadamente para separar os elementos da enunciação, podendo ser substituído 
pela conjunção “e”. 
d) A expressão “através da cultura de ponta, renovadora” tem valor adverbial e, 
por ser curta e de fácil entendimento, faculta o emprego de vírgulas indicativas de 
seu deslocamento (lembra-se da ordem direta apresentada logo no início da aula?). 
“... construir, através da cultura de ponta, renovadora, uma imagem “não 
interessada” de sua expansão econômica. 
Note que, nesse caso, a vírgula após “renovadora” teria dupla função – encerrar o 
segmento adverbial e a enumeração de termos de mesma função sintática. 
Sobre o emprego de vírgula em estruturas adverbiais, falaremos mais adiante, nos 
comentários a uma ótima questão da ESAF. 
 
8 - (ESAF/Auditor-Fiscal do Trabalho/2006) 
Os trechos abaixo constituem um texto. Assinale a opção que apresenta erro de 
pontuação. 
a) As dívidas contraídas na imigração eram pagas com juros de 6% ao ano, não 
podendo o colono deixar de cumprir o contrato antes de saldá-las integralmente, 
além de ter de comunicar o contratante com seis meses de antecedência. 
b) O não-cumprimento do contrato gerava multa para o colono. Outras cláusulas 
apareciam nos regulamentos das colônias, tais como as que impunham um controle 
disciplinar rigoroso, com aplicação de penas severas aos infratores. 
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c) As experiências iniciais do trabalho livre do colono foram marcadas por inúmeros 
conflitos, desentendimentos, greves, denúncias de cobranças de taxas abusivas 
pelo importador, rebeldia contra controle moral e disciplinar severo imposto nas 
colônias. 
d) Esses fatos redundaram na acusação de Portugal ao Brasil da prática de 
escravidão disfarçada. O descumprimento do contrato pelo colono, por exemplo, 
poderia representar, além da rescisão, a multa e a pena de prisão de oito dias a 
três meses. 
e) Contudo, para os fazendeiros, o clima era, de insegurança generalizada no 
cumprimento dos contratos, o que reclamaria uma regulamentação jurídica mais 
eficiente do que a então vigente. 
(Sidnei Machado - http://calvados.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/direito/ 
article/viewPDFInterstitial/1766/1463) 
 
Gabarito: E 
Comentário. 
Veja como isso é recorrente nas provas da ESAF. Por isso, falei e repito – não se 
esqueça dos casos de proibição de emprego da vírgula. 
Na opção E, a vírgula após o verbo SER separar indevidamente o verbo de seu 
complemento – o predicativo do sujeito. 
 
9 - (ESAF/ANEEL Especialista/2006) 
Os trechos abaixo constituem um texto. Assinale a opção em que a pontuação está 
correta. 
a) O ethos desenvolvimentista foi construído pela interação, entre as camadas 
empresariais nascentes, o estamento burocrático-militar, algumas lideranças 
intelectuais e o proletariado em formação. 
b) Havia a percepção de que, o objetivo de aproximar o país das formas de 
produção e de convivência não poderia ser alcançado no âmbito da velha e 
destroçada divisão internacional do trabalho, nem mesmo mediante a simples 
operação das forças “naturais” do mercado. 
c) O projeto de industrialização, foi sendo construído por meio de alianças políticas, 
regionais e de classe, que atraíram os interessados mais retrógrados e reacionários 
para o bloco hegemônico. 
d) Na posteridade da Segunda Guerra Mundial, a expansão do internacionalismo 
capitalista, comandada pelos EUA, e a polarização da Guerra Fria, colocaram novos 
desafios ao avanço da agenda desenvolvimentista. 
e) Quem se habituou a repetir, sem qualquer senso crítico, que o Brasil perseguiu 
um “modelo” autárquico, uma economia fechada, falsifica os fatos: a 
industrialização brasileira foi acompanhada de uma profunda internacionalização da 
estrutura produtiva da economia. 
(Adaptado de Luiz Gonzaga Belluzzo, Revisitando o desenvolvimentismo, Política 
Democrática - Revista de Política e Cultura , Brasília /DF, Fundação Astrogildo 
Pereira, n. 14, março de 2006, páginas 25 e 26.) 
 
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Gabarito: E 
Comentário. 
A dificuldade maior estava na opção A, por isso a deixaremos para o fim desse 
comentário. 
Nas demais, os erros são clássicos – o que a Gramática uniu a banca não separa 
(rs...). 
b) TERMO REGIDO DO TERMO REGENTE - Após a conjunção integrante “que”, vem 
o complemento nominal de “percepção. Por isso, a vírgula deve ser retirada: “Havia 
a percepção DE QUE o objetivo...”. 
c) SUJEITO DE PREDICADO – O sujeito “O projeto de industrialização” foi separado 
de seu predicado nominal, por isso a vírgula não é bem-vinda: “O projeto de 
industrialização foi sendo construído...”. 
d) SUJEITO DE PREDICADO – Há um sujeito composto na construção: “A 
expansão do internacionalismo capitalista, comandada pelos EUA, e a polarização 
da Guerra Fria”. Logo em seguida, vem uma vírgula inadequada, uma vez que 
promove a separação do sujeito composto de seu verbo, “colocaram”. Notem que a 
vírgula antes da conjunção aditiva serve para encerrar a intercalação de 
“comandada pelos EUA” e está perfeita. 
Vamos, agora, ao problema da opção A. 
“Estamento” significa “grupo com status jurídico próprio, como os militares”. Não se 
separa TERMO REGENTE DE TERMO REGIDO. Transpondo a oração para a voz 
ativa, teríamos que: “A interação (TERMO REGENTE) entre os elementos 
(termos regidos) camadas empresariais nascentes, o estamento burocrático-
militar, algumas lideranças intelectuais e o proletariado em formação construiu o 
‘ethos’ desenvolvimentista”. 
Note que o termo regente “interação” foi separado de seus termos regidos, “as 
camadas empresariais...”, por uma vírgula. Por isso, houve erro de pontuação. 
Poderia incluir nesse material um sem-número de questões, todas apresentando os 
mesmos erros, mas acho que, a partir dessas, você já aprendeu a lição – quando o 
assunto for questão de pontuação da ESAF, pensaremos imediatamente na vírgula, 
mais precisamente nos casos de proibição de seu emprego. Vida que segue. 
 
10 - (ESAF/AFC STN/2005) 
Assinale o diagnóstico correto acerca do emprego das vírgulas no trecho seguinte: 
1. A nova disciplina das sociedades limitadas, está 
presente no Código Civil de 2002, que inovou em 
relação ao diploma anterior e tratou de matéria de 
cunho eminentemente comercial, revogando, assim, 
5. neste aspecto, o vetusto Código Comercial que datava 
do século passado. 
a) O trecho está corretamente pontuado: não sobram nem faltam vírgulas. 
b) O erro de pontuação está no mau emprego da vírgula colocada após a palavra 
“limitadas"(l.1). Sendo ela eliminada, o trecho torna-se gramaticalmente correto. 
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c) Para o trecho ficar corretamente pontuado, é preciso eliminar a vírgula colocada 
após a palavra “limitadas”(l.1) e inserir uma vírgula após a palavra 
“Comercial”(l.5).d) Há três erros de pontuação: ausência de vírgula após a palavra “presente”(l.2), 
presença da vírgula depois de “2002”(l.2) e presença da vírgula depois da palavra 
“revogando”(l.4). 
e) Basta uma vírgula isolando a oração adjetiva explicativa “que datava do século 
passado”(ls.5 e 6) para o trecho ficar corretamente pontuado. 
 
Gabarito: C 
Comentário. 
Essa questão serviria para eliminar o candidato apressado (que come cru e 
quente...rs...) e ajudar o mais desatento. Se só tivesse percebido o primeiro erro 
de pontuação do trecho, ao ler as opções, seria alertado sobre o segundo. 
Vamos lá. O primeiro é o emprego de vírgula após “limitadas”, já que esse sinal 
estaria separando o sujeito “A nova disciplina das sociedades limitadas” do verbo 
ESTAR. O segundo erro foi na ausência de uma vírgula após Comercial. 
A informação de que o Código Comercial datava do século passado é apenas 
explicativa e vem agregar valor ao adjetivo “vetusto” (muito velho, antiquíssimo), 
não se trata de uma oração restritiva. Por isso, a vírgula é OBRIGATÓRIA. Por não 
ter sido empregada, houve um erro de pontuação nessa passagem. Vamos, a partir 
de agora, falar sobre o segundo caso de maior incidência nas questões de prova 
(agora, incluo outras bancas, como a FCC e CESPE): vírgula em orações 
adjetivas. 
As orações subordinadas adjetivas podem ser restritivas ou explicativas: 
 restritivas - como o nome sugere, restringem o conceito dos substantivos 
e, a exemplo do que ocorre com adjetivos simples, não poderão ser 
separadas dos substantivos a que se refiram. 
“Vou pintar meu quarto com a cor azul.” (não se separa o termo 
regido – azul – do termo regente - cor, já que o valor do adjetivo é 
restritivo – não é qualquer cor, mas somente a cor azul). 
Por isso, se, em vez de um adjetivo simples, houver uma oração adjetiva 
restritiva, ela também não poderá ser separada do substantivo por vírgula: 
Vou pintar o meu quarto com a cor de que eu gosto. 
Então, em orações adjetivas restritivas, a vírgula é PROIBIDA! 
Os políticos que se envolveram no escândalo de corrupção deverão 
perder o seu mandato. 
Quem deverá perder o mandato: todos os políticos ou somente os que se 
envolveram no escândalo de corrupção? Segundo a oração, somente aqueles 
envolvidos no escândalo. 
E, com base nesse último exemplo, se colocássemos a oração adjetiva entre 
vírgulas, o que aconteceria? Ela passaria a ser explicativa. 
 explicativas – sua função é somente explicar; por isso, como qualquer 
elemento de função meramente explicativa, deverão ser colocadas entre 
vírgulas. Se após a oração houver o encerramento do período, em vez de 
colocar a segunda vírgula, coloca-se o ponto final. 
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“A vida do ex-presidente Juscelino Kubitschek, que foi o 
responsável pela mudança da sede da capital para Brasília, foi 
contada na série JK, da Rede Globo.” 
Essa oração sublinhada tem valor explicativo e, por isso, foi colocada entre 
vírgulas. 
Então, em orações adjetivas explicativas, a vírgula é OBRIGATÓRIA! 
 
11 - (ESAF/AFC CGU/2004) 
1. A felicidade, que em si resultaria de um projeto 
temporal, reduz-se hoje ao mero prazer instantâneo 
derivado, de preferência, da dilatação 
do ego (poder, riqueza, projeção pessoal etc.) 
e dos "toques" sensitivos (ótico, epidérmico, 
5. gustativo etc.). A utopia é privatizada. Resume- 
se ao êxito pessoal. A vida já não se 
move por ideais nem se justifica pela nobreza 
das causas abraçadas. Basta ter acesso ao 
consumo que propicia excelente conforto: o 
10. apartamento de luxo, a casa na praia ou na 
montanha, o carro novo, o kit eletrônico de 
comunicações (telefone celular, computador 
etc.), as viagens de lazer. Uma ilha de prosperidade 
e paz imune às tribulações circundantes 
15. de um mundo movido a violência. O Céu na 
Terra – prometem a publicidade, o turismo, o 
novo equipamento eletrônico, o banco, o cartão 
de crédito etc. 
(Frei Betto) 
 
Em relação às estruturas e às idéias do texto, julgue a seguinte proposição. 
- As vírgulas após “felicidade”(l.1) e “temporal”(l.2) estão sendo empregadas para 
isolar uma oração de natureza restritiva. 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
ACORDO ORTOGRÁFICO: não há acento agudo em “ideias”. 
Você gastou sem precioso tempo voltando ao texto? Nem precisava. Se a oração 
fosse mesmo RESTRITIVA, por acaso haveria VÍRGULA, meu bem??? 
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O examinador já deu a dica de que você precisava para eliminar essa opção 
imediatamente. E olhe que isso é muito comum, hem? Falou em vírgula usada em 
oração restritiva, pode riscar de seu mapa... está terminantemente ERRADO!!! 
São coisas incompatíveis – se a oração for restritiva, vírgula PROIBIDA. Se a oração 
for explicativa, vírgula OBRIGATÓRIA. Parece que alguém do outro lado perguntou: 
“Cláudia, então quando é que a vírgula será facultativa nas orações adjetivas?” 
E eu respondo: 
NUNCA!!!!! NUNQUINHA DA SILVA!!!! Ou a vírgula é proibida (oração 
restritiva) ou é obrigatória (oração explicativa)!!! Simples assim... 
 
12 - (ESAF/ AFC STN / 2005) 
Julgue a assertiva a respeito de aspectos gramaticais e semânticos do trecho 
abaixo. 
As células-tronco provenientes de embriões humanos armazenados em clínicas de 
infertilidade são pluripotentes, podendo dar origem a qualquer outra célula do 
corpo humano, exceto as necessárias para criar outro embrião. As células-tronco 
são assim chamadas por terem duas características básicas: são capazes de se 
dividirem de forma ilimitada (enquanto o organismo em que se encontram estiver 
vivo) e são também capazes tanto de se multiplicarem dando origem a outras 
células-tronco idênticas como se diferenciarem em células de inúmeras diferentes 
características e funções (células musculares, cardíacas, hepáticas, cerebrais etc). 
(Sérgio Abramof, “Ética e ciência”, Jornal do Brasil, 19/03/2005) 
- A expressão “provenientes de embriões humanos armazenados em clínicas de 
infertilidade”(l.1) não está isolada por dupla vírgula para levar a entender que 
também existem células-tronco que não são provenientes de embriões humanos. 
 
ITEM CERTO 
Comentário. 
Este item exemplifica o correto emprego do sinal de pontuação em orações 
adjetivas restritivas – não se empregou a vírgula por haver outros tipos de células-
tronco além das provenientes de embriões humanos. Perfeito!!! 
 
13 - (ESAF/ANA/2009) 
Julgue se os itens estão gramaticalmente corretos e assinale a opção 
correspondente. 
I. A visão pan-americana sobre os desafios que envolvem o tema água constitui a 
Mensagem de Foz do Iguaçu, documento lançado na cidade paranaense, durante o 
encerramento do Fórum de Águas das Américas. 
II. O Fórum visa diagnosticar a política e a gestão da água na América e propor 
políticas adequadas para enfrentar os desafios globais relacionados à água, entre 
cujos as mudanças climáticas e o crescimento da população mundial. 
III. Após um debate democrático, várias idéias foram escolhidas para compor a 
Mensagem de Foz do Iguaçu. Há desde temas que abrangem todo o continente 
americano, até propostas que contemplam uma região específica. 
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IV. A Mensagem será enviada para o Fórum Mundial da Água que ocorrerá em 
março de 2009, em Istambul Turquia. 
(Adaptado de Raylton Alves 
http://www.ana.gov.br/SalaImprensa/noticiasExibe.asp?ID Noticia=6119) 
Estão corretos apenas os itens: 
a) I e III 
b) I e II 
c) II e III 
d) II e IV 
e) III e IV 
 
Gabarito: A 
Comentário. 
Vamos analisar cada um dos itens. 
I - ITEM CERTO – Observea grafia de “pan-americano”. Com a entrada em vigor 
do Acordo Ortográfico, não houve mudança em relação ao emprego de hífen, 
mantendo-se com o prefixo “pan” quando o segundo elemento for iniciado por 
vogal, h, m ou n. 
II – ITEM ERRADO – Não há nenhuma justificativa para o emprego do pronome 
relativo “cujos” no período. 
III – ITEM CERTO – Há sutil diferença no emprego do artigo com o pronome “todo” 
(e flexões). Sem o determinante, ocorre o emprego do pronome indefinido no 
sentido de “qualquer”: “Toda mulher recusaria aquela proposta” = Qualquer mulher 
recusaria a proposta. Se o artigo for usado, o sentido muda para “inteiro(a)”: “Toda 
a mulher ficou machucada.” = a mulher inteira. Na passagem, como o valor é de “o 
continente inteiro”, está correto o emprego de “todo o continente”. 
IV – ITEM ERRADO – Finalmente, o erro é de pontuação (muitos candidatos não 
identificaram o problema do item). Por ter valor explicativo, deveria haver uma 
vírgula antes do pronome relativo “que”, isolando a oração adjetiva: “A Mensagem 
será enviada para o Fórum Mundial da Água, que ocorrerá em março...”. Ainda 
ficou faltando uma vírgula após “Istambul”, já que o que se segue também tem 
valor explicativo. 
Estão corretos, portanto, os itens I e III. 
 
14 - (ESAF/AFC STN/2005) 
Analise a assertiva acerca de aspectos lingüísticos do texto. 
1. Os administradores de sociedades limitadas podem 
responder solidariamente perante a sociedade pelo 
mal desempenho de suas atribuições. Uma dessas 
hipóteses é justamente não comunicar aos demais 
5. associados a cessão das cotas por parte de alguns 
sócios a terceiros que não dispõe de patrimônio apto 
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a honrar o compromisso. 
 
- Em virtude de introduzir oração adjetiva explicativa, deve ser colocada uma 
vírgula antes do pronome relativo que, ou seja, após a palavra terceiros(l.6). 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
Mudança ortográfica: não há trema em “linguísticos”. 
Nessa passagem do texto, houve erro de concordância, devidamente comentado 
em nosso material de aula (o pronome relativo “que” retoma o substantivo 
“terceiros”, devendo o verbo DISPOR se flexionar no plural para concordar com 
aquele termo – “terceiros que não dispõem de patrimônio...” 
Sobre o emprego (ou melhor, o não emprego) do sinal de pontuação, isso ocorreu 
exatamente por ser RESTRITIVA a oração – a comunicação é necessária no caso de 
transferência de cotas a pessoas que não dispõem de patrimônio apto a 
honrar o compromisso. A inclusão de uma vírgula nessa passagem alteraria o 
sentido da oração, passando a ser explicativa. Assim, haveria alteração semântica 
e, consequentemente, prejuízo à coerência textual. 
 
15 - (ESAF/AFC STN/2005) 
Julgue a correção do período transcrito abaixo. 
- Somando-se as hostes internacionalistas, o ex-presidente da França François 
Mitterrand, declarou, em 1991, que “o Brasil precisa aceitar a soberania relativa 
sobre a Amazônia”. A tese mais recente é que a Amazônia é “patrimônio da 
humanidade”. 
(Carlos de Meira Mattos, “A internacionalização da Amazônia”, Folha de S. Paulo, 
13/04/2005, com adaptações). 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
Pergunto a você: quantos ex-presidentes a França possui? 
(Não precisa ser exato, até porque não é esse o meu objetivo...nem eu sei!...rs...) 
Muitos, não é? 
Então, qual o caráter da expressão “François Mitterant” – explicativo ou restritivo? 
Se a França possui vários ex-presidentes, o valor é RESTRITIVO, ou seja, 
precisamos identificar a qual ex-presidente o autor faz menção. Por isso, a vírgula 
isolando o nome do ex-presidente seria INADEQUADA. 
Para piorar, não houve o emprego de duas vírgulas, mas de somente uma, 
provocando um erro maior ainda, ou seja, a separação do sujeito de seu predicado 
(“declarou, em 1991, que...”). 
Agora, vamos a um teste de fixação – empregue os sinais de pontuação 
necessários à oração: 
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“Após a cerimônia de entrega do Oscar ( ) o presidente da França ( ) 
Nicolas Sarkozy ( ) parabenizou a atriz ( ) Marion Cottilard.” 
O primeiro sinal de pontuação necessário é após “Oscar”, uma vez que a estrutura 
que inicia o período tem valor adverbial e se encontra deslocada. 
Na sequência, estamos falando do PRESIDENTE da França, que é só um (os outros 
são ex-presidentes). Por isso, o valor da expressão “Nicolas Sarkozy” é meramente 
explicativa, informativa, e não restritiva. E em relação à atriz? Agora, é necessário 
identificar qual foi a atriz parabenizada pelo presidente – o valor é restritivo. Com o 
emprego da pontuação adequada, a construção seria: 
“Após a cerimônia de entrega do Oscar, o presidente da França, Nicolas 
Sarkozy, parabenizou a atriz Marion Cottilard.” 
 
16 - (ESAF/AFC CGU/2004) 
As tendências concentracionistas e centralizadoras do capitalismo do mundo 
contemporâneo caminham na contramão da democracia e da república, (1) 
principalmente no que diz respeito à normatividade. Assegura-se o funcionamento 
regular às instituições,(2) e sua louvação é até exagerada, como se não fossem 
construções históricas. A política é largamente oligarquizada pelos partidos, e os 
governos tornam-se mais e mais opacos;(3) na maior parte das vezes a 
institucionalidade erige-se a partir de uma barreira à participação popular. Decisões 
cruciais que dizem respeito à macroeconomia e à vida cotidiana dos cidadãos e 
eleitores,(4) correm por fora das instituições da representação popular, até mesmo 
na sua instância máxima, que é o poder executivo. A democracia e a república são 
o luxo que o capital têm que conceder às massas, dando-lhes a ilusão de que 
controlam os processos vitais, enquanto as questões reais são decididas em 
instâncias restritas, (5) inacessíveis e livres de qualquer controle. 
(Francisco de Oliveira, Aula de abertura dos cursos na Faculdade de Filosofia da 
USP, em 17.02.03, in Política Democrática, Brasília: Fundação Astrojildo Pereira, 
ano II, nº 5, maio de 2003, com adaptações) 
Em relação ao emprego dos sinais de pontuação destacados no texto, assinale a 
justificativa correta. 
a) 1 – Usa-se a vírgula para isolar expressão que exerce a função de aposto. 
b) 2 – A vírgula é usada para separar orações coordenadas que têm o mesmo 
sujeito. 
c) 3 – O sinal de ponto-e-vírgula é empregado para indicar o início de uma citação. 
d) 4 – A vírgula é empregada após oração adjetiva restritiva. 
e) 5 – A vírgula indica omissão de palavras ou grupo de palavras. 
 
Gabarito: D 
Comentário. 
Essa questão foi particularmente difícil. Sabe por quê? Porque apresenta uma 
situação especial de pontuação – aquela em que, mesmo proibida, a vírgula admite 
ser usada. 
Vejamos a seguinte passagem do texto: 
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Decisões cruciais que dizem respeito à macroeconomia e à vida cotidiana 
dos cidadãos e eleitores,(4) correm por fora das instituições da 
representação popular, até mesmo na sua instância máxima, que é o poder 
executivo. 
O núcleo do sujeito do verbo CORRER é “decisões”. A oração iniciada pelo pronome 
relativo (“que dizem respeito à macroeconomia e à vida cotidiana dos cidadãos e 
eleitores”) tem valor restritivo, pois identifica quais seriam essas decisões cruciais. 
Por ser restritiva, liga-se diretamente ao seu referente (não se empregou vírgula 
antes do relativo). Contudo, dada sua extensão, corria-se o risco de perder o 
raciocínio e, por isso, houve o emprego da vírgula, no intuito de promover maior 
clareza ao texto. Essa vírgula, por acaso, foi empregada após uma oração 
restritiva, mas não porque esse tipo de oraçãoexigisse (aliás, repulsa a vírgula), 
mas por ser o sujeito de grande extensão. O examinador, por saber que o 
candidato bem preparado sabe que, em orações adjetivas restritivas, a vírgula é 
proibida, fez questão de jogar essa isca, e muitos infelizmente caíram. 
Você deve estar se perguntando: mas essa vírgula não seria um dos casos de 
proibição – separar sujeito do predicado? Sim, é proibida, mas foi usada em uma 
situação especial, aliás, especialíssima – o sujeito era extenso demais e, mais do 
que a correção gramatical, os sinais de pontuação devem promover a clareza 
textual. Por isso, ainda que proibidos, em situações especiais admitem ser usados. 
Note que o examinador afirma estar a vírgula APÓS oração adjetiva restritiva (o 
que é uma verdade). Se afirmasse que a vírgula ISOLA oração restritiva, estaria 
errado, uma vez que não havia uma primeira vírgula a promover esse isolamento. 
É... rapadura é doce mas não é mole! Quer passar no concurso? Então, prepare-se 
para todo tipo de “pegadinha”. 
Os erros das demais opções são: 
a) a oração tem valor adverbial (introduzida, inclusive, por um advérbio) e não 
substantivo, característica essa da função de aposto. 
b) as duas orações possuem sujeitos distintos, justificando-se, assim, o emprego 
da vírgula antes da conjunção “e” (assunto de questão a seguir) – na primeira, 
temos uma construção de voz passiva (algo é assegurado), em que o sujeito 
paciente seria “o funcionamento regular”; na segunda, o sujeito é “sua louvação”. 
c) não houve nenhum tipo de citação. O sinal foi empregado por já haver uma 
vírgula no período (após “partidos”). Em seu lugar, poderia ser empregado um 
ponto, mas, nesse caso, a ruptura do raciocínio seria maior. 
e) a vírgula promove a separação de itens de mesma função sintática – a de 
adjunto adnominal: “... são decididas em instâncias restritas, inacessíveis e 
livres de qualquer controle.” 
 
17 – (ESAF/Auditor-Fiscal do Trabalho/2006) 
Assinale a opção que apresenta justificativa correta para o emprego da vírgula 
correspondente. 
O setor de petróleo brasileiro merece legitimamente a comemoração pelo sucesso 
presente, (1) e as perspectivas do futuro contemplam êxito no trabalho de todas as 
empresas que atuam nessa área no Brasil, em especial, a Petrobras. Este futuro 
terá, com certeza, a marca do realismo e da humildade, (2) que são duas virtudes 
que, invariavelmente, andam juntas. Realismo no reconhecimento das 
possibilidades e limitações de todas as coisas. Humildade na renúncia a qualquer 
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espécie de soberba, (3) de cega arrogância, (4) entendendo que a construção de 
uma nação e a consolidação de empresas fortes não são façanhas apenas de um 
punhado de homens, mas, sim, do esforço de uma sociedade inteira, (5) unida 
pelos laços multiplicadores da solidariedade nacional. 
(Joel Mendes Rennó, Jornal do Brasil, 19/04/2006) 
a) 1 – Isola oração subordinada adjetiva explicativa. 
b) 2 – Isola oração subordinada adjetiva restritiva. 
c) 3 – Isola complemento circunstancial. 
d) 4 – Isola oração reduzida de gerúndio. 
e) 5 – Isola oração apositiva. 
 
Gabarito: D 
Comentário. 
Segue a justificativa correta para os demais sinais de pontuação. 
a) A regra é não empregar a vírgula antes da conjunção aditiva e. Somente é 
admitida em situações especiais: 
I - quando apresenta sujeitos diferentes e seu emprego tem por objetivo a clareza 
textual (“O ator agrediu a camareira e o segurança deu queixa na polícia.” – note 
que, sem a vírgula antes da conjunção, em uma leitura rápida, poderíamos 
entender que o ator agrediu a camareira e o segurança – os dois -, o que não seria 
verdade. Agora, releia com a vírgula: “O ator agrediu a camareira, e o segurança 
deu queixa na polícia.” – a pausa tornou o texto mais claro); 
II - quando faz parte de uma figura de linguagem chamada polissíndeto - o uso 
excessivo de vírgulas e de conjunções tem a função estilística de fazer supor um 
fim que nunca chega – com isso, enfatiza-se cada oração introduzida pela 
conjunção e: 
De tudo ao meu amor serei atento 
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto 
Que mesmo em face do maior encanto 
Dele se encante mais meu pensamento. 
Soneto da Fidelidade – Vinícius de Moraes 
III - por clareza textual, quando é possível uma vírgula anteceder a conjunção e 
mesmo que as orações apresentem o mesmo sujeito. Verifica-se isso, por exemplo, 
quando a primeira oração do período for tão extensa, que exija a retomada do 
sujeito. Isso é feito a partir da pausa, indicada com a vírgula. Esse é mais um dos 
casos em que a clareza suplanta a correção gramatical. Acabamos de comprovar 
uma dessas situações. 
No caso dessa passagem, as duas orações coordenadas possuem sujeitos distintos 
e, para marcar uma pausa maior, empregou-se uma vírgula antes da conjunção 
“e”. 
b) Agora, sim, a vírgula introduziu uma oração adjetiva explicativa, com 
comentários sobre “realismo e humildade”. 
c) A vírgula separa elementos de uma enumeração (“renúncia a qualquer espécie 
de soberba, [a qualquer espécie] de cega arrogância...”). 
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e) Introduz oração adjetiva explicativa, agregando à “sociedade” mais uma 
qualidade – a de ser unida pelos laços multiplicadores da solidariedade nacional. 
 
18 - (ESAF/TCU/2006) 
Analise a asserção acerca da estruturação lingüística e gramatical do texto abaixo. 
Nem o “sim” nem o “não” venceram o referendo, e quem confiar no resultado 
aritmético das urnas logo perceberá a força do seu engano. O vencedor do 
referendo foi o Grande Medo. Esse Medo latente, insidioso, que a todos nos faz tão 
temerosos da arma que o alheio possa ter, quanto temerosos de não ter defesa 
alguma na aflição. Se um lado ou outro aparenta vantagem na contagem das 
urnas, não faz diferença. O que importa é extinguir o Grande Medo. E nem um lado 
nem outro poderia fazê-lo. Todos sabemos muito bem porquê. 
(Jânio de Freitas, Folha de S. Paulo, 24/10/2005 – com adaptações.) 
- Apesar de sua posição deslocada na frase, o advérbio “logo” (l. 2) dispensa a 
colocação de vírgulas em virtude de ser de pouca monta, de pouca proporção. 
 
ITEM CERTO 
Comentário. 
ACORDO ORTOGRÁFICO: não há trema em “linguística”. 
Essa questão encerra o conceito sobre o emprego de vírgula em estruturas 
adverbiais. 
Adjuntos adverbiais deslocados, desde que pequenos e de fácil entendimento, 
dispensam a vírgula. Se forem longos, em orações adverbiais extensas, ou, mesmo 
curtos, para dar ênfase ao adjunto, devem ser isolados por vírgula. 
Hoje (,) irei embora. 
Embora tenha me mantido distante das negociações, precisarei 
comparecer à reunião de acionistas. 
Infelizmente (,) não poderei aceitar o convite. 
Duas vírgulas poderiam isolar o advérbio “logo”, mas isso poderia levar a uma 
ambiguidade: na oração “... quem confiar no resultado aritmético das urnas, logo, 
perceberá a força de seu engano”, seria o “logo” um advérbio (no sentido de 
“prontamente”) ou uma conjunção conclusiva (equivalente a “pois”)? Por 
apresentar o primeiro sentido, e por ser curto, com a finalidade de evitar qualquer 
dúvida, o mais indicado seria não empregar as vírgulas. 
 
19 - (ESAF/SUSEP – Agente Executivo/2006) 
Os trechos abaixo são partes seqüenciais de um texto. Assinale a opção em que há 
erro gramatical. 
a) Tudo mudou. No clima antielitista que se seguiu ao fim do regime militar, não 
era mais aceitável a figura do intelectual como consciência de uma sociedade 
incapaz de pensar. 
b) Além disso, com o fim do regime militar, o papel político excedente que as 
circunstâncias tinham imposto aos intelectuais foi devolvido a seus verdadeiros 
titulares – os cidadãos. 
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c) É verdade: em grande parte os intelectuais silenciaram. 
d) Mas se eles ficaram menos loquazes, foi por que a sociedade, aparentemente, 
não precisava mais deles. 
e) Sua função estava sendo preenchida pelos pastores evangélicos, especialistas no 
cuidado das almas, e pelos marqueteiros, profissionais do aconselhamento político. 
(Adaptado de Sergio Paulo Rouanet) 
 
Gabarito: D 
Comentário. 
Temos, agora, um exemplo de adjunto adverbial longo e deslocado, que deveria ser 
isolado por vírgulas (duas!!!). 
A oração adverbial condicional “se eles ficaram menos loquazes” recebeu uma 
vírgula apenas em seu encerramento, e não em sua introdução (logo após a 
conjunção adversativa “mas”). 
A construção correta seria: “Mas, se eles ficaram menos loquazes, foi...”. 
Em seguida, nota-se um problema de ortografia. Esse “porque” tem valor 
explicativo - é uma conjunção – e, por isso, deve ser grafado “junto” (“... foi 
porque a sociedade...”). 
Em tempo (antes que me perguntem): LOQUAZ significa eloquente, falador. 
 
20 - (ESAF/Auditor-Fiscal do Trabalho/2006) 
Julgue o item a respeito do texto abaixo. 
Uma única inovação ocorrida no século XV teve enorme influência para o progresso, 
a inclusão social e a redução da pobreza. Foi a invenção do conceito de capital 
social pelo frei Luca Paccioli, o criador da contabilidade. Antes de Luca Paccioli, um 
comerciante ou produtor que não pagasse suas dívidas poderia ter todos os bens 
pessoais, como casa, móveis e poupança, arrestados por um juiz ou credor. 
Muitos cientistas políticos e sociólogos usam o termo capital social de forma 
equivocada, numa tentativa deliberada de confundir o leitor. 
(Adaptado de Stephen Kanitz, O capital social.Veja, 12 de abril, 2006) 
- Por integrar uma enumeração, a vírgula depois de “poupança”(l.8) é facultativa e 
pode ser suprimida sem que se prejudique a correção gramatical do texto. 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
A vírgula após poupança encerra uma enumeração de função exemplificativa 
(“como casa, móveis e poupança”), retomando, em seguida, a construção anterior, 
com o adjetivo “arrestados”, que se refere aos “bens pessoais do devedor”. 
A supressão de qualquer uma das vírgulas que isolam a intercalação provocaria 
uma separação indevida entre o adjetivo (“arrestados”) e o termo a que ele se liga 
(“bens pessoais”). 
 
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21 - (ESAF/SEFAZ SP/2009) 
Com base no texto, analise as assertivas a seguir. 
1. É certo que houve expansão da frota, tanto de carros, 
como de caminhões e ônibus. Mas isso é muito pouco 
para explicar a verdadeira chacina na malha rodoviária 
a que o país parece assistir de braços cruzados. 
5. Cabe boa parte da culpa aos motoristas. Quem 
viaja pelas estradas brasileiras não precisa ir longe 
para constatar verdadeiros descalabros. Motoristas 
dispostos a tudo mostram sua estupidez e total falta 
de responsabilidade: trafegam em alta velocidade, 
fazem ultrapassagens inconvenientes, andam pelo 
10. acostamento, usam faróis altos e frequentemente 
dirigem alcoolizados. 
(Estado de Minas, Editorial, 6/1/2009.) 
a) O emprego de sinal de dois-pontos após “responsabilidade” (ℓ.9) justifica-se por 
anteceder uma citação de outro texto. 
b) O emprego de vírgulas nas linhas 9 e 10 justifica-se porque isolam elementos de 
mesma função gramatical componentes de uma enumeração. 
 
a) ITEM ERRADO 
Comentário. 
O sinal de dois-pontos dá início a uma relação de atitudes que exemplificam os 
descalabros praticados por alguns motoristas irresponsáveis. O que se segue ao 
sinal exerce, portanto, a função de aposto exemplificativo. 
 
b) ITEM CERTO 
Comentário. 
De modo a deixar clara a delimitação dos itens de uma enumeração, o emprego de 
vírgulas é necessário. Note que, na passagem, enumeram-se as ações de 
demonstram a estupidez e falta de responsabilidade de certos motoristas: (1) 
trafegam em alta velocidade, (2) fazem ultrapassagens inconvenientes, (3) andam 
pelo acostamento, (4) usam faróis altos e (5) frequentemente dirigem alcoolizados. 
O último item dessa lista pode vir antecedido por uma vírgula ou ser encerrado com 
uma conjunção. A diferença é que, no primeiro caso, subentende-se que poderia 
haver outros elementos na série e, no segundo, se encerra a enumeração (número 
limitado de elementos). 
 
22 - (ESAF/CGU – ANALISTA / 2008) 
No embalo da dinâmica mundial, talvez se 
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justifique rever a ironia que tem revestido a 
referência ao Brasil como o “país do futuro”. 
Com presença internacional crescente, um 
quadro geral propício na economia, iniciativas 
relevantes, dinamismo real em vários setores 
e sendo objeto de apostas favoráveis para 
um futuro visível por parte de analistas 
presumidamente competentes e distantes da 
briga política doméstica e da correspondente 
atribuição de culpas e méritos, dir-se-ia que a 
promessa do país começa a cumprir-se. Com 
todos os muitos problemas e as reservas que a 
idéia envolve... 
(Fábio Wanderley Reis, Valor Econômico, 14/01/2008.) 
Analise a proposição abaixo. 
- As vírgulas após “crescente” (ℓ.4), “economia” (ℓ. 5) e “relevantes” (ℓ. 6) têm a 
mesma justificativa gramatical. 
 
ITEM CERTO 
Comentário. 
Segundo o autor, diversos elementos comprovam que o Brasil está virando mesmo 
um “país do futuro”. Vamos listá-los: 
(1) Com presença internacional crescente, (2) um quadro geral propício na 
economia, (3) iniciativas relevantes, (4) dinamismo real em vários setores (5) e 
sendo objeto de apostas favoráveis para um futuro visível por parte de analistas 
presumidamente competentes e distantes da briga política doméstica e da 
correspondente atribuição de culpas e méritos. 
Percebe-se, com essa apresentação, que a assertiva está correta, pois a vírgula 
serve para separar elementos de uma enumeração. 
 
23 - (ESAF/ANA/2009) 
Em relação à pontuação do texto, assinale a opção correta. 
A água pode ter diversas finalidades, como: abastecimento humano, dessedentação 
animal, irrigação, indústria, geração de energia elétrica, lazer, navegação etc. 
Muitas vezes, esses usos podem ser concorrentes, o que gera conflitos entre 
setores usuários ou mesmo impactos ambientais. Nesse sentido, é necessário gerir 
e regular os recursos hídricos, acomodando as demandas econômicas, sociais e 
ambientais por água em níveis sustentáveis, para permitir a convivência dos usos 
atuais e futuros da água sem conflitos. Por isso, a outorga é fundamental, pois, 
ordenando e regularizando o uso da água, é possível assegurar ao usuário o efetivo 
acesso a ela, bem como realizar o controle quantitativo e qualitativo dos usos desse 
precioso recurso. 
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(José Machado 
http://www.ana.gov.br/SalaImprensa/artigos/ set.2008.pdf) 
a) As vírgulas da linha dois justificam-se porque isolam elementos de mesma 
função gramatical componentes de uma enumeração. 
b) O emprego do sinal de dois-pontos(ℓ.1) justifica-se por anteceder oração 
subordinada adjetiva restritiva. 
c) A vírgula após “Muitas vezes”(ℓ.2-3) justifica-se para isolar conjunção temporal. 
d) O emprego de vírgula após “hídricos”(ℓ.5) justifica-se para isolar oração 
subordinada adverbial comparativa. 
e) O emprego de vírgula após “fundamental”(ℓ.7) justifica-se por isolar oração 
subordinada adverbial condicional. 
 
Gabarito: A 
Comentário. 
O autor enumera as finalidades que a água pode ter e, para separar os elementosdessa enumeração, foram empregadas vírgulas. 
b) Como já vimos, as orações adjetivas restritivas não são isoladas por nenhum 
sinal de pontuação. 
c) Não existe uma conjunção temporal, mas uma expressão de valor adverbial 
que, por estar deslocada para o início do período, deve ser isolada por vírgula. 
d) A vírgula foi empregada para introduzir uma oração reduzida de gerúndio 
equivalente a uma oração coordenada aditiva. Essa construção costuma ser 
indicada quando já existe uma outra conjunção aditiva próxima, como ocorre na 
passagem: “Nesse sentido, é necessário gerir e regular os recursos hídricos, 
acomodando [= e acomodar] as demandas econômicas, sociais e ambientais por 
água em níveis sustentáveis...”. 
e) A vírgula introduz uma oração coordenada explicativa, iniciada por “pois” 
(conjunção explicativa). 
 
24 - (ESAF/MP ENAP – SPU/2006) 
Memórias do cárcere, (1) na versão cinematográfica, (1) explora mais 
desenvoltamente a linguagem artística e as possibilidades que estão ao alcance do 
cinema de fragmentar a realidade para, (2) em seguida, (2) recompor o concreto 
nos diversos níveis em que ele aparece na percepção, (3) na cabeça e na história 
dos homens. Quem ama o livro por ele mesmo não vai recuperá-lo no filme. 
Quem ama as várias verdades que Graciliano Ramos enfrentou com hombridade e 
coragem irá ver no filme uma engenhosa e íntegra transposição do livro. Seria 
pouco dizer que ambos se completam. Nelson Pereira dos Santos explora a técnica 
cinematográfica como Graciliano Ramos, a técnica literária,(4) ou seja, (4) como 
recurso de descoberta da verdade,(5) arma de denúncia intelectual e instrumento 
de luta política. 
(Florestan Fernandes) 
Assinale a opção que apresenta justificativa correta para o emprego das vírgulas no 
texto acima. 
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a) 1 - isolam aposto explicativo. 
b) 2 - isolam termos de mesma função sintática. 
c) 3 - isola adjunto adverbial deslocado. 
d) 4 - isolam expressão retificativa ou explicativa. 
e) 5 - isola aposto explicativo. 
 
Gabarito: D 
Comentário. 
Algumas expressões denotativas (ou melhor, isto é, por exemplo, aliás) vêm entre 
vírgulas (sempre duas). Esse é o caso das vírgulas do item (4) – isolam a 
expressão denotativa “ou seja”. 
Agora que você já conhece as possibilidades de emprego da vírgula, vamos no 
“vapt-vupt”...rs... 
As vírgulas na opção: 
a) isolam expressão adverbial deslocada “na versão cinematográfica”. 
b) isolam uma intercalação “em seguida”. 
c) separam itens de uma enumeração: “... aparece na percepção, na cabeça e na 
história dos homens.”. 
e) separam itens de mesma função sintática: “... como recurso de descoberta da 
verdade, [como] arma de denúncia intelectual e instrumento de luta política.”. 
 
25 - (ESAF/CGU – ANALISTA / 2008) 
Em relação ao texto, assinale a opção correta. 
É preciso que sejam adotadas medidas 
indispensáveis para dar continuidade ao 
crescimento, entre elas os investimentos 
necessários à nossa infra-estrutura (energia 
elétrica, portos, rodovias e ferrovias), a melhoria 
no nível da educação, aprovação das reformas 
tributária, sindical, previdenciária e trabalhista 
e a desburocratização dos serviços públicos. 
Sem isso, estaremos condenados à costumeira 
gangorra de sempre, com números bons num 
ano e ruins no outro, eternos dependentes dos 
humores da economia mundial. 
Ao contrário do que previam os pessimistas, 
no final do século passado, o processo de 
globalização está favorecendo o comércio 
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exterior de países como o Brasil, que tem ainda 
muitas áreas inaproveitadas para expansão da 
lavoura. 
(Jornal do Commercio (PE), 12/01/2008) 
a) A substituição dos parênteses (ℓ. 4 e 5) por travessões prejudicaria a correção 
gramatical do período. 
b) A vírgula após “Brasil” (ℓ.16) justifica-se por ser a oração subseqüente 
subordinada adjetiva explicativa. 
 
Gabarito: 
ACORDO ORTOGRÁFICO: não há hífen em “infraestrutura”. 
a) ITEM ERRADO 
Comentário. 
Devido ao valor explicativo do segmento apresentado entre parênteses, não haveria 
nenhum problema em trocar tais sinais de pontuação por travessões ou vírgulas. 
b) ITEM CERTO 
Comentário. 
Essa é a principal distinção entre as orações subordinadas adjetivas – as 
explicativas exigem vírgulas; as restritivas as proíbem. 
 
26 - (ESAF/ATA MF/2009) 
Em relação ao texto abaixo, analise as proposições. 
Os mercados financeiros entraram em março 
2. assombrados pelo maior prejuízo trimestral da história 
corporativa dos Estados Unidos – a perda de US$ 61,7 
4. bilhões contabilizada pela seguradora American 
International Group (AIG) no quarto trimestre de 2008. 
6. No ano, o prejuízo chegou a US$ 99,3 bilhões. O 
Tesouro americano anunciou a disposição de injetar 
8. mais US$ 30 bilhões na seguradora, já socorrida em 
setembro com dinheiro do contribuinte. Na Europa, a 
10. notícia ruim para as bolsas foi a redução de 70% do 
lucro anual do Banco HSBC, de US$ 19,1 bilhões para 
12. US$ 5,7 bilhões. Enquanto suas ações caíam 15%, 
o banco informava o fechamento das operações de 
14. financiamento ao consumidor nos Estados Unidos, 
com dispensa de 6.100 funcionários. 
16. Com demissões de milhares e perdas de bilhões 
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dominando o noticiário de negócios no dia a dia, os 
18. sinais de reativação da economia mundial continuam 
fora do radar. E isso não é o pior. No fim do ano 
20. passado, havia a esperança de se iniciar 2009 com 
a crise financeira contida. Se isso tivesse acontecido, 
22.os governos poderiam concentrar-se no combate 
à retração econômica e ao desemprego. Aquela 
24.esperança foi logo desfeita. 
(O Estado de S. Paulo, 3/3/2009) 
a) O travessão após “Estados Unidos”(ℓ.3) pode ser substituído por sinal de dois-
pontos sem prejuízo para a correção gramatical do período. 
b) O emprego de vírgula após “Europa”(ℓ.9) justifica-se porque isola adjunto 
adverbial de lugar no início do período. 
 
Gabarito. 
a) ITEM CERTO 
Comentário. 
Como, na sequência, será indicado qual seria o maior prejuízo da história 
corporativa dos EUA, a estrutura após o travessão apresenta valor explicativo e, em 
seu lugar, poderia ter sido usado o sinal de dois-pontos. 
b) ITEM CERTO 
Comentário. 
Por apresentar valor adverbial e ter sido deslocada para o início do período, a 
vírgula foi empregada após a estrutura “Na Europa”. 
 
27 - (ESAF/SEFAZ CE/2007) 
Analise o texto abaixo e considere as seis propostas de alteração. Faça, a seguir, o 
que se pede. 
A Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará ou 
2. simplesmente SEFAZ-Ceará, é uma das mais antigas 
instituições públicas da administração estadual. Foi 
4. criada pela Lei n. 58 de 26 de setembro de 1836 data 
em que José Martiniano de Alencar – pai do escritor 
6. cearense José de Alencar – era o Presidente da 
Província do Ceará. Desde então são decorridos 170 
8. anos de uma história institucional que se confunde 
com a do próprio Estado de incontáveis serviços em 
10. defesa dos reais interesses dos cearenses, haja vista 
que muitos “cobradores de impostos e taxas”, como 
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12. são chamados os agentes do fisco, perderam a vida no 
cumprimento do dever. 
 
Propostas de alteração da pontuação: 
I) Eliminar a vírgula que está depois da palavra “Ceará” (l.2) 
II) Manter apenas a inicial maiúscula da sigla(l.2). Assim: Sefaz-CearáIII) Colocar uma vírgula antes e outra depois da expressão: de 26 de setembro de 
1836 (l.4) 
IV) Substituir o duplo travessão das linhas 5 e 6 por parênteses 
V) Colocar vírgula depois da palavra “Estado”(l.9) 
VI) Excluir as aspas da linha 11 
Assinale a opção que contém apenas e tão-somente as propostas que deverão ser 
implementadas para tornar o texto correto. 
a) I, III e V 
b) I, IV, V e VI 
c) II, III e V 
d) III, IV e VI 
e) II, IV e VI 
 
Gabarito: A 
Comentário. 
Observe que a resposta deve enumerar as alterações realmente NECESSÁRIAS 
para a correção do texto (“... apenas e tão-somente as propostas que deverão ser 
implementadas...”). Aquelas que sejam FACULTATIVAS não devem ser indicadas. A 
dificuldade da questão já começava no enunciado. 
I – NECESSÁRIA. A eliminação da vírgula evita o erro presente no texto original, 
em que o sujeito está separado de seu predicado por uma vírgula após “SEFAZ-
Ceará”. Outra opção seria isolar por vírgulas (duas!) o aposto explicativo “ou 
simplesmente SEFAZ-Ceará”. 
II – FACULTATIVA. Esse assunto ainda é muito polêmico. Os manuais de 
ortografia costumam se limitar a apresentar algumas siglas e, no máximo, tratar do 
uso de ponto. No entanto, o uso nos abona a indicar três formas de escrita das 
siglas: 
1) Todos elementos em letras maiúsculas. Isso ocorre obrigatoriamente no caso de 
sigla das unidades da Federação (sem ponto): RJ, SP, RN. 
Em outros casos, normalmente isso acontece quando a sigla indica as iniciais de um 
substantivo próprio ou nome composto, com ou sem pontos (este último, o mais 
usual, por clareza textual): ABL (ou A.B.L.) = Academia Brasileira de Letras; EUA 
(ou E.U.A.) = Estados Unidos da América. 
2) Pode-se empregar apenas a inicial maiúscula quando, por exemplo, a sigla tenha 
sido criada com parte dos nomes que a compõem (e não somente as letras iniciais 
do nome): Funai (Fundação Nacional do Índio) 
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No caso de Secretaria de Fazenda, portanto, não há problemas em grafar SEFAZ ou 
Sefaz. 
3) Há também casos de mistura, ou seja, algumas letras maiúsculas, outras 
minúsculas. É o caso da Universidade de Brasília (UnB) ou do Conselho Nacional de 
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Só uma perguntinha: de onde 
saiu esse “Pq”? 
III – NECESSÁRIA. Com essa providência, isolaríamos corretamente a data, que 
tem função meramente explicativa. 
IV – FACULTATIVA. Os travessões, os parênteses e as vírgulas (com valor 
explicativo) se equivalem e podem se permutar tranquilamente. Não há, portanto, 
obrigatoriedade dessa alteração. 
V – NECESSÁRIA. A vírgula serve para, dentre outras coisas, separar termos de 
mesma função sintática. A inclusão dessa vírgula promove clareza ao texto, 
indicando que o que se segue complementa o substantivo “história”, assim como o 
faz a oração adjetiva “que se confunde com a do próprio Estado”. 
VI – PROIBIDA. A função das aspas é reproduzir e ressaltar uma expressão usada 
por parte da população. Por isso, devem ser mantidas. 
Assim, são NECESSÁRIAS somente as sugestões I, III e V (opção A) 
 
28 - (ESAF/AFC CGU/2006) 
O final do século XX assistiu a um processo sem precedentes de mudanças na 
história do pensamento e da técnica. Ao lado da aceleração avassaladora nas 
tecnologias da comunicação, de artes, de materiais e de genética, ocorreram 
mudanças paradigmáticas no modo de se pensar a sociedade e suas instituições. 
De modo geral, as críticas apontam para as raízes da maioria dos atuais conceitos 
sobre o homem e seus aspectos, constituídos no momento histórico iniciado no 
século XV e consolidado no século XVIII. A modernidade que surgira nesse período 
é agora criticada em seus pilares fundamentais, como a crença na verdade, 
alcançável pela razão, e na linearidade histórica rumo ao progresso. Para substituir 
esses dogmas, são propostos novos valores, menos fechados e categorizantes. 
(http://pt.wikipdia.org (acessado em 14 de dezembro de 2005, com adaptações)) 
 
Julgue a seguinte proposição. 
- A retirada da vírgula depois de “genética”(l.3) manteria preservada a correta 
pontuação, pois a enumeração, apesar de longa, dispensa a vírgula depois do 
último termo. 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
A passagem em análise é: 
Ao lado da aceleração avassaladora nas tecnologias da comunicação, de 
artes, de materiais e de genética, ocorreram mudanças paradigmáticas no 
modo de se pensar a sociedade e suas instituições. 
A última vírgula tem a função de encerrar o segmento que se encontra deslocado 
para o início do período (“Ao lado da aceleração avassaladora nas tecnologias da 
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comunicação, de artes, de materiais e de genética”). Sua retirada provocaria erro 
de pontuação. 
 
 
 
29 - (ESAF/ANEEL ANALISTA/2006) 
O próximo dia 27 é uma data que está sendo comemorada em todo o mundo. Há 
250 anos nascia em Salzburg, na Áustria, Joannes Theophilus Mozart. Não é por 
esse nome que ele ficou conhecido. Joannes deu lugar a Wolfgang e quanto a 
Theophilus, nome grego que significa “amor de Deus”, foi substituído, pelo próprio 
Mozart, por Amadé ou Amadeus – esse, o título da famosa peça de Peter Schaffer, 
mais tarde transformada em filme por Milos Forman. Tratava-se de uma família 
musical: o pai, Leopold, era exímio violinista, a irmã, mais velha, Nannerl, tocava 
cravo. 
Mas talentoso era mesmo Wolfgang, e talento precoce. Aos quatro anos, também 
tocava cravo, e depois órgão, piano e violino. Aos cinco anos, compôs um concerto 
para cravo de incrível complexidade. Leopold não perdeu tempo; organizou um 
conjunto musical que viajou por vários países da Europa, sempre com bons cachês. 
Aos 10 anos, Wolfgang já era famoso. Jovem, passou a viajar sozinho. 
(Moacyr Scliar, “Mozart: anjo ou demônio?”, Correio Braziliense, 20/01/2006, C-6) 
 
Assinale a opção que contém a única asserção correta sobre os sinais de pontuação 
empregados no texto. 
a) É a mesma a regra gramatical que exige o emprego da dupla vírgula em 
“Leopold”(l.10), “a irmã”(l.11) e “Nannerl”(l.11). 
b) Responde às mesmas circunstâncias morfossintáticas o emprego da vírgula nos 
três adjuntos adverbiais: “na Áustria” (l.3) “Aos quatro anos”(l.13) e “Aos cinco 
anos”(l.14). 
c) A dupla vírgula que isola o agente da passiva “pelo próprio Mozart”(l.7) poderia 
ser suprimida, sem dano à correção do período sintático em que se encontra. 
d) A vírgula antes do “e”, no período “Mas talentoso era mesmo Wolfgang, e talento 
precoce”(l.12) é facultativa, uma vez que tem seu emprego justificado por razões 
estilísticas. 
e) A vírgula após o adjunto adnominal “Jovem”(l.18) é de rigor, por vir tal adjunto 
antecipado, deslocado para a posição inicial do período. 
 
Gabarito: C 
Comentário. 
a) A vírgula antes de “a irmã” tem a função de separar elementos de uma 
enumeração, podendo, para maior clareza gramatical, ser substituída por ponto-e-
vírgula (“o pai, Leopold, era exímio violinista; a irmã, mais velha, Nannerl, tocava 
cravo.). A que vem logo em seguida serve para introduzir um aposto, função essa 
das vírgulas que isolam “Leopold” e “Nannerl”. 
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b) A circunstância expressa por “na Áustria” é de local, ao passo que as demais 
indicam tempo, momento. O erro está em indicar que seriam “as mesmas 
circunstâncias morfossintáticas” nas três ocorrências de vírgulas. 
d) A vírgula antes da oração “e talento precoce” tem função estilística e serve para 
destacar esta oração do restante, retomando a informação de que Mozart era o 
talentoso da família, além de ser um talento precoce.

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