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Portugus AFRFB esaf aula 2

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CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL 
E MPOG – QUESTÕES COMENTADAS ESAF 
PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 
 
1 
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V E R B O S 
Olá a todos. 
Hoje veremos um dos mais importantes assuntos no estudo da Língua Portuguesa – 
VERBO. Praticamente tudo no estudo da gramática envolve verbo – concordância 
verbal, regência verbal, conjugação verbal (englobando, inclusive, questões de 
ortografia, como vimos nas aulas anteriores), colocação pronominal (a posição do 
pronome em relação ao verbo), análise sintática etc. 
Ele é um verdadeiro coração do conjunto oracional – à sua volta, funcionam os demais 
elementos. 
As questões de prova podem abordar diversos aspectos relacionados a verbo – 
conjugação, voz verbal, correlação entre verbos no período, dentre tantos outros. 
Então, vamos lá. 
Começaremos falando sobre conjugação verbal. Para isso, temos de relembrar alguns 
conceitos básicos (como sempre). 
Conceito: VERBO é uma palavra variável (pode flexionar-se em número, 
pessoa, modo, tempo e voz) que indica uma ação, estado ou fenômeno. 
Bom estudo. 
 
C O N J U G A Ç Ã O V E R B A L 
1- (ESAF/MPOG – Especialista Políticas Públicas/2005) Assinale a opção que 
corresponde a erro gramatical. 
O princípio que nortea(1) o Mercosul é muito simples: a união faz a força. Separados, 
os países desta região do planeta certamente teriam(2) hoje menos voz e poder de 
barganha nas negociações multilaterais que vêm(3) definindo as regras do comércio 
internacional. E, sem objetivo comum, continuariam(4) nutrindo rivalidades 
regionais sem sentido. Como acordo de livre comércio, o Mercosul é um sucesso, 
pois(5) gerou intercâmbio considerável entre os países membros e os associados. 
(EDITORIAL, O Globo, 22/6/2005, com adaptação) 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
Gabarito: A 
Comentário. 
Normalmente, ocorre uma grande confusão entre os verbos terminados em EAR e IAR. 
Vejamos as diferenças: 
- EAR: recebem a letra ‘i’ nas formas rizotônicas (sílaba tônica no radical). Nas 
demais, segue o paradigma ‘falar’. Exemplo: pentear (radical PENTE-). 
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A sílaba tônica foi sublinhada. 
Pres.indicativo - penteio, penteia, penteia, penteamos, penteais, penteiam 
Pres.subjuntivo – penteie, penteies, penteie, penteemos, penteeis, penteiem 
Pret.perfeito: penteei, penteaste, penteou, penteamos, penteastes, pentearam 
 
Assim, na conjugação de NORTEAR, basta pensar em PENTEAR: ele penteia ele 
norteia. 
 
–IAR: os verbos dessa terminação são regulares, ou seja, seguem a conjugação do 
paradigma ‘falar’. Exemplos: 
ADIAR (radical ADI-) – Pres.Indicativo: adio, adias, adia, adiamos, adiais, adiam 
VARIAR (radical VARI-) - Pres.Indic.: vario, varias, varia, variamos, variais, variam 
VADIAR (radical VADI-) - Pres.Indic.: vadio, vadias, vadia, vadiamos, vadiais, 
vadiam 
Dessa mesma forma, conjugam-se os verbos ARRIAR, MAQUIAR, VICIAR. 
Por isso, nada de “VAREIA”, senão “VICEIA”!!! Como vimos, esses verbos são 
REGULARES. 
Mas, então, por que será que tanta gente se engana? Porque ocorre uma 
“contaminação” com os verbos terminados em “EAR”, como “pentear”, apresentado 
acima. 
Isso porque há cinco verbos terminados em -IAR que recebem a letra ‘e’ nas formas 
rizotônicas (formas em que a sílaba tônica recai no radical), como no presente do 
indicativo e presente do subjuntivo. Suas iniciais formam o anagrama M-A-R-I-O: 
Mediar (e derivados, como intermediar), Ansiar, Remediar, Incendiar, Odiar 
Pres.Indicativo: intermedeio, intermedeia, intermedeia, intermediamos, intermediais, 
intermedeiam 
Para facilitar, lembre-se da conjugação do verbo ODIAR, o mais comum deles. Afinal, 
você está sempre falando que “odeia Português, odeia Contabilidade, odeia Direito 
Tributário...” (ou a sogra, a mulher, o marido, o cunhado...rs...). 
Quando estiver na dúvida em relação à conjugação de INTERMEDIAR (o que mais cai 
em provas), pense em ODIAR e dará tudo certo. 
 
2- (ESAF/MPOG–Especialista Políticas Públicas/2005) Assinale a opção que corresponde 
a erro gramatical ou de grafia. 
Diante da atual mediocridade da representação política, é necessária(1) a 
participação e a organização da sociedade, operando uma profunda mudança em nossa 
cultura política. Quanto maior(2) o individualismo, mais frágeis são os governos. As 
regras formais constitucionais não são suficientes para freiar(3) os vícios 
exacerbados(4) pelo poder. As organizações da sociedade devem ter o poder de 
vigiar e cobrar prestação de contas. 
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Por isso, em vez de desacreditar da política, devemos agir em co-responsabilidade, 
com coragem, lucidez e discernimento(5) num grande mutirão para abrir caminho 
para um país democrático, justo, desenvolvido e pacífico. 
(Adaptado de Dom Geraldo Majella, cardeal Agnelo, Folha de S. Paulo, 21/6/2005) 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
Gabarito: C 
Comentário. 
Observe que, só nessa prova, foram duas questões envolvendo verbos terminados em 
EAR. No primeiro, como vimos, errou na conjugação de “nortear”, que recebe um “i” 
nas formas rizotônicas (as que recaem no radical). 
Mas atenção: apesar de os substantivos terem a letra “i”, esta não está presente no 
infinitivo dos verbos correspondentes (ceia cear / feio enfear / arreio arrear / 
freio frear). Na prática, muita gente acaba colocando o “i” no verbo, seja em 
linguagem escrita, seja na falada (esta, então, é muuuito comum!!!), por isso tome 
cuidado! O erro da questão, então, está no item 3 (opção C): “... não são suficientes 
para frear ...”. 
 
3 - (ESAF/ACE TCU/2002) Analise a opção abaixo em relação à ortografia e morfologia. 
- O fato do patrimônio gerar empregos e receitas por meio do turismo não abule o 
paradoxo de que nativos e visitantes se distanciam do fenômeno cultural tanto quanto 
pessoas que, longe daquelas paragens, pouco valor atribuem a heranças destituídas de 
familiaridade. 
 (Ângelo Oswaldo, “A herança do futuro”, com adaptações) 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
Recentemente, não encontramos muitas questões sobre conjugação verbal, motivo 
que nos levou a buscar outras (ótimas, por sinal) mais antigas. Essa é uma delas. Para 
ajudar a resolver questões de conjugação verbal, usamos a técnica do paradigma. 
Como é isso? 
Na dúvida com relação à conjugação de determinado verbo regular (geralmente o 
examinador busca um verbo pouco utilizado no seu dia-a-dia), basta observar a 
conjugação dos paradigmas clássicos (FALAR – 1ª conjugação, BEBER – 2ª 
conjugação, PARTIR – 3ª conjugação). 
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4 
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Extraia o radical, que é o que sobra do verbo após retirar a terminação “ar”, “er” ou 
“ir” do infinitivo (exemplo: FAL(AR) = radical FAL-), e empregue as desinências, que 
são idênticas nos demais verbos regulares de mesma conjugação: 
Por exemplo: 
 
CONSUMAR (verbo regular de 1ª conjug.): 
Presente do Indicativo: Eu consum.... (???) 
Presente do Subjuntivo: (que) eu consum... (???) 
CONSUMIR (verbo regular de 3ª conjug.): 
Presente do Indicativo: Eu consum.... (???) 
Presente do Subjuntivo: (que) eu consum... (???) 
E aí, como você preencheu? Vamos buscar a desinência dos verbos “paradigmas”. 
Infinitivo Pres.Indicativo Pres.Subjuntivo 
Falar Eu falo (que) eu fale 
Consumar Eu consumo (que) eu consume 
Partir Eu parto (que) eu parta 
Consumir Eu consumo (igual) (que) eu consuma 
 
Se o verbo for irregular, ou seja, apresentar alteração no radical em determinadas 
conjugações, procure outro verbo, também irregular, de mesma construção.Por exemplo: COMPETIR (3ª conjugação) – Eu comp.... (???) 
Esse verbo é irregular, ou seja, não mantém o radical nas conjugações. Normalmente 
não conjugamos esse verbo (pelo menos, não com convicção) fora de uma locução 
verbal. Mas usamos bastante outro verbo de idêntica estrutura. Já sabe qual é??? 
REPETIR. Então, como fica a conjugação desse paradigma? Eu repito => Eu 
compito 
Voltando à questão da ESAF, você percebeu qual foi o erro da opção? O que significa 
“abule”? O contexto indica tratar-se do verbo ABOLIR. Se não tivermos certeza da 
conjugação desse verbo, vamos fazer o quê??? Buscamos o paradigma. Sugiro o verbo 
ENGOLIR. Na passagem, o verbo “abolir” está na terceira pessoa do singular, no 
Presente do Indicativo. O verbo “engolir” ficaria “Ele engole”. Logo, a conjugação 
correta é abole. 
Veja só a recente questão de prova da ESAF, extraída do último concurso para a 
Controladoria Geral da União (aplicada no início de 2008). 
 
4 – (ESAF/CGU-Analista/2008) 
Julgue a assertiva a seguir. 
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- Está no mesmo tempo e modo verbal de “saibamos” (ℓ. 5) a forma: adiremos, do 
verbo aderir. 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
Como você conjugaria a primeira pessoa do singular do Presente do Indicativo do 
verbo “ADERIR”? Está com dúvida? Busque um paradigma. Aceito sugestões. 
Lembrou de algum? Eu conheço um – CONFERIR. Como fica a conjugação do 
paradigma? Eu confiro. Logo, “eu adiro”. 
Só que o examinador está buscando a forma do PRESENTE DO SUBJUNTIVO (modo e 
tempo verbal de “saibamos”). 
Então, vamos pensar no verbo PARADIGMA: CONFERIR. 
“Você quer que eu CONFIRA o seu gabarito?” 
A conjugação do paradigma no presente do subjuntivo será: 
“(que) eu CONFIRA / (que) tu CONFIRAS / (que) nós CONFIRAMOS”. 
Assim, no presente do subjuntivo, o verbo ADERIR é ADIRAMOS – e não “adiremos”, 
como sugere o examinador. 
Viu como essa regra do paradigma funciona? 
Cuidado, contudo, com os verbos defectivos, que são os que apresentam defeitos. 
Que tipo de defeito pode apresentar um verbo? 
1) Faltar a primeira pessoa do singular no presente do indicativo (aliás, verbo é 
como o casamento – o defeito só aparece no presente não existe no passado 
nem no futuro, ou seja, no dia-a-dia...rs...). Esse é o caso dos verbos ABOLIR, 
EXPLODIR e outros; 
2) Possuir somente as 1ª e 2ª pessoas do plural no presente do indicativo. Isso 
ocorre com verbos como PRECAVER-SE, REAVER, ADEQUAR (em relação a este, 
voltaremos a falar mais adiante). 
Alguns autores consideram também defectivos aqueles que somente são usados nas 
terceiras pessoas, como o verbo DOER (no sentido de “sentir dor”), os verbos que 
indicam fenômenos da natureza e as vozes dos animais, desde que usados no sentido 
denotativo (com “d” de “dicionário”, ou seja, o sentido literal de uma palavra), 
chamados de “unipessoais”. 
Já que estamos falando sobre verbos defectivos, vejamos a próxima questão. 
 
5 – (ESAF/Assistente de Chancelaria/2002) 
Segundo o noticiário, o Pentágono passou a propugnar o uso de minibombas atômicas. 
Ou seja, armas nucleares para estourar depósitos subterrâneos onde estariam 
escondidas armas (nucleares, químicas, bacteriológicas) de destruição maciça. A 
hipótese de banalização das armas atômicas, inscrita na proposta do Pentágono, 
liquidaria os tratados internacionais de não-proliferação nuclear e jogaria o Brasil no 
meio da tormenta, relançando a corrida nuclear. 
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(Luiz Felipe de Alencastro, Veja, 10/04/2002, com adaptações) 
Assinale a opção incorreta a respeito do emprego das formas verbais no texto. 
a) O emprego da perífrase verbal “passou a propugnar”(l.1 e 2) constitui um recurso 
para evitar o uso do presente do indicativo de um verbo defectivo: propugnar. 
b) A opção pelo emprego do futuro do pretérito em “estariam”(l.4), indica uma certa 
resistência do autor para acreditar na veracidade da informação a respeito das armas 
escondidas. 
c) A forma de particípio “inscrita”(l.8) confunde-se com o adjetivo porque exprime 
mais um estado do que uma relação temporal. 
d) O emprego do futuro do pretérito em “liquidaria”(l.9) e “jogaria”(l.10) reforça a 
idéia de “hipótese”(l.7). 
e) Para manter a coerência no emprego dos tempos verbais, a substituição do 
gerúndio “relançando”(l.11) por uma forma não-nominal deve ser: e relançaria. 
 
Gabarito: A 
Comentário. 
O erro do item ‘a’ está em se afirmar que o verbo propugnar é defectivo. Assim como 
impugnar ou pugnar, o verbo propugnar conjuga-se em todos os tempos e modos (eu 
propugno, tu propugnas, ele propugna...). 
Para não errar, o candidato deveria se basear na regra do paradigma, já apresentada. 
“Perífrase” é um recurso que exprime algo que poderia ser expresso em um menor 
número de palavras (em vez de se mencionar “Castro Alves”, usa-se “o poeta dos 
escravos”). A expressão “perífrase verbal” significa uma forma verbal com mais de um 
verbo (equivale a locução verbal). 
As opções ‘b’ e ‘d’ exploram o conceito do tempo verbal futuro do pretérito – incerteza, 
hipótese. Falaremos em breve sobre o emprego dos tempos e modos verbais. 
Já os itens ‘c’ e ‘e’ tratam das FORMAS NOMINAIS particípio e gerúndio. 
Denominam-se formas nominais as palavras, de origem verbal, que também podem 
ser empregadas nas funções próprias de adjetivos, substantivos ou advérbios. São 
elas: PARTICÍPIO, GERÚNDIO E INFINITIVO. 
 
PARTICÍPIO: 
Ele havia lavado o chão da casa antes do temporal. (verbo) 
O uniforme lavado ficou todo sujo após o vendaval. (adjetivo) 
Dou essa discussão por encerrada.(adjetivo) 
Encerradas as discussões, iniciou-se a votação. 
(advérbio de tempo – “Quando se encerraram...”) 
 
GERÚNDIO: 
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O presidente fica persistindo na argumentação de que nada sabia sobre o 
valerioduto. (verbo) 
Persistindo os sintomas, o médico deverá ser consultado. 
(advérbio de condição = “Caso persistam os sintomas...”) 
 
INFINITIVO: 
Ele precisa pôr os nomes nos livros. (verbo) 
O pôr-do-sol é lindo nessa época do ano. (substantivo) 
Causa-me agonia o seu ranger de dentes. (substantivo) 
Precisamos colocar óleo na porta que está a ranger.(verbo) 
 
6 - (ESAF/AFC STN / 2008) 
Em relação ao texto abaixo, analise a proposição a seguir. 
1. Derrotada sistematicamente nos tribunais superiores, 
a Advocacia-Geral da União (AGU) resolveu editar 
um pacote com oito súmulas, reconhecendo direitos 
dos servidores públicos federais. O gesto põe fim a 
5. pendências jurídicas que se arrastavam havia décadas e 
serve de alento para quem ainda busca reaver ou manter 
benefícios funcionais. Com as súmulas, os advogados 
públicos ficam automaticamente desobrigados a 
contestar decisões desfavoráveis. (...) Esclarece a 
10. AGU: “O servidor sabia que se entrasse na Justiça 
ganharia, mas a União, por dever, mesmo sabendo que 
perderia, tinha de recorrer. As oito medidas acabam 
com isso.” Entre as súmulas está a que reconhece o 
direito de pagamento do auxílio-alimentação retroativo 
15. ao servidor em férias ou licença entre outubro de 1996 
e dezembro de 2001. 
(Luciano Pires, Correio Braziliense, 20/09/2008, p. 23, com adaptações) 
- Reescreve-se, mantendo-se a correção gramatical e a coerência textual, o período 
“para quem ainda busca reaver ou manter benefícios funcionais.”(l.6 e 7) do seguinte 
modo: para que se reavenham ou mantenham benefícios funcionais. 
 
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8 
www.pontodosconcursos.com.brITEM ERRADO 
Comentário. 
O verbo REAVER é um dos verbos “perigosos” que volta e meia resolvem aparecer em 
prova. 
Como vimos anteriormente, é um verbo DEFECTIVO, ou seja, não possui todas as 
formas do presente do indicativo (e tempos derivados deste). 
Sua conjugação segue a do verbo HAVER, de quem é derivado (afinal de contas, 
reaver nada mais é do que “haver novamente”, “ter de novo”, “recuperar”), mas 
somente nas formas em que o verbo HAVER possui a letra V. Vamos, então, ver a 
conjugação do verbo HAVER: 
PRESENTE DO INDICATIVO: eu hei, tu hás, ele há, nós havemos, vós haveis, eles 
hão 
Somente a 1a e a 2a pessoa do plural apresentam a letra V. Então, no presente do 
indicativo, o verbo REAVER apresentará somente essas duas pessoas: 
PRESENTE DO INDICATIVO: - , - , - , nós reavemos, vós reaveis, - 
Como o presente do subjuntivo é tempo derivado da 1a pessoa do singular do 
presente do indicativo, considerando que não existe essa pessoa na conjugação do 
verbo REAVER, consequentemente não haverá conjugação do presente do subjuntivo 
em relação a esse verbo. 
Assim, está INCORRETA a forma “reavenham”, devendo, para correção do período, ser 
substituída por outro verbo (“... para que se recuperem...”) ou sua apresentação em 
uma locução verbal, em que esse verbo se apresente em uma forma nominal (“... para 
que se possam reaver...”). 
 
T E M P O S E M O D O S V E R B A I S 
7 - (ESAF / MPOG – Especialista Políticas Públicas / 2005) Julgue a opção a seguir em 
relação às estruturas do texto. 
1. É natural que cada grupo procure fazer valer os seus 
interesses. O problema do desmatamento é que ele é a 
expressão de uma visão predatória e de curto prazo que 
vai de encontro à lei e ao interesse geral da nação. É 
5. fundamental, portanto, encontrar fórmulas sustentáveis que 
aliem desenvolvimento e preservação dos recursos naturais 
do país. 
(EDITORIAL, Folha de S. Paulo,21/6/2005) 
- O emprego do subjuntivo em “procure” (l.1) justifica-se por expressar uma 
possibilidade de ação. 
 
ITEM CERTO 
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Comentário. 
A classificação dos verbos nos modos verbais depende da relação que o falante tem 
com aquilo que enuncia – se constata um fato (indicativo); se apresenta uma hipótese, 
uma suposição (subjuntivo); se faz um pedido (imperativo). 
Em outras palavras, depende do modo com que enuncia a ação verbal. São três 
modos verbais: 
 INDICATIVO - como sugere o nome, indica um fato real, que pode 
pertencer ao presente, ao passado ou ao futuro. 
 SUBJUNTIVO - enuncia um fato hipotético, duvidoso, provável ou 
possível. 
 IMPERATIVO - expressa idéias de ordem, pedido, desejo, convite. 
Enquanto que o modo INDICATIVO situa o fato no plano da realidade, da certeza, o 
SUBJUNTIVO coloca o fato no plano do que é provável, hipotético, possível, sem a 
certeza apresentada pelo modo indicativo. O modo SUBJUNTIVO também é bastante 
usado com determinadas conjunções (embora, caso, que etc.) 
Perceba a diferença entre as duas orações abaixo. 
Ela procura um homem que a ama. 
Ela procura um homem que a ame. 
Na primeira, a moça sabe que esse homem existe de fato, só não o encontra e, por 
isso, está à sua procura. O fato situa-se no plano da CERTEZA – modo INDICATIVO. 
Na segunda, será que esse homem existe mesmo? 
Essa é a pergunta que não quer calar (e quantas não estão hoje nessa mesma 
situação, hem??? Deixe isso pra lá e volte aos estudos, menina!!! Depois que você 
passar no concurso, vai voltar a chover na sua horta...rs...). O fato, agora, está no 
plano da possibilidade, da hipótese – modo SUBJUNTIVO. 
Essa assertiva foi considerada correta porque o verbo está no modo subjuntivo 
(presente do subjuntivo) e situa o fato como uma POSSIBILIDADE DE AÇÃO, e não 
uma ação efetivamente praticada. 
 
8 – (ESAF/CGU-Analista/2008) 
Em relação às idéias e estruturas do texto, analise a assertiva. 
No embalo da dinâmica mundial, talvez se justifique rever a ironia que tem revestido a 
referência ao Brasil como o “país do futuro”. Com presença internacional crescente, um 
quadro geral propício na economia, iniciativas relevantes, dinamismo real em vários 
setores e sendo objeto de apostas favoráveis para um futuro visível por parte de 
analistas presumidamente competentes e distantes da briga política doméstica e da 
correspondente atribuição de culpas e méritos, dir-se-ia que a promessa do país 
começa a cumprir-se. Com todos os muitos problemas e as reservas que a idéia 
envolve... 
(Fábio Wanderley Reis, Valor Econômico, 14/01/2008.) 
- Estaria gramaticalmente correta a substituição de “justifique” (ℓ. 2) por justifica. 
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ITEM ERRADO 
Comentário. 
O emprego de “talvez” leva o verbo ao modo SUBJUNTIVO, aquele que expressa 
incerteza, possibilidade, probabilidade. Por isso, não seria válida a troca por um verbo 
no modo indicativo, como sugere o examinador. 
 
9 - (ESAF/ATA MF/2009) 
Em relação ao texto assinale a opção correta. 
A OAB nacional está pedindo ao Supremo Tribunal 
2. Federal uma súmula vinculante que discipline o uso do 
segredo de Justiça, prerrogativa que tem sido utilizada 
4. por juízes nem sempre em defesa do interesse público, 
mas, em alguns casos, na proteção a suspeitos de 
6. falcatruas. A legislação brasileira diz que o instrumento 
só pode ser decretado em dois casos excepcionais 
8. previstos: um, quando há risco de exposição pública 
de questões privadas do investigado ou réu, como 
10. relacionamentos amorosos e doenças; e, outro, 
quando o processo contém documentos sigilosos, 
12. como extratos bancários ou escutas telefônicas. Mas, 
na prática, tem sido diferente: por motivos nem sempre 
14. claros, especialmente em processos que envolvem 
autoridades, alguns juízes privam a sociedade de 
16. saber a verdade. Os atos públicos, em especial os que 
envolvem procedimentos judiciais, têm como regra 
18. básica a transparência, a publicidade sem restrições e 
o acesso dos cidadãos. O contrário – ou seja, o sigilo 
20. – é sempre a exceção. 
(Zero Hora, 27/2/2009) 
- O emprego do subjuntivo em “discipline”(ℓ.2) justifica-se por se tratar de uma 
informação categórica, de uma afirmação indiscutível. 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
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Por afirmar que é uma informação “categórica, indiscutível”, o examinador apresentou 
uma justificativa INCORRETA para o emprego do subjuntivo. 
Vamos repetir que o modo SUBJUNTIVO serve para indicar uma possibilidade, 
probabilidade, situação hipotética. Assim, quando o autor emprega esse modo verbal 
em “A OAB nacional está pedindo ao Supremo Tribunal Federal uma súmula vinculante 
que discipline o uso do segredo de Justiça ...”, entende-se que tal súmula ainda não 
foi editada e, por isso, a situação prevista pelo verbo (discipline) é provável, possível, 
hipotética. 
Caso se referisse a uma súmula já existente e em vigor, poderia ser usado o verbo no 
modo INDICATIVO: “Foi revista uma súmula do STF que disciplina o uso do segredo 
de Justiça...”. 
Percebeu a diferença dos modos verbais? Tenha sempre em mente esse conceito, pois 
costuma surgir nas provas da ESAF com bastante frequência. 
 
 
10 - (ESAF/ Auditor do Tesouro Municipal - NATAL / 2008) 
Embora todas as atividades de cada pessoa produzam 
efeitos sobre uma coletividade, existem algumas 
situações em que cada um deve tomar suas próprias 
decisões e escolher os seus caminhos. Na realidade, 
5. essa possibilidade de decidir faz parte da liberdade do 
indivíduo e dá a cada um a responsabilidade por suas 
escolhas.Um dos mais notáveis escritores brasileiros, 
Osman Lins, observou que não se pode conseguir 
qualquer mudança profunda na sociedade se não 
10. houver antes a mudança na consciência de cada um. 
Assim, pois, para a efetiva participação política, o 
primeiro passo deve ser dado no plano da consciência. 
Dado esse passo, está aberto o caminho para a plena 
participação, pois o indivíduo conscientizado não fica 
15. indiferente e não desanima perante os obstáculos. Para 
ele, a participação é um compromisso de vida, exigida 
como um direito e procurada como uma necessidade. 
(Adaptado de Dalmo de Abreu Dallari. O que é participação política, p.43) 
Analise a proposição abaixo a respeito das alterações propostas para o texto. 
- Retira-se a idéia de hipótese, mas mantém-se a correção e a coerência do texto, ao 
substituir “produzam”(l.1) por produzem. 
 
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ITEM ERRADO 
Comentário. 
O subjuntivo também deve ser usado por “exigência” de certas conjunções, mesmo 
que não existam aquelas relações de sentido (situações hipotéticas, possíveis, 
prováveis). Veja um exemplo desses extraído do texto: 
“Embora todas as atividades de cada pessoa produzam efeitos sobre uma 
coletividade, existem algumas situações em que cada um deve tomar suas próprias 
decisões e escolher os seus caminhos.” 
É fato certo e real que todas as atividades de cada pessoa produzem efeitos sobre 
uma coletividade. Tanto é assim que poderíamos modificar a estrutura oracional, de 
subordinada concessiva, para coordenada adversativa, usando os verbos no presente 
do indicativo, sem prejudicarmos o sentido, tampouco incorrer em erro gramatical – 
veja só: 
“Todas as atividades de cada pessoa produzem efeitos sobre uma 
coletividade, CONTUDO existem algumas situações em que cada um deve tomar suas 
próprias decisões e escolher os seus caminhos.” 
Então, por que teria sido usado o modo subjuntivo no verbo PRODUZIR, se não se 
trata de uma situação irreal? 
A resposta está no emprego da conjunção “embora”, que exige essa conjugação do 
verbo da oração adverbial concessiva. 
Analise o seguinte exemplo: 
“Embora eu saiba que ele não vale nada, continuo amando-o.” 
Afinal de contas, ela sabe ou não sabe que o rapaz não vale nada? Sim, ela sabe! 
(mulher de malandro, hem?...rs...) 
O fato de que ele não vale nada não é uma situação hipotética, provável, possível, 
mas, sim, um fato real, e ela sabe disso. 
Então, o que levou ao emprego do subjuntivo do verbo SABER foi a conjunção. Isso 
ocorre com algumas conjunções (“ainda que”, “conquanto”, “porquanto”), mas isso é 
assunto para a aula sobre Conjunções. 
Por ora, ficamos somente com esta informação: com determinadas conjunções, o 
subjuntivo deve ser empregado, independentemente da relação de sentido referente 
ao modo verbal, e, por isso, não poderíamos trocar a forma “produzam” por 
“produzem”, o que torna a assertiva errada. 
Mais adiante, esse texto será apresentado novamente para resolvermos uma outra 
questão que trata de CORRELAÇÃO VERBAL. Não estranhe essa repetição, está bem? 
 
11 - (ESAF/TRF/2003) Julgue a assertiva abaixo. 
- A dupla possibilidade verbal que o texto oferece, “torcíamos/torcemos”(l.29 e 30) 
envolve variação no tempo e modo verbais, mas preserva a pessoa gramatical. 
 
ITEM ERRADO 
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Comentário. 
Questão capciosa essa (e, por isso, foi mantida no material, ainda que antiga), que 
deve ter levado muitos candidatos a erro. 
“Torcíamos” é verbo conjugado na 1ª pessoa do plural (nós), no tempo Pretérito 
Imperfeito do modo indicativo. 
“Torcemos” está conjugado na 1ª pessoa do plural (nós), no tempo Presente do 
modo indicativo. 
Houve somente variação no tempo verbal, conservando-se a pessoa (1ª p.p.) e o 
modo (indicativo), e não somente a pessoa, como asseverado. 
Os tempos verbais têm a função de indicar o momento em que são enunciados os 
fatos. 
 
No modo INDICATIVO: 
 PRESENTE – fato ocorre no momento em que se fala (Ouço ruídos na 
cozinha.); ou fato que é comum de ocorrer (Eu morro de inveja dele. / 
Chove todos os dias em Belém.); ou apresenta um princípio, um conceito 
ou um dado (Todos os anos, muitas crianças morrem de desnutrição no 
Brasil.) 
 PRETÉRITO PERFEITO – fato ocorrido e perfeitamente concluído antes do 
momento em que se fala (Todos acompanharam o desfecho das 
investigações.) 
 PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO – denota continuidade do ato, com 
início no passado (Eu tenho cometido muitos erros na escolha dos meus 
namorados.) 
 PRETÉRITO IMPERFEITO – fato realizado e não concluído (Ele buscava a 
perfeição antes de morrer.) ou que apresenta certa duração (Ele andava 
pela rua quando foi abordado pelos ladrões.) 
 PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO – fato realizado antes de outro fato 
também no passado (Antes de sua morte, ele pedira o perdão aos filhos.) 
 PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO – forma mais comum de 
expressar o fato realizado antes de outro fato também no passado 
(Antes de sua morte, ele tinha pedido perdão aos filhos.) 
 FUTURO DO PRESENTE – fato posterior certo de ocorrer no futuro (Doarei 
todo o material de estudo após a minha aprovação.) 
 FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO – denota futura ocorrência de um fato 
que se iniciou no presente (Até o próximo ano, terei acumulado quase um 
milhão de reais em dívidas.) 
 FUTURO DO PRETÉRITO – 1) fato posterior a um fato passado (Você me 
garantiu [FATO PASSADO] que o nosso amor não morreria [FATO FUTURO EM 
RELAÇÃO AO FATO PASSADO].); ou 2) fato não chegou a se realizar (Eu 
iria à sua casa, mas tive um problema.); 3) também pode denotar 
incerteza (“Acharam um corpo que seria do chefe do tráfico.”), hipótese 
relacionada a uma condição (“Se você desse valor àquela mulher 
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[CONDIÇÃO], seria mais feliz [HIPÓTESE].”) ou polidez (“Você poderia me 
passar o sal?”). 
 FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO – o mesmo que o Futuro do Pretérito. 
 
12 - (ESAF / SUSEP – Agente Executivo / 2006) 
Analise a opção a respeito do emprego dos verbos no texto. 
- O tempo em que está flexionado “escolhera” (l.15) indica que a ação de escolher 
acontece antes de outra também mencionada no período; corresponde, por isso, a 
tivera escolhido. 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
O tempo verbal da forma “escolhera” é pretérito mais-que-perfeito do indicativo. Este 
não é um tempo muito comum de se usar. Em seu lugar, damos preferência à forma 
composta, que leva o verbo auxiliar ao pretérito imperfeito do indicativo: “tinha 
escolhido”. 
É exatamente esse o erro do examinador – colocou o verbo auxiliar no pretérito mais-
que-perfeito, em vez do pretérito imperfeito. 
 
13 - (ESAF/SEFAZ CE/2007) 
As estrofes abaixo pertencem ao Hino do Estado do Ceará (letra de Thomaz Lopes e 
música de Alberto Nepomucemo). Julgue a assertiva a seguir a respeito de sua 
significação e estruturação lingüística. 
Terra do sol, do amor, terra da luz! 
Soa o clarim que a tua glória conta! 
Terra, o teu nome a fama aos céus remonta 
Em clarão que seduz! 
Nome que brilha - esplêndido luzeiro 
Nos fulvos braços de ouro do cruzeiro! 
Tua jangada afoita enfune o pano! 
Vento feliz conduza a vela ousada 
Que importa que teu barco seja um nada, 
Na vastidão do oceano 
Se à proa vão heróis e marinheiros 
E vão no peito corações guerreiros? 
(http://www.ceara.gov.br/portal/page?_pageid=214,300680&_dad=portal&_schema=
PORTAL, pesquisa em 20/10/2006) 
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15 
www.pontodosconcursos.com.br- “Enfune” e “conduza” (versos 7/8) são formas verbais flexionadas, respectivamente, 
no presente do indicativo e no presente do subjuntivo. 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
Mudança ortográfica: não há trema na palavra “linguística”. 
Essa foi de doer. 
Em relação ao verbo CONDUZIR, nenhum problema (pelo menos, EU acho...rs...). A 
forma “conduza” é do presente do subjuntivo (pense no paradigma PARTIR: que eu 
parta que eu conduza). 
Mas o que significa “enfune”, Deus do Céu??? 
A resposta a essa pergunta definirá se esta opção está certa ou errada. 
O verbo ENFUNAR (verbo de 1ª conjugação) significa “inflar”. É um verbo regular, que 
segue a conjugação do paradigma FALAR. Assim, “enfune” (terminada com “e”) lembra 
a conjugação de “fale”, ou seja, presente do subjuntivo (e não do indicativo, como 
sugere o examinador). 
Cá entre nós: letra do hino do estado com um verbo desses no meio, ninguém merece 
na hora da prova!!!! Quem acertou essa questão merece meu respeito e minha 
admiração. 
 
14 - (ESAF/AFC CGU/2006) 
O final do século XX assistiu a um processo sem precedentes de mudanças na história 
do pensamento e da técnica. Ao lado da aceleração avassaladora nas tecnologias da 
comunicação, de artes, de materiais e de genética, ocorreram mudanças 
paradigmáticas no modo de se pensar a sociedade e suas instituições. De modo geral, 
as críticas apontam para as raízes da maioria dos atuais conceitos sobre o homem e 
seus aspectos, constituídos no momento histórico iniciado no século XV e consolidado 
no século XVIII. A modernidade que surgira nesse período é agora criticada em seus 
pilares fundamentais, como a crença na verdade, alcançável pela razão, e na 
linearidade histórica rumo ao progresso. Para substituir esses dogmas, são propostos 
novos valores, menos fechados e categorizantes. 
(http://pt.wikipdia.org (acessado em 14 de dezembro de 2005, com adaptações)) 
Em relação ao texto acima, julgue a assertiva abaixo. 
- O desenvolvimento das idéias do texto permitiria mudar o tempo verbal de “surgira” 
(l.7) para surgiu, alterando as relações temporais do texto, mas preservando sua 
coerência. 
 
ITEM CERTO 
Comentário. 
O emprego do verbo no pretérito mais-que-perfeito do indicativo indica a ocorrência de 
um fato antes de outro fato também no passado. Ao se reportar a uma “modernidade 
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que surgira”, o autor remete aos fatos ocorridos antes do fim do século XX (época 
mencionada no início do parágrafo). 
Contudo, a troca sugerida pelo examinador em nada iria prejudicar a coerência textual, 
por também se reportar a fatos passados (“A modernidade que surgiu nesse 
período...”), ainda que altere a relação temporal entre os elementos do texto (ou seja, 
se reporte à ocorrência dessa mudança, que tem início no século XV e perdura até o 
fim do século XX, tudo no passado, obviamente). 
Assim, a assertiva está CORRETA. 
 
15 - (ESAF/ATA MF/2009) 
Analise a proposição a seguir, quanto aos elementos lingüísticos e semânticos do 
texto. 
Feliz aniversário, Darwin! 
2. Charles Darwin completaria hoje 200 anos, não fosse 
pela seleção natural. Ela, afinal, é a maior responsável 
4. pelo barroco processo de desenvolvimento que leva 
os organismos complexos inexoravelmente à morte 
6. – conceito que não se aplica muito a bactérias e 
arqueobactérias, seres que se reproduzem gerando 
8. clones de si próprios, partilham identidades com 
a transferência horizontal de genes e podem ficar 
10. milênios em vida suspensa (no gelo, por exemplo). 
A contribuição de Darwin para a ciência e para a história, 
12. porém, continua viva, e muito viva, exatamente com a 
ideia de seleção natural. Só por isso ele já merece os 
14. parabéns. Feliz aniversário, Darwin. 
(Marcelo Leite, em: http://cienciaemdia.folha.blog.uol.com.br/arch2009-02-08) 
- A forma verbal “completaria”(ℓ.1) se refere a uma ação que vai ocorrer no futuro, a 
menos que acontecimentos no tempo presente o impeçam. 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
Vimos anteriormente que um dos aspectos indicados pelo futuro do pretérito do 
indicativo é a hipótese. 
O autor empregou o verbo nesse tempo por se tratar de uma situação não real, ou 
seja, Darwin já morreu, portanto não poderia “completar 200 anos”. Se “não fosse 
pela seleção natural” (olhe a hipótese aí...), ele completaria essa idade em 2009. 
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Mais adiante, falaremos da relação entre verbos do mesmo período (a tal da 
Correlação Verbal) e veremos que essa é uma “dobradinha” muito comum: pretérito 
imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito do indicativo. 
 
16 - (ESAF/SUSEP – Agente Executivo/2006) 
Em relação ao texto, julgue a assertiva. 
1. A concepção moderna de Estado tem raízes no 
pensamento ético de Kant e de Hegel e o apresenta 
como uma realização da idéia moral, para o primeiro, 
ou como a substância ética consciente de si mesma, 
5. para o segundo. Para esses pensadores, o Estado 
seria o apogeu do desenvolvimento moral, substituiria 
a família, e com o direito produzido, racional, imparcial 
e justo, substituiria a consciência ética dos indivíduos, 
que, embora retificadora da ação humana, se revelaria, 
10. na prática, inviável, por ser incoercível. 
(Oscar d’Alva e Souza Filho) 
- O emprego do futuro do pretérito em “seria”(l.6), “substituiria”(l.6 e 8) e “se 
revelaria”(l.9) indica que o primeiro fato estará concluído antes de outro que lhe é 
posterior. 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
A indicação de conclusão de um fato antes de outro também no futuro é papel do 
FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO, e não do futuro do pretérito do indicativo. 
O emprego deste tempo verbal é justificado por se tratar de uma situação hipotética, 
levantada pelos pensadores mencionados no texto. 
Um exemplo de emprego do futuro do presente composto seria: “Antes do fim do ano, 
eu terei passado no concurso dos meus sonhos.” (Que bom! Torço muito por isso!!!). 
 
17 - (ESAF / IRB – Advogado / 2006) 
Assinale a substituição correta para a expressão grifada. 
Um mapeamento completo da Amazônia, distinguindo as áreas desmatadas do solo já 
em reflorestamento e a vegetação queimada. Este é o objetivo do Projeto 
Panamazônia II, que está sendo desenvolvido no Instituto Nacional de Pesquisas 
Espaciais - Inpe, órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia, responsável pela 
divulgação anual do índice de desmatamento da Amazônia Legal. Este índice é 
resultado do Prodes – Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite, 
que, junto com o Deter - Detecção de Desmatamento em Tempo Real, também do 
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Inpe, viabilizou a criação do Panamazônia II, cujo objetivo é o de retomar o 
monitoramento global de toda a floresta tropical úmida da América do Sul. 
(http://www.brasil.gov.br/noticias/ultimas_noticias/not22.11.5) 
a) estava em desenvolvimento 
b) estaria em desenvolvimento 
c) está em desenvolvimento 
d) era desenvolvido 
e) estaria sendo desenvolvido 
 
Gabarito: C 
Comentário. 
Das sugestões apresentadas, a única que não provoca uma alteração semântica é a de 
letra C (está sendo desenvolvido está em desenvolvimento). As demais indicam 
fatos que não chegaram a terminar (estava em desenvolvimento / era desenvolvido) 
ou que se situam no plano do irreal, da hipótese (estaria em desenvolvimento / estaria 
sendo desenvolvido). 
 
 
 
18 - (ESAF/MPU/2005) 
Leitor, que já tens direito _____ uma cadeira na câmara ________ ; que já estás 
_______ na fatal casa dos –enta, _______ se começa a rolar pelo plano inclinado dos 
pés-de-galinhanas ______ de lua; leitor benévolo, que és pai e avô de fresca data, 
_______ alguns minutos de atenção. 
(Baseado em França Júnior) 
a) à de honra Assentado das quais fases preste-me 
b) a perpétua Assentado de onde fases prestai-me 
c) a vitalícia Aboletado donde conjunções presta-me 
d) a perpétua Parado da qual casas preste-me 
e) à vitalícia Estacionado donde conjunções prestai-me 
 
Gabarito: C 
Comentário: 
Para concluir essa parte que trata de modos e tempos verbais, vamos a uma das 
poucas questões da ESAF que tratam do imperativo. 
Por questões didáticas, vamos comentar somente a última lacuna da questão, 
exatamente a que aborda o tópico ora estudado. 
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Na hora da prova, quem começasse por essa lacuna iria resolver a questão em um 
minuto. 
No texto, percebe-se o uso da segunda pessoa do singular (“tens”, “estás”, “és”). Para 
manter o paralelismo sintático, que exige o mesmo tratamento no texto (2ª ou 3ª 
pessoa), a forma verbal a ser usada será PRESTA, apresentada somente na opção c. 
Sobre a conjugação no imperativo, em vez de memorizar várias regras, vamos guardar 
apenas a exceção. 
A REGRA: Em se tratando de imperativo, emprega-se o presente do subjuntivo. 
São conjugados pelo presente do subjuntivo os verbos em todas as pessoas (2ª do 
singular e do plural, 3ª do singular e do plural e 1ª do plural) no imperativo negativo, 
e nas 3ª pessoas (singular e plural) e 1ª pessoa do plural no imperativo afirmativo. 
Essa é a regra. 
Exemplo: “Venha para a Caixa você também” – 3ª pessoa do singular (O comercial 
estava errado!!!). 
 “Não nos deixeis cair em tentação” – 2ª pessoa do plural (Ao se dirigir ao 
Pai, usa-se vós.) 
Essa é a regra. Agora a exceção, que deve ser memorizada, por ser em menor 
número. 
A exceção fica por conta das segundas pessoas (tu e vós) no imperativo afirmativo. 
Nessa conjugação, usa-se o presente do indicativo, sem o “s” final. 
RESUMO: No imperativo afirmativo, as 2ªs pessoas (singular e plural) buscam a 
conjugação do presente do indicativo e tiram a letra ‘s’. Todo o restante tem origem no 
presente do subjuntivo. 
Exemplo: 
1 - “Dize-me com quem andas, que eu te direi quem és.” - A forma “dize” é a redução 
do presente do indicativo da 2ª pessoa do singular (dizes – [s] = dize). 
Detalhe: o verbo “dizer”, assim como todos que têm essa terminação -zer, é um verbo 
abundante, que admite tanto “dize” como “diz”, no imperativo. 
2 – “Fazei de mim um instrumento de vossa paz.” – A forma “fazei” é a conjugação no 
presente do indicativo da 2ª pessoa do plural (vós fazeis), sem o “s”. 
Aliás, esse segundo exemplo foi retirado de uma oração – a Oração de São Francisco 
de Assis, que não é tão conhecida quanto o “Pai Nosso”. No “Pai Nosso”, temos vários 
exemplos do uso do imperativo, tanto afirmativo quanto negativo. 
Dá-se a Deus a respeitosa forma de tratamento "vós", que, como já vimos, é da 
segunda pessoa do plural. Em "Perdoai as nossas ofensas", as pessoas que rezam 
dirigem-se ao Criador e pedem a Ele que lhes perdoe as ofensas praticadas. 
É para isso que também serve o imperativo. Além de ordem, essa forma verbal pode 
expressar também súplica, desejo ardente, que é como são feitos esses pedidos. 
Na prece, “perdoai" e "livrai" ("perdoai as nossas ofensas"/"livrai-nos do mal") estão 
no imperativo afirmativo, enquanto que "deixeis" ("não nos deixeis cair em tentação") 
está no imperativo negativo. 
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"Perdoai" e "livrai" obedecem a um esquema que já vimos. Como são conjugações de 
2ª pessoa do plural, essas formas vêm do presente do indicativo, sem o "s" final. 
Fazem parte da EXCEÇÃO. 
E "Não nos deixeis cair em tentação"? É da conjugação do imperativo negativo e recai 
na REGRA GERAL, ou seja, se forma a partir do presente do subjuntivo (que eu deixe, 
que tu deixes, que ele deixe, que nós deixemos, que vós deixeis, que eles deixem). 
Na hora da dúvida, mesmo que você não seja católico, comece a rezar o Pai Nosso e 
veja como se conjugam as formas verbais no Imperativo. Mas, para dar certo, você 
deve aprender a rezar direito!!!! 
 
19 - (ESAF/CGU-Técnico/2008) 
Abaixo estão recomendações para evitar o estresse. Assinale a opção na qual os 
verbos estão conjugados, corretamente, na terceira pessoa do singular. 
a) Saboreie a vida, dai mais valor a suas experiências. 
b) Aprende a dizer não. Peça ajuda sempre que necessário. 
c) Pára e medite. Põe uma uva passa na boca. Note textura, cheiro e sabor. 
d) Fique atenta à respiração. Inspira e expira lentamente. 
e) Invista em prazeres: ouça música, leia, dê-se o direito de não fazer nada. 
(Cristina Nabuco, “Para desacelerar” Cláudia, junho 2007, p. 227.) 
 
GAB. E 
Comentário. 
Agora que você já sabe “de cor e salteado” conjugar os verbos no imperativo, vamos 
ver uma questão de prova recente que também tratou do assunto. 
No item E, “Invista”, “ouça”, “leia” e “dê” são conjugações do presente do subjuntivo, 
o que nos mostra que foi usado, no imperativo afirmativo, tratamento para 3ª pessoa 
do singular. Essa é a resposta certa. 
Vamos analisar cada uma das opções incorretas. 
a) “Saboreie” é a conjugação de 3ª pessoa do presente do subjuntivo. Já “dai" é a 
conjugação no imperativo afirmativo na 2ª pessoa do PLURAL (presente do indicativo: 
vós dais => imperativo: dai vós). Na 3ª pessoa do singular, seria “dê”. Por ter 
“misturado” as pessoas do discurso, não poderia ser essa a resposta. 
b) “Aprende” é tratamento de 2ª pessoa do singular (presente do indicativo: tu 
aprendes => imperativo afirmativo: aprende tu). A forma de 3ª pessoa seria 
“aprenda”. Já “peça” está de acordo com o enunciado: é de 3ª pessoa. 
c) “Pára” (que, com as mudanças ortográficas, perdeu o acento agudo) é a 
conjugação, no imperativo, de 2ª pessoa do singular (presente do indicativo: tu paras 
=> imperativo afirmativo: para tu). Na 3ª pessoa, seria “pare”. O verbo PÔR também 
está errado – na 3a pessoa do singular, seria “ponha”, e não “põe” (de 2a pessoa). O 
verbo MEDITAR é o único que está correto – na 3ª pessoa do singular. 
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d) Somente a conjugação verbal “fique” está na 3ª pessoa do singular, conforme exige 
o enunciado. As demais se referem à 2ª pessoa (presente do indicativo: tu inspiras / 
expiras => imperativo afirmativo: inspira / expira tu). Na 3a pessoa, deveria ser 
“inspire” e “expire”. 
 
20 – (ESAF/TRF/2006) Leia o texto abaixo para resolver a questão. 
Na opinião de Malthus, os habitantes da Terra multiplicar-se-iam numa taxa muito 
superior à disponibilidade de recursos. Seria uma catástrofe. Sua previsão falhou por 
não prever o espetacular desenvolvimento da ciência e o aumento da eficiência na 
produção de alimentos e outros bens. Mas será que essa eficiência será mantida nos 
próximos 50 anos? É bem provável que sim, a despeito de certos recursos que estão 
se esgotando, como é o caso da terra agriculturável e da água. 
(Antônio Ermírio de Moraes, O planeta e o desafio do futuro. Jornal do Brasil, 20 de 
março de 2005, com adaptações) 
A respeito do emprego dos modos e tempos verbais no texto, assinale a opção 
incorreta. 
a) O sentido do verbo e o emprego do pretérito perfeito em “falhou”(l.3) justifica o 
emprego do futuro do pretérito em “multiplicar-se-iam” (l.1) e em “Seria” (l.2). 
b) Embora “prever”(l.3) não tenha marca de tempo, subentende-se textualmente que 
indica uma ação ocorrida no passado. 
c) Com o emprego do futuro do presente em “será que”(l.5), o autor anuncia um 
acontecimento provável em tempoposterior ao da elaboração do texto. 
d) Considerando a idéia de hipótese ou probabilidade da oração, o desenvolvimento da 
textualidade permitiria que o modo indicativo na flexão de “É” (l.5) fosse alterado para 
o correspondente modo subjuntivo. 
e) O emprego da forma composta em “estão se esgotando”(l.6) enfatiza a idéia de 
continuidade, duração do fato em um momento preciso do presente; ênfase que não 
haveria com a flexão de presente simples do indicativo. 
 
Gabarito: D 
Comentário. 
O emprego da forma Seja, conforme proposto pela opção d, prejudica a coesão 
textual – “Seja bem provável que sim.”. A idéia de probabilidade fica por conta do 
adjetivo que acompanha o verbo, não havendo necessidade da flexão verbal no 
subjuntivo. 
Em relação às demais opções, cabe comentar que: 
a) o futuro do pretérito, em uma de suas possibilidades de emprego, serve para 
enunciar um fato posterior a outro fato passado. O ato de ter falhado a previsão 
de Malthus antecedeu a realização dos fatos apresentados no início do texto – 
multiplicação dos habitantes da terra e a consequente catástrofe que daí 
resultaria. Como esses fatos seriam posteriores a um outro fato passado, 
corretamente foi empregado o tempo futuro do pretérito. 
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b) em “Sua previsão falhou por não prever...”, a marca de tempo passado está na 
conjugação do verbo “falhou”, já que “prever” se encontra na forma nominal do 
infinitivo, que não indica momento em que a ação ocorre. 
c) além de estar relacionada a um momento futuro (“será que essa eficiência será 
mantida...”), também denota incerteza do autor, confirmada na sequência – 
“É bem provável que sim...”. 
e) o uso do gerúndio se preza, em construções como essa, a indicar a 
continuidade de um processo que terá certa duração. Os recursos não se 
esgotam de um momento para o outro – leva um tempo para que isso 
aconteça. Por isso, está apropriadamente empregada a forma “ESTAR + 
GERÚNDIO”. Da mesma forma, admitem-se construções como: “Quando você 
chegar à noite, eu devo estar dormindo.”. O mesmo não acontece em 
construções que são uma verdadeira praga no ramo de telemarketing nacional, 
agravadas com o verbo “ir” a acompanhar os outros dois – “vou estar 
transferindo sua ligação” ou “vou estar dizendo o que o senhor deve fazer”. 
SOCORRO!!! “Transferir uma ligação” é algo que se conclui em alguns segundos 
(até que você comece a ouvir um “Pour Elise” insuportável). “Dizer”, mesmo 
que dure algo, não comporta esse tipo de construção. Fale simplesmente “Vou 
dizer o que o senhor deve fazer” ou simplesmente “Direi” – por que não usar o 
futuro do presente? De qualquer modo, a construção apresentada no texto, e 
objeto do item “e” da questão, está perfeita. 
 
21 - (ESAF/AFC CGU/2006) Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do 
texto. 
O prêmio Objetivos de Desenvolvimento do Milênio consiste em uma das estratégias 
adotadas pelo governo brasileiro para ___1___ administrações locais, empresas 
públicas e privadas e organizações da sociedade civil no desenvolvimento de ações, 
programas e projetos que ___2___ efetivamente para que essas metas ___3___ 
atingidas. ___4___ três categorias disputadas: uma para ações de governos 
municipais, outra para iniciativas de organizações (entre as quais ___5___ órgãos 
públicos e privados e entidades não-governamentais) e a última para destaques 
individuais e coletivos (pessoas ou entidades públicas ou privadas). 
(Em Questão, Subsecretaria de Comunicação Institucional da Secretaria-Geral da 
Presidência da República, n. 390, Brasília, 06 de janeiro de 2006) 
1 / 2 / 3 / 4 / 5 
a) dar estímulo a / contribuem / serem / São / enquadram 
b) estimulando / contribuíssem / forem / Seriam / enquadra 
c) estimular / contribuam / sejam / Serão / se enquadram 
d) estimularia / contribuem / são / Vão ser / enquadram-se 
e) estimulasse / contribuam / serão / Seriam / enquadra-se 
 
Gabarito: C 
Comentário. 
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Vamos comentar cada uma das lacunas. 
1ª) Podem preenchê-la as formas “dar estímulo a” (a) e “estimular” (c), já que ao 
verbo antecede a preposição “para”, que exige o verbo subsequente no infinitivo. 
2ª) Como a ação figura no plano da possibilidade/hipótese, o verbo correspondente 
deve ser conjugado no Subjuntivo. Assim, a única forma possível é “contribuam”. 
3ª) O que significa “correlação verbal”, veremos logo a seguir. Por ora, simplesmente 
afirmamos que, em correlação à oração anterior, esta também deve estar no 
subjuntivo – sejam. 
4ª) Pode ser empregada tanto a forma no presente do indicativo (“São três 
categorias...”) quanto no futuro do presente do indicativo (“Serão / Vão ser...”), uma 
vez que não se definiu, a partir do contexto, o momento em que tal prêmio foi 
aventado (se ele já existir, pode usar o presente; se ainda está na fase de projeto, 
usa-se o futuro.). De qualquer forma, é indevida a construção “Seria”, que denotaria 
incerteza em relação à realização do projeto. 
5ª) Nesta lacuna, o pronome deve estar antes do verbo (caso que estudaremos na 
aula sobre Pronomes – Colocação Pronominal) e o verbo deve estar no plural para 
concordar com o sujeito “órgãos públicos e privados e entidades não-governamentais” 
(objeto de estudo na aula sobre Concordância) – se enquadram. 
 
22 – (ESAF/AFRF/2005) 
Leia o texto para responder à questão abaixo. 
 
O advento da moderna indústria tecnológica fez com que o contexto em que passa a 
dispor-se a máquina mudasse completamente de configuração. Entretanto, tal 
mudança obedece a certas coordenadas que começam a ser pensadas já na antiga 
Grécia, que novamente se relacionam com a questão da verdade. É que a verdade, a 
partir de Platão e Aristóteles, passa a ser determinada de um modo novo, verificando-
se uma transmutação em sua própria essência. Desde então, entende-se usualmente a 
verdade como sendo o resultado de uma adequação, ou seja, a verdade pode ser 
constatada sempre que a idéia que o sujeito forma de determinado objeto coincida 
com esse objeto. 
(Gerd Bornheim. Racionalidade e acaso. fragmento) 
 
Julgue a assertiva a respeito do uso das estruturas lingüísticas do texto. 
- Mantém-se a coerência da argumentação ao substituir “fez” (l.1) por faz; mas para 
que a correção gramatical seja mantida, torna-se obrigatória então a substituição de 
“mudasse” (l.2) para mude. 
 
ITEM CERTO 
Comentário. 
Mudança ortográfica: não há trema na palavra “linguísticas”. 
Observe a relação entre os verbos FAZER e MUDAR no passado: “O advento (...) fez 
com que o contexto (...) mudasse...”. 
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Uma vez alterado o tempo verbal do primeiro para o presente do indicativo (faz), 
necessário se faz a mudança também do outro verbo a ele ligado (mude), mantendo-
se este último no campo da hipótese (subjuntivo): “O advento (...) faz com que o 
contexto (...) mude...”. 
Isso se refere a correlação verbal, que será nosso próximo ponto. 
 
C O R R E L A Ç Ã O V E R B A L 
23 - (ESAF / ANEEL Especialista/ 2006) 
1. A idéia é a de que a institucionalização da raça como 
categoria possuidora de direitos e oportunidades 
sociais, negada pelos processos de exclusão 
racial, resultaria na construção jurídica de um país 
5. racialmente apartado, contrário a sua suposta 
vocação a-racial. Como foi possível que essa 
ideologia a-racial tão decantada por especialistas 
conformasse uma sociedade que é alva em todas 
as suas dimensões de poder, riqueza e prestígio e 
10. escura nas suas instâncias de pobreza e indigência 
humana? O país real jamaisamedrontou as elites 
políticas e intelectuais. Elas jamais enxergaram 
nele uma ameaça. O seu discurso nunca pôs em 
questão a sua imperiosa necessidade de romper 
15. com o exclusivismo da supremacia branca como 
condição para a desracialização da sociedade. 
(Adaptado de Sueli Carneiro, O medo da raça. Correio Braziliense, 24 de abril de 
2006) 
Analise a seguinte afirmação a respeito do emprego dos termos e expressões do texto. 
- Seria preservada a coerência textual se, em lugar de “foi” (l.6), fosse usado é, mas, 
para preservar também a correção gramatical, seria necessário substituir 
“conformasse” (l.8) por conforme. 
 
ITEM CERTO 
Comentário. 
Questão recorrente nos mais recentes certames é CORRELAÇÃO VERBAL, que 
consiste na articulação entre as formas verbais no período. Os verbos estabelecem, 
assim, uma correspondência entre si. 
Na questão, estamos diante de uma correlação adequada. 
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A passagem é: “Como foi possível que essa ideologia a-racial tão decantada por 
especialistas conformasse uma sociedade que é alva em todas as suas dimensões de 
poder, riqueza e prestígio e escura nas suas instâncias de pobreza e indigência 
humana?” 
Se realizarmos a troca de “foi” (pretérito perfeito do indicativo) por “é” (presente do 
indicativo), seria necessária a troca do verbo que com ele se relaciona: CONFORMAR. 
Assim, situam-se todos os verbos relacionados no PRESENTE, e não mais no passado 
(respectivamente, pretérito perfeito do indicativo e pretérito imperfeito do subjuntivo). 
“Como É possível que essa ideologia a-racial tão decantada por especialistas 
CONFORME uma sociedade que é alva em todas as suas dimensões de poder, riqueza 
e prestígio e escura nas suas instâncias de pobreza e indigência humana?” 
Não há alteração no verbo SER da sequência em função de este não se relacionar com 
os demais. Está no presente do indicativo por retratar um dado (o fato de a sociedade 
ser alva em todas as suas dimensões, segundo o autor). 
A título de curiosidade (e somente com esse propósito – nada de ficar decorando 
listas), seguem alguns exemplos de construções corretas sob o aspecto de correlação 
verbal: 
a) “Exijo que me diga a verdade.” Presente do Indicativo + Presente do 
Subjuntivo 
b) “Exigi que me dissesse a verdade.” – Pret.Perf.Indicativo + 
Pret.Imperf.Subjuntivo. 
c) “Espero que ele tenha feito uma boa prova.” - Presente Indic.+ 
Pret.Perf.Comp.Subjuntivo. 
d) “Gostaria que ele tivesse vindo.” – Fut.Pretérito.Ind.+ Pret.Mais-que-
perf.Comp.Subjuntivo 
e) “Se você quiser o material, eu o trarei.” – Futuro do Subjuntivo + Fut.Presente 
Indicativo 
f) “Se você quisesse o livro, eu o traria.” - Pret.Imperf.Subj.+ Fut.Pretérito do 
Indicativo 
 
24 - (ESAF/ Auditor do Tesouro Municipal - NATAL / 2008) 
Com base no segmento do texto abaixo, analise a proposição a seguir. 
Um dos mais notáveis escritores brasileiros, Osman Lins, observou que não se 
pode conseguir qualquer mudança profunda na sociedade se não houver antes 
a mudança na consciência de cada um. 
- Devido às relações de sentido do período em que ocorre, a substituição do verbo 
“pode”(l.8) por poderia preserva a correção gramatical e ressalta a idéia de condição 
em que se apóia a coerência da argumentação. 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
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O problema dessa sugestão não está na indicação de troca do verbo “pode” por 
“poderia”, mas na manutenção de um verbo correlato em tempo que prejudica a 
estrutura oracional. Em outras palavras, se a banca sugere uma troca, deve indicar 
também todas as providências necessárias para a manutenção da correção gramatical 
do período. 
Na passagem, o verbo PODER estabelece uma relação com o verbo HAVER. Na 
construção original, o primeiro verbo está no presente do indicativo, apresentando um 
conceito, e o segundo no futuro do subjuntivo, na indicação de algo futuro incerto 
(possível ou provável). 
Se efetuarmos a mudança do primeiro verbo para o futuro do pretérito do indicativo, 
mudamos toda essa estrutura, levando a primeira forma verbal para algo hipotético 
caso se impusesse uma condição, esta indicada pela segunda forma verbal. Por isso, o 
segundo verbo deve ser usado no pretérito imperfeito do subjuntivo: houvesse. 
O erro do examinador foi não sugerir a troca do segundo verbo, mantendo-o no futuro 
do subjuntivo (fato futuro provável). Veja só como fica a estrutura sem a mudança do 
segundo verbo: “...observou que não se PODERIA conseguir qualquer mudança 
profunda na sociedade se não HOUVER antes a mudança na consciência de cada um.”. 
Releia, agora, com a troca dos dois verbos: “...observou que não se PODERIA 
conseguir qualquer mudança profunda na sociedade se não HOUVESSE antes a 
mudança na consciência de cada um.”. 
Percebeu como ficou bem melhor da segunda forma? Isso se deve à relação entre 
FUTURO DO PRETÉRITO DO INDICATIVO e PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO, 
que denota uma situação hipotética pretérita – se o fato expresso pelo verbo no 
subjuntivo ocorrer (“...houvesse mudança na consciência de cada um”), o fato 
expresso pelo futuro do pretérito se implantaria (“...se poderia conseguir qualquer 
mudança profunda na sociedade”). 
Se o examinador tivesse sugerido a troca de PODE por PODERÁ, nenhuma outra 
substituição seria necessária, uma vez que é válida a relação entre FUTURO DO 
PRESENTE DO INDICATIVO (fato futuro certo) e FUTURO DO SUBJUNTIVO (fato futuro 
provável): “... observou que não se PODERÁ conseguir qualquer mudança profunda na 
sociedade se não HOUVER antes a mudança na consciência de cada um.”. Nessa 
construção, reporta-se a uma situação hipotética futura. 
Essa é a diferença entre: 
- Se eu jogasse na loteria, ficaria milionária. (situação hipotética pretérita, que não se 
implantou) 
- Se eu jogar na loteria, ficarei milionária. (situação hipotética futura, que pode ainda 
se implantar) 
 
25 - (ESAF/SUSEP - Analista Técnico/2006) 
Assinale a opção que preenche com a forma verbal correta as lacunas do texto abaixo. 
Trabalho demais, agenda cheia, internet, celular e carros que chegam a mais de 200 
km/h __1__ o homem moderno numa espécie de Coelho Branco de Alice no País das 
Maravilhas. Sempre apressado, eternamente atrasado. E doente. Literalmente. A 
velocidade, símbolo do desenvolvimento tecnológico e de um modo de produção e 
consumo cada vez mais vorazes, __2__ um sentimento de urgência que poucos 
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conseguem administrar. Se é que em algum momento o __3__ mesmo. O resultado é 
um novo mal que é a cara do nosso tempo: a doença da correria. 
Mas há quem __4__ diferente, e __5__ a esse excesso. Em todo o mundo, grupos, 
mais ou menos organizados, vêm criando maneiras de diminuir o ritmo, de abrir mais 
espaço para o lazer e a família. 
(Adaptado da Revista Galileu, outubro de 2005) 
1 / 2 / 3 / 4 / 5 
a) transformam / criaram / consegue / pensa / reaja 
b) transformaram / criou / conseguem / pense / reaja 
c) transformariam / criou / consegue / pensasse / reagiu 
d) transformaram / criaram / conseguem / pense / reage 
e) transformariam / criaram / consigam / pensasse / reage 
 
Gabarito: B 
Comentário. 
O “pulo do gato” dessa questão são as lacunas 4 e 5 (e você acha que não existe a Lei 
de Murphy??? Se tivesse começado por estas, certamente a resposta viria na primeira 
lacuna..rs...). 
Vamos diretamente para o segundo parágrafo do texto: “Há quem ..... diferente, e ..... 
a esse excesso.”. A existência dessa pessoa é um fato hipotético – e, nesse caso, os 
verbos devem ficar no subjuntivo– ou real (o autor conhece uma pessoa assim) – 
situação em que os verbos ficam no indicativo. Note que os dois verbos estão no 
mesmo barco, ou seja, ou os dois verbos ficam no presente do subjuntivo (pense / 
reaja) ou ficam os dois no presente do indicativo (pensa / reage). Com isso, podemos 
eliminar quatro opções – só nos resta a letra B. 
Tudo isso porque o verbo HAVER, logo no início do parágrafo, está no presente. Se 
estivesse no passado (“Houve quem ...”), os demais deveriam estabelecer uma 
correlação com ele, e se reportar também ao passado (pretérito imperfeito do 
subjuntivo: “Houve quem pensasse diferente e reagisse...”). 
Isso é correlação verbal. 
 
26 - (ESAF / SUSEP – Agente Executivo / 2006) 
Os trechos abaixo compõem seqüencialmente um texto. Assinale a opção em que há 
erro morfossintático. 
a) O Direito legislado pelo Estado, elaborado a partir de circunstâncias advindas da 
realidade social e política, resultante da luta de interesses dos grupos em disputa pela 
repartição da riqueza produzida coletivamente é denominado comumente de Direito 
Positivo, Direito Posto ou Direito Histórico. 
b) Arnaldo Vasconcelos chama o Direito Positivo de “direito acidente”, para salientar 
que todo Direito nacional sofre as influências do ambiente histórico, da cultura e dos 
valores dominantes em uma sociedade determinada, mas, mesmo assim, esses 
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sistemas positivos se identificassem, em sua intencionalidade normatizadora, com o 
“Direito Ideal ou Direito Essência”. 
c) O Direito Essência é imutável enquanto que o Direito Histórico, desde a sua 
construção legislativa, se adequa não a uma idéia-valor, mas a interesses objetivos da 
circunstância histórico-política. 
d) O Direito Essência seria aquele direito não escrito, mas presente na consciência 
ética de todos os indivíduos do mundo, e que se traduz pelas idéias-verdade de 
alteridade, igualdade e liberdade compartilhada. 
e) Todo Direito racionalmente concebido há que levar em conta o outro, há que 
reconhecer a igualdade dos homens, a sua dignidade e valor e, quando de seu 
exercício no mundo real e empírico, terá de se limitar pelo respeito à liberdade do 
outro indivíduo. 
(Itens adaptados de Oscar d’Alva e Souza Filho) 
 
Gabarito: B 
Comentário. 
Mudança ortográfica: não há trema na palavra “sequencialmente”. 
Sem dúvida, há um erro no emprego de forma verbal na opção considerada gabarito 
da questão. 
Ocorre um truncamento sintático a conjugação do verbo IDENTIFICAR no pretérito 
imperfeito do subjuntivo, quando deveria ter sido no presente do indicativo, em 
correlação com o verbo CHAMAR, do início do parágrafo. 
“Arnaldo Vasconcelos CHAMA o Direito Positivo de ‘direito acidente’, para salientar que 
todo Direito nacional sofre as influências do ambiente histórico, da cultura e dos 
valores dominantes em uma sociedade determinada, mas, mesmo assim, esses 
sistemas positivos se IDENTIFICAM, em sua intencionalidade normatizadora, com o 
‘Direito Ideal ou Direito Essência’.” 
Um fato preocupante nessa questão é a opção C. Note que o verbo ADEQUAR foi 
empregado no PRESENTE DO INDICATIVO. 
Como vimos lá no início do estudo, o verbo ADEQUAR é considerado um verbo 
defectivo, ou seja, só possui as formas arrizotônicas do presente do indicativo (nós nos 
adequamos / vós vos adequais). 
Modernamente, há autores que consideram o verbo ADEQUAR REGULAR, PERFEITO, 
COMPLETO, e nessa lista surge o mais importante: HOUAISS, no “Dicionário Houaiss 
de Verbos”. Acontece que este livro foi lançado em 2003, quase quatro anos após o 
falecimento do consagrado linguista. Assim está registrado: “Adequar e readequar, 
considerados defectivos, vêm apresentando conjugação completa, por este padrão [o 
dos verbos terminados em –GUAR, como “enxaguar”].”. 
Sendo completo, teria presente do indicativo (“adéqua”, como se fosse “enxágua”) e 
presente do subjuntivo (“adéque”, como se fosse “enxágue”). A forma “adéqua” recebe 
acento seguindo o mesmo padrão de “égua”, “trégua”, “água”. 
Por isso, ainda que se aceitasse a flexão verbal em todas as pessoas do presente do 
indicativo, haveria um erro de ortografia (falta do acento agudo) na passagem “O 
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Direito Essência é imutável enquanto que o Direito Histórico, desde a sua 
construção legislativa, se adequa não a uma idéia-valor...”. 
Ao indicar como resposta a opção B, o examinador considerou PERFEITA a estrutura 
gramatical da opção C, e não se manifestou acerca desse problema (gravíssimo, por 
sinal). 
E agora, como ficamos? Será que a banca da ESAF já considera o verbo ADEQUAR 
regular e comeu uma mosca “enooorme” em sua grafia ou será que não percebeu que 
o autor do texto empregou o verbo ADEQUAR na 3ª pessoa do singular no presente do 
indicativo? 
Não espere que eu traga uma resposta – também estou em busca dela em relação ao 
verbo ADEQUAR. Sugiro que tome cuidado e, se surgir na hora da prova essa situação, 
analise as demais opções (essa é a vantagem de provas de múltipla escolha). 
Uma observação importante sobre a mudança promovida pelo ACORDO 
ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA 
Nos verbos terminados em –UAR, como “enxaguar” ou “averiguar”, passarão a ser 
aceitas duas formas de conjugação: 
a) com a pronúncia do “u”, sem acento: a-ve-ri-GU-e / en-xa-GU-e / de-lin-QU-em 
(com força no “u”, como se fosse escrita com “c”, no último caso); 
b) com acento (e pronúncia tônica) nas vogais “a” e “i” dos radicais: a-ve-rí-
gue / en-xá-gue / de-lín-quem 
Os dicionários já atualizados registram a primeira forma. 
Agora, sigamos adiante. 
 
V O Z E S V E R B A I S 
27 - (ESAF / Auditor-Fiscal do Trabalho / 2006) 
Analise a proposição de acordo com as estruturas do texto. 
A relação conflituosa entre fazendeiros e colonos, aliada à crescente dificuldade de 
importação de escravos negros da África a partir da década de 60, exige que se use a 
mão-de-obra nativa, forçando-a ao trabalho na lavoura. Os fazendeiros também 
reclamavam uma legislação que permitisse garantias dos investimentos na mão-de-
obra, do cumprimento dos contratos, da repressão às greves e, ainda, que lhes 
propiciasse adequada produtividade. A promulgação da Lei do Ventre Livre, em 1871, 
sinalizando a abolição da escravidão, criou as condições para uma legislação que, ao 
mesmo tempo em que fazia a regulação minuciosa da contratação do trabalho livre, 
previa a obrigação de o homem livre contratar, como mecanismo de combate à 
vadiagem. 
(Sidnei Machado - http://calvados.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/direito/ 
article/viewPDFInterstitial/1766/1463) 
- A substituição de “se use”(l.2) por seja usada mantém a correção gramatical do 
período. 
 
ITEM CERTO 
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Comentário. 
Essa questão nos remete ao estudo das vozes verbais. 
Além das flexões em número, pessoa, tempo e modo, o verbo também pode variar em 
vozes. 
São elas: 
 VOZ ATIVA – O sujeito pratica a ação expressa pelo verbo. É um sujeito 
“agente”, “ativo”. 
 VOZ PASSIVA – O sujeito recebe (sofre) a ação verbal. É um sujeito 
“paciente”, “passivo”. Divide-se em ANALÍTICA (análise é coisa longa, demorada) e 
PRONOMINAL ou SINTÉTICA (síntese é coisa breve, rápida). 
 VOZ REFLEXIVA – Construída com o verbo e um pronome reflexivo. O sujeito 
pratica contra si mesmo a ação verbal. 
 VOZ RECÍPROCA - Classificação apresentada pelo professor Evanildo Bechara, 
a voz recíproca é construída com o verbo e um pronome recíproco. Ao mesmo tempo 
em que pratica a ação, recebe-a de volta por outro agente. Por ser recíproco, o verbo 
deve estar sempreno plural, pois o ato é praticado por dois ou mais agentes (“Ao fim 
do jogo, os jogadores agrediram-se”, “Aquela relação é bem difícil pois se odeiam 
mãe e filha.”). 
O processo de transposição de vozes verbais segue o esquema a seguir. 
 
VOZ ATIVA: 
(1) (3) (2) (4) 
O PROFESSOR DEU O LIVRO AO ALUNO. 
sujeito ativo verbo objeto direto objeto indireto 
 
 
 
VOZ PASSIVA 
ANALÍTICA: 
(2) (3) (1) (4) 
O LIVRO FOI DADO PELO PROFESSOR AO ALUNO. 
sujeito 
passivo 
locução 
verbal 
agente da 
passiva 
objeto indireto 
 
(1) – O termo que exercia a função sintática de SUJEITO na voz ativa passará à 
função de AGENTE DA VOZ PASSIVA, pois é isso exatamente que ele faz – AGE, 
PRATICA A AÇÃO. 
(2) - O termo que exercia a função sintática de OBJETO DIRETO na voz ativa passará 
à função de SUJEITO da construção passiva, já que ele sofre a ação verbal. 
(3) - O verbo passa a ser uma locução verbal, e é nesse ponto que o candidato deve 
ter mais atenção. Não pode haver mudança no tempo ou no modo verbal. Se o verbo 
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originalmente estava no Pretérito Perfeito do Indicativo, o verbo auxiliar da locução 
verbal deverá manter essa mesma conjugação. 
(4) - E o que acontece com o termo que exercia a função de objeto indireto? Vai 
continuar na mesma. Vai continuar exercendo a função de objeto indireto. 
Na construção em voz passiva sintética, como o nome já sugere, há uma 
“simplificação” das formas. Não há locução verbal – o verbo irá concordar com o seu 
sujeito paciente e ao seu lado será colocado um pronome, chamado de pronome 
apassivador, porque é ele quem indica essa construção. E também não existe a figura 
do AGENTE DA PASSIVA. É praxe que, nessa estrutura sintética, o verbo anteceda o 
sujeito paciente. 
 
VOZ PASSIVA 
SINTÉTICA: 
(3) (2) (4) 
DEU-SE O LIVRO AO ALUNO. 
Verbo + pronome 
apassivador 
 sujeito passivo objeto indireto 
 
Note que, para que seja possível a construção de voz passiva (tanto analítica como 
sintética), é indispensável que o verbo tenha transitividade direta, ou seja, tenha um 
complemento direto (OBJETO DIRETO). Isso porque esse termo exercerá a função de 
SUJEITO da voz passiva. 
Assim, o verbo deverá ser TRANSITIVO DIRETO ou TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO 
para que possa ser construído em voz passiva. 
Os verbos que não atendem a essa exigência, pela norma culta, estão 
impossibilitados de construção passiva. Esse assunto será tratado novamente (e à 
exaustão) quando falarmos de concordância verbal e de regência verbal. 
O que o examinador sugere é que se transforme a voz passiva sintética (“... exige que 
se use a mão-de-obra escrava...”) na voz passiva analítica. Para isso, tome cuidado 
de observar quem é o sujeito da construção: “mão-de-obra” é usada. 
Assim, como o verbo deve se manter no presente do subjuntivo, está perfeita a troca 
por “seja usada a mão-de-obra escrava”. 
Na próxima questão, veremos com mais profundidade a transposição de vozes verbais. 
ACORDO ORTOGRÁFICO: Não se emprega hífen em substantivos compostos 
cujos elementos perderam a ideia de composição. Assim, registra-se agora 
“mão de obra”. Em relação a este ponto, teremos de consultar sempre o 
VOLP, já que não houve uma uniformidade por parte da ABL em relação a 
esses substantivos compostos. Leia mais sobre isso, na área aberta do sítio, 
nos artigos publicados sobre as mudanças ortográficas. 
 
28 - (ESAF/ MP ENAP – SPU/ 2006) 
1. Ninguém melhor do que Voltaire definiu a real 
essência da democracia quando escreveu: “Posso 
não concordar com uma só palavra do que dizes, 
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mas defenderei até à morte o teu direito de dizê-las”. Ter 
5. idéias e comportamentos políticos ou sociais diversos 
de outros indivíduos não significa, necessariamente, 
transformá-los em inimigos ferrenhos. Afinal, o 
que se combate são as idéias do outro e não sua 
pessoa. 
(Adaptado de Alfredo Ruy Barbosa, Jornal do Brasil, 11/03/2006) 
Em relação ao texto acima, assinale a opção incorreta. 
- A substituição de “se combate”(l.8) por era combatido mantém a correção 
gramatical e as informações originais do período. 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
Alguns cuidados devem ser tomados na transposição das vozes verbais. 
1) O objeto direto da voz ativa será o sujeito da voz passiva; 
2) Realize a concordância verbal com o sujeito paciente (cuidado com o gênero e 
número); 
3) A locução verbal deve se manter no mesmo tempo e modo verbais da construção 
original. 
É exatamente no item 3 que mora o perigo – a maior parte das “pegadinhas” indicam 
um tempo / modo verbal diferente do original. Vejamos o texto original: 
“Afinal, o que se combate...” o verbo COMBATER está no presente do indicativo, 
tempo em que deve permanecer a locução verbal da voz passiva analítica: “Afinal, o 
que é combatido...”. 
Contudo, o examinador sugere a troca por “era combatido”, levando o verbo auxiliar 
ao pretérito imperfeito. Errou!!! 
Em relação à concordância com a expressão “o que”, aviso que esse é um assunto 
para a aula apropriada. 
Por hoje é só, pessoal. 
Bons estudos a vocês e até a próxima. 
 
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LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS 
1- (ESAF/MPOG – Especialista Políticas Públicas/2005) 
Assinale a opção que corresponde a erro gramatical. 
O princípio que nortea(1) o Mercosul é muito simples: a união faz a força. Separados, 
os países desta região do planeta certamente teriam(2) hoje menos voz e poder de 
barganha nas negociações multilaterais que vêm(3) definindo as regras do comércio 
internacional. E, sem objetivo comum, continuariam(4) nutrindo rivalidades 
regionais sem sentido. Como acordo de livre comércio, o Mercosul é um sucesso, 
pois(5) gerou intercâmbio considerável entre os países membros e os associados. 
(EDITORIAL, O Globo, 22/6/2005, com adaptação) 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
2- (ESAF/MPOG–Especialista Políticas Públicas/2005) 
Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia. 
Diante da atual mediocridade da representação política, é necessária(1) a 
participação e a organização da sociedade, operando uma profunda mudança em nossa 
cultura política. Quanto maior(2) o individualismo, mais frágeis são os governos. As 
regras formais constitucionais não são suficientes para freiar(3) os vícios 
exacerbados(4) pelo poder. As organizações da sociedade devem ter o poder de 
vigiar e cobrar prestação de contas. 
Por isso, em vez de desacreditar da política, devemos agir em co-responsabilidade, 
com coragem, lucidez e discernimento(5) num grande mutirão para abrir caminho 
para um país democrático, justo, desenvolvido e pacífico. 
(Adaptado de Dom Geraldo Majella, cardeal Agnelo, Folha de S. Paulo, 21/6/2005) 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
e) 5 
 
3 - (ESAF/ACE TCU/2002) 
Analise a opção abaixo em relação à ortografia e morfologia. 
- O fato do patrimônio gerar empregos e receitas por meio do turismo não abule o 
paradoxo de que nativos e visitantes se distanciam do fenômeno cultural tanto quanto 
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pessoas que, longe daquelas paragens, pouco valor atribuem a heranças destituídas de 
familiaridade. 
 (Ângelo Oswaldo, “A herança do futuro”, com adaptações) 
 
4 – (ESAF/CGU-Analista/2008) 
Julgue a assertiva a seguir. 
- Está no mesmo tempo e modo verbal de “saibamos” (ℓ. 5) a forma: adiremos, do 
verbo aderir. 
 
5 – (ESAF/Assistente de Chancelaria/2002) 
Segundo

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