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E-BOOK Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar docx (1)

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Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
APRESENTAÇÃO 
 
Caro leitor (a), a presente obra nasce da inspiração de um grupo de pessoas que sentiu e 
acolheu o chamado de compartilhar recursos conectivos e pacificadores no momento em 
que nossos afetos e formas de convivência passam por um processo de transformação. 
 
Somos um grupo de buscadores, pessoas que ao longo de sua existência trilharam vários 
caminhos voltados ao autoconhecimento e a expansão de consciência. Em nossas 
andanças buscamos saberes e fazeres que, juntamente com nossas vivências, nos 
tornaram quem somos, seres que buscam atuar de forma integrativa e pacificadora. 
 
Vivemos um momento ímpar da ​história da humanidade​. ​Grande parte da população do 
Planeta está enfrentando um processo de isolamento social em decorrência da Pandemia 
do COVID-19​. ​Isso nos tem ​levado a ​permanecermos em nossas ​casas, junto de ​nossos 
familiares, e ​a lidarmos com uma série de emoções e sentimentos que nos inundam e 
impelem a uma transformação em nossa forma de viver e de nos relacionarmos​. 
 
Assim, com o objetivo de compartilhar recursos que levam a conexão e pacificação de 
nossas relações e convivência ​em família​, surge a obra Práticas Conectivas e Pacificadoras 
no Ambiente Familiar, um conjunto de 12 atividades que integram recursos de diversas 
áreas, tais como Terapias Holísticas, Psicogenealogia, Práticas Restaurativas e Práticas 
Sistêmicas. 
 
Desejamos a você leitor (a) que nossas práticas possam lhe auxiliar nos processos de 
conexão e pacificação de suas relações familiares, lhe trazendo leveza e harmonia. 
 
 
2 
Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
Sumário 
 ​1 Resgate do equilíbrio interior! Identificar e expressar os sentimentos por meio da Empatia 
e da Gratidão 
Aline Soares Velho Corrêa 
2 Dinâmica de conexão e compreensão para manter o relacionamento em casal saudável 
dentro de casa 
Bruna Boldo Arruda 
3 Desperte a sua melhor versão por meio da Gratidão 
Carolina Cardoso Dutra 
4 Prática restaurativa de atividades físicas em família 
Carolina de Figueiredo Furtado 
5 Conhecendo a história de sua família 
Elisa Ferreira Mello 
6 Prática para conversar com o coração 
Fernanda Bolzani Mascarello 
7 Prática de percepção de si: como estou me sentindo 
João Antonio da Cruz dos Santos 
8 Prática Restaurativa para Cocriação do Planejamento Semanal da Família acolhendo 
emoções e necessidades 
Márcia Sarubbi Lippmann 
9. Prática do Diálogo Compassivo com idosos 
Maria de Lourdes Alves Lima Zanatta 
10 Prática de resgate de vínculos afetivos do casal 
3 
Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
Noemi Ribeiro Albernaz 
11 Dinâmica familiar de resgate espiritual em momentos de dificuldade 
Sandra Gonçalves Daldegan França 
12 Despertando a Consciência de Pertencimento ao Clã e Tomando a Força Advinda de 
Nossos Antepassados 
Tâmara Scolari Schreiber 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
Dinâmica: Resgate do equilíbrio Interior! Identificar e expressar os sentimentos por 
meio da Empatia e da Gratidão. 
Aline Soares Velho Corrêa 1
 Objetivo 
O objetivo da prática é restabelecer o equilíbrio e a conexão com a nossa essência, a partir 
da identificação e expressão dos sentimentos da empatia e da Gratidão, bem como, 
possibilitar a construção de relacionamentos saudáveis, o enaltecimento das qualidades 
positivas dos indivíduos, a conscientização a respeitos dos pontos fortes. 
Número de pessoas 
O número de pessoas pode variar de uma a várias pessoas. Não há nenhum limite de 
número. Lembrando a necessidade de voluntariedade. 
Tempo 
Indefinido. 
Materiais 
- caixa de qualquer material, podendo ser uma urna. Que possua algum tipo de abertura, 
para depositar os papéis. 
- papéis 
- caneta 
- lápis de cor, canetinhas 
- porta caneta 
- criatividade para expressar a gratidão 
1 ​Advogada (OAB/ SC 42.476) – Especialista em Direito Imobiliário, Registral e Notarial. Especialista em Gestão 
Administrativa. Presidente da Comissão de Direito Sistêmico da OAB, subseção de Navegantes/SC. Membro do 
Instituto dos Advogados do Brasil – IASC. Pós-graduanda em Direito Sistêmico com ênfase em Constelações 
Familiares. Facilitadora de Constelação Familiar. Hipnoterapeuta. Reikiana. ​adv.alinesoares@gmail.com 
 
5 
mailto:adv.alinesoares@gmail.com
Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
Procedimento 
1 – A ideia é escolher um espaço dentro da residência ou em qualquer dos outros lugares 
mencionados, para criar um “altar da gratidão”. Nesse espaço você deverá colocar a urna e 
ao lado deixar disponíveis os papéis, as canetas e os lápis de cores para que as pessoas 
possam expressar seus sentimentos de empatia e de gratidão. 
2 – Não será necessário fazer uma reunião das pessoas, e nem mesmo definir um horário. 
A ideia é que as pessoas se sintam livres para exercer os sentimentos de gratidão em todos 
os momentos que desejarem. 
3 – Reservar um momento do dia para se conectar com esse sentimento e para isso faça 
uma respiração para se manter presente. A partir disso escolha alguma pessoa ou alguma 
sensação, ou algum fato, ou mesmo agradecimentos à vida e à natureza, que deseja 
demonstrar seus sentimentos. É importante nomear os destinatários. 
4 – Uma das pessoas da família ficará responsável por abrir a urna uma vez por semana e 
fazer a distribuição das mensagens aos respectivos destinatários. 
5 – De posse dessas mensagens, reserve um tempo do seu dia para, finalmente contemplar 
as mensagens de gratidão que você recebeu. Sentindo quais as sensações que você 
percebe em seu corpo ao receber tanto amor e carinho. 
6 – Se sentir vontade você pode retribuir os agradecimentos, na próxima semana. 
7 – Caso queiram compartilhar desse momento de felicidade, vocês podem se reunir e 
partilhar as mensagens que receberam. 
 
 
 
 
 
 
6 
Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
Dinâmica de conexão e compreensão para manter o relacionamento em casal 
saudável dentro de casa 
Bruna Boldo Arruda 2
Objetivo 
Fortalecer a conexão do casal, respeitando as suas individualidades e buscando espaço 
para que seja possível expressá-las, sobretudo em ambientes pequenos de convivência. 
Materiais 
1. Objeto da fala (algum objeto que tenha um significado especial para os dois enquanto 
casal). Observação: O objeto da fala dá o poder de quem o detém da fala e o poder/dever 
de quem não o detém, da escuta. Assim, um não pode interromper o outro enquanto estiver 
falando, nem que seja para complementar o seu pensamento. Desse modo, vocês 
exercitarão a escuta ativa, empatia e estado de presença. 
2. Duas cadeiras. 
3. Uma folha de papel. 
4. Uma caneta. 
5. Uma caixa de som para colocar as músicas sugeridas. 
Ferramenta guia 
A Comunicação não violenta será a ferramenta guia, por isso tentem responder as questões 
orientados pelo princípio do não julgamento, ou seja, não trazer a sua impressão sobre 
determinado fato (se você acha justo ou injusto, certo ou errado, etc.), apenas descreva o 
fato pelo que se apresenta. 
Fale sempre de como você se sente diante de determinado fato, cuidando para que seja um 
sentimento legítimo e não um ataque e diga qual é a suanecessidade que 
consequentemente está ou não sendo atendida. 
2 ​Advogada pelos Direitos das Mulheres. Esp. Em Direito e Processo Penal. Pós-graduanda em Direito 
Sistêmico com ênfase em Constelações Sistêmicas. Mestranda em Educação. Facilitadora em Justiça 
Restaurativa Sistêmica. 
7 
Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
Orientação da Dinâmica 
1. Após a leitura deste material, convide o (a) seu(sua) parceiro(a) a participar desta prática 
e explique para ele(a) como irá funcionar, os combinados são muito importantes e trazem 
maior segurança e disponibilidade para os participantes. 
2. Primeiro, façam uma breve meditação para centrar-se. Vocês podem escolher uma 
música que gostam (sugestão: ​https://www.youtube.com/watch?v=fdilHj4rHnQ​), sentar-se 
confortavelmente nas cadeiras um em frente ao outro e fechar os olhos. 
Enquanto estiverem ouvindo a música, tentem se concentrar no momento presente, 
deixando os pensamentos fluírem sem fazer qualquer interferência sobre eles. Lembrem-se 
que tudo que importa é o aqui e o agora e que isso guiará toda a prática de vocês. 
Se for possível, tentem ainda imaginar os seus pais atrás de vocês, não importa se vocês 
os conheceram ou não, veja como essas figuras aparecem representadas para vocês e 
percebam que sentimentos vêm à tona sem fazer qualquer intervenção. 
3. Ao acabar a música, vocês podem suavemente abrir os olhos e olharem nos olhos um do 
outro por um instante, tentando imaginar os pais de seu (sua) parceiro (a) atrás dele (a) 
também e, então façam uma pequena reverência um ao outro. 
4. Peguem o seu objeto da fala e quem sugeriu a atividade conduzirá a prática como 
facilitador e participante ao mesmo tempo. Você responderá primeiro e depois passará o 
objeto da fala para o (a) seu (sua) parceiro (a) para que dê a sua resposta e assim por 
diante. É muito importante seguir os combinados do uso do bastão da fala descritos na 
parte “materiais”. 
Sequência de perguntas: 
a.​ Como você se sente quando precisamos passar bastante tempo dentro de casa? 
b.​ O que você mais gosta de fazer junto comigo na nossa casa? 
c.​ É possível disponibilizar algum tempo para isso em nossa atual rotina? Escreva. 
d.​ E o que você mais gosta de fazer quando está sozinho (a) ou quando era solteiro (a)? 
8 
https://www.youtube.com/watch?v=fdilHj4rHnQ
https://www.youtube.com/watch?v=fdilHj4rHnQ
Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
e. É importante para você ter um espaço só seu em nosso lar para fazer suas coisas 
pessoais? Se sim, como podemos estabelecer um local (conforme a realidade da 
casa/apartamento que moramos) que seja o meu ambiente seguro e um que seja o seu? 
f. Considerando as duas últimas perguntas, é possível adaptar isso de alguma forma em 
sua rotina atual? (sejam criativos) Escreva. 
g.​ Quanto tempo queremos disponibilizar em comum acordo para isso? Escreva. 
h. Em relação às tarefas domésticas, você sente que estão equilibradas entre vocês? 
Pontue sem julgamento. 
i. Se a resposta for negativa, como essas atividades poderiam estar melhor equilibradas na 
sua opinião? 
j. O que cada um está disposto a fazer para chegar em um comum acordo? (repassem o 
bastão nesta negociação o quanto for necessário, lembrando do estado de não julgamento, 
expressando seus sentimentos e necessidades). Escreva. 
Ao final, veja em seu caderno quanto tempo estão disponibilizando para cada atividade e 
façam os ajustes necessários de acordo com a sua rotina. 
5. Ainda em posse do bastão da fala, digam um de cada vez: Eu vejo você. Eu vejo a sua 
história. Eu vejo os seus contextos. Eu te acolho e te aceito pelo que você é. Eu agradeço 
tudo que aconteceu para estarmos aqui hoje. 
6. Para finalizar, escolham uma música para vocês ou coloquem a mesma música sugerida 
para o início e ainda sentados nas cadeiras, fechem os olhos e refaçam as visualizações: 
primeiro pai e mãe atrás de vocês, depois tentem visualizar o pai e a mãe de seu (sua) 
parceiro(a) atrás dele(a) e após tudo isso deem-se as mãos (ainda de olhos fechados) e 
sintam a conexão entre os seus sistemas. 
Repitam mentalmente: “você faz parte e eu faço parte”. Quando sentirem que é hora, 
levantem-se abrindo suavemente os olhos e se abracem. Façam esse passo a passo de 
forma devagar, levando o seu tempo necessário. 
 
9 
Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
Desperte a sua melhor versão por meio da Gratidão 
Carolina Cardoso Dutra 3
 ​Nós precisamos de práticas para criar hábitos e viver a partir de nosso Eu Verdadeiro 4
 Objetivo 
A realização da dinâmica tem por escopo trazer instrumentos para facilitar a conexão 
pessoal, a fim de que possamos viver alinhados com nossos valores e que possamos 
construir melhor nossos relacionamentos para viver em comunidade, a partir do resgate 
pessoal dos potenciais e talentos inerentes de cada ser. 
Número de participantes 
De um a vários participantes. Caso seja empregado dentro do ambiente familiar, os 
participantes serão os componentes da família. Caso seja realizado dentro do espaço 
profissional, os participantes serão os empregadores e os colaboradores – lembrando que é 
uma dinâmica que preza pela voluntariedade. Portanto, quem sentir o chamado, venha 
participar, pois cada pessoa é muito importante para o sucesso desse exercício. 
Condução da dinâmica e local 
Facilitador: Qualquer membro da família que se dispor a conduzir a dinâmica 
Local: Residência Familiar - (Pode ser adaptado para as empresas e ambiente de trabalho) 
Tempo 
De 20 a 30 minutos, dependendo o número de participantes. 
Materiais 
3 Advogada (OAB/ SC 47.590) – Esp. Direito Penal e Processual Penal pela Universidade do Vale do 
Itajaí – UNIVALI; Esp. Direitos Difusos e Coletivos com ênfase em Administração Pública e 
Moralidade pela Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI. Presidente da Comissão de Justiça 
Restaurativa da OAB, subseção de Rio do Sul/SC. Facilitadora de constelação familiar sistêmica e 
Justiça Restaurativa Sistêmica – carolinacdutra02@gmail.com. 
 
4 ​Círculos em Movimento: Construindo uma comunidade escolar restaurativa. Versão web. Bloco I/V. 
Disponível em:​ ​www.circulosemmovimento.org.br​ Acessado em 28 de março de 2020. Pg. 61 
 
10 
http://www.circulosemmovimento.org.br/
http://www.circulosemmovimento.org.br/
Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
- folhas de papel (formato A4) recortadas em 6 partes. 
- canetas 
- disposição e coração aberto para fazer e receber comentários centrados nos pontos 
positivos de cada pessoa 
Procedimento 
​1 - Escolha um cômodo da casa ou da empresa que seja bastante tranquilo, no qual não 
sejam interrompidos. Disponham-se em círculo, ficando todos no mesmo nível (de altura), 
de forma que seja possível que todos se vejam (olhos nos olhos). 
2 ​– Definam que irá conduzir a dinâmica. Sendo que cabe a esta pessoa fazer as leituras, 
distribuir os materiais e explicar o procedimento da atividade. 
3 – Pedir aos participantes que se conectem ao momento, permanecendo em estado de 
presença. Para isso façam três respirações profundas, inspirando pelo nariz e exalando 
pela boca, deixando de fora todas as preocupações e pensamentos aleatórios. Importante 
lembrar aos participantesque neste momento estão todos conectados e que ali é um 
espaço seguro, no qual todos podem se abrir sem julgamentos e que tudo o que acontecer 
ali, ficará ali. 
4 ​– Distribuir as canetas e papéis, sendo que o número de papel irá se dar de acordo com o 
número de participantes, de forma que cada participante deverá ter tantos papéis quanto ao 
número total de participantes. Exemplo: se são cinco participantes, cada participante deverá 
ter cinco pedaços de papel. 
5 ​- Pedir aos participantes que escrevam o nome de cada um dos participantes, em cada 
uma das folhas que eles têm nas mãos, inclusive o seu próprio nome. É importante que o 
facilitador também participe da dinâmica. 
6 ​– Agora que os materiais já estão distribuídos e que estão todos em estado de presença o 
facilitador dará início a dinâmica fazendo a seguinte leitura e pedindo para que os 
participantes reflitam sobre o texto: 
“Um avô da nação Cherokee estava conversando com seu neto. 
Uma luta está acontecendo dentro de mim”, ele diz ao menino. 
É uma luta terrível entre dois lobos. 
Um lobo é malvado e feio. 
11 
Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
Ele é a raiva, a inveja, a ganância, a guerra, autopiedade, tristeza, 
arrependimento, culpa, ressentimento, inferioridade, mentiras, falso 
orgulho, superioridade, egoísmo e arrogância. 
O outro lobo é lindo e bom: ele é amigo, alegre, pacífico, amoroso, 
esperançoso, sereno, humilde, bondoso, justo e solidário. 
Essa mesma luta está ocorrendo dentro de você e dentro de cada 
ser humano. 
“Mas avô!”, exclama o neto, “Qual dos lobos vai vencer”? 
O ancião olhou nos olhos de seu neto e respondeu: 
“Aquele que você alimentar ”. 
5
A partir dessa reflexão, é momento de buscarmos atingir nossa própria visão, estimulando 
os outros a partir do nosso reconhecimento e sentimento de gratidão genuíno. Para isso, 
nessa etapa, iremos criar uma cultura positiva, ao demonstrar ao outro o que percebemos 
de potencial em cada participante: pode ser elogios sobre a pessoas de uma forma geral, 
pode ser sobre algo que sinta gratidão, pode ser o que reconhece de pontos fortes... 
Para isso, o facilitador irá disponibilizar de 5 a 10 minutos para que os participantes 
escrevam nos papéis as qualidades, os pontos fortes, a parte boa de cada um dos 
integrantes. O que você percebe no outro que te inspira? Cada participante irá escrever 
sobre todos os participantes, inclusive sobre si mesmo. Exemplo: 
Fulano A 
Inteligente, 
esforçado, 
iluminado, 
corajoso. 
Eu mesmo 
Bonito, esforçado, 
arrojado, forte, 
tem compaixão, 
ajuda o próximo. 
Cicrano C 
Dedicado, 
empático 
esforçado, 
iluminado, 
produtivo. 
Fulano B 
Vaidoso, 
simpático, 
iluminado, 
animado, 
comprometido, 
solidário. 
Cicrano D 
Feliz, prestativo, 
estudioso, sempre 
termina o que 
começa. 
 
7 – Finalizada essa etapa, cada participante terá cinco papéis com elogios referentes a 
cada um dos participantes, como no exemplo acima. Agora é chegada a hora de ouvir os 
elogios!!! 
5 ​Círculos em Movimento: Construindo uma comunidade escolar restaurativa. Versão web. Bloco I/V. 
Disponível em:​ ​www.circulosemmovimento.org.br​ Acessado em 28 de março de 2020. Pg. 61 
 
12 
http://www.circulosemmovimento.org.br/
http://www.circulosemmovimento.org.br/
Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
Nesse momento, o facilitador irá escolher um participante ouvinte por vez, sendo que em 
cada rodada, todos os participantes irão ler os elogios feitos no papel referente àquele 
participante ouvinte. 
Exemplo: o ​“Fulano A” será o ouvinte da primeira rodada. Ele irá iniciar lendo o que 
escreveu sobre si mesmo e, em seguida, passa a palavra para quem está a sua direita. 
Este irá ler o elogio que escreveu no papel para o ​“Fulano A” e ao terminar de ler, irá 
entregará o papel ao “​Fulano A”. 
Assim segue sucessivamente, o segundo participante, também lê os elogios que fez ao 
Fulano A, e ao final entrega o papel a ele. Ao término desta rodada, o ​“Fulano A” terá 
ouvido elogio de todos os participantes, bem como, terá recebido 5 papéis contendo os 
elogios que cada participante fez para ele. 
Terminada a primeira rodada, segue para o segundo ouvinte, até que todos tenham ouvido 
os elogios de todos os participantes. 
8 ​– No final da rodada, depois que todos tenham sido elogiados, o facilitador retoma a 
palavra e finaliza o círculo, fazendo a leitura do seguinte texto: 
“​A diversidade da natureza é a fonte da força. Interdependência é essencial para a 
sobrevivência. É assim que acontece na natureza. Cada célula de 
nosso corpo é diferenciada para desempenhar uma função 
especializada que contribui para o todo. Isso é tão verdadeiro para 
as famílias como o é para as organizações. Pessoas diferentes são 
necessárias, porque pessoas diferentes veem e fazem coisas de 
forma distinta. Nós precisamos da contribuição de talentos diversos, 
personalidades diversas e perspectivas diversas para encontrar 
soluções criativas e inovadoras para atender às nossas 
necessidades. Precisamos ter humildade – perceber que cada um de 
nós sozinho não tem todas as respostas – e sentir gratidão, para 
podermos estar abertos aos talentos e dons que os outros trazem ​. 6
​9 ​– Esse círculo tem a afinidade natural de nutrir o “lobo bom” que existe dentro de nós, de 
forma que se nós escolhermos nutrir nossos relacionamentos de forma positiva, a começar 
criando bons hábitos e viver a partir de nosso “EU VERDADEIRO” – nos conectando com a 
gratidão pela nossa vida – certamente iremos prosperar em plenitude com o nosso ser 
 
6 ​Círculos em Movimento: Construindo uma comunidade escolar restaurativa. Versão web. Bloco I/V. 
Disponível em:​ ​www.circulosemmovimento.org.br​ Acessado em 28 de março de 2020. Pg. 58 
 
13 
http://www.circulosemmovimento.org.br/
http://www.circulosemmovimento.org.br/
Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
Prática Restaurativa de Atividades Físicas em Ambiente Familiar 
 Carolina de Figueiredo Furtado 
7
 
Objetivo 
Pautando-se a prática restaurativa em atividades físicas a serem realizadas na residência 
familiar, apoiando-se o movimento nas Ordens do Amor de Bert Hellinger, seu primeiro 
objetivo é o de restabelecer o equilíbrio entre o dar e receber, bem como, ressignificar o 
pertencimento dos membros no sistema familiar, respeitando-se por princípio, a natural 
hierarquia. 
Valores como a atenção, motivação, participação e aceitação no jeito de ser e fazer do 
outro, auxiliam no momento de confinamento; direcionando a mente, a sair do isolamento 
individual em direção a convivência familiar e coletiva. 
Participantes 
Todos os componentes da família. 
Metodologia 
Apoiada na Terapia do Reencontro – cuidar de si para cuidar do outro; com foco nos 
Círculos Restaurativos da Paz, a família deve organizar sua prática da seguinte forma: 
Descrição das dinâmicas realizadas 
HORÁRIO – Todos os dias no período da manhã, logo após o café da manhã, criando-se a 
habitualidade da prática. 
TEMPO – De 20 (vinte) a 40 (quarenta) minutos. 
FACILITADOR – Em sistema de rodízio entre os membros do grupo familiar, que assumem, 
por ordem e hierarquia, do mais velho ao maisnovo, a condução da atividade física para o 
dia. Ao facilitador, como valor do Círculo, não cabe julgamento de certo ou errado sobre a 
7 ​Advogada pela Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Santa Catarina (OAB/SC -18.301). Membro das 
Comissões OAB vai à Escola, Direito Sistêmico e Estudos Jurídicos, Seccional de Santa Catarina. Sócia 
credenciada do Instituto de Mediação Luiz Flávio Gomes de Joaçaba/SC. Pós-graduanda em Direito Sistêmico 
com ênfase nas Constelações Sistêmicas, no Instituto Nacional de Perícias e Ciências Forenses, de 
Florianópolis/SC. 
14 
Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
atuação do outro. Nem mesmo, intervenção dos membros na condução da prática pelo 
facilitador. 
ATIVIDADE – Variam entre: Meditação, Yoga, Alongamento, Ping-Pong, Basquete, 
Natação, Judô e Brincadeiras infantis como: esconde-esconde e pega-pega. Entre outras 
que a família optar. 
​MATERIAIS – Tapetes, raquetes de ping-pong, bolas, touca, óculos e roupa de natação, 
quimono e música, etc. 
LOCAL – Os múltiplos espaços da residência familiar que comporte a modalidade a ser 
praticada. 
Resultado 
A prática deve atender as necessidades individuais e coletivas visando fortalecer os laços 
familiares; e, proporcionar aos seus membros, a chance de reconhecer seus próprios 
recursos. Prática, após prática, as partes envolvidas no círculo restaurativo passarão a se 
relacionar de forma mais equilibrada e saudável, eliminando temores do confinamento, 
doença e excessivas preocupações, em nova motivação interligada. A residência familiar 
como resposta ao círculo, se transformará em um local para adquirir habilidades e hábitos 
que acolham relacionamentos saudáveis, conectivos e pacíficos. 
Considerações finais 
O programa de reunião familiar através de atividades físicas constitui-se como um vetor no 
processo restaurativo ao enfrentamento do isolamento imposto às partes do grupo familiar 
no enfrentamento a COVID-19. Seu sistema de rodízio facilita a abordagem de outras 
técnicas: físicas e/ou mentais, o que amplia a proposta restaurativa. 
Alcançar um maior número de famílias é a proposta final desta prática restaurativa, visando 
àqueles que queiram transformar o período do confinamento em saúde, diversão e 
aproximação dos membros da família entre si, eliminando sensações e sentimentos de 
desequilíbrio, exclusões e/ou alterações de humor. 
A adaptação ao conflito com práticas restaurativas flexíveis; priorizando-se o resultado e 
não a forma, de fato transmutam a possível dor em amor, a doença em saúde e o indivíduo 
15 
Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
confinado em ser social, familiar e comunitário, consciente de seu papel, importância e 
presença no espaço e no tempo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
Conhecendo a História da sua Família 
Elisa Ferreira Mello 8
Objetivo 
Montar a composição da família, por meio de um genossociograma, trazendo informações 
sobre nomes, datas de nascimento e morte, casamentos e divórcios, profissões, lugares em 
que viveram, hobbies, histórias de cada membro e outros dados que o grupo entender 
relevantes. 
Participantes 
Essa é uma atividade que envolve adultos e crianças e permite a conexão com nossas 
famílias, ligando-nos à força que vem delas. A ideia é construir um genossociograma, que, 
diferente da árvore genealógica, permite que mais dados e memórias sejam acrescidos, 
mostrando-se uma boa oportunidade para rever e contar a história de onde viemos. 
Materiais 
Folha de papel 
Lápis e lápis de cor, caso as crianças queiram participar com desenhos dos membros, dos 
lugares e outros que mandar a imaginação. 
Podem ser usados, também, recortes de fotografias e imagens. 
Orientação 
1 – Comece colocando os nomes dos filhos, na base do desenho, dispondo, um pouco mais 
acima, o nome dos pais, acima desses, dos avós e, depois, dos bisavós. Faça um traço 
entre os pais e entre esses e seus filhos, para indicar a relação. Dois traços perpendiculares 
podem ser acrescidos para indicar divórcios. Os irmãos são dispostos por antiguidade, da 
esquerda para a direita. 
8 Advogada, pós-graduada em Direito Aplicado ​lato ​sensu pela Escola da Magistratura do Paraná, 
pós-graduanda em Direito Sistêmico. 
17 
Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
2 – Para quem tiver crianças em casa, podem ser feitos desenhos de cada membro ou 
coladas imagens representativas. Optando por desenhar, conversem sobre detalhes como 
cor dos olhos, cabelos e outros traços físicos. 
3 – Após desenhado cada membro da família, acrescente ao lado de cada um deles sua 
data e local de nascimento, profissão, hobbies e outras informações que surgirem. 
Aproveite o momento em que todos estão recolhidos, para entrar em contato com parentes 
próximos e coletar dados. 
4 – Se existem avós ou bisavós imigrantes, pode-se buscar a história dos países de origem 
e adicionar colagens ou desenhos que os representem. 
5 – Segue exemplo : 
9
 
 
 
 
 
 
 
9 Disponível em http:​https://www.vivernaitalia.com.br​. Acesso em 24 de março de 2020. 
18 
https://www.vivernaitalia.com.br/
Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
Prática para conversar com o coração 
Fernanda Bolzani Mascarello 10
Objetivo 
Esta prática tem por objetivo compreender os sentimentos e necessidades presentes em 
nosso mundo interno para poder estabelecer uma comunicação baseada na autoempatia, 
na expressão autêntica e na empatia – está quando a compreensão é estendida ao outro. 
Materiais 
Lista dos Sentimentos, Lista das Necessidades e caneta. 
Descrição da Prática 
1)​ ​PRÁTICA DE ATENÇÃO PLENA 
Em um lugar tranquilo, sente-se em uma cadeira ou no chão, procurando manter sua coluna 
ereta. Leve sua atenção para os pontos de contato do seu corpo com as superfícies onde 
ele se apoia. Entre em contato com as sensações, sem julgamento, use apenas a sua 
percepção. 
Coloque sua atenção no seu peito e no seu abdômen, observando o movimento durante a 
respiração. 
Sinta sua respiração. Acompanhe a viagem do ar entrando e saindo do seu corpo. Seja 
apenas um observador dos seus movimentos respiratórios. 
É normal que a natureza inquietante da mente se manifeste. Por isso, se algum 
pensamento vier à mente, note-o, e volte a prestar atenção na sua respiração. 
Mantenha esta prática por cerca de 10 minutos ou até sentir que sua mente está sossegada 
e você está presente no aqui e agora. 
2)​ ​CHECKLIST DOS SENTIMENTOS 
10 Servidora do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, facilitadora de círculos de construção de paz e 
mediadora judicial 
 
19 
Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
Conecte-se com uma situação que está lhe causando incômodo ou gerando um conflito. 
Vamos começar focando nos seus sentimentos. Faça um checklist, ou seja, faça um traço 
embaixo das palavras a seguir relacionadas que representam os sentimentos com os quais 
você se identifica. Deixe-se conduzir pela sua sensibilidade. 
INCOMODADO ANSIOSO ENVERGONHADO TRISTE 
ENTEDIADO ANIMADO CONFUSO ENCANTADO 
DESESPERADO DESCONECTADO PERTURBADOIMPACIENTE IRRITADO EXAUSTO AMEDRONTADO 
CONTENTE FELIZ DESAMPARADO ESPERANÇOSO 
INDIFERENTE FURIOSO INSEGURO INSPIRADO 
ALEGRE NERVOSO SATISFEITO ORGULHOSO 
GRATO INDIGNADO COM SAUDADES CHATEADO 
MAGOADO INFELIZ ABALADO APREENSIVO 
COM RAIVA CONFORTÁVEL CURIOSO DEPRIMIDO 
DESANIMADO DESENCORAJADO DESILUDIDO ENCIUMADO 
FRUSTRADO INDECISO INQUIETO MAL-HUMORADO 
OTIMISTA PARALISADO PERDIDO RELAXADO 
RESSENTIDO SEGURO SURPRESO TENSO 
TRANQUILO DESCONFIADO ANGUSTIADO AFLITO 
SOZINHO EM PAZ ALIVIADO IMPOTENTE 
DESCONFORTÁVEL TÍMIDO DECEPCIONADO PREOCUPADO 
APAVORADO ASSUSTADO CONFIANTE COM NOJO 
CHOCADO ABATIDO CANSADO 
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Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
Dentre as os sentimentos escolhidos, selecione os seis que mais ressoam em você, 
circulando-os com a caneta. Foque sua atenção em cada um destes seis e, sem julgar, 
perceba se há sensações físicas associadas, como por ex., tensão, peso, respiração curta, 
dor de cabeça. Ciente dos sentimentos e sensações, faça um checklist das suas 
necessidades. 
 3) CHECKLIST DAS NECESSIDADES 
Verifique a lista abaixo e faça um traço embaixo das palavras que dizem respeito às 
necessidades suas que não estão sendo atendidas. Permita que sua sensibilidade o 
conduza nas suas escolhas. 
 
HONESTIDADE AUTENTICIDADE INTEGRIDADE 
AUTONOMIA ESCOLHA LIBERDADE ESPAÇO 
COMPREENSÃO ESPONTANEIDADE EXPRESSÃO 
CELEBRAÇÃO CLAREZA LUTO INSPIRAÇÃO 
ESPERANÇA APRENDIZADO DESCOBERTA CRIATIVIDADE 
VALORIZAÇÃO CONEXÃO EMPATIA ACEITAÇÃO 
PERTENCIMENTO COOPERAÇÃO COMUNICAÇÃO CONFORTO 
COERÊNCIA PROTEÇÃO PAZ BELEZA 
RESPEITO SEGURANÇA RECONHECIMENTO 
APOIO SUSTENTABILIDADE EQUIDADE HARMONIA 
ORDEM EXPRESSÃO DIVERSÃO AR MOVIMENTO 
DESCANSO ABRIGO SAÚDE ORGANIZAÇÃO 
CONSIDERAÇÃO TRANQUILIDADE JUSTIÇA AMOR 
CARINHO EQUILÍBRIO FLUIDEZ FLEXIBILIDADE 
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Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
IGUALDADE INCLUSÃO INTIMIDADE MOTIVAÇÃO 
PARTICIPAÇÃO PREVISIBILIDADE PROPÓSITO RECIPROCIDADE 
EFICIÊNCIA CUIDADO REPONSABILIDADE COMUNIDADE 
DIGNIDADE EFICÁCIA EMPODERAMENTO PRIVACIDADE 
AMIZADE COMPAIXÃO APRECIAÇÃO 
Concluída a sua própria lista, selecione as seis necessidades mais presentes em você, 
circulando-as com a caneta. 
 4) ORGANIZANDO O MUNDO INTERNO 
De posse dos seis sentimentos e das seis necessidades, organize seu mundo interno. 
Estabeleça relações entre eles. Relembre de outras situações em que você pode ter tido 
estas necessidades. Conecte-se com elas e com a forma como foram atendidas. Observe 
as sensações e sentimentos que surgem. 
Finalmente responda: O que é importante para você? Qual a forma saudável de atender às 
suas necessidades? 
5)​ ​AUTOEMPATIA E EMPATIA 
Além de ser vivenciada individualmente, a prática pode ser realizada em conjunto, pelos 
membros da família, quando estiverem diante de uma situação de conflito. Neste caso, os 
membros podem realizar a checagem individualmente e, depois, compartilhar entre si a 
experiência; ou a checagem pode ser realizada em conjunto, havendo uma pessoa para 
atuar como facilitador, de modo a organizar o processo, a ordem das falas, bem como a 
eventual obtenção de consenso, caso venham a tomar. 
 
 
 
 
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Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
Prática de Percepção de Si: como estou me sentido. 
João Antonio da Cruz dos Santos . 
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Objetivo 
Essa prática tem como objetivo central a percepção de si, mediante um conflito que será 
trabalhado por você, através da autoanálise, da observação de seus sentimentos, de suas 
necessidades e da realização de um pedido mediante essa observação. Dessa maneira, 
você poderá entender seus sentimentos e propiciar um autoconhecimento. 
Materiais 
Folha de papel 
Caneta 
Post-its: opcional 
Tempo 
Tem a duração média de 20 minutos a 45 minuto 
 ​Orientação 
1) Inicialmente fazer uma pequena meditação, através de respiração de forma leve, 20 
vezes, com objetivo de estar e se manter presente durante a prática. 
2) Após a meditação, pensar num conflito em que você está se sentindo incomodado e que 
queria expressar ele. 
3) Para isso, você deverá responder as perguntas abaixo de forma sequencial, pode ser 
feito através de palavras ou desenhos, a melhor forma de você se expressar, não poderá 
pular ou deixar de fazer qualquer item abaixo, assim todos deverão ser respondidos: 
→ Dica: tentar organizar, separando cada item na folha, para ao final ter um olhar total 
sobre o que foi expressado. 
11 ​Advogado, Bacharel em Direito pela Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI (2018), Pós-Graduando em 
Direito Sistêmico com ênfase em Constelações Sistêmicas pelo Instituto Nacional de Perícias e Ciências 
Forenses – INFOR (2019). Facilitador de Justiça Restaurativa Sistêmica pelo Núcleo de Direito Sistêmico/NDS 
(2018). Vice-Presidente da Comissão de Justiça Restaurativa e Direito Sistêmico da Subseção Itajaí/SC. 
23 
Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
I) ​Observar ​o seu conflito de forma neutra, apenas narrar sem trazer algum julgamento ou 
sentimento. Como se estivesse vendo um filme, e narrando ele. 
II) Logo em sequência, escrever os ​sentimentos que essa observação te trouxe, pode ser 
eles positivos como negativos. 
III) Ao escrever seus sentimentos mediante essa observação, escrever quais suas 
necessidades​ que isso te gerou, algo que traga equilíbrio para você. 
IV) E por fim, escrever um ​pedido​, ou seja, fazer uma ação mediante essa observação, 
sobre os sentimentos levantados e suas necessidades. Algo que você possa fazer, e que te 
gere responsabilidade, e saia da expectativa. 
4) Após a elaboração dessas quatro etapas: observação, sentimento, necessidade e 
pedido; fazer uma reflexão sobre o que foi escrito, como você se sentiu sobre se expressar, 
quais tomadas de consciência você teve. 
5) E para finalizar, fazer uma meditação, através de respiração de forma leve, 20 vezes, 
para absorver o que foi trabalhado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
 Prática Restaurativa para Cocriação do Planejamento Semanal da Família acolhendo 
emoções e necessidades 
Márcia Sarubbi Lippmann 12
Objetivo 
Construção de forma empática de Planejamento Semanal da Família em Isolamento Social. 
Para que possamos conviver de forma harmônica e saudável é muito importante que a 
família que está passando pelo processo de isolamento social, elabore uma rotina de 
atividades, assim nos mantemos ativos e seguros, contribuindo para nossa saúde 
emocional física e espiritual. 
Para que o Planejamento Semanal tenha sucesso é necessário que todos os envolvidos 
sejam participem em sua construção. 
Materiais 
Folha de Papel 
Caneta 
Imagens relacionadas às emoções ou lista das emoções 
Objeto da fala (objeto utilizado para coordenar a fala respeitosa, somente quem está com o 
objeto fala, enquanto os outros escutam) 
 ​REGRA DE OURO​: Falem de forma honesta, mas não agressiva e sem julgamento. 
Ex: Eu me sinto frustrado quando tenho vontade de assistir séries e vocês não me deixam. 
 
12Escritora, Palestrante,Mediadora,Pacificadora, Professora de Métodos Alternativos de Solução de Conflitos, 
Direito Internacional e Direito Sistêmico em Cursos de Graduação e Pós-graduação na UNIVALI, Coordenadora 
do Curso de Pós-graduação em Direito Sistêmico com ênfase em Constelações Sistêmicas- INFOR\NDS,Coordenadora do Grupo de Estudos em Aplicação Sistêmica do Direito e Justiça Restaurativa Sistêmica- 
UNIVALI,Presidente da Comissão de Justiça Restaurativa do IASC, Presidente da Comissão de Direito 
Sistêmica da ADFAS em Santa Catarina, Membro da Comissão de Direito Sistêmico do IASC, Presidente do 
NDS- Núcleo de Aplicação Sistêmica do Direito. Co-autora dos livros: Direito Sistêmico:Aplicação das Leis 
Sistêmicas de Bert Hellinger ao Direito de Família e Direito Penal; Constelações Sistêmicas na Execução Penal: 
Metodologia para sua implementação e Um Novo Olhar para o Conflito: Diálogo entre Mediação e Constelação 
Sistêmica, Justiça Restaurativa Sistêmica , Mediação como Política Pública, Direito Sistêmico a serviço da 
Cultura da Paz.​E-mail: marciasarubbi@gmail.com 
25 
Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
Orientação 
1- Reúna sua família em volta da mesa ou no chão da sala, faça um círculo no qual são 
colocadas as imagens relacionadas a emoção ou os nomes da emoção, se puder, prefira 
imagens. No centro do círculo coloque a folha em branco onde será feito o planejamento. 
2- Explique as regras do círculo e garanta que esse é um espaço seguro de expressão de 
sentimentos e necessidades e que todos serão ouvidos com respeito. 
3- Peça para que cada um, escolha uma imagem ou emoção que reflete o sentimento em 
relação ao qual estão mais conectados, quem conduz o movimento toma nota das 
informações, que posteriormente serão utilizadas para cocriação do Planejamento. 
4- Deixe com que reflitam e sintam esse momento 
5- Primeira rodada: 
Pergunta: Como você está se sentindo nesse momento. Passe o objeto da fala para ela. 
6- Todos devem ouvir, sem interromper a pessoa que está falando. 
7- Ouçam o que cada um tem a dizer, percebam o que aflora. 
8- Segunda Rodada: 
Qual a sua necessidade nesse momento. O que você precisa nesse momento. Passe o 
objeto da fala para ela. 
9 - Ouçam o que cada um tem a dizer, percebam que aflora. 
10 - Terceira Rodada: O que eu necessito para que minha necessidade seja atendida. 
11- Ouçam o que cada um tem a dizer, percebam que aflora. 
12 -Após terem realizado as três rodas, todos os participantes terão sido ouvidos e agora o 
grupo está pronto para cocriar um Planejamento no qual serão integradas as necessidades 
de cada um. 
26 
Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
13- Pegue a folha de papel, na qual devem constar MANHÃ, TARDE E NOITE e construam 
em conjunto em harmonia o Planejamento Semanal da sua família, que deve ser reajustado 
a cada semana, necessário. 
Lembre-se de levar em conta em seu planejamento as necessidades apresentadas pelo 
grupo familiar e promoção da autonomia de todos os membros da família. Todos devem 
participar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
Prática do Diálogo Compassivo com idosos 
Maria de Lourdes Alves Lima Zanatta 13
 
Objetivo 
Dialogar de forma compassiva com idosos e elaboração uma de planilha de afazeres que 
possa ser factível de forma que possamos dirimir o impacto do isolamento social e que não 
seja danoso o tempo para as mais diversas tarefas que temos que cumprir através do 
diálogo compassivo. 
Materiais 
Caderno de receitas de culinárias, canetas coloridas, canetas azul e preta. Aparelho celular. 
Toda a estrutura de produtos para elaboração de pratos mineiros, baianos, franceses, 
cariocas (a grande maioria doces e bolos) e insumos para manter a horta do Condomínio. 
Regra 
Paciência para esperar que após todas as Missas e Orações iniciamos as Oficinas (são 
várias ao dia), de acordo com a vontade da Mainha idosa de forma tranquila e sem 
julgamento de suas escolhas. E ao mesmo tempo estar conectadas em todas as 
mensagens que chegam a todo momento. E são muitas. Responder a todas, embora sejam 
diametralmente diferentes das nossas aspirações. 
EX: Você não presta atenção na receita e seus pães de queijos não cresceram como 
deveriam; o seu ponto de crochê não tem um bom acabamento, presta atenção nas 
mensagens que mandei pois estão voltando; você retirou o link com a rádio Vaticano e não 
pude ouvir/ ver a Missa etc. 
13 ​Doutora em Ciências Jurídicas Públicas (Universidade do Minho - Portugual) (2018). Mestra em Direito 
(Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI) (2009). Mestra em Relações Sociais e Econômicas Internacionais 
(Universidade do Minho - Portugal) (1999). Bacharela em Direito (UNIVALI) (1995). Graduada em Letras pela 
UNIVALI (1998) e pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) (1983). É coordenadora do Grupo de 
Pesquisa Direitos Humanos e Cidadania, cadastrado junto ao CNPq e à Escola de Ciências Jurídicas e Sociais 
da UNIVALI. É também coordenadora do Projeto de Extensão Direito Intergeracional e Transversalidade, que 
realiza ações interdisciplinares no campo da garantia de direitos da criança e do adolescente por meio da oferta 
de cursos de formação e assessorias às entidades da sociedade civil nos temas transversais apoiado na 
legislação pertinente à etnia-raça e gênero. Tem experiência na área do Direito Público, com ênfase em Direitos 
Humanos, Direito da Criança e do Adolescente, Cidadania Infanto-Juvenil e Direito de Família. 
28 
Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
Precisamos aguar a horta porque o tempo está muito quente se não as verduras vão morrer 
todas. 
Vamos jantar mais cedo porque mais tarde não é bom para a nossa saúde, pois precisamos 
jantar no mínimo 3/4hs antes de dormir. 
Orientação 
Sentarmos uma em frente a outra e colocar as necessidades de cada uma 
verdadeiramente; incentivar que a pessoa idosa possa fazer suas colocações sobre seus 
sentimentos, emoções, dificuldades etc. 
Explicar da necessidade de ouvirmos a fala de cada um de forma honesta e sem 
julgamento; 
Deixar claro para ela que não existe certo ou errado em nossos sentimentos e o que 
importa é expressar a nossa dificuldade em lidar com nossas diferenças e que infelizmente 
não tenho condições de responder a todas as demandas (tenho sérios problemas no joelho 
e não fiz a cirurgia por conta das novas demandas em nossos hospitais. 
Após dar um tempo (mínimo de 15 até 30 minutos para que ela possa com uma ou mais 
palavra e dizer o que a faz sentir-se mal e como posso ajudar. (Mesmo não sendo a filha 
que ela esperava). 
Explicar as minhas dificuldades de acompanhar seu ritmo já que a temporalidade e a 
regionalidade trazem traços culturas diferentes que precisam ser explicados e aparados as 
arestas”; explicar os anos que passei distante de toda nossa história e dizer que estou 
tentando resgatá-la. Mas demanda tempo. 
Ouvir atentamente as dificuldades, diferenças e semelhanças entre ambas e indagar: O que 
posso fazer para que possamos ficar bem e equilibramos nosso relacionamento para que 
façamos nossa jornada diária mais sólida e tranquila? 
Falar dos meus temores, dúvidas, diferenças, problemas de saúde, tristeza, insegurança; 
mas deixar claro que podemos buscar um caminho juntas. 
Dizer o que eu necessito para que tenhamos um bom entendimento nessa jornada de 2meses que ainda estaremos juntas; 
29 
Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
Depois de todos os pontos conversado sem pudores e sem mágoas passamos a elaborar 
um roteiro que pretendemos para seguirmos juntas e trilharmos um caminho de carinhoso e 
harmônico. 
Passamos então juntas a planejar o que precisamos fazer nesse meio tempo: tentar ajustar 
o que é possível para que seja respeitado o tempo e a vontade de cada um e que 
permaneça o respeito o amor e carinho que nutrimos uma pela outra 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
Prática de Resgate dos Vínculos Afetivos do Casal 
Noemi Ribeiro Albernaz 14
Objetivo 
O movimento que se objetiva é fazer com que o casal pare para olhar um para o outro sem 
discriminações, cobranças ou descasos, proporcionando um reconhecimento do que os 
uniu e qual é o propósito maior que os manterá fortalecidos em seu vínculo conjugal. 
Tempo 
O tempo será de 30 minutos, desde o momento que sentam até o fechamento do encontro. 
Materiais 
-Uma folha de Ofício e caneta 
-Um cordão ou novelo de lã, 
-Um potinho para fazer um sorteio dos nomes 
-Canetinha e/ou lápis de cores diversos, 
-02 Cartona ou Cartolina (cores que desejarem) 
-A chave da porta da casa 
-Almofadas ou 02 cadeiras (o que for mais confortável para o casal sentar) 
-Uma Fotografia da infância de cada um com seus familiares de origem (pai, mãe e irmãos) 
-Uma Fotografia do período do namoro e duas do momento atual, onde estejam os dois 
juntos 
-Um pendrive com uma coletânea de músicas suaves que tocavam na época em que se 
conheceram (Duas músicas devem ficar em destaques: a primeira deve ser suave e 
14 ​Terceira filha do seu Deca e da dona Filhinha, irmã de Lucia Helena e de Aires; Bacharel em Direito pela 
UCPel - Universidade Católica de Pelotas; Mediadora/TJSC (Facilitadora pela Academia Judicial de SC); 
Mestranda em Mediação de Conflitos pela Universidad del Atlantico/Espanha; Facilitadora em Justiça 
Restaurativa em Situações Conflitivas e Não Conflitivas pela AJURIS - Academia da Magistratura do Rio Grande 
do Sul; Assistente de Almas em caminhadas dos Sistemas Familiares com perspectiva Sistêmica à Serviço da 
Vida; pós graduanda em Constelação Familiar Original Hellinger pela Hellinger Schule/SP. 
31 
Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
instrumental, para a abertura e a outra é uma música considerada pelo casal como especial 
e que deve ser ouvida no fechamento da dinâmica) 
-Um aparelho de som para colocar música 
ATENÇÃO: 
Antes de começar, os participantes devem compreender que não precisam dominar 
nenhuma técnica, basta que conduzam com fidedignidade o movimento, pois o que fará 
efeito é a entrega de cada um. Necessário que sejam seguidos os passos abaixo, podendo 
em outros encontros, buscar novas perguntas. Todas as perguntas deverão trazer o sentido 
do hoje “futuro” e nunca uma visita de julgamentos, cobranças ou discriminações já 
passadas. Afinal será um encontro de reconhecimento e fortalecimento do vínculo que os 
uniu. Então vamos lá! 
Prática da dinâmica: 
1) Preparem um local muito confortável para sentarem de frente um para o outro, de 
preferência ao chão, usando as almofadas. Entre vocês coloquem uma toalha ou tapetinho 
pequeno, a qual chamará de “Centro”, onde colocarão todos os materiais da lista acima; 
2) Peguem dois pedaços de papel e escrevam o nome de cada um, coloquem num potinho 
para sortear quem será o primeiro a começar a dinâmica. A partir daí irão intercalando todos 
os movimentos, pois os dois possuem o mesmo valor e precisam se olhar de forma igual, 
enquanto casal; 
3) Aquele que irá começar, pegará o primeiro objeto, que é A CHAVE DA CASA, e 
apresentará ao outro dando o nome de “Objeto da Fala”. Importante entender que este será 
o principal objeto que liga o casal. E que será usado da seguinte forma: aquele que está 
com o objeto nas mãos tem a possibilidade de falar sem ser interrompido, enquanto o outro 
deverá ouvir atentamente o que é dito. Quem estiver com a chave na mão deverá concluir 
seu raciocínio e somente passar o objeto da fala quando já tiver finalizado, de forma que 
não deve retomar o objeto para acrescentar qualquer fala. 
3) Quem teve seu nome sorteado, entregará ao outro a folha de Oficio e uma caneta, para 
que seja ditado o primeiro combinado, a fim de que não haja quebras na dinâmica 
apresentada. Nesta folha, deverá, obrigatoriamente, estar escrito as seguintes regras: 
32 
Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
A. Falar na primeira pessoa; 
B. Respeitar o Objeto da Fala - “A chave da Casa” 
C. Não discriminar e nem julgar nada que vem do outro 
D. Respeitar todas as falas sem fazer gestos ou feições de impaciência 
- Colocar a folha do “PACTO” do diálogo e o “Objeto da Fala” novamente no “CENTRO” 
4) Ligar o som na música instrumental já previamente escolhida, fechar os olhos e imaginar 
o dia em que se conheceram, se transportando mentalmente para a primeira vez que se 
olharam. Respirem fundo contando até seis, pausar contando até três e expirar contando 
até seis, façam isso por três vezes. Após abram os olhos e se olhem profundamente e 
somente troquem um sorriso, mantendo o silêncio. 
5) Sentados de frente um para o outro a uma distância não menor que um metro e meio, 
deverá aquele que escreveu o “Pacto”, pegar o cordão ou a lã, medir a distância que vai do 
coração do seu companheiro que está sentado à sua frente até o de seu próprio coração. 
Cortar e amarrar um no punho do outro. Detalhe: é para amarrar no punho que vocês usam 
para escrever. Este único fio deverá ficar sempre esticado, vocês serão responsáveis em 
manter este equilíbrio. 
6) Aquele que foi amarrado primeiramente pegará o objeto da fala e a sua fotografia de 
infância onde está com sua família e se apresentará da seguinte forma: 
“Olá, meu nome é ***(diga seu nome de criança) e quero te apresentar por onde eu ​surgi 
para ter a benção em ter te conhecido, estes são meus pais e meus irmãos (diga os 
nomes). 
Conte sobre a fotografia - do que você lembra, e diga o que lhe causava mais alegria 
quando você era criança, ao terminar passe o objeto da fala ao outro para que ele faça o 
mesmo e volte ao silêncio, não se descuide do fio! 
- Na segunda etapa, aquele que está com o objeto da fala irá escolher uma das fotos 
antigas do casal, onde estão juntos e deverá responder a seguinte pergunta: 
-“Qual a maior saudade que sinto dessa época? ” (Ao responder, não esqueça que a 
resposta é na primeira pessoa do singular - ex.: Eu sinto saudades de conversarmos sobre 
33 
Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
nossos planos e sonhos). Após passe o objeto para o outro para que ele de posse da foto 
também responda. 
Na terceira etapa, quem está com o objeto da fala, pegará mais uma fotografia do período 
atual do casal, olhará com atenção ao relembrar, completará a frase: 
“O que vejo de mais lindo em você naquele momento é: ...” 
 Entregar o objeto para que outro também o faça. 
- Com a última foto, olhe e veja o que você pode se comprometerpara que possam 
estreitar mais os laços, respondendo a seguinte pergunta: 
“Com o que me comprometo para restaurar nosso relacionamento afetivo no dia a dia ?” 
(escreva num pedaço de papel, leia em voz alta e entregue como um presente ao outro) 
 Passe o objeto da fala para que o outro faça o mesmo. 
7) Coloque a música principal da escolha de vocês para o final, quem tem o objeto na mão 
fará a seguinte leitura: 
“E o fio do braço? Símbolo da ligação entre nós que deve ser cuidada e olhada no seguinte 
sentido, somos um novo sistema familiar que nasceu no momento do nosso primeiro olhar, 
o amor nos enlaçou e nos fez caminhar até aqui. Se estamos fazendo está dinâmica é 
porque valemos muito um para o outro e aquele amor está presente em nós. Hoje devemos 
começar uma nova etapa: do diálogo em todos os dias, compromisso de no mínimo 30 
minutos, com celulares ou qualquer aparelho desligado, exceto nossa música, 
conversarmos sobre nossos sonhos do passado, mas os de hoje, fazermos planos e 
reconhecermos com gratidão a oportunidade de estarmos protegendo o nosso 
relacionamento. Que o fio invisível que a partir de hoje temos consciência que nos une, seja 
sempre preservado com respeito, proteção e dignidade por nós dois, pois somos o de 
melhor do DNA de nossos pais, de nossos antepassados!” 
8) Levantem-se, deem as mãos e digam um para o outro: 
“Eu vejo você e lhe aceito como você é do jeito que foi e do jeito que é, encerro hoje o meu 
julgar e permito que a paciência e o respeito nos conduzam em união!” 
Aproveitem a música que ainda toca e dancem! 
34 
Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
Sempre que resolverem se encontrar para dialogar, não esqueçam a CHAVE DA CASA, 
símbolo do Objeto da Fala deve ser respeitado, pois trará abrigo a palavra assim como a 
própria chave os abriga. Parar para lembrar-se do que foram e o que podem ser é 
necessário sempre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
Dinâmica Familiar de Resgate Espiritual em momentos de dificuldade 
Sandra Gonçalves Daldegan França 15
Objetivo 
Fortalecer os laços familiares pelo viés espiritual, resgatando a fé interior de cada um. 
Particularmente em momentos de grandes dificuldades, onde a oração espiritual individual 
não se faz atuante. Quando a família se une e ora junto, laços se restauram e a força 
acontece, trazendo paz e compreensão a todos. Rever os conceitos espirituais, preceitos de 
irmandade e humanidade. Praticar a empatia e desenvolver pensamentos da Comunicação 
Não Violenta. Colocar-se no lugar do outro e sentir que sem o outro a vida não tem razão de 
ser. 
Materiais 
1.​ ​Objeto da fala – ​algo relacionado à espiritualidade. (imagem, livros, etc.) 
2.​ ​Um tapete ou toalha circular. 
3.​ ​Uma imagem – ​que represente a divindade na qual a família acredita. 
4.​ ​Uma vela –​ que representa a luz. 
5.​ ​Folha de papel e caneta 
Tempo 
Tem a duração de 30 a 40 minutos, podendo ser menos ou pouco mais, segundo a 
quantidade dos membros da família. 
Orientação 
1. Inicia-se com um convite no dia anterior à dinâmica, onde são distribuídos papéis com o 
nome dos membros e feito um “amigo secreto espiritual”, cada qual guarda seu papel e é 
orientado a escolher um trecho de alguma leitura que fale sobre a espiritualidade, pode ser 
a bíblia, o alcorão, uma música gospel, etc. 
15 Advogada, formada pela UENP/PR, especialista em Direito Penal e em Direito Civil e Processo 
Civil, Pós-Graduanda em Direito Sistêmico com Ênfase em Constelações Sistêmicas, Facilitadora da 
Justiça Restaurativa Sistêmica e com formação em Psicanálise. 
 
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2. No dia da dinâmica, com horário previamente estabelecido, o facilitador convida a todos 
para se sentarem em círculo, (no centro estará o tapete e os materiais). Após cada um 
tomar seu lugar, o facilitador faz o convite para uma meditação que poderá ser falada, 
cantada ou ouvida. 
3. Após a meditação, o facilitador pede que cada um pense em algo que lhe aflige e 
descreva em uma palavra esse sentimento, colocando essa palavra no círculo. 
4. Após todos colocarem suas palavras no círculo, o facilitador convida passa o objeto da 
fala e pede que a pessoa se pronuncie quanto a sua aflição, dizendo o que a palavra 
escolhida representa. (Importante lembrar que, durante a fala, aquele que detiver o objeto, 
não poderá ser interrompido). 
5. Tendo todos, já colocado para fora suas aflições, o facilitador, convida a última pessoa 
que falou a revelar quem era seu amigo secreto. Quando da revelação, o facilitador pede 
que o amigo revelado, baseado no que leu no dia anterior, transforme essa leitura, ou 
música em mensagem viva para seu amigo. 
6. Finda as revelações, o facilitador convida a todos para de mãos dadas e em círculo 
olharem uns aos outros e juntos através de uma oração ou canto, agradecerem pela sua 
vida e pela vida do planeta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Práticas Conectivas e Pacificadoras no Ambiente Familiar 
 ​ Dinâmica: Despertando a Consciência de Pertencimento ao Clã e Tomando a 
Força Advinda de Nossos Antepassados 
Tâmara Scolari Schreiber 16
 ​Objetivo 
O objetivo da prática é proporcionar a reconexão ao nosso sistema familiar, trazendo o 
sentimento de pertencimento ao clã, bem como nos empoderarmos da força advinda de 
nossos pais e antepassados. 
Número de pessoas 
A dinâmica pode ser feita de forma individual ou coletiva. Incluindo-se os familiares e/ou 
demais integrantes de nossos sistemas. 
 ​Local e modo 
Facilitador: Qualquer membro da família. 
Local: Algum cômodo tranquilo e isolado na casa, ou em uma sala de reunião ou outro 
disponível. Importante que seja um lugar tranquilo e confortável onde as pessoas possam 
se conectar e se sintam seguras para demonstrar suas emoções. 
Tempo 
Cerca de 30 a 60 minutos, a depender do número de pessoas e da história a ser relatada 
por um dos participantes. 
Materiais 
- celular ou outro aparelho que possa reproduzir música, 
- objeto da fala, pode ser um objeto que tenha algum significado para o grupo, 
16 Advogada (OAB/ SC 20.410) – Presidente da Comissão de Direito Sistêmico da OAB, subseção de 
Balneário Camboriú/SC 2017/ presente. Vice-presidente da Comissão Estadual de Santa Catarina de 
Direito Sistêmico ADFAS. Membro da Comissão Estadual de Direito Sistêmico junto a OAB/SC. 
Professora Pós-Graduação em Direito Sistêmico com ênfase em Constelações Familiares – Instituto 
Infor, Florianópolis-SC. Pós-graduada em Direito Contemporâneo Professor Luiz Carlos. Formada 
pela Escola da Magistratura Estadual. Facilitadora de Constelação Familiar. Facilitadora de Círculos 
Restaurativos. Alinhadora Energética. 
 
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- lenços de papel, 
- uma jarra de água com copos para os participantes, 
- disponibilidade a participar (as pessoas devem ser convidadas e não obrigadas a fazerem 
a dinâmica). 
Prática 
1 –​ Dias antes: convidar os participantes, e demonstrar a intenção de fazer a prática. 
Escolher uma música relaxante, ou que faça sentido ao grupo, ou que tenha a ver com o 
tema. 
Sugestão de música: 
Por Todas Nossas Relações de ErnaniFornari . Também disponível no canal de Ernani 
17
Fornari no Youtube. 
2 – ​No dia da dinâmica: antes de iniciar a atividade, prepare o ambiente para receber o 
grupo, verificando se há cadeiras para todos, e o que será utilizado, como aparelho para 
reproduzir som, opções de objetos da fala, água e lenços de papel para os integrantes, 
​3 – Em um local em que não possam ser interrompidos, sentem-se de forma que todos 
consigam se ver. 
Caso esteja sozinho, sente-se em uma cadeira confortável, tendo o aparelho que 
reproduzirá o som, lenços de papel e água próximos. 
4 ​– Escolher um dos integrantes para conduzir a atividade. 
5 – Caberá ao facilitador do grupo orientar os participantes a se sentarem de forma 
confortável e relaxada, convidando a todos que busquem se centrar e a escutar uma música 
escolhida previamente. 
6 ​– Ao terminar a música o facilitador questionará qual dos integrantes tem uma história 
referente a família para contar ou relembrar. No caso da família, alguma história referente 
17 Música de Ernani Fornari: 
https://www.youtube.com/watch?v=iYysYaYIMvI&list=PLj-M0cNLJOwsifiOXTEAkGMv9gpSkT_ib&ind
ex=4 
 
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https://www.youtube.com/watch?v=iYysYaYIMvI&list=PLj-M0cNLJOwsifiOXTEAkGMv9gpSkT_ib&index=4
https://www.youtube.com/watch?v=iYysYaYIMvI&list=PLj-M0cNLJOwsifiOXTEAkGMv9gpSkT_ib&index=4
https://www.youtube.com/watch?v=iYysYaYIMvI&list=PLj-M0cNLJOwsifiOXTEAkGMv9gpSkT_ib&index=4
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aos avós ou bisavós, por exemplo. Também poderá ser qualquer outra história vivida pela 
família ou integrante como um todo. 
Estando sozinho, procure lembrar de alguma história significativa de sua família ou de seus 
antepassados. 
7 ​– Todos ouvem ao relato em silêncio. 
8 - ​Ao término do relato, o facilitador pergunta se alguém tem algo a acrescentar, passando 
o objeto da fala para quem tiver interesse em se se manifestar, devendo os que não estão 
com o objeto da fala em mãos aguardarem em silêncio. 
9 ​– Após o relato e eventuais manifestações, o facilitador convida a todos que voltem a se 
concentrar e, sentados, olhando para o horizonte, cada um imagine seu pai e sua mãe atrás 
de si, o pai à direita e a mãe à esquerda, e atrás de sua mãe, seus avôs maternos e atrás 
de seu pai, seus avôs paternos, atrás de seus avós, seus bisavós, trisavós, tataravós...e 
assim sucessivamente, até onde conseguir imaginar. 
O facilitador orientará que todos os presentes sintam essas presenças e essa força que 
chega através de nossos pais e que nos deram a vida. 
Com todos concentrados e conectados, o facilitador pede então que repitam mentalmente: 
Gratidão queridos, pais, avós e demais ancestrais, por terem aberto a estrada por onde hoje 
caminho, digo sim a tudo como foi e me orgulho de ser um de vocês. Agora vejo que não 
estou só e sinto a força que me chega através de vocês 
10 ​– O Facilitador verifica como todos estão se sentindo, e finaliza a atividade. 
 
 
 
 
 
 
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