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EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA _ VARA CÍVEL DA COMARCA DE BRUSQUE - SC PAULO DE TAL, 65 anos, brasileiro, viúvo, militar da reserva, com identidade n XXXXX, inscrito no CPF sob o n XXX, com endereço eletrônico XXXX, residente e domiciliado na Rua Bauru, número 371, Brusque/SC, vem, por seu advogado, _________________________, com escritório na ___________, número ___, CEP _________, com endereço eletrônico _________________________, para fins de intimação/publicação, propor a presente ação: DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE NEGÓCIO JURÍDICO Pelo rito comum, em face de JUDITE DE TAL, brasileira, solteira, advogada, com CPF sob o n. XXXX, com endereço eletrônico XXXX, residente na Rua dos Diamantes,123, Brusque/SC, JONATAS DE TAL, espanhol, casado, comerciante, com CPF sob o n. XXXX, com endereço eletrônico XXXX, residente na Rua Jirau, 366, Florianópolis/SC e JULIANA DE TAL, espanhol, casado, comerciante, com CPF sob o n. XXXX, com endereço eletrônico XXXX, residente na Rua Jirau, 366, Florianópolis/SC, baseado nos motivos e fundamentos a seguir expostos: I – DA PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO O Autor é pessoa idosa, 65 (sessenta e cinco) anos, razão pela qual requesta a prioridade da tramitação da presente demanda, nos termos do Estatuto do Idoso – Lei nº 10.741/2013 e nos termos do art. 1.048, inciso I, do CPC/2015. II – DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO O autor manifesta interesse na realização da audiência de conciliação tendo em vista seu anseio em ter efetiva devolução do seu bem, nos termos do Artigo 319, inciso VII, do Código de Processo Civil; III - DOS FATOS O autor é proprietário de um imóvel de veraneio situado na Rua Rubi, nº 350, Balneário Camboriú/SC , juntamente com sua irmã Judite, porém sua irmão em 15/12/2016 utilizando-se da procuração outorgada por Paulo, em novembro de 2011, que havia sido revogada em 16/11/2016, sua irmã foi devidamente notificada da revogação em 05/12/2016, mesmo assim, alienou para Jonatas e sua esposa Juliana o imóvel pelo valor de R$150.000,00 (cento e cinquenta mil reais). Ocorre que Paulo só teve ciência da alienação no dia 1º de fevereiro de 2017 ao chegar no imóvel e perceber que seu imóvel estava ocupado por Jonatas e sua esposa. mailto:wwesleygoncalves@gmail.com IV - DOS FUNDAMENTOS Excelência, cumpri esclarecer que no momento a alienação a 1º ré não possui poderes para alienar o bem, pois conforme nota-se nos fatos e nas provas apresentadas, a procuração que lhe concedia poderes específicos para alienar o bem, havia sido revogada e devidamente comunicada à 1º ré. Sendo notória a má fé empregada no momento da celebração do contrato, uma vez que a 1º é advogada e não poderia jamais negar desconhecimento da nulidade do ato praticado. Por este motivo requer o autor que o contrato de compra e venda venha ser declarado nulo de pleno direito e o que o bem seja reintegrado a seu patrimônio. No que se refere a extinção do mandato, o Código Civil, no art. 682, no inciso I, traz a redação das formas que cessa o mandato; “Art. 682. Cessa o mandato: I - pela revogação ou pela renúncia;” Conforme previsão legal no artigo 662 do Código Civil, os atos praticados sem que haja mandato, não produzirão efeitos em relação ao mandatário; “Art. 662. Os atos praticados por quem não tenha mandato, ou o tenha sem poderes suficientes, são ineficazes em relação àquele em cujo nome foram praticados, salvo se este os ratificar. ” Também neste sentido a doutrina nos traz o entendimento, segundo Veloso; “Nulidade é o estado do negócio que ingressou no mundo jurídico descumprindo requisitos de validade considerados essenciais, de interesse social e ordem pública. A lei estabelece a nulidade como sanção pela sua violação.” V– DA JURISPRUDÊNCIA APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE ANULAÇÃO DE ATO JURÍDICO C/C CANCELAMENTO DE TRANSCRIÇÃO IMOBILIÁRIA - CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL POR PROCURAÇÃO - MORTE DO MANDANTE - EXTINÇÃO DO MANDATO - EXCEÇÕES LEGAIS - AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO - ESCRITURA PÚBLICA LAVRADA POSTERIORMENTE - NULIDADE- CANCELAMENTO DE LANÇAMENTO NO REGISTRO DO IMÓVEL. I- Com a morte do mandante extingue-se o mandato, sendo considerados nulos todos os atos praticados pelo mandatário, exceto quando comprovado que o mandatário ignorava o fato, quando havia perigo da demora, ou se tratava de "procuração em causa própria". (arts. 674, 685 e 689 CC) II- Tendo a averbação da alienação no registro do imóvel sido feita com base em escritura lavrada apenas após a morte de um dos mandantes proprietários do bem, e não demonstradas nenhuma das hipóteses legais que legitimam a continuidade do negócio pelo mandatário, impõe-se reconhecer a nulidade da escritura de compra e venda, bem como da transcrição feita perante o registro do imóvel objeto da transação. (TJ-MG - AC: 10431110063689001 MG, Relator: João Cancio, Data de Julgamento: 14/11/2017, Câmaras Cíveis / 18ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 20/11/2017) VI– DO PEDIDO Pelo exposto, requer-se de Vossa Excelência: a) A designação de data para realização de audiência de conciliação, nos termos do Artigo319, inciso VII, do Código de Processo Civil; b) A citação dos réus para integrarem o polo processual e querendo contestem o feito sob pena de revelia e confissão; c) Que seja julgado procedente o pedido do autor para declarar nulo o negócio jurídico celebrado no valor de R$150.000,00 (cento e cinquenta mil reais); d) Que sejam condenados o 2º e 3º réu a efetuar a devolução do imóvel, situado na Rua Rubi, nº 350, Balneário Camboriú/SC; e) Que seja oficiado o cartório de Balneário Camboriú/SC; d) Que seja julgado procedente o pedido para a condenação dos réus nas custas e honorários advocatícios. VII - DAS PROVAS Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude do artigo 369 do CPC, em especial, prova documental, prova pericial, testemunhal e depoimento pessoal do Réu, sob pena de confissão. VIII – DO VALOR DA CAUSA Dá-se a causa o valor de R$ 150.000,00(cento e cinquenta mil reais). Termos em que, pede deferimento. Rio de janeiro 06 de abril de 2018 __________________________ OABXXXX - RJ EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA _ VARA CÍVEL DA COMARCA DE BRUSQUE - SC DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE NEGÓCIO JURÍDICO I – DA PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO II – DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO III - DOS FATOS IV - DOS FUNDAMENTOS V– DA JURISPRUDÊNCIA VI– DO PEDIDO VII - DAS PROVAS VIII – DO VALOR DA CAUSA
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