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resumo Internacional II

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Direito Internacional I
Tatiana Waisberg
1. A aquisição da condição de "brasileiro nato", nos termos da Constituição Federal brasileira de 1988, inclui a aplicação do critério do jus sanguinis, em combinação com outros requisitos legais. Assim, para evitar a situação em que filhos de brasileiros nascidos no exterior se tornem apátridas, a Constituição Federal de 1988 inclui tanto a possibilidade do registro da certidão de nascimento no consulado brasileiro, quanto a hipótese da chamada "nacionalidade potestativa". No que se refere a estas duas possibilidades de aquisição da condição de brasileiro nato, responda:
a) Quais os requisitos legais, procedimentos, e efeitos jurídicos aplicáveis a cada hipótese de aquisição da condição de brasileiro nato com fundamento no jus sanguinis?
Resposta: 
b) Haverá possibilidade de reconhecimento de dupla nacionalidade de brasileiros nascidos no exterior em Estados que adotam o critério do jus soli, e a nacionalidade brasileira potestativa? Explique com fundamento nas exceções constitucionais relativas a perda da condição de brasileiro nato.
Resposta: 
-----------------x----------------
2. O Sr. Joaquim dos Santos, nacional português, vivendo há sete anos em união estável com Maria Santana, brasileira, residente permanente em Portugal, decide em conjunto com sua companheira, mudar para o Belo Horizonte e abrir um Restaurante Açoriano. Após a entrada em território nacional, o Sr. Joaquim procura o Ministério do Interior brasileiro, sem êxito, descobrindo, inclusive, que o mesmo foi extinto pela Medida Provisória 151, de 15 de março de 1990. Preocupado com os possíveis efeitos da regularização de sua permanência no território brasileiro, o Sr. Joaquim busca consultoria jurídica e pergunta:
a) Qual a diferença entre os requisitos e efeitos jurídicos da quase nacionalidade do português e a naturalização brasileira? Considerando que a mudança para o Brasil é de caráter permanente, qual seria a opção que garante maior estabilidade jurídica? Explique.
Resposta: 
b) Caso o Sr. Joaquim opte pela naturalização, haveria algum benefício legal em decorrência do fato de manter união estável com nacional brasileira? Qual seria a melhor argumento para solicitar a redução do prazo de residência permanente de quarto anos, requisito geral para solicitar a obtenção da condição de brasileiro naturalizado?
Resposta: 
-----------------x----------------
3. (CESPE - 2009 - BACEN - Procurador) Com relação aos princípios gerais da nacionalidade no direito internacional, assinale a opção correta.
A) É discricionário dos Estados privar alguém de sua nacionalidade.
B) A nacionalidade rege-se pelo princípio da efetividade. 
C) A nacionalidade dá-se apenas pelo jus soli.
D) É permitido aplicar o banimento a indivíduo com comprovado envolvimento no tráfico de drogas ilícitas.
E) Nacionalidade originária é aquela que se adquire por naturalização. 
=> Discricionariedade x Arbitrariedade
-----------------x----------------
4. (TRF - 4ª REGIÃO - 2009 - TRF - 4ª REGIÃO – Juiz) Dadas as assertivas abaixo, assinalar a alternativa correta.
I. É juridicamente possível, no Brasil, a restrição de direitos dos brasileiros com nacionalidade secundária por meio de tratados internacionais.
II. A extradição do brasileiro nato só é possível nos casos de crimes de tráfico internacional de entorpecentes e de terrorismo, em razão dos respectivos tratados de repressão a que aderiu a República Federativa do Brasil.
III. O estrangeiro tem garantia constitucional de não ser extraditado por crime de opinião.
IV. O processo de extradição fica suspenso se, após seu início, o extraditando optar pela nacionalidade originária brasileira, até que se verifique o implemento da condição suspensiva, pela homologação da opção no juízo competente.
(a) Está correta apenas a assertiva I.
(b) Está correta apenas a assertiva II.
(c) Estão corretas apenas as assertivas II e III.
(d) Estão corretas apenas as assertivas III e IV. 
-----------------x----------------
5. (ND - 2005 - OAB-RJ - Exame de Ordem - 2 - Primeira Fase). Ramiro, cubano, é casado com Antônia, portuguesa. O casal reside em Barcelona, Espanha, onde nasce sua filha Julia. Supondo que Cuba adote o critério misto e Portugal e Espanha o critério do ius saguinis, marque a alternativa correta:
(a) Julia é natural da Espanha e tem as nacionalidades originárias da Espanha e de Portugal;
(b) Julia é natural da Espanha e tem as nacionalidades originárias de Cuba e Portugal;
(c) Julia é natural da Espanha e possui apenas a nacionalidade cubana;
(d) Julia é natural da Espanha e possui apenas a nacionalidade portuguesa.
-----------------x----------------
6. (CESPE - 2007 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 3 - Primeira Fase Jan/2008) No que se refere aos direitos de nacionalidade previstos na Constituição, julgue os seguintes itens.
I. A Constituição admite a perda de nacionalidade do brasileiro nato.
II. É proibida a distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo os casos previstos na própria Constituição.
III. É privativo de brasileiro nato o cargo de ministro da Justiça.
IV. A Constituição prevê que são brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira.
Estão certos apenas os itens
A) I e II.
B) I e III.
C) II e IV.
D) III e IV
-----------------x----------------
7. (CESGRANRIO - 2010 - Petrobrás – Advogado) A Constituição Federal reconhece a condição de brasileiro naturalizado aos originários de países de língua portuguesa que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigindo, nesse caso, apenas
(A) Residência (PERMANENTE!!!) por um ano ininterrupto e idoneidade moral.
(B) residência há mais de quinze anos ininterruptos e ausência de condenação penal.
(C) residência permanente no País e reciprocidade de tratamento em favor de brasileiros no país de origem.
(D) residência na República Federativa do Brasil e opção expressa, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
(E) prestação de serviço à República Federativa do Brasil e maioridade legal.
-----------------x----------------
8. (ND - 2006 - OAB-MG - Exame de Ordem - 1 - Primeira Fase) Em relação à nacionalidade brasileira é CORRETO afirmar que:
a) Ainda que residentes fora do Brasil, serão brasileiros todos os filhos de pai brasileiro ou mãe brasileira nascidos no exterior.
b) Não perderá a nacionalidade brasileira aquele que, nascido no Brasil, seja reconhecido como nacional por país que adote o princípio do jus sanguinis.
c) Perderá a nacionalidade brasileira aquele que, independentemente do motivo, venha a adquirir outra nacionalidade.
d) Apenas serão brasileiros os filhos nascidos, no exterior, de pai brasileiro ou mãe brasileira que estejam a serviço da República Federativa do Brasil.
-----------------x----------------
9. (ND - 2006 - OAB-MG - Exame de Ordem - 3 - Primeira Fase) Assinale a alternativa CORRETA:
a) São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai e mãe brasileira, desde que venham a residir no Brasil e optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira. (Depois de atingida a maioridade - Art. 12, I, C da CF)
b) Uma vez cumpridos os requisitos legais para a naturalização ordinária, o indivíduo tem direito subjetivo à aquisição da nacionalidade derivada no Brasil.
c) O critério do ius saguinis é adotado pela Constituição Brasileira para aquisição da nacionalidade originária, sem exceções.
d) A aquisição voluntária de outra nacionalidade não acarreta a perda da nacionalidade brasileira, uma vez que a Constituição admite a dupla nacionalidade cumulativa (ORIGINÁRIA, IMPOSTA OU PARA EXERCER DIR. CIVIS).
e) todas as alternativas acima estão erradas (EC 54/2007)
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10. A nacionalidade é matéria sumamente importante ao Direito Internacional, sendo preceituada no artigo 12 da nossa Constituição Federal. Sobre este instituto podemos afirmar que serádeclarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
(a) Tiver cancelada sua naturalização, por ato administrativo, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
(b) Adquirir outra nacionalidade originária concedida pela lei estrangeira;
(c) Adquirir outra nacionalidade em razão de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em Estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis;
(d) Tiver cancelada sua naturalização, por decisão judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional.
-----------------x----------------
11. (ND - 2005 - OAB-RJ - Exame de Ordem - 1 - Primeira Fase) A naturalização no Brasil é de competência:
(a) Do Supremo Tribunal Federal
(b) Do Ministério da Justiça
(c) Da Polícia Federal
(d) Do Tribunal de Justiça de cada Estado
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12. (EXAME OAB XXII Abril2017) Enzo, brasileiro naturalizado há três anos, apaixonado por ópera, ao saber que a sociedade empresária de radiodifusão, Rádio WXZ, situada na capital do Estado Alfa, encontra-se em dificuldade econômica, apresenta uma proposta para ingressar na sociedade. Nessa proposta, compromete-se a adquirir 25% do capital total da sociedade empresária, com a condição inafastável de que o controle total sobre o conteúdo da programação veiculada pela rádio seja de sua inteira responsabilidade, de forma a garantir a inclusão de um programa diário, com duração de uma hora, sobre ópera. A proposta foi aceita pelos atuais sócios, mas Enzo, preocupado com a licitude do negócio, dada a sua condição de brasileiro naturalizado, procura a consultoria de um advogado. Considerando a hipótese apresentada, segundo o sistema jurídico-constitucional brasileiro, assinale a afirmativa correta.  
A) Não será possível a concretização do negócio nos termos apresentados, tendo em vista que a Constituição da República não permite que os meios de comunicação divulguem manifestações culturais estrangeiras. 
B) Será possível a concretização do negócio nos termos apresentados, posto que Enzo é brasileiro naturalizado e a Constituição da República veda qualquer distinção entre brasileiro nato e brasileiro naturalizado. 
C) Não será possível a concretização do negócio nos termos acima apresentados, pois a Constituição da República veda que brasileiro naturalizado há menos de dez anos possa estabelecer o conteúdo da programação da rádio. 
D) Será possível a concretização do negócio nos termos acima apresentados, pois a Constituição da República, em respeito aos princípios liberais que sustenta, não interfere no conteúdo pactuado entre contratantes privados. 
=> Artigo 222, CF-88
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13. Luca nasceu em Nápoles, na Itália, em 1997. É filho de Marta, uma ilustre pintora italiana, e Jorge, um escritor brasileiro. Quando de seu nascimento, seus pais o registraram apenas perante o registro civil italiano. Luca nunca procurou se informar sobre seu direito à nacionalidade brasileira, mas, agora, vislumbrando seu futuro, ele entra em contato com um escritório especializado, a fim de saber se e como poderia obter a nacionalidade brasileira. Assinale a opção que apresenta, em conformidade com a legislação brasileira, o procedimento indicado pelo escritório. 
A) Luca não tem direito à nacionalidade brasileira, eis que seu pai não estava ou está a serviço do Brasil. 
B) Luca não poderá mais obter a nacionalidade brasileira, tendo em vista que já é maior de idade. 
C) Luca tem direito à nacionalidade brasileira, mas, ainda que a obtenha, não será considerado brasileiro nato. 
D) Luca deverá ir residir no Brasil e fazer a opção pela nacionalidade brasileira. 
=> Nacionalidade Potestiva (Art. 12, I, C => ius sanguinis + capacidade jurídica para OPÇÃO + residência).
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14. Henry, nacional belga, residente permanente no Brasil há 18 anos, e casado há 5 anos com Ana Alice, nacional brasileira, decidiu optar pela naturalização e adotar a nacionalidade brasileira. Levando em consideração as regras constitucionais que regulamentam a aquisição derivada da nacionalidade brasileira: 
a) Explique a diferença entre as espécies (naturalização ordinária e extraordinária) de naturalização disponíveis aos estrangeiros com residência permanente;
Resposta: 
b) Qual seria a espécie mais favorável no caso do Sr. Henry? Justifique.
Resposta: 
c) Para o tipo de naturalização mais favorável é relevante o fato de Henry ser casado com brasileira? Justifique.
Resposta: 
-----------------x----------------
15. José Carlos Pereira, jogador de futebol profissional, contratado por time de futebol da Bulgária, optou pela nacionalidade búlgara após proposta do governo daquele país. Em decorrência da aquisição da nacionalidade derivada, o Ministério da Justiça brasileiro decretou a perda da nacionalidade brasileira, e José Carlos passou à condição jurídica de estrangeiro, necessitando, inclusive, de visto brasileiro para a entrada no território brasileiro. Após a aposentadoria, José Carlos contraiu matrimonio com nacional brasileira e decidiu voltar a residir no Brasil, recebendo, inclusive, visto de residência permanente. Levando em consideração as regras de naturalização e diferenciação entre brasileiro nato e naturalizado, disserte acerca da possibilidade de reaquisição da nacionalidade brasileira por parte de José Carlos Pereira, e quais os efeitos jurídicos para fins de diferenciação constitucional entre brasileiro nato e naturalizado.
Resposta: 
-----------------x----------------
16. Gabor, estrangeiro, nacional húngaro, casado com Maria Carolina, brasileira, e residente no Brasil há vinte anos ininterruptos, sem condenação penal, solicita a aquisição da nacionalidade brasileira derivada. O juiz federal nega o pedido sob a alegação de Gabor ter participado em manifestação a favor da legalização do aborto promovida pelo CFM. Levando em consideração os direitos da nacionalidade no ordenamento jurídico brasileiro, disserte acerca das possíveis argumentos legais para justificar ou contrariar a decisão do magistrado.
Resposta: 
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17. INCOTERMS. Na compra e venda internacional de mercadorias, é comum fazer referência aos Incoterms – Termos Comerciais Internacionais para determinar componentes de preço e responsabilidades dos contratantes. Explique qual o papel dos Incoterms do ponto de vista do processo de uniformização do DIPr. Os Incoterms são válidos no ordenamento jurídico brasileiro?
Resposta: Os INCOTERMS definem os direitos e obrigações de importadores e exportadores no âmbito de um contrato de compra e venda internacional. Não são definidos por meio de tratado internacional, de modo que não é pertinente falar em ratificação. Eles foram publicados pela Câmara de Comércio Internacional (CCI), que é uma organização importante para a economia mundial, uma vez que cria regras, mecanismos e padrões que são usados todos os dias no comércio mundial desde sua criação, em 1919. A CCI não é uma organização internacional, considerando que esse termo é utilizado para designar organizações intergovernamentais (em que os membros são Estados). Os INCOTERMS são, de fato, um exemplo da Nova Lex Mercatoria, que se trata de um direito criado pelo comércio internacional, em que se verificam a autonomia da vontade e a liberdade para escolher a lei aplicável como principais características.
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18. (OAB XXVI) Um jovem congolês, em função de perseguição sofrida no país de origem, obteve, há cerca de três anos, reconhecimento de sua condição de refugiado no Brasil. Sua mãe, triste pela distância do filho, decide vir ao Brasil para com ele viver, porém não se enquadra na condição de refugiada. Com base na Lei brasileira que implementou o Estatuto dos Refugiados, cabe a você, como advogado que atua na área dos Direitos Humanos, orientar a família. Assinale a opção que apresenta a orientação correta para o caso. 
A) As medidas e os direitos previstos na legislação brasileirasobre refugiados se aplicam somente àqueles que tiverem sido reconhecidos nessa condição. Por isso, a mãe deve entrar com o pedido de refúgio e comprovar que também se enquadra na condição. 
B) Apesar de a mãe não ser refugiada, os efeitos da condição de refugiado de seu filho são extensivos a ela; por isso, ela pode obter autorização para residência no Brasil. 
C) A lei brasileira que trata de refúgio prevê a possibilidade de que pai e mãe tenham direito à residência caso o filho ou a filha venham a ser considerados refugiados, mas a previsão condiciona esse direito a uma avaliação a ser feita pelo representante do governo brasileiro. (CONARE)
D) Para que a mãe possa viver no Brasil com seu filho ou sua filha, ela deverá comprovar que é economicamente dependente dele ou dela, pois é nesse caso que ascendentes podem gozar dos efeitos da condição de refugiado reconhecida a um filho ou a uma filha. 
=> Lei 9.474/97 – Art. Art. 2º Os efeitos da condição dos refugiados serão extensivos ao cônjuge, aos ascendentes e descendentes, assim como aos demais membros do grupo desde que se encontrem em território nacional o familiar que do refugiado dependerem economicamente.
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19. No Estado em que você reside há cerca de quinze anos, cinco homens foram assassinados por tiros disparados por pessoas encapuzadas. Houve uma alteração da cena do crime, sugerindo a mesma forma de atuação de outros assassinatos que vinham sendo praticados por um grupo de extermínio que contaria com a participação de policiais. Na época, a Polícia Civil instaurou inquérito para apurar os fatos, mas concluiu pela ausência de elementos suficientes de autoria, encaminhando os autos ao Ministério Público, que pediu o arquivamento do caso. A Justiça acolheu o pedido e alegou não haver informações sobre autoria, motivação ou envolvimento de policiais. Segundo opinião de especialistas, a apuração policial do caso foi prematuramente interrompida. A Polícia Civil teria deixado de realizar diligências imprescindíveis à elucidação da autoria do episódio. Manter o arquivamento do inquérito, sem a investigação adequada, significaria ratificar a atuação institucionalmente violenta de agentes de segurança pública e, consequentemente, referendar grave violação de direitos humanos. Para a hipótese narrada, como advogado de uma instituição de direitos humanos, assinale a opção processual prevista pela Constituição da República. 
A) O MPF deve ingressar com ação diretamente no Supremo Tribunal Federal para assegurar o direito de acesso à justiça. 
B) advogado deve apresentar pedido de avocatória no Superior Tribunal de Justiça, a fim de que se garanta a continuidade das investigações. 
C) O Procurador Geral da República deve suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal. (IDC – DI I - cap 5. p. 430 )
D) O advogado deve ajuizar ação competente junto à Corte Interamericana de Direitos Humanos.
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20. Maria Olímpia é demitida pela Embaixada de um país estrangeiro, em Brasília, por ter se recusado a usar véu como parte do seu uniforme de serviço. Obteve ganho de causa na reclamação trabalhista que moveu, mas, como o Estado não cumpriu espontaneamente a sentença, foi solicitada a penhora de bens da Embaixada. Nesse caso, a penhora de bens do Estado estrangeiro.
A) somente irá prosperar se o Estado estrangeiro tiver bens que não estejam diretamente vinculados ao funcionamento da sua representação diplomática. 
B) não poderá ser autorizada, face à imunidade absoluta de jurisdição do Estado estrangeiro. 
C) dependerá de um pedido de auxílio direto via Autoridade Central, nos termos dos tratados em vigor. 
D) poderá ser deferida, porque, sendo os contratos de trabalho atos de gestão, os bens que são objeto da penhora autorizam, de imediato, a execução. 
=> Imunidade de Execução (bens impenhoráveis – CVRD – Art. 22 (3), => Art. 114, I (CF88) – Atos de gestão + CLT!!
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21. Um ex-funcionário de uma agência de inteligência israelense está de passagem pelo Brasil e toma conhecimento de que chegou ao Supremo Tribunal Federal um pedido de extradição solicitado pelo governo de Israel, país com o qual o Brasil não possui tratado de extradição. Receoso de ser preso, por estar respondendo em Israel por crime de extorsão, ele pula o muro do consulado da Venezuela no Rio de Janeiro e solicita proteção diplomática a esse país. Nesse caso, 
A) pode pedir asilo diplomático e terá direito a salvo-conduto para o país que o acolheu. (Ato discricionário unilateral + Caso Haia de La Torre CIJ)
B) é cabível o asilo territorial, porque o consulado é território do Estado estrangeiro. (Após o salvo conduto – território do Estado estrangeiro!)
C) não se pode pedir asilo, e o STF não autorizará a extradição, por ausência de tratado. (Asilo => Poder Executivo – ato constitutivo vinculado à soberania nacional e PR)
D) o asilo diplomático não pode ser concedido, pois não é cabível em consulado. (Interpretação – Asilo Diplomático => Embaixada - CVRD)
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22. Jean Oliver, nascido em Paris, na França, naturalizou-se brasileiro no ano de 2003. Entretanto, no ano de 2016, foi condenado, na França, por comprovado envolvimento com tráfico ilícito de drogas (cocaína), no território francês, entre os anos de 2010 e 2014. Antes da condenação, em 2015, Jean passou a residir no Brasil. A França, com quem o Brasil possui tratado de extradição, requer a imediata extradição de Jean, a fim de que cumpra, naquele país, a pena de oito anos à qual foi condenado. Apreensivo, Jean procura um advogado e o questiona acerca da possibilidade de o Brasil extraditá-lo. O advogado, então, responde que, segundo o sistema jurídico-constitucional brasileiro, a extradição:
A) não é possível, já que, a Constituição Federal, por não fazer distinção entre o brasileiro nato e o brasileiro naturalizado, não pode autorizar tal procedimento. 
B) não é possível, pois o Brasil não extradita seus cidadãos nacionais naturalizados, por crime comum praticado após a oficialização do processo de naturalização. 
C) é possível, pois a Constituição Federal prevê a possibilidade de extradição em caso de comprovado envolvimento com tráfico ilícito de drogas, ainda que praticado após a naturalização. 
D) é possível, pois a Constituição Federal autoriza que o Brasil extradite qualquer brasileiro quando comprovado o seu envolvimento na prática de crime hediondo em outro país. 
=> Art. 5, LV (CF88)
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23. Você foi procurado, como advogado(a), por representantes de um Centro de Defesa dos Direitos Humanos, que lhe informaram que o governador do estado, juntamente com o ministro da justiça do país, estavam articulando a expulsão coletiva de um grupo de haitianos, que vive legalmente na sua cidade. Na iminência de tal situação e sabendo que o Brasil é signatário da Convenção Americana sobre os Direitos Humanos, assinale a opção que indica, em conformidade com essa convenção, o argumento jurídico a ser usado. 
A) Um decreto do governador combinado a uma portaria do ministro da justiça constituem fundamento jurídico suficiente para a expulsão coletiva, segundo a Convenção acima citada. Portanto, a única solução é política, ou seja, fazer manifestações para demover as autoridades desse propósito. 
B) A Convenção Americana sobre os Direitos Humanos é omissa quanto a esse ponto. Portanto, a única alternativa é buscar apoio em outros tratados internacionais, como a Convenção das Nações Unidas, relativa ao Estatuto dos Refugiados, também conhecida como Convenção de Genebra, de 1951. 
C) A expulsão coletiva de estrangeiros é permitida, segundo a Convenção Americana sobre os Direitos Humanos, apenas no caso daqueles que tenham tido condenação penal com trânsito em julgado, o que não foi o caso dos haitianos visados pelos propósitos do governador e do ministro, uma vez que eles vivem legalmente na cidade. 
D) A pessoa que seache legalmente no território de um Estado tem direito de circular nele e de nele residir em conformidade com as disposições legais. Além disso, é proibida a expulsão coletiva de estrangeiros. 
=> Convenção Americana (1969), Art. 22 (5)
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24. O governo federal autorizou uma mineradora a prospectar a exploração dos recursos existentes nas terras indígenas. Numerosas instituições da sociedade civil contratam você para, na condição de advogado, atuar em defesa da comunidade indígena. Tendo em vista tal fato, além do que determina a Convenção 169 da OIT Sobre Povos Indígenas e Tribais, assinale a afirmativa correta. 
A) O governo deverá estabelecer ou manter procedimentos com vistas a consultar os povos indígenas interessados, a fim de determinar se os interesses desses povos seriam prejudicados e em que medida, antes de empreender ou autorizar qualquer programa de prospecção ou exploração dos recursos existentes em suas terras. 
B) A prospecção e a exploração dos recursos naturais em terras indígenas pode ocorrer independentemente da autorização e da participação dos povos indígenas nesse processo, desde que haja uma indenização por eventuais danos causados em decorrência dessa exploração. 
C) A prospecção e a exploração das riquezas naturais em terras indígenas podem ocorrer mesmo sem a participação ou o consentimento dos povos indígenas afetados. No entanto, esses povos têm direito a receber a metade do valor obtido como lucro líquido resultante dessa exploração. 
D) Se a propriedade dos minérios ou dos recursos do subsolo existentes na terra indígena pertencerem ao Estado, o governo não está juridicamente obrigado a consultar os povos interessados. Nesse caso, restaria apenas a mobilização política como estratégia de convencimento. 
=> OIT 169 + CF88 Art. 231, §2º + Caso Belo Monte.
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25. Ernesto concluiu o doutorado em Direito em prestigiosa universidade situada em Nova York, nos Estados Unidos, e pretende fazer concurso para o cargo de professor em uma universidade brasileira. Uma das exigências para a revalidação do seu diploma estrangeiro é que este esteja devidamente legalizado. Essa legalização de documento estrangeiro deverá ser feita mediante 
A) o apostilamento pela Convenção da Apostila de Haia, da qual Brasil e Estados Unidos fazem parte. 
B) a consularização no consulado brasileiro em Nova York. 
C) a notarização em consulado norte-americano no Brasil. 
D) o apostilamento pela Convenção da Apostila de Haia, no consulado brasileiro. 
- HCCH – Legalização de Atos Públicos, 1961 (APOSTILA), - Decreto 8.660/16
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26. (2018 - FGV - TJ-SC – Analista Administrativo) François nasceu no território brasileiro durante o período em que seus pais, nacionais franceses, aqui estavam por se encontrarem em gozo de licença na fábrica de bijuterias em que trabalhavam na França. À luz da sistemática constitucional, François:
A. ( ) é brasileiro nato, desde que seus pais tenham requerido; 
B. ( ) é brasileiro nato, desde que o requeira aos dezoito anos; (é apenas um dos critérios) 
C. ( x ) é brasileiro nato, independente de requerimento;  
D. ( ) é apenas nacional francês, não brasileiro;  
E. ( ) pode naturalizar-se brasileiro. (Não se trata de naturalização, do contrário o brasileiro estaria errado, pois não são representantes) 
C => ius solis (Art, 12, I, a) – Não são representantes do Estado Francês, logo, a regra geral é a jus solis.
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27. (2018 - VUNESP - FAPESP - Procurador) Paulo é estrangeiro, residente no Brasil há 19 anos ininterruptos, mas tem uma condenação criminal na justiça brasileira e pretende obter a sua naturalização como cidadão brasileiro. Nos moldes da CF, Paulo:
A. ( x ) não tem direito à naturalização, independentemente de sua nacionalidade de origem, uma vez que, embora preencha o requisito de tempo de residência no Brasil, não pode ter condenação criminal.
B. ( ) tem direito à naturalização, independentemente de sua nacionalidade de origem, pois preenche os requisitos constitucionais de tempo de residência e a condenação criminal não o impede de obtê-la.
C. ( ) não tem direito à naturalização, uma vez que não preenche o requisito constitucional de tempo mínimo de residência no Brasil. (São 15 anos, logo, já cumpriu.)
D. ( ) terá direito à naturalização se a sua nacionalidade de origem for portuguesa, uma vez que preenche os demais requisitos para obtê-la. (A extraordinária nada tem a ver com a origem portuguesa, pois o que existe é a “quase-nacionalidade”, que nada tem a ver com a nacionalidade, mas sim é um tratamento privilegiado conferido ao Português com residência permanente no brasil)
E. ( ) terá direito de obter a naturalização, independentemente de sua nacionalidade de origem, desde que a condenação criminal não tenha sido em decorrência de crime político ou de tráfico de entorpecentes ou drogas afins, pois atende os demais requisitos para obtê-la. 
=> Art. 12, II, b (Naturalização extraordinária)
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28. (2018 - CESPE - ABIN - Agente de Inteligência) Julgue os itens seguintes, em V ou F, relativos ao direito de nacionalidade:
a) (V) Os indivíduos que possuem multinacionalidade vinculam-se a dois requisitos de aquisição de nacionalidade primária: o direito de sangue e o direito de solo.
b) (F) Considera-se hipótese excepcional de quase nacionalidade aquela que depende tanto da manifestação da vontade do estrangeiro quanto da aquiescência do chefe do Poder Executivo. (“Quase-nacionalidade”= Estatuto da Igualdade – Tratado Reciprocidade Br-Pt)
c) (V) Filho de brasileiros nascido no estrangeiro que opte pela nacionalidade brasileira não poderá ser extraditado, uma vez que os efeitos dessa opção são plenos e têm eficácia retroativa.
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29. (2018 - FGV - MPE-AL – Técnico do Ministério Público – Geral) Peter, filho de John e Mary, ambos de nacionalidade norte-americana, nasceu no território brasileiro quando seus pais, trabalhadores em uma indústria nos Estados Unidos da América, aqui estavam em gozo de férias. Utilizando-se as normas constitucionais afetas à nacionalidade como referência, é correto afirmar que Peter 
A. ( ) pode optar pela nacionalidade brasileira quando completar dezoito anos de idade, pois nasceu no território brasileiro. 
B. ( ) é brasileiro naturalizado, isto por ter nascido no território brasileiro, mas ser filho de estrangeiros. 
C. ( X ) é brasileiro nato, pois nasceu no território brasileiro e os seus pais não estavam a serviço do seu país. 
D. ( ) pode optar a qualquer tempo pela nacionalidade brasileira, pois nasceu no território brasileiro. 
E. ( ) não tem nacionalidade brasileira, mas pode solicitar que o governo brasileiro a defira.
Art. 12, I, a (ius solis)
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30. (2018 - FGV - TJ-SC – Técnico Judiciário Auxiliar) Jean, brasileiro naturalizado, que adquiriu grande popularidade em razão de suas atividades filantrópicas, decidiu concorrer a um cargo eletivo. No entanto, estava em dúvida se concorreria ao cargo de Vice-Presidente da República, de Governador ou Senador. À luz da sistemática constitucional, Jean poderia concorrer apenas ao(s) cargo(s) de:
A. ( ) Vice-Presidente e Governador;  
B. ( x ) Governador e Senador;  
C. ( ) Vice-Presidente; 
D. ( ) Governador; 
E. ( ) Senador. 
=> Art. 12, §3º => em regra também poderá se candidatar a senador sem possibilidade de assumir a Presidência do Senado!
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31. (2018 - FGV - MPE-AL – Analista do Ministério Público – Área Jurídica) Pedro nasceu na Itália no período em que seu pai, de nacionalidade brasileira, ali residia em caráter permanente. À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que Pedro:
A. ( ) será cidadão brasileiro caso venha a residir no território brasileiro e opte por esta nacionalidade até os 18 anos.
B. ( x ) é considerado cidadão brasileiro caso tenha sido registrado na repartiçãobrasileira competente.
C. ( ) será cidadão brasileiro caso a sua mãe também tenha a nacionalidade brasileira.
D. ( ) somente será nacional brasileiro caso requeira a sua naturalização. 
E. ( ) é considerado cidadão brasileiro. 
=> Art. 12, I, C (ius sanguinis + registro)
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32. (2018 - FUMARC - PC-MG – Delegado de Polícia Substituto) NÃO constitui cargo privativo de brasileiro nato: 
A. ( ) Ministro de Estado da Defesa. 
B. ( ) Oficial das Forças Armadas. 
C. ( ) Presidente da Câmara dos Deputados. 
D. ( x ) Senador da República. 
Art. 12, §3º. 
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33. (2018 - CESPE - STJ - Analista Judiciário - Judiciária) Em relação aos direitos e às garantias fundamentais e às funções essenciais à justiça, julgue o item a seguir, considerando a jurisprudência dos tribunais superiores: (V) Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, brasileiro nato que tiver perdido a nacionalidade poderá ser extraditado.
=> Ext. 1462 (2017) – “Caso Cláudia Sobral”
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34. (2018 - INSTITUTO AOCP - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) – Técnico Judiciário – Área Técnico Judiciário – Área Administrativa) Assinale a alternativa que NÃO constitui cargo privativo de brasileiro nato de acordo com a Constituição Federal.
A. ( ) De oficial das Forças Armadas. 
B. ( x ) De Presidente de qualquer das Cortes Superiores. 
C. ( ) Da carreira diplomática. 
D. ( ) De Ministro de Estado da Defesa. 
E. ( ) De Presidente da Câmara dos Deputados. 
=> Art. 12, para. 3
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35. (2017 - TRF - 2ª Região - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto) Analise as assertivas abaixo e, ao final, assinale a opção correta:
I. Incorre em causa de perda de nacionalidade o brasileiro nato que. Já sendo milionário e exclusivamente por ter se apaixonado pelos céus de Paris, obtém a nacionalidade francesa, por naturalização; (“Perda-Mudança. Se o indivíduo escolhe outra nacionalidade sem nenhum vínculo, seja ius sanguinis ou ius solis, de fato perderá). 
II. Incorre em causa de perda de nacionalidade o brasileiro que tiver reconhecida outra nacionalidade originária por Estado estrangeiro; (Art. 12, §4º, II, a. Originária é a hipótese que excepciona. Se na questão estivesse constando derivada, estaria correta)
III. Sujeito nascido no estrangeiro, filho de mãe brasileira e de pai estrangeiro, que veio a residir no território brasileiro e aqui, após a maioridade, optou e adquiriu a nacionalidade brasileira pode, oportunamente, candidatar-se e ser eleito Presidente da República. (Nacionalidade Potestativa – Art. 12, I, c. Se fosse antes da maioridade essa questão estaria errada)
A. ( ) Todas as assertivas são corretas. 
B. ( ) Apenas a assertiva I está correta. 
C. ( X ) Apenas as assertivas I e III estão corretas. 
D. ( ) Apenas as assertivas II e III estão corretas.  
E. ( ) Apenas as assertivas I e II estão corretas. 
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36. (2017 - CESPE - DPU - Defensor Público Federal) A respeito de nacionalidade, julgue o item a seguir: (F) Brasileiro nato que, tendo perdido a nacionalidade brasileira em razão da aquisição de outra nacionalidade, readquiri-la mediante o atendimento dos requisitos necessários terá o status de brasileiro naturalizado. Art. 254, §7º (Dec. 9.199-17)
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37. (2017 - CONSULPLAN - TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção - 2017) David nasceu em país estrangeiro, mas reside no Brasil há mais de 15 (quinze) anos ininterruptos e adquiriu a nacionalidade brasileira. Com base nesses dados, é correto dizer que, necessariamente: 
A. ( ) O país de origem de David é de língua portuguesa.  
B. ( ) Mesmo sabendo ler e escrever a língua portuguesa, David não poderá se eleger para a Câmara dos Deputados. 
C. ( ) David não poderá ocupar cargo de Ministro de Estado.  (Poderá, mas com exceção da defesa, e MRE)
D. ( X ) David não poderá ocupar cargo de Ministro do STF.  
* Art. 12, para. 3
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38. (2017 - FCC - TRT - 24ª REGIÃO (MS) – Técnico Judiciário – Área Administrativa) Silmara, brasileira naturalizada, verificou a Constituição Federal brasileira a respeito de possível extradição de brasileiro naturalizado. Assim, constatou que, dentre os direitos e deveres individuais e coletivos, está previsto que:
A. ( ) nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes ou depois da naturalização, ou de comprovado envolvimento em milícia armada e grupos guerrilheiros. 
B. ( ) a extradição de qualquer brasileiro, seja ele naturalizado ou não, consta em diversas hipóteses taxativas do artigo 5o da Carta Magna. 
C. ( ) a extradição de qualquer brasileiro, seja ele naturalizado ou não, somente poderá ocorrer em caso de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins. 
D. ( ) nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei. 
E. ( ) a extradição de qualquer brasileiro, seja ele naturalizado ou não, somente poderá ocorrer em caso de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, envolvimento em milícia armada e grupos guerrilheiros e prática de ato de terrorismo. (O naturalizado que pratica terrorismo, quando não tem essa previsão, será o caso da ação de cancelamento da nacionalidade, e perdendo a nacionalidade já poderá ser extraditado)
=> Art. 5, LI
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39. Consideradas as formas de aquisição da nacionalidade previstas na Constituição Federal, são brasileiros:
A. ( ) naturalizados os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de dez anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
B. ( ) natos os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes estejam a serviço de seu país.
C. ( ) naturalizados os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro e mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil.
D. ( ) natos os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente.
E. ( ) naturalizados os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigida dos originários de países de língua portuguesa apenas residência por cinco anos ininterruptos e idoneidade moral.
* Art. 12, I, C (ius sanguinis + registro)
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40. Nos termos da CF, são privativos de brasileiro nato os cargos de:
A. ( ) deputado federal. 
B. ( ) senador. 
C. ( ) procurador-geral da República. 
D. ( ) juiz de direito. 
E. ( X ) carreira diplomática. 
Art. 12, §3º, V.
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41. (2016 - FUNCAB - PC-PA - Delegado de Polícia Civil) “Os elementos clássicos de um Estado são seu território, sua soberania e seu povo. Para a formação deste último, é necessário que se estabeleça um vínculo político e pessoal entre o Estado e o indivíduo. É a nacionalidade que efetiva tal conexão e faz com que uma pessoa integre dada comunidade política. Portanto, é natural e necessário que o Estado distinga o nacional do estrangeiro para diversos fins". (Mendes, 2016). Assinale a assertiva correta de acordo com o direito de nacionalidade:
A. ( ) O brasileiro nato nunca poderá perder a nacionalidade. (Art. 12, §4º. Existe a perda-mudança, que é o caso da Claudia Sobral, logo, poderá)
B. (X) A nacionalidade pode ser adquirida de forma originária ou secundária (a secundaria seria naturalização).
C. ( ) Os estrangeiros dispõem de direitos políticos. 
D. ( ) O brasileiro nato pode ser extraditado caso pratique tráfico internacional de entorpecentes e drogas afins. (o Brasileiro nato não pode ser extraditado em qualquer caso, não importa o crime)E. ( ) Pelo critério de determinação jus sanguinis, o indivíduo é nacional se nascido em território específico. (jus solis)
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42. (2016 - FCC - PGE-MT - Procurador do Estado) Juliana, brasileira nata, obteve a nacionalidade norte-americana, de forma livre e espontânea. Posteriormente, Juliana fora acusada, nos Estados Unidos da América, da prática de homicídio contra nacional daquele país, fugindo para o Brasil. Tendo ela sido indiciada em conformidade com a legislação local, o governo norte-americano requereu às autoridades brasileiras sua prisão para fins de extradição. Neste caso, à luz da Constituição Federal e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, Juliana:
A. ( ) poderá ser imediatamente extraditada, uma vez que a perda da nacionalidade brasileira neste caso é automática. 
B. ( ) não poderá ser extraditada, por continuar sendo brasileira nata, mesmo tendo adquirido nacionalidade norte-americana (Existe a perda-mudança). 
C. ( X ) poderá ter cassada a nacionalidade brasileira pela autoridade competente e ser extraditada para os Estados Unidos para ser julgada pelo crime que lhe é imputado. 
D. ( ) não poderá ser extraditada, pois, ao retornar ao território brasileiro, não poderá ter cassada sua nacionalidade brasileira (Pode ser cancelada pela perda-mudança).
E. ( ) não poderá ser extraditada se optar a qualquer momento pela nacionalidade brasileira em detrimento da norte-americana (Essa opção existe apenas para aqueles nascidos no exterior e que não foram registrados). 
* Caso “Cláudia Sobral” (M.S. 33.864 – 2016)
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43. (2016 - TRF - 3ª REGIÃO - TRF - 3ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto) Só o brasileiro nato pode ser:  
A. ( ) Deputado Federal ou Senador da República.  
B. ( ) Ministro de Tribunal Superior (Necessariamente não quer dizer STF).  
C. ( x ) Chefe do Estado Maior das Forças Armadas.   
D. ( ) Presidente do Banco Central da República.   
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44. (UFPR - 2011 - ITAIPU BINACIONAL - Advogado) Com relação ao objeto do Direito Internacional Privado, identifique as afirmativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F): 
A. (V) O Direito Internacional Privado não mais se restringe, como se sustentou no passado, a instituições de direito privado, atuando também no campo do direito público. 
B. ( F) Assim como no Direito Internacional Público, a principal fonte do Direito Internacional Privado é o tratado. 
C. (V) O Direito Internacional Privado trata principalmente do conflito de leis originárias de Estados diferentes, estabelecendo regras para a opção entre as leis em conflito, sendo por isso um direito eminentemente nacional. 
D. (V) Há várias concepções sobre o objeto do Direito Internacional Privado. As concepções mais amplas incluem na disciplina, além do conflito de leis e do conflito de jurisdições, também a nacionalidade e a condição jurídica do estrangeiro. 
E. (V) Diante de uma situação jurídica conexa com duas ou mais legislações, que contêm normas diversas, conflitantes, ao Direito Internacional Privado não cabe solucionar o conflito das normas materiais internas, mas tão somente indicar qual sistema jurídico deve ser aplicado dentre as várias legislações conectadas com a hipótese jurídica.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
a) F – F – V – F – V.
b) V – F – V – V – V.
c) V – V – F – V – F.
d) F – V – F – F – F.
e) V – F – V – V – F.
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45. (CESPE - 2010 - DPU - Defensor Público) Com relação ao conflito de leis no espaço e aos elementos de conexão que viabilizam a sua resolução, julgue os itens a seguir em V ou F. (V) A regra geral, ante o conflito de leis no espaço, é a aplicação do direito pátrio, empregando-se o direito estrangeiro apenas excepcionalmente, quando isso for, expressamente, determinado pela legislação interna de um país.
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46. Perda e Reaquisição da Nacionalidade Brasileira: estudo de caso "Cláudia Sobral" (2,0)
A publicidade da decisão do STF em sede de extradição que autoriza a extradição de Cláudia Sobral destaca a implementação da perda da nacionalidade brasileira em virtude da aquisição de nacionalidade derivada. A concessão da Ext. 1.462 (2017) após a confirmação da perda da nacionalidade no M.S. 33.864 (2016), ainda sob a vigência do Estatuto do Estrangeiro, permite a comparação com as normas da Lei de Migração sobre perda e reaquisição da nacionalidade brasileira. Levando em consideração as normas constitucionais, infraconstitucionais e os dois precedentes constitucionais acima expostos, explique:
I) Alcance das disposições previstas na Lei de Migração, ou outras normas infraconstitucionais, para modificar os requisitos legais com o objetivo de afastar a decisão administrativa que decreta a perda da nacionalidade originária. (0,5)
Tratamento jurídico diferenciado – nato x naturalizado
Taxativo => apenas emenda constitucional poderá modificar as disposições do art. 12 da CF/88!!
Art. 12 - São brasileiros: § 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.
II) Hipóteses legais para solicitar reaquisição da nacionalidade brasileira: Originária (ação de opção de nacionalidade) e Derivada.
 Originária (ação de opção de nacionalidade): não se aplica no caso concreto: a nacionalidade potestativa limita-se à situações em que filho(a) de brasileiro(a) não foi registrado no consulado e – após alcançar maioridade (+ capacidade jurídica) e comprovar a residência e jus sanguinis mediante ação de opção de nacionalidade na esfera judicial – Justiça Federal.
 Derivada: deverá preencher os requisitos legais – Art. 64, I e 65 da Lei de Migração 
Art. 65.  Será concedida a naturalização ordinária àquele que preencher as seguintes condições: IV - não possuir condenação penal ou estiver reabilitado, nos termos da lei.
III) Adequação da ação de cancelamento de naturalização prevista para promover a renúncia à nacionalidade norte-americana.
 Perda-sanção prevista no Artigo 12 (§ 4º Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: I -  tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional);
 Objetivo: cancelar a naturalização - não se aplica para brasileiro nato;
Soberania nacional – cada estado estabelece normas para aquisição, diferenciação e perda da nacionalidade!
TIDH:
 Veda cancelamento arbitrário (=/= discricionário)
 Permite tratamento jurídico diferenciado nato x naturalizado
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Aula 06/09
 Leitura dos julgados, com título do arquivo: Ext 1462 Acórdão; HC 83113 QO 2003 nacionalidade; MS 33864 DF Caso Claudia Sobral 04.2018.
 Questão abordando como é o procedimento, quem é a autoridade competente, e quais são as regras para promover o cancelamento na modalidade de “perda-mudança”. - Decreto 9.199/17
 Controle de discricionariedade do mérito administrativo. Diz respeito a possibilidade de atuação do STF, para contestar a decisão do Ministério da Justiça. O STF não tem competência para modificar o teor da decisão. No recurso é possível solicitar a reconsideração, mas uma vez efetivada, em regra, não haveria competência para o Poder Judiciário intervir no mérito da decisão. (Exemplo?: basta entender que, não está comprovado, e sim em exercício de direitos civis, como contadora. Isso não poderá ocorrer), uma vez que o STF deverá apenas promover o controle de legalidade/denegatório, o é visto novamente no processo de extradição.
	Na segunda fase, novamente o STF é chamado para verificar se há algum vício grave no devido legal, logo, não se trata propriamente do mérito, mas sim de observância do mínimo do devido processo legal administrativo (não é judicial).
Art. 64. A naturalização pode ser:
I - ordinária;
II - extraordinária;
III - especial; ou
IV - provisória.
 No Poder Judiciário, caberá duas hipóteses de aquisição da nacionalidade brasileira em condição nato:Ação de opção - Art. 63, da Lei de Migração: é aquela subsidiariamente, em que o nascido no exterior, e não registrado no consulado, poderá residir no Brasil, devendo promover na esfera da Justiça Federal a ação de opção de nacionalidade.
 No art. 12, I, C, da CF, trata da competência da Justiça Federal, para promover a ação de opção de nacionalidade, e identificar que foram comprovados os requisitos.
 Na naturalização, o questionamento que se faz é, se Claudia Sobral poderia requerer a naturalização ordinária, após cumprir a pena e os requisitos.
 Na hipótese de naturalização, o procedimento será administrativo, havendo a possibilidade de demandar (Declaratória é somente na extraordinária?) (...) O Estrangeiro com residência permanente no Brasil, com 15 anos ou mais, sem condenação criminal, terá garantia de direito. Nas outras hipóteses de naturalização, não que se falar em garantia de direito.
	A esfera será o Poder Judiciário Federal, para o caso do art. 12, I, C da CF. O caso da ação de cancelamento da naturalização também é de competência da Justiça Federal.
	A naturalização é a condição de admissão de brasileiro naturalizado, hipótese em que é admitido tratamento constitucional diferenciado. Apenas o que consta na CF é permitido, por exemplo, Ministro do Supremo Tribunal Federal é apenas para brasileiro nato. Lei infraconstitucional, jamais poderá modificar o conteúdo do art. 12 da CF, mas Emenda à Constituição poderá.
Exemplo: Maria possui a naturalidade originária brasileira e israelense, e por enquanto a lei lhe permite, que é o caso da exceção prevista no art. 12, §4, II, “a” da CF, acumular as duas naturalizações originárias (são duas ou mais). Mas, nada impede que o legislador constitucional, modifique, passando a entender que a nacionalidade brasileira é UNA e indivisível.
 Na naturalização não há que se falar em filho de brasileiro. Pode ser estrangeiro casado com brasileiro, pai de brasileiro, mas se for o filho é o caso da ação de opção ou registro.
 A ordinária é a regra geral, que exige 4 anos de residência permanente. A CF, reduz para um ano, os países de língua portuguesa. No art. 65 da Lei de migração também reduz o prazo para quem for casado com brasileiro, e pai de brasileiro.
 A extraordinária terá o requisito de 15 anos de residência permanente, e há previsão constitucional. Nesse caso, o estrangeiro que comprovar todos os requisitos, possuirá garantia de direitos, e o reconhecimento da naturalização é considerado ato declaratório, de modo que não haverá discricionariedade por parte do poder público que é o Ministério da Justiça, para não conceder. Nessa hipótese, caso não seja concedido, o indivíduo poderá impetrar mandado de segurança, que é uma das poucas vias que poderá haver o Poder Judiciário.
 A Especial, serve para cônjuge de funcionários que representam o Estado estrangeiro no exterior. Nesta, irá se operar o prazo de residência no exterior, sendo 10 anos para cônjuge de funcionários.
 A ação provisória é para o menor (...)?
	Qualquer que seja a hipótese de naturalização, não há que se falar em competência da Justiça Federal, por se tratar de procedimento administrativo.
 A “perda-Mudança”, que foi o caso da Cláudia Sobral, foi feito por procedimento administrativo. O que difere da previsão da “perda-sanção”, que é apenas para os naturalizados após a publicação do diário oficial da União, ou seja, se o processo de naturalização ainda tiver sido finalizado, não há que se falar em ação de cancelamento.
 As derivadas são: ordinária, extraordinária, jurisprudência, declaratório e decreto.
 A ação de opção de nacionalidade não é relativa a naturalização, mas sim é a hipótese de aquisição da condição de brasileiro nato.
Prova: 2 abertas - explicar do que se trata autoridade competente, e como ocorre o procedimento para a “perda-mudança” (não é apenas para transcrever artigo); - diz respeito ao alcance do poder judiciário para modificar o mérito da decisão administrativa, que cancela a nacionalidade (será apenas um controle de legalidade derivatório, não havendo a possibilidade de modificar o mérito, conforme decreto 9199/2017).
 Se tiver interesse em adquirir a condição de brasileiro naturalizado, é necessário, em principal ponto, a reabilitação, pois do contrário não será possível. Ainda, terá que receber a residência permanente.
 Como ocorre o procedimento para promover o cancelamento, quem é a autoridade competente? No caso da Cláudia Sobral é ex-officio, isto é, não é necessário a provocação do indivíduo. Ao ter notícia de que Cláudia Sobral havia adquirido a condição de norte americana naturalizada, já se trata da aplicação do art. 12, §4º, II da CF (que o caso dela é a “perda-mudança”), e a competência é do Ministério da Justiça.
	É importante identificar no decreto 9199/17, quais as fases, e o que é necessário, e tentar formular em 6 linhas no máximo.
 Sobre até que ponto o STF poderá anular a decisão do Ministério da Justiça, é encontrado na extradição e mandado de segurança, e na 9199/17.
 Prova: poderá ser consultado todos os meios, inclusive os digitais, vedada a comunicação e fotos.
Cláudia Sobral: https://www.youtube.com/watch?v=gXBjkrEXstU&t=31s
Pendente: Questões 1; 2; 14; 15 e 16.
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Nacionalidade: vínculo jurídico-político, que liga uma pessoa a um Estado. Vínculo jurídico, se deve que a nacionalidade gera direitos e obrigações reciprocas, entre pessoa e Estado. O vínculo político, se dá que, cada Estado Soberano tem competência/liberdade para definir quem são seus nacionais.
Trata-se de objeto de preocupação internacional, dado que a nacionalidade é um direito fundamental da pessoa humana, reconhecido e protegidos internacionalmente:
Artigo 15º - Declaração Universal dos Direitos do Homem, de 1948
1. Todo o indivíduo tem o direito a ter uma nacionalidade.
2. Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua nacionalidade nem do direito de mudar de nacionalidade.
 Formas de aquisição da nacionalidade: originária e derivada.
 Nacionalidade originária: indivíduo se ver atribuir ao nascer. Normalmente, são dois os critérios utilizados para aquisição, quais sejam, jus solis (Local do nascimento) e ius sanguinis (Vínculo sanguíneo com os pais).
 Nacionalidade derivada: adquiria por meio da naturalização.
 Conflitos de nacionalidade: positivo e negativo.
 Positivo: o indivíduo ao nascer, recebe duas nacionalidades, se tornando um Polipatrida/Polipatria (Exemplo: Brasileiro e Italiano).
 Negativo: o indivíduo ao nascer não adquirido nenhuma nacionalidade, se tornando apátrida/heimatlos.
Exemplo: País x diz que são nacionais os nascidos em seu território, e o País Y diz que são nacionais os filhos de nacionais. Adolfo e Ana, nacionais do Estado x, viajaram para o Estado Y, momento em que nasceu o filho Gustavo, que in casu se tornou apátrida, ou seja, ficou sem pátria, não sendo nacional de nenhum Estado.
	Há tratados internacionais que buscam resolver o problema, no intuito de atribuir a nacionalidade ao apátrida, por exemplo, o Pacto São José de Costa Rica/Convenção Americana de Direitos Humanos diz que, pelo menos deve ser atribuída a nacionalidade da criança, do local em que nasceu:
Artigo 20. Direito à nacionalidade
1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade.
2. Toda pessoa tem direito à nacionalidade do Estado em cujo território houver nascido, se não tiver direito a outra.
3. A ninguém se deve privar arbitrariamente de sua nacionalidade nem do direito de mudá-la.
 Atribuição da nacionalidade de Brasileiros
CF - CAPÍTULO III, DA NACIONALIDADE
Art. 12. São brasileiros:
I - natos: - Nacionalidade Originária, atribuída ao nascer.
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; Critério jus solis (local do nascimento que está definindo a nacionalidade).
Exemplo: - Marcio e João, brasileiros, tiveram a filha Sofia nascida no Brasil, sendo certo que ela é brasileira nata.
- O Caso de Japoneses Yoku e Yuxi, de férias no Brasil, tiveram a filhaXina no Brasil, logo, ela será brasileira nata.
- Shura e Salina são diplomatas japonês a serviço no Brasil, tiveram o filho Susuki neste país, logo, não será brasileiro nato.
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; Critério ius sanguinis (pai ou mãe brasileira no estrangeiro a serviço do país que está definindo a nacionalidade).
Exemplo: Luzia foi morar no Japão a serviço do Brasil como Diplomata, tendo a filha Maria com Yoku, com o Japonês Yuri, neste país. Neste caso, Yoku será brasileiro nato, por ser filho de Luzia que estava no Japão a serviço do Brasil.
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007) Critério ius sanguinis, mas com dois requisitos necessários.
Exemplo: os brasileiros Marina e João foram de férias para os EUA, e lá tiveram seu filho Eduardo. Para Eduardo ser considerado brasileiro nato, deverá necessariamente, ser registrado na repartição brasileira competente/Consulado, ou, após a maioridade (não é antes) e com residência no Brasil independente de tempo, optar pela nacionalidade brasileira.
II - naturalizados: - Nacionalidade Derivada.
a) os que, na forma da lei (Estatuto do Estrangeiro, que traz todos os requisitos para a naturalização, mas a Lei de Migração, praticamente revogou o referido Estatuto, mudando por completo o processo para aquisição de nacionalidade brasileira de estrangeiro, e o de permanência temporária ou fixa de estrangeiro no Brasil ), adquiram (ato discricionário) a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa (lusófonos) apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral (regra especial para países lusófonos. Requisito temporal curto, e o moral é mais difícil/gravoso de conseguir quando comparado a ausência de condenação penal);
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos (requisito temporal a difícil/maior) e sem condenação penal (Pequeno/curto/mais fácil o requisito moral), desde que requeiram (requisitar = ato vinculado ao cumprir os requisitos, Possuem direito subjetivo a naturalização) a nacionalidade brasileira. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro (naturalizados), salvo os casos previstos nesta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
Dispositivo oriundo de um tratado internacional entre Brasil e Portugal. Trata-se da situação dos Portugueses equiparados, que terão os mesmo direitos inerentes aos brasileiros naturalizados (Não são os direitos de brasileiro natos.)
 Distinções entre brasileiros natos e naturalizados
§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.
Isto é, somente a CF tem prerrogativa para estabelecer distinções entre brasileiros natos e naturalizados. Cumpra-se ressaltar que, a lei quando estiver regulamentando dispositivo da CF, poderá estabelecer distinções detalhadas que a própria CF autorize, por isso a expressão “salvo nos casos previstos nesta Constituição”.
1. Cargos Privativos de brasileiro nato
CF - Art. 12. § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos: Diferenciação prevista na CF entre brasileiros natos e naturalizados. São situações que o Brasileiro naturalizado não tem direito.
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados; Logo, Brasileiro naturalizado pode ser Deputado.
III - de Presidente do Senado Federal; Logo, Brasileiro naturalizado pode ser Senador.
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; Não é só o Presidente, são todos.
V - da carreira diplomática; Terceiro-Secretário, Segundo-Secretário, Primeiro-Secretário, Conselheiro, Ministro de Segunda Classe e Ministro de Primeira Classe (Embaixador)
VI - de oficial das Forças Armadas. Oficiais generais, oficiais superiores (coronel, tenente-coronel e major), oficial intermediário (capitão) e oficiais subalternos (primeiro tenente e segundo tenente), da Marinha do Brasil, Exército Brasileiro ou Força Aérea Brasileira.
VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) Ministério da Defesa (MD) é o órgão do Governo Federal incumbido de exercer a direção superior das Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, articulando as ações que envolvam estas instituições, individualmente ou em conjunto. Atualmente, o Ministro da Defesa é Joaquim Silva e Luna. O único Ministro de Estado que deve ser brasileiro nato, é o da Defesa, que tem a ver com soberania nacional. (Os Ministros das relações exteriores, Justiça e etc., podem ser nato ou naturalizados)
 2. Extradição: brasileiro nato não poderá ser extraditado; brasileiro naturalizado poderá ser extraditado, que é em caso de crime comum praticado antes da naturalização, ou comprovado envolvimento com tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins; o estrangeiro poderá, salvo em caso de ter cometido crime político ou de opinião.
CF - Art. 5º. LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;
(...)
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros;
(...)
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: (...) I - processar e julgar, originariamente:
(...) g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro;
3. Conselho da República: não se trata do Conselho de Defesa Nacional. No órgão consultivo do conselho da república, existem vagas para 6 cidadãos brasileiros, que devem obrigatoriamente serem brasileiros natos.
CF - Seção V, DO CONSELHO DA REPÚBLICA E DO CONSELHO DE DEFESA NACIONAL; Subseção I, Do Conselho da República
Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República, e dele participam:
I - o Vice-Presidente da República;
II - o Presidente da Câmara dos Deputados;
III - o Presidente do Senado Federal;
V - os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados;
V - os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal;
VI - o Ministro da Justiça;
VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução.
Art. 90. Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre:
I - intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio;
II - as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas.
§ 1º O Presidente da República poderá convocar Ministro de Estado para participar da reunião do Conselho, quando constar da pauta questão relacionada com o respectivo Ministério.
§ 2º A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho da República.
4. Propriedades de Empresas Jornalísticas e de Radiodifusão Sonora e de Imagens: para a pessoa ter a propriedades dessas empresas, precisam ser brasileiros natos, ou se for naturalizados devem estar nesta condição há mais de dez anos.
CF - Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País.
 Hipóteses de Perda da nacionalidade de brasileiro nato e naturalizado
CF. Art. 12. § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiroque:
I - tiver cancelada sua naturalização (Não é nato), por sentença judicial (que tenha transitado em julgado), em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
Trata-se de brasileiro com nacionalidade derivada da naturalização, que começou a praticar tal atividade, e ainda que sobreveio sentença judicial sobre o caso, ou seja, é a sentença judicial que declara/implica na perda da nacionalidade. Esta é chamada de “Perda-Punição” que ocorre pela via judicial (não é administrativa).
	Nessa hipótese será possível a reaquisição da nacionalidade brasileira, mas para tanto será necessário ação rescisória, cancelando a referida sentença.
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
Está hipótese cabe para ambos os brasileiros (naturalizado e o nato). Este é chamado de “perda-mudança” que ocorre de forma administrativa (não é judicial) Portanto, brasileiro nato também pode perder a sua nacionalidade, quando adquirir outra nacionalidade de forma voluntária (o nato só perde na “perda-Mudança”), com exceção dos casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária (nato) pela lei estrangeira; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
Exemplo: a Lei Italiana, reconhece que os filhos de italianos, como italianos natos, e por isso não perdem a nacionalidade brasileira. Desde que a lei estrangeira reconheça o Brasileiro como nato em seu país.
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
Exemplo: - o brasileiro João, irá casar com a Francesa Maria na França. Contudo, o referido país, estabelece em lei, que casamento em seu território com nacionais somente pode ocorrer se o estrangeiro se naturalizar Francês. Nessa situação houve imposição da naturalização Francesa, para que João exercesse os seus direitos civis, ou seja, teve que se naturalizar por um fator alheio a sua vontade, logo, nessa situação, João não perderá a nacionalidade brasileira.
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.
§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais.
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.
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 Lei de Migração - 13.445/2017 (revogou o Estatuto do Estrangeiro)
1. Tipos de naturalização: a lei acrescentou as duas últimas. Anterior a lei, a ordinária era a adquirida na forma da lei, e a extraordinária adquirida com os requisitos da CF. Todavia, atualmente, com a aludida lei em vigor, todos os requisitos constam nesta, logo, todas as espécies de naturalização são adquiridas na Lei de Migração - 13.445/2017.
Art. 64. A naturalização pode ser:
I - ordinária;
II – extraordinária;
III - especial; ou
IV - provisória.
2. Requisitos das hipóteses de naturalização
I. ordinária – 4 anos: art. 65 da Lei de Migração - 13.445/2017
II. Extraordinária – 15 anos: art. 67 da Lei de Migração - 13.445/2017, que são os mesmo requisitos previsto no art. 12, II da CF.
III. Especial - Casamento: art. 68 da Lei de Migração - 13.445/2017. Hipótese de casamento de estrangeiro com brasileiro.
IV. Provisória – Criança ou Adolescente residente antes de 10 anos: art. 70 da Lei de Migração - 13.445/2017. Criança ou adolescente que reside no Brasil antes dos 10 anos, que tem o direito de se tornar brasileiro até os 18 anos, e ainda terá o prazo de dois anos para se tornar brasileiro de forma definitiva.
2. Possibilidades da Perda de nacionalidade de Brasileiro Nato e Naturalizado: 
 Naturalizado: quando prática atividade nociva ao interesse nacional.
 Naturalizado: quando prática atividade nociva ao interesse nacional.
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Prezi de Nacionalidade
1. Direitos da nacionalidade
2. Tratados Internacionais de Direitos Humanos
3. Nacionalidade Originária/Primária
3. 1 Brasileiro Nato
3.2 Jus Solis
3.3 Jus Sanguinis + Função
3.4 Jus Sanguinis + Registro
http://www.cnj.jus.br/images/imprensa/provimento_tardio.pdf
3.5 Protestativa
Requisitos e Procedimentos
Efeitos jurídicos
4. Opção de nacionalidade
Decreto 9.199/17
Efeitos jurídicos
Jurisprudência Constitucional
a
a

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