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Incontinência Esfincteriana

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Salvador/BA
Maio/2020
Incontinência esfincteriana
Incontinência esfincteriana
Incontinência Esfincteriana
Disciplina: Gerontologia
Docente: Daniele Dourado
Discentes: Ana Cabral
 Bruna Carvalho
 Ilca Caroline
 Jonatan Almeida
 Luciana Rocha
 Raphael Queiroz
Salvador/BA
Maio/2020
Incontinência Esfincteriana
Esfíncter
 Origem grega: SPHINKTER, derivada de SPHINGEIN  “segurar firme” / “aquilo que aperta”;
 Estruturas compostas por músculos em formato de anel;
 Controlam o grau de amplitude de determinado orifício;
Pelo menos 43 esfíncteres no corpo humano;
Figura 1: Esfíncter inferior do esôfago.
Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/1474505/
Esfíncter
Figura 3: Fibras musculares do estômago.
Fonte: https://sites.google.com/site/sistdigestorio/home/estomago
Figura 2: Esfíncteres do canal anal.
Fonte: http://derival.com.br/incontinencia-fecal/
Esfíncter
Esfíncter
CONTROLÁVEL
Músculo esquelético
NÃO-CONTROLÁVEL
Músculo liso
Incontinência esfincteriana
Incapacidade de conter o músculo esfíncter.
FONTE: https://minutosaudavel.com.br/incontinencia-urinaria/
Incontinência esfincteriana
Sistema Urinário
A
N
A
T
O
M
I
A
FONTE: http://cvnavaranda.blogspot.com/2012/01/disturbios-renais.html
SUPERIOR
INFERIOR
Sistema Urinário
Função: Armazenamento e eliminação da urina;
Bexiga Uretra
FONTE:http:/.blogspot.com/2011/11/cistite.html
Trato Urinário inferior
Trato Urinário inferior
Bexiga
FONTE: Tratado de Geriatria e Gerontologia
Bexiga
Órgão de músculo liso;
Armazena de 350ml a 450ml de urina;
Anatomia muscular possibilita o afluxo e evita o refluxo;
Uretra
 Constituída por camadas de músculo liso, tecido conectivo e rica rede vascular;
 Manutenção da pressão e continência;
 Comprimento: Mulher: 4cm
 Homem: 20cm
 Esfíncteres interno e externo;
FONTE: https://br.pinterest.com/pin/355784439313060446/
Uretra
Neurofisiologia
 Neurofisiologia do trato urinário inferior
FONTE: Tratado de Geriatria e Gerontologia
Neurofisiologia
Neurofisiologia
 Neurofisiologia do trato urinário inferior.
FONTE: Tratado de Geriatria e Gerontologia
 Neurofisiologia do trato urinário inferior.
FONTE: Tratado de Geriatria e Gerontologia
FONTE: https://www.pinterest.pt/pin/817403401103909332/
Impacto do envelhecimento
NA BEXIGA
Redução da capacidade
Hiperatividade do detrusor
NA URETRA
Redução da pressão de fechamento uretral
NA PRÓSTATA
Aumento do volume
GERAL
Aumento da produção noturna de urina
Redução da produção de estrógenos na mulher
Aumento da incidência de infecções recorrentes
Epidemiologia da incontinência urinária
Epidemiologia da incontinência urinária
Candidíase perineal
Celulite
Úlceras de pressão
Infecções do trato urinário 
Urosépsis
Quedas
Fraturas 
Interrupção do sono
FATORES PREDISPONENTES 
FATORES PREDISPONENTES: 
Deficiência Estrogênica
Parto Vaginal
Tabagismo
Obesidade
Incontinência urinária
Diagrama : Classificação das incontinências urinárias.
Fonte: Próprio autor.
TRANSITÓRIA
ESTABELECIDA
URGÊNCIA
ESFORÇO
HIPERFLUXO
MISTA
Incontinência urinária transitória
Perda involuntária de urina na ausência de disfunção do trato urinário inferior;
Provocada por eventos clínicos agudos, potencialmente reversíveis;
Quadro x: Causas da incontinência urinária transitória. 
FONTE: Tratado de Geriatria e Gerontologia
Incontinência urinária de urgência
É a mais comum;
 Intenso desejo de urinar, seguido da perda involuntária de volume de urina;
 Urgência, frequência, jato urinário fraco e grande volume residual;
BEXIGA HIPERATIVA  urgência urinária com ou sem incontinência;
 Esclerose múltipla, doença de Parkinson, AVC e demência;
FONTE: https://br.pinterest.com/pin/854346991782785316/
Incontinência urinária de esforço
Aumentos na pressão intra-abdominal > Pressão de fechamento esfincteriano;
Mais comum em mulheres jovens e o segundo mais comum em mulheres idosas;
É causada, na mulher, por deslocamento da uretra de sua posição anatômica durante esforços ou por deficiência esfincteriana intrínseca
No homem, ocorre por deficiência esfincteriana, consequência de lesão causada por prostatectomia radical.;
Incontinência urinária por hiperfluxo
Quadro de gotejamento ou perda contínua de urina;
Esvaziamento vesical incompleto;
Jato urinário fraco, esforço miccional, intermitência, hesitação, frequência e noctúria;
Causas: hipocontratilidade do detrusor e obstrução da saída vesical;
Incontinência urinária funcional
Pacientes sem comprometimento dos mecanismos controladores da micção;
Incapacidade de alcançar o toalete a tempo;
Limitações físicas, transtornos psíquicos, déficit cognitivo;
Limitações ambientais;
Pacientes hospitalizados;
Diagnóstico
História Médica
Exame Físico
Exame complementares
Como chegar no diagnóstico?
Avaliar a história médica
 Início, curso e características da incontinência; a frequência e o volume das perdas, os sintomas associados (urgência, esforço, frequência, noctúria, polaciúria, esforço, hesitação) 
 Fatores precipitantes (medicamentos, bebidas cafeinadas, álcool, atividade física, tosse, riso)
 Função intestinal (constipação intestinal, fecaloma)
 Doenças neurológicas (doença de Parkinson, demência, neuropatias) 
 Doenças que provocam expansão de volume intravascular (insuficiência cardíaca, insuficiência venosa) 
 Quantidade de líquido ingerida
 Cirurgia do aparelho geniturinário, cirurgias pélvicas, dilatações uretrais, radiações, infecções recorrentes do trato urinário
 Lista de medicamentos.
FONTE: https://pt.dreamstime.com/cirurgi%C3%A3o-dos-desenhos-animados-com-ilustra%C3%A7%C3%A3o-do-vetor-da-seringa-e-lista-de-verifica%C3%A7%C3%A3o-image103607703
EXAME FÍSICO
 Extremidades inferiores: mobilidade articular, edema
 Aparelho cardiovascular (sinais de insuficiência cardíaca congestiva [ICC])
 Abdômen: massas, dolorimento, distensão vesical
Exame retal: massas; impactação fecal; consistência, simetria e tamanho estimado da próstata
 Exame neurológico detalhado, com ênfase na integridade das vias sacrais (sensibilidade perineal, tônus do esfíncter, anal, reflexo bulbocavernoso), na sensibilidade e nos reflexos dos membros inferiores (patelares, babinski);
Avaliação cognitiva e funcional;
 Avaliação para depressão
Exames complementares
Exames laboratoriais;
Teste do estresse;
Medida do volume residual após micção;
Teste urodinâmico;
Diário miccional;
Fonte: http://repocursos.unasus.ufma.br/atencaobasica_20152/modulo_10/und3/10.html
Tratamento
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/482448178836958879/
Funcional
Medida ambientais e comportamentais;
 Reabilitação física;
Mista
Exercíco do assaolho pélvico;
Transbordamento
Intervenção cirúgica;
Antagonistas alfa-adrenérgicos;
Controle psíquico;
 Apoio social ;
Uso de Colinérgicos;
Intervenção clínica;
Estimulação sacral;
Redução ou supressão de medicamentos anticolinérgicos e de beta-agonistas;
Esforço
 Homens:
Esfincteres artificiais;
Fisioterapia do assoalho pélvico;
Urgência
Mudanças no estilo de vida;
Terapias comportamentais, isoladas ou associadas a farmacoterapia com antimuscarínicos;
Toxina botulínica;
Eletroestimulação;
 Transitória
Mulheres:
Fisioterapia do soalho pélvico
Cirurgias;
Prótese esfincteriana;
Reconhecer e tratar as causas reversíveis;
 Reduzir as doses e/ou suspender medicamentos envolvidos; 
 Recuperar a mobilidade e providenciar modificações ambientais;
FONTE: http://ecuadmin.ecured.cu/Fesoterodina 
FONTE: https://www.doctoroncall.com.my/medicine/en/drugs/detrusitol-2mg-tablet
FONTE: https://www.pharmadoor.com.br/medicamento/219-ditropan.html
Estabelecida
Medidas não farmacológicas
Medidas farmacológicasEstimulação percutânea do nervo tibial;
Redução do peso
Ajuste na quantidade de líquidos ingeridos
Supressão de álcool, de bebidas cafeinadas e de cigarros;
Estimulação sacral;
Estimulação intravesical;
Antimuscarínicos(anticolinérgicos): oxibutinina, tolterodina, fesoterodina, trospium, solifenacina e darifenacin.
Agonistas alfa-adrenérgicos;
Antagonista alfa-adrenérgicos: a terazosina e a doxazosina.
Terapias de comportamento (treinamento vesical e exercícios para o soalho pélvico);
Medicamentos que podem afetar a continência 
	MEDICAMENTO	 EFEITO POTENCIAL NA INCONTINÊNCIA
	Anticolinérgico	Retenção urinária, delirium, impactação fecal
	Antidepressivo	Efeito anticolinérgico,sedação 
	Agonista alfa-adrenérgico	Retenção urinária 
	Antagonista alfa-adrenérgico	Relaxamento uretral, incontinência
	Analgésicos narcóticos	Retenção urinária, impactação fecal,sedaçã
	Sedativos/hipnóticos 	Sedação, delirium, imobilidade
	Antipsicóticos	Sedação, efeito anticolinérgico, rigidez, imobilidade 
	Diuréticos 	Frequência, urgência 
	Bloqueadores dos canais de cálcio	Redução do esvaziamento, retenção, constipação 
	Inibidores da colinesterase 	Aumento da contratilidade vesical, urgência
FONTE: Modificado do Tratado de Geriatria e Gerontologia
Sistema digestório
Fonte: http://paleontologiageral.blogspot.com/2016/09/sistema-digestivo-sistema-digestorio-o.html
Anatomia anorretal
Porção terminal do tubo digestivo, continuidade do cólon sigmóide;
Localiza-se na concavidade sacral;
Compõe-se de fibras musculares lisas com propriedades viscoelásticas;
Sua parte final é o canal anal;
Atravessa o períneo e exterioriza-se no ânus;
Possui complacência retal que promove o armazenamento das fezes e gases;
Não possui receptores sensoriais:
Reto
FONTE: https://www.news-medical.net/health/Pelvic-Floor-Muscles-(Portuguese).aspx
Esfíncter Anal
ESTRIADO
EXTERNO
PUBORRETAL
LISO
INTENRO
Manutenção do fechamento anal;
Tem atividade contínua;
Localiza-se ao redor do esfíncter interno;
Continência fecal quando o bolo fecal encontra-se no canal anal;
Contribui para o fechamento voluntário do canal anal;
Fisiologia da evacuação
Material fecal no reto;
Paredes do reto relaxam;
Ocorre o reflexo inibitório retoanal;
Distenção do reto;
Sinais aferentes da evacuação;
Evento reflexo com relaxamento do EAI;
Contração dos músculos puboretal e EAE;
Movimentos propulsivos da musculutara lisa;
EVACUAÇÃO
Esfíncter anal
FONTE: https://www.iuga.org/
FONTE: https://www.iuga.org/
Incontinência anal
Passagem incontrolada de fezes ou gases pelo ânus;
É a incoordenação do processo de defecação (armazenamento X expulsão)
Depende de: 
Adequado peristaltismo intestinal;
Atividade sensorial dos esfíncteres interno e externo;
Atividade dos músculos do assoalho pélvico;
Pressão intra-abdominal;
Estado psicológico.
https://rsaude.com.br/criciuma/materia/a-incontinencia-fecal-if/11837
Incontinência anal
IA sensorial
É a passagem das fezes sem a percepção do paciente; ocasionada por prolapsos retais ou distúrbios neuropáticos.
IA motora
O paciente tem consciência da capacidade de evacuar mas são incapazes de controlá-la; ocasionada por distúrbios do assoalho pélvico.
Etiologia
Traumas obstétricos;
Traumas diretos;
Cirurgias;
Dilatação anal;
Lesão dos componentes nervosos (TCE, LM, doenças degenerativas, neuropatias periféricas);
Lesão por estiramento do nervo pudendo (multíparas);
Atrofia muscular;
Alterações da mobilidade;
Sedentarismo;
Impactação fecal;
Fármacos que afetam a continência
Afetem o tónus do esfíncter (Β-bloquedores, nitratos, antagonistas dos canais de cálcio, inibidores da recaptação de serotonina,sildenafil) 
 Antibióticos (cefalosporina, penicilinas, eritromicina) 
 Medicação tópica aplicada no ânus (nitratos e dialtiazem tópicos, betanecol)
 Fármacos que causem perda de fezes (laxantes, digoxina, orlistato, metformina)
Fármacos que causem obstipação (opóides, loperamida, antiácidos (com alumínio), codeína, antidepressivos tricíclicos, benzodiazepinas) 
Tratamento
Alterações na dieta e nos hábitos intestinais
Realizar gestão da sua incontinência fecal;
Exercitar os músculos do pavimento pélvico;
Estimulação elétrica nos nervos,
Cirurgia;
Biofeedback;
Medicamento: Loperamida, difenoxilato com atropina
FONTE: https://www.iuga.org/
Um olhar a mais!
Uso de fraldas;
Assaduras;
Psicológico;
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/430516045611560890/
Considerações finais
FONTE: https://br.pinterest.com/pin/461900505532215687/
Referências bibliográficas
FREITAS, E.V.; PY, L. Tratado de geriatria e gerontologia. Editora Guanabara koogan LTDA. 3ª edição. Rio de Janeiro,2013.
2. REIS, R.B., COLOGNA, A.J., MARTINS A.C.P; e cools. Incontinência urinária no idoso. Acta Cirúrgica Brasileira. V. 18. (Supl 5),2003.
3. Incontinência fecal (Um problema de controlo intestinal). IUGA, 2011. Disponível em file:///C:/Users/USU%C3%81RIO/Downloads/Fecal_Incontinence_Portuguese%20(1).pdf. Acessado em 18 de Maio de 2020.
4. MIRANDA, J.E.G.B.M , CARVALHO, M.A., MACHADO N.C.. Fisiologia da motilidade colônica e da evacuação, treinamento esfincteriano anal e distúrbios funcionais da evacuação . Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba, v. 13, n. 3, p. 1 - 5, 201. Disponível em https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/141090/ISSN1517-8242-2011-13-03-01-05.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acessado em 14 de Maio de 2010.

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