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RESUMÃO NEUROANATOMIA N1 – Lucas Perez T29A NEUROEMBRIOLOGIA TUBO NEural e Cristais neurais · O tubo neural se origina da placa neural, uma área espessada do ectoderma neural na região dorsal média, que surge por volta da terceira semana, induzida pela notocorda e mesoderma paraxial. · A placa neural, muda sua conformação, com elevação das suas bordas laterais (pregas neurais), passando a se chamar sulco neural. As pregas neurais vão se aproximando e o sulco neural se aprofundando, formando a goteira neural (surgimento crista neural). Quando as pregas neurais fundem-se, forma-se então o tubo neural. · As bordas da goteira neural darão origem à crista neural que se separa do tubo neural · A formação do tubo neural começa em torno do 22º ao 23º dia, induzido pela epiderme da região dorsal e pela notocorda. O tubo neural se fecha primeiramente na região medial do embrião. 1. Placa neural 2. Sulco neural (surgimento pregas) 3. Goteira neural (surgimento cristas) 4. Tubo neural e cristal neural O sistema nervoso é dividido em: · Sistema Nervoso Central (SNC): derivado do tubo neural; consiste em encéfalo e medula espinhal. · Sistema Nervoso Periférico (SNP): derivado da crista neural; consiste em neurônios fora do SNC e nervos cranianos e espinhais. Dilatações do tubo neural Após o fechamento primeiro da parte medial do tubo neural, teremos duas dilatações, sendo elas: · 2º Neuroporo rostral (encéfalo primitivo) · 3º Neuroporo caudal (medula primitiva) · Telencéfalo: · Ventrículos I e II (laterais) · Hemisférios · Diencéfalo: · Ventrículo III · Tálamo e hipotálamo · Mesencéfalo: · Aqueduto Cerebral · Metencéfalo: IV Ventrículo · Ponte · Cerebelo · Mielencéfalo: · Bulbo FLEXURAS DO ARQUENCEFALO 1. Flexura Cefálica - Entre o mesencéfalo e o prosencéfalo 2. Flexura Cervical - Entre a medula primitiva e o arquencéfalo 3. Flexura Pontina – Entre o meta e mielencéfalo Com o desenvolvimento, as flexuras caudais desaparecem, só permanencendo a fléxura céfalica, que determina um angulo entre o cérebro e o resto do corpo CÉLULAS DO SN Neuronios São células presentes no sistema nervoso e apresentam como principal função recepção e transmissão dos chamados impulsos nervosos. · Dendritos · Receber os sinais químicos de outros neurônios · Corpo Celular · Central metabólica do neurônio · Local de produção dos neurotransmissores · Axônio · Prolongamento único · Condução dos impulsos elétricos do corpo celular para botões sinápticos · Bainha de Mielina (nos axônios) · Isolante elétrico (proteção) · Formada por dois tipos celulares: · Oligodendrócitos (SNC) · Células de Schwann (SNP) · Os locais onde há falhas nessa bainha são chamados de nódulos de Ranvier (impulso saltátorio e aumenta a velocidade) · Terminal Sináptico · Local onde o axônio entra em contato com outros neurônios, passando informações para eles. · Botão Sináptico: Armeza neurotransmissores e realiza sinapse · Fenda sináptica: Espaço entre as membranas pré e pós-sináptica de diferentes neurônios. TIPOS DE NEURONIOS (MORFOLOGIA) · Pseudounipolar: Prolongamento único, que se divide em dois. · Bipolar: Apenas 1 axônio e 1 dendrito. · Multipolar: Apresentam mais de dois prolongamentos e mais comum. TIPOS DE NEURONIOS (FUNÇÃO) Sensoriais ou aferentes: Recebem estímulos e enviam-nos para o SNC (quente/frio) Motores ou eferentes: Conduzem impulsos do SNC para outras partes do organismo (digitar e levar o garfo) Neurônios associativos: Fazem a ponte entre os neurônios motores e os neurônios sensoriais. São os neurônios associativos que te permitem tirar a mão de algo quente. CÉLULAS DA GLIA OU NEUROGLIA · Atuam como células de suporte aos neurônios · São mais numerosas · Não geram impulsos nervosos · Não formam sinapses · Mitose (se multiplicar) tipos · Astrócitos: · Sustentação Neural · Nutrição · Isolam a sinapse Protoplásmaticos: Curtos e espessos (substancia cinzenta) Fibrosos Longos e em grande quantidade (substancia branca) · Oligodendrocitos SNC (Células de Schwann SNP): · Produzir bainha de Mielina · Micróglias: · Fagocitose e APC · Células Epindimárias · Revestimento dos ventrículos 1. Células Epitelias Coroides (produz o LCR) 2. Ependimocitos (Ajuda a manter o fluxo do LCR dentro dos ventrículos) MENINGES São o sistema das membranas que revestem e protegem o encéfalo, incluindo o tronco encefálico, e a medula espinhal. As meninges consistem de três camadas: a dura-máter, a aracnoide, e a pia-máter. Paquimeninge (dura-máter): Bastante espessa Leptomeninge (aracnoide e pia-máter): Um só folheto no embrião dura mater · Mais superficial, espessa e resistente, formada por tecido conjuntivo muito rico em fibras colágenas, contendo nervos e vasos (sensibilidade intracraniana/cefaleia) · Principal artéria que irriga a dura-máter é a artéria meníngea média, ramo da artéria maxilar. · Formada por dois folhetos: · Externo que adere aos ossos do crânio e comporta-se como periósteo · Interno que se afasta do externo e forma dobras da dura-máter, que dividem a cavidade craniana em compartimentos. Foice do Cérebro: Septo vertical entre os dois hemisférios (divide em D e E), na fissura longitudinal. Tenda do Cerebelo (Tentorium): Septo transversal entre os lobos occipitais e cerebelo, divide os compartimentos supra e infratentorial. Apresenta uma abertura por onda passa mesencéfalo, denominada incisura. Foice do Cerebelo: Septo vertical curto separa incompletamente os hemisférios cerebelares (abaixo da tenda) Diafragma da sela: Pequena lâmina horizontal que fecha incompletamente a sela túrcica, deixando um orifício de passagem da haste hipofisária. Aracnoide · Membrana muito delicada, justaposta à dura-máter, da qual se separa por um espaço virtual, o espaço subdural. (contendo pequena quantidade de líquido) · A aracnoide separa-se da pia-máter pelo espaço subaracnóideo, que contém o LCR. · Delicadas trabéculas que atravessam o espaço para se ligar à pia-máter, e que são denominadas trabéculas aracnóideas · Cisternas Subaracnoides: Espaços que se formam entre a aracnoide e pia mater (maior que os espaços subaracnóideos) com MUITA circulação de LCR. As principais são: · Cisterna Magna (cerebelomedular): Maior e mais importante, liga-se ao IV ventrículo através de sua abertura mediana. É a mais utilizada para obtenção de liquor (punção) · Cisterna Pontina: Ventral a ponte · Cisterna Interpenducular: localizada na fossa interpeduncular · Cisterna Quiasmática: Ventral ao quiasma optico · Cisterna Superior: (Cisterna da veia cerebral magna), situada dorsalmente ao tecto do mesencéfalo. · Cisterna da fossa lateral do cérebro corresponde à depressão formada pelo sulco lateral de cada hemisfério. · Granulações Aracnoideas Em alguns pontos a aracnoide forma pequenos tufos que penetram no interior dos seios da dura-máter (mais abundante no seio sagital superior). Fazem a absorção do liquor, que neste ponto vai para o sangue. PIA MATER · É a mais interna e delicada das meninges, aderindo intimamente à superfície do encéfalo e da medula, cujos relevos e depressões acompanham, descendo até o fundo dos sulcos cerebrais. · A pia-máter dá resistência aos órgãos nervosos, LIQUOR (LCR) É um fluido aquoso e incolor proveniente do sangue (filtrado do plasma). É composto basicamente de sódio e glicose. Têm o volume total de 150 ml (20ml por hora e renovado a cada ) que circula nos 4 ventrículos e no espaço subaracnóideo Formação O liquor é formado nos plexos corioides ( os ventrículos e principalmente nos laterais) e no epêndima das paredes ventriculares. Eles pegam o liquido do plasma, filtram e transformam em liquor. Funções · Proteção contra choques mecânicos (Principio Pascal) · Deixar o cérebro mais leve (Principio Arquimedes) · Suprimento de nutrientes e remoção de resíduos metabólicos do tecido nervoso · Veículo de comunicação entre diferentes áreas do SNC. Por exemplo, hormônios produzidos no hipotálamo são liberados no sangue, mas também no liquor. Absorção · É absorvidopelas granulações aracnoideas ou vilos aracnoides (plexo de Paquioni) que se projetam no interior dos seios da dura-máter, pelos quais chega a circulação geral sistêmica · Maior número no seio sagital superior, a circulação se faz de baixo para cima. CAVIDADES VENTRICULARES Os ventrículos cerebrais são quatro cavidades (buracos) comunicantes dentro do encéfalo, revestidos por um epitélio ciliar chamado epêndima, preenchidas pelo liquido cefalorraquidiano e formações vasculares, denominadas de plexo coroide. VENTRICULOS LATERAIS (DIR. E ESQ.) Os dois ventrículos laterais são os maiores de todos os ventrículos do cérebro Cada um consiste de uma parte central, com cornos (horn) anterior, posterior e inferior. Corno Anterior (frontal) Parte Central Corno Posterior (occipital) Corno Inferior (temporal) III VENTRICULO · Situado no diencéfalo. · O forame interventricular (de Monro) é uma abertura oval entre a coluna do fórnix e a terminação anterior do tálamo através da qual os ventrículos laterais se comunicam com o terceiro ventrículo. O terceiro ventrículo também se comunica com o quarto ventrículo através do aqueduto cerebral (de Sylvius). IV ventriculo Está situado entre o bulbo e a ponte em sua face posterior e ventralmente ao cerebelo Possui duas aberturas inferiores: · Abertura mediana (Mangadie): medula espinhal · Abertura lateral (Luschka): cérebro SEGMENTAÇÃO TELECEFALICA Introdução e componentes O telencéfalo compreende os dois hemisférios cerebrais, direito e esquerdo, incompletamente separados pela fissura longitudinal do cérebro. OBS. Corpo caloso estabelece a comunicação entre os dois hemisférios cerebrais. OBS2. A foice cerebral é uma prega da dura-máter, que fica dentro de fissura inter-hemisférica. · Córtex cerebral - camada de substância cinzenta que se encontra na superfície dos hemisférios cerebrais (corpos de neurônios) · Substância branca- camada interna do telencéfalo (axônios mielínicos) · Núcleos da base- grupo de núcleos com funções ao nível do controlo motor, da cognição, da aprendizagem e da emoção. fissuras e sulcos São depressões no córtex que têm como função aumentar a área de superfície cerebral sem aumentar seu volume e fazem como que 2/3 do córtex estejam escondidos nesses sulcos (fissuras). Pela sua alternância formam as circunvoluções cerebrais ou giros cerebrais e dividem o telencefalo em lobos As principais são: · Fissura Inter-Hemisferica – separa os hemisférios em direito e esquerdo · Sulco Central (fissura de Rolando) - Separa o lobo frontal do parietal, divide giro pré-central (motricidade e anterior) do giro pós-central (sensibilidade e posterior). · Sulco Lateral (fissura de Sylvius) - separa o lobo temporal do frontal · Sulco (fissura) Parieto-Occiptal - separa o lobo parietal do occipital · Sulco (fissura) Calcarino* - estende-se do lobo occipital ao esplênio do corpo caloso (não separa dois lobos cerebrais) · Sulco (fissura) do Cíngulo - têm seu curso paralelo ao sulco do corpo caloso. LOBOS CEREBRAIS LOBO FRONTAL (MOTOR) Localizado a partir do sulco central para a frente Responsável pela elaboração do pensamento, planejamento, programação de necessidades individuais e emoção. · Giro pré-central – área motora primaria (4brd) · Função – motricidade voluntária · Giro frontal superior - área do comportamento · Giro frontal inferior (Área de broca, 44 e 45 brd) Função - produção da palavra falada e escrita LOBO PARIETAL (SENSITIVA) Localizado a partir do sulco central para trás Responsável pela sensação de dor, tato, gustação, temperatura, pressão. Estimulação de certas regiões deste lobo em pacientes conscientes produzem sensações gustativas. · Giro pós-central – área somestesica primaria · Função – sensibilidade (temperatura, dor, pressão) · Lobo parietal superior – área somestesica secundaria · Função – interpretar as informações sensitivas LOBO TEMPORAL (AUDITIVO) Localizado abaixo da fissura lateral É relacionado primariamente com o sentido de audição, possibilitando o reconhecimento de tons específicos e intensidade do som. Esta área também exibe um papel no processamento da memória e emoção. · Giro temporal transverso anterior (giro de heschl) – área auditiva primaria (A1) · Função: centro cortical da audição · Giro temporal superior (Área de Wernicke, 22 brd) · Função: compreensão da palavra falada e escrita · Úncus e do giro para-hipocampal · Função: área olfatória primaria (O1) LOBO OCCIPITAL (VISUAL) Forma-se na linha imaginária do final do lobo temporal e parietal Responsável pelo processamento da informação visual. Danos nesta área promove cegueira total ou parcial. · Sulcos calcarineo – área de visão primaria (V1) · Função: recebe impulsos visuais, mostra o contorno dos objetos. · Lobo occipital + temporal – área de visão secundaria (V2) · Função: interpretar as informações visuais LOBO DA INSULA Localizado ao redor da junção do hemisfério cerebral e tronco encefálico. · Córtex insular posterior – área gustativa primária (paladar) G1 · Córtex insular anterior – funções límbicas (empatia, sensação de nojo e conhecimento da própria fisionomia) As áreas funcionais do córtex podem ser divididas em: · Áreas de Projeção (primarias) - Recebem ou dão origem a fibras relacionadas diretamente com a sensibilidade e com a motricidade · Áreas de Associação - Não se relacionam diretamente com a motricidade ou com a sensibilidade A. Áreas Primárias são áreas que se relacionam diretamente com a sensibilidade ou com a motricidade. B. Áreas Secundárias são áreas de associação, relacionam-se com alguma modalidade sensitiva ou de motricidade. C. Áreas Terciárias são áreas relacionadas com atividades psíquicas superiores, como exemplos, memória, pensamento abstrato, comportamentos. Áreas Sensitivas Primárias: 1 – Área Somestésica (parietal) – giro pós-central 2 – Área Visual (occipital) – lábios do sulco calcarino 3 – Área Auditiva (temporal) – giro temporal transverso anterior 4 – Área Vestibular – lobo parietal 5 – Área Olfatória (temporal) – no úncus e do giro para-hipocampal 6 – Área Gustativa (insula) - córtex insular posterior Área Motor Primária (frontal) – Giro pré-central CAIXA CRANIANA (NEUROCRâNIO) O Neurocrânio fornece o invólucro para o cérebro e as meninges encefálicas, partes proximais dos nervos cranianos e vasos sanguíneos. Os ossos do Neurocrânio são em número de 8 ossos, sendo 2 pares e 4 impares. Frontal (01) Occipital (01) Esfenoide (01) Etmoide (01) Temporal (02) Parietal (02) Pode ser divido em duas partes, um teto (calvaria) e um assoalho (base do crânio) CALVARIA Formada pelos ossos: Frontal, Occipital, e Parietais. É atravessada por três suturas (articulações que não permitem mobilidade): 1. Sutura Coronal: entre os ossos frontal e parietais; 2. Sutura Sagital: entre os dois parietais (linha sagital mediana); 3. Sutura Lambdóide: entre os parietais e o occipital. 4. Sutura Escamosa – entre o ossos parietais e osso temporais Os pontos de encontro (entre as suturas): BPAL Sutura coronal + sagital = Bregma (fontanela anteior) Sutura sagital + lambdoíde = Lambda (fontanela posterior) Sutura coronal + escamossas = Pterio (fontanela esfeinoide ou antero-lateral Sutura escamossas + lambdoide = Astério (fontanela mastoidea ou postero lateral) base do crânio Formada pelos ossos: Etmoide, Esfenoide, Temporal e Occipital, sendo divida três fossas ou andares: Fossa Anterior Formada pelas lamina etmoidal, lâmina cribiforme, e o limite com a fossa média é a asa esfenoide. Fossa Média Formada pelos cinco forames: forame redondo, forame oval, forame rasgado, forame pterigopalatino e forame carotídeo e o limite em fossa média e posterior intermediada pela tenda do cerebelo. Fossa Posterior Essa é a maior fossa do crânio e também abriga o maior forame do crânio, o forame magno e o limite interior da fossa posterior é o osso occipital por meio do forame magno. DIENCEFALO (estrutura básica e FUNÇÕES) O diencéfalo e o telencéfalo formam o cérebro, quecorresponde ao prosencéfalo. O cérebro é a parte mais desenvolvida do encéfalo e ocupa cerca de 80% da cavidade craniana. O diencéfalo é uma estrutura ímpar que só é vista na porção mais inferior de cérebro (medialmente). Ao diencéfalo compreendem as seguintes partes: tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo, todas relacionadas com o III ventrículo. TÁLAMO Com comprimento de cerca de 3 cm, compondo 80% do diencéfalo, acima do hipotálamo, consiste em duas massas ovuladas pareadas de substância cinzenta, organizada em núcleos, com tratos de substância branca em seu interior. Funções: · Sensibilidade · Motricidade · Comportamento emocional · Memoria · Ativação do córtex HIpoTÁLAMO Está localizado inferiormente ao tálamo, separado deste pelo sulco hipotalâmico. Constituído por: · Quiasma óptico · Corpos mamilares · Túber cinério · Infundíbulo · Hipófise. Funções (manter a homeostase): · Controle do SNA · Regulação da temperatura corporal · Regulação do comportamento emocional · Regulação da pressão arterial · Regulação de sede e fome · Regulação do sono e da vigília · Regulação de ritmos circadianos · Integração do sistema comportamento sexual · Regulação do sistema endócrino (abaixo) HIPOFISE É a glândula mestre do sistema endócrino, regulada pelo hipotálamo. Está alojada na sela turca do osso esfenoide e, isolada por uma prega da dura-máter denominada de diafragma da sela. Constituída por duas formações distintas: uma glandular, andeno-hipófise (anterior) e nervosa denominada de neuro-hipófise (posterior). Adenohipófise: hormônio do crescimento (GH), hormônio tireo-estimulante (TSH), hormônio adenocorticotrópico (ACTH), prolactina, hormônio luteinizante (LH) e hormônio folículo-estimulante (FSH) Neurohipófise: hormônio antidiurético (ADH – vasopressina) e ocitocina SUBTÁLAMO Localizado entre o tálamo (superiormente) e o mesencéfalo (inferiormente), e entre a cápsula interna (lateral) e hipotálamo (medial). O subtálamo é a menor formação diencéfalica, sua principal formação é o núcleo subtalâmico, relacionado com o controle do movimento somático (função motora). EPITÁLAMO Localizado superiormente ao mesencéfalo e, separado desde pela comissura posterior. Apresenta formações endócrinas e não endócrinas. A principal formação endócrina é a glândula pineal (localizada inferiormente o esplênio do corpo caloso). Funções da pineal e melatonina: · Função antigonadotropica · Sincronização do ritmo circadiano de vigília-sono (jet-lag) · Regulação da glicemia · Regulação da morte celular por apoptose · Ação antioxidante · Regulação do sistema imunitário POLIGONO DE WILLISSISTEMA CAROTÍDEO - SISTEMA VÉRTEBRO-BASILAR- O encéfalo é vascularizado através de dois sistemas: Vértebro-basilar (artérias vertebrais) e Carotídeo (artérias carótidas internas). Estas são artérias especializadas pela irrigação do encéfalo. Na base do crânio estas artérias formam um polígono anastomótico, o Polígono de Willis, de onde saem as principais artérias para vascularização cerebral. Formação do polígono As artérias vertebrais são ramos ascendentes das artérias subclávias direitas e esquerda, que entram nos forames transversos da sétima vértebra cervical e sobem até C1 ou atlas, onde adentram o crânio inferiormente pelos canais condilares do osso occipital. Assim que adentram ao crânio inferiormente, as artérias vertebrais se fundem e formam a artéria basilar, que se projeta inferiormente e anteriormente na base do crânio até se bifurcar e dar origem as artérias cerebrais posteriores. Ramos da artéria basilar: Artéria inferior cerebelar anterior (AICA) Artérias pontinas (4) Artéria cerebelar superior Artéria labiríntica Continuação anterior do polígono: Cada artéria cerebral posterior de cada um dos lados da origem as artérias comunicantes posteriores, que se projetam anteriormente até fundirem com as artérias carótidas internas de cada um dos lados. A continuação lateral das carótidas internas forma as artérias cerebrais médias, além de dar origem também as artérias coroidea anterior e artéria recorrente. Anteriormente então, formam-se as artérias cerebrais anteriores que se comunicam anteriormente através da artéria comunicante anterior. Resumindo · Basilar = A. Cerebral Posterior · Cerebral Posterior = A. Comunicante Posterior · A. Comunicante Posterior + A. Carotida Interna · A. Carotida Interna = A. Cerebral Média e A. Cerebral Anterior · A. Cerebral Anterior = A. Comunicante Anterior repercussões clínicas de suas obstruções (avc) · Cerebral Anteior (fissura inter-hemisferica/medialmente) Paralisia e diminuição da sensibilidade no membro inferior do lado oposto, decorrente da lesão de partes das áreas corticais motora e sensitiva. Além disso, no giro do cíngulo, onde uma obstrução pode causar apatia, falta de motivação. · Cerebral Media (fissura lateral/lateralmente): Quando não são fatais, determinam sintomatologia muito rica, com paralisia e diminuição da sensibilidade do lado oposto do corpo membros superiores e face (exceto no membro inferior), podendo haver ainda graves distúrbios da linguagem (broca e wernick). · Cerebral Posterior: Irriga a área visual situada nos lábios do sulco calcarino e sua obstrução causa cegueira em uma parte do campo visual. Tálamo também irrigado pela a. cerebral posterior. SEIOS VENOSOS SEIOS DA DURA-MATER · São canais venosos revestidos de endotélio e situados entre os dois folhetos que compõem a dura-máter encefálica. · O sangue proveniente das veias do encéfalo e do globo ocular é drenado para os seios da dura-máter e destes para as veias jugulares internas. · Os seios comunicam-se com veias da superfície externa do crânio através de veias emissárias, que passam por forames próprios do crânio. · Os seios dispõem-se sobre tudo ao longo da inserção das pregas da dura-máter. · Podemos dividir os seios em dois grupos: seios da abóboda craniana e seios da base do crânio: ABÓBODA CRANIANA 1. Seio Sagital Superior* Ímpar e mediano, percorre a margem de inserção da foice do cérebro. Termina próximo à protuberância occipital interna na chamada confluência dos seios, (formada pela confluência dos seios sagital superior, reto e occipital e pelo início dos seios transversos esquerdo e direito) Seio Sagital Inferior* Situa-se na margem livre da foice do cérebro, terminando no seio reto. 2. Seio Reto* Localiza-se ao longo da linha de união entre a foice do cérebro e a tenda do cerebelo. Recebe em sua extremidade anterior o seio sagital inferior e a veia cerebral magna, terminando na confluência dos seios. 3. Seio Transverso* É par e dispõe-se de cada lado ao longo da inserção da tenda do cerebelo. Ao passar para a parte petrosa do temporal, passa a ser chamado de seio sigmoide. 4. Seio Sigmoide* Em forma de “S”, é uma continuação do seio transverso até o forame jugular, onde continua diretamente com a veia jugular interna. (O seio sigmoide drena a quase totalidade do sangue venoso da cavidade craniana). 5. Seio Occipital Muito pequeno e irregular, dispõe-se ao longo da margem de inserção da foice do cerebelo. SEIOS DA BASE DO CRÂNIO 1. Seio Cavernoso* Situa-se de cada lado do corpo do esfenoide e da sela túrcica. Recebe sangue proveniente das veias oftálmica superior e central da retina, além de algumas veias do cérebro. Drena através dos seios petroso superior e petroso inferior. 2. Seio Inter-cavernoso Unem os dois seios cavernosos, envolvendo a hipófise. 3. Seio Petroso Superior* Dispõe-se de cada lado, ao longo da inserção da tenda do cerebelo na porção petrosa do osso temporal. Drena sangue do seio cavernoso para o seio sigmoide. 4. Seio Petroso Inferior* Percorre o sulco petroso inferior entre o seio cavernoso c o forame jugular, onde termina lançando-se na veia jugular interna. 5. Seios Esfenoparietal Percorre a face interior da pequena asa do esfenoide e desemboca no seio cavernoso. 6. Plexo Basilar Impar, ocupa a porção basilar do occipital. RECEPTORES PERIFÉRICOS A classificaçãodos receptores, particularmente a correspondência dos vários receptores com as diferentes modalidades de sensibilidade, é assunto bastante controvertido. Localização · Exteroceptores - estão distribuídos na superfície externa do corpo e são ativados por: calor, frio, tato, pressão, luz e som. · Proprioceptores - estão mais profundamente nos músculos, tendões, ligamentos e cápsulas articulares. Responsáveis pelo sentido de posição e de movimento; · Os Interoceptores ou visceroceptores localizam-se nas vísceras e vasos; são pouco localizados. Os exteroceptores e proprioceptores são receptores somáticos e os interoceptores são viscerais. A sensibilidade pode ser superficial (através dos exteroceptores) ou profunda (através de proprioceptores e enteroceptores). cLASSIFICAÇÃO MORFOLOGICA Distinguem-se dois grandes grupos: os receptores especiais e os receptores gerais. · Os receptores especiais são mais complexos, relacionando-se com um neuroepitélio e fazem parte dos chamados órgãos especiais do sentido: os órgãos da visão, audição e equilíbrio, gustação e olfação, todos localizados na cabeça. · Os receptores gerais ocorrem em todo o corpo, havendo maior concentração na pele Podem ser classificados cm dois tipos: livres e encapsulados LIVRES · Encontradas em toda a pele e podem detectar tato e pressão. · Não possuem capsula (perdem sua bainha de mielina, mas mantém o envoltório de células de Schwann) · Adptação lenta · Tato grosseiro. · Podem transmitir estímulos mecânicos móveis (inseto na pele). · Discos de Merkel - são receptores formados por ramificações de axônios com vários discos terminais que se associam a células epiteliais especializadas. Captam sensações de toque (tato) e de pressão continua. · Nociceptores - ativados em situações em que há lesões de tecido, causando dor. · Termorreceptores – sensações não dolorosas de calor e frio. ENCAPSULADOS · São mais complexas · Apresentam cápsula conjuntiva. · São compreendidos os corpúsculos sensitivos da pele, fusos neuromusculares e neurotendíneo. · Corpúsculos de Meissner — ocorrem nas papilas dérmicas, principalmente nas da pele espessa das mãos e dos pés. São receptores de tato, pressão e estímulos vibratórios (50hz) mais lentos. · Corpúsculos de Water-Paccini — têm distribuição muito ampla, ocorrendo principalmente no tecido celular subcutâneo das mãos e dos pés. São responsáveis pela sensibilidade vibratória (200 Hz a 300 hz), ou seja, capacidade de perceber estímulos rápidos e repetitivos. · Corpúsculos de Ruffini — ocorrem nas papilas dérmicas tanto da pele espessa das mãos e dos pés como na pele pilosa do restante do corpo. São receptores de tato e pressão. · Fusos neuromusculares — estruturas em forma de fuso. Localizados nos músculos estriados esqueléticos. Sensibilizado pela alteração do comprimento das fibras, informando também a velocidade dos movimentos. · Órgãos neurotendinosos (de Golgi) — encontrados na junção dos músculos esfriados com seu tendão. São ativados pelo estiramento do tendão. CLASSIFICAÇÃO FISIOLOGICA a) Quimiorreceptores — são receptores sensíveis a estímulos químicos, como os da olfação e gustação. Os receptores do corpo carotídeo são capazes de detectar variações no teor do oxigênio circulante b) Osmorreceptores — receptores capazes de detectar variação de pressão osmótica; c) Fotorreceptores — receptores sensíveis à luz, como os cones e bastonetes da retina; d) Termorreceptores — receptores capazes de detectar frio e calor. São terminações nervosas livres; e) Nociceptores — são receptores ativados em situações em que há lesões de tecido, causando dor. São terminações nervosas livres; f) Mecanorreceptores — sensíveis a estímulos mecânicos e constituem o grupo mais diversificado. Aqui estão, por exemplo, os receptores da audição, do seio carotídeo (sensíveis à mudança na pressão arterial – barorreceptores), os fusos neuromusculares e órgãos neurotendinosos, assim como os vários receptores cutâneos responsáveis pela sensibilidade de tato, pressão e vibração. NERVOS ESPINHAIS O termo nervo espinhal ou nervo raquidiano se refere ao nervo espinhal misto, que é formado pelas raízes dorsal e ventral que saem da medula espinhal. O nervo espinhal é a porção que passa para fora das vértebras através do forame intervertebral. São os nervos que ligam a medula espinhal aos músculos esqueléticos do corpo humano Suas funções estão relacionadas com a locomoção, fala e sentido e são ao todo 31 pares, sendo eles: · 8 pares de Nervos Cervicais · 12 pares de Nervos Torácicos · 5 pares de Nervos Lombares · 5 pares de Nervos Sacrais · 1 pares de Nervos Coccígeos · A Raiz Ventral emerge da superfície ventral da medula espinhal como diversas radículas ou filamentos que em geral se combinam para formar dois feixes próximo ao forame intervertebral. · A Raiz Dorsal é maior que a raiz ventral em tamanho e número de radículas; estas prendem-se ao longo do sulco lateral posterior da medula espinhal e unem-se para formar dois feixes que penetram no gânglio espinhal. · Os nervos raquidianos são de função mista, ou seja, desempenham tanto funções motoras (transmitem mensagens dos centros nervosos para os órgãos) quanto sensitivas (transmitem estímulos dos órgãos para os centros nervosos). · A parte sensitiva une-se a medula espinhal através da raiz dorsal ou posterior, onde se encontram os gânglios espinhais (estruturas que abrigam os corpos dos neurônios da raiz sensitiva). · Já a parte motora dos nervos raquidianos se liga a medula através da raiz ventral ou anterior. Os corpos dos neurônios da raiz motora localizam-se na própria medula. RESUMÃO NEUROANATOMIA N1 – Lucas Perez T29A NEUROEMBRIOLOGIA TUBO NEURAL E CRISTAIS NEURAIS · O tubo neural se origina da placa neural, uma área espessada do ectoderma neural na região dorsal média, que surge por volta da terceira semana, induzida pela notocorda e mesoderma paraxial. · A placa neural , muda sua conformação, com elevação das suas bordas laterais (pregas neurais), passando a se chamar sulco neural . As pregas neurais vão se aproximando e o sulco neural se aprofundando, formando a goteira neural (surgimento crista neural) . Quando as pregas neurais fundem - se, forma - se então o tubo neural. · As bordas da goteira neural darão origem à crista neural que se separa do tubo neural · A formação do tubo neural começa em torno do 22º ao 23º dia, induzido pela epiderme da região dorsal e pela notocorda. O tubo neural se fecha primeiramente na região medial do embrião. 1. Placa neural 2. Sulco neural (surgimento pregas) 3. Goteira neural (surgimento cristas) 4. Tubo neural e cristal neural O SISTEMA NERVOSO É DIVIDIDO E M: Ø Sistema Nervoso Central (SNC) : derivado do tubo neural ; consiste em encéfalo e medula espinhal. Ø Sistema Nervoso Periférico (SNP) : derivado da crista neural ; consiste em neurônios fora do SNC e nervos cranianos e espinhais. DILATAÇÕES DO TUBO N EURAL Após o fechamento primeiro da parte medial do tubo neural, teremos duas dilatações, sendo elas: ü 2º N eu r oporo rostral ( encéfalo primitivo ) ü 3 º N eu ro poro caudal (medula primitiva) · Telencé falo: ü Ventrículos I e II (laterais) ü Hemisférios · Diencé falo: ü Ventrículo III ü T álamo e hipotálamo · Mesencéfalo : ü Aqueduto Cerebral · Metencéfalo: ü Ponte ü Cerebelo · Mielencéfalo: ü Bulbo FLEXURAS DO ARQUENCEFALO 1. Flexura Cefálica - Entre o mesencéfalo e o prosencéfalo 2. Flexura Cervical - Entre a medula primitiva e o arquencéfalo 3. Flexura Pontina– Entre o meta e mielencéfalo Com o desenvolvimento, as flexuras caudais desaparecem, só permanencendo a fléxura céfalica, que determina um angulo entre o cérebro e o resto do corpo IV Ventrículo RESUMÃO NEUROANATOMIA N1 – Lucas Perez T29A NEUROEMBRIOLOGIA TUBO NEURAL E CRISTAIS NEURAIS O tubo neural se origina da placa neural, uma área espessada do ectoderma neural na região dorsal média, que surge por volta da terceira semana, induzida pela notocorda e mesoderma paraxial. A placa neural, muda sua conformação, com elevação das suas bordas laterais (pregas neurais), passando a se chamar sulco neural. As pregas neurais vão se aproximando e o sulco neural se aprofundando, formando a goteira neural (surgimento crista neural). Quando as pregas neurais fundem-se, forma-se então o tubo neural. As bordas da goteira neural darão origem à crista neural que se separa do tubo neural A formação do tubo neural começa em torno do 22º ao 23º dia, induzido pela epiderme da região dorsal e pela notocorda. O tubo neural se fecha primeiramente na região medial do embrião. 1. Placa neural 2. Sulco neural (surgimento pregas) 3. Goteira neural (surgimento cristas) 4. Tubo neural e cristal neural O SISTEMA NERVOSO É DIVIDIDO EM: Sistema Nervoso Central (SNC): derivado do tubo neural; consiste em encéfalo e medula espinhal. Sistema Nervoso Periférico (SNP): derivado da crista neural; consiste em neurônios fora do SNC e nervos cranianos e espinhais. DILATAÇÕES DO TUBO NEURAL Após o fechamento primeiro da parte medial do tubo neural, teremos duas dilatações, sendo elas: 2º Neuroporo rostral (encéfalo primitivo) 3º Neuroporo caudal (medula primitiva) Telencéfalo: Ventrículos I e II (laterais) Hemisférios Diencéfalo: Ventrículo III Tálamo e hipotálamo Mesencéfalo: Aqueduto Cerebral Metencéfalo: Ponte Cerebelo Mielencéfalo: Bulbo FLEXURAS DO ARQUENCEFALO 1. Flexura Cefálica - Entre o mesencéfalo e o prosencéfalo 2. Flexura Cervical - Entre a medula primitiva e o arquencéfalo 3. Flexura Pontina – Entre o meta e mielencéfalo Com o desenvolvimento, as flexuras caudais desaparecem, só permanencendo a fléxura céfalica, que determina um angulo entre o cérebro e o resto do corpo IV Ventrículo
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