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SISTEMA URINÁRIO - resumo

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SISTEMA URINÁRIO
 
Rim
· Produz urina. 
· Filtram o sangue, devolvem a maior parte da água e muitos solutos à corrente sanguínea.
↳ água e os solutos formam a urina. 
· Regulação dos níveis de íons no sangue.
↳ cálcio (Ca2+), fosfato (HPO42-), sódio (Na+), potássio (K), cloreto (Cl-). 
· Regulação do volume e da pressão sanguínea. 
↳ Glândula suprarrenal: não faz parte do sistema urinário.
 
↳ Renina - liberada no rim quando ele identifica a diminuição de NaCl, e a queda da pressão arterial é responsável por converter o angiotensinogênio em angiotensina I (vasoconstritor).
↳ ECA (enzima conversora da angiotensina): converter a angiotensina I em angiotensina II (potente vasoconstritor) que contribui muito pra elevar a pressão arterial - quando chega na glândula suprarrenal, estimula a liberação do hormônio aldosterona - aumenta a retenção de sódio, contribuindo para elevar a pressão arterial.
· Regulação do pH sanguíneo. 
↳ os rins excretam uma quantidade variável de H+ na urina (mais ácido o sangue, pH ácido).
↳ conservam no sangue os íons bicarbonato (HCO3), (menos ácido, pH alcalino). 
· Produção de hormônios. 
↳ Eritropoetina: responsável por estimular a produção de hemáceas na medula óssea vermelha. 
↳ Pré-vitamina D torna-se quase ativa no fígado e ativa no rim em vitamina D - aumentar o cálcio no sangue (absorção intestinal). 
· Excreção de resíduos 
↳ ao formar a urina, os rins ajudam a eliminar resíduos. 
↳ alguns resíduos eliminados na urina são resultado de reações metabólicas no corpo. 
↳ um organismo saudável não permite a excreção de glicose pelo rim. 
↳ Ácido úrico: metabolismo celular de ácidos nucleicos na dieta. 
↳ Ureia: metabolismo dos aminoácidos - das bases nitrogenadas do aa. 
↳ Ureia, creatinina, ácido úrico: função renal.
· Anatomia dos rins: 
↳ situam-se acima da cintura, contra a parede posterior da cavidade abdominal; sua posição é RETROPERITONEAL. 
↳ o rim direito é mais curto e levemente inferior ao esquerdo. 
↳ cada rim é recoberto por uma cápsula fibrosa. 
↳ órgãos pares. 
↳ superiormente, eles estão nivelados com a margem superior da 12ª vértebra torácica. 
↳ inferiormente, com a 3ª vértebra lombar. 
↳ posteriormente, os rins se sobrepõem posteriormente à cavidade pleural devido ao formato de cúpula do diafragma. 
↳ as face anterior e posterior normalmente descritas são de fato anterolateral e posteromedial. 
↳ vista anterior e posterior rim direito: 
 
 
 
↳ Hilo renal: composto pela veia renal (anterior), artéria renal (média) e a pelve renal (posterior). 
 
 
 
 
Ureter: transporta urina até a bexiga urinária.
· O muco secretado pelas células caliciformes da túnica mucosa impede que as células entrem em contato com a urina, cujo pH e concentração de solutos podem ser drasticamente diferentes do citosol das células que formam a parede dos ureteres.
· 1ª constrição ureteral: passagem no polo inferior do rim (parte abdominal); da pelve renal até a linha terminal da pelve. 
· 2ª constrição ureteral: cruzamento sobre os vasos ilíacos externos (parte pélvica); da linha terminal até a parede da bexiga urinária.
· 3ª constrição ureteral: passagem através da parede da bexiga urinária (parte intramural); trajeto na parede da bexiga urinária. 
 
 
Bexiga urinária: armazena temporariamente a urina antes da eliminação.
· Capacidade varia entre 700 e 800m, com epitélio de transição, que permite o estiramento sendo formada por três camadas de músculo liso, chamado músculo detrusor. 
· O enchimento máximo é de 500 a 700ml.
· Os ureteres desembocam no fundo, e a uretra inicia-se no colo da bexiga. 
 
 
· Trígono da bexiga: óstio interno da uretra + os óstios dos ureteres. 
· Músculos:
↳ Músculo detrusor - se distende quando a bexiga enche e se contrai para eliminar a urina. 
↳ Músculo esfíncter interno da uretra: é um músculo esquelético voluntário que abre e fecha a uretra. 
 
 
Uretra: conduz urina ao meio exterior; em homens, também transporta sêmen.
· Masculina: subdividida em parte intramural da uretra, e uretra parte prostática, membranácea e esponjosa. 
↳ 20 cm de comprimento
 
· Feminina: 3 a 5 cm de comprimento. 
 
 
 
 
Os rins e ureteres são supridos por nervos do plexo renal
· A produção de urina nos rins é feita em parte por auto-regulação.
↳ alterações reflexas no diâmetro das arteríolas que suprem os néfrons. 
· Fibras pós-ganglionares simpáticas do gânglio mesentérico superior. 
↳ estimulação direta da reabsorção de água e sódio. 
↳ regulação da pressão sanguínea e do fluxo sanguíneo renal. 
↳ estimulação de liberação de renina. 
 
 
Plexo renal 
 
 
· Localizações frequentes de cálculos no sistema urinário:
 
 
Micção 
· Reflexo causado quando o volume de urina na bexiga excede 200 a 400 ml. 
· Requer a combinação de contrações musculares involuntárias e voluntárias. 
 
 
 
HISTOLOGIA SISTEMA URINÁRIO
 
 
 
 
 
 
Fluxo sanguíneo renal: 1176 ml/min
Fluxo plasmático renal: 650 ml/min
Taxa de filtração glomerular: 125 ml/min
Urina: 1 ml/min
 
Córtex renal
· Túbulos renais
· Corpúsculos renais
 
Néfrons 
· Néfrons corticais: 80% - apresentam tamanho uniforme; porção mais externa do córtex.
 
· Néfrons justamedulares: 20% - maiores; ativos na reabsorção de água e concentração de urina. 
 
 
Aparelho justaglomerular
· Células granulares (justaglomerulares)
↳ produzem renina
 
· Células mesangeais
· Mácula densa 
· Arteríolas aferentes e eferentes
 
 
 
Corpúsculos renais
· Exclusivamente no córtex 
 
· Polo vascular 
↳ entrada da arteríola aferente e saída da arteríola eferente. 
 
· Polo urinário 
↳ início do túbulo proximal se inicia. 
 
· Cápsula de bownman
↳ epitélio simples pavimentoso. 
↳ podócitos. 
↳ possui duas camadas: visceral (podócitos) e parietl (epitélio simples pavimentoso). 
 
· Lâmina basal 
 
Organização dos corpúsculos renais 
· Está correlacionada às funções nos processos de filtração, transporte e permeabilidade glomerular. 
· O fluído passa:
↳ capilares glomerulares
↳ espaço de Bownman (ou espaço capsular) - caracterizado este filtro como barreira defiltrção glomerular, composto por: endotélio dos capilares, lâmina basal glomerular interveniente, e, folheto visceral da cápsula de Bownman. 
 
 
 
FLUXO SANGUÍNEO E FILTRAÇÃO GLOMERULAR
 
A formação da urina resulta de filtração glomerular, reabsorção tubular e secreção tubular. 
 
Filtração glomerular 
· O primeiro passo na formação da urina é a filtração de grandes quantidades de líquidos através dos capilares glomerulares para a cápsula de Bownman.
· Quase 190 l/dia.
· A maior parte desse filtrado é reabsorvida. 
· Depende de um alto fluxo sanguíneo renal, assim como de propriedades das membranas dos capilares glomerulares. 
 
Composição do filtrado glomerular 
· Os capilares do glomérulo são relativamente impermeáveis às proteínas. 
· O líquido filtrado é, em essência, livre de proteínas e elementos celulares, incluindo hemácias. 
· As concentrações dos demais constituintes do filtrado, incluindo a maioria dos sais e moléculas orgânicas, assemelham-se às suas concentrações plasmáticas. 
· Exceções incluem algumas substâncias de baixo peso molecular, como cálcio e ácidos graxos, os quais não são filtrados livremente por serem parcialmente ligados a proteínas plasmáticas. 
 
· A taxa de filtração glomerular corresponde a 20% do fluxo sanguíneo renal. 
· Os capilares filtram líquido em uma taxa determinada. 
↳ equilíbrio entre as forças hidrostáticas e coloidosmóticas que atuam através da membrana capilar. 
↳ coeficiente de filtração capilar (Kf), produto da permeabilidade e área de superfície de filtração dos capilares. 
 
 
Membrana glomerular 
· Apresenta três camadas:
↳ 1 - o endotélio dos capilares.
↳ 2 - uma membrana basal. 
↳ 3 - uma camada de células epiteliais (podócitos) que circundam a superfície externa da membrana basal do capilar. 
· Juntas, essas camadas perfazem a barreira de filtração que, embora tenha três níveis, filtra centenas de vezes mais água e solutos do que a membrana de um capilar usual. 
· Os processos podais dos podócitossão separados por espaços denominados poros em fenda através dos quais flui o filtrado glomerular. 
· As células epiteliais possuem proteínas que fornecem restrição adicional a filtração de proteínas plasmáticas. 
↳ todas as camadas do capilar glomerular promovem uma barreira contra a filtração de proteínas plasmáticas, porém permitem rápida filtração de água e da maioria dos solutos do plasma. 
 
 
Filtrabilidade dos solutos inversamente proporcional ao seu tamanho 
· A membrana do capilar glomerular é mais espessa do que a da maioria dos capilares, porém também mais porosa, filtrando líquidos em taxa mais alta. 
· Apesar da alta taxa de filtração, a barreira de filtração glomerular é seletiva na determinação de quais moléculas serão filtradas. 
 
Lesão glomerular 
· Aumenta a permeabilidade glomerular às proteínas plasmáticas. 
↳ esse aumento permite a filtração de proteínas pelos capilares glomerulares e sua excreção na urina, (proteinúria ou albuminúria). 
 
Taxa de filtração glomerular (TFG). 
· TFG é de 105 ml/min nas mulheres. 
· TFG é de 125 ml/min nos homens. 
· Alta: substâncias necessárias passam tão rápido pelos túbulos renais que são incapazes de ser reabsorvidas. 
· Baixa: quase todo filtrado é reabsorvido, e os resíduos nã são devidamente eliminados. 
 
 
Filtração glomerular 
· É determinada de acordo com a pressão líquida de filtração através dos capilares glomerulares e pelo coeficiente de filtração dos capilares glomerulares (Kf), que e o produto da permeabilidade pela área da superfície dos capilares:
 
Pressão efetiva de filtração glomerular 
· Força um grande volume de fluido para o espaço capsular, em torno de 150 l/dia em mulheres e 180 l/dia em homens. 
 
 
 
 
 
Forças que causam a filtração pelos capilares glomerulares 
· O aumento do coeficiente de filtração capilar glomerular. 
↳ eleva a taxa de filtração glomerular. 
↳ o Kf é uma medida do produto entre a condutividade hidráulica e área de superfície dos capilares glomerulares.
↳ Fatores que diminuem o Kf: doença renal, diabetes melito, hipertensão crônica, envelhecimento. 
 
· O aumento da pressão hidrostática da cápsula de Bowman. 
↳ reduz a taxa de filtração glomerular. 
↳ obstrução do trato urinario. 
↳ cálculos renais. 
 
· O aumento da pressão coloidosmótica capilar glomerular. 
↳ reduz taxa de filtração glomerular.
↳ conforme o sangue passa da arteríola aferente através dos capilares glomerulares até as arteríolas eferentes, a concentração de proteínas plasmáticas aumenta cerca de 20%. 
↳ o motivo desse aumento é que cerca de um quinto do líquido dos capilares é filtrado para a cápsula de Bowman, o que causa concentração das proteínas plasmáticas glomerulares que não são filtradas. 
↳ pode ser causada pelo aumento das proteínas plasmáticas e diminuição do fluxo sanguíneo renal. 
 
· O aumento da pressão hidrostática do capilar glomerular. 
↳ eleva a taxa de filtração glomerular. 
↳ aumentos na pressão hidrostática glomerular elevam a TFG, ao passo que diminuições resultam em redução da TFG. 
↳ a pressão hidrostática glomerular é determinada por três variáveis, cada qual sob controle fisiológico: pressão arterial, resistência arteriolar aferente, resistência arteriolar eferente. 
 
· Aumentos na fração de filtração (taxa de filtração glomerular/fluxo plasmático renal) eleva a pressão coloidosmótica do plasma ao longo do capilar glomerular. 
 
 
· A autorregulação dos vasos renais mantém a perfusão sanguínea renal constante dentro da variação tensional de 80 a 170 mmHg. 
 
Os rins recebem aproximadamente 20-25% do débito cardíaco. 
 
 
Controle fisiológico da filtração glomerular e fluxo sanguíneo renal 
· Ativação intensa do sistema nervoso simpático reduz a taxa de filtração glomerular. 
· Controle hormonal e parácrino da circulação renal. 
↳ a noradrenalina, a adrenalina e a endotelina causam constrição dos vasos renais e diminuem a taxa de filtração glomerular. 
↳ a angiotensina II causa constrição preferencialmente das arteríolas eferentes na maioria das condições fisiológicas. 
↳ o óxido nítrico derivado do endotélio reduz a resistência vascular renal e aumenta a taxa de filtração glomerular. 
↳ as prostaglandinas e a bradicinina reduzem a resistência vascular renal e tendem a aumentar a taxa de filtração glomerular. 
 
Autorregulação da taxa de filtração glomerular e fluxo sanguíneo 
· A função primária da autorregualçao do fluxo sanguíneo da maioria dos tecidos que não os rins é manter a oferta de oxigênio e nutrientes em nível normal e remover produtos de excreção do metabolismo, independentemente de alterações da pressão arterial.
↳ quedas da pressão arterial até 70 a 75 mmHg ou aumentos até 160 a 180 mmHg normalmente modificam a TFG em menos de 10%. 
 
Feedback tubuloglomerular e autorregulação da taxa de filtração glomerular 
· O mecanismo de feedback tubuloglomerular apresenta dois componentes que atuam em conjunto pra controlar a TFG. 
↳ 1 - um mecanismo de feedback arteriolar aferente. 
↳ 2 - um mecanismo de feedback arteriolar eferente. 
 
A diminuição do cloreto de sódio na mácula densa causa dilatação das arteríolas aferentes e aumento da liberação de renina. 
 
Angiotensina II
· Auxilia na prevenção de reduções graves da pressão hidrostática glomerular e TFG quando a pressão de perfusão renal cai. 
 
Com o aumento da pressão sanguínea, ocorre também o aumento da excreção renal (diurese por pressão, p. ex., na hipertensão). Abaixo de uma pressão sanguínea de cerca de 50 a 60 mmHg, a função renal sucumbe (anúria, p.ex., choque circulatório). 
 
Autorregulação miogênica do fluxo sanguíneo renal e a taxa de filtração glomerular 
· Capacidade individual dos vasos de resistirem ao estiramento durante o aumento da pressão arterial. 
↳ o estiramento da parede vascular permite maior movimento de íons cálcio do líquido extracelular para dentro das células, causando sua contração. 
 
A alta ingestão de proteínas e a hiperglicemia aumentam o fluxo sanguíneo renal e a taxa de filtração glomerular (TFG). 
· A TFG e o fluxo sanguíneo renal também aumentam 20 a 30% dentro de 1 a 2 horas após a ingestão de uma refeição rica em proteínas. 
· A refeição com alto teor proteico libera no sangue aminoácidos, os quais são absorvidos os túbulos proximais (aminoácidos e o sódio são reabsorvidos juntos). 
↳ causa diminuição da entrega de sódio à mácula densa o que inicia um feedback tubuloglomerular no sentido de diminuir a resistência das arteríolas aferentes. 
↳ aumenta o fluxo sanguíneo renal. 
 
 
 
 
REABSORÇÃO E SECREÇÃO TUBULAR RENAL
 
Reabsorção e secreção nos túbulos renais
· Depois que o filtrado glomerular entra nos túbulos renais, ele flui sequencialmente através de túbulos renais. 
· Algumas substâncias são reabsorvidas dos túbulos para o sangue capilar peritubular, enquanto outras são secretadas do sangue para os túbulos. 
↳ urina
 
 
 
 
Secreção tubular 
· Nos túbulos renais 
· Algumas substâncias entram nos túbulos pela secreção dos capilares peritubulares para os túbulos por meio de duas etapas:
1 - Difusão simples da substância dos capilares peritubulares para o interstício renal. 
2 - Movimento da substância através do epitélio tubular para o lúmen por meio do transporte ativo ou passivo. 
 
Reabsorção de solutos e de água dos túbulos para os capilares peritubulares 
 
· Qualquer substância para ser reabsorvida, deve primeiro ser transportada através da membrana epitelial tubular renal para o líquido intersticial e, em seguida, através da membrana capilar peritubular de volta para a corrente sanguínea. 
 
· Transporte ativo: necessita de energia e pode mover os solutos contra um gradiente eletroquímico. 
↳ as membranas basolaterais das células epiteliais tubulares apresentam um extenso sistema de sódio-potássio ATPase para transportar íons sódio para fora da célula para o interstício. 
↳ ao mesmo tempo, o potássio é transportado do interstício para o interior da célula. 
↳ esse bombeamento de sódio para fora da célula através da membrana basolateral favorece a difusãopassiva do sódio para o interior da célula através da membrana luminal (e potássio para fora). 
 
↳ transporte passivo. 
 
· As taxas de reabsorção são seletivas e variáveis. 
↳ os produtos metabólicos residuais, como a ureia e a creatinina, são mal reabsorvidos e excretados em quantidades relativamente grandes. 
↳ a maioria dos íons plasmáticos: sódio, cloreto, bicarbonato - altamente reabsorvível dos túbulos - mas a sua taxa de reabsorção e excreção urinária varia dependendo das necessidades do corpo. 
 
· A reabsorção ativa secundária da glicose e dos aminoácidos ocorre através da membrana tubular renal. 
↳o transporte ativo secundário não necessita de energia diretamente do ATP ou de outras fontes de fosfato de alta energia.
↳ a fonte de energia é aquela liberada pela difusão facilitada simultânea de outra substância transportada a favor do seu próprio gradiente eletroquímico. 
 
· Os transportes máximos muitas vezes são apresentados por substâncias transportadas ativamente. 
↳ glicose e aminoácidos são reabsorvidos por meio de transporte ativo secundário com o sódio. 
↳ a reabsorção dessas substâncias apresenta uma taxa máxima de reabsorção. 
↳ quando a carga filtrada dessas substâncias excede o transporte máximo, a quantidade em excesso é excretada (aparecem na urina). 
 
· A reabsorção passiva de água por osmose está acoplada à reabsorção de sódio. 
↳ quando os solutos são transportados para fora do túbulo por meio de transporte ativo primário ou secundário, as suas concentrações diminuem no túbulo e aumentam no interstício. 
↳ esse efeito cria uma diferença de concentração que provoca a osmose da água na mesma direção daquela em que os solutos são transportados.
 
 
· Alguns solutos são reabsorvíveis por difusão passiva. 
↳ o sódio, um íon positivo reabsorvido através da célula tubular faz o íon negativo cloreto se difundir passivamente pela via paracelular (entre as células). 
↳ a reabsorção da água cria um gradiente de concentração para cloreto e ureia. 
↳ reabsorção tubular de cloreto e ureia. 
 
 
Reabsorção e secreção ao longo de várias partes do néfron
 
· Túbulo contorcido proximal 
↳ alta capacidade de reabsorção.
↳ aproximadamente 65% da carga filtrada de água, sódio, cloreto, potássio e diversos outros eletrólitos são reabsorvidos nos túbulos proximais. 
↳ uma função importante dos túbulos proximais é conservar substâncias que são necessárias para o corpo.
↳ valores abaixo de 1,0 indicam que a substância é reabsorvida em maior proporção que a água; valores acima de 1,0 indicam que a substância é reabsorvida em menor proporção que a água, ou que é secretada para os túbulos. 
 
 
 
· Alça de Henle
↳ penetra na parte interna do rim (medula renal) e desempenha um importante papel para a formação renal de urina concentrada. 
Partes: 
↳ segmento descendente fino: altamente permeável à água, aproximadamente 20% do volume do filtrado glomerular é reabsorvido, tornando o líquido tubular hiperosmótico. 
↳ segmento ascendente fino e segmento ascendente espesso: a permeabilidade da água é praticamente zero, mas grandes quantidades de sódio, cloreto e potássio são reabsorvidas, tornando o líquido tubular diluído (hipotônico) à medida que e move de volta para o córtex - os íons cálcio, bicarbonato e magnésio também são reabsorvidas na alça de Henle ascendente espessa. 
 
 
· Túbulo contorcido distal 
↳ dilui o líquido tubular. 
↳ a primeira parte do túbulo distal faz parte do complexo justaglomerular, que fornece controle por feedback da filtração glomerular e do fluxo sanguíneo no mesmo néfron. 
↳ reabsorve a maioria dos íons, entretanto, é praticamente impermeável à água e à ureia. 
 
↳ mecanismo de transporte de cloreto de sódio no início do túbulo distal. O sódio e o cloreto são transportados do lúmen tubular para a célula por um cotransportador que é inibido por diuréticos tiazídicos. O sódio é bombeado para fora da célula pela bomba Na+-K+ ATPase e o cloreto se difunde para o líquido intersticial através de canais de cloreto.
 
· Túbulo distal final e túbulo coletor cortical
↳ possuem células que reabsorvem sódio e a água do lúmen e secretam potássio para o lúmen, e células que podem reabsorver íons potássio. 
 
 
· Ducto coletor
↳ embora os ductos coletores medulares reabsorvem menos de 10% da água e do sódio filtrados, eles são extremamente importantes na determinação da quantidade final do débito urinário de água e de solutos. 
↳ reabsorção de água, bicarbonato, ureia, sódio e cloreto. 
↳ excreção de hidrogênio.
 
Regulação da reabsorção tubular 
 
· Mecanismos locais:
Equilíbrio glomerulotubular - a capacidade de aumentar sua taxa de reabsorção em resposta a uma carga tubular maior.
↳ quando a filtração glomerular aumenta, a taxa absoluta de reabsorção tubular aumenta aproximadamente na mesma proporção. 
↳ entretanto, o equilíbrio glomerulotubular não impede totalmente que as mudanças na FG alterem a excreção urinária. 
 
A força física dos capilares peritubulares e do líquido intersticial renal influencia a reabsorção tubular.
↳ do líquido que é normalmente filtrado pelos capilares glomerulares (125 ml/min), aproximadamente 124 ml/min são reabsorvidos pelos capilares peritubulares. 
↳ esta reabsorção é regulada pelas pressões hidrostáticas e coloidosmóticas. 
 
 
O aumento da pressão arterial reduz a reabsorção tubular.
↳ mesmo pequenos aumentos da pressão arterial podem elevar a taxa de excreção urinária do sódio e da água. 
↳ aumento da pressão arterial causa:
1. Elevações discretas no fluxo sanguíneo renal e na filtração glomerular. 
2. Aumenta a pressão hidrostática, diminuindo a reabsorção dos capilares peritubulares, elevando a excreção de sódio e água. 
3. Diminui a formação de angiotensina II, o que diminui muito a reabsorção tubular de sódio.
 
· Hormônios:
↳ a aldosterona aumenta a reabsorção de sódio e a secreção de potássio.
↳ a ansiotensina II aumenta a reabsorção de sódio e de água. 
↳ o ADH aumenta a reabsorção de água. 
↳ o peptídio natrurético atrial diminui a reabsorção de água e de sódio. 
↳ o hormônio paratireoide aumenta a reabsorção de cálcio e diminui a reabsorção de fosfato. 
 
· Sistema nervoso:
↳ a ativação do sistema nervoso simpático aumenta a reabsorção de sódio. 
 
Os rins excretam o excesso de água por meio da formação de urina diluída
· Osmolaridade tão baixa quanto 50mOsm/l.
· Osmolaridade alta como 1200 a 1400 mOsm/l
· O hormônio antidiurético (ADH) controla a osmolaridade da urina. 
· Após a ingestão da água, o volume de urina aumenta e a
osmolaridade urinária diminui, causando excreção de um grande volume de urina diluída; contudo, a quantidade total de soluto excretada pelos rins permanece relativamente constante. Essas respostas dos rins impedem uma redução significativa da osmolaridade do plasma durante a ingestão excessiva de água.
 
· A osmolaridade da urina é proporcional a sua densidade. 
 
Estímulos da sede 
· Aumento da osmolaridade do líquido extracelular. 
↳ causa desidratação intracelular nos centros da sede, estimulando a sensação de sede. 
· A diminuição do volume de líquido extracelular e da pressão arterial. 
↳ estímulo de sede em razão de sinais nervosos advindos de barrocepetores cardiopulomanres e sistêmicos da circulação. 
· Angiotensina II. 
· A sensação de secura na boca e nas membranas mucosas do esôfago pode provocar a sensação de sede. 
· Estímulos gastrointestinais e faríngeos influenciam a sede. 
 
Controle hormonal da reabsorção tubular 
· A regulação precisa dos volumes e concentrações de solutos dos líquidos corporais requer que os rins excretem diferentes solutos e água em taxas varias. 
· Diversos hormônios do organismo são responsáveis por essa especificidade da reabsorção tubular de diferentes eletrólitos e água. 
 
Regulação hormonal das funções do néfron 
 
· Reabsorção de Na, Cl, Ca2 e água.
 
· Secreção de K. 
 
↳ túbulos renais 
 
· Hormônio antidiurético (ADH)
↳ é secretado pela hipófise posterior, aumenta a permeabilidade da água dos túbulos distais, túbulos coletores e ductos coletores.↳ na ausência de ADH, essas partes do néfron são praticamente impermeáveis à água, causando a excreção de grandes quantidades de urina diluída pelos rins. 
↳ osmolaridade sérica é de 300 mOsm/l enquanto que a urinária pode variar de 60 até 1200. 
 
· Angiotensina II e Aldosterona
↳ a aldosterona é estimulada pela angiotensina II. 
↳ secretada pelo córtex adrenal, atua nas células do túbulo coletor para estimular a reabsorção de sódio e a secreção de potássio. 
↳ nos túbulos contorcidos proximais, a angiotensina II aumenta a reabsorção de Na e Cl. 
 
 
· Peptídeo natriurético atrial (PNA)
↳ células específicas dos átrios cardíacos, quando distendidas como resultado da expansão do volume do plasma secretam o PNA. 
↳ aumento da taxa de filtração glomerular.
↳ diminuição na reabsorção renal de água e de sódio. 
 
· Paratormônio (PTH)
↳ células dos túbulos contorcidos distais reabsorvem mais Ca2. 
↳ células dos túbulos contorcidos proximais inibe a reabsorção de fosfato. 
 
 
A ativação do sistema nervoso simpático aumenta a reabsorção de sódio 
· Contrai as arteríolas aferentes e eferentes, portanto, diminui a filtração glomerular. 
· Aumenta diretamente a reabsorção de sódio nos túbulos renais. 
· Estimula a liberação de renina e a formação de angiotensina II. 
 
Função dos rins para a manutenção do equilíbrio ácido-base
pH urinário
· Pode variar entre 4,6 a 8. 
· Geralmente mantém-se entre 6 e 7. 
· Manutenção do equilíbrio ácido-base: o controle preciso da concentração de H+ no líquido extracelular envolve:
↳ eliminação de H+ pelos rins.
↳ reabsorção, produção e excreção de íons bicarbonato (HCO3-).
· pH do sangue varia entre 7,35 e 7,45; pH = -log [H+]
 
Os rins e os pulmões são os dois órgãos capazes de manter constante o estado ácido-base do sangue. 
 
Onde ocorre a produção de ácidos em nosso organismo
· Metabolismo celular, com aumento de CO2.
↳ fosfolipídios.
· Metabolismo de aminoácidos.
↳ disfunção metabólica (diabetes) ou respiratória (ácido latico). 
 
 
Manutenção do equilíbrio ácido-básico no organismo 
· Sistema tampão: imediato. 
↳ é qualquer substância que pode se ligar ao H+ de forma reversível. 
↳ Sistema tampão bicarbonato, sistema tampão fosfato, sistema tampão de proteínas intracelulares. 
 
· Sistema respiratório: rápido.
↳ aumento da ventilação alveolar reduz a concentração de hidrogênio no líquido extracelular e aumenta o pH. 
↳ aumento da concentração de CO2, eleva as concentrações de ácido carbônico (H2CO3) e de H+.
 
· Regulação renal: lento. 
↳ os rins regulam a concentração de H+ do líquido extracelular. 
↳ 1 - secreção de H+.
↳ 2 - reabsorção de HCO3 - filtrado. 
↳ 3 - produção de novo HCO3-. 
 
Secreção de ácidos 
· No rim, o valor do pH do plasma sanguíneo é regulado por meio de mecanismos moleculares como a bomba de troca de Na+ H+ e a anidrase carbônica no chamado mecanismo poupador de bases, a excreção de ácidos tituláveis como ácido sulfúrico (H2SO44), ácido fosfórico (H3PO4). 
· Os rins secretam hidrogênio. 
↳ os estímulos mais importantes para aumentar a secreção de H+ pelos túbulos na acidose são: 
↳ 1 - aumento da PCO2 do líquido extracelular na acidose respiratória. 
↳ 2 - aumento da concentração de H+ no líquido extracelular, na acidose respiratória ou metabólica. 
 
 
 
Reabsorção de bicarbonato 
· Cerca e 80 a 90% da reabsorção de HCO3- (e secreção de H+) ocorrem no túbulo proximal (pouco HCO3- flui para os túbulos distais e ductos coletores). 
↳ o mecanismo de reabsorção também envolve secreção tubular de H+.

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