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O QUE SÃO DIREITOS FUNDAMENTAIS? Os direitos fundamentais são aqueles essenciais ao ser humano. Os direitos fundamentais são direitos protetivos presentes no art 5º da Constituição Federal, que garantem o mínimo necessário para que um indivíduo exista de forma digna. É um instrumento de proteção do indivíduo frente à atuação do Estado. Os direitos fundamentais não possuem viés econômico-patrimonial. Em outras palavras, eles não podem ser alienados, nem transferidos, nem negociados ou vendidos. Os direitos fundamentais não nasceram de uma única vez, sendo fruto de uma evolução e desenvolvimento histórico e cultural, nascendo com o Cristianismo, passando pelas diversas revoluções e chegando aos dias atuais. Inalienabilidade CARACTERÍSTICAS Historicidade Os direitos fundamentais não podem ser renunciados pelo seu titular. Pode um cidadão, titular de um direito, que é de todos, apenas deixar de exercê-los. Os direitos fundamentais não se perdem com o tempo. Uma vez que são sempre exercíveis e exercidos, não são perdidos pela falta de uso (prescrição). Como vimos acima, estamos tratando de direitos sem viés econômico-patrimonial, e por serem sempre exigíveis, não prescrevem. Irrenunciabilidade CARACTERÍSTICAS Imprescritibilidade Os direitos fundamentais são personalíssimos. Apesar disso, é possível que um direito fundamental de uma pessoa seja oriundo do de outra pessoa, como no caso de herança. Os direitos deverão ser interpretados e aplicados levando-se em consideração os limites fáticos e jurídicos existentes. Personalidade CARACTERÍSTICAS Relatividade/limitabilidade NENHUM DIREITO FUNDAMENTAL É ABSOLUTO! QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS? No mesmo art. 5, vemos em seu caput quais direitos fundamentais podemos considerar como os mais importantes: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (…). Direito à vida: Não apenas o direito de existir, mas de existir com dignidade. Direito à liberdade: Além de ir e vir, representa, também, o direito à opinião, à informação e escusa de consciência. Direito à igualdade: Trata-se de vedar a discriminação. No entanto, em certos casos, fatores discriminatórios são admitidos desde que sejam para assegurar a igualdade entre desiguais. Direito à segurança: Podemos analisá-lo tanto pela ótica do direito à proteção física dos indivíduos, como de proteção jurídica do indivíduo perante o poder punitivo do Estado. Direito à propriedade: Todos têm direito à propriedade, mas ela deve atender à sua função social. determina que as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata, cabendo aos poderes públicos (Legislativo, Executivo e Judiciário) promover o desenvolvimento desses direitos. O artigo 5º, § 1º da Constituição Federal COMO SURGIRAM OS DIREITOS FUNDAMENTAIS? Há quem diga que os direitos fundamentais nasceram e foram relacionados à características inerentes a própria humanidade; há quem acredite também que as leis são produto da ação humana ou que uma evolução histórica possibilitou não apenas o surgimento dos direitos, bem como sua consolidação através dos tempos. De uma forma ou outra, eles não possuem, efetivamente, uma origem estática ou concreta – eles resultam de um longo e constante processo histórico, uma vez que tais direitos estão sempre em evolução. Geração dos Direitos Fundamentais A ideia de direitos fundamentais foi desenvolvida pelo estudioso Karel Vasak, o qual embasou sua teoria nos ideais da Revolução francesa – liberté, égalité et fraternité (liberdade, igualdade e fraternidade). Segundo o estudioso, há no ordenamento jurídico 3 gerações de direitos que regulam a vida em sociedade e a criação das normas que regem o atual sistema normativo. 1º Geração Começam a nascer com as revoluções burguesas e com a crise das monarquias absolutistas. Os Direitos Fundamentais de 1º Geração dizem respeito ao direito à liberdade, propriedade, direitos políticos, igualdade forma e garantias processuais. 3º Geração Surgem ao final da 2ª Guerra Mundial direitos transindividuais inerentes a todos os seres humanos. Eles dizem respeito ao direito ao desenvolvimento; paz; ao meio ambiente saudável; à propriedade do patrimônio cultural da humanidade; à comunicação global. 2º Geração O Estado ausente mostrou um fator gerador de desigualdade. Se formou, dessa maneira, o Estado de Bem-estar Social (Welfare State), ou seja, um Estado que não é ausente, mas sim prestador serviços e garantidor de deveres à população. 4º Geração Há ainda especulações sobre a existência de uma quarta geração de direitos fundamentais. Para Paulo Bonavides, “tratam-se dos direitos introduzidos pela globalização política, relacionados à democracia, à informação e ao pluralismo.” Liberdade; Garantias processuais; Igualdade formal; Propriedade; Direitos políticos. Igualdade material; Direitos trabalhistas; Direitos econômicos, sociais e culturais. Fraternidade mundial; Desenvolvimento; Paz; Propriedade. Democracia; Informação; Pluralismo. CONCLUSÃO Os direitos fundamentais são aqueles considerados indispensáveis a condição humana, sendo imprescindíveis para que o ser humano consiga viver com dignidade. Assim, cabe ao Estado Democrático de Direito o reconhecimento e a positivação dos direitos fundamentais, tomando para si a responsabilidade de buscar a efetividade dos mesmos, sempre almejando sua real efetivação e plena concretização. Esses direitos estão se ampliando e evoluindo de forma contínua. Sendo tal fato uma resposta social a fim de que os legítimos anseios da sociedade sejam sempre atendidos. Obrigado! Lia Mara Hernandez Armas RA: 1800111 PERÍODO: 5 Alanis Maya Costa Fronzaglia Penteado RA: 1800926 Período: 5