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Curso: Fonoaudiologia 
Turma: FONO191N01- 2ºperíodo
Disciplina: Bioquímica Docente: Prof. Marcelo Brito
Equipe: Dayana Mesquita Nunes
 Ediane Lago Soares
 Evelyn Trindade de Souza
 Karen Camila Justino Ferreira Guerra
 Luiz Henrique dos Santos Braz
Atuação da fonoaudiologia na prevenção à obesidade em crianças e adolescentes.
A OMS considera a obesidade uma epidemia mundial, é uma doença crônica causada principalmente por maus hábitos alimentares, e fatores genéticos, ambientais e comportamentais ainda devem ser levados em consideração Estima-se que uma em cada três crianças brasileiras está acima do peso, segundo dados do IBGE e do Ministério da saúde. A atuação fonoaudiológica na obesidade, ou em sua prevenção, está relacionada à avaliação da mastigação, deglutição e funções miofuncionais .
Segundo um artigo publicado por uma pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) com o tema “Avaliação da composição salivar e da qualidade da função mastigatória de adolescentes com sobrepeso e obesidade”, FERRUA, Paula Midori Castel 2016”, indicam que adolescentes com sobrepeso ou obesidade têm a função mastigatória diferente daqueles com peso normal, apresentando alterações nos músculos da face e hábitos prejudiciais à nutrição. No estudo, foram avaliados os hábitos alimentares e a qualidade da função mastigatória de 230 adolescentes com idade entre 14 e 17 anos residentes no município de Piracicaba (SP). Avaliações foram feitas com 115 meninos e meninas com peso normal; e depois, apenas com adolescentes com sobrepeso ou obesidade, de ambos os gêneros. Todos os adolescentes escolhidos não tinham alterações nos dentes, nos maxilares ou outra condição que os afetasse a ponto de interferir na mastigação.
Fonoaudiólogos e outros profissionais da saúde concordam que é importante a mastigação adequada e uma alimentação equiliobrada, em ambos os lados do arco dentário, para que o alimento possa ser triturado e processado adequadamente antes da deglutição, pois isso evita hábitos que dificultam sua absorção, um exemplo é a ingestão de líquidos enquanto se come. Segundo o estudo, nos testes realizados, observou que indivíduos com sobrepeso ou obesidade, apresentaram alterações miofuncionais [relativas às funções dos músculos] e maior dificuldade em realizar a mastigação, o que pode afetar da qualidade da alimentação. De acordo com a pesquisa, meninas com sobrepeso ou obesidade mastigam com maior frequência de um lado só, impedindo que a mandíbula, que possui articulações bilaterais, atue igualmente de ambos os lados. Isso pode levar, entre outros problemas, a alterações estruturais de um dos lados do arco dentário, além de prejuízos à formação do bolo alimentar e perdas nutricionais. As alterações miofuncionais podem acarretar desequilíbrios esqueléticos e musculares, entre outros problemas”, diz a autora.
Para identificar alterações na função mastigatória, foram feitas gravações em vídeo de meninos e meninas durante a mastigação. As gravações foram analisadas por uma fonoaudióloga, que avaliou e contabilizou os ciclos de mastigação de cada lado da boca, sendo analisada a performance mastigatória. A força da mordida também foi medida por meio de um dinamômetro. Segundo o estudo “Quando mastigamos por mais tempo, tendemos a comer menos, porque a informação do processamento do alimento vai sendo transmitida ao sistema nervoso central e os hormônios que levam ao sentimento de saciedade vão sendo liberados. Dessa forma, quem mastiga rápido, ainda que com a força adequada, pode tender a comer mais. É preciso observar a própria mastigação”.
Ainda citamos aqui outro artigo, com o tema “Mastigação e deglutição de crianças e adolescentes obesos - Noemia Caroline de Souza; Zelita Caldeira Ferreira Guedes - Revista CEFAC ISSN: 1516-1846 Instituto Cefac Brasil, 2016”. Este estudo buscou caracterizar o perfil miofuncional orofacial de crianças e adolescentes com obesidade comparados a um grupo de eutróficos e verificar quais aspectos influenciam as funções de mastigação e deglutição. Foram avaliados os órgãos do sistema estomatognático, a mastigação e a deglutição aplicando o protocolo de Avaliação Miofuncional Orofacial em 50 indivíduos do sexo feminino e masculino, com idades entre 9 e 18 anos . Eles foram divididos em dois grupos, o grupo pesquisa, de obesos, e o grupo controle, de eutróficos, ou seja, crianças e adolescentes não obesos ,com uma nutrição equilibrada. O resultado demonstrou que, quando comparados aos eutróficos, os obesos apresentaram pior desempenho nos aspectos de tonicidade e mobilidade de bochechas e na deglutição.
Também citamos aqui a intervenção fonoaudiólogica na prevenção a obesidade e relação á respiração, segundo o artigo “Avaliação do estado nutricional de crianças respiradoras orais e sua relação com a obesidade - Carnevalli, Nozaki e Araújo, 2009”, que aplicou uma avaliação e questionamentos sobre o padrão respiratório oral, preferências alimentares, a fim de se verificar sua relação com a obesidade, e os resultados observados demonstraram um índice acima dos 50% de crianças com sobrepeso, obesidade ou obesidade mórbida, além da alteração do padrão alimentar, que faz com que a criança coma rápido, comendo mais que o necessário. “As crianças demonstraram uma ingestão de quase 100% de carboidratos e mais de 60% de lipídios acima do padrão recomendado, confirmando que a respiração bucal provoca distúrbios na mastigação que podem levar à obesidade, ou seja, a respiração bucal provoca distúrbios na mastigação e alimentação que podem levar à obesidade.” Diz o artigo.
A obesidade infantil é um dos problemas de saúde pública que mais preocupam os pais e profissionais da saúde. A intervenção do fonoaudiólogo na prevenção à obesidade é de suma importância, e , segundo os artigos citados, demonstram como a avaliação, monitoramento e reabilitação das funções de mastigação, deglutição e respiração, com a ajuda de outros profissionais como nutricionistas e dentistas, podem ajudar as crianças e adolescentes a terem uma alimentação adequada, tendo maior qualidade de vida, prevenindo, assim, a obesidade.

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