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PROJETO Direito

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6
 FACULDADE INTEGRADA DE ENSINO SUPERIOR DE COLINAS DO TOCANTINS-UNIESP
CURSO BACHAREL EM DIREITO
HOMICÍDIO PASSIONAL: ANALISE CRIMINOLÓGICA
COLINAS DO TOCANTINS – TO 
MAIO, 2018
	
HOMICÍDIO PASSIONAL: ANALISE CRIMINOLÓGICA
Projeto apresentado à disciplina TCC I - do 8°, noturno do Curso Bacharel em Direito da Faculdade Integrada de Ensino Superior de Colinas – FIESC/UNIESP como requisito parcial para obtenção de nota, sob a orientação da Professora Ana Leide Rodrigues de Sena Goiz.
COLINAS DO TOCANTINS – TO 
MAIO, 2018
SUMÁRIO
1 TEMA/DELIMITAÇÃO DO TEMA	04
2 PROBLEMA	04
3 HIPOTESES	04
4 INTRODUÇÃO	04
5 JUSTIFICATIVA	05
6 OBJETIVOS	05
6.1 Objetivo Geral	05
6.2 Objetivos Específicos	05
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS	06		
7.1 Aspectos históricos dos homicídios passionais	06
7.2 Crimes Passionais	07
7.3 Elementos motivadores do homicídio passional.	10
7.3.1 Paixão	10
7.3.2 Ciúme	11
7.3.3 Honra	13
7.4 Aspectos gerais dos homicídios passionais	13
8 METODOLOGIA	16
9 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO	17
10 RECUSO/ORÇAMENTO	17
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	18	
1 TEMA/DELIMITAÇÃO DO TEMA
Homicídio passional: Analise criminológica. 
2 PROBLEMA
	A exposição do tema é procurar entender “o que de fato leva alguém a cometer o assassinato da pessoa que ama?”
3 HIPÓTESE
	O homicídio passional está correlacionado com elementos subjetivos desencadeadores tais como: ciúmes, paixão, amor, emoção, ódio e honra.
	Que este pode está atrelado ao machismo, individualismo, que culminam nas características que norteiam um tipo de homicídio passional que são a extrema obsessividade, sentimento de posse, egoísmo, ciúme exagerado entre outros. 
4 INTRODUÇÃO
	Os crimes passionais são crimes ocasionados pelos sentimentos de paixão, ciúmes, posse. E que às vezes a pessoa que comete o crime não sabe nem os verdadeiros motivos. O criminoso passional se depara com a situação de desconfiança, rivalidade e age de forma violenta física, psicológica e o homicídio. Dentre os homicídios passionais, alguns são movidos por uma perturbadora paixão e violenta emoção, e outros, são friamente calculados. Crimes estes, que são seguidos por um processo de condenação judicial (COELHO; SANTIAGO, 2010).
	O homicida passional são quase sempre do sexo masculino, não tirando aparcela que há de mulheres também, mas os homens se sentem no direito de serem autoritários e machistas desde a antiguidade, quando a mulher devia ser submissa ao homem. é necessário salientar que a maior parte dos crimes em questão é causada contra mulheres por homens que não aceitam a ideia de que não detém o controle sobre sua parceira (POSSEBON, 2011).
	O presente trabalho tem como objetivo analisar as causas que levam a pessoa a cometer o homicídio passional, levando em consideração seu comportamento e os fatores influenciadores.
	
5 JUSTIFICATIVA
	São diversos motivos que levam a pessoa cometer um crime, recentemente o que mais aparece em noticiários são matérias sobre assassinato, ocasionados por dinheiro, por infidelidade. O homicídio passional é ocasionado por sentimentos excessivos, sentimento de ódio, rejeição e de posse. 
	Deve-se ter em mente que a pessoa que comete o delito que envolve a pessoa que tem afeto muitas vezes agiu de forma sem pensar, impulsionado pelo sentimento de ciúmes, paixão doentia, no ato de fúria. 
	O homicida passional deve ser analisado de todas as formas, para que sua culpabilidade seja vista de forma jurídica ou se suas ações tenham cunho originados de sentimentos momentâneos. 
6 OBJETIVOS
6.1 Objetivo Geral
Compreender o conceito de crime passional, os motivos que influenciam seu acontecimento, as principais diferenças entre paixão e emoção as suas classificações.
6.2 Objetivos Específicos
· Descrever o homicídio e os sentimentos envolvidos com suas peculiaridades. 
· Narrar as causas e circunstancias em que acontecem os crimes passionais. 
· Realizar um estudo do perfil do homicida passional.
7 REFERENCIAL TEÓRICO
7.1 Aspectos históricos dos homicídios passionais
Levando em consideração o seguinte entendimento de que a arte inspira-se na vida, conjetura a realidade, são importantes as elucidações de Alves (1986, p. 01):
 É inegável que o crime sempre existiu como fonte de inspiração literária, a começar pela citação da morte de Abel por Caim, na Bíblia, desde que o fenômeno humano e social que existe na arte não podia ignorar o grande conteúdo humano e social existente no delito e no delinquente. Existe, assim, certa afinidade entre a obra de arte em geral - literatura, pintura, escultura, etc. - e a criminalidade. A arte inspira-se na vida, reflete a realidade, busca expressar, também, o homem e a sociedade e assim sendo não poderia ignorar a realidade humana e social do fenômeno criminal, sobretudo a personalidade do criminoso. 
 
Nas antigas tragédias gregas através de nomes como Ésquilo, Sófocles e Eurípides a paixão como causa da criminalidade, tem sido tema de várias artes, especialmente na literatura. Destacando as obras romancistas no século XIX com Honoré de Balzac, Eugène Sue, Gustave Flaubert, Dostoievski e, também, com Camilo Castelo Branco, Eça de Queiroz, Machado de Assis, sendo ainda objeto na filosofia e, enfim, no cinema e nas novelas atuais. 
Sobre o controle das artes para a acontecimento de homicídios passionais, prescreve Eluf (2003, p. 113): 
A literatura mundial está repleta de romances que relatam homicídios passionais. Tanto se escreveu sobre o tema, e de forma por vezes tão adocicada, que se criou uma aura de perdão em torno daquele que mata seu objeto de desejo. O homicídio passional adquiriu glamour, atraiu público imenso ao teatro e, mais modernamente, ao cinema; foi, por vezes, tolerado, resultando disso muitas sentenças judiciais absolutórias até que a sociedade, de maneira geral, e as mulheres, de forma especial, por serem as vítimas prediletas dos tais “apaixonados”, insurgiram-se contra a impunidade e lograram mostrar a inadmissibilidade da conduta violenta “passional”. 
 
Os crimes passionais como notado a maioria das vezes são influenciados pela arte. A ideia dobre a modalidade do crime, que transparece na mente dos homens de matar por amor, podemos vê na tragédia do dramaturgo inglês William Shakespeare, escrita no início do século XVII “Otelo”, na qual a obra fala deum homem corajoso que tinha que zelar pela própria honra, nessa época o homem era considerado elevado e retentor de mais direitos do que a mulher. 
Otelo um general que servia o reino da Veneza, era casado com uma jovem bonita Desdêmona, e que caiu nas armações de seus alferes. Um de seus alferes Iago predestinado a vingar-se por não ter sido promovido, pois promoveu a Cassio um jovem soldado e grande intermediário nas relações entre Otelo e Desdêmona, ao posto de tenente. 
Iago não se contendo armou um plano: Otelo confiava bastante em Cassio e Iago sabia disso, Cassio era um homem que despertava ciúmes em qualquer tipo de homem, pois agradava todas as mulheres e com certeza Otelo teria ciúmes. Iago aproveitando da ocasião induziu a Cassio a embriagar-se e envolver em uma briga, perdendo seu posto e a confiança que Otelo tinha nele. Logo em seguida Iago insinuou a Otelo que Cassio e Desdêmona estariam tendo um caso amoroso. 
Possesso em seu ciúme Otelo passa a desconfiar de sua esposa, que certo dia descontrolado sai a procura de sua esposa, acreditando que ela havia lhe traído e a mata em seu próprio quarto. mais tarde Otelo fica sabendo de toda a verdade pela esposa de Iago e se desespera por ter matado sua esposa e atenta contra sua própria vida apunhalando-se e caindo dobre o corpo de sua esposa a beijando. 
Otelo, o criminoso passional, chama a honra para explicar seu ato fraco (“Dizei, se o quereis, que sou um assassino, mas por honra, porque fiz tudo pela honra e nada por ódio”), contudo, a honra, quando usada nesse sentido, toma o sentido de homem que não aceita rejeição ou infidelidade, que quer aparecer à sociedade que tem todos os domínios sobre sua mulher e que esta nunca necessitariatê-lo envergonhado ou abandonado. 
Igualmente, trazemos que a percepção artística sobre a criminalidade e o criminoso, seja ele passional ou não, sempre antecedeu a sua crítica científica e a sua formulação jurídica.
7.2 Crimes Passionais
É importante elucidar alguns conceitos sobre o tema a ser falado. Segundo nos traz Moraes (2011), crime é toda conduta de natureza antijurídica e penalmente reprovável, humana positiva ou negativa, que reproduz modelo descrito em lei. Como vimos o crime é uma conduta humana, ou seja, é praticado por um ser humano, chamado pela doutrina de sujeito ativo do crime. Esse sujeito será conhecido na criminologia por criminoso. 
Passional no entendimento de Plácio e Silva (1990, p. 326) é o vocábulo empregado na terminologia jurídica, especialmente do Direito Penal, para designar o que se faz por paixão, isto é, por uma exaltação ou irreflexão, consequente de um amor desmedido. Mas o que seria a paixão, esse sentimento tão avassalador que toma conta dos seres humanos? Na continuação de seu pensamento Plácio e Silva definem paixão como sendo um vocábulo que exprime o que é contrário à ação, sendo vulgarmente tido como fenômeno passivo da alma; emoção que tem um móvel sexual e por protagonistas um homem e uma mulher. 
Os crimes passionais são crimes cometidos por pessoas que tem uma paixão sem limites, com sentimento de posse e que a pessoa amada tenha apenas “olhos” para ela.
O Dicionário Aurélio (2001, p. 509) traz a definição etimológica de paixão: “sentimento ou emoção levados a um alto grau de intensidade; amor ardente; entusiasmo muito vivo; atividade, hábito ou vicio dominador”. 
De acordo com Código Penal Brasileiro em seu artigo 121, homicídio é o ato de matar alguém, ou seja, tirar a vida de um ser humano. 
Para Greco (2009) o homicídio é a reunião de vários sentimentos como o ódio, o rancor, a inveja, paixão, etc. Desta forma quando envolve paixão torna-se um homicídio passional. 
Podemos notar que a definição de homicídio é quando uma pessoa tira a vida de outra, no passional esse crime envolve os sentimentos de amor, paixão, raiva entre outros. 
É esse o significado trazido por Eluf (2007), o crime passional é aquele decorrente de uma paixão embasada no ódio, no ciúme desprezível, na vingança, na possessividade, no sentimento de frustração aliado à prepotência, na mistura de desejo sexual frustrado com rancor. Para a autora, a paixão desvairada transforma a mente humana, o que torna o homicídio passional um delito de natureza psicológica. 
No homicídio passional há suas peculiaridades, entre a vitima e o criminoso tem um vinculo sexual e afetivo. Que muitas vezes essa paixão é doentia, e cheia de sentimentos negativos como o ódio, a vingança, o ciúme e a inveja. 
 Ressaltando todo o assunto que abrange os crimes passionais pode se analisar que as causas que acarretam a prática de crimes, a maioria é provocada pelo o ciúme, a indiferença, a infidelidade, o amor exorbitante pelo companheiro. 
De acordo com o Dicionário Aurélio (2000, p. 388), infidelidade é “qualidade ou caráter de infiel; procedimento de infiel; deslealdade; traição”. Quando se fala em infidelidade como motivo do crime passional, a autora Luiza Nagib Eluf diz que é não se manter ou não ser fiel quando está se relacionado, a longo prazo, com uma mesma pessoa. 
A infidelidade é uma das principais causas no homicídio passional, ou a duvida sobre ela, quando há sentimentos descontrolados. 
Ao falar de ciúme Rabinowcz (2007) descreve como o medo de perder o objeto para qual se dirigem os nossos desejos. O crime passional originário do ciúme vem do ciúme sexual-possessivo. É um ciúme desmoralizado violento, descomedido e muito egoísta. 
 O ciúme é um sentimento que destrói, trás sofrimento, transforma no que era amor em ódio em obsessão. 
A indiferença, segundo o Dicionário Aurélio (2000, p.384) significa a “qualidade de indiferente; desinteresse; desprendimento; desdém; desprezo; insensibilidade; apatia”. Quando ligada ao crime passional a indiferença vem como uma forma de rejeição, de desinteresse pelo sentimento alheio. 
A indiferença também fere, e a dor da pessoa que foi rejeitado muitas vezes não é superada, ocasionando o crime. 
Todos os sentimentos em excesso sempre causam consequências muitas vezes irreversíveis e a paixão é um sentimento intenso que atinge as pessoas e muitas vezes causam egoísmo e possessividade pela pessoa amada. 
Esse sentimento, muitas vezes causa um desiquilíbrio emocional, que sempre ocasiona sentimentos como desespero, angustia desencadeando ao criminoso passional cometer o delito. 
7.3 Elementos motivadores do homicídio passional.
	O homicídio passional sempre é motivado por vários sentimentos que exagerados tornam-se uma arma perigosa que provoca o delito. 
7.3.1 Paixão
	A paixão é um sentimento bastante intenso que gera muitas vezes confusões. Tem pessoas que apresentam dificuldades em seu emocional e desenvolvem sentimentos negativos, obsessão. A paixão quando se torna desiquilibrada, torna-se capaz de desenvolver sentimentos impulsionadores para o crime passional. 
	Pego (2007, p. 27) confia que: 
 
Os sintomas psíquicos de uma paixão desvairada são: a obsessão sobre o ser amado, a ideia fixa de um sentimento, o esquecimento de tudo que não tenha a ver com a pessoa querida, a angústia e o desespero; e isso, pode levar o apaixonado ao desequilíbrio emocional. 
 
	 A paixão que procede em uma ação criminosa, não envolve amor, mas sim sentimentos de rejeição, possessividade e pela frustração. Nessa concepção, cita Rabinowcz(apud PÊGO, 2007, p. 116), “a grande paixão é uma intoxicação passional, como as ocasionadas pela cocaína e pela morfina”. Dessa forma, seria equivocado afirmar que a paixão e o amor se confundem. O mais apropriado a se afirmar seria que a paixão saudável, depois de passar pelo estágio eufórico, pode dar origem ao amor. 
	Segundo Rosa (2010), a paixão é um sentimento de risco, pois o apaixonado só consegue ser feliz quando atinge seu objeto de desejo. Quando não correspondida, a paixão pode despertar sentimentos de rejeição, desconforto e profunda tristeza. 
 
A paixão faz com que o homem tire os pés do chão, flutue na irracionalidade e perca, muitas vezes, a sensatez e o raciocínio, o que, em junção com o ciúme, o ódio ou outro sentimento perturbador da razão humana, coadune para as mais atrozes crueldades (ROSA, 2010, p. 51). 
 
	Para Aquotti e Ferreira (2009), a paixão é capaz de despertar o sentimento mais voraz, aquietando a razão humana, fazendo o ser humano agir de forma que nunca imaginara agir. A paixão tem o poder de adormecer o lado racional do indivíduo, favorecendo assim, a perda da ética e moral, impossibilitando-o de enxergar tudo que diz respeito ao mundo exterior. 
	A paixão provoca sentimentos que as vezes a pessoa nem imaginaria possuir, isso devido a rejeição ou quando seu companheiro não corresponde suas expectativas, frustrando-o e enfurecendo a pessoa, motivando a cometer o crime.
 
7.3.2 Ciúme 
 
 	É instinto de sobrevivência do ser humano a ideia de egoísmo, exclusividade e propriedade, e isso se estende aos relacionamentos amorosos. O ciúme é um sentimento desencadeado pela insegurança, medo da perda, dependência e pelo sentimento de inferioridade, que, muitas vezes, é considerado como desagregador, já que enfraquece ou até mesmo destrói a harmonia existente entre o casal (AQUOTTI; FERREIRA 2009). 
	O ciúme é um sentimento destruidor que desperta vários outros, e destrói com tudo que as pessoas constrói de afetivo.
	Para Santos (2002), o mais comum é a pessoa sentir-se enciumada quando se sente excluída ou ameaçada de ser excluída da relação com o outro. Em um grau maior de comprometimento emocional, quando há uma instabilidade neurótica ou de autoafirmação, a pessoa pode apresentar-se como ciumenta. A sensação permanente de angústia e instabilidade na relação afetiva pode levar a pessoa a um estado de tensão, temendo ser traído ou abandonado. Qualquer sinal do outro pode significar algo, e a angústia da dúvidacorrói a vida do ciumento. Em um grau ainda maior de comprometimento, a desconfiança do ciumento cede lugar à certeza de estar sendo traído. O pensamento delirante toma conta de todo o psiquismo e atinge níveis insuportáveis de tensão interna. O ciumento está sempre em vigília, procurando confirmar suas suspeitas. 
	Um dos sentimentos mais perigosos, pois o ciúme cria fantasias na mente da pessoa, o que gera ainda mais insegurança, e pode ocasionar um desiquilíbrio emocional. 
	 Em um grau mais elevado de ciúme, o chamado ciúme patológico, também conhecido como “Síndrome de Otelo”, em referência ao personagem de Shakespeare que apresentava tal característica, pode levar a pessoa a cometer atos extremamente violentos, configurando os casos de suicídio e homicídio passional. Os casos da Síndrome de Otelo são causados por patologias graves, as chamadas psicoses, ou problemas neuropsiquiátricos como os diversos tipos de disritmia cerebral descritos na medicina (SANTOS, 2002). 
	Nas palavras de Eluf (2007, p. 116), “o sentimento de posse sexual está intimamente ligado ao ciúme”. Há pessoas que acreditam que não existe amor sem ciúmes, mas é preciso entender que o amor afetuoso é diferente do amor possessivo. O ciúme pode estar presente em qualquer tipo de relação. Os amigos sentem ciúmes um dos outros, os familiares sentem ciúmes, as crianças sentem ciúmes dos pais. Apesar de todos os ciúmes terem a mesma natureza do ciúme sexual, são diferentes em suas formas, dosagens e consequências. O amor sexual-possessivo pode levar a um ciúme violento, podendo gerar equívocos, até mesmo, como o homicídio. O ciumento possessivo tem suas atitudes ilimitadas, uma vez que vê a pessoa amada como um objeto, sobre o qual se tem total posse. 
	O ciúme nasce de um profundo complexo de inferioridade, é um sintoma de imaturidade afetiva (ELUF, 2007). O ciumento se vê incapaz de ter o amor a si próprio ou a outra pessoa e desenvolve o sentimento de posse. 
 
Para o ciumento descontrolado, sua vida se reduz àquela inter-relação dele com a pessoa amada; dessa forma, o ciúme incomoda, fere, perturba e humilha quem o sente, tendo como desfecho um enorme desespero que pode levar ao cometimento do crime passional. (PÊGO, 2007, p. 23) 
 
	Desta forma, percebe-se que o apaixonado perde a sensatez e passa a agir dominado pela paixão. “Em seu interior há uma erupção emocional, na qual se funde posse, dependência, dor, amor e compulsão, de forma tal que ele já não é capaz de distinguir o que de fato sente” (AQUOTTI; FERREIRA, 2009)
	Os sentimentos motivadores do homicídio passional é sempre o ciúme, a Paixão, mas isso de forma exagerada, não tendo controle, e ocorre quando a pessoa passa a ter obsessão em vez de sentimento de amor.
	 Como se denota, o homem, movido pelo ciúme, pode facilmente vir a cometer um delito. É importante frisar que, para o ciumento, não importa o que realmente ocorre, mas sim, o que ele acredita que ocorre. Portanto, o indivíduo acaba sendo dominado pela imaginação obsessiva (AQUOTTI; FERREIRA, 2009). 
 
7.3.3 Honra 
 
	 Pêgo (2007) acredita que, no crime passional, a honra está relacionada com a autoestima e o reconhecimento social da pessoa perante a sociedade. A pessoa que comete o crime acredita que seu parceiro está o traindo e para manter sua honra, comete o delito.
 	Ninguém mata por amor. Os sentimentos que dominam o espírito do criminoso passional são o ódio, a vingança, o rancor, a egolatria, a autoafirmação, a prepotência, a intolerância, a preocupação com a imagem social, a necessidade de exercer o poder (ELUF, 2007, p.116) 
 	O criminoso passional cria histórias em sua mente e acredita ser verdade. Manchada a honra, o indivíduo procurará “lavar sua honra com sangue”, o que pode levar a um crime passional. A maior preocupação desses indivíduos é de manter sua honra intacta perante a sociedade. Basta para o passional cometer o crime, que a sociedade tenha conhecimento de uma possível traição. Por outro lado, se a sociedade não ficasse sabendo desta traição, o indivíduo dificilmente teria coragem de cometer o crime. Para os passionais, não faria sentido matar para defender sua honra se a sociedade não tivesse conhecimento do crime (PÊGO, 2007)
7.4 Aspectos gerais dos homicídios passionais
Quando cometemos um ato condenável, uma infração, somos culpados por este ato. Porém, segundo entendimento de Mirabete (2006, p. 191), somente podem ser aplicadas sanções ao causador de um fato lesivo se, com seu comportamento, pudesse tê-lo evitado. Não se pode intimidar uma pessoa com a ameaça da pena simplesmente pelo resultado de sua conduta. Isso significa que é necessário questionar se o agente quis o resultado ou, ao menos, podia prever que tal evento iria ocorrer. 
Torna-se imprescindível, falar em culpa, e se estavam presentes a vontade ou a previsibilidade, na qual geram dois elementos jurídicos-penais o dolo (vontade) e a culpa em sentido estrito (previsibilidade), o crime pode doloso quando há intenção de matar, culposo quando não há intenção mas atua com imprudência e preterdoloso quando há dolo na conduta inicial, menos grave, e culpa com relação ao resultado, mais grave. 
Então podemos verificar a culpabilidade que é a ligação de natureza psíquica com o sujeito e o evento criminoso. Portanto dolo e culpa seriam as formas de culpabilidade, mas que não explica a culpabilidade penal. 
A teoria da culpabilidade chegou depois de uma extensa discussão, a conduta pertencem ao dolo e a culpa que formam os elementos da culpabilidade, a consciência do injusto, que trás um juízo de valor sobre o fato. 
As duas teorias operam em setores diferentes; porém não se repudiam porque a psicológica vincula estritamente o indivíduo ao ato, enquanto a normativa refere-se à ilicitude desse proceder. Destacam-se, pois, na culpabilidade, esses dois elementos: o normativo, ligado à pessoa e à ordem jurídica, e o psicológico, vinculando-a subjetivamente ao ato praticado. É, pois, a culpabilidade psicológica-normativa (NORONHA, 1999, p. 103). 
 A culpabilidade é, igualmente, a reprovação da conduta característica e antijurídica, diferenciada quando o agente admiti em discordância com o direito. 
Jescheck (apud MIRABETE, 2006, p. 193) elucida: 
[...] do princípio da culpabilidade se depreende que, em primeiro lugar, toda pena supõe culpabilidade, de modo que não pode ser castigado aquele que atua sem culpabilidade (exclusão da responsabilidade pelo resultado) e, em segundo lugar, que a pena não pode superar a medida da culpabilidade (dosagem da pena no limite da culpabilidade).
 
Deste modo não pode admitir a culpabilidade do agente uma pena superior mesmo em caso de proteção da sociedade diante do criminoso analisado como ameaçador. 
Para que se possa considerar a culpa, é necessário que o sujeito que pratica o delito tenha um grau psíquico que permita ele ter consciência de suas vontades e suas ações, a sua conduta deve ser de acordo com sua compreensão, se não houver o nome a essa não capacidade física é a imputabilidade. Logo que define Mirabete (2006, p. 193) “esta é, portanto, a condição pessoal de maturidade e sanidade mental que confere ao agente a capacidade de entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se segundo esse entendimento”. 
Porém somente a imputabilidade não justifica a sua conduta antijurídica, pois o criminoso pode conhecer o ato ilícito e no momento não apresentar problemas psíquicos. 
No que diz respeito à aplicação da pena, o Código Penal em alento prediz que a emoção e a paixão não eliminam a imputabilidade penal (artigo 28, I). Não são, pois, causa de inimputabilidade. Quem pratica o delito movido pela emoção, ou em estado passional, não fica imune de pena. Mencionado artigo seria até desnecessária, posto que a emoção e a paixão, não tendo caráter patológico nem significando perturbação da saúde mental, não seriam causas excludentes da imputabilidade por não estarem preditas expressamente na lei. Justifica-se, entretanto, o aparelho como lembrança e aviso para que não se argumentecom a chamada “perturbação dos sentidos”.
8 METODOLOGIA
O método utilizado na pesquisa é a bibliográfica, sendo realizadas pesquisas em livros, artigos, trabalhos acadêmicos. 
Segundo Gil (2007, p.64) “é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. Quanto à pesquisa qualitativa, ela assim se classifica dada a utilização da interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados (Silva & Menezes, 2001).
Na qual a técnica neste estudo iniciou de forma qualitativa, com interpretações de textos e varias pesquisas em sites relacionados ao tema.
Segundo Michel (2009, p. 37), “na pesquisa qualitativa, o pesquisador participa, compreende e interpreta”.
9 CRONOGRAMA
	
	AÇÕES/MESES
	02/18
	03/18
	04/18
	05/18
	Revisão Bibliográfica
	X
	X
	
	
	Coleta de Dados
	X
	X
	
	
	Coleta de Amostras
	
	
	
	
	Analises de Amostras
	
	
	
	
	Entrevistas
	
	
	
	
	Sistematização de Entrevistas
	
	
	
	
	Analise dos Dados e elaboração da Síntese
	X
	X
	X
	X
	Primeira Redação e Correção
	
	X
	X
	X
	Entrega do Projeto de pesquisa final
	
	
	
	X
	Redação Final
	
	
	
	X
10 RECURSO/ORÇAMENTO
 
	RECURSO/ORÇAMENTO
	Material de consumo
	Quantidade/Preço
	Unitário
	TOTAL
	Xerox
	57
	R$ 0,50
	R$ 28,50
	Papel A4
	30
	R$ 1,00
	R$ 30,00
	Tinta Impressora
	
	
	
	
	
	
	
	Material Permanente
	
	
	
	Datashow
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Outros serviços e encargos
	
	
	
	Digitação
	1
	R$ 30,00
	R$ 30,00
	Encadernação
	3
	R$ 3,00
	R$ 9,00
	CD/Pen drive
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	TOTAL
	R$ 97,50
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 
______. Código de processo penal e Constituição Federal. 14. ed. Colaboradores: Antonio Luiz de Toledo Pinto, Márcia Cristina Vaz dos Santos Windt e Lívia Céspedes. São Paulo: Saraiva, 2008. 
 ______. Código penal e Constituição Federal. 14. ed. Colaboradores: Antonio Luiz de Toledo Pinto, Márcia Cristina Vaz dos Santos Windt e Lívia Céspedes. São Paulo: Saraiva, 2008. 
ALVES, Roque de Brito. Criminologia. Rio de Janeiro: Forense, 1986.
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