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Hérnia de disco e lombociatalgia Acadêmicos: Isabela Alves Cunha Letícia Fernandes Pereira de Araújo Supervisora: Nayruz Ahmad Jradi Estagio de observação V Universidade Estadual de Goiás Escola Superior de Educação Física e Fisioterapia do Estado de Goiás (ESEFFEGO) Definição (BARROS et al. ,1995 ;RAYMOND et al. , 2016) Hérnia de disco É uma frequente desordem músculoesquelética, responsável pela lombociatalgia. A expressão hérnia de disco é usada como termo coletivo para descrever um processo em que ocorre ruptura do anel fibroso, com subsequente deslocamento da massa central do disco nos espaços intervertebrais. Lombociatalgia A lombalgia é definida como dor e desconforto localizados entre a margem costal e a prega glútea inferior, com ou sem dor na perna. Em 60% dos casos pode haver dor irradiada para o membro inferior, e esse quadro é chamado de lombo-ciatalgia, que pode ser de origem radicular (exemplo: compressão por hérnia de disco) ou referida (exemplo: dor miofascial). Anatomia Coluna vertebral Fonte: auladeanatomia.com Anatomia Ligamentos Fonte: (NETTER, 2011) Ligamento longitudinal anterior e posterior: Principal estabilizador do anel fibroso; Ligamento Interespinhal Ligamentos amarelos Ligamento supraespinhal Ligamento longitudinal posterior Ligamentos intertransversos Ligamentos iliolombares Anatomia Lombar Fonte: (NETTER, 2011) Anatomia Músculos PARAVERTEBRAIS Espinhal Porção do Pescoço: O: Ligamento nucal e processos espinhosos de C7 a T2 I: Processos espinhosos C2 a C4 Porção do Tórax: O: Processos espinhosos T11 a L2 I: Processos espinhosos das torácicas superiores (varia de 4 a 8) A: Extensão da Coluna Vertebral Fonte: auladeanatomia.com Anatomia Músculos PARAVERTEBRAIS Dorsal longo (Intermédio) Porção da Cabeça: Inserção Superior: Processo mastoide Inserção Inferior: Processos transversos de T1 até T4 e processos articulares de C4 até C7 Porção do Pescoço: Inserção Superior: Processos transversos de C2 à C6 Inserção Inferior: Processos transversos de T1 à T4 Porção do Tórax: Inserção Superior: Processos transversos das vértebras torácicas e das 10 últimas costelas Inserção Inferior: Processos transversos das vértebras lombares e aponeurose lombocostal Ação: Extensão e Inclinação Homolateral da Coluna Vertebral Fonte: auladeanatomia.com Anatomia Músculos Fonte: auladeanatomia.com PARAVERTEBRAIS LIOCOSTAL (+ Lateral) Porção Cervical: Inserção Superior: Processos transversos de C4-C6 Inserção Inferior: Ângulo da 3ª à 6ª costelas Porção Torácica: Inserção Superior: Ângulo da 6 primeiras costelas e processo transverso de C7 Inserção Inferior: Ângulo das 6 últimas costelas Porção Lombar: Inserção Superior: Ângulo das 6 últimas costelas Inserção Inferior: Face dorsal do sacro Ação: Extensão e Inclinação Homolateral da Coluna Vertebral Anatomia Músculos OBLÍQUO EXTERNO DO ABDOME O: Face externa das 7 últimas costelas I: ½ anterior da crista ilíaca, EIAS, tubérculo do púbis e linha alba A: Contração Unilateral: Rotação para o lado oposto * Contração Bilateral: Flexão do tronco e aumento da pressão intra-abdominal OBLÍQUO EXTERNO DO ABDOME O: Face externa das 7 últimas costelas I: ½ anterior da crista ilíaca, EIAS, tubérculo do púbis e linha alba Fonte: auladeanatomia.com Anatomia Fonte: clinicaneurovasc.com Anatomia Fonte: spinecenter.com Tipos de hérnias discais: Anatomia Fonte: planoevolutivo.org Lombociatalgia Anatomia Fonte: pinterest.com Padrão de dor ciática Etiologia (URBAN & ROBERTS, 1995) Exposição a cargas repetidas Dirigir Tabagismo Envelhecimento Sedentarismo Obesidade Etiologia Fonte: herniadedisco.com Epidemiologia (GARRIDO, 1993; MAYER et al.,1996; OBUKHOV et al.,1996; BORTOLLETO et al.,1998) Razão mais frequente de dispensa do trabalho por incapacidade Mais frequente em pacientes entre 30-50 anos Poucos casos em adolescentes e idosos, raramente em crianças 2 a 3% da população é acometida Prevalência de 4,8% em homens e 2,5% em mulheres acima de 35 anos Idade média do aparecimento: 37 anos 76% dos casos há antecedente de uma crise lombar Objetivos CURTO PRAZO MÉDIO PRAZO Promover o ganho da ADM da coluna e dar ênfase na flexibilidade entre as vértebras lombares, iniciar o processo de fortalecimento muscular Continuar o processo de fortalecimento muscular com ênfase no aumento da resistência da musculatura da coluna lombar, manutenção postural LONGO PRAZO Promover analgesia , redução da inflamação e relaxamento muscular Condutas CURTO PRAZO: TENS VIF – casos subagudos Dosagem: Frequência 30 – 90 Hz Duração: 15 minutos Interferencial tetrapolar – Frequencia da corrente portadora: 2000 Hz (crônica) Corrente moduladora: 40 – 90 Hz Duração: 15 minutos Laser arseneto de gálio 904 Dose: 1-3 J/cm² (efeito anti-inflamatório e regeneração em áreas profundas), pontual Duração: 5 minutos Manobras de deslizamento para relaxamento muscular Condutas MÉDIO PRAZO Alongamento da musculatura responsável pela anteroversão pélvica: Iliopsoas Reto Femoral Paravertebrais Manobra de mobilização intra-articular das vértebras lombares Corrente russa Frequencia: 30 Hz Subida: 3 s Platô: 5 s Descida: 3 s Tempo off: 33 s Tempo de aplicação: 15 minutos Prancha para isometria Condutas LONGO PRAZO Fortalecimento muscular Paravertebrais: Paciente em DV, braços apoiados na maca, fazer uma extensão de cotovelo combinada com uma extensão de coluna, descer freando o movimento. Ponte: Paciente em DD, braços rente ao corpo, joelho fletido, realizar uma extensão de coluna, tirando as costas da maca, manter com contração isométrica Manutenção postural Ensinar movimentos para prevenção de lesão. Referências bibliográficas NEGRELLI, Nilson Fabio. Hérnia discal: Procedimentos de tratamento. São Paulo: Ortopedista e Traumatologista, 2001. VIALLE, L. R.; NEVES, E. V.; HENAO, J. E. S.; GIRALDO, G. Hérnia discal lombar. Curitiba: Revista brasileira de ortopedia, 2010. STUMP, P. R. N. A. G.; KOBAYASHI, R.; CAMPOS, A. W. Low back pain Lombociatalgia. São Paulo: rev. Dor., 2016.
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