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TCC HÉRNIA DE DISCO

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1 
 
 
 
VANESSA SCHULZ LANGE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HÉRNIA DE DISCO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Taquara 
2016 
 
2 
 
VANESSA SCHULZ LANGE 
 
 
 
 
 
 
 
 
HÉRNIA DE DISCO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso Pré-requisito 
para conclusão do curso Técnico em 
Radiologia, fazendo jus ao título conferido pela 
ESCOLA PROFISSIONAL UNIPACS – Unidade 
de ensino TAQUARA 
 
ORIENTADORA: Prof.ª Gabriela Wallauer Portal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Taquara 
2016 
 
3 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 - Coluna Vertebral ................................................................................................................. 9 
Figura 2 - Vértebra típica ................................................................................................................... 10 
Figura 3 – Atlas ................................................................................................................................... 11 
Figura 4 – Áxis .................................................................................................................................... 12 
Figura 5 - Vértebra cervical típica .................................................................................................... 12 
Figura 6 - Vértebra proeminente ...................................................................................................... 13 
Figura 7 - Vértebra torácica típica .................................................................................................... 14 
Figura 8 - Vértebra Lombar ............................................................................................................... 15 
Figura 9 – Sacro ................................................................................................................................. 16 
Figura 10 – Cóccix ............................................................................................................................. 16 
Figura 11 - Disco Intervertebral ........................................................................................................ 20 
Figura 12 - Curvaturas da coluna vertebral .................................................................................... 24 
Figura 13 - Hérnia de disco ............................................................................................................... 29 
Figura 14 - Fases hérnia de disco ................................................................................................... 30 
Figura 15 - RX AP Axial Cervical ..................................................................................................... 34 
Figura 16 - RX Perfil Cervical ........................................................................................................... 35 
Figura 17 – RX AP Transoral............................................................................................................ 36 
Figura 18 - RX Suspeita hérnia de disco cervical ......................................................................... 37 
Figura 19 - RX AP Torácica .............................................................................................................. 39 
Figura 20 - RX Perfil Torácica .......................................................................................................... 40 
Figura 21 - RX AP Lombar ................................................................................................................ 42 
Figura 22 - RX Perfil Lombar ............................................................................................................ 43 
Figura 23 - RX Perfil Lombar L5-S1 ................................................................................................ 44 
Figura 24 - Ressonância Cervical .................................................................................................... 49 
Figura 25 - Ressonância Hérnia de Disco Cervical ...................................................................... 50 
Figura 26 - Ressonância Torácica ................................................................................................... 51 
Figura 27 - Ressonância Hérnia de Disco Torácica ..................................................................... 52 
Figura 28 - Ressonância Hérnia de Disco Lombar ....................................................................... 53 
 
 
 
 
 
file:///C:/Users/usuario/Documents/TCC%20HÉRNIA%20DE%20DISCO.docx%23_Toc448758067
4 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 6 
2 COLUNA VERTEBRAL ........................................................................................... 7 
2.1 ANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL ............................................................ 7 
2.1.1 Vértebras .................................................................................................... 9 
2.1.2 Vértebras Cervicais ................................................................................. 11 
2.1.3 Vértebras Torácicas ................................................................................. 13 
2.1.4 Vértebras Lombares ................................................................................ 14 
2.1.5 O Sacro e Cóccix ..................................................................................... 15 
3 ARTICULAÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL ...................................................... 17 
3.1 ARTICULAÇÃO ATLANTOCCIPITAL .............................................................. 18 
3.2 ARTICULAÇÃO ATLANTOAXIAL .................................................................... 18 
3.3 ARTICULAÇÕES INTERVERTEBRAIS ........................................................... 19 
3.4 ARTICULAÇÕES ENTRE CORPOS VERTEBRAIS ........................................ 19 
3.4.1 Discos Intervertebrais ............................................................................. 19 
3.5 ARTICULAÇÕES DOS ARCOS VERTEBRAIS ............................................... 21 
3.6 ARTICULAÇÃO LOMBROSACRAL ................................................................. 22 
3.7 ARTICULAÇÃO SACROILÍACA....................................................................... 23 
3.8 ARTICULAÇÃO SACROCOCCÍGEA ............................................................... 23 
4 FISIOLOGIA DA COLUNA VERTEBRAL ............................................................. 24 
5 RAIO - X – INDICAÇÃO E CONTRA INDICAÇÃO ................................................ 26 
6 HÉRNIA DE DISCO ............................................................................................... 28 
6.1 CAUSAS .......................................................................................................... 30 
6.2 SINAIS E SINTOMAS ...................................................................................... 31 
6.3 DIAGNÓSTICO ................................................................................................ 31 
 
5 
 
6.4 TRATAMENTO ................................................................................................ 31 
7 RAIO – X NO DIÁGNÓSTICO DA HÉRNIA DE DISCO ........................................ 33 
7.1 ROTINA DE RAIO - X DA COLUNA CERVICAL .............................................. 33 
7.1.1 Hérnia de disco coluna cervical ............................................................. 36 
7.2 ROTINA DE RAIO - X DA COLUNA TORÁCICA ............................................. 38 
7.2.1 Hérnia de disco coluna torácica ............................................................. 40 
7.3 ROTINA DE RAIO-X DA COLUNA LOMBAR .................................................. 41 
7.3.1 Hérnia de disco coluna lombar ............................................................... 44 
8 A RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NO DIAGNÓSTICODA HÉRNIA DE DISCO ... 46 
8.1 PROCEDIMENTOS TÉCNICOS EM RESSONÂNCIA MAGNÉTICA .............. 47 
8.2 ROTINA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DA COLUNA CERVICAL .................. 48 
8.3 ROTINA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DA COLUNA TORÁCICA ................. 50 
8.4 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DA COLUNA LOMBAR ................................... 52 
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 54 
 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 55 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 1 INTRODUÇÃO 
 
 As dores na Coluna Vertebral acometem grande parte da população mundial 
e esse número só tendo a aumentar. Essas dores causam diversas limitações e 
incapacidades funcionais. Na Hérnia de Disco a dor sempre esta presente, devido 
ao deslocamento do núcleo pulposo. Com a herniação o paciente sofre uma redução 
na flexibilidade, já que os discos ajudam na flexibilidade da Coluna. 
 
 A Hérnia de Disco é o deslocamento do núcleo dos discos intervertebrais que 
articulam as colunas cervical, torácica e lombar, sendo uma das principais patologias 
acometidas na coluna vertebral, seja por esforço excessivo ou má postura. 
 
 Para diagnosticar a Hérnia de Disco, primeiro são verificados os sintomas e 
as dores na Coluna, típicas da patologia. Primeiramente um Raio-x é solicitado para 
verificar a parte óssea e se for constatada suspeita de Hérnia o exame primordial é a 
Ressonância Magnética, para verificar a sua extensão. 
 
 O presente trabalho aborda sobre a Hérnia de Disco, juntamente com a 
anatomia das estruturas nas quais ela se manifesta e o funcionamento dessas 
partes. São apresentados também dois exames de diagnósticos por imagem 
capazes de diagnosticar a patologia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
2 COLUNA VERTEBRAL 
 
A coluna vertebral faz parte do esqueleto axial. Popularmente chamada de 
espinha, ela é uma haste firme e flexível, formada de elementos individuais ligados 
entre si por articulações, conectados por fortes ligamentos e suportados por uma 
massa de músculos e tendões. 
 
Também conhecida como coluna dorsal, ela é constituída de ossos individuais 
denominados de vértebras, que ao serem articulados constituem o eixo central 
esquelético do corpo humano. A coluna vertebral é flexível, pois as suas vertebras 
são móveis, porém a sua estabilidade dependo principalmente dos ligamentos e 
músculos. Seu comprimento é de aproximadamente dois quintos da altura total do 
corpo. 
 
Canal vertebral: O canal vertebral segue as diversas curvas da coluna. Ele começa 
desde a base do crânio e estende-se até o sacro. Esse canal contém a medula 
espinhal e é repleto de líquido cerebrospinal. 
 
Medula espinhal: A medula espinhal, cercada e protegida pelo canal espinhal, 
começa na medulo oblonga do cérebro. Ela passa pelo forame magno do crânio e 
segue pela primeira vértebra cervical, descendo para a borda inferior da primeira 
vértebra lombar, terminando no ponto conhecido como cone medular. 
 
Discos intervertebrais: Discos fibrocartilaginosos resistentes separam as vértebras 
adultas típicas. Esses discos são firmemente ligados à vértebra para estabilidade 
espinhal, permitindo, inclusive, a flexibilidade e o movimento da coluna vertebral. 
 
 
2.1 ANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL 
 
A coluna vertebral é constituída de 24 vértebras móveis pré-sacrais 
(7cervicais, 12 torácicas e 5 lombares). As cinco vértebras abaixo das lombares 
8 
 
estão fundidas no adulto para formar o sacro. As quatro vértebras mais inferiores 
também se fundem para formar o cóccix. 
 
As vértebras tornam-se progressivamente maiores na direção inferior até o 
sacro, tornando-se a partir daí sucessivamente menores. 
 
A coluna vertebral do ser humano adulto possui quatro curvaturas sagitais: 
cervical, torácica, lombar e sacral. As curvaturas torácica e sacral, convexas 
posteriormente, são denominadas primárias porque apresentam a mesma direção 
da coluna vertebral fetal e decorrem da diferença de altura entre as partes anteriores 
e posteriores dos corpos vertebrais. 
 
As curvaturas cervical e lombar, côncavas posteriormente, formam-se após o 
nascimento e decorrem da diferença de espessura entre as partes anteriores e 
posteriores dos discos intervertebrais. 
 
 Cervical: constitui o esqueleto axial do pescoço e suporte da cabeça. 
 Torácica: suporta a cavidade torácica. 
 Lombar: suporta a cavidade abdominal e permite mobilidade entre a parte 
torácica do tronco e a pelve. 
 Sacral: une a coluna vertebral à cintura pélvica. 
 Coccigea: é uma estrutura rudimentar em humanos, mas possui função no 
suporte do assoalho pélvico. 
 
 
9 
 
 
Figura 1 - Coluna Vertebral 
Fonte: http://www.sarah.br/ 
 
 
2.1.1 Vértebras 
 
Mesmo as características anatômicas vertebrais podendo apresentar 
variações de regiões na coluna vertebral, as vértebras possuem morfologia básica 
monótona. Uma vértebra típica é constituída de um corpo, um arco e processos 
vertebrais. 
10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.1.1.1 O Corpo 
 
É a parte anterior da vértebra. Ele é uma massa cilíndrica de osso esponjoso, 
mas as bordas das superfícies superior e inferior apresentam osso compacto. Os 
tamanhos são variáveis e exibem facetas articulares para as costelas no segmento 
torácico. O corpo está separado dos corpos das vértebras acima e abaixo pelo disco 
intervertebral. É o elemento vertebral que suporta carga. 
 
 
2.1.1.2 O Arco 
 
 O arco fica posicionado posteriormente ao corpo. É composto dos pedículos 
direito e esquerdo e das lâminas direita e esquerda. Juntamente com a face 
posterior do corpo vertebral, forma as paredes do forame vertebral que envolve e 
protege a medula. O conjunto dos forames vertebrais em toda a extensão da coluna 
forma o canal vertebral. 
 
Figura 2 - Vértebra típica 
Fonte: http://www.auladeanatomia.com/ 
11 
 
2.1.1.3 Os Processos Vertebrais 
 
 São espículas ou pontas ósseas que partem das lâminas. Variam de 
tamanho, forma e direção nas várias regiões da coluna vertebral: 
 
 Processo espinhoso: parte posteriormente de cada arco vertebral; 
 Processo transverso: parte lateralmente da junção dos pedículos com as 
lâminas; 
 Processos articulares: possuem facetas articulares superior e inferior, para 
articulação com as vértebras acima e abaixo. 
 
 
2.1.2 Vértebras Cervicais 
 
Atlas é a primeira vértebra cervical e serve como base do crânio. Recebe 
esse nome a partir do Atlas, que na mitologia grega tinha a reputação de suportar a 
terra. Não tem espinha nem corpo. É formada apenas de duas massas laterais 
conectadas por um arco anterior curto e um arco posterior longo. 
 
 
Figura 3 – Atlas 
Fonte: http://www.auladeanatomia.com/ 
Áxis é a segunda vértebra cervical e recebe esse nome porque forma um pivô 
(processo odontóide ou dente) em torno do qual o atlas gira, levando consigo o 
crânio. 
 
http://www.auladeanatomia.com/
12 
 
 
Figura 4 – Áxis 
Fonte: http://www.auladeanatomia.com/ 
 
Terceira a Sexta Vértebras Cervicais Cada uma apresenta um corpo vertebral 
pequeno e largo, um grande forame vertebral triangular e um processo espinhoso 
curto e bífido. 
 
 
Figura 5 - Vértebra cervical típica 
Fonte: http://www.auladeanatomia.com/ 
Sétima Vértebra Cervical Conhecida como vértebra proeminente, possui um 
processo espinhoso longo, visível na anatomia de superfície, principalmente com o 
pescoço flexionado. 
 
http://www.auladeanatomia.com/
http://www.auladeanatomia.com/
13 
 
 
Figura 6 - Vértebra proeminente 
Fonte: http://www.auladeanatomia.com/ 
 
 
2.1.3 Vértebras Torácicas 
 
 As vértebras torácicas são normalmente 12 e suportam as costelas. A 
primeira vértebra torácica é parecida com uma vértebra cervical. Da segunda até a 
décima primeira são vértebras torácicas típicas.Elas apresentam corpo em forma de 
rim, forame vertebral circular, processo espinhoso longo e delgado. Sua principal 
diferença anatômica é a presença das fóveas costais superior e inferior, para 
encaixe da cabeça das costelas correspondentes. A décima segunda vértebra é uma 
vértebra de transição, possuindo fóveas costais como as vértebras torácicas e 
processos articulares e espinhosos semelhantes às vértebras lombares. 
 
http://www.auladeanatomia.com/
14 
 
 
Figura 7 - Vértebra torácica típica 
Fonte: Fonte: http://www.auladeanatomia.com/ 
 
 
2.1.4 Vértebras Lombares 
 
Distinguem-se das vértebras torácicas pelo seu grande tamanho, pela 
ausência de fóveas costais e foramens transversais, processos transversais finos e 
processos espinhosos quadriláteros. 
 
Possuem corpos grandes e reniformes, foramens vertebrais triangulares, 
pedículos e lâminas curtas e espessas. 
 
http://www.auladeanatomia.com/
15 
 
 
Figura 8 - Vértebra Lombar 
Fonte: Fonte: http://www.auladeanatomia.com/ 
 
 
2.1.5 O Sacro e Cóccix 
 
 O sacro é formado inicialmente por cinco vértebras, que se fundem no adulto 
em um único osso em forma de cunha. Articula-se superiormente com a quinta 
vértebra lombar e lateralmente com os ossos do quadril. 
 
 A face Pelvina é côncava e lisa e possui quatro pares de forames sacrais 
pelvinos, por onde saem os ramos ventrais dos primeiros nervos sacrais e seus 
vasos. 
 
A Face Porsal é rugosa e convexa. As espinhas dorsais das vértebras sacrais 
formam a crista sacral mediana. A fusão dos processos articulares forma as cristas 
sacrais intermediárias. Possui quatro pares de foraminas sacrais dorsais. 
Inferiormente, os cornos sacrais se articulam com os cornos coccígeos. 
 
A sua parte Lateral ou Massa Sacral é formada pela junção dos processos 
transversos, dando origem à crista sacral lateral. A parte superior da parte lateral 
apresenta uma superfície em forma de orelha, que se articula com o ílio. 
 
http://www.auladeanatomia.com/
16 
 
A Base do sacro apresenta o promontório, que é a borda anterior da 
superfície anterior da primeira vértebra sacral e o canal sacral que contém o saco 
dural, a parte mais inferior da cauda equina e o filamento terminal. Apresenta 
também os processos articulares, para articulação com L5. 
 
 
Figura 9 – Sacro 
Fonte: http://2.bp.blogspot.com/ 
 
 Como o sacro, o cóccix possui forma de cunha e apresenta uma base, um 
ápice, faces dorsal e pelvina e bordas laterais. Possui quatro vértebras, algumas 
vezes cinco e, ocasionalmente, três. A primeira possui dois cornos que se articulam 
com os cornos sacrais. 
 
 
Figura 10 – Cóccix 
Fonte: http://www.auladeanatomia.com/ 
http://2.bp.blogspot.com/
http://www.auladeanatomia.com/
17 
 
3 ARTICULAÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL 
 
 As articulações da coluna vertebral consistem em uma série de articulações 
semi-móveis entre os corpos vertebrais e outra série de articulações de movimentos 
livres entre os arcos vertebrais. Entre os corpos vertebrais existe um pequeno 
movimento de deslizamento de um corpo vertebral sobre o outro através do disco 
intervertebral. 
 
Os ligamentos são pequenas estruturas compostas de tecido fibroso que 
unem um ou mais ossos, dando segurança e estabilidade. Na coluna, eles unem 
uma vértebra com a outra fazendo parte do conjunto de estruturas que dão 
estabilidade. Essas estruturas são estáticas, ou seja, elas não se contraem ou se 
movimentam de forma voluntária. Os ligamentos não têm a capacidade de se 
contrair partindo de um comando do corpo, assim como fazem os músculos. 
 
 Unindo as vértebras existem três ligamentos importantes: 
 
 Ligamento longitudinal anterior: é um ligamento forte e largo que é 
composto por um tecido fibroso que se estende desde a Áxis até o Sacro. 
Serve para reforçar a estabilidade da coluna na sua porção anterior e 
encontra-se na linha média do corpo vertebral. 
 
 Ligamento longitudinal posterior: ligamento laminar que se localiza dentro 
do canal vertebral justaposto à porção posterior dos corpos vertebrais. 
 
 Ligamentos amarelos: expansões ligamentares que conectam a face 
anterior da lâmina superior com a face posterior da lâmina vertebral adjacente 
inferior. 
 
 
 
 
18 
 
3.1 ARTICULAÇÃO ATLANTOCCIPITAL 
 
 É a articulação que une o crânio com coluna vertebral. Ela ocorre entre as 
faces articulares superiores do Atlas e o côndilo do occipital, sendo uma articulação 
sinovial condilar. Permite a flexão e a extensão e um diminuto movimento de 
lateralidade. 
 
 
3.2 ARTICULAÇÃO ATLANTOAXIAL 
 
 É a articulação entre a Atlas e a Áxis, ocorre em dois pontos: entre a Atlas e o 
dente da Áxis e entre os processos articulares dos dois ossos. 
 
Articulação atlantoaxial mediana 
 
Entre o dente da Áxis e o anel formado pelo arco anterior da Atlas e o 
ligamento transverso, havendo duas cavidades sinoviais: uma entre a face posterior 
do arco anterior da Atlas e o dente da Áxis e outra entre o ligamento transverso e 
face articular posterior do dente da Áxis. Trata-se de uma articulação sinovial 
trocóide que permite a rotação lateral e medial do Atlas e com ele o crânio, a 
extensão desse movimento é limitada pelos ligamentos alares. 
 
Articulação atlantoaxial lateral 
 
 Encontra-se entre as faces articulares superiores da Áxis e as faces 
articulares inferiores da Atlas, é uma articulação sinovial plana que permite um 
pequeno deslizamento da Atlas e com ele o crânio sobre a Áxis. 
Os ligamentos dessas articulações são: 
 
Ligamentos alares: Os ligamentos alares têm o aspecto de corda e se originam das 
partes laterais do dento da Áxis indo fixar-se nas faces mediais do côndilo do 
occipital. 
 
19 
 
Ligamento atlantoaxial anterior: fixado à borda inferior do arco anterior da Atlas e 
à face ventral do corpo da Áxis. 
 
Ligamento atlantoaxial posterior: é mais delgado que o anterior e estende-se do 
arco posterior do Atlas às laminas da Áxis, substituindo o ligamento amarelo. 
Ligamento transverso: fixa o dente da Áxis ao arco anterior da Atlas, vai de uma 
face medial da massa lateral do Atlas à outra. 
 
 
3.3 ARTICULAÇÕES INTERVERTEBRAIS 
 
 São constituídas de uma série de sínfises entre os corpos vertebrais e uma 
série de ligações entre os arcos vertebrais. Durante essas articulações a 
superposição dos forames vertebrais forma o canal vertebral por onde passa a 
medula espinhal e as superposições das incisuras vertebrais formam os forames 
intervertebrais, por onde passam os nervos espinhais. As vértebras se articulam por 
dois meios, através dos corpos vertebrais e através dos arcos vertebrais. 
 
 
3.4 ARTICULAÇÕES ENTRE CORPOS VERTEBRAIS 
 
 Também conhecidas como articulação intersomática ou intercorpórea, 
apresentam os corpos intervertebrais adjacentes mantidos unidos por ligamentos 
longitudinais e por discos intervertebrais. 
 
 
3.4.1 Discos Intervertebrais 
 
 Os discos são estruturas cartilaginosas de pouca circulação sanguínea. Seus 
tamanhos, espessuras e formatos variam, ou seja, suas características são 
diferentes de acordo com o segmento vertebral. É a estrutura mais afetada da 
coluna vertebral. 
20 
 
Os 23 discos estão localizados entre as vértebras. Eles se conectam com as 
vértebras por meio das placas terminais. Essas placas têm um papel fundamental 
com o envelhecimento e o desgaste dos discos e vértebras. 
 
Os discos formam cerca um quarto do comprimento total da coluna. Desta 
forma, o envelhecimento e a desidratação dessas estruturas anatômicas irão 
provocar diminuição na estatura dos idosos. O disco é constituído na sua periferia 
por um anel fibroso e, na sua parte interna, por uma estrutura branca, brilhante e 
semi-gelatinosa chamada de núcleo pulposo. 
 
 
Figura 11 - Disco Intervertebral 
Fonte: http://www.livroherniadedisco.com.br/ 
 
A porção externa do anel fibroso é constituída de 10a 12 lamelas 
concêntricas de fibras colágenas, organizadas em forma de espiral, num ângulo de 
65 graus com a vertical. A o interior é constituído por uma camada fibrocartilagínea. 
O núcleo pulposo consiste de um núcleo central de matriz de proteoglicanos bem 
hidratada. Esse alto conteúdo de água é máximo ao nascimento e diminui com a 
idade, possuindo um ritmo nictemeral, diminuindo o conteúdo aquoso durante o dia 
(variação de 1 a 2 cm na altura do disco). Com o avançar da idade, todo o disco 
tende a ficar fibrocartilagíneo, adelgaçando-se e sofrendo fissuras. 
 
 
 
 
http://www.livroherniadedisco.com.br/
21 
 
Funções 
 
Anel Fibroso 
 Ajuda a estabilizar os corpos vertebrais adjacentes; 
 Permite o movimento entre os corpos vertebrais; 
 Atua como ligamento acessório; 
 Retém o núcleo pulposo em sua posição; 
 Funciona como amortecedor de forças. 
 
Núcleo Pulposo 
 Funciona como mecanismo de absorção de forças; 
 Troca líquido entre o disco e capilares vertebrais; 
 Funciona como um eixo vertical de movimento entre duas vértebras. 
 
As estruturas que unem os corpos vertebrais são: 
 
Ligamento longitudinal anterior: é uma forte faixa fibrosa que une as faces antero 
laterais dos corpos vertebrais e dos discos intervertebrais. Ele mantém a 
estabilidade da coluna vertebral e ajuda a impedir a sua hiperextensão. 
 
Ligamento longitudinal posterior: é mais estreito e mais fraco que o ligamento 
longitudinal anterior, estende-se ao longo da face dorsal dos corpos vertebrais e 
discos intervertebrais dentro do canal vertebral desde a Áxis até o sacro. Ajuda a 
impedir a hiperflexão da coluna vertebral. 
 
 
3.5 ARTICULAÇÕES DOS ARCOS VERTEBRAIS 
 
 São articulações sinoviais planas entre os processos articulares dos arcos 
vertebrais. A dimensão do movimento é determinada pelo tamanho do disco 
22 
 
intervertebral, quando maior o disco menor o movimento. As laminas, os processos 
espinhosos, e os processos transversos são unidos por ligamentos, que são: 
 
Ligamento amarelo ou flavo: une as laminas das vértebras vizinhas, formando 
parte da parede posterior do canal vertebral. Está presente desde a Áxis até o 
Sacro. 
 
Ligamento interespinhal: é fino e conecta os processos espinhosos adjacentes, 
fixando-se da raiz ao ápice de cada processo espinhoso. 
 
Ligamento nucal: é uma membrana fibrosa que, no pescoço, representa o 
ligamento supra-espinhal. Estende-se da protuberância occipital externa e linha 
mediana da nuca ao processo espinhoso da sétima vértebra cervical. 
 
Ligamento supra-espinhal: assemelha-se a um cordão e reúne os ápices dos 
processos espinhosos desde a sétima vértebra cervical até o Sacro, fundindo-se 
superiormente com ligamento nucal. 
 
Ligamento intertransversário: une os processos transversos adjacentes. Na região 
cervical apresenta-se composto por fibras espalhadas, na região torácica são 
cordões fibrosos e na região lombar são finos e membranáceos. 
 
 
3.6 ARTICULAÇÃO LOMBROSACRAL 
 
 É uma anfiartrose do tipo sínfise formada por disco intervertebral entre seus 
corpos e sinovial (diartrose) plana entre suas faces articulares. Nessa articulação 
também encontramos o ligamento amarelo (unindo as laminas da quinta vértebra 
lombar com as laminas da primeira vértebra sacral), o ligamento longitudinal anterior 
e posterior, e os ligamentos supra e inter-espinhais. 
 
Além desses citados há um ligamento particular, o íliolombar. Ele insere-se 
cranialmente no processo transverso da quinta vértebra lombar e distalmente por 
23 
 
dois feixes: um que se dirigi para a base do Sacro unindo-se ao ligamento sacro-
ilíaco ventral e outro que se insere na crista ilíaca, imediatamente adiante à 
articulação sacroilíaca. 
 
 
3.7 ARTICULAÇÃO SACROILÍACA 
 
 É uma articulação distinta das demais, adaptada par suportar o peso da maior 
parte do corpo. Ela apresenta características de uma articulação sinovial (diartrose) 
como cápsula articular e liquido sinovial e características de uma anfiartrose, pois 
possui fibrocartilagem unindo as faces auriculares dos dois ossos. Por essa razão é 
classificada como diartroanfiartrose. Os ligamentos que unem esses ossos são: 
Ligamento sacroilíaco ventral: une a face ventral da parte lateral do Sacro à borda 
anterior da face auricular do Ílio Ligamento sacroilíaco dorsal: é o mais forte dos 
ligamentos entre esses ossos e está situado em uma depressão entre o Sacro e o 
Ílio. Ligamento interrósseo: reúne as faces auriculares do Sacro e do Ílio, se 
encontra entre os ligamentos sacroilíacos ventrais e dorsais. 
 
 
3.8 ARTICULAÇÃO SACROCOCCÍGEA 
 
 Possui um disco intervertebral unindo o ápice do Sacro ao corpo da primeira 
vértebra coccígea, sendo classificada como anfiartrose do tipo sínfise. Possui 
apenas dois ligamentos muito semelhantes aos ligamentos longitudinais: o ligamento 
sacrococcígeo anterior e o sacrococcígeo posterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
4 FISIOLOGIA DA COLUNA VERTEBRAL 
 
 A coluna vertebral possui quatro curvas fisiológicas: curva cervical com 7 
vértebras, a dorsal com 12, a lombar com 5, a sacra com 5, e a coccígena variando 
de 3 a 4 estruturas. Esse conjunto de curvas complementa umas as outras, sendo a 
lordose e a cifose, auxiliando na descarga do peso corporal. Se não existissem 
essas curvaturas, a base da coluna lombar suportaria pressões de até 1.000 Kg num 
homem de 70 Kg na posição sentada. As forças se concentram numa pequena 
superfície vertebral na região lombar e por esse motivo exercem essa grande 
pressão de carga. 
 
A coluna vertebral, no sentido antero-posterior, é formada por uma estrutura 
reta por aposição das estruturas vertebrais. Vista perfil, apresenta curvas lordóticas, 
cifóticas, rígidas, semi-rígidas e móveis. As estruturas móveis são as curvas dos 
segmentos cervical e lombar. São móveis por serem livres de fixação óssea, tendo a 
sua estabilidade apenas pelas inserções das estruturas ligamentares e musculares. 
Sua estabilidade depende da vitalidade dos elementos ligamentares e musculares. 
 
 
Figura 12 - Curvaturas da coluna vertebral 
Fonte: http://www.todamateria.com.br/ 
 
 A coluna vertebral tem duas funções básicas. A primeira serve como eixo de 
sustentação da estrutura corporal. Para agilizar os movimentos, o corpo realiza 
complexos movimentos de flexão e extensão em sentido antero-posterior, como no 
25 
 
sentido lateral e rotacional. Para que esses movimentos se realizem, verifica-se um 
deslocamento menor na porção anterior e um deslocamento intervertebral mais 
amplo na região posterior, onde localizam-se as apófises articulares, apófises 
transversas e posteriores. 
 
 A segunda função da coluna vertebral está relacionada com a condução das 
estruturas nervosas através do canal vertebral e dos forames intervertebrais. A 
estrutura medular nervosa estende-se desde C1 até L1. A partir desta, temos o filum 
terminal, que se compõem do final da medula e estende-se com a cauda equina 
composta pelas raízes nervosas lombares e sacras. 
 
 A porção anterior ramifica-se no interior da musculatura eretora da coluna e 
transmite estímulos para a sua contração. A porção anterior da coluna vertebral tem 
como função principal a recepção de cargas corporais. As mesmas se transmitem 
através do disco que quando íntegro e hidratado, pode receber pressões equivalente 
a 600 Kg força na região lombar. Na posição sentada, executando movimentos de 
carga, as pressões num homem de 70Kg chegam a 300 Kg. 
 
 O mecanismo de suporte de cargas, a partir da ruptura do disco vertebral, é 
totalmente estabilizado. O mesmo, uma vez rompido, não tem poder de cicatrização 
pela ausência de circulação sanguínea. Portanto, uma vez que o disco intervertebral 
rompa, fica comprometida a estabilidade da unidade funcional e progressivamente 
reduz a sua capacidade de suportar cargas de pressão. Este mecanismo semanifesta ao indivíduo na forma de cansaço, dores regionais segmentares no tronco 
ou dores irradiadas para os membros que se manifestam pelo processo inflamatório 
radicular. 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
5 RAIO - X – INDICAÇÃO E CONTRA INDICAÇÃO 
 
 O Raio-x é um exame de imagens que possuí uma ampla variedade de 
indicações para os mais variados diagnósticos. Esse exame pode ser contrastado ou 
não. A radiografia é uma das primeiras ferramentas de verificação solicitada pelos 
médicos, por ser um modo mais rápido, barato e pouco invasivo. Serve de exame 
base para descartar possíveis complicações e ser chave para a decisão da 
solicitação de uma tomografia computadorizada ou ressonância magnética. 
 
Principais indicações para o RX: 
 
 Fraturas ósseas; 
 Tumores ósseos; 
 Distúrbios de crescimento e postura; 
 Possibilita o estudo das articulações/ artrose; 
 Pneumonia; 
 Nódulos pulmonares Derrames pleurais; Sinusites; 
 Acompanhamento da idade óssea; 
 Hérnia de disco. 
 
 Em geral não há contra indicações para radiografias que não necessitem de 
contrate, porém apenas mulheres grávidas devem evitar para proteger o feto. 
 
 Existem exames que necessitam do uso de contraste para visualizar melhor a 
região. Pacientes com hipersensibilidade, hipertireoidismo e insuficiência renal não 
podem realizar. 
 
 Apesar de não haver muitas contra indicações, o uso do RX deve ser feito 
com consciência, já que se trata de radiação ionizante e pode causar danos 
biológicos. 
 
 O paciente e a máquina que irá fazer o exame são posicionados de acordo 
com o local do corpo a ser examinado. O técnico que realiza o procedimento dá 
27 
 
orientações ao paciente sobre o que fazer antes, durante e depois do exame 
posição por alguns segundos, para o melhor registro da imagem. 
 
 Dependendo do local do exame é necessário tirar a roupa e acessórios 
(brincos, piercings, relógio, colar, etc.) que possam bloquear a passagem dos raios 
X e interferir na precisão do exame. Grávidas devem informar seu estado para 
receber a proteção adequada ao feto durante o exame. 
 
 Antes de realizar o exame o Técnico preenche a anamnese com informações 
do paciente e de sua patologia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
6 HÉRNIA DE DISCO 
 
 Primeiramente, a palavra hérnia significa projeção ou saída através de uma 
fissura de uma estrutura contida. A hérnia de disco ocorre nos discos intervertebrais 
da coluna vertebral, que se localizam entre uma vértebra e outra. 
 
 Entre as vértebras cervicais, torácicas e lombares localizam-se os discos 
intervertebrais, que são estruturas cilíndricas, formadas por um anel fibroso (ânulo) 
na sua parte externa e na sua parte externa por uma porção gelatinosa (núcleo 
pulposo). A função desses discos é amortecer o impacto, absorver choques e evitar 
o atrito entre uma vértebra e outra. Portanto, por se tratar de hérnia, a hérnia de 
disco é a saída do líquido pulposo através de uma fissura no anel fibroso. 
 
 Os discos desgastam-se com o tempo, com o uso repetitivo e inadequado. 
Sendo que nessas situações podem ocorrer as hérnias de disco. Os problemas mais 
comuns acometem a coluna lombar e cervical, pois são áreas expostas a maiores 
movimentos e cargas. A faixa etária mais predisposta à hérnia de disco vai dos 25 
anos aos 45 anos. Após estas idades a patologia sempre vem acompanhada de 
outra, como, por exemplo, bico de papagaio. 
 
 A extrusão do núcleo pulposo pode provocar uma compressão nas raízes 
nervosas correspondentes a hérnia de disco ou a protrusão. Esta compressão 
poderá causar os mais diversos sintomas. 
 
 A hérnia de disco ocorre quando parte de um disco intervertebral sai de sua 
posição normal e comprime as raízes dos nervos que se ramificam a partir da 
medula espinhal e que emergem da coluna espinhal, causando dores. 
 
 
 
 
29 
 
 
Figura 13 - Hérnia de disco 
Fonte: http://www.neurocirurgiabh.com.br/ 
 
 A patologia possui quatro fases de seu desenvolvimento: 
 
1ª Abaulamento Discal: Início a patologia. É quando o disco intervertebral, em 
virtude do envelhecimento e de outros fatores, como movimentos repetitivos, 
tabagismo e obesidade, começa a apresentar fissuras em suas fibras, levando o 
disco a forma de arco. 
 
2ª Protusão Discal: O abaulamento já é maior, podendo atingir até mesmo os 
nervos, a medula e o saco dural (canal medular). Nessa fase, normalmente tem 
início a degeneração discal. A doença está em estágio mais avançado. 
 
3ª Hérnia de Disco: É a fase onde ocorre a extrusão do disco intervertebral, já em 
estágio avançado de degeneração. O núcleo pulposo migra de sua posição normal 
no centro do disco para a periferia, levando à compressão das raízes nervosas e 
caracterizando a hérnia de disco. 
http://www.neurocirurgiabh.com.br/
30 
 
4ª Sequestro ou Fragmento: É quando a parte do disco que se encontrava extruso 
se separa do disco, comprometendo ainda mais as estruturas nervosas. Essa é a 
etapa mais rara, mas que dependendo da posição do fragmento pode gerar efeitos 
graves, sendo necessários tratamentos que promovam a descompressão das 
estruturas afetadas, retirando-se o fragmento da hérnia. 
 
 
Figura 14 - Fases hérnia de disco 
Fonte: http://www.contandovoceacredita.blogspot.com 
 
 
6.1 CAUSAS 
 
 Os discos são formados por um tecido cartilaginoso que tem a função de 
evitar o atrito entre as vértebras. A hérnia de disco acontece com o desgaste desses 
discos, causado pelo seu uso repetitivo. Na hérnia de disco, parte de um disco sai 
de sua posição normal e passa a comprimir as raízes dos nervos, causando pressão 
sobre elas e, consequentemente, dor. 
 
 Geralmente a predisposição genética tem a maior importância para o paciente 
vir a adquirir a hérnia de disco, seguindo de envelhecimento, sedentarismo, e 
tabagismo. O esforço físico inadequado como carregar e levantar muito peso pode 
comprometer a integridade dos discos. Má postura e obesidade também são fatores 
de risco. 
http://www.contandovoceacredita.blogspot.com/
31 
 
6.2 SINAIS E SINTOMAS 
 
 Uma pessoal pode possuir hérnia de disco e nem saber, porém na maioria 
das vezes o paciente que possui a patologia tem dores insuportáveis. O foco da dor 
apresenta-se mais concentrada na coluna cervical e lombar. 
 
Dentre os principais sintomas estão: 
 Dor nos braços ou nas pernas, dependendo do local onde está a hérnia. Se 
estiver na região lombar, as dores estarão mais localizadas nos membros 
inferiores. Se estiver na região cervical, as áreas mais afetadas por dores 
serão os membros superiores e os ombros; 
 Prostração e sensação de formigamento; 
 Sensação de fraqueza por causa dos músculos das costas atingidos pela 
hérnia de disco; 
 Nos casos mais graves, pode haver perda de força nas pernas e 
incontinência urinária. 
 
 
6.3 DIAGNÓSTICO 
 
 O diagnóstico pode ser feito clinicamente, levando em conta as características 
dos sintomas e o resultado do exame neurológico. 
 
 Exames como Raio-X, tomografia e ressonância magnética ajudam a 
determinar o tamanho da lesão e em que exata região da coluna está localizada. 
 
 
6.4 TRATAMENTO 
 
 Primeiramente o tratamento para a hérnia de fisco é um período curto de 
repouso, acompanhado de analgésicos e fisioterapia. A maioria das pessoas que 
segue esses tratamentos se recupera e retorna a suas atividades normais. Poucas 
32 
 
pessoas precisarão de mais tratamento, que pode incluir injeções de esteroides ou 
cirurgia. 
 
 As pessoas que sofreram um deslocamento de disco causado por lesão 
(como um acidente de carro ou levantamento de objeto pesado) receberão 
medicamentos anti-inflamatórios e drogas analgésicas do tipo narcóticas, se 
apresentarem dor forte nas costas e nas pernas. 
 
 Caso o paciente tenha espasmos nas costas, provavelmente receberá 
relaxantes musculares. Em raras ocasiões,podem ser receitados esteroides, tanto 
em comprimidos quanto diretamente no sangue por via intravenosa. 
 
 Os anti-inflamatórios são usados para controlar a dor a longo prazo, mas 
narcóticos podem ser receitados caso a dor não responda aos anti-inflamatórios. 
 
 Além disso, os fisioterapeutas mostrarão posições e exercícios para minimizar 
as dores causadas pela hérnia de disco. Entre as recomendações dos profissionais 
podem estar compressas com gelo ou calor, tração, ultrassons, estímulos elétricos e 
imobilização temporária do pescoço e da parte inferior das costas. 
 
 As injeções de esteroides na região da hérnia de disco podem ajudar a 
controlar a dor por vários meses. Essas injeções ajudam a reduzir o inchaço ao 
redor do disco e a aliviar muitos sintomas. As injeções espinhais normalmente são 
aplicadas no consultório médico, usando Raio-X ou fluoroscopia para localizar a 
área onde a injeção é necessária. 
 
 Em último caso, a cirurgia pode ser uma opção para os poucos pacientes 
cujos sintomas não desaparecem com outros tratamentos e ao longo do tempo. 
 
 
 
33 
 
7 RAIO – X NO DIÁGNÓSTICO DA HÉRNIA DE DISCO 
 
 O Raio–x é o método mais utilizado para a investigação inicial de um paciente 
com dor na coluna vertebral. Ele é um ótimo exame em uma primeira abordagem, 
demonstrando principalmente as estruturas ósseas. Não é o exame mais indicado 
para a hérnia de disco, porém é o primeiro exame solicitado antes de algo mais 
específico. A hérnia de disco apresenta-se na coluna cervical, torácica e lombar, 
sendo necessária a execução de exames de rotina para cada estrutura. 
 
 
7.1 ROTINA DE RAIO - X DA COLUNA CERVICAL 
 
 A rotina de Raio-x da coluna cervical é composta por: AP axial, perfil e 
transoral. Não necessitam preparo especial. O paciente não deve utilizar nenhum 
objeto de metal na região, para evitar artefatos. 
 
AP AXIAL 
 
 Filme 18x24 na longitudinal; 
 Posicionamento do paciente: Posicionar o paciente na posição deitada ou em pé 
com os braços ao lado. Coloque a cabeça na superfície da mesa, providenciando 
imobilização se for preciso; 
 Posicionamento das partes: 
 Alinhar o plano sagital médio ao RC da mesa ou bucky; 
 Ajustar a cabeça para que a linha do plano oclusal para a base do crânio 
esteja perpendicular à mesa ou bucky. A linha da ponta da mandíbula para a 
base do crânio deve estar paralela ao RC angulado; 
 Assegurar que não existe nenhuma rotação da cabeça ou tórax. 
 Raio central: 
 RC angulado 15º a 20º cefálico, para entrar no nível da margem inferior da 
tireóide para passar por C4; 
 Receptor da imagem centrado no RC; 
 DFOFI 100 cm. 
34 
 
 Colimação: Aplicar colimação fechada lateral para as bordas de tecido mole no 
pescoço. 
 Respiração: Suspender a respiração. 
 
 
Figura 15 - RX AP Axial Cervical 
Fonte: http://www.escuela.med.puc.cl/ 
 
PERFIL 
 
 Filme 18x24 longitudinal; 
 Posicionamento do paciente: Posicionar o paciente na posição perfil ortostático, 
ou seja, sentado ou em pé com o ombro encostado no receptor de imagem 
vertical; 
 Posicionamento das partes: 
 Alinhar o plano coronal médio ao RC e ao meio do bucky; 
 Centralizar o RI com o RC deve situar o topo do RI aproximadamente 2,5 cm 
acima do MAE; 
 Deprimir os ombros; 
 Pedir para o paciente relaxar e permanecer com os ombros para baixo e para 
frente o máximo que for possível; 
 Estender o queixo um pouco para frente. 
 Raio central: 
 RC perpendicular ao RI, direcionado horizontalmente para C4; 
 RI centralizado no RC; 
http://www.escuela.med.puc.cl/
35 
 
 DFOFI 100 cm. 
 Colimação: Fazer colimação dos quatro lados na área de interesse. 
 Respiração: Suspender respiração na expiração total. 
 
 
Figura 16 - RX Perfil Cervical 
Fonte: http:// www.bnwpix.com/ 
 
AP Transoral 
 
 Filme 18x24 transversal; 
 Posicionamento do paciente: Paciente em posição ortostática com a boca aberta; 
 Raio central: 
 Perpendicular no meio da boca; 
 DFOFI 100 cm. 
 Colimação: Colimar os quatro lados; 
 Respiração: Suspender respiração. 
 
http://www.bnwpix.com/
36 
 
 
Figura 17 – RX AP Transoral 
Fonte: http://www.w-radiologia.pt/ 
 
 
7.1.1 Hérnia de disco coluna cervical 
 
 A dor da hérnia da região do pescoço pode ser leve ou bem acentuada e 
pode irradiar para o braço até a mãe e os dedos. Alguns pacientes geralmente 
podem sentir câimbras, dormência e formigamento, e algumas posições ou 
movimentos do pescoço podem intensificar a dor e outras podem aliviá-la. Algumas 
vezes pode ser fortemente incapacitante, associada a espasmo muscular e 
agravada por qualquer tipo de movimento, por mínimo que seja. 
 
 A hérnia de disco na cervical por afetar alguns nervos e inclusivo comprimir a 
medula espinhal, sendo que a compreensão na medula pode causar fraqueza nos 4 
membros. O mais indicado para essa patologia da cervical é tratamento cirúrgico, 
que deve ser realizado rapidamente para evitar sequelas. A compreensão da medula 
pode evoluir para tetraplegia. 
 
 Além de afetar alguns nervos, as hérnias cervicais podem comprimir também 
a medula. Esta situação é bem pior, pois pode causar fraqueza nos 4 membros. 
Geralmente o tratamento é cirúrgico e a cirurgia tem que ser realizada rapidamente 
para evitar sequelas. A compressão da medula pode, eventualmente, evoluir para 
tetraplegia então a cirurgia tem que ser realizada rapidamente. O risco é grande, 
http://www.w-radiologia.pt/
37 
 
pois o neurocirurgião opera um disco que está em contato com a medula e ao 
mesmo tempo está deslocando. Mas, o paciente corre mais riscos da função 
medular deteriorar caso não seja operado, pois a tendência do edema é piorar. 
 
 Para verificar a hérnia de disco, apenas o Raio-x não é suficiente, pois não 
mostra a extensão da lesão, mas é o primeiro exame a ser solicitado, pela sua 
rapidez e para descartar outras complicações. 
 
 
Figura 18 - RX Suspeita hérnia de disco cervical 
Fonte: http://www.ctidor.com/ 
 
 As imagens acima apontam uma possível hérnia de disco. Quem poderá 
enxergar e verificar melhor a existência da patologia é o radiologista e se for 
confirmada a suspeita, um exame mais detalhado será pedido, como uma 
tomografia, por exemplo. 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.ctidor.com/
38 
 
7.2 ROTINA DE RAIO - X DA COLUNA TORÁCICA 
 
 A rotina de Raio-x da coluna torácica é composta por: AP e Perfil. Não 
necessitam preparo especial. O paciente não deve utilizar nenhum objeto de metal 
na região, para evitar artefatos. 
 
AP TORÁCICA 
 
 Filme 35x43 longitudinal; 
 Posicionamento do paciente: Posicionar o paciente com os braços para o lado e 
a cabeça sobre a mesa; 
 Posicionamento das partes: 
 Alinhar o plano sagital médio ao RC à linha da média da mesa; 
 Flexionar os joelhos e quadris para reduzir a curvatura torácica; 
 Garantir ausência de rotação da bacia ou tórax. 
 Raio central: 
 Raio perpendicular; 
 RC centrado à nível de T7; 
 Receptor da imagem centrado no RC; 
 DFOFI 100 cm. 
 Colimação: Colimar as margens laterais; 
 Respiração: Suspender a respiração na expiração. 
39 
 
 
Figura 19 - RX AP Torácica 
Fonte: http://www.eradiologia.wordpress.com/ 
 
PERFIL 
 
 Filme 35x43 longitudinal; 
 Posicionamento do paciente: Posicionar o paciente em posição lateral em 
decúbito, com a cabeça no travesseiro e joelhos flexionados; 
 Posicionamento das partes: 
 Alinhar a metade posterior do tórax ao RC ao meio da mesa; 
 Levantar os braços do paciente em ângulo reto em relação ao corpo, com os 
cotovelos flexionados; 
 Apoiar a cintura do paciente para que a coluna inteira esteja paralela à mesa; 
 Flexionar os quadris e os joelhos do paciente, com apoio entre os joelhos; 
 Garantir ausência de rotação dos ombros ou da bacia. 
 Raio central: 
 RC perpendicular ao eixo longo da coluna torácica; 
 RC centrado em T7; 
http://www.eradiologia.wordpress.com/40 
 
 DFOFI 100 cm. 
 Colimação: Colimar margens laterais; 
 Respiração: Usar a técnica de respiração ou suspender a respiração após a 
expiração total. 
 
 
Figura 20 - RX Perfil Torácica 
Fonte: http://www.moreirajr.com.br/ 
 
 
7.2.1 Hérnia de disco coluna torácica 
 
 A hérnia de disco torácica ocorre quando o disco intervertebral sofre uma 
ruptura na sua parte externa chamada de anel fibroso, permitindo que o material do 
seu interior saia e cause a compressão de alguma raiz torácica. A hérnia de disco 
torácica é mais rara em função da pouca mobilidade dessa região, pelo fato dessa 
região da coluna fazer parte da caixa torácica. O diagnóstico é realizado através da 
história clínica e pelos sintomas apresentados pelo paciente, em conjunto com 
exames complementares de Raio-x, tomografia computadorizada ou ressonância 
magnética. 
http://www.moreirajr.com.br/
41 
 
 Quando ocorrem os sintomas tendem a ser inespecíficos, incomodando 
durante muito tempo. Pode haver dor na parte superior ou inferior das costas, dor na 
região intercostal, dor abdominal com ou sem perda de sensibilidade ou no caso de 
compressão da medula espinhal dor em uma ou ambas as pernas, associada à 
fraqueza e diminuição da sensibilidade. O tratamento clinico é indicado na grande 
maioria dos casos a semelhança das colunas lombar e cervical. O tratamento 
cirúrgico em pouquíssimos casos. 
 
 
7.3 ROTINA DE RAIO-X DA COLUNA LOMBAR 
 
 A rotina de Raio-x da coluna lombar é composta por: AP, Perfil e Perfil L5-S1. 
As incidências de coluna lombar necessitam de preparo do paciente, ele deve ter 
feito uma dieta a base de líquidos e laxantes para melhor visualizar as estruturas. O 
paciente não deve utilizar nenhum objeto de metal na região, para evitar artefatos. 
 
AP LOMBAR 
 
 Filme 24x30 longitudinal; 
 Posição do paciente: O paciente deve estar em decúbito dorsal, com os joelhos 
flexionados e cabeça no travesseiro; 
 Posicionamento das partes: 
 Alinhar o plano sagital médio ao RC à linha média da mesa; 
 Colocar os braços ao lado ou sobre o tórax; 
 Garantir que não haja rotação do tronco ou bacia. 
 Raio central: 
 Perpendicular no final das costelas; 
 DFOFI 100 cm. 
 Colimação: Colimar as laterais; 
 Respiração: Suspender a respiração em expiração. 
 
 
42 
 
 
Figura 21 - RX AP Lombar 
Fonte: http://www.radioinmama.com.br/ 
 
PERFIL 
 
 Filme 24x30 longitudinal; 
 Posicionamento do paciente: O paciente deve estar em decúbito lateral perfeito, 
joelhos flexionados; 
 Posicionamento das partes: 
 Alinhar o plano coronal médio ao RC e à linha da mesa; 
 Garantir que o tronco e a bacia e o tronco estejam em uma posição de perfil 
verdadeiro. 
 Raio central: 
 Direcionar o RC perpendicular ao eixo longo da coluna; 
 DFOFI 100 cm. 
 Colimação: Nas laterais; 
 Respiração: Suspender a respiração na expiração. 
 
http://www.radioinmama.com.br/
43 
 
 
Figura 22 - RX Perfil Lombar 
Fonte: http://www.multimagemclinica.com.br/ 
 
PERFIL L5-S1 
 
 Filme 24x30 longitudinal; 
 Posicionamento do paciente: O paciente deve estar em decúbito lateral perfeito, 
joelhos flexionados; 
 Posicionamento das partes: 
 Alinhar o plano coronal médio ao RC e à linha da mesa; 
 Garantir que o tronco e a bacia e o tronco estejam em uma posição de perfil 
verdadeiro. 
 Raio central: 
 RC 8º caudal; 
 Centralizar o RC 4 cm inferior às cristas ilíacas e 5 cm posterior à EIAS; 
 DFOFI 100 cm. 
 Colimação: Colimar os 4 lados; 
 Respiração: Suspender a respiração. 
http://www.multimagemclinica.com.br/
44 
 
 
Figura 23 - RX Perfil Lombar L5-S1 
Fonte: http://www. drigorduarte.no.comunidades.net/ 
 
 
7.3.1 Hérnia de disco coluna lombar 
 
 A coluna lombar é uma parte importante da espinha, pois oferece mobilidade 
e força. A mobilidade da coluna lombar permite os movimentos de girar, rodar ou 
abaixar e a sua força permite o ser humano ficar de pé e andar, além de levantar e 
carregar coisas. 
 
 Dor na coluna lombar pode restringir as atividades e reduzir a capacidade de 
trabalho e a qualidade de vida. Às vezes o material gelatinoso do disco desloca-se 
de sua posição normal. Se o disco toca e pressiona uma raiz nervosa a pessoa 
sente dor em uma das pernas (dor ciática). Ocasionalmente a dor pode irradiar para 
as duas pernas. A hérnia de disco lombar é um problema na coluna vertebral que 
felizmente tem cura. 
 
45 
 
 O sintoma inicial da patologia em si é a dor na lombar. A dor pode localizar-
se em região específica, mas também pode ser vaga e difusa, leve e imprecisa. Na 
maioria das vezes ela melhora com o repouso. 
 
 Algumas vezes pode ser fortemente incapacitante, associada a espasmo 
muscular e agravada por qualquer tipo de movimento. Esta dor está, a princípio, 
relacionada ao início da formação de uma hérnia quando há rompimento de fibras do 
ânulo fibroso. 
 
 Em geral, a pessoa experimenta algum alívio depois de alguns dias ou 
semanas. Posteriormente, pode surgir uma dor quase que constante com irradiação 
para uma ou até para as duas pernas. 
 
 As regiões acometidas tipicamente são a nádega e parte posterior ou lateral 
da coxa e perna. Essa dor tem o nome de dor ciática ou, simplesmente, "ciática". Ela 
aparece quando há algum comprometimento do nervo ciático, como uma inflamação 
do nervo ciático. 
 
 A dor ciática é o sintoma mais característico de uma hérnia de disco lombar, 
entretanto ela pode aparecer em qualquer situação que cause problema ao nervo 
ciático. 
 
 Geralmente a ciática piora quando o paciente assenta, fica em pé ou anda, 
pois ocorre aumento da pressão sobre o disco e, consequentemente, maior 
deslocamento do nervo ciático. Nas situações em que ocorre elevação da pressão 
intra-abdominal (ao evacuar, tossir ou espirrar) há aumento da pressão da coluna 
vertebral sobre os discos e, consequentemente, intensificação da dor. Geralmente, 
ela é aliviada quando a pessoa se deita. Algumas pessoas ocasionalmente podem 
sentir câimbras, dormência e formigamento que irradiam até o pé. 
 
 
 
 
46 
 
8 A RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NO DIAGNÓSTICO DA HÉRNIA DE DISCO 
 
 A ressonância magnética é um método de diagnóstico por imagem que usa 
ondas de radiofrequência e um forte campo magnético para obter informações 
detalhadas dos órgãos e tecidos internos do corpo, sem a utilização de radiação 
ionizante. É um exame mais sensível para avaliar a coluna e articulações, pois 
permite obter imagens mais nítidas dos tecidos moles. 
 
 A Ressonância Magnética é o exame mais indicado para diagnosticar e 
visualizar a extensão da hérnia de disco. Ela é solicitada após o Raio-x e TC nos 
casos que precisam de uma avaliação mais aprofundada. 
 
 A Ressonância Magnética têm indicação no diagnóstico das hérnias de disco 
que tenham evolução atípica e nas de evolução insatisfatória quando sua causa não 
foi determinada após seis semanas de tratamento clínico, é método multiplanar que 
não utiliza radiação ionizante e com amplo campo de visão. Permite boa avaliação 
dos desarranjos discais e das alterações degenerativas. É útil na análise do 
conteúdo do canal vertebral, incluindo cone medular, raízes da cauda equina e 
medula óssea. De longe, é a melhor indicação para visualizar a hérnia disco. 
 
 Para a realização do exame com indicação de hérnia de disco, não é utilizado 
contraste. 
 
Alguns dados para o exame das aéreas com hérnia de disco: 
 
 Jejum de 4 horas; 
 O cabelo deve estar seco, sem creme, gel ou spray; 
 Chegar 30 minutos antes do exame; 
 Informar gestação e alergias, uso de dispositivo intra-uterino, laqueadura ou 
ligadura, portador de marcapasso cardíaco, válvula cardíaca, neuro ou bio-
estimulador, implante coclear, aparelho de surdez, placa ou clipe metálico no 
crânio, stent, se já trabalhou com equipamento que deixasse estilhaço 
metálico no corpo, se fez maquiagem definitivaou tatuagem há menos de três 
47 
 
messes em qualquer parte do corpo, piercing, se é portador de qualquer 
fragmento metálico no corpo, se possui pinos, parafusos, placas metálicas no 
corpo, prótese metálica e/ou cirurgias; 
 Pessoas com claustrofobia e que sofrem de movimentos involuntários 
poderão receber um anestésico para prevenir que se mexam e impossibilitem 
o exame; 
 O limite de peso para o exame é de 160 quilos; 
 A Ressonância é um procedimento barulhento. O paciente deve usar um 
protetor ou fone de ouvidos, geralmente oferecido pela instituição que faz o 
exame; 
 
8.1 PROCEDIMENTOS TÉCNICOS EM RESSONÂNCIA MAGNÉTICA 
 
 Preparação da sala 
 
 Nesta etapa é escolhido tipo de bobina adequada de acordo com o exame 
solicitado. Quanto menor a bobina, melhor a relação sinal-ruído. Bobinas de arranjo 
de fase apresentam maior ganho de sinal do que as bobinas de superfície. Os tipos 
de bobinas utilizadas são: bobinas de cabeça, de joelho, de ombro, de coluna 
cervical, de tórax, de superfície, entre outras. 
 
 Preparação do paciente 
 
 Retirar objetos de metal; 
 Trocar de roupa; 
 Verificar através da anamnese se o paciente possui alguma contra-indicação; 
 Verificar se o paciente possui próteses metálicas; 
 Se houve meio de contraste, puncionar o acesso venoso antes do exame. 
 
 Registro do paciente 
 
 O paciente é registrado no aparelho com os seus dados pessoais. 
 
48 
 
 Posicionamento do paciente 
 
 Ajustar da bobina na região a ser examinada; 
 O paciente é posicionado no equipamento; 
 O técnico deve orientar o paciente quanto ao posicionamento; 
 Orientar ao paciente quanto ao procedimento; 
 O paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal ou ventral; 
 A região em estudo deve ser alinhada ao isocentro do equipamento; 
 O paciente deve se manter imóvel durante todo o exame. 
 
 Programação 
 
 A aquisição das imagens é obtida através da programação que determina os 
três planos de corte: Coronal, sagital e axial. Nesta fase são escolhidos os 
protocolos disponíveis que ficam gravados no sistema (software) de aquisição de 
imagens no console do equipamento. Após esta etapa, são adquiridas as imagens. 
 
 
8.2 ROTINA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DA COLUNA CERVICAL 
 
Indicações 
 
 AACD ; 
 Cervicobraquialgia, Doença degenerativa , Dor cervical ; 
 Hérnia de disco / discopatia ; 
 Pós-operatório: doença degenerativa / hérnia de disco. 
 
Sem contraste 
Sequência 
 
 Sagital T1 FSE 
 Sagital T2 FSE 
49 
 
 Sagital T2 com fat sat 
 Axial T2 FSE 
 Axial T2* 
 
 
Figura 24 - Ressonância Cervical 
Fonte: http://ressonanciaitaqua.com.br/exames/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://ressonanciaitaqua.com.br/exames/
50 
 
 
Figura 25 - Ressonância Hérnia de Disco Cervical 
Fonte: http://www.fisioterapiaparatodos.com/p/nervo/tratamento-para-cervicobraquialgia/ 
 
 
8.3 ROTINA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DA COLUNA TORÁCICA 
 
Indicações 
 
 AACD ; 
 Cervicobraquialgia, Doença degenerativa , Dor cervical ; 
 Hérnia de disco / discopatia ; 
 Pós-operatório: doença degenerativa / hérnia de disco. 
 
Sem contraste 
Sequência 
 
 Sagital T1 FSE 
 Sagital T2 FSE 
http://www.fisioterapiaparatodos.com/p/nervo/tratamento-para-cervicobraquialgia/
51 
 
 Sagital T2 com fat sat 
 Axial T2 FSE 
 
 
Figura 26 - Ressonância Torácica 
Fonte: http://anatpat.unicamp.br/rpgppnet2b.html 
 
 
 
 
 
 
http://anatpat.unicamp.br/rpgppnet2b.html
52 
 
 
Figura 27 - Ressonância Hérnia de Disco Torácica 
Fonte: http://www.fisioterapiaparatodos.com/p/dor-nas-costas-e-escapular/ 
 
 
8.4 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DA COLUNA LOMBAR 
 
Indicações 
 
 AACD ; 
 Lombociatalgia ; 
 Doença degenerativa ; 
 Dor lombar ; 
 Hérnia de disco / discopatia ; 
 Pós-operatório: doença degenerativa / hérnia de disco. 
http://www.fisioterapiaparatodos.com/p/dor-nas-costas-e-escapular/
53 
 
Sem contraste 
 
Sequência 
 
 Sagital T1 FSE 
 Sagital T2 FSE 
 Coronal T2 FSE com fat sat FOV maior, incluindo desde T10 até os 
trocânteres menores Posteriormente cobrindo até o final dos processos 
espinhosos vertebrais 
 Axial T1 FSE 
 Axial T2 FSE 
 
 
Figura 28 - Ressonância Hérnia de Disco Lombar 
Fonte: http://www.neurocirugiabarcelona.com/patologias/hernia-discal-lumbar 
 
54 
 
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Ao longo desse presente trabalho, verificou-se o quanto uma patalogia da 
coluna vertebral pode ser grave e influenciar no dia-a-dia das pessoas. Uma hérnia 
de disco pode se desenvolver lentamente com a má postura, por exemplo, e causar 
fortes dores e dificuldade de locomoção, afetando na qualidade de vida do paciente. 
 
 Os exames de diagnóstico por imagem são muito importantes nesse meio 
para auxiliar a medicina a diagnosticar tais problemas da coluna e na escolha do 
pré-tratamento e pós-tratamento adequado. 
 
 O Raio-x é um revolução no diagnóstico de tais patologias, pois além de ser 
simples é um meio de averiguação mais barato, sendo sempre o primeiro exame a 
ser solicitado quando há algo de errado na coluna. 
 
 A Ressonância é um exame mais avanço, porém essencial para caminhar ao 
lado do Raio-x na averiguação da hérnia de disco. Como a Ressonância Magnética 
é possível ir mais longe e visualizar as partes moles e músculos dos seres humanos, 
sendo assim possível trabalhar no diagnóstico de extensões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
55 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
BONTRAGER, Kenneth. Tratamento de Posicionamento Radiográfico e 
Anatomia. 7 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. 
 
 
QUINTANILHA, Antonio. Coluna Vertebral: segredos e mistérios da dor. Porto 
Alegre: AGE, 2002. 
 
 
PUDLES, Edson; DELFINO, Helton L.A. Coluna Vertebral: conceitos básicos. Porto 
Alegre: Artmed, 2014. 
 
 
ANATOMIA OLINE. Coluna Vertebral. Disponível em: 
<http://anatomiaonline.com/coluna-vertebral/>. Acesso em: 03 abr. 2016. 
 
 
HÉRNIA DE DISCO. Hérnia de disco. Disponível em: 
<http://www.herniadedisco.com.br/doencas-da-coluna/hernia-de-disco/>. Acesso em: 
07 abr. 2016. 
 
 
MINHA VIDA. Hérnia de disco. Disponível em: 
<http://www.minhavida.com.br/saude/temas/hernia-de-disco>. Acesso em: 07 abr. 
2016. 
 
 
NEUROCIRURGIA BH. Hérnia de disco. Disponível em: 
<http://www.neurocirurgiabh.com/coluna/hernia-de-disco/hernia-lombar.html>. 
Acesso em: 07 abr. 2016. 
 
 
SONITEC. Ressonância Magnética. Disponível em: 
<http://www.sonitec.com.br/exames-e-procedimentos/ressonancia-magnetica.html>. 
Acesso em: 14 abr. 2016. 
 
 
ABRAHAO RADIOLOGIA BLOGSPOT. Procedimento Técnicos em um Exame de 
Ressonância Magnética. Disponível em: <http://abrahao-
radiologia.blogspot.com.br/2012/03/procedimentos-tecnicos-em-um-exame-de.html>. 
Acesso em: 14 abr. 2016. 
 
 
IMAGENOLOGIA. Protocolos RM 2009. Disponível em: 
<http://www.imagenologia.com.br/pdf/protocolos-rm-2009.pdf>. Acesso em: 14 abr. 
2016. 
 
http://anatomiaonline.com/coluna-vertebral/

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