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Pilar Controle de Qualidade Pela Metodologia World Class Manufacturing (WCM) Em Uma Indústria Automobilística Pillar Quality Control By Methodology World Class Manufacturing (WCM) In A Automotive Industry Control de Calidad Pilar Por La Metodología World Class Manufacturing (WCM) En Una Industria Automóvil Hanah Ingred da Silva Costa1 Resumo: O World Class Manufacturing (WCM) ou Manufatura Classe Mundial surge como um novo modelo de gestão eficaz na eliminação de perdas e desperdícios com ganhos na eficiência operacional. Com o objetivo de identificar as práticas e métodos do WCM e o desenvolvimento do Pilar Controle de Qualidade foi realizado um estudo de caso em uma indústria automobilística, que iniciou a implantação do sistema no ano de 2007. Os resultados apresentados pela empresa evidenciam a efetividade e ganhos com a implantação da metodologia, mas também algumas dificuldades podem ser encontradas. Palavras-chave:World Class Manufacturing, Controle de Qualidade, Melhoria Contínua Abstract: The World Class Manufacturing (WCM) or World Class Manufacturing arises as an effective new management model in eliminating losses and waste with gains in operating efficiency. In order to identify the practices and methods of WCM and development of Pillar Quality Control was carried out a case study in an automobile industry, which started implementing the system in 2007.The results presented by the company highlighted the effectiveness and gains from the implementation of the methodology, but also some difficulties may be encountered. Keywords:World Class manufacturing, Quality Control, Continuous Improvement Resumen: La Manufactura de Clase Mundial (WCM) o World Class Manufacturing aparece como un modelo de gestión eficaz en la eliminar la pérdidas y los residuos con ganancias en eficiencia operativa.Con el fin de identificar las prácticas y métodos de WCM y el desarrollo del Control de Calidad Pilar fue realizado un estudio de caso en una industria automotriz, quien inició la implementación del sistema en 2007. Los resultados presentados por la empresa destacaron la eficacia y ganancias derivadas de la aplicación de la metodología, pero también algunas dificultades se pueden encontrar. Palavrasclave:World Class manufacturing, Control de Calidad, Mejora Continua 1 - Introdução No atual meio empresarial, em que a competição é cada vez maior, é de extrema importância à preocupação das empresas com a satisfação de seus clientes, a melhoria contínua de seus processos e produtos e, consequentemente, a obtenção de resultados extraordinários. Esses são desafios a serem vencidos diariamente pelas organizações, que precisam fabricar e fornecer com qualidade e ser produtivas e proativas. Isso está cada vez mais evidente diante das exigências do mercado e das necessidades das próprias organizações em gerar rentabilidade.Com a necessidade de se adequar as constantes transformações mercadológicas, aManufatura de Classe Mundial (World Class Manufacturing) surge 1 Graduando em Engenharia de Produção pela Faculdade Kennedy de Belo Horizonte. E-mail: hanahcmd@hotmail.com como uma metodologia eficaz na eliminação de perdas e vêm ganhando cada vez mais espaço dentro das organizações que buscam recursos mais eficientes para obter um nível de excelência em seus negócios. O WCM surgiu na década de 80 e reuniu os conceitos do Total Quality Control (TQC); Total Productive Maintenance (TPM); Total Industrial Engineering (TIE) eJust In Time (JIT). É composto por vinte pilares operativos e gerenciais que serão identificados ao longo deste trabalho. Dentre eles o Quality Control ou Pilar Controle Qualidade será foco de estudo. O Quality Controlé um pilar técnico do WCM que se propõe a obter produtos com zero defeito construindo a qualidade na parte interna do processo através de análise acurada da capacidade do processo e do controle apropriado do processo, com a utilização de uma série de ferramentas e métodos para identificação e priorização das anomalias, eliminação das causas raízes e alcance dos resultados de melhorias nos processos críticos. Com o objetivo de identificar as práticas de Manufatura do WCM empregadas na organização, bem como o desenvolvimento do Pilar Controle de Qualidade e suas principais ferramentas e métodos utilizados foi realizado um estudo de caso em uma indústria automobilística multinacional. Com isso, foi possível compreender os novos conceitos e modelos que esse sistema propõe que possam contribuir de uma forma mais eficiente e eficaz para a melhoria dos sistemas produtivos das organizações, bem como identificar dificuldades com a implantação desse novo modelo. 2 - World Class Manufacturing: Umaabordagemteórica Segundo Cortes (2010), Hayes e Wheelwright introduziram o termo Manufatura de Classe Mundial ao descrever as capacidades desenvolvidas por empresas japonesas e alemãs ao entrarem na concorrência por mercados de exportação. Em 1986, Schonberger utilizou o mesmo termo em seu livro World Class Manufacturing com uma abordagem mais forte, levando a ideia de que adotando práticas de Just-in-Time e Qualidade Total qualquer empresa poderia reduzir seus leads times(tempo de ciclo) e se tornar uma Manufatura de Classe Mundial. O WCM vem sendo adotado por pelas organizações para gestão dos negócios, sendo uma metodologia que visa desenvolver o sistema operativo da organização através do envolvimento de todas as pessoas em todos os níveis, através da aplicação com rigor das ferramentas e instrumentos, difusão e padronização dos resultados alcançados.Para Dr. Hajime Yamashina, Professor Emeritus, Kyoto university e membro do RSA (Royal Swedish Academy of Engineering Sciences), um dos maiores estudiosos do Toyota Production System (TPS) e principais difusores do WCM; “O sistema é muito simples, precisamos identificar qual é o problema, identificar qual é a sua perda, o método que será adotado e depois controlar os resultados. Esta é a base do WCM”. (YAMASHINA, 2010) O nível alcançado por cada empresa é certificado por especialistas externos e é obtido por meio da melhoria contínua do desempenho operacional e do envolvimento constante de todos os níveis das organizações (BORGES et al., 2013). A experiência adquirida por empresas, que conquistaram um nível de excelência em seus processos de fabricação criou uma filosofia de trabalho que se baseia no combate sistemático de cada tipo de desperdício e perda através da utilização rigorosa de métodos e padrões, envolvendo todas as pessoas, em busca de um melhoramento contínuo.Por intermédio dos vinte pilares, o programa WCM identifica as áreas de maiores perdas dentro da organização e as ataca visando eliminar qualquer tipo de desperdício. 2.1 Pilares do WCM O WCM é sustentado por dezpilares gerenciais e dez pilares operativos, conforme figura 1 abaixo, que separadamente possuem respectivas ações e condutas a serem seguidas por uma equipe de profissionais, relacionadas à segurança do ambiente de trabalho, à eliminação de desperdícios, à produção eficaz e eficiência dos equipamentos, à melhoria contínua dos processos, à qualidade, à logística, desenvolvimento de pessoas e cuidados com o meio ambiente. Os pilares operativos representam os aspectos relacionados à produção sobre os quais se estruturam uma Manufatura de Classe Mundial. Cada um desses pilares apresenta objetivos específicos a serem implementados pela organização para o desenvolvimento do sistema. Os pilares gerenciais, por sua vez, indicam o comprometimento que as pessoas e a organização devem aplicação do modelo para auxiliar a alcançar os objetivos dos pi (Cortes, 2010) Fonte: Apresentação WCM elaborada pela Empresa estudada, 2010. Até chegar a sua e promovidas pela Associação Mundial do WCM (associação que englobaas empresas que aplicam esse programa). O objetivo de todas as atividades de melhoria deve ser a obtenção de padrões de classe mundial. Isto significa que uma empresa pode competir no cenário mundial com o melhor dos melhores produtivos integrados e melhoria contínua objetivos e as colunas representam as áreas de atuação necessárias p manter o objetivo World Class Manufacturing desenvolvimento do sistema. Os pilares gerenciais, por sua vez, indicam o comprometimento que as pessoas e a organização devem aplicação do modelo para auxiliar a alcançar os objetivos dos pi (Cortes, 2010) Figura 1 Fonte: Apresentação WCM elaborada pela Empresa estudada, 2010. té chegar a sua estrutura atual, promovidas pela Associação Mundial do WCM (associação que engloba as empresas que aplicam esse programa). O objetivo de todas as atividades de melhoria deve ser a obtenção de padrões de classe mundial. Isto significa que uma presa pode competir no cenário mundial com o melhor dos melhores produtivos integrados e melhoria contínua objetivos e as colunas representam as áreas de atuação necessárias p manter o objetivo. Juntos, esses pilares, e seus instrumentos, buscam atingir o World Class Manufacturing. desenvolvimento do sistema. Os pilares gerenciais, por sua vez, indicam o comprometimento que as pessoas e a organização devem demonstrar durante a aplicação do modelo para auxiliar a alcançar os objetivos dos pilares operativos. 1 – Pilares do WCM Fonte: Apresentação WCM elaborada pela Empresa estudada, 2010. strutura atual, o WCM passou por diversas mudanças promovidas pela Associação Mundial do WCM (associação que engloba as empresas que aplicam esse programa). O objetivo de todas as atividades de melhoria deve ser a obtenção de padrões de classe mundial. Isto significa que uma presa pode competir no cenário mundial com o melhor dos melhores produtivos integrados e melhoria contínua. Os pilares servem como apoio a estes objetivos e as colunas representam as áreas de atuação necessárias p Juntos, esses pilares, e seus instrumentos, buscam atingir o desenvolvimento do sistema. Os pilares gerenciais, por sua vez, indicam o demonstrar durante a lares operativos. Fonte: Apresentação WCM elaborada pela Empresa estudada, 2010. passou por diversas mudanças promovidas pela Associação Mundial do WCM (associação que engloba as empresas que aplicam esse programa). O objetivo de todas as atividades de melhoria deve ser a obtenção de padrões de classe mundial. Isto significa que uma presa pode competir no cenário mundial com o melhor dos melhores em sistemas . Os pilares servem como apoio a estes objetivos e as colunas representam as áreas de atuação necessárias para atingir e Juntos, esses pilares, e seus instrumentos, buscam atingir o 2.2 Pilar Quality Control O objetivo do pilar Controle da Qualidade, objeto deste trabalho, é conscientizar sobre a importância da qualidade nas atividades, desenvolvendo produtos que sejam referência no mercado. “Todo processo produtivo está sujeito à defasagem com o passar do tempo e para que a produção caminhe sempre em perfeita harmonia, é fundamental que haja um acompanhamento constante através da análise do produto nos mínimos detalhes. ” (YAMASHINA, 2009) De acordo com a definição abordada na metodologia WCM, o pilar Controle de Qualidade, é formado por um conjunto de atividades que tem a função de definir as condições necessárias do processo, através do impedimento da produção de peças não conformes. Segundo Yamashina (2000), “para evitar a produção de peças não conformes, a empresa deve definir claramente as características especificas dos produtos e dos componentes. A não conformidade de um produto requer respostas rápidas, pois suas ocorrências impactam na diminuição do volume produtivo, causando a insatisfação do cliente, resultando em desperdícios de material, de energia e tempo. ”Para o autor, as empresas estão gastando mais recursos financeiros em retrabalhos do que na prevenção de produção de peças não conformes. 2.2.1 Atitudes e princípios do Quality Control A atitude fundamental do Quality Control é colocar a qualidade em primeiro lugar. Quality First(Qualidade Primeiro) significa colocar a qualidade acima de qualquer outra coisa para garantir produtos e serviços de qualidade, para que o cliente sinta atração para comprar e fique completamente satisfeito com a utilização. A estratégia Quality First na manufatura significa implementar e controlar os processos para eliminar os defeitos e criar produtos que funcionem do jeito mais próximo à perfeição. Outra importante atitude do Quality Control é considerar o processo como um cliente. The next process is your customer(O processo seguinte é o seu cliente), em nível operativo, significa passar nos sucessivos postos de trabalho somente produtos sem defeitos. Para alcançar esse objetivo, cada um deve executar suas tarefas de forma completa e apropriada, antes de passar seu trabalho à pessoa que estará no próximo posto de trabalho. As principais atenções necessárias, para agir como se o processo sucessivo fosse o próprio cliente são: pensar e agir sempre do ponto de vista do processo sucessivo; entender bem a função do próprio processo; estabelecer uma boa comunicação com o processo anterior e sucessivo; entender bem o processo sucessivo; trocar informações detalhadas através de umfeedback e um feed forward (“olhar para frente”); estabelecer padrões claros de aceitação ou recusa; e executar um minucioso controle autônomo. Sempre em conexão com o Quality Control existe a atitude relativa ao método PDCA, rodar o ciclo do PDCA, que consiste na múltipla repetição dos ciclos Plan (Planejar), Do (Fazer), Check (Checar) e Act (Agir). É necessário lembrar que o PDCA é um método para a realização dos planos de ação, cujas fases sucessivas são capazes de garantir eficiência e confiabilidade. Isso consiste em desenhar um plano, implementar, verificar os resultados e introduzir ações corretivas. Usar o PDCA como recurso, quer dizer alcançar um padrão, refletir sobre os resultados alcançados e introduzir ações de melhoramento posterior no modo de fazer as coisas.A sugestão é utilizar o ciclo PDCA como um recurso, nos vários Kaizen(melhorias), para atacar os defeitos cuja causa não pode ser individualizada com um só giro do PDCA, com a finalidade de reduzir progressivamente os defeitos até chegar a zero. 2.2.2 Para o controle focado do processo: Matriz Quality Assurance (QA) O pilar técnico Quality Control efetua uma mudança na lógica do controle: da medida de algumas características do produto (por exemplo, parâmetros dimensionais, barulhos, perdas de fluidos, etc.) em relação às condições do processo. A qualidade pode ser melhorada e mantida estável somente quando se vai à parte interna do processo produtivo, para individualizar as causas na origem e eliminá-las, não investindo somente nos controles / deliberações, que são evidentemente uma perda. É preciso também colocar as condições para que a causa na origem não apareça mais. Assim como bússola para individualizar as perdas e os ga instrumento que ajuda a individualizar os defeitos ma Assuranceou Garantia da Qualidade) geração da qualidade processo, colo 4M (Máquina, Material, Método, Mão QA tenta colocar em ordem de importância as várias anomalias utilizando como driver a frequência defeito) e o nível de gravidade do defeito que depende do momento no qual acontece a anomalia controle em UTE ao c correlação com as especificações do material, com os métodos de produção, com os conhecimentos da mão (4M). Essas correlações geram um conjunto de condições relativas ao pr evitar as anomalias. Fonte: Apresentação Assim como o Pilar Cost Deployment bússola para individualizar as perdas e os ga instrumento que ajuda a individualizaros defeitos ma ou Garantia da Qualidade) leva em consideração o processo i geração da qualidade na manufatura, e se propõe mapear o defeito sobre o processo, colocando-o no segmento de processo no qual é verificado e atribuindo 4M (Máquina, Material, Método, Mão-de- QA tenta colocar em ordem de importância as várias anomalias utilizando como frequência, o custo (custo da mão defeito) e o nível de gravidade do defeito que depende do momento no qual acontece a anomalia conforme figura 2 abaixo controle em UTE ao controle efetuado pelo cliente. correlação com as especificações do material, com os métodos de produção, com os conhecimentos da mão-de-obra e com as características das máquinas / processos (4M). Essas correlações geram um conjunto de condições relativas ao pr evitar as anomalias. Figura 2 – Exemplo de Matriz QA Fonte: Apresentação de projeto de qualidade Cost Deployment(Desdobramentos dos Custos) bússola para individualizar as perdas e os gastos de modo focado, a Matriz instrumento que ajuda a individualizar os defeitos mais sérios. A Matriz leva em consideração o processo i na manufatura, e se propõe mapear o defeito sobre o o no segmento de processo no qual é verificado e atribuindo - Obra) ao qual é correlacionado. A Matriz QA tenta colocar em ordem de importância as várias anomalias utilizando como sto da mão-de-obra e dos materiais para reparar o defeito) e o nível de gravidade do defeito que depende do momento no qual conforme figura 2 abaixo. A gravidade é crescente pelo ontrole efetuado pelo cliente. Sucessivamente, os defeitos têm correlação com as especificações do material, com os métodos de produção, com os obra e com as características das máquinas / processos (4M). Essas correlações geram um conjunto de condições relativas ao pr Exemplo de Matriz QA ualidade elaborada pela Empresa estudada, 2013 (Desdobramentos dos Custos) é a stos de modo focado, a Matriz QA é o is sérios. A Matriz QA (Quality leva em consideração o processo inteiro de na manufatura, e se propõe mapear o defeito sobre o o no segmento de processo no qual é verificado e atribuindo Obra) ao qual é correlacionado. A Matriz QA tenta colocar em ordem de importância as várias anomalias utilizando como obra e dos materiais para reparar o defeito) e o nível de gravidade do defeito que depende do momento no qual . A gravidade é crescente pelo ivamente, os defeitos têm correlação com as especificações do material, com os métodos de produção, com os obra e com as características das máquinas / processos (4M). Essas correlações geram um conjunto de condições relativas ao processo para rada pela Empresa estudada, 2013. A matriz deve coletar as principais não conformidades constantes nos relatórios de defeitos, vindo de todos os indicadores, especificando frequência, custos, gravidade, a fim de definir prioridades.O índice de prioridade é definido como: A x B x C x ΣD, sendo A: Frequência; B: Custo; C: Seriedade; ΣD: áreas nas quais o defeito é detectado como podemos ver no exemplo mostrado na figura 2 acima. Ao ser definido as prioridades para a planta e os processos críticos, com base no índice de prioridade deve-se analisar as causas, começando por uma análise 4M (máquina, método, mão de obra, material) e estimular as correlações (alta/média/baixa) entre 4M e defeitos, para definir o caminho certo a ser seguido: setesteps(passos)de solução de problemas versus setesteps (passos)de manutenção da qualidade. 3 - Estudo de Caso Para identificação das práticas da Manufatura de Classe Mundial focados no Pilar Qualidade, foi desenvolvido um estudo de caso em uma indústria automobilística de âmbito internacional, através de observações de campo, exemplos e experiências vividas na organização apoiados em análises bibliográficas principalmente àqueles internos da organização. O foco do estudo de caso será a observação do desenvolvimento do Pilar Qualidade, identificando a metodologia e os desdobramentos das práticas da gestão da qualidade sobre o conceito dos sete passos propostos por um dos principais difusores do WCM. Para demonstrar de forma clara os sete passos estabelecidos para alcançar os objetivos deste sistema de gestão da qualidade serão apresentadas as ferramentas da qualidade utilizadas e os novos conceitos e modelos que esse sistema propõe que possam contribuir de uma forma mais eficiente para a melhoria dos sistemas produtivos das organizações. 3.1 Descrição da Empresa A empresaé uma multinacional instaurada no Brasil no estado de Minas Gerais em 1973 centrada na montagem de automóveis. A empresa tem foco na satisfação do cliente, antecipando suas necessidades e superando expectativas. O contínuo aperfeiçoamento de produtos, processos e serviços, através das mais avançadas soluções tecnológicas, permite à empresa contribuir de forma efetiva para a competitividade de seus clientes e soluções para as necessidades da indústria. Soluções que nasceram de uma tecnologia de sucesso internacional, aperfeiçoada para atender as exigências do mercado brasileiro. O WCM surgiu para a empresa a partir da decisão do Grupo de aplicar o modelo em todas as suas empresas e difundir para os seus fornecedores. A implementação foi motivada para reduzir as perdas e os desperdícios oriundos da manufatura. Até então, o Grupo não possuía um sistema de gestão integrado na produção que permitisse comparar e nivelar a produção em escala mundial. Sua aplicação começou na matriz e chegou à planta brasileira em junho de 2007, após uma visita do professor Dr. Hajime Yamashina(auditor da metodologia no Grupo) e a designação de uma pessoa responsável por envolver o restante do Grupo. 3.2 Percurso de Implantação: Sete Passos do Controle de Qualidade O primeiro nível da análise permite estratificar todas as questões de qualidade em categorias 4M (Mão de Obra, Método, Material, Máquina) através de uma análise prévia do modo de falha do defeito. Cada categoria requer uma abordagem e ferramentas específicas para gerir o problema em questão. Os problemas relacionados à mão de obra, material e métodos seguem o método dos sete passos para o Problem Solvingou Solução de problemas. Já os problemas relacionados a máquinas seguem os sete passos do Quality Maintenance, ou Manutenção da Qualidade. O estudo teve foco nos setes passos da Manutenção da Qualidade, devido à 90% dos problemas enfrentados pela organização estarem relacionados a defeitos de máquinas, uma vez que grande parte do seu processo é automatizado. 3.2.1 Problem Solvingou Solução de Problemas Para cada M do Diagrama de Ishikawa relacionado ao Problem Solving identificados, a organização faz uso de algumas ferramentas como contramedidas bastante utilizadas e de fácil aplicação, que cumpre os setes passos da metodologia alcançando assim a eliminação das causas e a melhoria esperada. Uma ferramenta bastante eficaz para os problemas associados a falha ou comportamento humano (mão de obra) é o The Way to Teach People (TWTTP), traduzido como “O caminho para ensinar as pessoas”. É uma ferramenta utilizada para analisar a causa raiz (principal) de um erro e tomar as ações devidas a fim de eliminar os erros humanos do processo. A ficha de análise do erro humano é dividida em três partes: entrevista TWTTP para identificar a ausência ou não de conhecimento, detalhamento da causa da falta de conhecimento aplicado nos casos em que essa falta for identificada na primeira etapa e análise de outras causas possíveis realizada nos casos em que não for identificada a falta de conhecimento. As questões respondidas como “sim” na etapa 2 e 3 deve ser indicada uma ação sugerida como contramedida para eliminação da causa, podendo ser um envolvimento pessoal maior, treinamento técnico operacional, criação de uma instrução de trabalho (SOP) ou lição de umponto (OPL), poka yoke ou auxílio Visual, kaizen, desmembramento dos 5 sensos, manutenção autônoma, entre outros. Cada atividade deve sempre ser avaliada em termos de custo/benefício, ou seja, é preciso comparar os custos da ação com os benefícios que ela traz para a remoção das perdas evidenciadas no Cost Deployment(Desdobramento de Custos)e dos defeitos evidenciados na Matriz QA. As ferramentas utilizadas afim de eliminar as causas relacionadas aos métodos é a criação de ferramentas para instrução e melhor entendimento do trabalho a ser realizado pelo operador. Dentre essas ferramentas as mais utilizadas são: a SOP (Standard Operating Procedure ou Procedimento Operacional Padrão), que são procedimento operacionais padrões com descrição detalhada de todas as operações necessárias para a realização de uma atividade por meio de fotos ou vídeos, conforme modelo ilustrado abaixo; a lição de um ponto (OPL, One Point Lesson) que é uma técnica que consiste em facilitar a assimilação e prática de uma determinada atividade utilizando-se desenhos com descrições em apenas uma folha de papel; e o Poka Yokede origem japonesa, que é um dispositivo à prova de erros destinado a evitar a ocorrência de defeitos em processos de fabricação e/ou na utilização de produtos bloqueando e impedindo falhas. Os problemas derivados a matéria primas são direcionados os fornecedores através do Supply Quality Performance (SQP) que é um sistema Eletrônico, implantado em todos os pólos produtivos do grupo, como ferramenta para avaliar a performance qualitativa dos fornecimentos de materiais diretos. Esse sistema possibilita o monitoramento das não conformidades de fornecimento; o tratamento das anomalias (contenção ecorreção), bem como sua implementação e eficácia. 3.2.1Quality Maintenanceou Manutenção da Qualidade Os setes passos da Manutenção da Qualidade correspondem ao caminho para se atingir os objetivos do pilar voltados para os problemas associados a defeitos e falhas das máquinas. Os principais projetos da empresa, seguem os steps do Quality Maintenance para eliminação dos defeitos, uma vez que o processo é predominantemente automatizado constituindo as perdas esporádicas ou crônicas críticas ao processo: 1)Estudo das condições atuais: Nessa primeira etapa é importante esclarecer as relações entre as características de qualidade, equipamentos e os métodos operativos. Aqui utiliza-se as ferramentas FMEA (failure mode and effect analysis OU Análise dos Modos de Falhas e seus Efeitos) e a Matriz QA.Além disso, deve ser feita uma análise da Matriz C do Cost Deploymentde individualização das perdas de retrabalho e da distribuição das perdas de retrabalho sobre o processo/UTE (Unidade Tecnológica Elementar) e a coleta e análise dos indicadores de qualidade internos e externos da fábrica. Esse é o momento de detalhar a Matriz QA para conseguir individualizar o processo e a parte do processo mais crítica, ou seja, aquela que gera os defeitos prioritários e avaliar a influência dos parâmetros, condições e do método do equipamento na qualidade. 2) Restauração e melhoramento dos padrões operativos: Após a definição do defeito prioritário da Matriz QA, deve-se primeiro desenvolver a restauração das condições do equipamento fora da normalidade e intervir nos defeitos macroscópicos cujas causas podem ser identificadas mais facilmente.Para resolver um problema específico cujas causas são univocamente identificáveis, os instrumentos a ser utilizados em relação à complexidade do problema conforme Yamashina (2009), são: • 5G (Gemba - vá ao ponto; Gembutsu - verifique o fenômeno, o objeto; Genjitsu - verifique os fatos e os dados; Genri - refira-se à teoria; Gensoku - siga os padrões operativos): É um método que se baseia na observação dos fatos e no uso dos cincos sentidos. Deve ser efetuado na oficina, indo diretamente ver o fenômeno problemático onde isso acontece. Tem o objetivo de reestruturar as condições Standard de base e é um bom método para a solução de tipologias de perdas, esporádicas ou crônicas, simples e pode conduzir ao uso de instrumentos mais sofisticados. • 5W-1H (What (o quê) sobre qual objeto/produto se apontou o problema? When (quando) quando se verificou o problema? Where (onde) onde se viu o problema? Who (quem) O problema é correlato ao fator homem (nível de experiência)? Which (qual) qual andamento tem o problema? How(como) Como se apresentam as condições em relação à situação ideal?): É um instrumento que ajuda no recolhimento de todos os dados, os indícios, necessários para a solução de um problema através da especificação da causa origem; • 5 Whys: É um método que se propõe a apontar a verdadeira causa de um fenômeno perguntando se cinco vezes por que, de maneira repetitiva, baseando-se em cada por que presente na fase anterior. É um bom método para a solução de tipologias de perdas esporádicas, como os defeitos, mas não é eficaz para a solução das perdas crônicas, exceto aquelas que derivam de uma única causa. • Análise 4M (diagrama Espinha de Peixe ou Ishikawa): É um método que fornece um quadro para classificar as causas de determinado fenômeno, de acordo com o seu encaixe nessas quatro categorias: Man (Mão-de-obra), Material (materiais), Machine (máquinas), Method (método) e para identificar a causa mais provável do fenômeno. A aplicação do método 4 M deve seguir os seguintes steps: identificar as causas potenciais; unir as ideias para identificar as causas principais; unir para identificar as causas menores; criar o diagrama Espinha de peixe ou Ishikawa; desenvolver completamente o diagrama Espinha de peixe ou Ishikawa (verificação e confirmação das possíveis causas). • Quick Kaizen (Speedy Kaizen): Este método utiliza um ciclo de PDCA. Requer maiores detalhes dos instrumentos anteriores e pode se valer dos anteriores principalmente na fase de Plan (Planejar), devendo ser aplicado no caso de simples melhoramentos. Exatamente pela sua lógica, serve como um instrumento de envolvimento estendido às pessoas na solução dos problemas e representa um meio eficaz no desenvolvimento de um sistema de sugestões.Usa-se individualmente ou duas pessoas e se compõe por diferentes atividades por fase. Caso tenham sido restauradas todas as condições normais do equipamento e não encontrada nenhuma outra perda crônica e de causas mais complexas, deve-se pular a etapa 3 e 4 e avançar para etapa 5. A maioria dos projetos de qualidade da fábrica pesquisada identificavam as causas já na restauração dos padrões normais do equipamento sendo então causas esporádicas e de identificação fácil através das ferramentas citadas acima não sendo necessária análises de perdas crônicas. 3) Análise dos fatores de perda crônicas: nessa fase é realizada a análise das causas e efeitos dos defeitos crônicos. Esses são defeitos com soluções complexas que não foi possível achar soluções através da restauração dos padrões e foram identificadas as potenciais causas raízes nas análises realizadas pelas ferramentas 5W1H; 5WHY e 4M Analysis. Entre as potenciais causas raízes é necessário individualizar quais efetivamente têm um impacto sobre o defeito, e isso deve ser feito através de uma boa coleta de dados que evidencie também o nível de detalhe alcançado. 4) Redução e eliminação de todas as possíveis causas de perdas crônicas: corresponde a fase de ataque das principais causas dos defeitos crônicos. Com a implementação dos projetos do pilar técnico Focused Improvement(Melhoria Focada) como o Major Kaizen(Melhoria Principal) e o Advanced Kaizen(Melhoria Avançada), com a finalidade de resolver problemas de qualidade, depois de ter individualizado as causas raízes do defeito, é necessário eliminar todas as causas de perdas crônicas através da implementação das contramedidas identificadas. Isso pode ser rastreadona fase Do do ciclo PDCA. Contextualmente, é necessário ativar também a fase de Check para verificar que os resultados estejam em coerência com as expectativas. O Major Kaizen é um método que serve para abordar problemas complexos. Necessita de um time de pelo menos três/cinco pessoas oportunamente treinadas nessa metodologia. O processo a ser seguido para realizar um Major Kaizen é o PDCA, com mais profundidade. O Advanced Kaizen aborda problemas complexos e fornece soluções de melhorias profundas referentes, por exemplo, à tecnologia de processo. Entretanto, é preciso também considerar a presença dos defeitos cuja verdadeira causa raiz não se conhece, mas existe uma potencial lista de causas. Nesses casos, quando não é possível individualizar a causa origem com instrumentos simples, é necessário utilizar métodos mais avançados como o PPA (Processing Point Analysisou Análise de Processamento de um Ponto). O PPA é um método que tem como objetivo a restauração e à solução das perdas crônicas em sistemas complexos, em que não seja conhecida a relação causa-efeito entre os aspectos de controle do processo e efeitos sobre o produto. É um método de melhoria focada avançado, adequado para combater perdas que têm causas múltiplas e coligadas. Analisa o ponto de contato de um instrumento de trabalho sobre o objeto trabalhado (Processing Point), ou seja, o ponto em que ocorre uma interação física, a transformação, manual ou automatizada, que gera uma mudança no estado, tanto do produto quanto do material, estratificar nos mínimos detalhes. Os defeitos, de fato, se originam sempre que a interação não se realiza de maneira perfeita. Uma vez que foi individualizado um ponto do processo no qual é verificada uma não-conformidade que poderia ter um impacto no defeito de qualidade examinado, analisa-se todos os sistemas e os subsistemas que intervêm naquele ponto para controlar e, onde necessário, definir os padrões operativos de funcionamento. Para aqueles problemas de qualidade comprovadamente difícil de analisar mesmo com o PPA são aplicados o DOE (Design of Experimentou Planejamento de Experiência) e/ou os Taguchi Methods(Método Estatístico). Efetua- se a análise de variâncias para identificar a contribuição de cada fator. Para os principais fatores qualitativos se utiliza control chart para controlar a qualidade não dos resultados, mas das causas. A abordagem é passar de um sistema preventivo a um proativo. Mas antes de utilizar instrumentos mais avançados como PPA, DOE, etc., que são mais dispendiosos em termos de análises e recursos, é oportuno verificar se, com instrumentos mais simples, é possível resolver o problema. 5) Individualização das condições idôneas para zero defeitos: Quando se está na presença de atividades que têm um impacto sobre os equipamentos, é necessário definir as condições, entendidas como parâmetros operativos, que permitem evitar que o defeito aconteça de novo. Essas condições devem ter uma fácil visualização e manutenção. Para isso, deve-se criar padrões operativos do processo sobre a base de elementos de observação apropriados e definir as condições idôneas para zero defeito. As duas ferramentas utilizadas para garantir essas condições, são a Matriz QM e a Matriz X, introduzido assim o conceito das cinco condições/perguntas para zero defeitos.A Matriz X serve para ligar o fenômeno/defeito com as causas que o geraram e com os componentes do equipamento, que têm um impacto sobre a qualidade, e os relativos parâmetros operativos. Como pode ser visto na figura 4 abaixo, para cada componente são indicados os parâmetros a ser controlados com o valorpadrão (incluindo a possível tolerância) que cria as condições adequadas para zero defeito. Todos esses componentes devem estar apontados na Matriz QM. Figura 3 – Exemplo de Matriz X – Deformação no Revestimento Lateral de um veículo Fonte: Apresentação de projeto de qualidade elaborada pela Empresa estudada, 2013. X Base inferior Compensador X X Pisador Compensador X X Pisador Superfície de trabalho (Pisador) X X Base superior Cilindro de nitrogênio (Sistema) X X Base inferior Faca de flangear (carrinho) X X Base inferior Postiço (Superfície de trabalho) X CO NF ER IR A SS EN TA M EN TO C OM P EÇ A ES TA M PA DA , P AS TA D E AJ US TE 8 0% a 9 0% D E CO NT AT O CO NT RO LE V IS UA L CO M P EÇ A PA RA P IS AD OR CO RR ES PO ND EN TE À 8 0% - 90 % D A SU PE RF ÍC IE CO NT RO LA DA . FO LG A DA F AC A DE F LA NG EA R DE 0 ,4 0 A 0, 60 M M CO M A CA BA M EN TO P OL ID O PR ES SÃ O DE T RA BA LH O 80 A 1 00 K GF CO NT RO LE V IS UA L CO M P AS TA D E AJ US TE ≥ 5 0% D E CO NT AT O 4. P AR ÂM ET RO S/ CO ND IÇ ÕE S/ ES PE CI FI CA ÇÕ ES 2 . F EN ÔM EN O AN OR M AL De sl oc am en to d e m at er ia l X X X X X X REVESTIMENTO LATERAL SUPERIOR DIREITO PONTO B, OP. 50 ESTAMPO xxxxxxx 3. SISTEMA/COMPONENTES 1. TIPOS DE DEFEITO Deformação ocorrendo no lado esquerdo próximo ao vão da lanterna, devido ao deslocamento de material durante a flangeatura da aba no Revestimento Lateral Superior Direito SECTION Q COMPONENTS DEFECT MODES ABNORMAL PHENOMENON A Matriz QM (de Quality Maintenance, ou melhor, Manutenção para a Qualidade) é uma tabela que permite visualizar, para todos os parâmetros de funcionamento do equipamento, os valores nominais com as respectivas tolerâncias, os instrumentos de medida, o responsável pelo controle, a frequência, com o objetivo de garantir seu correto funcionamento. Como o respeito aos padrões operativos para cada um dos parâmetros é uma condição necessária para se obter um bom output, torna-se útil ter uma medida para que o equipamento trabalhe nas condições-padrão. Figura 4 – Exemplo de Matriz WM – Deformação no Revestimento Lateral de um veículo Fonte: Apresentação de projeto de qualidade elaborada pela Empresa estudada, 2013. A Matriz QM deve apresentar os dados no menor espaço possível e da forma mais clara possível, pois para cada parâmetro é preciso aplicar as cinco condições para zero defeitos. As cinco perguntas para zero defeitos (5 Question For Zero Defectou 5QFZD) é o instrumento que utiliza uma avaliação em três níveis (1,3,5) das condições adequadas para garantir o respeito dos padrões operativos para alcançar o zero defeito. 1. As condições estão claras? 1. Existem padrões definidos e compartilhados 3. Existe um método de controle 5. É simples ler e ver as condições MATRIZ QM Estampagem Lateral Sup. Direita ΑΛΤΟ MÉDIO BAIXO MÉDIO MÉDIO ALTO ALTO ALTO ALTO . L E G E N D A D E C O R R E L A Ç Ã O TIPO DE DEFEITO Deformação ocorrendo no lado esquerdo próximo ao vão da lanterna, devido ao deslocamento de material durante a flangeatura da aba no Revestimento Lateral Superior Direito SV-SMP-EST-122 SV-SMP-EST-122 SV-SMP-EST-133 SV-SMP-EST-120 SV-SMP-EST-127 SV-SMP-EST-197 Q POINT 6 6 22 23 14 32 RESPONSABILIDADE PM PM PM PM PM PM FREQUÊNCIA (GOLPES) 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 50.000 ESPECIFICAÇÃO ≥ 50% DE CONTATO ≥ 50% DE CONTATO 80% - 90% de contato 80 A 100 KgF 0,40 A 0,60mm 80% A 90% DE CONTATO MENSURAÇÃO PASTA DE AJUSTE PASTA DE AJUSTE PEÇA REPUXADA/ PASTA DE AJUSTE/ ESTECA MANÔMETRO DE NITROGÊNIO CANIVETE DE FOLGA PEÇA REPUXADA/ PASTA DE AJUSTE/ ESTECA PARÂMETROS CONTROLE VISUAL CONTROLE VISUAL CONTROLE VISUAL PRESSÃO DE TRABALHO FOLGA DA FACA DE FLANGEAR CONTROLE VISUAL (ASSENTAMENTO) COMPONENTES CO M PE NS AD OR ES CO M PE NS AD OR ES PI SA DO R CI LI ND RO S DE NI TR OG ÊN IO FA CA S DE C AL IB RA R / FL AN GE AR (C AR RI NH O) PO ST IÇ O BASE INFERIOR PISADOR PISADOR BASE SUPERIOR BASEINFERIOR BASE INFERIOR UTE SISTEMAS LMLM LM LM LM LMLM LM LM LM LM SA 2. É fácil apresentar corretamente as condições? 1. Dificuldade de apresentação falta de pontos de referência 3. Fac pontos de referência 5. Pré 3. As condições são variáveis? 1. Normal durante a produção 3. Só no momento do setup/start up 5. Em casos excepcionais 4. É fácil verificar a condição de variabilidade? Existe um sistema padrão de medição 5. É monitorada continuamente 5. É fácil restabelecer as condições? 1. Via pessoal especializado 3. Por meio de um operador instruído 5. Automaticamente Figura 5 – Exemplo da 5QFZD Fonte: Apresentação O alcance da pontuação máxima na avaliação das condições para zero defeito não significa que foialcançada uma eliminação que existem as melhores condições para que o processo permaneça dentro dos parâmetros estabelecidos. É necessário um controle posterior, feito com os instrumentos de medição dos defeitos, dentro ou fora do estabelecimento, par verificar se o defeito foi eliminado. 6) Manutenção das condições idôneas para zero defeitos: step é o controle do respeito aos padrões operativos. Essa atividade deve ser É fácil apresentar corretamente as condições? 1. Dificuldade de apresentação falta de pontos de referência 3. Fac pontos de referência 5. Pré-troca em automático As condições são variáveis? 1. Normal durante a produção 3. Só no momento do setup/start up 5. Em casos excepcionais É fácil verificar a condição de variabilidade? Existe um sistema padrão de medição 5. É monitorada continuamente É fácil restabelecer as condições? 1. Via pessoal especializado 3. Por meio de um operador instruído 5. Automaticamente xemplo da 5QFZD - Deformação no Fonte: Apresentação de projeto de qualidade O alcance da pontuação máxima na avaliação das condições para zero defeito não significa que foialcançada uma eliminação que existem as melhores condições para que o processo permaneça dentro dos parâmetros estabelecidos. É necessário um controle posterior, feito com os instrumentos de medição dos defeitos, dentro ou fora do estabelecimento, par verificar se o defeito foi eliminado. Manutenção das condições idôneas para zero defeitos: é o controle do respeito aos padrões operativos. Essa atividade deve ser É fácil apresentar corretamente as condições? 1. Dificuldade de apresentação falta de pontos de referência 3. Facilidade de regulamentação e presença de troca em automático As condições são variáveis? 1. Normal durante a produção 3. Só no momento do setup/start up 5. Em casos excepcionais É fácil verificar a condição de variabilidade? 1. É difícil verificar visualmente 3. Existe um sistema padrão de medição 5. É monitorada continuamente É fácil restabelecer as condições? 1. Via pessoal especializado 3. Por meio de um operador instruído 5. Automaticamente Deformação no Revestimento Lateral de um veículo de projeto de qualidade elaborada pela Empresa estudada, 2013. O alcance da pontuação máxima na avaliação das condições para zero defeito não significa que foialcançada uma eliminação total do defeito, mas somente que existem as melhores condições para que o processo permaneça dentro dos parâmetros estabelecidos. É necessário um controle posterior, feito com os instrumentos de medição dos defeitos, dentro ou fora do estabelecimento, par Manutenção das condições idôneas para zero defeitos: O objetivo desse é o controle do respeito aos padrões operativos. Essa atividade deve ser É fácil apresentar corretamente as condições? 1. Dificuldade de apresentação ilidade de regulamentação e presença de As condições são variáveis? 1. Normal durante a produção 3. Só no momento do 1. É difícil verificar visualmente 3. Existe um sistema padrão de medição 5. É monitorada continuamente É fácil restabelecer as condições? 1. Via pessoal especializado 3. Por meio de de um veículo rada pela Empresa estudada, 2013. O alcance da pontuação máxima na avaliação das condições para zero total do defeito, mas somente que existem as melhores condições para que o processo permaneça dentro dos parâmetros estabelecidos. É necessário um controle posterior, feito com os instrumentos de medição dos defeitos, dentro ou fora do estabelecimento, para O objetivo desse é o controle do respeito aos padrões operativos. Essa atividade deve ser inserida nos calendários de AM/PM, porquanto é responsabilidade dos condutores/técnicos de manutenção. Deve ser realizada inspeções cotidianas e de inspeções planejadas de acordo com os módulos-padrão de inspeção estabelecidos no step anterior. 7) Melhoramento dos métodos para as condições para zero defeitos: após o resultado obtido na avaliação das respostas às cinco condições para zero defeitos, no caso de não ter sido alcançada a máxima pontuação (25/25), a avaliação para melhora posterior das condições para zero defeitos é efetuada de acordo com uma análise custos/benefícios. 4 - Considerações e Discussões O WCM surgiu para a empresa a partir da decisão do grupo de aplicar o modelo de gestão integrado para reduzir as perdas e os desperdícios oriundos da manufatura.Na última auditoria externa, a empresa manteve a medalha de bronze, que representa o alcance de um nível considerável de redução de custos e a competência para atacar os maiores desperdícios e perdas identificados pelo Desdobramento de Custos, entretanto, ainda não corresponde ao objetivo da organização que é atingir a medalha de ouro. Para implementar o WCM, alguns aspectos relacionados à manufatura (como postos de trabalho, máquinas, layout, tipos de processos) e à mentalidade das pessoas (como visões, formas de controle, cultura) precisamser modificados. Além disso, é necessária uma grande carga de estudo e empenho por parte de todos os funcionários da empresa, principalmente pela alta direção. O processo engloba treinamentos em sala, no local de trabalho, em outras áreas por meio de Benchmarking(Comparação) e durante as auditorias. São notórias as mudanças e os ganhos que essa nova metodologia pode trazer para a organização. A utilização de um sistema integrado de gestão possibilita enxergar a organização de modo mais amplo. Ela permite a identificação de problemas que não eram vistos anteriormente em processos cruciais que acarretavam em grandes prejuízos, tanto em custos como em qualidade, satisfação dos empregados, segurança, ambiente e atendimento ao cliente. Contudo, verificou-se que, a implantação do sistema dentro da empresa estudada vem ocorrendo lentamente uma vez que fatores como a falta de conhecimento e experiência na metodologia, resistência às mudanças pelos funcionários, falta de conhecimento nas ferramentas disponíveis e a necessidade do envolvimento de toda a equipe dificultam a evolução e expansão dos trabalhos. Em qualidade, isso pôde ser evidenciado pela existência de poucos projetos de alta complexidade, como o PPA, Processing Point Analysis e o DOE (Design of Experiment) e/ou os Taguchi Methods, que exige um conhecimento mais apropriado e elevado dos métodos e ferramentas. Os trabalhos ficam restritos as restaurações das condições atuais anormais do que na profunda análise das perdas crônicas que de fato estão prejudicando o processo. É necessário um alto investimento em treinamento do pessoal e envolvimento nas práticas do WCM. Os esforços da alta administração para corrigir conceitos incorretos e promover a mudança cultural na prática sobre a metodologia, podem determinar a minimização das dificuldades e evitar o fracasso dos programas de melhoria implantados na organização. Mudança de uma cultura da magnitude necessária para se tornar uma Manufatura de Classe Mundial, não é uma tarefa fácil ou rápido. 5 - Conclusão As organizações, nos anos mais recentes, têm sofrido grandes mudanças sociais e políticas. Estas transformaçõessociais, políticas e econômicas constituemum cenário desafiante para a competitividade entre as empresas. Para vencer essesdesafios, e criar vantagem competitiva no mercado, o World Class Manufacturingsurge para as empresas como ferramenta para inovação num contexto de constantes modificações que as empresas vivenciam na atualidade. Entretanto, é importante ressaltar que o WCM ainda está em fase de amadurecimento e muitas ferramentas ainda não foram consolidadas. Quando osistema atingir o nível de Manufatura de Classe Mundial e conseguir disseminar ametodologia amplamente, a relação entre a inovação e o WCM pode se alterar. Hoje, o WCM ainda é pouco difundido entre as organizações e pouco conhecido entre os estudiosos, principalmente, no Brasil. O WCM é algo que aqui, somente ogrupo composto pela empresa estudada e sua cadeia de fornecedores e outras poucas organizações tem implantado e avançado num processo de melhoria contínua. O estudo de caso, de acordo com as observações realizadas dentro da organização, vem confirmar a eficácia do Sistema de Gestão WCM na redução dasperdas, eliminando progressivamente todos os fatores crônicos de desperdíciosdentro da empresa, quando esses são conduzidos por métodos, ferramentas e conceitos compreendidos por seus funcionários e apoiados pela alta direção. Alémdisso, foi possível perceber que a metodologia do WCM se torna diferente de alguns outros programas de qualidade, pois além de ser uma aplicação direcionada a eliminação de perdas crônicas com foco nos processos, elenecessita de grande envolvimento das áreas e equipes de diferentes departamentosde modo a promover a mudança cultural e inovação necessária para alcance dosobjetivos que o método se propõe a modificar. Desta maneira, foi possível analisar os ganhos e melhoria nos processos através da aplicação desta metodologia, observando que não basta só ter bons conhecimentos técnicos, mas que é fundamental o desenvolvimento das habilidades de relacionamento interpessoal, tendo em vista a importância de se obter organizações integradas em busca da eficiência e que cada integrante daorganização pode influenciar diretamente o desempenho de todo o grupo. Referência bibliográficas BORGES, R. C; OLIVEIRA E. H; OLIVEIRA A. S; Estudo da implantação do pilar controle da qualidade da metodologia World Class Manufacturing (WCM) em uma empresa do setor automotivo no sul de Minas Gerais. XVI Simpósio de Administração da Produção, Logística e Operações Internacionais. Sp: 2013 CORTES, P. R. L. Análise das Relações entre o Processo de Inovação na Engenharia de Produto e as Ferramentas do WCM: Estudo de Caso Em Uma Empresa do Setor Automobilístico. XXX ENGEP – Encontro Nacional de Engenharia de Produção. SP: 2010. YAMASHINA, H. World Class Manufacturing: Métodos e instrumentos. Material interno de aplicação WCM da empresa em estudo, 2009. YAMASHINA, H. WCM do dia-a-dia da fábrica para o dia-a-dia da sua vida. Material interno de divulgação do WCM da empresa em estudo, 2010. YAMASHINA, H. Challenge to World Class manufacturing. International Journal of Quality & Reliability Management. Vol. 17. Nº 2, 2000.
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