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PCC Ecossistemas terrestres

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PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR
DISCIPLINA: ECOSSISTEMAS TERRESTRES
TEMA: Parque Nacional da Chapada Diamantina (BA)
Christiane Helena Guindo
RA 1910543
Polo Santa Bárbara d’Oeste/SP
2019
INTRODUÇÃO
O Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD) fica no Estado da Bahia e foi criado em 1985, através do Decreto Nacional nº 91.655, com o objetivo de manter e conservar suas nascentes, com principal destaque para o Rio Paraguaçu, que é o responsável por 60% do abastecimento de água da população da capital baiana, além da conservação de sua enorme biodiversidade. Sua diversidade ecológica e ambiental é tão grande que abrange três biomas brasileiros: Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga.
Para se ter ideia, “a cada ano, pelo menos quatro ou cinco novas espécies de plantas endêmicas e três espécies de animais são descobertas na região.” (Guia Turístico Chapada Diamantina)
É um dos maiores parques de preservação do país fora da região Amazônica.
Figura 1: Parque Nacional da Chapada Diamantina, Bahia.
O lugar que passou a se chamar Chapada Diamantina, em alusão à abundância do mineral diamante, com o surgimento do ciclo da mineração principalmente desse mineral, apareceram vários povoados, a partir de 1844. Nessa mesma época o plantio de café e algodão produziu o surgimento do coronelismo, que dominou a região e suscitou o surgimento de muitas lendas como a da Moça Loura e a do escravo “Pai Inácio”.
O Instituto Chico Mendes de Conservação Ambiental (ICMBio), que é uma autarquia ligada ao Ministério do Meio Ambiente é que administra o Parque e trabalha exclusivamente em prol das áreas de preservação. 
A área do Parque representa apenas uma pequena parte de toda a Chapada Diamantina, região que engloba dezenas de municípios. Ele ainda não possui controle de visitação e é possível conhecê-lo a partir de diversas localidades, por meio de caminhada, como: Lençóis, Vale do Capão, Mucugê, Andaraí, Ibicoara, Itaetê e Palmeiras (onde fica sua sede administrativa), através de 38 trilhas de entrada. E muitos lugares famosos estão localizados ao seu redor e não dentro de sua área.
Não há cobrança de ingressos para a entrada no local, uma vez que não há estruturas institucionais de apoio à visitação dentro do Parque Nacional, tais como guaritas ou centro de visitantes.
São quase 300km de trilhas que percorrem campos rupestres, cerrado e mata atlântica em meio a paisagens lindíssimas; 2 cavernas; 10 locais de escalada; 33 cachoeiras, entre elas a cachoeira da Fumaça, com 390m de altura; 16 sítios históricos e o Marimbu que é uma área alagada mais conhecida como Pantanal da Chapada Diamantina.
A região do Parque Nacional pode ser acessada pela rodovia federal BR-242 e algumas rodovias estaduais. Possui 152.000 hectares e protege uma parcela da Serra do Sincorá, que é a parte norte da Serra do Espinhaço - uma cadeia montanhosa que se estende de Minas Gerais à Bahia. 
Assim, o PNCD pode ser dividido em três regiões: norte, centro e sul, que possuem diferentes meios de acesso.
A região da Chapada Diamantina é muito propícia para a prática de esportes radicais, sendo sede, por seis edições seguidas, do maior evento de Mountain Bikes das Américas. 
Em virtude das características climáticas e da vegetação da região, não há uma época mais propícia à visitação: é preciso avaliar a época mais apropriada de acordo com o tipo de roteiro. Alguns pontos que podem ser visitados são: o Morro do Pai Inácio, a Cachoeira da Fumaça, as grutas, os salões de areias colorida e são atrativos também as orquídeas, as bromélias, as canelas-de-ema e as sempre-vivas, além da diversidade da fauna.
CARACTERIZAÇÃO DO PARQUE
Figura 2: Mapa do Parque Nacional da Chapada Diamantina.
O clima é tipicamente tropical, subsequente semiárido brando, com 4 a 6 meses sem chuva. E as precipitações pluviométricas variam entre 750 e 1000 mm anuais.
A temperatura média anual é de 22 a 24ºC, máxima absoluta de 36 a 38ºC e mínima absoluta de 4 a 8ºC.
Em Mucugê, as temperaturas chegam a até 10ºC, no inverno. Já em Lençóis e Palmeiras, entre os meses de fevereiro a junho, são as cidades que recebem a maior parte das chuvas e também possuem baixas temperaturas durante a noite. Até nos dias nublados é indispensável o uso do protetor solar, pois, mesmo no inverno, o sol é muito forte e as temperaturas variam em torno de 25ºC a 30ºC.
A região abriga 80% das nascentes que abastecem todo o estado da Bahia, incluindo a capital. É onde nasce o maior rio inteiramente baiano, o Paraguaçu, com mais de 600km de extensão. Sua bacia ocupa 55 mil km², o que corresponde a 10% do território do estado, desaguando na Baía-de-Todos-os-Santos. E a Chapada também abriga as nascentes dos rios de Contas, Paramirim, Salitre e Jacaré e alguns afluentes do Rio São Francisco, um dos mais importantes do país.
O tom das águas dos rios diamantinos varia de acordo com o lugar e a quantidade de matéria orgânica, como restos de folhas, galhos e raízes levados pelas chuvas (lixiviação).
As intensas transformações naturais que ocorreram ao longo de milhões de anos, resultou em paisagens que fazem desse lugar um dos mais belos do mundo com montanhas, vales, cachoeiras, rios, grutas, cavernas e cânions. 
No próprio Parque, por exemplo, ocorrem regiões com 480m de altitude que contrastam com picos de mais de 1700m, além da oitava mais alta queda d’água do país, a Cachoeira da Fumaça.
A maior parte da Chapada Diamantina é composta por rochas sedimentares, como conglomerado, arenito, argilito e calcário.
Estas rochas foram originadas entre 1,8 bilhão e 570 milhões de anos, quando o sertão da Bahia era muito diferente do que é hoje. Antigos mares, desertos e até geleiras já passaram pelo local e cada evento deixou sua marca, sendo responsáveis pela Chapada Diamantina como é conhecida atualmente.
Figura 3: Cachoeira da Fumaça, Chapada Diamantina (BA).
O relevo apresenta-se bastante acidentado, com planaltos, serra quebradas e montanhas, as quais formam as margens do Parque. A altitude média fica em torno de 1000m. O ponto mais elevado do PNCD é o Pico do Barbado, com 2.080m. 
O Marimbu é conhecido como o pantanal da Chapada Diamantina. É uma planície inundada por diversos rios e repleta de plantas aquáticas. O local é propício para a prática da canoagem, caiaque e stand up paddle e pode ser acessado pelos municípios de Lençóis e Andaraí.
A vegetação é constituída por campos rupestres (nas áreas pedregosas das serras), campos gerais, cerrado, matas e capões (nos vales profundos). A flora da Chapada é riquíssima, com predominância de orquídeas (Orchidaceae), bromélias (Bromeliaceae), sempre-vivas (Eriocaulaceae) e canelas-de-ema (Velloziaceae). Há, ainda, uma grande variedade de plantas medicinais.
A fauna é constituída por espécies vindas de diferentes ambientes, como felinos (suçuarana e onça-pintada), serpentes (sucuri e jiboia), veados, capivaras, peixes, preás, mocós (roedores semelhantes aos preás), cotias, quatis e antas. Sendo as antas uma das espécies mais ameaçadas de extinção, na Chapada.
Entre os principais problemas que ameaçam a Chapada, estão: garimpos artesanais (principalmente de diamantes), caça clandestina, incêndios e comercialização de plantas ornamentais e cristais que são retirados da área do Parque. Além destes, o gado levado para os campos em épocas de estiagem, causa sérios danos a vegetação.
É importante ter em mente que não há sinal de celular dentro do parque e as trilhas não possuem sinalização, além de possuir trechos pouco marcados. É recomendável contratar um condutor de visitantes e sempre informar algum familiar sobre a atividade que você vai realizar no parque e a localização.
ECOSSISTEMA – CARACTERÍSTICAS
A Chapada Diamantina pode ser entendida como um mosaico ecológico formado por campos rupestres (vegetação mais característica da Chapada), cerrados, caatingas, matas ciliares, mata atlântica e pelas ‘fronteiras’ entre cada um desses ambientes.
A vegetação é constituída, quase exclusivamente, por espécies endêmicas que se desenvolvem em solo arenoso e nas fendasdas rochas, caracterizado por muita luminosidade e baixa retenção hídrica, e em locais com altitude em torno dos 1000m. Matas ocorrem dentro do domínio dos campos rupestres, ao longo dos cursos d'água, em vertentes escarpadas e nos topos fragmentados das serras. 
Os campos rupestres fazem parte integrante do espetáculo cênico que atrai milhares de turistas à região da Chapada. Em virtude desse ecossistema encontra-se animais e plantas raros no país aumentando a biodiversidade.
Sua vegetação, são plantas típicas da caatinga, como xerófitas em altitudes a cerca de 500 a 900 metros, vegetação de Mata Atlântica ao longo dos cursos de água.
O PNCD é a unidade de conservação onde se registra o maior número de focos de incêndio entre aquelas gerenciadas pelo ICMBio. Os efeitos desta alta incidência de fogo sobre a vegetação ainda são desconhecidos. No entanto sabe-se que suas causas são, em grande maioria, antrópicas (extração vegetal, garimpo, caça, piromania, gado, dentre outros).
COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E FAUNÍSTICA
A Chapada Diamantina apresenta alto grau de endemismo e variedade florística. Encontrada sobre afloramentos rochosos, a vegetação mais comum da Chapada é o campo rupestre e a de campos gerais, como orquídeas (Orchidaceae), bromélias (Bromeliaceae), sempre-vivas (Eriocaulaceae) e canelas-de-ema (Velloziaceae). Apesar das plantas rasteiras, é um dos ecossistemas mais ricos do mundo, superando a diversidade de espécies encontradas na Floresta Amazônica. Classificada de refúgio ecológico, a vegetação apresenta espécies como a Esponjinha (Calliandra cf. mucugeana), Sempre-viva-de-mucugê (Comanthera mucugensis) a unha-de-vaca (Bauhinia sp), gravatá-de-cacho (Bilbergia porteana), tucum (Astrocaryum acaule), “a batata-da-serra, que pertence à mesma família da batata doce e é encontrada nas serras da Chapada Diamantina. Este tubérculo não é plantado, apenas coletado nas serras pedregosas da Chapada e podem chegar a ter sete quilos num único tubérculo” (Guia Chapada Diamantina); a Arruda-da-serra (Poiretia bahiana) que tem sua ocorrência restrita aos campos rupestres da Chapada Diamantina. Tem sido usada pelas comunidades locais como fumigante para o controle de infestação de pulgas e no tratamento de hemorroidas, dores nas articulações e sinusite e diversos gêneros de orquídeas.
A orquídea Adamantinia miltonioides, está na lista oficial das espécies ameaçadas de extinção. Ela é uma espécie rara, com ocorrência restrita a um habitat especifico. Outra espécie, a Ipomoea sp. Nov, ocorre na face leste da Serra do Sincorá e aparentemente está sofrendo uma exploração predatória, pois é utilizada como alimento pela população local.
As mais de 330 espécies de aves são presença marcante e revelam preciosidades como o beija-flor-gravatinha-vermelha, espécie exclusiva da Chapada Diamantina, que reside em áreas superiores a 1000m de altitude; destacam-se o Papa-formiga-do-Sincorá, o gavião-pé-de-serra, o urubu-rei e por sua beleza a arara-pequena (Ara maracana) e os periquitos (Brotogeris tirica e Aratinga cactorum) e, pelo canto, o curió (Oryzoborus angolensis).
Os répteis, como o Lagartinho-do-folhiço e mamíferos também integram a fauna regional, a exemplo de macacos, grandes felinos (onça-pintada e suçuarana); tamanduás; serpentes (jibóia, sucuri); roedores de médio e grande porte (capivara, preás e mocós); veados; o escorpião-translúcido-do-lapão; peixes variados (chamando a atenção dos cientistas as espécies cavernícolas, como o Bagre-albino-do-poço-encantado (Rhamdiopsis krugi)); cotias; coatis; cachorros-do-mato e antas. 
 
Figura 4: Orquídea Adamantinia miltonioides Figura 5: Beija-flor-gravatinha-vermelha
CONCLUSÃO
Cuidar deste imenso paraíso é tarefa de todos nós. A conscientização da população é parte fundamental deste projeto. Um dos objetivos primordiais do Parque Nacional Chapada Diamantina é proteger uma grande e única amostra de ambientes onde ocorrem simultaneamente os biomas de Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica que situa dentro de seus limites territoriais.
É impossível manter todo esse território isolado de atividades humanas, como: agropecuária, turismo e incêndios florestais. Atualmente, a agricultura e pecuária são práticas que passaram a ocupar esse bioma, sendo um dos grandes responsáveis pelas perdas de biodiversidade. Entretanto existem grandes espaços do Parque que pouco sofrem interferências humanas. Esses espaços preservados dentro do parque são considerados pelos pesquisadores como um laboratório magnífico ao “ar livre”, que possibilita estudos complexos da estrutura da floresta, da interação e interdependência entre as espécies, além das diferentes vulnerabilidades ou resistências da flora e fauna florestal quanto a impactos ambientais.
A preservação dos ecossistemas da Serra do Sincorá permite a manutenção de um legado genético importantíssimo para a pesquisa científica e a manutenção da biodiversidade. Além disto, impede-se a desertificação ao evitar-se a destruição de nascentes. Finalmente, a longo prazo, a exploração racional e ordenada do ecoturismo dará a população local uma alternativa econômica sustentável.
Por isso, qualquer pessoa que testemunhar algum incêndio ou irregularidade no PNCD ou em seus arredores deve denunciar.
REFERÊNCIAS 
-http://www.icmbio.gov.br/portal/visitacao1/unidades-abertas-a-visitacao/9396-parque-nacional-da-chapada-da-diamantina (Acesso em 08/11/2019).
- http://www.guiachapadadiamantina.com.br/parque-nacional/ (Acesso em 08/11/2019).
- https://www.caminhosdobrasil.net/geodiversidade-da-chapada-diamantin (Acesso em 08/11/2019).
- http://parnachapadadiamantina.blogspot.com/ (Acesso em 08/11/2019).
-https://www.portalsaofrancisco.com.br/meio-ambiente/parque-nacional-da-chapada-diamantina (Acesso em 08/11/2019).
- https://www.infoescola.com/geografia/chapada-diamantina/ (Acesso em 09/11/2019).
- http://www.guialencois.com.br/chapada-diamantina (Acesso em 09/11/2019).
- Figura 1: http://www.icmbio.gov.br/portal/visitacao1/unidades-abertas-a-visitacao/9396-parque-nacional-da-chapada-da-diamantina (Acesso em 08/11/2019).
- Figura 2: http://parnachapadadiamantina.blogspot.com (Acesso em 08/11/2019).
- Figura 3: https://viagemeturismo.abril.com.br/materias/as-10-melhores-e-maiores-cachoeiras-do-brasil/ (Acesso em 08/11/2019).
- Figuras 4 e 5: http://www.guiachapadadiamantina.com.br/conheca-as-especies-que-so-existem-na-chapada-diamantina/ (Acesso em 11/11/2019).

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