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3 SUMÁRIO CONCEITO .............................................................................................................................................................. 5 BASE LEGAL ......................................................................................................................................................... 5 OBJETIVO............................................................................................................................................................... 5 MODALIDADES DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA ............................................................................................ 5 CONTRIBUINTES ................................................................................................................................................... 6 PRAZO DE RECOLHIMENTO ................................................................................................................................ 9 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA .................................................................................................................... 10 ESCALA INDUSTRIAL NÃO RELEVANTE ......................................................................................................... 10 CREDENCIAMENTO COMO CONTRIBUINTE SUBSTITUTO ........................................................................... 11 DÚVIDAS QUANTO À INTERPRETAÇÃO ENVOLVENDO A DESCRIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DA MERCADORIA DENTRO DA NCM/SH OU NBM/SH .......................................................................................... 14 BASE DE CÁLCULO ............................................................................................................................................ 15 BASE DE CÁLCULO REDUZIDA DOS PRODUTOS, SUJEITOS À ST, QUE COMPÕE A CESTA BÁSICA ........ 15 OUTROS PRODUTOS COM REDUÇÃO DE BASE DE CÁLCULO ................................................................... 15 OPERAÇÕES COM EMPRESA DO SIMPLES NACIONAL ................................................................................ 16 VALOR DO ICMS SUBSTITUTO ......................................................................................................................... 17 O CÁLCULO ......................................................................................................................................................... 17 PASSO A PASSO ................................................................................................................................................................. 17 TRIBUTAÇÃO ÚNICA .......................................................................................................................................... 18 RESTITUIÇÃO ...................................................................................................................................................... 19 4 5 CONCEITO Entende-se por substituição tributária a atribuição de responsabilidade conferida a contribuinte do ICMS pela lei estadual, para reter e efetuar o pagamento do ICMS devido pelas operações subsequentes com uma mercadoria, devendo ser assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido. BASE LEGAL Nos termos do art. 155, § 2º, XII, “a” e “b”, da Constituição Federal de 1988, cabe à Lei Complementar dispor sobre substituição tributária relativamente às operações e prestações sujeitas ao ICMS. Com a Lei Complementar 87/96, a matéria ficou devidamente regulamentada, estabelecendo parâmetros a serem seguidos pelas legislações estaduais. No RICMS a Substituição Tributária está tratada nos artigos 179 a 269-N do RICMS/ES OBJETIVO Visa atingir maior eficácia na administração fiscal, de forma que se atinja toda uma cadeia produtiva, com a fiscalização do menor número possível de contribuintes. MODALIDADES DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Na hipótese de operações e prestações antecedentes de substituição tributária (para trás), a legislação atribui a determinado contribuinte a responsabilidade pelo pagamento do ICMS em relação às operações anteriores. Nesta espécie se encontra o diferimento do lançamento do imposto. A substituição tributária em relação às operações subsequentes (para frente) caracteriza-se pela atribuição a determinado contribuinte (normalmente o primeiro na cadeia de comercialização, o fabricante ou importador) pelo pagamento do valor do ICMS incidente nas subsequentes operações com a mercadoria, até sua saída destinada a consumidor ou usuário final. Às operações e prestações concomitantes de substituição tributária caracteriza-se pela necessidade de recolhimento do imposto no instante em que ocorre o fato gerador, como é o caso da substituição tributária do serviço de transporte prestado por autônomos e empresas transportadoras não inscritas no Cadastro de Contribuintes do ICMS no Estado em que se inicia a prestação. 6 CONTRIBUINTES Contribuinte Substituto Contribuinte substituto é aquele que promove a retenção do imposto (retenção do ICMS na fonte) relativa às saídas subseqüentes com a mercadoria, bem assim o recolhe aos cofres do estado. Regra geral, são contribuintes substitutos o industrial, o importador, e em determinados casos, os atacadistas/ distribuidores. Os contribuintes substitutos tributários são assim eleitos nos Convênios e/ou Protocolos ICMS, bem como em atos estaduais específicos, que, caso a caso, submetem determinadas mercadorias/produtos a esse regime especial. Contribuinte Substituído Já o contribuinte substituído é o que recebe a mercadoria com ICMS retido na fonte pelo contribuinte substituto. Não se credita e nem se debita do imposto. São contribuintes substituídos o atacadista, o distribuidor e o varejista. CONVÊNIO ICMS 92/2015 O Convênio ICMS 92/15 estabeleceu a sistemática de uniformização e identificação das mercadorias e bens passíveis de sujeição aos regimes de substituição tributária e de antecipação de recolhimento do ICMS com o encerramento de tributação, relativos às operações subsequentes A partir de 01 de janeiro de 2016, as mercadorias que não constarem dos Anexos do Convênio ICMS 92/15 não se sujeitarão aos regimes de substituição tributária e de antecipação do recolhimento do imposto com encerramento de tributação. Esta tabela é uma lista AUTORIZATIVA e por isso não obriga a aplicação dos referidos regimes de tributação nas operações com os produtos nela relacionados. No entanto, os Estados que pretendem adotar tais regimes para algum produto devem atentar-se que suas opções estarão restritas aos produtos relacionados nesta tabela. 7 CONVÊNIO ICMS 52/17 Em 28.04.2017 tivemos a publicação do Convênio ICMS 52/2017 que consolida as regras relativas ao sistema de substituição tributária do ICMS no país, com efeitos a partir de 1º/01/2018. Com isso alguns importantes convênios estão sendo revogados conforme especificado a seguir: I – Convênio ICMS 81/93 (normas gerais da ST); II – Convênio ICMS 70/97 (regras de determinação do MVA); III – Convênio ICMS 35/11 (uso do IVA original pelo SN); IV – Convênio ICMS 92/15 (uniformização dos itens na ST); V – Convênio ICMS 149/15 (escala industrial não relevante). IMPOSTO POR DENTRO: Trata-se de uma previsão idêntica à que existe com relação ao ICMS-Próprio, tendo em vista que o ICMS- Próprio integra sua própria base de cálculo, agora existe a previsão de que o ICMS/ST integrará sua própria base de cálculo, inclusive nos casos de recolhimento do diferencial de alíquota. Cláusula décima terceira. O imposto devido por substituição tributária integra a correspondente base de cálculo, inclusive na hipótese de recolhimento do imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna da unidade federada de destino ea alíquota interestadual. STF suspende cláusulas do Convênio ICMS 52/2017 A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão de algumas cláusulas do Convênio ICMS 52/2017, como a que incluía o ICMS Substituição Tributária (ICMS-ST) em sua própria base de cálculo. A Ação Direta de Inconstitucionalidade 5.866 foi proposta pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Dentre as reclamações da CNI estão a ofensa à competência reservada aos convênios, à exigência de lei complementar, à reserva de lei federal, ao princípio da não cumulatividade e à não bitributação. A Constituição Federal prevê que o regime de substituição tributária, no âmbito do ICMS, deve ser tratado em lei complementar, e por isso não pode o convênio veicular as normas gerais a serem aplicadas aos regimes de substituição tributária. Em relação ao argumento da possível bitributação, a ministra afirmou que o modo de cobrança – que inclui o ICMS-ST em sua própria base de cálculo – poderia conduzir “a uma dupla incidência do ICMS na espécie”, tanto no valor inicialmente adicionado à mercadoria utilizada como base para cálculo da Margem de Valor Agregado (MVA) quanto na própria aferição do ICMS incidente sobre a substituição tributária, “o que ensejaria prática de bitributação, vedada pela Constituição da República”. https://www.confaz.fazenda.gov.br/legislacao/convenios/2017/CV052_17 http://www.normaslegais.com.br/legislacao/convenio-icms-52-2017.htm http://www.portaltributario.com.br/guia/substituicao_tributaria.html 8 CONVÊNIO ICMS 142/2018 Aprova as novas regras gerais da substituição tributária, as quais entraram em vigor em 01/1/2019. O referido Convênio possui como premissa corrigir os defeitos apresentados na versão original do Convênio ICMS 52/2017, e por sua vez dispor sobre a antecipação de recolhimento do ICMS com encerramento de tributação, correlato ao imposto devido. O Convênio ICMS 142/2018 se aplica a todos os contribuintes do ICMS, optantes ou não pelo Simples Nacional, sendo que a substituição tributária nas operações interestaduais dependerá de Acordo específico entre os Estados e somente será aplicável nas operações interestaduais cujo Estado de destino tenha instituído o regime para suas operações internas. Inicialmente, é importante destacar que as Cláusulas 8ª, 9ª, 10ª, 11ª, 12ª, 13ª, 14ª, 16ª, 24ª e 26ª do revogado Convênio ICMS 52/2018 estavam com seus efeitos suspensos em decorrência do deferimento parcial da medida cautelar proferida na ADI nº 5866. Embora a redação de algumas dessas Cláusulas tenha sido mantida pelo Convênio ICMS 142/2018, os principais pontos controversos foram modificados pelo novo regramento, os quais serão apontados nos parágrafos subsequentes. Uma das principais alterações trazidas pelo novo regramento consiste na inexistência de previsão para o cálculo da Margem de Valor Agregado (MVA) ajustada. Trata-se de cláusula que deve ser analisada com cautela e em conjunto com a previsão existente na legislação interna do Estado de destino, uma vez que cabe ao fisco de cada Estado definir a MVA que poderá ser utilizada. Houve, ainda, vedação expressa à inclusão do imposto devido por substituição tributária na própria base de cálculo. Com relação às empresas optantes pelo Simples Nacional, será aplicada a MVA prevista para as operações internas na legislação de destino ou em Convênio e Protocolo. Especificamente com relação ao cálculo do Diferencial de Alíquota do ICMS na substituição tributária (DIFAL/ST), tem-se que a base de cálculo deste será o valor da operação interestadual adicionado do imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna a consumidor final, estabelecida na unidade federada de destino para o bem ou a mercadoria e a alíquota interestadual. https://www.confaz.fazenda.gov.br/legislacao/convenios/2017/CV052_17 9 QUANDO SE APLICA Inicialmente o contribuinte deverá identificar a mercadoria, verificando se a mesma está sujeita à Substituição Tributária. Em seguida deverá verificar se o Estado de origem é signatário de qualquer Acordo Específico (Convênio ou Protocolo) com o ES para aplicação da ST sobre aquela mercadoria. Caso positivo, sendo a empresa remetente, inscrita no Cadastro de ICMS, deste Estado, ela deverá destacar nos campos próprios da Nota Fiscal os valores, relativos à BCR e o ICMS-R, bem como o nº da inscrição neste Estado. Caso a empresa não seja inscrita neste Estado, o ICMS-ST deverá ser recolhido, através de DUA (Documento Único de Arrecadação), em favor deste Estado, antes da saída, devendo o comprovante ser anexado à Nota Fiscal, para fazer prova junto ao Fisco. No caso do Estado de origem da mercadoria não ser signatário de Acordo (Convênio ou Protocolo), a responsabilidade pelo recolhimento do imposto é da empresa adquirente deste Estado, que tem o prazo regulamentar para fazê-lo. PRAZO DE RECOLHIMENTO Art. 168. Ressalvadas as demais hipóteses previstas em lei, o imposto será recolhido nos seguintes prazos: .................................... § 1.º Será recolhido, no mesmo prazo das operações ou prestações próprias, o imposto: I - devido pelo alienante ou remetente da mercadoria, relativo à prestação de serviços de transporte, ressalvado o disposto no art. 220-A, III; II - devido a título de substituição tributária, quando a responsabilidade pelo recolhimento for atribuída ao destinatário da mercadoria ou do serviço, utilizando-se documento de arrecadação em separado; ou III - diferido nas operações e nas prestações anteriores. 10 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA O estabelecimento que receber mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária, sem a retenção do imposto pelo remetente, salvo disposição expressa em contrário, fica obrigado ao recolhimento do imposto não retido, no mesmo prazo estabelecido para as suas próprias operações, utilizando DUA em separado. Art. 210. O estabelecimento que receber mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária, sem a retenção do imposto pelo remetente, salvo disposição expressa em contrário, fica obrigado ao recolhimento do imposto não retido, no mesmo prazo estabelecido para as suas próprias operações, utilizando DUA em separado. Parágrafo único. O disposto no caput não retira do remetente a condição de contribuinte substituto nem o exime das penalidades cabíveis pela não retenção do imposto. QUANDO NÃOSE APLICA A substituição tributária não se aplica: I - às operações que destinem mercadorias a sujeito passivo por substituição da mesma mercadoria; II - às transferências para outro estabelecimento, exceto varejista, do sujeito passivo por substituição, hipótese em que a responsabilidade pela retenção e recolhimento do imposto recairá sobre o estabelecimento que promover a saída da mercadoria com destino a empresas diversas; III - às operações com mercadorias destinadas a integração ou consumo em processo de industrialização; ou ESCALA INDUSTRIAL NÃO RELEVANTE Possibilidade de dispensa da aplicação do regime de substituição tributária quando a mercadoria for fabricada por optantes pelo Simples Nacional em escala industrial não relevante, desde que observadas as regras para enquadramento. Além de auferir, no exercício anterior, receita bruta igual ou inferior a R$ 180.000,00, e possuir um único estabelecimento, o optante pelo Simples Nacional deverá observar a nova lista de mercadorias que poderão ser enquadradas como fabricação em escala não relevante, assim como providenciar o seu credenciamento no Estado de destino da mercadoria, quando este exigir. Indicação na Nota Fiscal De acordo com o § 8º da cláusula vigésima terceira do Convênio ICMS 52/2017, o documento fiscal que acobertar qualquer operação com bens e mercadorias fabricadosem escala industrial não relevante deverá conter, no campo Informações Complementares, a seguinte declaração: “Bem/Mercadoria do Cód./Produto _____ fabricado em escala industrial não relevante pelo contribuinte_______, CNPJ______”. Inaplicabilidade para Importados As novas regras, que entrarão em vigor a partir de 2018, também esclarecem que não se consideram fabricados em escala industrial não relevante os bens e as mercadorias importados ou que possuam conteúdo de importação superior a 40%. http://ebooks.coad.com.br/index.php?ebook_id=69 11 OPERAÇÕES A CONSUMIDOR FINAL NÃO CONTRIBUINTE – DIFAL PARTILHA Através da Emenda Constitucional 87/2015 foi instituído, com vigência a partir de 01.01.2016, o “Diferencial de Alíquotas do ICMS a Consumidor Final não Contribuinte”. Nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final, contribuinte ou não do imposto, localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual (12% ou 4%), em se tratando de mercadoria importada) e caberá ao Estado de localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna do Estado destinatário e a alíquota interestadual. A responsabilidade pelo recolhimento do imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual será atribuída: a) ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto; b) ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte do imposto. O DUA deve mencionar o número e a chave de acesso da respectiva NF-e e acompanhar o trânsito do bem EXEMPLO: Empresa situada no ES vende a pessoa física situado em SP mercadoria no valor de R$ 100,00 a) alíquota interestadual prevista para a operação: 12% - R$ 100,00 x 12% = R$ 12,00 b) alíquota interna de SP: 18% - R$ 100,00 x 18% = R$ 18,00 c) repartição do diferencial de alíquotas = R$ 18,00 – R$ 12,00 = R$ 6,00. A partir de 2019, recolhido integralmente para o estado de SP (GNRE) Total do ICMS devido: R$ 12,00 + R$ 6,00 = R$ 18,00. http://www.normaslegais.com.br/legislacao/emenda-constitucional-87-2015.htm 12 CREDENCIAMENTO COMO CONTRIBUINTE SUBSTITUTO O Secretário de Estado da Fazenda, tendo em vista o interesse e a conveniência da Administração Tributária, poderá conferir a contribuinte localizado neste Estado a condição de substituto tributário mediante credenciamento, atribuindo-lhe o encargo da retenção e do recolhimento do imposto. CÁLCULO DO ICMS/ST PARA CONTRIBUINTES CREDENCIADOS COMO SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO - PORTARIA N.º 42-R, DE 07 DE OUTUBRO DE 2015. Os contribuintes credenciados como substitutos tributários devem apurar o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação incidente sobre as operações sujeitas ao regime de Substituição Tributária - ICMS-ST -, por ocasião das saídas internas, na forma estabelecida nesta portaria. Por ocasião das saídas internas, o ICMS-ST será calculado da seguinte forma: I - a base de cálculo para retenção do imposto - BCR -, relativa à substituição tributária, corresponderá ao montante formado pelo valor da operação praticada pelo contribuinte credenciado na forma desta Portaria, acrescido do IPI, quando for o caso, do valor do frete ou carreto, quando não incluído no preço e demais despesas acessórias debitadas ao comprador, adicionado da parcela resultante da aplicação, sobre o referido montante, do percentual da respectiva margem de valor agregado original - MVA - prevista no Anexo V do RICMS/ES; II - nas operações com mercadorias que tenham preço máximo ao consumidor - PMC - sugerido pelo fabricante, este será a base de cálculo para retenção do ICMS-ST; III - existindo preço a consumidor final - PCF -, constante dos Anexos V-A e V-B, este será a base de cálculo para retenção do ICMS-ST; IV - sobre a base de cálculo apurada na forma dos incisos anteriores, aplicar-se-á a alíquota interna vigente neste Estado; e V - do montante do imposto calculado na forma dos incisos I a IV, será deduzido o imposto destacado na sua operação própria. VI - a margem de valor agregado original - MVA -, mencionada no inciso I, será reduzida em 24,12% (vinte e quatro inteiros e doze centésimos por cento), calculado segundo a fórmula MVA reduzida = [MVA original x (100 - PERC RED)] / 100, considerando-se: a) MVA ST original; e b) PERC RED: percentual de redução aplicável. O recolhimento do valor do imposto apurado a título de substituição tributária, em favor deste Estado, será realizado por meio de Documento Único de Arrecadação - DUA -, utilizando-se o código de receita 138-4. As operações de que trata esta Portaria deverão ser registradas nas colunas próprias dos livros Registro de Entradas de Mercadorias, Registro de Saídas de Mercadorias e Registro de Apuração do ICMS. A vedação contida no art. 534-Z-Z-A, § 3.º, III, do RICMS/ ES, não se aplica aos contribuintes credenciados como substitutos tributários que realizem operações cuja base de cálculo seja apurada na forma do inciso I. 13 EXEMPLO DE CÁLCULO ENTRADA DA MERCADORIA Valor Total (incluindo frete, IPI e demais despesas acessórias cobradas do adquirente) R$ 100,00 Crédito ICMS (7%) R$ 7,00 SAÍDA DA MERCADORIA Valor de Venda R$ 130,00 Redução da base de cálculo do ICMS (Art. 534-Z-Z-A) – 41,18% R$ 53,53 Débito ICMS próprio (17%) R$ 9,10 MVA Original com redutor {40% x (1 – 0,2412)} 30,35% Base de cálculo ST R$ 169,46 Alíquota interna (17%) R$ 28,81 Valor do ICMS/ST (28,81 – 9,10) R$ 19,71 A apuração neste tipo de operação sempre gera dois débitos: Débito sobre a operação própria, que será recolhido no código 121-0, com direito à compensação do imposto em relação aos créditos da entrada (ICMS PRÓPRIO: R$ 9,10 – R$7,00 = R$2,10 Débito sobre a substituição tributária, a ser recolhido no código 138-4 (ICMS/ST = R$ 19,71) LEMBRANDO QUE: A aplicação da redução da MVA original de que trata o inciso VI, e em qualquer outra hipótese, não poderá resultar em um valor de ICMS Substituição Tributária inferior ao valor que seria retido pelo remetente da mercadoria quando da aquisição. O redutor de MVA não se aplica quando a base de cálculo for PMC, PCF ou PMPF A redução da base de cálculo do art. 534-Z-Z-A não aplica nas vendas a consumidor final (PF ou PJ) Incide ST nas saídas internas para consumidor final pessoa física, aplicando-se o redutor de MVA de 24,12% (Portaria nº 39-R) 14 CEST O contribuinte que até a publicação do Convênio ICMS 52/2017 já tenha identificado o CEST das mercadorias ou bens terá de revisar os códigos. Prazos para obrigatoriedade: a) 1º de julho de 2017, para a indústria e o importador; b) 1º de outubro de 2017, para o atacadista; c) 1º de abril de 2018, para os demais segmentos econômicos. Nas operações com mercadorias ou bens listados nos Anexos I a XXVIII do Convênio ICMS n° 92/15, o contribuinte deverá mencionar o respectivo CEST no documento fiscal que acobertar a operação, independentemente de a operação, mercadoria ou bem estarem sujeitos aos regimes de substituição tributária ou antecipação do ICMS. O CEST será composto por 7 (sete) dígitos DÚVIDAS QUANTO À INTERPRETAÇÃO ENVOLVENDO A DESCRIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DA MERCADORIA DENTRO DA NCM/SH OU NBM/SH Quando o Legislador menciona a Descrição e Classificação NCM ou NBM é fundamental para se ter a certeza de que a mercadoria está sujeita à ST é que a mesma se encontra , concomitantemente, dentro da Posição e da Descrição. Se o Produto se enquadrar dentro da Descrição, mas não constar da Posição, Subposição ou código, o mesmo não estará sujeita à ST. Da mesma forma se constar da Posição, Subposição ou Código, mas não se enquadrar na descrição, também, não estará sujeito àST. https://www.confaz.fazenda.gov.br/legislacao/despacho/2017/dp057_17-publica-cv-52-17-164-confaz-o 15 BASE DE CÁLCULO Art. 194. A base de cálculo, para fins de substituição tributária, será: I - em relação às operações ou prestações antecedentes ou concomitantes, o valor da operação ou prestação praticado pelo contribuinte substituído; II - em relação às operações ou prestações subseqüentes, obtida pelo somatório das parcelas seguintes: a) o valor da operação ou prestação própria realizada pelo substituto tributário ou pelo substituído intermediário; b) o montante dos valores de seguro, de frete e de outros encargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes ou tomadores de serviço; c) a margem de valor agregado, inclusive lucro, relativa às operações ou prestações subseqüentes. ............................................... § 4.º Tratando-se de mercadoria ou serviço cujo preço final, único ou máximo, a consumidor seja fixado por órgão público competente, a base de cálculo do imposto, para fins de substituição tributária, será o preço estabelecido por esse órgão. ............................................... § 10. Em substituição ao disposto no inciso II do caput, a base de cálculo em relação às operações ou prestações subseqüentes poderá ser o preço a consumidor final usualmente praticado no mercado considerado, relativamente ao serviço, à mercadoria ou sua similar, em condições de livre concorrência, adotando-se, para sua apuração, as regras estabelecidas no § 1.º. § 13. Em atendimento ao disposto no § 10, nas operações com os produtos relacionados no Anexo VA, de acordo com o tipo de acondicionamento, adotar-se-á, como preço a consumidor final - PCF, o valor definido na tabela constante desse Anexo. ............................................... § 17. Em atendimento ao disposto no § 10, nas operações com os produtos relacionados no Anexo VB, de acordo com o tipo de acondicionamento, adotar-se-á, como preço a consumidor final - PCF, o valor definido na tabela constante desse Anexo. BASE DE CÁLCULO REDUZIDA DOS PRODUTOS, SUJEITOS À ST, QUE COMPÕE A CESTA BÁSICA De acordo com Artigo 70, Inciso IX do RICMS/ES, a Base Cálculo para Retenção do ICMS fica reduzida de forma que a alíquota efetiva equivale a 7%, para operação com os seguintes produtos: Alíneas: “j” – Açúcar; “k” – Óleo Comestível de qualquer espécie, exceto Azeites; “l” – Café Torrado e Moído. OUTROS PRODUTOS COM REDUÇÃO DE BASE DE CÁLCULO Art. 5º-A da Lei 7000/01 ............................ III - nas operações internas com os seguintes produtos, desde que produzidos neste Estado, em 100% (cem por cento): a) massas alimentícias não cozidas, nem recheadas ou preparadas, classificadas na posição 1902 da NCM; e b) pães, biscoitos e bolachas, de todos cereais, sem recheio ou cobertura, classificados na posição 1905 da NCM; 16 LEITE LONGA VIDA Art. 5º-A da Lei 7000/01 ............................ XV - nas saídas internas promovidas pelos estabelecimentos abaixo relacionados, de forma que a carga tributária efetiva resulte nos respectivos percentuais, observado o disposto nos §§ 17 e 18: ............................. b) comerciais varejistas: 1. 0% (zero por cento), nas saídas de leite pasteurizado ou ultrapasteurizado (UHT), produzido neste Estado; e 2. 7% (sete por cento), nas saídas de produtos derivados do leite, produzidos neste Estado, inclusive soro em pó e leite em pó; e c) comerciais atacadistas, 0% (zero por cento), nas saídas de leite pasteurizado ou ultrapasteurizado (UHT), produzido neste Estado. MARGEM DE VALOR AGREGADO A margem de valor agregado é determinada com base em preços usualmente praticados no mercado, obtidos por levantamento, ainda que por amostragem ou através de informações e outros elementos fornecidos por entidades representativas dos setores, adotando-se a média ponderada dos preços coletados. MARGEM DE VALOR AGREGADO AJUSTADA A MVA ajustada é utilizada em operações interestaduais. A denominação "ajustada" se dá em razão de a alíquota interestadual ser variável de acordo com o estado destinatário e também quando se tratar de mercadoria importada. Na apuração das MVA’s Ajustadas são levadas em consideração três variáveis: MVA original, Alíquota Interna do destino e Alíquota Interestadual. Isto quer dizer que com a MVA ajustada para operações originadas de outro Estado, os preços praticados equivalerão aos preços praticados nas operações internas, considerando a MVA original. MVA ajustada = [(1+ MVA ST original) x (1 - ALQ inter) / (1- ALQ intra)] -1 OPERAÇÕES COM EMPRESA DO SIMPLES NACIONAL Contribuintes optantes pelo regime diferenciado do Simples Nacional gozam de dois privilégios em relação aos contribuintes do regime ordinário. Nas operações interestaduais em que o optante pelo Simples Nacional seja substituto tributário ou remetente de mercadorias sujeitas à ST, na determinação da base de cálculo (quando for MVA) será adotada a Margem de Valor Agregada Original. (Artigos 269-H e 269-I do RICMS/ES, Conv.35/2011). Outro diferencial nas operações com o optante do Simples Nacional consiste na utilização da alíquota interna ou interestadual no cálculo do ICMS próprio, quando da determinação do ICMS/ST. É sabido que estes contribuintes não recolhem o imposto utilizando a alíquota do ICMS das operações, e sim por um percentual do faturamento. O mencionado no parágrafo anterior é somente para efeito de calcular o ICMS/ST. 17 VALOR DO ICMS SUBSTITUTO O valor a recolher, a título de substituição tributária, será a diferença entre o imposto calculado mediante a aplicação da alíquota vigente nas operações internas deste Estado sobre a base de cálculo definida para a substituição e o imposto devido pela operação própria do estabelecimento do contribuinte substituto com a mercadoria objeto da substituição. Este valor será somado na fatura/duplicata. Portanto, trata-se de um valor a ser cobrado do adquirente, junto com o valor das mercadorias ou serviços faturados. O CÁLCULO O valor do ICMS-ST será: {[(Valor da operação + seguro + frete + IPI + outros encargos) + MVA] x Aliq. Interna} - ICMS próprio. E deve ser recolhido para o Estado de destino das mercadorias. Passo a passo Base cálculo do ICMS 1.000,00 Valor do ICMS 70,00 BC do ICMS substituição 1.688,61 Valor ICMS substituição 217,06 Valor total dos produtos 1.000,00 Valor do frete Valor do seguro Outras despesas acessórias Valor total do IPI 100,00 Valor total da nota 1.317,06 18 PREÇO FINAL A CONSUMIDOR – PREDOMINÂNCIA SOBRE A MVA Tratando-se de mercadoria ou serviço cujo preço final a consumidor, único ou máximo, seja fixado por órgão público competente, a base de cálculo do imposto, para fins de substituição tributária, é o referido preço por ele estabelecido. Existindo preço final a consumidor, sugerido pelo fabricante ou pelo importador, esse preço será a base de cálculo para fins de substituição tributária Exemplo: Determinada empresa vende mercadorias sujeitas à substituição tributária do ICMS, no valor de R$ 1.000,00, para atacadista situado em outro estado da federação. O preço de venda, fixado a varejo, para o lote das mercadorias, é de R$ 2.000,00. A Lei estadual da unidade de federação de destino das mercadorias fixa a base de cálculo como o preço final sugerido a consumidor pelo fabricante. A alíquota interestadual é de 12%. A alíquota interna do estado destinatário das mercadorias é 18%. Teremos então: 1. Base de cálculo da substituição tributária: R$ 2.000,00 2. ICMS total = alíquota interna x base de cálculo = 18% x R$ 2.000,00 = R$ 360,00. 3. ICMS já destacado em nota fiscal pelo vendedor = R$ 1.000,00 x 12% = R$ 120,00. 4. (2 - 3) = ICMS substituto a cobrar do adquirente-atacadista= R$ 360,00 – R$ 120,00 = R$ 240,00. Base cálculo do ICMS 1.000,00 Valor do ICMS 120,00 B. cálculo ICMS substituição 2.000,00 Valor ICMS substituição 240,00 Valor total dos produtos 1.000,00 Valor do frete Valor do seguro Outras despesas acessórias Valor total do IPI Valor total da nota 1.240,00 TRIBUTAÇÃO ÚNICA Em relação às operações subseqüentes, em razão da sistemática substitutiva do ICMS, as posteriores operações e prestações internas realizadas pelos contribuintes substituídos não mais terão recolhimento do ICMS, encerrando-se o ciclo de tributação. Também não cabe restituição ou cobrança complementar do imposto quando a operação ou a prestação subseqüente à cobrança do ICMS se realizar com valor inferior ou superior àquele estabelecido – desde que a operação seja realizado dentro do próprio estado do contribuinte substituído. Observe que, se a mercadoria for objeto de nova saída interestadual, haverá necessidade de calcular novamente o ICMS substituição - desde que o Estado destinatário das mercadorias exija tal procedimento. 19 RESTITUIÇÃO É assegurado ao contribuinte substituído o direito à restituição do valor do imposto pago por força da substituição tributária, correspondente ao fato gerador presumido que não se realizar. Art. 171. O sujeito passivo tem direito à restituição total ou parcial do imposto nos seguintes casos: ............................... IV - pagamento antecipado do imposto, em decorrência do regime de substituição tributária, caso não se efetive o fato gerador presumido, observados os casos expressamente previstos e nas seguintes hipóteses: a) em caso de desfazimento do negócio; b) em caso de perecimento, deterioração ou extravio da mercadoria; c) em operação interestadual, para comercialização, cujo imposto já tenha sido retido; d) em operação isenta ou não tributada destinada a consumidor; ou e) em operação que destine mercadoria para industrialização. Art. 137. O contribuinte poderá creditar-se, ainda, independentemente de autorização: ........................................... IV - nas hipóteses previstas no art. 171, I a IV, desde que o valor a restituir seja igual ou inferior a 2.000 VRTEs, devendo o contribuinte: a) tratando-se de estabelecimento vinculado ao regime ordinário de apuração, creditar-se, em sua escrita fiscal, do montante a ser restituído, lançando o crédito no quadro “Crédito do Imposto - Outros Créditos”, do livro Registro de Apuração do ICMS; b) REVOGADO c) antes de se apropriar da importância a ser restituída, lavrar termo circunstanciado no livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrência; e d) informar a operação, no campo “Outros Créditos”, do Documento de Informações Econômico-Fiscais - DIEF.
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