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Copyright © 1984, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (021) 210-3122 Fax: (021) 220-1762/220-6436 Endereço Telegráfico: NORMATÉCNICA ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 7212DEZ 1984 Execução de concreto dosado em central Palavra-chave: Concreto 7 páginas Origem: Projeto 18:005.01-001/1984 CB-18 - Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados CE-18:005.01 - Comissão de Estudo de Execução de Concreto Dosado em Central Esta Norma substitui a NBR 7212/1982 Procedimento SUMÁRIO 1 Objetivo 2 Documentos complementares 3 Definições 4 Condições gerais 5 Condições específicas 6 Avaliação do desvio-padrão da central pela empresa de serviços de concretagem 7 Inspeção 8 Aceitação e rejeição 1 Objetivo 1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para a execu- ção de concreto dosado em central, incluindo as opera- ções de armazenamento dos materiais, dosagem, mistu- ra, transporte, recebimento, controle de qualidade, inspe- ção, aceitação e rejeição. 1.2 Esta Norma não abrange as operações subseqüentes à entrega e recebimento do concreto fresco. 1.3 Esta Norma aplica-se também, no que couber, aos casos em que a executante da obra dispõe de central de concreto. 2 Documentos complementares Na aplicação desta Norma é necessário consultar: NBR 6118 - Projeto e execução de obras de con- creto armado - Procedimento NBR 7187 - Cálculo e execução de pontes de con- creto armado - Procedimento NBR 7197 - Cálculo e execução de obras de con- creto protendido - Procedimento NBR 7223 - Concreto - Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone - Metodo de en- saio NBR 7583 - Execução de pavimentos de concreto por processo mecânico - Procedimento 3 Definições Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições de 3.1 a 3.13. 3.1 Concreto dosado em central Concreto dosado, misturado em equipamento estacio- nário ou em caminhão betoneira, transportado por ca- minhão betoneira ou outro tipo de equipamento, dotado ou não de agitação, para entrega antes do início de pega do concreto, em local e tempo determinados, para que se processem as operações subseqüentes à entrega, necessárias à obtenção de um concreto endurecido com as propriedades pretendidas. 3.1.1 Nesta Norma, a expressão “concreto” se refere a concreto dosado em central, como definido em 3.1, salvo indicações em contrário. 2 NBR 7212/1984 3.2 Caminhão betoneira Veículo dotado de dispositivo que efetua a mistura e man- tém a homogeneidade do concreto por simples agitação. 3.3 Equipamento dotado de agitação Veículo autopropelido que permite manter a homoge- neidade do concreto durante o transporte e a descarga, para o que é dotado de dispositivos de agitação, constituí- dos por eixo com paletas, sistema de lâminas especiais em hélice ou qualquer dispositivo equivalente. 3.4 Equipamento não dotado de agitação Veículo constituído de uma caçamba, não dotado de dis- positivo de agitação, que pode ser utilizado somente para o transporte de concretos não segregáveis. 3.5 Central de concreto Designação das instalações onde se efetuam as opera- ções de dosagem e, conforme o caso, mistura do con- creto, de acordo com esta Norma. 3.6 Contratante dos serviços de concretagem Entidade conforme definido na NBR 5675, responsável pelas seguintes atribuições: a) contratação dos serviços de concretagem; b) emissão dos pedidos de entrega de concreto; c) recebimento do concreto fresco; d) verificação da concordância das características do concreto pedido e do concreto entregue; e) aceitação final do concreto. 3.7 Executante da obra Entidade encarregada da execução da obra. 3.8 Empresa de serviços de concretagem Empresa responsável pelos serviços de dosagem e, ge- ralmente, mistura e transporte do concreto, da central até o local de entrega, de acordo com o estabelecido, em contrato. 3.9 Pedido do concreto Discriminação das propriedades e parâmetros neces- sários ao concreto fresco e endurecido, inclusive quanti- dade, programação e local de entrega. 3.10 Aceitação do concreto fresco Ato pelo qual se constata, mediante ensaios ou outras verificações, por ocasião da entrega e recebimento do concreto fresco, o atendimento às especificações e às exigências do pedido. 3.11 Entrega e recebimento do concreto fresco Ato após o qual, aceito o concreto fresco, as operações de manuseio subseqüentes à dosagem e, se for o caso, mistura e transporte, passam a ser de responsabilidade da executante da obra conforme estipulado em contrato. 3.12 Aceitação do concreto endurecido Ato pelo qual se constata, mediante ensaios ou outras verificações, o atendimento às especificações e às exigên- cias do pedido. 3.13 Remessa ou viagem Termos que designam a quantidade de concreto entregue de uma só vez. 4 Condições gerais Os requisitos gerais exigíveis do concreto devem ser os apresentados em 4.1 a 4.6, salvo nos casos em que forem estabelecidas condições especiais, que neste caso pre- valecerão desde que previamente aceitas pelas partes interessadas. 4.1 Armazenamento dos materiais componentes do concreto O armazenamento deve ser feito em locais ou recipientes apropriados, de modo a não permitir a contaminação por elementos indesejáveis, evitando a alteração ou a mistura de componentes com características e de procedências diferentes. 4.1.1 Agregados Devem ser armazenados de maneira a evitar a mistura das diversas granulometrias, procedências ou outras ca- racterísticas requeridas (conforme a NBR 6118). 4.1.2 Cimento Deve ser armazenado em sacos, contenedores ou silos, de maneira a impedir a mistura de cimentos de proce- dências e características diversas (conforme a NBR 6118). 4.1.3 Água Deve ser convenientemente armazenada, a fim de evitar contaminação. 4.1.4 Aditivos Devem ser convenientemente armazenados e iden- tificados, a fim de evitar contaminação, mistura e alteração da composição, segundo recomendações do fabricante. 4.2 Dosagem dos materiais componentes do concreto 4.2.1 Agregados Os agregados devem ser dosados em massa, com desvio máximo, em valor absoluto, de 3% do valor nominal da massa ou 1% da capacidade da balança, adotando-se o menor dos dois valores. Nota: Dosagem é o proporcionamento dos materiais para obtenção do concreto. NBR 7212/1984 3 4.2.2 Cimento O cimento deve ser dosado em massa, com desvio má- ximo do valor nominal igual a 1% da capacidade da ba- lança, em valor absoluto, nas dosagens iguais ou superio- res a 30% dessa capacidade. 4.2.2.1 Para dosagens inferiores a esse valor, as tolerân- cias devem estar compreendidas entre 0% e + 4% do va- lor nominal. 4.2.2.2 Em nenhum caso o cimento deve ser dosado con- juntamente com os agregados. 4.2.2.3 Pode ser admitida a dosagem do cimento em sacos de 50 kg, desde que as quantidades estejam dentro das tolerâncias estabelecidas nesta Norma, não se admitindo o fracionamento de sacos. 4.2.3 Água A quantidade total de água deve ser determinada com desvio máximo de 3% em relação à quantidade nominal, em valor absoluto. 4.2.3.1 Esta quantidade de água compreende, além da adicionada, a devida à umidade dos agregados, a uti- lizada para dissolução dos aditivos e a adicionada sob forma de gelo. 4.2.4 Aditivos Os aditivos devem ser adicionados de forma a assegurar a sua distribuição uniforme na massa do concreto, admi- tindo-se desvio máximo de dosagem não superior a 5% da quantidade nominal, em valor absoluto. 4.3 Aferição dos equipamentos 4.3.1 Os desvios tolerados nas dosagens conforme 4.2 são devidos somente a problemas operacionais. 4.3.2 As balanças devemser aferidas periodicamente, de forma a assegurar que a diferença entre a massa real e a indicada, não seja superior a 2% da primeira. 4.3.3 Dosadores volumétricos de água devem operar den- tro dessa tolerância e sua aferição deve ser feita nas condições de operação. 4.3.4 Recomendam-se aferições freqüentes, não se ul- trapassando 5000 m3 de concreto dosado, nem períodos superiores a três meses. 4.4 Mistura 4.4.1 Equipamentos de mistura 4.4.1.1 Os equipamentos devem ser revisados periodica- mente, a fim de assegurar a eficiência necessária para a mistura. 4.4.1.2 O volume de concreto não deve exceder a capa- cidade nominal de mistura do equipamento, conforme especificação do fabricante. 4.4.2 Mistura completa em equipamento estacionárío Os materiais componentes do concreto, devidamente do- sados, são colocados no equipamento e, após obtida uma mistura completa e homogênea, são descarregados em veículo para transporte até a obra. 4.4.3 Mistura completa em caminhão betoneira na central Os materiais componentes do concreto são colocados no caminhão betoneira, na ordem conveniente e nas quantidades totais necessárias. 4.4.3.1 A ordem de colocação dos materiais na betoneira e a velocidade de rotação para mistura devem estar de acordo com as especificações do equipamento ou confor- me indicado por experiência. 4.4.3.2 Pode-se misturar completamente em caminhão betoneira o concreto que deve ser transportado por equi- pamento dotado ou não de agitação. 4.4.4 Mistura parcial na central e complementação na obra 4.4.4.1 Os componentes sólidos são colocados no cami- nhão betoneira, na sua totalidade com parte da água, que é completada na obra imediatamente antes da mis- tura final e descarga. 4.4.4.2 Neste caso deve-se estabelecer um sistema rigo- roso de controle da quantidade de água adicionada na central e a ser complementada na obra, para evitar ultra- passar a quantidade prevista no traço. 4.4.5 Tempo de mistura Devem ser obedecidas as especificações dos equipa- mentos no que diz respeito ao tempo de mistura, veloci- dade e número de rotações. 4.4.6 Adição suplementar de água para correção de abatimento devido à evaporação Somente se admite adição suplementar de água para correção de abatimento, devido à evaporação, antes do início da descarga, desde que: a) antes de se proceder a esta adição, o valor de abatimento obtido seja igual ou superior a 10 mm; b) esta correção não aumente o abatimento em mais de 25 mm; c) o abatimento após a correção não seja superior ao limite máximo especificado; d) o tempo transcorrido entre a primeira adição de água aos materiais até o início da descarga não seja inferior a 15 min. 4.4.6.1 A adição suplementar mantém a responsabilidade da empresa de serviços de concretagem, pelas proprieda- des do concreto constantes no pedido. 4 NBR 7212/1984 4.4.6.2 A adição suplementar de água deve ser autorizada por elementos formalmente representantes das partes e tal fato deve ser obrigatoriamente registrado no docu- mento de entrega. Nota: Recomenda-se devida atenção a outras causas de re- dução da consistência do concreto, tais como: efeito de abrasão, de temperatura, de absorção dos agrega- dos, etc. 4.4.6.3 Qualquer outra adição de água exigida pela con- tratante exime a empresa de serviços de concretagem de qualquer responsabilidade quanto às características do concreto exigidas no pedido e este fato deve ser obriga- toriamente registrado no documento de entrega. 4.5 Transporte 4.5.1 O transporte pode ser feito por veículo dotado ou não de dispositivo de agitação, desde que apresente es- tanqueidade necessária, fundo e paredes revestidas de material não absorvente, a fim de que não haja perda de qualquer componente. 4.5.1.1 Via de regra, o transporte até a obra deve ser feito por caminhão betoneira. 4.5.1.2 Admite-se o transporte por caminhão basculante com carroceria de aço, desde que, devido às caracterís- ticas da mistura e às condições de transporte, fique garan- tida a não separação das partes componentes do con- creto ou perda dos mesmos. 4.5.1.3 O transporte com caminhão basculante comum pode ser feito somente para concretos não segregáveis, de abatimento não superior a 40 mm. 4.5.2 O tempo de transporte do concreto decorrido entre o início da mistura, a partir do momento da primeira adição da água até a entrega do concreto deve ser: a) fixado de forma que o fim do adensamento não ocorra após o início de pega do concreto lançado e das camadas ou partes contíguas a essa re- messa (evitando-se a formação de “junta-fria”); b) inferior a 90 min e fixado de maneira que até o fim da descarga seja de no máximo 150 min, no caso do emprego de veículo dotado de equipa- mento de agitação, observado o disposto em 4.5.2.1; c) inferior a 40 min e fixado de maneira que até o fim da descarga seja de no máximo 60 min, no caso de veículo não dotado de equipamento de agitação, observado o disposto em 4.5.2.1. 4.5.2.1 Devem ser verificadas a experiência anterior e as condições especiais tais como: temperatura e umidade relativa ambiente, propriedades do cimento, caracterís- ticas dos materiais, peculiaridades da obra, uso de adi- tivos retardadores, refrigeração e outras em função das quais podem ser alterados os tempos (prazos) de trans- porte e descarga do concreto. 4.6 Temperatura As temperaturas ambientes limites para lançamento do concreto são 10°C e 32°C. Fora desses limites devem ser tomados cuidados especiais. A temperatura do con- creto por ocasião de seu lançamento deve ser fixada de modo a evitar a ocorrência de fissuração de origem tér- mica. 5 Condições específicas 5.1 Pedido do concreto 5.1.1 Pedido pela resistência característica do concreto à compressão O concreto é solicitado especificando-se a resistência característica do concreto à compressão, a dimensão (diâmetro) máxima característica do agregado graúdo e o abatimento do concreto fresco (slump) no momento de entrega. 5.1.2 Pedido pelo consumo de cimento O concreto é solicitado especificando-se o consumo de cimento por m3 de concreto, a dimensão (diâmetro) ca- racterística do agregado graúdo e o abatimento (slump) do concreto fresco no momento da entrega. 5.1.3 Pedido pela composição da mistura (traço) O concreto é solicitado especificando-se as quantidades por m3 de cada um dos componentes, incluindo-se adi- tivos, se for o caso. 5.1.4 Exigências complementares Além das exigências constantes em 5.1.1, 5.1.2 e 5.1.3, podem ser solicitadas outras características de parâ- metros entre os quais: a) tipo de cimento; b) marca de cimento; c) aditivo, designado pela função ou denominação comercial; d) relação água-cimento máxima; e) consumo de cimento máximo ou mínimo; f) teor de ar incorporado; g) tipo de lançamento: bombeável, submerso, auto- adensável, etc.; h) características especiais como: teor de argamas- sa ou de agregado miúdo, cor, massa específica e outras; i) propriedades e condições especiais, como: retra- ção, fluência, permeabilidade, módulo de defor- mação, temperatura do concreto, resistividade e outras. NBR 7212/1984 5 5.1.5 Exigências interferentes 5.1.5.1 Quando ocorrer interferência de exigências devem-se fixar valores limites coerentes. 5.1.5.2 A contratante pode, em qualquer modalidade de pedido do concreto, fornecer a dosagem, que deve ser aprovada pela empresa de serviços de concretagem para que permaneça sob responsabilidade desta última o atendimento às características estabelecidas no pedido. 5.2 Entrega do concreto 5.2.1 Local e prazo de entrega 5.2.1.1 O local e o prazo de entrega são designados pela contratante de acordo com o estipulado em contrato ou no pedido. 5.2.1.2 Quando a executante dispõe de equipamentos que executem as operações de mistura e transporte (ca- minhões betoneiras),o concreto pode ser entregue ime- diatamente após a dosagem. 5.2.1.3 Quando a executante efetuar o transporte com equi- pamentos dotados ou não de agitador, o concreto poderá ser entregue dosado e misturado, em equipamento esta- cionário ou em caminhão betoneira. 5.2.1.4 Em qualquer das situações descritas em 5.2.1.1, 5.2.1.2 e 5.2.1.3, devem ser observadas, no que couber, as disposições desta Norma. 5.2.2 Unidade de volume de entrega A unidade de volume de entrega é o m3 de concreto, me- dido enquanto fresco e após adensado. 5.2.3 Verificação física do volume Pode ser efetuado por um dos métodos descritos a seguir: a) conhecida a massa específica do concreto, o vo- lume pode ser obtido a partir das massas totais de cada remessa ou viagem; b) pelo cálculo do volume absoluto total ocupado pelos componentes do concreto, a partir dos volu- mes absolutos de cada um deles; c) por medição direta, mediante o lançamento e adensamento do concreto em recipientes de vo- lume bem definido; d) pelos volumes das formas ou moldes, devendo ser tomadas precauções no que se refere a erros ocasionados por perdas, derramamentos, defor- mações e erros das dimensões das formas. 5.2.4 Volume mínimo de entrega Deve ser fixado de acordo com as especificações do equi- pamento, não se recomendando que esse volume seja inferior a 1/5 da capacidade do equipamento de mistura ou agitação, nem inferior a 1 m3. 5.2.5 Volume máximo de entrega Deve ser compatível com o equipamento de transporte, não excedendo a capacidade nominal de mistura ou agi- tação, conforme as indicações do fabricante. 5.2.6 Fração de volume de entrega Os pedidos devem ser feitos em volumes múltiplos de 0,5 m3, respeitando-se os limites prescritos em 5.2.4 e 5.2.5. 5.3 Documentos de entrega O documento de entrega que acompanha cada remessa de concreto, além dos itens obrigatórios pelos dispositivos legais vigentes, deve conter: a) quantidade de cada componente do concreto; b) volume de concreto; c) hora de início da mistura (primeira adição de agua); d) abatimento do tronco de cone (slump); e) dimensão máxima característica do agregado graúdo; f) resistência característica do concreto à compres- são, quando especificada; g) aditivo utilizado, quando for o caso; h) quantidade de água adicionada na central; i) quantidade máxima de água a ser adicionada na obra; j) menção de todos os demais itens especificados no pedido. 6 Avaliação do desvio-padrão da central pela empresa de serviços de concretagem 6.1 Amostragem 6.1.1 Devem ser retirados exemplares do concreto, consti- tuídos de no mínimo dois corpos-de-prova para cada idade de rompimento, adotando-se o resultado maior dos valores de resistência obtidos (fi). 6.1.2 Os exemplares devem ser tomados aleatoriamente de concretos de mesmo traço, ou de traços diferentes observando o disposto em 6.2.2 e 6.2.3, de forma que se tenha pelo menos um exemplar para cada 50 m3 de con- creto entregues. 6.1.3 Os exemplares devem ser retirados após a descarga de 0,15 e antes que tenha sido descarregado 0,85 do vo- lume transportado, depois de feitas todas as correções e 6 NBR 7212/1984 ajustes previstos nesta Norma e executado o ensaio de abatimento (slump). 6.1.4 Deve ser anotado o abatimento do concreto, o horário em que foram tomadas as amostras, o início e o término da descarga, o local de aplicação, adição suplementar de água, etc., bem como qualquer fato anormal, como por exemplo, a que cimento do concreto. 6.2 Análise estatística O objetivo da análise estatística é a estimativa dos parâ- metros da distribuição dos valores de resistência dos concretos da central. 6.2.1 Tamanho da amostra A amostra deve ser constituída de no mínimo 32 exem- plares. 6.2.1.1 O tamanho da amostra poderá ser reduzido de acordo com a Tabela 1. Tabela 1 - Redução do tamanho da amostra Desvio-padrão Número mínimo de determinado(A) - S n exemplares (MPa) S n > 5 32 5 ≥ S n > 4 25 4 ≥ S n 16 (A) Conforme 6.2.3. 6.2.2 Determinação da média e do desvio-padrão 6.2.2.1 A média e o desvio-padrão são calculados com os resultados, fi, obtidos com um concreto com uma resistên- cia de dosagem escolhida arbitrariamente, f r , que passará a se denominar concreto de referência; recomenda-se que essa resistência seja a de um concreto freqüente- mente solicitado, devendo ser igual ou superior a 22 MPa. 6.2.2.2 A amostra poderá ser constituída de resultados de ensaio de concretos com resistência de dosagem dife- rentes, desde que se adote o procedimento descrito a seguir: a) quando as resistências de dosagem, f cj, forem iguais ou maiores do que 22 MPa, sendo fi os va- lores de resistência dos exemplares, devem ser considerados valores, f'i, obtidos pela expressão: f'i = fr + (fi - fcj) b) quando as resistências de dosagem forem meno- res do que 22 MPa, os valores, f'i, a serem consi- derados são os obtidos pela expressão: cj cji ri f 22)f - (f f f' += 6.2.3 Desvio-padrão O desvio-padrão é calculado pela expressão: ( ) 1 - n 'f - f' S 2 i n = Sendo n if' 'f Σ= Onde: n = o numero de exemplares S n = desvio-padrão da central para as condições consideradas 6.2.4 Coeficiente de variação dentro do ensaio 6.2.4.1 Obtém-se uma estimativa do desvio-padrão dentro do ensaio a partir da média das amplitudes de valores de resistências dos corpos-de-prova de cada exemplar, divididos pelo coeficiente d2, conforme a Tabela 2. Tabela 2 - Coeficiente d2 Número de corpos-de-prova d2 do exemplar 2 1,128 3 1,693 4 2,059 5 2,326 Nota: No caso em que diversos exemplares tenham números de corpos-de-prova diferentes, cada amplitude deverá ser dividida pelo correspondente valor d2, usando-se para o cálculo da média os valores assim obtidos. 6.2.4.2 O coeficiente de variação dentro do ensaio é obtido pelo quociente entre o desvio-padrão, estimado em 6.2.4.1, e a resistência média, expressa em porcentagem. 6.2.5 Análise dos resultados O objetivo dessa interpretação é avaliar o concreto segundo o controle de preparo e cuidados no ensaio. 6.2.5.1 A avaliação do controle de preparo é feita com base no desvio-padrão, conforme a Tabela 3. 6.2.5.2 A avaliação dos ensaios é feita com base no coeficiente de variação dentro do ensaio, conforme a Tabela 4. NBR 7212/1984 7 Tabela 3 - Desvio-padrão Desvio-padrão Local de preparo do (MPa) concreto Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Central 3,0 3,0 - 4,0 4,0 - 5,0 > 5,0 Laboratório 1,5 1,5 - 2,0 2,0 - 2,5 > 2,5 Tabela 4 - Coeficiente de variação Coeficiente de variação Local de preparo do concreto Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Central 3,0 3,0 - 5,0 5,0 - 6,0 > 6,0 laboratório 2,0 2,0 - 4,0 4,0 - 5,0 > 5,0 7 Inspeção 7.1 Inspeção A empresa de serviços de concretagem deve possibilitar à contratante, ou a quem esta venha a delegar, a inspeção da central para efeito de controle de dosagem do con- creto, dos equipamentos de dosagem, mistura, transporte, da estocagem e da qualidade dos materiais. 7.2 Amostragem A amostragem deve ser feita conforme 6.1.3 e 6.1.4. 8 Aceitação e rejeição A aceitação ou rejeição do concreto será baseada nas verificações e ensaios efetuados pela contratante com o objetivo de comprovar as características do concreto e o atendimento as exigências constantes no pedido. O con- creto poderá ser recusado se não atender a pelo menos uma das especificações do pedido. 8.1 Concreto fresco 8.1.1 A aceitação ou rejeição do concreto fresco com- preende a verificação da consistência pelo abatimento do tronco de cone (NBR 7223), ou outro método com a mesma finalidade, desde que previamente especificado e a comprovação da dimensão máxima característica do agregado graúdo solicitada. 8.1.2 No caso deconstarem no pedido do concreto outras exigências, tais como: massa específica, teor de ar in- corporado, relação água/cimento, consumo de cimento, tipo e marca de cimento, tipo de aditivo, temperatura do concreto e outras, deverão ser feitas verificações segundo normas brasileiras e, na falta destas, critérios e métodos previamente acertados entre a contratante e a empresa de serviços de concretagem, visando a comprovação das características especificadas. 8.1.3 Na fixação do abatimento pelo tronco de cone serão admitidas as tolerâncias conforme a Tabela 5. Tabela 5 - Tolerâncias Unid.: mm Abatimento Tolerância De 10 a 90 ± 10 De 100 a 150 ± 20 Acima de 160 ± 30 8.2 Concreto endurecido 8.2.1 A aceitação ou rejeição do concreto endurecido com- preende a verificação pela contratante do atendimento às especificações constantes no pedido. 8.2.2 No caso de constar no pedido a especificação da resistência característica à compressão, devem-se adotar os critérios das normas de projeto e execução vigentes (NBR 6118, NBR 7187, NBR 7197 e NBR 7583). 8.2.3 Se constarem no pedido de concreto outras caracte- rísticas tais como: massa específica, permeabilidade, mó- dulo de deformação e outras, a verificação do atendimento a essas exigências deverá ser feita segundo normas bra- sileiras e, na falta destas, critérios e métodos previamente acertados entre a contratante e a empresa de serviços de concretagem.
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