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ARTIGO - Guia Técnico Sífilis SUS

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Sí�lis Adquirida
Sí�lis na Gestante
Sí�lis Congênita
Guia Técnico
Belo Horizonte
2014
Elaboração
Maria Gorete dos Santos Nogueira
Ricardo Andrade Carmo
Solange Maria Nonato
Projeto Gráfico
Produção Visual - Gerência de Comunicação Social
Secretaria Municipal de Saúde
Sumário
1 Introdução .....................................................................................................................3
2 Classificação, diagnóstico, tratamento e acompanhamento ......................4
 2.1 Sífilis adquirida ....................................................................................................4
 2.1.1 Definição de caso de sífilis adquirida ......................................................4
 2.1.2 Diagnóstico laboratorial ...............................................................................4
 2.2 Sífilis na gestação ...............................................................................................8
 2.2.1 Definição de caso de sífilis em gestantes ...............................................8
 2.2.2 Diagnóstico sorológico .................................................................................8
 2.2.3 Tratamento ........................................................................................................9
 2.2.4 Tratamento inadequado da sífilis materna ......................................... 10
 2.2.5 Recomendações para o seguimento da sífilis materna ................. 10
 2.3 Sífilis congênita ................................................................................................ 11
 2.3.1 Classificação .................................................................................................. 11
 2.3.2 Definição de caso ......................................................................................... 12
 2.4 Manejo clínico .................................................................................................. 13
 2.4.1 Período neonatal .......................................................................................... 13
 2.4.2 No período Pós-Neonatal (após 28º dia de vida) ........................... 14
 2.4.3 Seguimento .................................................................................................... 14
3 Que ações de saúde devem ser executadas para gerar impacto? ......... 15
4 Coinfecção sífilis-HIV na gestação .................................................................... 15
 Referências bibliográficas ...................................................................................... 16
 Anexos .......................................................................................................................... 17
1. Nota Técnica Conjunta Nº 391/2012/SAS/SVS/MS ................................. 17
2. Portaria Nº 3.161, de 27 de Dezembro de 2011 ...................................... 21
Sífilis adquirida, sífilis na gestante e sífilis congênita
3
Introdução1
A sífilis é doença infecciosa, causada pelo Treponema pallidum, de transmissão sexu-
al ou materno-fetal, sistêmica e de evolução crônica, sujeita a surtos de agudização e 
períodos de latência clínica. O risco de transmissão sexual é cerca de 60%. A lesão inicial 
da sífilis, nem sempre presente, ocorre mais comumente na área genital. A infecção na 
gestante pode ocorrer em qualquer fase da gestação e o risco de transmissão para o 
concepto é maior em mulheres com sífilis primária e secundária, não tratadas adequa-
damente, com consequências graves para o concepto. Até 40% dos casos da infecção 
na gestação pode resultar em morte fetal, aborto espontâneo e natimorto ou, ainda, 
morte neonatal precoce e prematuridade. 
Apesar das facilidades de diagnóstico e do tratamento de baixo custo, disponíveis 
na rede básica do Sistema Único de Saúde, o número de casos da sífilis tem aumentado 
em todo o país nos últimos anos. Em 2011, as taxas nacionais de detecção da sífilis na 
gestação e a incidência da sífilis congênita foram, respectivamente, de 5,0 e 3,3 casos 
para cada 1.000 nascidos vivos. No mesmo ano, em Belo Horizonte, foram notificados 
1686 casos da sífilis adquirida, com incidências de 8,0 casos da sífilis na gestante e 4,4 
casos da sífilis congênita, para cada 1000 nascidos vivos. Em 2012 e 2013 essas taxas 
anuais da gestante e criança no município ficaram, respectivamente, em torno de 14,0 
e 5,0 casos, com tendência a aumentar. Considera-se que esse aumento, em parte, seja 
devido às ações e esforços para o fortalecimento dos serviços de pré-natal, da assis-
tência ao parto e da neonatologia, com o aumento da realização do diagnóstico e da 
notificação de casos. Contudo, observa-se, concomitantemente, aumento de pessoas 
com sífilis adquirida, a cada ano.
A prevenção da sífilis congênita pode ser feita com práticas relativamente simples, 
de baixo custo, disponíveis e altamente eficazes, que incluem o diagnóstico da sífilis 
materna e o tratamento adequado da gestante e de seu(s) parceiro(s). Assim, a abor-
dagem da sífilis congênita tornou-se prioridade política do Ministério da Saúde e da 
Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte. Dentre outras medidas, o Ministério 
da Saúde tem ampliado o acesso da população brasileira ao diagnóstico da sífilis, com 
a implantação do teste rápido nas unidades de Atenção Básica à Saúde e maternidades 
do país, a ser empregado, em especial, no pré-natal e na assistência ao parto, no âmbito 
das diretrizes do projeto Cegonha. 
O nosso objetivo maior é tornar mais efetivas as medidas de prevenção, com a prá-
tica dos protocolos de assistência à gestante, dentre eles, o da sífilis, como parte das 
ações que têm sido implantadas e implementadas para melhorar a assistência ao pré-
-natal. Sabemos que, para a eliminação sustentada da sífilis congênita e o controle da 
sífilis adquirida, é preciso somar esforços para a conscientização e adesão aos cuidados 
para a prática do sexo seguro, assegurar assistência qualificada à mulher, ampliar ações 
focadas na saúde sexual e reprodutiva e na saúde do homem, além de diagnosticar e 
tratar adequadamente todas as formas da sífilis. Nesse sentido, este guia, cujo alvo prin-
Guia técnico Sífilis
4
Classificação, diagnóstico, tratamento e 
acompanhamento
Sífilis adquirida
2.1.1 Definição de caso de sífilis adquirida
2.1.2 Diagnóstico laboratorial
2
2.1
cipal é a abordagem clínica da sífilis congênita e da gestante, foi revisado e ampliado 
na parte que trata do diagnóstico e do tratamento da sífilis adquirida. 
• Todo indivíduo assintomático ou sintomático (lesões compatíveis com sífilis 
primária ou secundária) e teste não treponêmico reagente com qualquer titu-
lação e teste treponêmico reagente;
• Todo indivíduo com teste não treponêmico elevado (≥ 1:8) e teste treponêmico 
reagente;
• Todo indivíduo sintomático, com identificação do Treponema (microscopia de 
campo escuro) positivo, independente dos testes não treponêmico e teste tre-
ponêmico (válido para os casos de lesões de inoculação em fases precoces, 
ainda sem positivação dos testes sorológicos). 
Pesquisa do T. pallidum 
É realizada através da microscopia de campo, em material coletado de lesão da sífilis 
primária ou secundária, de biópsia ou autópsia. Geralmente é disponibilizado nos ser-
viços especializados de atendimento em ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis). 
O Teste de biologia molecular – PCR (Polymerase Chain Reaction) para detecção de DNA 
do Treponema pode ser realizado no sangue, no líquor ou em tecidos, mas está restrito 
a laboratórios de pesquisa.
Diagnóstico Sorológico
O diagnóstico sorológico da sífilis é dado pelo teste não treponêmico VDRL (Veneral 
Disease Research Laboratorial) e/ou por testes treponêmicos, FTA-abs (Fluorescense Trepo-
nema pallidum Absorption Test), ELISA (Ensyme Linked Immuno Sorbent Assay), HAI (Hema-
glutinação indireta) e RIFI (Reação de Imunofluorescência Indireta). Tornam-sereagentes 
cerca de uma semana após o aparecimento do cancro duro. A sorologia não treponêmi-
ca (VDRL), por ser passível de titulação, é usada no seguimento terapêutico. Sua titulação 
cai após o tratamento adequado e tende a negativar-se na sífilis recente tratada, porém 
Sífilis adquirida, sífilis na gestante e sífilis congênita
5
na sífilis tardia os títulos podem persistir baixos por anos. Os testes treponêmicos para 
anticorpos IgM tornam-se positivos somente na sífilis em ativida¬de, tendendo à negati-
vação após terapêutica eficaz. Pessoas com títulos baixos em testes não treponêmicos e 
teste treponêmicos positivo, sem registro de tratamento, devem ser consideradas como 
portadoras de sífilis latente tardia e serem submetidas ao tratamento.
O teste rápido da sífilis, disponibilizado recentemente, é mais uma ferramenta para 
ampliação do diagnóstico da sífilis. São práticos, de fácil execução, que pode ser reali-
zado em amostra de sangue total colhida por punção digital ou venosa, com leitura de 
resultado em 15 a 20 minutos, sem uso de equipamentos. Trata-se de teste treponêmi-
co, também para triagem, conforme Portaria nº 3.242, de 30 de dezembro de 2011 que 
dispõe sobre o Fluxograma Laboratorial da Sífilis (figura 1). Orienta-se que diante de um 
teste rápido com resultado reagente, deverá proceder à coleta de sangue venoso para 
realização do VDRL e o agendamento de consulta médica. Para o diagnóstico labora-
torial da sífilis são necessários exames treponêmicos e não treponêmicos. Quando o 
teste rápido for utilizado como triagem, nos casos reagentes, uma amostra de sangue 
venoso deverá ser coletada e encaminhada para confirmação laboratorial.
Reportar no laudo o 
resultado do teste
Reportar no laudo o 
resultado dos 2 testes
Reportar no laudo o 
resultado dos 3 testes
Reagente Não Reagente
Reagente Não Reagente Indeterminado
Reagente Não Reagente Indeterminado
Teste 1 - Não Treponêmico
Teste 2 - Treponêmico
Teste 3 - 2º Metodologia 
Treponêmica
Reportar no laudo o 
resultado dos 2 testes
Reportar no laudo o 
resultado dos 3 testes
Reportar no laudo o 
resultado do teste
Realizar reste Tre-
ponêmico diferente 
da metodologia já 
utilizada. Persistindo 
resultado indetermi-
nado solicitar nova 
amostra após 30 dias 
e submeter ao fluxo-
grama laboratorial 
da Sífilis
Reagente
Reagente
Não Reagente
Não Reagente
ReagenteNão ReagenteIndeterminado
Indeterminado
Indeterminado
Teste 2 - Não Treponêmico
Teste 1 - Treponêmico
Teste 3 - 2º Metodologia 
Treponêmica
Figura 1. Fluxograma do diagnóstico laboratorial da sífilis
Guia técnico Sífilis
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Sífilis adquirida, sífilis na gestante e sífilis congênita
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B.
Guia técnico Sífilis
8
Observações:
• Todos os casos de sífilis adquirida, sífilis na gestante e sífilis congênita devem ser notificados; 
• Casos de sífilis adquirida, incluindo mulheres não gestantes e não nutrizes, com comprovada 
história de hipersensibilidade à penicilina, após teste de dessensibilizacão, deverão ser tratadas 
com eritromicina (estearato) 500mg (01 comprimido) de 6/6 h, via oral, por 15 dias, para a sífilis 
recente, ou por 30 dias, para a sífilis tardia. Outra opção é a doxiciclina, 100 mg (1 comprimido) de 
12/12 horas, por 15 dias, para a sífilis recente, e por 30 dias, para a sífilis tardia;
• Considera-se resposta adequada ao tratamento, o declínio dos títulos durante o primeiro ano. 
Deve-se manter acompanhamento trimestral no segundo ano, se ainda houver reatividade com 
titulações decrescentes ou baixas persistentes. O tratamento deve ser reiniciado em caso de in-
terrupção do mesmo, ou se houver quadruplicação dos títulos (ex.: de 1:2 para 1:8) em relação ao 
último VDRL realizado. Nesse caso, deve-se verificar se o parceiro foi tratado, a indicação de novo 
tratamento para o mesmo e o uso regular de preservativos nas relações sexuais;
• Casos suspeitos de neurossífilis (sintomas neurológicos), ou com imunodeficiência e/ou infecção 
pelo HIV, devem ser encaminhados para propedêutica e tratamento nos Serviços Ambulatoriais 
Especializados em Infectologia (SAEs) ou hospitais de referência em doenças infectoparasitárias 
e doenças sexualmente transmissíveis;
• As pessoas com testes positivos para o HIV deverão ser encaminhadas para os SAEs em DST/Aids 
e Hepatites Virais.
Sífilis na gestação
2.2.1 Definição de caso de sífilis em gestantes
2.2.2 Diagnóstico sorológico
2.2
• Caso suspeito: gestante que durante o pré-natal apresente evidencia clínica da 
sífilis, ou teste não treponêmico reagente com qualquer titulação;
• Caso confirmado: a gestante deve ter o teste treponêmico reagente, com teste 
não treponêmico reagente com qualquer titulação, independente de qualquer 
evidência clínica ou ter teste treponêmico reagente e teste não treponêmico 
não reagente ou não realizado, sem registro de tratamento prévio.
• O diagnóstico sorológico da gestante usualmente é feito pelos testes não tre-
ponêmico VDRL e/ou não treponêmicos;
• O VDRL deve ser realizado, de rotina, na primeira consulta, idealmente no início 
do primeiro trimestre e repetido no início do 3o trimestre (entre 29a a 32a se-
manas de gestação) e no momento do parto. Está indicado, rotineiramente, em 
todas as mulheres admitidas nas maternidades para curetagem e abortamentos;
• O teste rápido da sífilis prevê a triagem da sífilis da gestante e de suas parcerias 
sexuais. Nos casos de gestante e/ou de seu (s) parceiro (s), com o teste rápido 
positivo, em que sejam pouco confiáveis a realização posterior do VDRL e o re-
torno à unidade de saúde, deve-se instituir prontamente o tratamento da sífilis, 
Sífilis adquirida, sífilis na gestante e sífilis congênita
9
2.2.3 Tratamento
com o objetivo de eliminar possíveis casos de transmissão vertical da infecção. 
Também deve ser indicado tratamento imediato quando não houver histórico 
de sífilis registrado em prontuário da gestante ou inexistência de comprovação 
de tratamento adequado para a sífilis no passado. Em todos os casos de teste 
rápido positivo, deverão ser solicitados a coleta de sangue para fazer o VDRL e 
o agendamento de consulta médica;
• Na rede municipal de saúde de Belo Horizonte, durante o acompanhamento 
pré-natal, os pedidos de exames devem ser feitos como “Sorologia para Sífilis”, 
assim, o Laboratório Distrital realizará automaticamente o teste treponêmico 
sempre que o VDRL for menor 1/8, conforme o fluxograma a seguir (figura 2). 
Resultados falsos positivos podem ocorrer devido a reações cruzadas com ou-
tras infecções treponêmicas ou outras doenças como hanseníase, lúpus e artri-
te reumatóide, dentre outras.
VDRL
1ª Consulta
TRATAR*
TRATAR*
POSITIVO
Negativo
Negativo
História conhecida e 
tratamento adeuado
Investigar história/
Antecedentes
Cicatriz sorológica História ignorada
Falso-PositivoTreponêmico(TPHA, FTA-Abs, ELISA ou RIF)
Descartar
Investigar: colagenases, 
hanseníase, etc
≥ 1/8 < 1/8
Repetir no
3º trimestre
Figura 1. Fluxograma do diagnóstico laboratorial e do tratamento da sífilis na gestante
* Esforços devem ser feitos para a 
realização do teste treponêmico, 
em especial o teste rápido.
O tratamento para gestantes e puérperas deve ser feito conforme o estágio da doença.
Classificação Esquema terapêutico Dose total Controle de cura
Sífilis primária
(< 1 ano)
Penicilina G Benzatina 
2.400.000 UI, via intramuscular 
(1.200.00 U.I., em cada glúteo), 
em dose única.
Dose total de 
2.400.000 UI
Exame sorológico não trepo-
nêmico (VDRL) MENSAL.
Sífilis secundária 
ou latente recente
(< 1 ano)
Penicilina G Benzatina 
2.400.000 UI, via intramuscular 
(1.200.000 U.I, em cada glúteo), 
repetida após 1 semana.
Dose total de 
4.800.000 UI.
Exame sorológico não trepo-
nêmico (VDRL) MENSAL.
Guia técnico Sífilis
10
Classificação Esquema terapêutico Dose total Controle de cura
Sífilis terciária ou
latente tardia
(> 1 ano ou dura-
ção ignorada)
Penicilina G Benzatina 
2.400.000 UI, via intramuscular 
(1.200.000 U.I, em cada glúteo), 
semanalmente, por 3 semanas.
Dose total de 
7.2000.000 UI
Exame sorológico não trepo-
nêmico (VDRL) MENSAL.
Observações:
• Em todos os casos de diagnóstico de sífilis na gestante, o(s) parceiro(s) sexual(ais) deve(m) 
receber, de imediato, o tratamento para sífilis, independente da realização da sorologia ou 
do resultado do teste rápido. Também deverá ser solicitado o VDRL para acompanhamento;
• Gestantes e nutrizes, com comprovada história de hipersensibilidade à penicilina, após teste de 
dessensibilizacão, deverão ser tratadas com eritromicina (estearato) 500mg (01 comprimido) de 
6/6 h, via oral, por 15 dias, para a sífilis recente, ou por 30 dias, para a sífilis tardia. Assinala-se que 
essa gestante não será considerada adequadamente tratada para sífilis gestacional, sendo obri-
gatória a investigação e o tratamento adequado do recém-nascido após o parto;
• O tratamento deve ser reiniciado em caso de interrupção do mesmo, ou se houver quadrupli-
cação dos títulos (ex.: de 1:2 para 1:8) em relação ao último VDRL realizado. Deve-se verificar se 
o parceiro foi tratado adequadamente, a indicação de novo tratamento para o mesmo e o uso 
regular de preservativos às relações sexuais;
• Nos casos de gestantes que se apresentem na fase secundária da doença, a primeira dose do 
tratamento deverá ser realizada, idealmente, em ambiente hospitalar, devido à possibilidade de 
desenvolvimento da Reação de Jarish-Herxheimer e risco potencial de abortamento. Os principais 
sintomas da reação são febre, calafrios, mialgia, dor de cabeça, hipotensão, taquicardia e acentu-
ação das lesões cutâneas.
2.2.4 Tratamento inadequado da sífilis materna
2.2.5 Recomendações para o seguimento da sífilis materna
Considera-se tratamento inadequado da sífilis as seguintes situações:
1. Todo tratamento realizado com qualquer medicamento que não seja penicilina.
2. Tempo de tratamento incompleto, mesmo tendo sido realizado com penicilina.
3. Tratamento inadequado para a fase clínica da sífilis. 
4. Tratamento realizado ou finalizado em período menor que 30 dias antes do parto.
5. Parceiro não tratado, ou tratado inadequadamente e manteve contato sexual 
com a gestante após seu tratamento.Casos de gestantes que estão sem parceiro 
(s) sexual (ais) por ocasião do diagnóstico e o (s) mesmo (s) não foi (ram) encon-
trado (s), esse critério não será considerado para o diagnóstico de sífilis materna.
• Reforçar a orientação sobre os riscos relacionados à infecção pelo Treponema 
pallidum por meio da transmissão sexual, para que as mulheres com sífilis e 
seu(s) parceiro(s) tenham práticas sexuais seguras;
• Recomendar o uso rotineiro de preservativos sexuais (masculino e feminino), 
durante e após o tratamento;
Sífilis adquirida, sífilis na gestante e sífilis congênita
11
• Realizar o controle de cura mensal por meio do VDRL, considerando resposta 
adequada ao tratamento o declínio dos títulos em duas titulações em até 06 
meses. Muitas mulheres chegarão ao parto sem ter alcançado essa queda dos 
títulos. Recomenda-se, então, avaliar o tratamento realizado da gestante e do 
parceiro, e a possibilidade de coinfecção pelo HIV para a definição de condutas;
• Reiniciar o tratamento em caso de interrupção do mesmo, ou se houver qua-
druplicação dos títulos de VDRL (ex.: de 1:2 para 1:8).
Sífilis congênita
2.3.1 Classificação 
2.3
A sífilis congênita é classificada em PRECOCE e TARDIA, conforme período de início 
dos sintomas, respectivamente, antes e após os dois anos de idade da criança.
A sífilis congênita precoce inclui aborto espontâneo, natimorto ou morte perinatal 
que ocorre em aproximadamente 40% dos conceptos infectados, a partir de mães não 
tratadas. Cerca de 30% das crianças infectadas são assintomáticas ao nascimento, com 
surgimento dos sintomas durante os primeiros três meses de vida. A infecção pode 
ser fulminante e disseminada, e os sinais e sintomas mais comuns são febre, anemia, 
retardo no desenvolvimento, irritabilidade, lesões mucocutâneas (rash maculopapular 
no tronco, palmas das mãos e plantas dos pés, condiloma lata e erupções bolhosas), 
rinite sero-sanguinolenta, hepatoesplenomegalia, icterícia, ascite, glomerulonefrite, lin-
fadenopatia, dactilite, e pseudoparalisia devido à osteocondrite. Esta última pode ser 
generalizada e acompanhada de pericondrite, afetando todos os ossos do esqueleto, 
mais acentuadamente no nariz e na tíbia. Fazem parte do quadro sintomas oculares e 
neurológicos, hemólise e trombocitopenia. Dadas as múltiplas apresentações da sífilis 
congênita, esta deve ser considerada no diagnóstico diferencial de toda doença grave 
em recém-nascidos, mesmo que a mãe seja soronegativa no momento do parto, uma 
vez que a infecção pode ter sido muito recente. 
A sífilis congênita tardia caracteriza-se por deformações ósseas variadas, mani-
festas como fronte olímpica e tíbia em lâmina de sabre (achatamento lateral), pelos 
chamados dentes de Hutchinson (incisivos e molares espaçados e com entalhamento 
central), arco do palato alto, protuberância da mandíbula, espessamento esterno-clavi-
cular, nariz em sela (achatamento da parte superior / ponte do nariz). Outras alterações 
gerais incluem rágades (cicatrizes lineares periorais), paresia juvenil, linfadenomegalia, 
hepatoesplenomegalia, sintomas neurológicos, incluindo déficits graves, ceratite in-
tersticial (opacidade da córnea), surdez por lesão do 8º nervo craniano, articulações de 
Clutton (derrames articulares indolores) e gomas (nodulações subcutâneas por proces-
so inflamatório e que sofrem degeneção). As manifestações de sífilis congênita tardia 
tornaram-se raras, na época, após o uso da penicilina. 
Nenhum recém-nascido deve ter alta do hospital sem se ter a informação da reali-
Guia técnico Sífilis
12
zação de sorologia para sífilis da mãe e/ou do recém-nascido (condição necessária para 
pagamento da AIH de internação na maternidade).
2.3.2 Definição de caso 
Para fins de vigilância epidemiológica, quatro critérios compõem a definição de ca-
sos de sífilis congênita:
1º - Criança cuja mãe apresente, durante o pré-natal ou no momento do parto, 
testes para sífilis não treponêmico reagente com qualquer titulação E teste 
treponêmico reagente, que não tenha sido tratada ou tenha recebido trata-
mento inadequado.
 Criança cuja mãe não foi diagnosticada com sífilis durante a gestação e, na 
impossibilidade da maternidade realizar o teste treponêmico, apresenta teste 
não treponêmico reagente com qualquer titulação no momento do parto.
 Criança cuja mãe não foi diagnosticada com sífilis durante a gestação e, na 
impossibilidade da maternidade realizar o teste não treponêmico, apresenta 
teste treponêmico reagente com qualquer titulação no momento do parto.
 Criança cuja mãe apresente teste treponêmico reagente e teste não treponê-
mico não reagente no momento do parto sem registro de tratamento prévio.
2º - Todo indivíduo menor de 13 anos de idade, com pelo menos uma das se-
guintes evidências sorológicas: títulos de testes não treponêmicos maiores do 
que os da mãe, ascendentes ou reagentes após seis meses de idade (exceto 
as situações de seguimento terapêutico), ou testes treponêmicos reagentes 
após 18 meses de idade (afastada a possibilidade de infecção adquirida) e tes-
te não treponêmico reagente e evidência clínica ou liquórica ou radiológica 
de sífilis congênita.
3º - Aborto ou natimorto, de mãe com sorologia não treponêmica reagente para 
sífilis em qualquer titulação ou treponêmica reagente, realizada no pré-natal, 
ou no momento do parto ou da curetagem, que não tenha sido tratada ou 
tenha recebido tratamento inadequado. 
4º - Toda situação de evidência de infecção pelo Treponema pallidum, por meio de 
exames microbiológicos, na placenta e no cordão umbilical e/ou em amostras 
de lesão, biópsia ou necropsia de criança, produto de aborto ou natimorto.
Sífilis adquirida, sífilis na gestante e sífilis congênita
13
2.4.1 Período neonatal
Manejo clínico2.4
Os casos de sífilis congênita receberão a primeira abordagem ainda na maternidade 
e, após alta hospitalar, deverão ser encaminhados para o serviço de referência, CTR DIP 
Orestes Diniz, situado à Alameda Álvaro Celso, 241, bairro Santa Efigênia. A marcação da 
consulta pode ser feita pelo telefone 3277-4341. A equipe do Centro de Saúde de refe-
rência da família deve manter o acompanhamento conjunto da criança. O tratamento 
da criança com sífilis congênita, tanto neonatal quanto pós-neonatal, deve ser feito de 
acordo com as recomendações a seguir. 
Em todo caso de sífilis congênita, suspeita ou confirmada (gestante com sífilis con-
firmada ou suspeita, tratada ou não, e recém-nascido com suspeita clínica da doença) 
deve-se realizar o VDRL em amostra pareada de sangue periférico, da mãe e do recém-
-nascido, e adotar conduta de acordo com os critérios abaixo: 
A - Recém-nascidos de mães com sífilis não tratada ou inadequadamente tra-
tada: realizar VDRL da mãe e da criança, e hemograma, radiografia de ossos 
longos e punção lombar da criança (na impossibilidade de realizar este último 
procedimento, tratar o caso como neurossífilis): 
A.1 - Se houver alterações clínicas e/ou sorológica, radiológica ou hemato-
lógica, o tratamento deve ser feito com penicilina G cristalina na dose de 
50.000UI/Kg/dose, por via endovenosa, a cada 12 horas nos primeiros 7 dias 
de vida e, posteriormente, a cada 8 horas, durante 10 dias; ou penicilina G 
procaína 50.000UI/Kg, dose única diária, IM, durante 10 dias.
A.2 - Se houver alteração liquórica, o tratamento deverá ser realizado com pe-
nicilina G cristalina, 50.000UI/Kg/dose, endovenosa, a cada 12 horas nos pri-
meiros 7 dias de vida posteriormente a cada 8 horas, durante 10 dias. Líquor 
de recém-nascido com leucocitose (mais de 25 células/mm³) e proteínas 
aumentadas (mais de 150 mg/dl) deve ser considerado como evidência de 
neurossífilis. O VDRL positivo no líquor é considerado diagnóstico de neu-
rossífilis, independente das alterações bioquímicas. 
A.3 - Se não houver alterações clínicas e nem dos exames complementares 
(sorologia, líquor, radiologia e hematologia), fazer o tratamento com peni-
cilina G benzatina por via intramuscular, na doseúnica de 50.000 UI/Kg. O 
acompanhamento é obrigatório, incluindo o seguimento com VDRL sérico 
após conclusão do tratamento (ver seguimento adiante). Sendo impossível 
garantir o acompanhamento, o recém-nascido deverá ser tratado confor-
me item A.1.
Guia técnico Sífilis
14
B - Nos recém-nascidos de mães adequadamente tratadas, realizar VDRL da 
mãe e da criança.
B.1- Se o VDRL for reagente, com titulação maior do que a materna, e/ou na 
presença de alterações clínicas, deve realizar hemograma, radiografia de 
ossos longos e análise do LCR. Seguir conduta como A1 ou A2. 
B.2 - Nos recém-nascidos assintomáticos, com títulos iguais ou menores 
que o materno:
B.2.1 - Se título reagente, acompanhar clinicamente (ver seção “seguimen-
to”). Na impossibilidade do seguimento clínico, conduzir como B.1
B.2.2 - Se o VDRL for não reagente, proceder apenas ao seguimento clínico-
-laboratorial (ver seção “seguimento”). Na impossibilidade de garantir o 
seguimento, fazer o tratamento com penicilina G benzatina, IM, dose úni-
ca de 50.000 UI/Kg.
2.4.2 No período Pós-Neonatal (após 28º dia de vida)
2.4.3 Seguimento
Crianças com quadros clínico e sorológico sugestivos de sífilis congênita devem ser 
cuidadosamente investigadas, obedecendo-se à rotina acima referida. Confirmando-se 
o diagnóstico, proceder ao tratamento conforme preconizado, observando-se que o 
intervalo das aplicações para a penicilina G cristalina, que deve ser de 04 em 04 horas, 
e para a penicilina G procaína, de 12 em 12 horas, mantendo-se os mesmos esquemas 
de doses recomendados.
As alterações liquóricas sugestivas de neurossífilis são a concentração de proteínas 
acima de 40 mg/dl e/ou contagem de leucócitos igual ou maior do que 05 células/
mm³. O VDRL positivo no líquor é considerado diagnóstico de neurossífilis, indepen-
dente de alterações bioquímicas. 
• Consultas ambulatoriais mensais até o 6o mês de vida e bimensais do 6º ao 12º mês;
• Realizar VDRL com 01 mês, 03, 06, 12 e 18 meses de idade, interrompendo o 
seguimento com dois exames consecutivos de VDRL negativos;
• Realizar teste treponêmco (TPHA ou FTA-Abs) após os 18 meses de idade para 
a confirmação do caso;
• Em recém-nascidos com sorologia (VDRL) não reagente, mas com suspeita epi-
demiológica, deve-se repetir o teste sorológico a partir do terceiro mês de vida. ;
• Caso sejam observados sinais clínicos compatíveis com a infecção treponêmica 
congênita, deve-se proceder à repetição dos exames sorológicos, ainda que 
não esteja no momento previsto acima;
Sífilis adquirida, sífilis na gestante e sífilis congênita
15
• Diante de elevação do título sorológico ou da sua não negativação até os 18 meses 
de idade, reinvestigar o paciente e proceder ao tratamento;
• Deve ser realizado acompanhamento oftalmológico, neurológico e audiológico 
semestralmente nos primeiros dois anos de vida nos casos de neurossífilis ou com 
manifestações clínicas e/ou titulação de VDRL ascente ou que não se torna negati-
vo até o sexto mês de vida;
• Nos casos em que o LCR se mostrou alterado, deve ser realizada reavaliação liquóri-
ca a cada 06 meses, até a normalização do mesmo. Alterações persistentes indicam 
reavaliação clínico-laboratorial completa e novo tratamento;
• Nos casos de crianças tratadas de forma inadequada, na dose e/ou tempo do trata-
mento preconizado, deve-se convocar a criança para reavaliação clínico-laborato-
rial, e reiniciar o tratamento, obedecendo aos esquemas anteriormente descritos.
Que ações de saúde devem ser executadas para 
gerar impacto?
Coinfecção sífilis-HIV na gestação
3
4
• Sensibilização e mobilização dos profissionais da atenção básica que realizam 
o pré-natal;
• Captação da gestante e o início precoce do pré-natal;
• Realização do VDRL ou do teste rápido para sífilis no primeiro trimestre da ges-
tação, no 3º trimestre (da 29ª a 32ª semanas) e na admissão para o parto;
• Instituição do tratamento adequado da gestante e do(s) seu(s) parceiro(s);
• Tratamento de todos os casos diagnosticados de sífilis congênita;
• Notificação dos casos de sífilis adquirida, congênita e de gestantes;
• Investigação, por equipe multiprofissional, dos casos de sífilis congênita, para 
detecção e correção de eventuais problemas assistenciais.
Na coinfecção sífilis-HIV, as manifestações da sífilis podem ser atípicas, com lesões 
mucocutâneas não características, envolvimento neurológico mais precocemente e 
testes não-treponêmicos que se positivam mais tardiamente ou até mesmo permane-
cem falso-negativos, em relação à sífilis isolada. Há maior risco de falência terapêutica 
nesses casos. Entretanto, os esquemas terapêuticos preconizados para os não coinfec-
tados têm-se mostrado eficazes para os coinfectados. Gestantes coinfectadas podem 
apresentar discordância entre a eficácia terapêutica e a queda dos títulos sorológicos. 
Essas pacientes e seus recém-nascidos devem ser acompanhados nos Serviços de Re-
ferência (SAEs) em Infectologia, em conjunto com os Centros de Saúde de referência. 
Guia técnico Sífilis
16
1 - Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. Protocolo prevenção e abordagem das 
doenças sexualmente transmissíveis, 2009. 
 
2 - Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. Protocolo de pré-natal e puerpério, 2009. 
www.pbh.gov.br 
3 - Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de 
Atenção Básica. HIV/Aids, hepatites e outras DST. Cadernos de Atenção Básica nº 18 
– Brasília: Ministério da Saúde, 2006. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ab-
cad18.pdf.
4 - Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacio-
nal de DST e Aids. Diretrizes para o controle da Sífilis Congênita - Série Manuais no 24. 
Brasília: Ministério da Saúde, 2006. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manu-
al_sifilis_bolso.pdf.
5 - Brasil. Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte. Gerência de Assistência 
à Saúde. Guia Técnico – Sífilis Congênita, 2009. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publica-
coes/manual_pos-vacinacao.pdf. 
7 - NOTA TÉCNICA CONJUNTA N° 391/2012/3ASISVS/MS. Realização do teste rápido 
da sífiis na Atenção Básica no âmbito da Rede Cegonha. http://189.28.128.100/dab/
docs/sistemas/redecegonha/nt_n391_sifilis.pdf. Anexo1.
8 - PORTARIA Nº 3.161, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2011. Dispõe sobre a admi-
nistração da penicilina nas unidades de Atenção Básica à Saúde, no âmbito do Sis-
tema Único de Saúde (SUS). http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/
prt3161_27_12_2011.html. Anexo2.
9 - PORTARIA Nº- 3.242, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2011. Dispõe sobre o Fluxograma La-
boratorial da Sífilis e a utilização de testes rápidos para triagem da sífilis em situações es-
peciais. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt3242_30_12_2011.html.
10- Junior JFA. Uveíte e lesões primárias disseminadas na sífilis adquirida. DST – J 
bras Doenças Sex Transm. 2007;19(3-4): 180-183.
Referências bibliográficas 
Sífilis adquirida, sífilis na gestante e sífilis congênita
17
NOTA TÉCNICA CONJUNTA Nº 391/2012/SAS/SVS/MS
1 - A sífilis continua a ser um problema mundial. A OMS estima que 12 milhões de 
pessoas sejam infectadas todos os anos, apesar de existirem medidas de prevenção 
eficazes como preservativos e opções de tratamento de baixo custo. As mulheres grá-
vidas infectadas pela sífilis podem transmitir a infecção ao feto, causando sífilis congê-
nita, com consequências graves na gestação, no feto e no recém-nascido.!
2 - No Brasil, a transmissão vertical da sífilis permanece como grande problema de 
saúde públilca. Em 2011 os dados registrados no Sistema de Informação de Agravos 
de Notificação – SINAN mostram uma taxa de detecção de 3,3 casos por mil nascidos 
vivos, variando de acordo com a região de residência. A sífilis congênita é importante 
marcador da qualidade de assistência no pré-natal. 
3 - Nas gestantes com sífilis recente não tratada a taxa de transmissão vertical é de 
70% a 100%, e na sífilis tardia de 30%, podendo ocorrer abortamento, natimorto ou 
morteperinatal em aproximadamente 40% das crianças infectadas. Mais de 50% dessas 
crianças são assintomáticas no nascimento, com grande possibilidade de desenvolvi-
mento de graves sequelas, torna-se essencial o diagnóstico e do tratamento oportuno 
da gestante no pré-natal.!!
4 - A sífilis congênita é uma doença de fácil prevenção, mediante acesso preco-
ce à testagem no pré-natal e tratamento adequado das gestantes positivas que inclui 
tratamento do parceiro. A política de prevenção da mortalidade materno-infantil do 
Pacto pela Saúde – Ministério da Saúde (2006) inclui metas de redução da transmis-
são vertical da sífilis. Para tanto, o Ministério da Saúde vem conduzindo o processo de 
implantação da Rede Cegonha em que, no seu componente pré-natal, visa garantir a 
oferta de teste rápido para a triagem da sífilis no acolhimento ou na primeira consulta 
da gestante na Unidade Básica de Saúde – UBS.
Assunto: Realização do teste rápido da sífilis na Atenção Básica no âmbito da Rede Cegonha
Anexo 1
Guia técnico Sífilis
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5 - Para que essa ação ocorra foram instituídas as seguintes normativas para a reali-
zação dos testes rápidos e tratamento oportuno:
- Portaria nº 3.161 de 27 de dezembro de 2011 – dispões sobre a administra-
ção da Penicilina nas Unidades Básicas de Saúde – UBS, no âmbito do Sistema 
Único de Saúde;
 - Portaria nº 3.242 30 de dezembro de 2011 – dispões sobre o Fluxograma 
Laboratorial da Sífilis e a utilização dos testes rápidos para triagem da sífilis em 
situações especiais e apresenta outras recomendações;
 - Portaria nº 77 de 12 de janeiro de 2012 - dispões sobre a realização dos testes 
rápidos, na atenção básica, para a detecção de HIV e sífilis, assim como testes 
rápidos para outros agravos, no âmbito da atenção ao pré-natal para a gestante 
e sua (s) parceria (s) sexuais.
 - Portaria nº 1.459, de 24 de junho de 2011 – Institui no âmbito do Sistema 
Único de Saúde – a rede Cegonha. 
6 - O teste rápido da sífilis deverá ser realizado nas Unidades Básicas de Saúde por 
profissionais de saúde capacitados para execução, leitura, interpretação dos resultados 
e emissão de laudo. A A responsabilidade pela capacitação desses profissionais é local, 
integrada com Atenção Básica, a área Técnica da Saúde da mulher e Coordenadores de 
DST e Aids, que são agentes fundamentais para organização, levando em consideração 
outros atores apoiadores das redes, membros do grupo de Condutor da Rede Cego-
nha) e instituições a exemplo das Comissões de Integração Ensino-Serviço – CIEVS, 
universidades, etc. 
7- O teste rápido da sífilis é um teste treponêmico, para triagem. Em caso de tes-
te reagente, tanto da gestante quanto da(s) sua (s) parceria (s), deverá ser realizada 
a coleta venosa para pesquisa laboratorial da sífilis, conforme portaria GM/MS nº 
3.242 citada anteriormente. 
8 - Cada Unidade Básica de Saúde deverá avaliar sua estrutura física e de atendimen-
to para estabelecer o processo de trabalho mais adequado para a realização do teste rá-
pido considerando as etapas de sua execução quais sejam: aconselhamento pré-teste, 
realização do teste, encaminhamento da amostra para o laboratório (quando necessá-
rio), aconselhamento pós-teste (entrega do laudo), tratamento e acompanhamento.
 
9 - Para o diagnóstico da sífilis em gestantes deverá ser considerado os exames rea-
gentes (treponemo e não treponemo) associados à avaliação clínico/epidemiológico, 
e, objetivando eliminar a possíveis casos de transmissão vertical, o tratamento deverá 
ser iniciado imediatamento (Tabela 1). Também deve ser indicado tratamento imediato 
quando não houver histórico de sífilis registrado em prontuários de gestante ou na 
inexistência de comprovação de tratamento adequado para sífilis no passado. 
Sífilis adquirida, sífilis na gestante e sífilis congênita
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10 - Deve ser observada a necessidade de se testar e de se tratar sua (s) parcerias. 
Quando a gestante apesentar resultado reagente nos testes, a (s) parceria (s) deve (m) 
ser testada (s) e tratada (s) a fim de evitar reinfecções durante o curso da gestação. A 
equipe de Atenção Básica que acompanha o pré-natal deverá fazer a busca ativa da (s) 
parceria (s) e sua sensibilização.
 
11- Ao longo do pré-natal é necessária a realização do teste treponemo (VDRL, RPR, 
outros) na gestante com sífilis para monitoramento da eficácia de tratamento, mensal-
mente, até o final da gestação, considerando com resposta adequada ao tratamento 
com a redução dos títulos. Caso o resultado da titulação não apresente redução ou 
volte a subir (ex.: de 1:2 para 1:8), considerar o tratamento como inadequado ou como 
não tratado e efetuar novamente o esquema. 
12 - Os profissionais de saúde também devem orientar a gestante e sua (s) parceria 
(s) quanto aos cuidados para o sexo seguro, com o uso de preservativo durante e após 
o tratamento para evitar reinfecção. 
13 - Deverão também registrar no cartão da gestante o resultado do diagnóstico 
treponemo e não treponemo, anotar as titulações do VDRL, assim como o tratamento 
da gestante e sua (s) parceria (s) (medicação, data, dose) e orientar para que tenha o 
cartão em mãos no momento do parto. 
14 - A sífilis em gestante é doença de notificação compulsória. Todos os casos de 
sífilis em gestantes deverão ser notificados de forma imediata para acompanhamento 
oportuno das medidas de controle da transmissão materno-infantil.
Guia técnico Sífilis
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15 - O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Atenção a Saúde (SAS) 
e da Secretaria de Vigilânicia em Saúde (SVS) recomenda às Secretarias Estadu-
ais de Saúde (SES) e Secretarias Municipais de Saúde (SMS), que adotem medi-
das que facilitem o acesso dos (as) usuários (as) do SUS ao diagnóstico da sífilis por 
meio do testes rápido, sobretudo para as gestantes e sua (s) parceria (s), tais como: 
● Ofertar teste rápido para sífilis em todas as Unidades Básicas de Saúde; 
● Proporcionar as articulações e medidas locais necessárias que garantem a logística (acondicionamen-
to, distribuição e transporte) e a execução do teste rápido nas UBS, com qualidade e confiabilidade;
 ● Avaliar a capacidade instalada laboratorial para a realização de exames complementares e de moni-
toramento do tratamento e de cura, com capacidade de entrega dos resultados, em até 7 dias;
● Planejar as capacitações em rede num processo de educação permanente;
● Utilizar os sistemas de Informação para registro da realização dos testes rápidos como, SISPRENA-
TAL WEB, Boletim de Produção ambulatorial (BPA individualizado) do Sistema de Gerenciamento 
da Tabela de Procedimento (SIGTAP), bem como o utilizar o SINAN para notificação dos casos de 
sífilis congênita e sífilis em gestantes. 
 Brasília, 2 de outubro de 2012
iEliminação mundial da sífilis congênita: fundamento lógico e estratégia para ação. OMS, 2008.
iiBrasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Diretrizes para 
controle da sífilis congênita: manual de bolso, 2ª ed. 2006.
 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de 
baixo risco / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção básica. - Brasília: editora 
do Ministério da Saúde, 2012. Disponível em: http://dab.saude.gov.br/publicações.php.
Sífilis adquirida, sífilis na gestante e sífilis congênita
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PORTARIA Nº 3.161, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2011
Dispõe sobre a administração da penicilina nas unidades de Atenção Básica à Saú-
de, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe conferem os 
incisos I e II do art. 87 da Constituição, e
Considerando a Portaria nº 2.488/GM/MS, de 21 de outubro de 2011, que aprova a 
Política Nacional da Atenção Básica e que regulamenta o desenvolvimento das ações 
de Atenção Básica à Saúde no Sistema Único de Saúde (SUS);
Considerando a Portaria nº 1.459/GM/MS, de 24de junho de 2011, que institui, no 
âmbito do SUS, a Rede Cegonha;
Considerando a Portaria nº 1.600/GM/MS, de 7 de julho de 2011, que institui, no 
âmbito do SUS, a Rede de Atenção às Urgências; e
Considerando que a administração de penicilina é o tratamento preconizado para 
doenças de relevante impacto em saúde pública, como febre reumática, sífilis, entre 
outras, resolve:
Art. 1º Fica determinado que a penicilina seja administrada em todas as unidades 
de Atenção Básica à Saúde, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), nas situações 
em que seu uso é indicado.
Art. 2º As indicações para administração da penicilina na Atenção Básica à Saúde de-
vem estar em conformidade com a avaliação clínica, os protocolos vigentes e o Formu-
lário Terapêutico Nacional/Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME);
Art. 3º A administração da penicilina deve ser realizada pela equipe de enfermagem 
(auxiliar, técnico ou enfermeiro), médico ou farmacêutico.
Art. 4º Em caso de reações anafiláticas, deve-se proceder de acordo com os protoco-
los que abordam a atenção às urgências no âmbito da Atenção Básica à Saúde.
Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 6º Fica revogada a Portaria nº 156/GM/MS, de 19 de janeiro de 2006, publicada 
no Diário Oficial da União nº 15, de 20 de janeiro de 2006, Seção 1, página 54.
Anexo 2
Guia técnico Sífilis
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Anotações
Sífilis adquirida, sífilis na gestante e sífilis congênita
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Anotações
Guia técnico Sífilis
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Anotações
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