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DIREITO TRIBUTÁRIO Profª CATIA MARINA PIAZZA DE PAULO ORLANDI Aula 11 RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA O sujeito passivo da obrigação tributária pode ser: ➢ um contribuinte; ou ➢ um responsável. Será contribuinte quando tiver relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador; caso contrário, será denominado responsável. Em ambos os casos, a sujeição passiva depende de expressa previsão legal. 2 Assim, o responsável integra a relação jurídico-tributária como devedor de um tributo, sem possuir relação pessoal e direta com o respectivo fato gerador. A terminologia adotada pelo Código parece autorizar que a lei tributária aponte qualquer pessoa como responsável pelo pagamento de tributo, independentemente de qualquer relação com o fato gerador. 3 O raciocínio, entretanto, não é correto. Não é lícito ao legislador definir arbitrariamente como sujeito passivo pessoa totalmente alheia à situação definida em lei como fato gerador do tributo. Para perceber isto, basta uma leitura atenta do art. 128 do CTN, abaixo transcrito: “Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação” 4 Como decorrência do dispositivo, a pessoa a quem o legislador atribui a responsabilidade deve ser vinculada ao fato gerador da obrigação. Aqui se deve ter uma noção de intensidade do vínculo, que necessariamente deve existir, mas não pode configurar relação pessoal e direta com o fato gerador, afinal, se tal situação se caracterizar, o sujeito passivo será contribuinte, e não responsável. 5 Ex.: O transportador da mercadoria possui um vínculo com os fatos geradores do imposto de importação (entrada de mercadoria no território nacional) e do ICMS (saída da mercadoria do estabelecimento comercial), e pode, por isso, ser considerado, por disposição expressa de lei, responsável pelo pagamento do tributo em determinadas circunstâncias. 6 Não é suficiente, contudo, um raciocínio lógico para definir determinada pessoa como responsável pelo pagamento de um tributo. Sempre é necessária expressa disposição legal atribuindo a alguém tal condição, pois, nunca é demais recordar, ninguém pode ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Os constitucionalistas, ao estudarem as técnicas de repartição constitucional de competências legislativas, falam em repartição horizontal e repartição vertical de competências. 7 Para entender com precisão a diferença entre as técnicas, imagine-se uma prateleira de livros. Os livros estão colocados lado a lado (horizontalmente dispostos) e organizados por assunto. O art. 22, I, da Magna Carta estabelece que compete privativamente à União legislar, entre outras matérias, sobre direito civil. Isto significa que o livro de direito civil constante da prateleira é integralmente escrito pela União, ressalvada a hipótese em que a própria União editar lei complementar autorizando os Estados e o Distrito Federal a “escreverem” algumas disposições específicas sobre a matéria (CF, art. 22, parágrafo único). 8 MODALIDADES DE RESPONSABILIDADE Segundo lição doutrinária, de acordo com o momento em que surge o vínculo jurídico entre a pessoa designada por lei como responsável e o sujeito ativo do tributo, a responsabilidade tributária pode ser classificada como: ➢ “por substituição”; ou ➢ “por transferência”. 9 ❑ Na responsabilidade “por substituição”, a sujeição passiva do responsável surge contemporaneamente à ocorrência do fato gerador. ❑ Já na responsabilidade “por transferência”, no momento do surgimento da obrigação, determinada pessoa figura como sujeito passivo, contudo, num momento posterior, um evento definido em lei causa a modificação da pessoa que ocupa o polo passivo da obrigação, surgindo, assim, a figura do responsável, conforme definida em lei. 10 Segundo a doutrina, a responsabilidade “por transferência” abrange os casos de responsabilidade “por sucessão”, “por solidariedade” e “de terceiros”, conforme esquematizado a seguir: 11 O CTN não sistematiza a matéria da forma esposada pela doutrina. A responsabilidade por solidariedade é tratada nas disposições relativas à obrigação tributária (CTN, art. 124), encontrando-se a disciplina legal das responsabilidades “por sucessão” (CTN, arts. 130 a 133) e “de terceiros” (CTN, art. 134) nas disposições relativas à responsabilidade. 12 Não obstante a lição doutrinária, agiu bem o legislador tributário ao tratar da solidariedade fora das regras sobre responsabilidade, uma vez que os devedores solidários possuem interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal (CTN, art. 124, I). Tal interesse manifesta se, por exemplo, quando duas pessoas são coproprietárias de imóvel na área urbana do Município, sendo, por isso, devedoras solidárias. 13 Perceba-se que ambas têm relação pessoal e direta com o fato gerador, enquadrando-se, portanto, na definição legal de contribuinte, e não na de responsável. Poder-se ia imaginar a possibilidade de a lei nomear como devedoras solidárias pessoas sem relação pessoal e direta com o fato gerador da obrigação, com fundamento no art. 124, II, do CTN, mas, didaticamente a sistematização legal de institutos jurídicos deve levar em consideração prioritariamente as regras e não as possíveis exceções. 14 Nessa linha, é importante registrar que o Código Tributário Nacional divide as hipóteses de responsabilidade em três modalidades, a saber: ➢ Responsabilidade dos sucessores (art. 129 a 133); ➢ Responsabilidade de terceiros (arts. 134 e 135); ➢ Responsabilidade por infrações (arts. 136 a 138). 15 Se merece elogio a exclusão da solidariedade das hipóteses de responsabilidade por transferência, não se pode dizer a mesma coisa dos casos relativos à responsabilidade por infrações (letra “c”), porque, conforme se verá adiante, o Código acaba por cometer o disparate de chamar de responsável a pessoa que praticou a infração, tendo relação pessoal e direta com o fato gerador da respectiva penalidade. 16 RESPONSABILIDADE POR TRANSFERÊNCIA Como já ressaltado, ocorrido o fato gerador, nasce a obrigação tributária, cujos contribuintes e responsáveis são definidos em lei. Ocorre que o CTN prevê a possibilidade de mudança da pessoa que figura no polo passivo da respectiva obrigação como decorrência da verificação de determinados fatos. . 17 Trata-se de casos em que a obrigação nasce tendo, no polo passivo, determinado devedor (contribuinte ou responsável), mas, em virtude de evento descrito com precisão na lei, há a transferência da sujeição passiva a uma outra pessoa, esta na condição de responsável. Verifica-se, portanto, uma modificação subjetiva (dos sujeitos) na obrigação surgida. 18 A título de exemplo, a cada ano verificam-se novos fatos geradores do IPTU. Os sujeitos passivos são os proprietários dos imóveis, objetos da incidência tributária. Todavia, com a morte do proprietário de um imóvel determinado, a sujeição é transferida para o espólio (conjunto de bens e direitos deixados pelo falecido). Mais à frente, com a partilha dos bens, a responsabilidade é novamente transferida, desta feita para os sucessores e para o cônjuge meeiro, conforme determina o art. 131, II e III, do CTN. 19 Percebe-se, pelo exemplo, que além dos casos de transferência de sujeição passiva de contribuinte para responsável, existem também hipóteses em que a transferência se verifica de responsável para responsável. O inciso II do art. 131 traz um exemplo do primeiro caso; o inciso III do mesmo artigo, um exemplo do segundo.A responsabilidade, em todos estes casos, é denominada “por transferência”, uma vez que, devido a evento posterior à ocorrência do fato gerador, a responsabilidade é transferida para algum(ns) sucessor(es). 20 RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO Nos casos de responsabilidade por substituição, desde a ocorrência do fato gerador, a sujeição passiva recai sobre uma pessoa diferente daquela que possui relação pessoal e direta com a situação descrita em lei como fato gerador do tributo. Em nenhum momento, o dever de pagar o tributo recai sobre a figura do contribuinte, não havendo qualquer mudança subjetiva na obrigação. 21 O exemplo mais conhecido é o da responsabilidade que a lei faz recair sobre a fonte pagadora dos rendimentos, no caso do imposto de renda das pessoas físicas. Nesse caso, no momento em que a fonte disponibiliza os rendimentos ou proventos, nasce a obrigação tributária relativa ao IRPF. O sujeito passivo já é a fonte pagadora, que possui o dever legal de efetuar a retenção e recolher o imposto devido aos cofres públicos federais. 22 Assim, a fonte pagadora substitui, no polo passivo da obrigação tributária, a pessoa que naturalmente figuraria em tal relação jurídica na condição de contribuinte (o beneficiário do pagamento), daí a designação da hipótese como responsabilidade “por substituição”. Existem dois casos de responsabilidade por substituição que merecem uma análise mais detida. São os casos da substituição tributária regressiva (“para trás”, antecedente) e da substituição tributária progressiva (“para frente”, subsequente), estudadas a seguir: 23 ➢ Substituição tributária regressiva A substituição tributária para trás, regressiva ou antecedente ocorre nos casos em que as pessoas ocupantes das posições anteriores nas cadeias de produção e circulação são substituídas, no dever de pagar tributo, por aquelas que ocupam as posições posteriores nessas mesmas cadeias. 24 Para entender melhor a definição, imagine-se a seguinte cadeia de produção e circulação: 25 Obs.: Somente nas operações entre “A” e “B” ocorre substituição tributária para trás. As operações entre “B” e “C”, assim como as futuras vendas aos consumidores, sujeitam-se à sistemática normal de tributação, em que o comerciante alienante figura como contribuinte 26 Suponha-se que as pessoas indicadas pela letra “A” sejam produtores rurais de leite; a pessoa “B” seja uma grande indústria de laticínios; e as pessoas indicadas pela letra “C” sejam supermercados varejistas. Percebe-se que “B” adquire sua matéria-prima de fornecedores diversos. A cadeia, neste ponto, é caracterizada pela concentração, pois a produção de diversos fornecedores é concentrada em um adquirente único. Em situações como esta, percebe-se que seria bem mais fácil para a Administração Tributária exigir de “B” todos os tributos incidentes sobre as operações realizadas pelos seus vários fornecedores (“A”). O argumento é reforçado pelo fato de a decisão facilitar a vida de pequenos produtores rurais sem condições de manter uma logística contábil-financeira para providenciar o recolhimento do tributo 27 Por tudo, é comum que a lei tributária preveja que “B” substitua os seus fornecedores como devedor dos tributos incidentes sobre as alienações feitas ao próprio “B”. Nesta hipótese, “B” será sujeito passivo tanto com relação às aquisições feitas de “A” (operações entre “A” e “B”), quanto no tocante às vendas que realizar para “C” (operações entre “B” e “C”). No primeiro caso (compras), “B” é responsável, pois, apesar de não possuir relação pessoal e direta com a situação que constitui o fato gerador (não é o alienante), possui vínculo com tal situação (é o adquirente), e sua obrigação decorre de expressa disposição de lei. No segundo caso (vendas), “B” será contribuinte, pois possui relação pessoal e direta com o fato gerador do tributo (é o alienante). 28 Como a regra é que esta técnica de tributação resulte em benefícios para a maioria dos potenciais integrantes das relações jurídico-tributárias sujeitas à sistemática, não existem controvérsias judiciais relevantes relativas à matéria. Por fim, perceba-se que as pessoas que ficaram “para trás” nas cadeias de produção e circulação são substituídas por aquelas que estão mais à frente nessa cadeia. Vale dizer, a terminologia consagrada qualifica a substituição tributária como “para frente” ou “para trás” sob a ótica do substituído, e não do substituto. 29 Assim, se um imóvel fosse utilizado exclusivamente para agricultura, mesmo que localizado em área considerada urbana, estaria sujeito ao ITR, enquanto um conjunto de imóveis exclusivamente residenciais, localizados em área rural, poderia ser tributado pelo IPTU. Resolvendo a questão de maneira diferente, o CTN, no seu art. 32, definiu que o importante para que o imóvel esteja sujeito à incidência do IPTU é, exclusivamente, estar localizado na área urbana do Município, sendo irrelevante, portanto, a destinação que lhe é dada. No § 1.º do mesmo dispositivo, indicou-se como zona urbana a definida em lei municipal. Ficou listado um conjunto de melhoramentos, dentre os quais o Município deve propiciar ao menos dois, para que seja possível definir determinada área como urbana. 30 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA PROGRESSIVA A substituição tributária para frente, progressiva ou subsequente ocorre nos casos em que as pessoas ocupantes das posições posteriores das cadeias de produção e circulação são substituídas, no dever de pagar tributo, por aquelas que ocupam as posições anteriores nessas mesmas cadeias. 31 Da mesma forma que feito na análise da substituição regressiva, para a análise da definição da substituição progressiva, imagine-se a seguinte cadeia de produção e circulação: 32 Obs.: todo o tributo é pago de uma só vez por A, sendo calculado sobre o valor pelo qual se presume que a mercadoria será vendida ao consumidor. 33 Desta feita, suponha-se que “A” é uma refinaria de combustíveis que vende gasolina para diversos distribuidores (“B”), que, por sua vez, vendem o combustível para milhares de postos (“C”), que, por fim, fazem a venda aos consumidores finais. Nesta situação, torna-se mais fácil e eficiente para o Estado cobrar de “A” todo o tributo incidente na cadeia produtiva, mesmo no que concerne aos fatos geradores a serem praticados em momento futuro. Assim, “A” será sujeito passivo do tributo incidente sobre as seguintes operações: venda de combustível feita de “A” para “B”; venda de combustível de “B” para “C”; venda de combustível feita por “C” aos consumidores. 34 Com relação ao primeiro caso, “A” é contribuinte, pois é ele quem pratica o ato definido em lei como fato gerador do ICMS, tendo com ele relação pessoal e direta (promove a saída da mercadoria do estabelecimento comercial). Com relação aos dois últimos casos, “A” é responsável, pois sua obrigação decorre de expressa determinação legal, apesar de não possuir relação pessoal e direta com a saída da mercadoria do estabelecimento comercial. Todo o tributo da cadeia produtiva é pago, mesmo somente tendo se verificado o primeiro fato gerador. O cálculo do recolhimento total é realizado sobre o valor pelo qual se presume que a mercadoria será vendida ao consumidor. Tal montante é definido mediante a aplicação do regime de valor agregado estabelecido no art. 8.º da LC 87⁄1996, levando em consideração os dados concretos de cada caso. 35 EXERCÍCIOS AULA 11 RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA 36 1. Os proprietários dos imóveis são os sujeitos passivos da incidência tributária do IPTU. Todavia, com a morte do proprietário de um imóvel determinado, a sujeição é transferida para: a) Sucessor b) Cônjuge Meeiro c) Adquirente d) Espólio 37 2. Em relação às espécies de responsabilidade tributária, na responsabilidade a) de devedores solidários, por terem eles interesse comum na situação constituinte do fato gerador,cabe o benefício de ordem. b) por transferência, o responsável tributário responde por débito próprio, após a ocorrência do fato gerador. c) de devedores sucessores, a obrigação é transferida para outro devedor em razão da remissão do devedor original. d) por substituição, o não recolhimento do tributo pelo substituto retransmite a responsabilidade das obrigações acessórias para o contribuinte substituído. e) de terceiros devedores, o dever em relação ao patrimônio de outrem exsurge, em geral, do vínculo jurídico existente para com incapazes ou entes despersonalizados. 38 3. Assinale a opção correta a respeito de receitas públicas, responsabilidade tributária, fiscalização tributária e preços públicos. a) O regime contábil adotado para a receita pública no Brasil é o de competência. b) O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade gera, de forma automática, a responsabilidade solidária do sócio- gerente. c) Sob o ponto de vista tributário e financeiro, é correto afirmar que vigora, no Brasil, o federalismo simétrico, visto que o pacto federativo reconhece as diferenças econômicas entre os vários entes da Federação em virtude da arrecadação de receita, e, por esse motivo, tenta superar tais distorções com os sistemas de compartilhamento de competência e repartição de competência tributária. d) O procedimento de fiscalização tributária é informado pelo princípio documental. 39 4. É(são) responsável(eis) pelas obrigações tributárias a) os sucessores, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão. b) o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação. c) a pessoa jurídica de direito privado que incorpore outra relativamente aos tributos anteriores à incorporação. d) a pessoa natural ou jurídica que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio, estabelecimento comercial. industrial ou profissional, pelos tributos até a data do ato, mesmo que o alienante prossiga na exploração da atividade. e) os sócios, subsidiariamente à empresa, no caso de liquidação da sociedade de pessoas. 40 5. Sobre a sujeição passiva da obrigação tributária, assinale a opção correta. a) a solidariedade existente entre pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal comporta beneficio de ordem nos casos em que o interessado efetuar o depósito do montante integral do débito. b) a lei pode permitir que as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, possam ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes. 41 c) a capacidade tributária passiva exige, dentre outros requisitos, capacidade civil e pleno uso dos direitos de exercer atividades civis, comerciais ou profissionais, no caso de pessoas naturais, e regularidade de constituição, no casos das pessoas jurídicas. d) no caso de haver obrigados solidários, a concessão de isenção ou remissão de crédito aproveita a todos, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, caso em que remanesce a solidariedade quanto aos demais pelo total do débito. 42 6. Em relação aos efeitos da solidariedade tributária passiva, assinale a opção correta. a) A remissão concedida pessoalmente a um dos obrigados aproveita aos demais, se não houver disposição legal em contrário. b) A interrupção da prescrição contra um dos coobrigados só prejudica aos demais se assim dispuser a lei. c) Os efeitos da solidariedade tributária passiva não poderão ser aplicados aos responsáveis tributários. d) Não havendo disposição legal em contrário, o pagamento do tributo realizado por apenas um dos obrigados não aproveita aos demais. e) A isenção objetiva aproveita a todos os devedores, salvo disposição legal em contrário. 43 7. Em nosso sistema tributário, a diferença entre o contribuinte e o responsável tributário é que a) aquele responde pelos impostos e estes pelas taxas regularmente instituídas. b) este último somente responde nos casos de impossibilidade do cumprimento da obrigação pelo contribuinte. c) este último é sempre uma pessoa física. d) somente o contribuinte pode impugnar a constituição do crédito tributário, mediante oferecimento de defesa fiscal. e) enquanto o contribuinte realiza o fato gerador, a responsabilidade deste último deriva exclusivamente da lei. 44 8. Antônio, pai de Carlos e Pedro, avô de Maria e filho de José, sujeito passivo da obrigação tributária. Antônio e Carlos morrem em um desastre automobilístico e não se consegue provar quem morreu primeiro. Em virtude do ocorrido, quem seria o responsável pelo pagamento do tributo? a) José. b) Pedro. c) Maria. d) José e Pedro, cada um responde por 50% do débito. e) Não haverá responsáveis, pois o crédito tributário extinguiu-se com a morte. . 45 9. No que tange à responsabilidade tributária, é correto afirmar: a) É pessoalmente responsável o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus após a data da abertura da sucessão. b) Não se responsabilizam pessoalmente o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos. c) Independentemente de disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato. d) Considera- se espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados coma infração. e) A responsabilidade é pessoal ao agente quanto às infrações em cuja definição o dolo específico do agente seja elementar. 46 10. Acerca da responsabilidade tributária, assinale a opção correta. a) O sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro serão responsáveis pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitando-se essa responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação. b) São pessoalmente responsáveis os tutores e curadores pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados. c) Os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício não são solidariamente responsáveis pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles em razão de seu ofício. d) São pessoalmente responsáveis os pais pelos tributos devidos por seus filhos menores. e) É solidariamente responsável o adquirente ou remitente pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos. 47
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