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SENAC_A gestão da distribuição de equipamentos, materiais, produtos e serviços

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https://www.senacrs.com.br/cursos_rede/index.php?curso=gesdiseqmatproser
A GESTÃO DA DISTRIBUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS, MATERIAIS, PRODUTOS E SERVIÇOS
Tipos de estoque e suas funções na distribuição
Para que uma organização seja eficaz na distribuição de materiais, produtos e serviços, manter um estoque é fundamental. Além disso, é preciso geri-lo bem, para evitar a falta de mercadorias solicitadas por clientes e atrasos nas entregas.
Em muitos casos, utilizar apenas os sistemas operacionais não é o suficiente para suprir as necessidades dos consumidores. Por isso, é indispensável a manutenção de um estoque.
Os estoques propiciam a disponibilidade de itens ou serviços e, quando próximos aos consumidores, elevam a sua satisfação. Uma das consequências dessa satisfação é o aumento das vendas, que geram mais lucro.
Entretanto, assim como é preciso ter estoques, é necessário também cuidar para que não estejam em níveis muito altos. Isso gera altos custos, além de um giro de estoque menor, ocasionando prejuízos.
Figura 1 – Produtos sendo preparados para distribuição
Fonte: <https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/warehousing-two-workers-uniforms-safety-helmets-144535256>.
Apesar de a manutenção de estoques ocasionar custos extras, seu emprego reduz custos operacionais em diferentes ações do canal de suprimentos, recompensando o valor gasto com os custos de manutenção. A existência de estoques gera economia e proporciona atividades de produção mais harmoniosas.
A existência de estoques gera economia também em transporte e compras, pois possibilita um melhor planejamento para adquirir novos itens. Permite também esperar que o preço dos itens aumente quando estiver muito baixo, o que nem sempre é possível em uma situação emergencial. Além disso, a empresa não deixará de entregar a seus clientes os itens solicitados nos prazos estipulados.
Quando a empresa realiza compras maiores, ou seja, quando adquire uma elevada quantidade de cada item, ela consegue preços mais baixos por cada um, o que diminui o custo do seu produto final. Da mesma maneira, os custos de transporte podem ser reduzidos a partir de um envio maior de mercadorias para os consumidores. Por isso, é essencial manter um estoque com mais mercadorias. A distribuição não será prejudicada dessa maneira, e a empresa conseguirá atender às demandas do mercado, obtendo ganhos.
A fim de garantir a distribuição de seus produtos em dia, as organizações poderão recorrer a outras estratégias, como a compra antecipada de montantes maiores de produtos pelos valores do momento, não precisando adquiri-los no futuro por preços mais elevados.
Mas é preciso lembrar que adquirir um volume de itens maior do que as carências constatadas causa estoques maiores. Isso significa que é necessário dispor de um local adequado para estocar tudo.
Também não basta distribuir os produtos aos clientes de maneira rápida e com valores acessíveis, é preciso que eles estejam em perfeitas condições. Se uma empresa frigorífica adquirir um elevado número de peças de carne, por exemplo, deverá ter um local adequado para elas, ou seja, um local refrigerado para estocá-las. Se não houver essa possibilidade, o produto pode estragar e causar prejuízo.
Figura 2 – Produtos acondicionados em local adequado no estoque
Fonte: <https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/half-cow-chunks-fresh-hung-arranged-633974036?src=ofWogme5nv243joYYiYFPw-2-53>.
Outro ponto importante é a variabilidade dos prazos para a produção e o transporte dos itens. Trata-se de algo que pode abalar os custos operacionais e o nível do serviço aos consumidores. Manter um bom nível de estoque poderá evitar variações grandes.
Os estoques podem ser a solução para impactos não programados e não vistos anteriormente pelo sistema logístico. Hoje em dia, há diversas situações que podem impactar as vendas de uma empresa, como greves dos trabalhadores, catástrofes naturais, evoluções inesperadas da demanda e demora no abastecimento. Nesses momentos, os estoques proporcionam proteção para as instituições.
Ter estoques gera vantagens para diversos elos do canal, permitindo uma distribuição dos produtos eficaz e com elevado grau de eficiência, o que gera a satisfação dos clientes. Assim, a função do estoque na distribuição é preparar a empresa para eventuais problemas, além de oportunizar economias e garantir a satisfação do cliente com a entrega de produtos.
Tipos de estoques
Podem-se indicar quatro níveis diferentes de estoques, sendo que cada um tem as suas particularidades.
· O primeiro nível envolve a presença de estoques no canal (entre o fabricante e o revendedor), em que a movimentação não é rápida. O caminho a ser percorrido pode ser extenso, ou podem existir diversas conexões.
Durante o processo de compras de mercadorias internacionais, principalmente na primeira compra, muitos artigos podem ficar presos no canal (alfândega, Receita Federal). Se não houver parâmetros de valores no país, será necessário que a fiscalização faça um levantamento para estipular o valor correto de impostos, etc. Portanto, pode levar até meses para que sejam liberados os itens, com os quais a empresa não poderá contar no estoque da empresa.
· No segundo nível, mantêm-se estoques com o propósito de especulação, ou seja, os itens são preservados para fins de investigação. Entretanto, apesar de não serem utilizados para outras finalidades, continuam gerando números no estoque a ser dirigido.
Alguns produtos podem ser adquiridos para uma finalidade diferenciada, ou até para mais de uma. É o caso de itens como ouro, prata e cobre, que podem ser utilizados para preencher as necessidades operacionais ou para especulação. Compra-se uma mercadoria cujo valor aumentará em alguns meses.
Muitas frutas têm o seu período de safra. Depois desse momento, o seu preço eleva-se demais. A empresa pode resolver então bancar os custos de estocagem, pois ainda assim economizará e garantirá a disponibilidade dessa mercadoria em estoque.
Muitas vezes, a especulação por valores pode acontecer em momentos em que se excedem as carências esperadas pela operação. Por isso, os estoques devem ter uma atenção redobrada por parte do setor financeiro, mais do que dos líderes logísticos. Porém, ao se constituírem estoques para vendas sazonais, como em períodos festivos (Natal, Páscoa, Dia das Mães), ou quando for conveniente fazer compras adiantadas, a incumbência do controle e a preocupação com esse estoque serão do setor logístico.
· O terceiro nível envolve a natureza dos estoques (se cíclica ou regular). Trata-se de demanda de médio prazo, ou seja, os estoques indispensáveis para suprir um período levando em consideração o prazo decorrido entre os diversos reabastecimentos.
A extensão da produção de itens, os possíveis problemas com a área de armazenamento, períodos para reposição, descontos para maiores volumes de produtos adquiridos e custos de movimentação são fatores extremamente relevantes para a definição da soma do estoque cíclico.
Se uma empresa vende em média 2 mil unidades de copos plásticos mensalmente, por exemplo, ela pode manter em estoque regular cerca de 500 copos para suprir as variações nos reabastecimentos. Além disso, esse estoque pode ser uma garantia no caso de um possível atraso na entrega do fornecedor.
· Os estoques de segurança fazem parte do quarto nível. Eles são essenciais para proteger a empresa no caso de oscilação na procura e nas datas impostas para reposição. Assim, a quantia comprada a mais complementará o estoque normal, sendo indispensável para compor as necessidades de médio prazo e das datas de entrega.
Em datas comemorativas, como o Natal, a empresa necessita de estoques maiores, pois precisará atender a uma maior demanda no período.
Para calcular o estoque de segurança, é necessário ter um conhecimento estatístico e basear-se na natureza inesperada da variabilidade do momento. A grandeza do estoque de segurança a ser conservado dependerá do tamanho da variabilidade e da dimensão de disponibilidade do estoque adequado.
Para manter osestoques de segurança em um bom nível, evitando excessos, é necessário realizar com cuidado uma previsão. É justamente pela impossibilidade de se preverem os prazos exatos de entrega e a procura dos clientes que é importante as organizações manterem esse tipo de estoque.
A função dos estoques na distribuição está totalmente ligada à eficiência da entrega dos produtos aos clientes, relacionando-se com a sua satisfação. É imprescindível a organização estar atenta ao nível de estoques, pois só assim conseguirá atender à demanda do mercado.
Independentemente do tipo de estoque que a instituição utilize, é inevitável sua existência. Trata-se de um fator decisivo para oferecer um satisfatório nível de serviço a parceiros e consumidores.
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Características, tipos, sistemas e funções dos canais de distribuição
A partir de agora, conheceremos quais são as características, os tipos, os sistemas e as funções dos canais de distribuição, pois este é o caminho percorrido pelos materiais e produtos desde o fabricante até o recebimento no cliente final. No decorrer desse fluxo, atuam diversas empresas, o que torna a distribuição desses produtos e materiais mais eficiente e eficaz.
Figura 1 – Mostra elementos que englobam todo o processo dos canais de distribuição e sua interação.
Fonte: <http://www.grupoenar.com.br/blog/wp-content/uploads/2015/07/Èb;imagemcanaisdedistribuicao1.jpg&gr;. Acesso em 04 dez.2017.
O que é canal de distribuição?
Canal de distribuição é o grupo de empresas e indivíduos ligados que garantem que uma mercadoria chegará ao seu destino final, ou seja, no consumidor.
Que tal outro conceito?
Canal de distribuição é o caminho escolhido por uma organização para fazer seus produtos chegarem aos consumidores corretamente, no local e no momento exato. Ou seja, canal de distribuição é a área da logística encarregada de colocar o produto correto no momento e no local em que ele for necessitado pelos consumidores finais.
Qual é a importância do canal de distribuição?
A escolha do melhor canal de distribuição é essencial para o êxito do negócio, pois significa fazer o produto chegar ao cliente corretamente e na hora certa, sendo parte fundamental da estratégia de logística.
Por isso, a forma de distribuição tem impacto no custo do produto, e esse controle é fundamental, pois administrar todos os custos torna a empresa mais competitiva, diferenciando-a no mercado.
Sendo assim, o canal de distribuição contribui para escoar seus produtos até outras empresas e também até os clientes finais, e isso pode ocorrer por diversos meios, como atacadistas, varejistas, representantes, distribuidores etc.
Como funciona o sistema de distribuição realizada pelos canais de distribuição?
A grande maioria das organizações utiliza intermediários para executar a distribuição de seus produtos, já que, ao adotar tal procedimento, obtém-se muitas vantagens, principalmente porque os intermediários podem ser considerados os especialistas em sua área de atuação, ofertando seus serviços e conhecimento do ramo aos consumidores finais com um custo muito inferior e com muito mais qualidade do que se a empresa produtora tentasse realizá-lo.
Nos dias atuais, os consumidores têm cada vez menos tempo a perder e, apesar de o ato da compra ser geralmente agradável, as pessoas tentam minimizar ao máximo o tempo gasto nessa atividade. Dessa forma, pode-se dizer que a função primordial de um canal de distribuição é fazer com que o produto ou o serviço chegue o mais rápido possível ao local em que as pessoas ou os consumidores finais esperam encontrá-los.
Porém, disponibilizar esses produtos ou serviços no lugar certo, quando os consumidores finais estiverem dispostos a adquiri-los, varia muito, conforme o público-alvo e o tipo de produto ou serviço comercializado.
Sendo assim, veremos a seguir os dois tipos de estratégias de distribuição muito utilizadas pelas empresas.
Distribuição direta
A distribuição direta ocorre quando a organização oferece o produto diretamente aos seus clientes finais.
Ou seja, na distribuição direta, o sistema de distribuição é executado da seguinte maneira: não utiliza intermediário, vendendo diretamente para os consumidores finais. Quem produz realiza todo o processo, todos os procedimentos logísticos, até a entrega dos produtos para os consumidores finais. A distribuição direta tem como forma de distribuição mais frequente a venda realizada porta a porta e também a venda feita por meio de revistas e catálogos.
Muitas empresas de grande porte, atuando no mercado brasileiro, trabalham com o sistema porta a porta. Um exemplo disso são as empresas como Avon e Natura.
A grande vantagem desse tipo de procedimento utilizado pelos fabricantes é o controle em todo o processo de comercialização.
No entanto, também existem desvantagens, como o alto custo em montar todo o sistema logístico de distribuição.
A distribuição direta apresenta vantagens e desvantagens. A seguir, veja quais são elas.
Vantagens
· Conhecimento e relacionamento com o cliente final
· Custos bem controlados e quase não repassados para o cliente final
· Controle total sobre o processo de distribuição
Desvantagens
· Alto custo de implantação
· Obrigação de a empresa vender em lotes menores, para um número maior de pessoas
Distribuição indireta
A distribuição indireta acontece quando existe a participação de intermediários durante o processo de oferecer produtos ao consumidor final. O seu sistema funciona da seguinte maneira: o intermediário terá a responsabilidade de entregar os produtos da empresa para o cliente final, sendo que esse intermediário pode ser um varejista ou outro qualquer envolvido no processo de distribuição.
A principal função deste tipo de distribuição é permitir uma grande participação de intermediários.
Existem vantagens e desvantagens neste tipo de distribuição. São elas:
Vantagens
· Abrangência de distribuição muito maior do que a da distribuição direta
· Estoques da empresa localizados, divididos em outras organizações
· Número menor de clientes, porém com um volume de vendas muito superior ao da distribuição direta
Desvantagens
· Pouco controle sobre todo o processo
· Margem de lucro determinada por cada intermediário
· Aumento de preço para o consumidor final
· Nenhuma interação como o cliente final e suas necessidades
Ainda, a distribuição indireta pode ser dividida em três situações.
1. A primeira situação é quando o varejista participa do processo.
Depois de sair da indústria, o produto passa pelo varejista, antes de chegar aos clientes finais. Isso acontece com produtos bastante consumidos, de baixo valor financeiro ou monetário, vendidos por unidade.
Um ótimo exemplo para esse tipo de distribuição indireta são as vendas de frutas e verduras.
Figura 2 – Fluxo dentro dos canais de distribuição entre a indústria, varejo e clientes.
2. A segunda a situação é quando o distribuidor participa do processo.
Essa situação ocorre quando o distribuidor atua como elo entre a indústria que produz os itens finais e o varejista, que venderá esses itens ao consumidor final. Ou seja, a indústria produz, o distribuidor adquire esses produtos e os repassa para os varejistas, que por sua vez os vendem ao comprador final.
Um bom exemplo para esse tipo de distribuição indireta é a comercialização de eletrodomésticos.
Figura 3 – Fluxo dentro dos canais de distribuição entre a indústria, distribuidor, varejo e o cliente.
3. O último e terceiro caso é quando ocorre a participação de um representante da indústria que fabricou os produtos finais.
Ou seja, esse é mais um elo nesse processo.
Um excelente exemplo para esse tipo de distribuição indireta são as importações e exportações. Os representantes agem para que ocorra uma melhor aceitação do produto no mercado exterior, aumentando e melhorando a troca de informações entre todos os participantes.
Figura 4 – Fluxo dentro dos canais de distribuição entre a indústria, representante, distribuidor, varejo e clientes.
Conceitos
Agora, veremosalguns conceitos necessários para o bom entendimento deste conteúdo.
· Indústria: são as organizações que têm como principal função transformar a matéria-prima em produtos, realizando processos e operações para atingir esse fim.
· Representante: é o profissional responsável em atuar nas vendas dos produtos de uma empresa, além de levar a imagem e filosofia da organização, trabalhando geralmente por metas de produtividade.
· Distribuidor: é quem realiza a armazenagem, a venda e até mesmo a assistência técnica. Atende geralmente toda a área varejista.
· Varejo: é quem atende diretamente o cliente final, ou seja, vende diretamente ao consumidor final.
· Clientes: são os compradores, as pessoas que consomem os produtos.
Veja o fluxo do canal de distribuição direto e indireto.
Figura 5 – Canais de distribuição direto e indireto e sua interação.
O uso de canais de distribuição nas exportações
O fenômeno da globalização faz com que o mundo pareça cada vez menor. As comunicações são praticamente instantâneas, ligando as pessoas, os países. O comércio é feito cada vez mais em escala global. Visando a se manterem competitivas e também a reduzirem os custos de seus produtos, é comum que as empresas façam uso de partes e peças provenientes das mais variadas regiões do mundo na montagem final dos itens.
Além disso, para se manterem em atividade, é necessário que também busquem novos mercados para escoarem seus produtos, aumentando, dessa forma, seus lucros. Para tanto, os empresários fazem uso dos canais de distribuição, que, segundo Chinelato (2017), são “um conjunto de organizações interdependentes envolvidas no processo de disponibilizar um produto ou serviço para o uso ou consumo. Seriam formas distintas de dispor o produto ou serviço para clientes em diferentes locais”.
A utilização dos diferentes tipos de canais irá variar de acordo com a estratégia da empresa. Sendo assim, é possível que contenham diversos níveis, sendo, desse modo, mais complexos ou mais simples e diretos, que tenham menos envolvidos. Dizendo de outro modo, quanto maior o número de envolvidos, maior a complexidade da cadeia de canais de distribuição.
Chinelato (2017) nos dá um exemplo bastante claro das fábricas de eletrodomésticos que, atualmente, contam tanto com loja própria quanto com loja virtual. Esse seria um canal de distribuição enxuto, que tem apenas dois níveis: fábrica e cliente final. Porém, se essa mesma fábrica de eletrodomésticos vender para grandes redes, como supermercados ou varejistas, que aí vendem diretamente ao cliente final, esse canal de distribuição apresentaria três níveis: fábrica, varejista e cliente final. Há ainda outra possibilidade, a de a fábrica vender aos atacadistas que, por sua vez, revenderiam a diferentes públicos, como varejistas. Dessa forma, poderiam ser utilizados três ou mais tipos de canais de distribuição. Sendo assim, o consumidor poderia encontrar o mesmo produto em diferentes locais: adquirir diretamente pelo site da fábrica, comprar em uma loja de eletrodomésticos ou em um supermercado.
Tratando-se de exportações, é necessário que as empresas levem em consideração as particularidades do país para o qual irão exportar, pois as regras são interpretadas e aplicadas de modos diferentes nos diferentes mercados. É preciso entender e respeitar a cultura dos diversos povos envolvidos. Sendo assim, é possível que uma determinada empresa utilize canais de distribuição diversos dependendo os países onde irá negociar, bem como de sua visão estratégica.
Por exemplo, em algumas culturas, o cliente valoriza sentir-se seguro quanto à marca. Uma parceria com alguma empresa nacional em caso de necessidade de substituição, manutenção ou reposição do produto é um bom modo de transmitir essa segurança ao consumidor, pois facilita que ele tenha acesso a esses serviços e que passe a confiar mais na marca.
Contudo, ainda para Chinelato (2017), nem todas as empresas exportadoras fazem uso de diversos canais de distribuição. Algumas preferem realizar suas vendas em um menor número de países, mantendo um controle total sobre o produto e a marca, com o objetivo de que a empresa tenha a mesma imagem no Brasil e no exterior. Um exemplo seria uma empresa que produza um item com alto valor agregado e que venda seus produtos diretamente a pequenos varejistas rigorosamente selecionados por ela. Esse tipo de cadeia de distribuição, apesar de ser utilizada para exportação, tem poucos níveis. O alto valor agregado do produto torna possível essa escolha, mantendo o produtor e os consumidores finais em uma relação mais próxima. Além disso, o cliente se sente privilegiado e desse modo fica disposto a pagar mais caro por um item diferenciado.
Independentemente do tipo de segmento, os canais de distribuição são importantes não só para as empresas, mas também para os clientes. Vale ressaltar que a escolha dos canais de distribuição por parte da empresa terá impacto sobre o cliente final, especialmente com relação à imagem que o consumidor tem da marca.
Sendo assim, a empresa precisa escolher com cautela os canais de distribuição que irá utilizar quando for investir em um novo mercado para seu produto. Uma má escolha poderá pôr em risco toda a credibilidade da marca em vez de aumentar os lucros e conquistar novos mercados.
Agora veremos um excelente exemplo de venda direta em um case da Natura, ilustrando os conteúdos tratados anteriormente. 
Produtividade das consultoras Natura
A rede de Consultoras Natura é a segunda maior rede de venda direta do Brasil e acredita ser a mais produtiva em termos de valor de vendas por revendedora para companhias do seu porte. A produtividade das Consultoras Natura, que realizaram ao menos um pedido de compra durante o mês anterior, é medida em vendas anuais.
Consultoras Natura
A empresa distribui seus produtos principalmente por uma extensa rede de Consultoras Natura espalhadas por todo o Brasil e, em menor escala, na Argentina, no Chile, no Peru e no México. Em dezembro de 2007, havia 632 mil Consultoras Natura no Brasil, um aumento de 12,6% em comparação as 561 mil Consultoras Natura verificadas em dezembro de 2006. Adicionalmente, em dezembro de 2007 a empresa tinha um total de 85,8 mil Consultoras Natura na Argentina, no Chile, no México, na Venezuela, na Colômbia e no Peru. Esses números refletem o número total de Consultoras Natura que realizaram ao menos um pedido durante os últimos três ciclos do ano.
A empresa tem contratos não exclusivos com as Consultoras Natura, que são revendedoras autônomas sem relação de emprego com a Natura. As Consultoras adquirem os produtos com prazo de pagamento de geralmente 21 dias, ou de 42 dias em algumas datas especiais do ano, para posterior revenda a seus respectivos clientes, a preços, termos e condições livremente pactuados entre eles. A empresa pode cancelar os contratos com as Consultoras Natura que deixarem de pagar pelos produtos, que utilizarem a marca de maneira não apropriada ou que deixarem de realizar pedidos regularmente.
A cada ciclo, a empresa imprime aproximadamente 1,3 milhão de cópias do catálogo Vitrine Natura, um catálogo colorido e atraente dos produtos e das promoções que está ofertando no ciclo em questão, e envia pelo menos uma cópia para cada Consultora Natura. O catálogo inclui preços de referência para os consumidores, mas as Consultoras são livres para estabelecer preços e condições segundo as quais oferecerão os produtos. As Consultoras Natura pagam seus pedidos a prazo, e o nível de inadimplência é relativamente baixo. O índice de inadimplência das Consultoras Natura foi de 1,17%, em 2007, contra 1,0% em 2006, e 1,1% nos anos de 2004 e de 2005.
As Consultoras Natura realizam seus pedidos por telefone ou pela internet. Em 2007, a empresa recebeu em média 35,8 mil pedidos por dia útil das Consultoras Natura no Brasil. Em 2007, aproximadamente 56% dos pedidos processados pelas Consultoras e pelos empregados foram feitos por meio da central de atendimento, e aproximadamente 44% foram realizados por meio da plataforma da empresana internet.
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Centros de distribuição
O centro de distribuição (CD), em termos de forma física, pode ser denominado armazém ou galpão, sendo um ou vários em conjunto. Trata-se de um importante elo da cadeia de abastecimento cuja principal atribuição é ser o ponto de gerenciamento do fluxo de mercadorias e informações, alimentando estoques e distribuindo pedidos.
O CD é um equalizador das variações entre demanda e produção, permitindo concentrar produtos variados, de diferentes regiões produtoras, da mesma empresa ou de empresas distintas, a fim de facilitar a chegada deles ao seu destino final. Assim, cria-se uma cadeia dinâmica de produção com agilidade e ganho de tempo, onde se fazem a customização, a embalagem, a precificação e a etiquetagem.
Em sua forma mais moderna, o CD não é somente uma área física para acomodar produtos, mas uma estratégia de mercado, visando a um diferencial competitivo na alocação de produtos. Com um gerenciamento eficiente e localização planejada meticulosamente, podem-se estabelecer diferenciais fundamentais frente à concorrência, cada dia mais acirrada.
A implementação de um CD é complexa e tem inúmeras variáveis, afinal não se trata de um simples depósito, mas de uma estratégia de distribuição. Os depósitos somente armazenam produtos para posterior distribuição, e um CD consiste em uma operação de sistemas para receber produtos e satisfazer as necessidades de demanda dos clientes.
Nos CDs, são desenvolvidas atividades complexas e sistematizadas de forma a dar fluidez aos processos. Os produtos são recebidos de fornecedores distintos em cargas consolidadas (quantidades grandes) e armazenados de forma organizada e lógica para melhor desempenho. A redistribuição é feita de forma fracionada, de modo a garantir aquisições em quantidades menores e diversificação de produtos.
Em geral, os CDs são implantados regionalmente, para ficarem mais próximos e permitirem agilidade na distribuição.
O que se busca com a implementação de um CD é a diminuição dos níveis de estoques de tal forma que isso impacte na redução do custo logístico. É possível então melhor acompanhar os níveis de estoques e a reposição de mercadorias.
Além da redução de custos, também há benefícios para a distribuição física. Em função da posição geográfica, é possível diminuir distâncias (quilômetros rodados), prover melhor ocupação dos veículos de transporte e racionalizar tempo e custos.
O volume das operações de distribuição abrange as funções de recebimento, estocagem, embalagem, separação de pedidos, etiquetagem e expedição. Todas elas são controladas por processos dinâmicos e informatizados, garantindo agilidade e eficiência.
FUNÇÕES
Quando chegam ao CD, os volumes devem ser vistoriados para que se identifiquem possíveis avarias e para assegurar a identificação em conjunto com documentos pertinentes, como notas fiscais (NFs), romaneio (documento que lista a carga transportada) e conhecimento de transporte (CT-e). Se houver alguma inconsistência, o fato deve ser imediatamente relatado para que se providencie reposição ou ressarcimento.
Os produtos normalmente chegam ao CD via transportadora, e a carga é recebida para nova expedição imediata sem armazenamento (crossdocking) ou armazenada para futura expedição (picking).
Quando se trata de armazenagem, o produto será movimentado uma vez até o local de estocagem e outra vez quando houver solicitação de novo pedido. Nesse momento, será separado e encaminhado para expedição. Assim, em novo transporte, mas de menor capacidade e com mais agilidade, chegará ao seu destino final.
Recebimento (Crossdocking > Expedição)
O recebimento de mercadorias é a porta de entrada do CD, sendo um gargalo para a operação. O conceito é relativamente simples, uma vez que consiste no descarregamento das mercadorias enviadas dos fornecedores aos CDs, sendo fundamental a conferência de quantidades, processo legais e possíveis avarias.
Em um segundo momento, finalizada a fase de recebimento e de conferência, lançam-se as informações no sistema de gerenciamento do CD. Provavelmente, será no Warehouse Management Systems, com atualização do inventário e recebimento da informação da ideal localização para estocagem das mercadorias.
Movimentação (Endereçamento)
A etapa de movimentação acompanha todo o processo de dentro do CD, afinal, desde o recebimento até a expedição para a parada final, existe movimentação. Ela envolve três atos, que estabelecem a movimentação interna: receber, conferir e transportar.
Por vezes, há movimentações de realocação visando a uma melhor racionalização dos espaços ou mesmo em função da dinâmica envolvida. A movimentação externa consiste na movimentação da mercadoria até o consumidor final.
Movimentações envolvem custos relativos aos CDs, uma vez que implicam tempo de trabalhadores, equipamentos, risco de avarias e acidentes. Assim, o processo deve ser meticulosamente avaliado e somente operacionalizado quando houver necessidade.
Para melhorar a movimentação, têm surgido novas tecnologias e técnicas de transporte nos CDs. Isso também reduz custos adicionais e até mesmo promove maior eficiência.
Armazenagem
A armazenagem é o processo pelo qual se verifica a necessidade de estoques de modo a manter um equilíbrio entre demanda e quantidades estocadas. Pelo fato de a manutenção de estoques gerar custos, eles devem ser gerenciados de forma justa, para que não haja desperdício de espaço nem gastos desnecessários. Toda a estrutura dos CDs (equipamentos, máquinas e pessoal) pode ser racionalizada e redirecionada para outras atividades internas.
A estrutura de armazenagem em um CD comporta porta-paletes, drive-in, estantes, racks. A organização é feita por corredores, e as mercadorias são alocadas em função das necessidades de movimentação, de peso, de tamanho e de agilidade.
Separação de pedidos
Quando se fala sobre separação de pedidos, trata-se da correta alocação de produtos dentro do mix especificado pelo cliente e tirado da área de armazenagem.
É fundamental a observação irrestrita do pedido correto e de sua separação equivalente. Trata-se da etapa que envolve maior despesa para o CD e a que mais pode causar insatisfação aos clientes, acarretando perdas relativas à imagem e até mesmo perda de prazos contratuais.
Algo importante é racionalizar as rotas e a separação, para otimizar o tempo dos operadores e gastos com maquinário.
Expedição (Embalagem > Etiquetagem)
Por fim, chegamos à última e derradeira etapa: a expedição.
Todas as etapas têm gargalos, e esta não é diferente. É fundamental verificar e conferir os produtos separados para um envio correto e satisfatório. Algumas ferramentas são muito úteis nesse processo, como os leitores de códigos de barras.
Terminando a conferência, é chegada a hora de embalar e de preparar a documentação para o transporte final, garantindo a chegada do produto ao cliente.
É preciso observar alguns pontos, que podem ser complicadores e acabar impactando na agilidade do processo, como problemas de emissão de NF, atrasos da transportadora e falta de sincronia entre recebimento e expedição.
Leiaute
O leiaute está relacionado à estrutura de um CD e à distribuição dentro dele. Ele se foca nas necessidades de operação e em características físicas, como tipo de piso, divisão de setores, prateleiras, porta-paletes, esteiras, acessos, entre outros pontos.
Também está relacionado com características dos produtos e serviços, especialmente na forma de acondicionamento e dos equipamentos a serem empregados no processo. Os leiautes, em geral, são de dois tipos: um se baseia no fluxo de produtos; e o outro, no giro dos produtos.
Custos
O processo logístico de um CD envolve custos. Veja quais são:
· Custos fixos (imóveis, equipamentos, manutenção, conservação, vigilância)
· Custos de frete e transferência (transporte de produto acabado das fábricas para os CDs)
· Custo fixo de armazenagem (custos de capital – imóveis – e equipamentos – depreciação; manutenção, conservaçãoe vigilância; mão de obra direta, indireta e temporária; e utilidades – energia, água.
· Custo variável de armazenagem (processamento de uma unidade do produto)
· Custos de estoque (custo sobre o capital imobilizado em estoque)
· Custo de frete de distribuição
· Custos fiscais (impostos incidentes no processo)
Lembre-se de que um CD é uma solução cujo objetivo é facilitar e agilizar a distribuição de mercadorias. Os CDs devem se colocar em pontos estratégicos, de forma a serem lindeiros, a se localizarem o mais próximo possível dos clientes. Assim, podem receber produtos de diversos fornecedores e abastecer os pontos mercadológicos de vendas com eficiência no recebimento e despacho de mercadorias. Além disso, reduzem-se custos porque se evitam mercadorias desnecessárias em estoque.
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Nível de serviço e tempo do ciclo de pedido/tempo de resposta e giro
Você já pensou em como o nível de serviço impacta as organizações e como o tempo de entrega dos pedidos influência os processos e a satisfação dos clientes?
Os clientes avaliam as ofertas de produtos ou os serviços de qualquer empresa em termos de preço, qualidade e serviço e reagem de acordo com as próprias conveniências, aproveitando tais ofertas ou as ignorando.
Serviço ao cliente é um termo de grande alcance, incluindo elementos que vão da disponibilidade do produto ou da mercadoria até a manutenção e a pós-venda.
Do ponto de vista da logística, serviço ao cliente é o resultado de todas as atividades logísticas ou dos processos da cadeia de suprimentos. Assim sendo, o projeto das operações logísticas estabelece o nível dos serviços a serem oferecidos ao cliente.
A receita gerada pelas vendas ao cliente e os custos relacionados com o projeto do sistema determinam os lucros a serem obtidos pela empresa.
Determinar o nível dos serviços a serem oferecidos aos clientes é fundamental para projetar a rentabilidade da empresa. Para as organizações, o serviço ao cliente é essencial para a estratégia de marketing, devendo ser entendido como um mix de atividades dos quatro Ps: produto, preço, promoção e ponto de venda. Este último representa principalmente a distribuição física.
Definir os elementos que constituem o serviço ao cliente e a maneira como eles conduzem o comportamento do comprador é de suma importância. Como os clientes não conseguem identificar facilmente o que os leva a agir de determinada maneira, a definição do que constitui precisamente serviço ao cliente continuará sujeita a variadas interpretações.
Algum discernimento pode ser obtido por meio de pesquisas com os clientes. Um trabalho detalhado identificou os elementos desse serviço de acordo com o momento em que se concretizou a transação fornecedor-cliente.
Tais elementos estão agrupados em três categorias: pré-transação, transação e pós-transação.
· Elementos pré-transação
Elementos pré-transação indicam um ambiente propício para um bom serviço ao cliente. Um compromisso formal sobre as modalidades do serviço, por exemplo, é o tempo máximo de entrega das mercadorias após a formalização da encomenda, em que os procedimentos relativos a eventuais devoluções, pedidos em aberto e também os métodos de embarque são características que permitem ao cliente conhecer com exatidão o tipo de serviço que lhe será prestado. Estabelecer planos de contingência para enfrentar prejuízos ao andamento normal dos serviços, causados por imprevistos como greves ou desastres naturais, criando estruturas organizacionais para implementar a política de serviços ao cliente, proporcionando treinamento técnico e manuais de serviços aos compradores, fazendo com que tudo isso constitua incentivo a um bom relacionamento comprador-vendedor.
· Transação
Transação são os elementos que resultam diretamente na entrega do produto ao cliente. Estabelecer os níveis de estoque, selecionar as modalidades de transporte e determinar métodos de processamento dos pedidos são alguns exemplos desses elementos, e eles se refletem no tempo de entrega, na exatidão das especificações da encomenda, nas condições das mercadorias na entrega e na disponibilidade de estoques
· Pós-transação
Pós-transação representam o elenco dos serviços necessários para dar suporte ao produto em campo; assegurar aos clientes a reposição de mercadorias danificadas; providenciar a devolução de embalagens (garrafas retornáveis, câmaras frias reutilizáveis, paletes etc.), para gerenciar reivindicações, queixas e devoluções. Esses elementos se fazem sentir depois da venda do produto, mas devem ser planejados nos estágios de pré-transação e transação.
Já pudemos observar que os compradores reconhecem a importância dos elementos da logística do serviço ao cliente, considerando-o, às vezes, maior até que a de preço e qualidade dos produtos e de outros elementos ligados a marketing, finanças e produção. Atualmente, a preocupação fundamental a essa altura será verificar se isso realmente faz uma empresa vendedora, ou se faz alguma diferença capaz de afetar sua rentabilidade. Até que ponto os serviços influem sobre as vendas e orientam a fidelização do cliente são questões que precisamos analisar.
Os profissionais de logística durante muito tempo acreditaram que o nível dos serviços proporcionados aos clientes tem algum grau de influência sobre as vendas. A verdade é que a logística desses serviços representa um dos elementos do conjunto em que não há como mensurar exatamente as vendas com relação aos níveis do nível do serviço logístico, e que os compradores nem sempre manifestam claramente suas preferências em serviços, nem reagem consistentemente à oferta de serviços. Isso tipicamente leva os profissionais de logística a preestabelecerem níveis de serviços e, a partir deles, projetar o canal de suprimento. Não é, naturalmente, o melhor dos métodos, mas não há dúvida de que é prático.
Definindo uma relação de vendas – Serviços
A importância da logística dos serviços ao cliente é hoje mais do que clara. Entretanto, as decisões logísticas poderiam ser aperfeiçoadas e melhoradas se soubéssemos com maior precisão como se processam as mudanças em vendas em função das mudanças nos níveis da logística dos serviços ao cliente. Gostaríamos de expressar isso em termos matemáticos, como uma relação de vendas/serviços. Consideremos a natureza geral de semelhante ligação.
Se não existe serviço ao cliente na relação comprador/fornecedor, ou existe apenas numa forma muito rudimentar, as vendas geradas tendem a ser escassas, ou nulas. Obviamente, se o fornecedor não oferece logística alguma e o comprador não providencia o preenchimento dessa falta, não há como preencher a lacuna de tempo e espaço que se cria entre os dois. Não vai ter intercâmbio algum e, em consequência, nenhuma venda se concretizará.
Imagine que, ao comprar um produto em uma loja física ou em um site, a logística de entrega não funciona. Certamente, este espaço entre a compra e a entrega anularia o esforço e a possibilidade da venda. O nível de serviço comprometeu o processo e a concorrência terá a preferência em negociações futuras.
À medida que o nível do serviço se aproxima do que é oferecido pela concorrência, pouco avanço haverá nas vendas. Supondo-se a paridade em preços e qualidade, a empresa não estará competindo efetivamente enquanto os seus níveis de serviços não se igualarem aos do mercado. Esse é o ponto do limiar do nível do serviço.
No momento em que a empresa alcança esse estágio, melhorias adicionais nos serviços com relação à concorrência vão representar poderosos estímulos às vendas. Conquista-se terreno com relação aos concorrentes com a criação de um diferencial em serviços. Ao serem os serviços ainda mais aperfeiçoados, as vendas continuam a crescer, embora a uma taxa mais moderada. A área que vai do limiar do nível dos serviços ao ponto do declínio das vendasé a dos retornos decrescentes. É precisamente nessa área que a maioria das empresas opera suas cadeias de suprimentos.
Por que as vendas crescem com melhoria nos serviços?
Está suficientemente documentado que os compradores são sensíveis aos serviços prestados pelos fornecedores. Serviço melhorado, supondo-se que a qualidade dos produtos e o preço de aquisição não sejam afetados, geralmente significa custos de estoque mais baixos para o comprador. Este é incentivado para aumentar sua fidelidade aos fornecedores.
Não é incomum que as melhorias nos serviços sejam levadas longe demais, o que acaba resultando em declínio de vendas. Embora melhorias (como disponibilidade de estoque, tempo de ciclo do pedido e condições das mercadorias entregues) não representem qualquer impacto negativo sobre as vendas, fatores de serviço aos clientes (como a frequência das visitas dos vendedores aos compradores para examinar os níveis de seus estoques e providenciar pedidos, e a natureza e frequência das informações sobre o andamento dos pedidos) constituem, para alguns compradores, exageros que acabam se tornando supérfluos e fatores de perda de tempo. Tudo isso pode inclusive os levar a não comprar mais do fornecedor em função dessa prática. São, no entanto, efeitos que se registrariam provavelmente em situações extremas, quando a insistência é tamanha que os clientes acabam saturados por um serviço ou por um produto inerentemente satisfatórios.
São estes atributos que definem o nível de serviço:
· Rapidez: tempo entre a colocação do pedido e a entrega ao cliente.
· Pontualidade: cumprimento das datas estabelecidas para as entregas.
· Disponibilidade de produto: ter todos os itens requisitados disponíveis para atendimento, na quantidade e na especificação certas, em uma única remessa.
· Informação: agilidade e correção na resposta a solicitações de informação sobre o pedido dos clientes.
· Apoio na entrega física: condições físicas para o transporte dos produtos e na entregua (evitando avarias e danos na entrega).
· Local de entrega: local conveniente onde são realizadas as entregas.
· Recuperação de falhas: agilidade para resolver falhas.
· Frequência de visitas e entregas: intervalo de tempo entre duas visitas/ entregas sucessivas.
Como observamos, os serviços são avaliados por uma gama de atributos, portanto, medir a satisfação quanto à expectativa e o serviço é multidimensional.
Tempo do ciclo de pedido
Os elementos básicos dos serviços ao cliente que o profissional de logística consegue controlar estão dentro do conceito do tempo do ciclo de pedido (ou de serviço). O tempo do ciclo de pedido é definido como o tempo decorrido entre o momento de pedido do cliente, a ordem de compra ou requisição do serviço, que é aquele da entrega do produto ou serviço ao cliente.
O ciclo do pedido abrange todos os eventos mensuráveis em tempo do prazo total para a entrega de uma encomenda. A figura 1 adiante apresenta os componentes típicos de um ciclo de tempo. Observe-se que os elementos independentes de um ciclo de pedido são os tempos de transmissão, processamento e montagem, disponibilidade de estoque, tempo de produção e tempo de entrega. São eles direta ou indiretamente controlados por meio da escolha e do projeto dos métodos de transmissão do pedido, das políticas de estocagem, dos procedimentos de processamento de pedidos, dos modais de transporte e dos métodos de programação.
Figura 1 – Componentes do ciclo do pedido do cliente
Fonte: <http://slideplayer.com.br/slide/10246270/>.
O tempo de transmissão do pedido pode ser composto por diversos elementos, dependendo dos métodos usados para a comunicação do pedido. Um sistema eletrônico de comunicação “vendedor + comunicação eletrônica”, deveria ter um tempo de transmissão de pedido composto pelo intervalo de tempo em que o vendedor e o escritório retêm o pedido antes de transmiti-lo e pelo intervalo de tempo em que o pedido está no canal de transmissão. Um “pedido feito pelo cliente + a transmissão eletrônica” teria a duração total de um telefonema, envio de um fax, intercâmbio eletrônico de dados ou do uso de um site na internet. Por vezes, um importante fator no ciclo do pedido pode ser tempo do cliente para preenchê-lo ou o intervalo entre as visitas a ele feitas pelo vendedor.
Outro importante componente do tempo do ciclo de pedido é o prazo do seu processamento e montagem. O processamento inclui atividades como preparar a documentação de embarque, atualizar registros de estoques, coordenar a liberação de crédito, checar os pedidos para verificar eventuais erros, atualizar os clientes e os setores da empresa envolvidos no negócio quanto à situação do pedido, e encaminhar informação pertinente aos setores de vendas, produção e contabilidade.
A montagem do pedido inclui o tempo necessário à liberação do embarque para despacho, desde a recepção do pedido e a disponibilização dessa informação para o armazém ou setor de despacho. Isso exige encontrar a separação do pedido no estoque, movê-los para a área de despacho, qualquer tipo de embalagem ou pequeno ajuste de manufatura, e a consolidação com outros pedidos de destinos semelhantes. Quando não houver disponibilidade de estoque, o processamento poderá incluir a produção.
Até certo ponto, o processamento e a montagem do pedido ocorrem simultaneamente, as duas atividades se sobrepõem, com o processamento apenas ligeiramente à frente da montagem, devido à verificação de erros e ao trabalho burocrático inicial. A preparação da documentação de embarque e a verificação da disponibilidade de estoques podem ser realizadas simultaneamente com as operações de montagem.
A disponibilidade de estoques reflete-se significativamente no tempo total do ciclo do pedido, pois frequentemente força os fluxos de produtos e de informações a ocorrer fora do canal estabelecido.
O elemento final principal do ciclo do pedido sobre o qual o profissional de logística tem controle direto é o tempo de entrega, o tempo exigido para transferir a encomenda do ponto de estocagem até o ponto do cliente. Às vezes, isso inclui o tempo de carregar na origem e de descarga no destino.
Como vimos, existem muitos pontos de observação sobre o ciclo do pedido, e administrar isso é olhar para a empresa com os olhos do cliente. Estudar esse ciclo analiticamente visa a buscar formas de diminuir a incerteza sobre desempenho, confiabilidade e disponibilidade em cada fase; é cuidar também do relacionamento com o seu cliente e da sua organização interna.
O ciclo de pedidos representa, em linhas gerais, a sequência de atividades que integram fornecedores e canais em um processo que tem como objetivo entregar valor para o cliente. O ciclo de pedidos pode ser apresentado pelas seguintes fases.
Entrada de pedidos
É a emissão de pedidos e seu detalhamento para que sejam transmitidos ao próximo elo.
Liberação
Compreende os processos que verificam a compatibilidade das operações realizadas e prometidas com as políticas da empresa e de terceiros.
Promessa e disponibilidade
Verifica-se a disponibilidade do produto, bem como a possível necessidade de priorização e estimativa de entrega.
Controle de entregas
É a fase final, que marca o fechamento do pedido e comprova que os recebimentos foram realizados. Nesta fase, também são tratadas as remodelações de possíveis falhas.
Expedição
Representa o trabalho de preparação final da carga (separação, conferência, emissão dos documentos e, por fim, a expedição propriamente dita).
Programação de transportes
É a composição de cargas, otimização de rotas e os agendamentos acordados com as transportadoras.
Como funciona o processamento de pedidos no varejo?
Empresas como as redes de varejo, que fazem a intermediação entre vendedores e clientes, projetam quase sempre seus sistemas de processamento de pedidos com um mínimo de automação. Elas nem sempre precisam de um tempo de resposta de extrema rapidez,uma vez que dispõem de estoques para consumidores finais. Esses estoques atuam como um pulmão contra os efeitos indiretos do ciclo de reposição. Contudo, tempos de ciclo de reposição de pedidos que ajudem a manter um cronograma fixo de reabastecimento são sempre importantes.
Os sistemas modernos de informação têm representado o benefício de substituir muitos dos ativos anteriormente necessários para a condução de um negócio. Usando a Internet, as empresas conseguem reduzir espaço de armazenamento, diminuir os níveis de estocagem, encurtar o tempo de manuseio e melhorar os métodos de rastrear a situação dos pedidos. Veja, por exemplo, como funciona um sistema independente de distribuição e de entrega direta ao cliente.
Exemplo: os distribuidores de produtos acabados podem utilizar o EDI - Electronic Data Interchange (intercâmbio eletrônico de dados). EDI significa troca estruturada de dados por meio de uma rede de dados qualquer para criar um sistema de distribuição direto a partir do fornecedor.
O produto não necessita ser estocado em armazém de distribuição nem em suas prateleiras. Os clientes recebem os produtos diretamente do fornecedor. A informação e os produtos do pedido fluem ao longo do canal de suprimento da seguinte forma:
1. O cliente comunica ao distribuidor, via EDI, a quantidade desejada de determinado produto e determina o local da entrega.
2. O distribuidor informa aos fornecedores, via EDI, a especificação do produto e a quantidade a ser embarcada.
3. O distribuidor informa ao provedor logístico, via EDI, onde recolher determinado produto nas quantidades desejadas.
4. O distribuidor informa ao provedor logístico, via EDI, onde entregar o produto nas quantidades desejadas.
5. O provedor logístico localiza o produto, separa a quantidade desejada e a prepara para embarque conforme as determinações do distribuidor.
6. O provedor logístico entrega os produtos aos clientes.
Então, ao estudarmos os níveis de serviço e o ciclo do pedido, é fácil percebermos e identificarmos o potencial de diferenciação que oferecem essas análises, assim como os atributos presentes no produto entregue e como os serviços agregados influenciam muito na escolha do cliente. E a conveniência é parte importantíssima na avaliação destes diferenciais. Além disso, a transparência no atendimento e a agilidade no processamento dos dados fazem com que o processo de compra seja uma experiência mais agradável para o cliente, o que aumenta suas chances de repeti-lo e tornar-se um cliente fiel.
A seguir, deixaremos a dica de um livro para que você possa ampliar seu conhecimento sobre os assuntos estudados:
Logística e Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento - Edição: 2ª
Autor: Paulo Roberto Bertaglia
Editora: Saraiva
Ano: 2012
Idioma: Português
Descrição: o autor Paulo Bertaglia traz exemplos de como empresas brasileiras (Bic, Martins, Volkswagen, Avon, Nivea, Magazine Luiza, entre outras) utilizam-se da logística e integram seus sistemas a fim de superarem seus objetivos. Todos sabem que melhorias de qualidade e no tempo de entrega de qualquer produto ou componente e reduções nos custos, carga tributária ou giro de uma determinada mercadoria têm por objetivo a competitividade, visando sempre a satisfação do cliente. Além dos casos de diversos setores, o livro abrange toda a conceituação, a metodologia e a evolução do supply chain (cadeia de abastecimento) no Brasil, reunindo em um só volume as referências que antes eram buscadas em congressos, artigos, na literatura estrangeira ou na Internet.
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https://www.senacrs.com.br/cursos_rede/a_gestao_da_distribuicao_de_equipamentos_materiais_produtos_e_servicos/html/17_conceito/17_conceito_de_frota_e_calculo_de_cubagem.pdf
CONCEITO DE FROTA E CÁLCULO DE CUBAGEM
O cálculo de cubagem tem relação direta com os custos de transporte, pois envolve peso de carga e espaço necessário. Quanto à frota, conheceremos um pouco mais sobre a sua gestão e a escolha dos modais, além da importância do planejamento. Desta forma, percebe-se que estudar sobre frota e cálculo de cubagem é extremamente importante para a atuação do profissional em logística.
Frota 
O conceito de frota para a logística abrange a gestão dela. Trata-se da administração de um conjunto de veículos de transporte (marítimos, terrestres ou aéreos) de uma empresa com a habilidade de conectar diferentes serviços, dimensionando equipamentos, rotas, custos, manutenção e renovação veicular.
Neste contexto, é importante destacar as necessidades para a escolha dos tipos de modais. Ela deve ser feita a partir do volume embarcado, das rotas, da programação de cada tipo veicular e das distâncias entre centros de distribuição (CDs), fábricas e cliente final. A escolha do tipo de modal a ser utilizado deve levar em consideração custos, a diversidade e a amplitude de vendas e a necessidade relativa ao tempo de chegada da encomenda. Devido a toda essa complexidade, é preciso que, na administração de frotas, sejam considerados alguns itens importantes. Vejamos cada um deles.
Planejamento 
Sem dúvida, o planejamento é essencial na logística. Um processo logístico sem planejamento está fadado à falência. A gerência de frotas também assim o exige. O planejamento, colocando-se de forma muito simples, é um conjunto de ações que permitem antever posições e projetar soluções, orientando e planificando o caminho a ser percorrido.
Existem três níveis dentro do planejamento, quais sejam: nível estratégico, nível tático e nível operacional.
· I - Nível estratégico
O nível estratégico do planejamento deve apresentar o desenho da rede logística, ou seja, um mapa com locais e rotas entre cliente final, parceiros, fornecedores, armazéns (CDs) e fábricas. Deve- -se dar atenção especial à mobilidade e à entrada de novos jogadores ou novas posições.
· II - Nível tático 
Disponibilizados os recursos, é no nível tático que se define a forma de utilização, para proporcionar uma melhor experiência para o cliente e racionalizar custos. É importante primar por antecipar mudanças de comportamento de demanda do consumidor e estar preparado para essas mudanças.
· III - Nível operacional
É no nível operacional que as ações propriamente ditas acontecem e que são confeccionados planos de inventário e de movimentação de produtos balizados em função das restrições dos sistemas das frotas. Também são formuladas ações de contingenciamento para quebra de equipamentos, diferenças de inventário ou meros cancelamentos de pedidos, otimizando assim os estoques ao máximo.
Otimização de estoques 
A otimização de estoques nada mais é do que a administração desses estoques, com o objetivo de racionalizar a operação, reduzir custos e manter a agilidade. Ou seja, o foco é que a mercadoria tenha sua movimentação acompanhada para que a entrega seja feita dentro do prazo estipulado ao cliente final. Os estoques devem ser monitorados para que tenham a quantidade ideal e sejam abastecidos com mercadorias conforme a demanda.
Um conceito importante é o ponto de pedido, que é o número de itens em estoque que, sendo atingido, dispara a necessidade de compras adicionais parametrizadas pelo consumo médio mensal, pelo tempo de reposição e pelo estoque de segurança. 
Cabe uma ressalva: no estoque de segurança, há produtos fora da curva média destinados para casos especiais de demandas esporádicas não programadas.
O ponto de pedido pode ser calculado pela seguinte fórmula: 
PP = (CM x TR) + ES 
PP – Ponto de pedido 
CM – Consumo médio 
TR – Tempo de reposição (prazo de entrega do fornecedor após o pedido) 
ES – Estoque de segurança
PP = (CM x TR) + ES
Outro item fundamental no que se refere ao ponto do produto é o just in time, sistema em que o produto é demandado ao estoque somente na necessidade. Esse é um dos fundamentos da produção enxuta.
Visibilidade 
A visibilidade não é uma proposta de propaganda ou marketing. Na verdade, trata-se de proporcionar conhecimento do cliente a respeito da rastreabilidadedos produtos em movimentação. Com um conceito de frota visível, é possível equilibrar a dicotomia de oferta e demanda, planejando redução de despesas, mas com máxima qualidade de serviços. Para melhor auxiliar nessa tarefa, podemos incluir a rastreabilidade monitorada e via cadeia de suprimentos, centros de integração e alertas de exceções, com indicação do sistema de forma que a rota não se altere.
Gestão de frotas 
A gestão de frotas é um tema complexo e de grande validade. Quando falamos em gestão, estamos abrindo caminho para uma série de ações necessárias para que esse sistema seja efetivo. Entre essas ações, estão: 
• Comunicação eletrônica, para reduzir tempo, custo e possibilidade de erros humanos 
• Rede colaborativa de resposta rápida 
• Compartilhamento de dados de demanda, inventário e cronogramas.
Falar sobre custos é sempre basilar. O controle de custos de cada viagem é fundamental para identificar os gastos planejados e os não pensados incialmente. Custos fixos e variáveis exigem controle constante. Os custos fixos podem sofrer alterações no caso de novos fornecedores, por exemplo; e os variáveis são afetados pelo tipo de viagem (considerando-se modal, distâncias percorridas, condições de estradas e tempo). Além disso, a administração dos documentos do veículo de transporte e do motorista e demais condições de segurança necessárias (cursos e habilitações específicas) devem ser observadas, a fim de que não se gerem custos extras ou demandas jurídicas.
Monitoramento 
É preciso dar especial atenção aos dados analíticos, a indicadores e a informações que viabilizem o monitoramento das frotas de forma a facilitar a tomada de decisão, implementar desvios de rotas e acompanhar paradas não programadas e eventos indesejados, como acidentes e assaltos. 
Cálculo de cubagem 
Trata-se de um cálculo matemático da relação entre peso e volume. Ele é importante porque projeta o volume das cargas de modo a melhorar a sua acomodação nos meios de transporte, o que tem relação direta com os custos de transporte, pois envolve peso de carga e espaço necessário. 
Fator de cubagem 
O fator de cubagem é um número constante, uma convenção, necessária para a fórmula de cálculo de cubagem, apresentado segundo o peso ideal para um volume equivalente ao metro cúbico de transporte. Os fatores de cubagem variam de acordo com a modalidade de transporte. Isso significa que haverá um valor constante de fator de cubagem para o transporte rodoviário, marítimo e aéreo.
· Fator de cubagem aéreo: 
1 kg = 6.000 cm³ 
1 kg = 0,006 m³ 
1 m³ = 166,6667 kg
· Fator de cubagem marítimo: 
1 m³ = 1.000 kg
· Fator de cubagem terrestre:
1 m³ = 300 kg
O cálculo do fator de cubagem 
A cubagem é a relação entre o peso e o volume da carga a ser transportada. 
No cálculo, devem-se observar três dimensões aliadas ao fator de cubagem: altura x largura x profundidade. A quantidade também deve ser inserida na fórmula: altura x largura x comprimento x (unidades) x (fator de cubagem). 
Observe na figura 1 as três dimensões do cálculo do fator de cubagem.
Figura 1 – Cubo com as três dimensões do cálculo do fator de cubagem (largura x altura x profundidade) Fonte: < https://www.trdtransportes.com/cubagem.php>
Pensemos em uma determinada situação...
Imagine que um caminhão deve transportar 50 caixas de 10 cm x 10 cm x 10 cm e pesa 1 kg cada.
Resolução: podemos verificar que temos para transporte de 50 kg (50 caixas de 1 kg cada). 
Outro ponto importante é saber o fator de cubagem que utilizaremos. No nosso exemplo, o fator de cubagem é referente ao transporte rodoviário, ou seja, 1 m³ = 300 kg.
Estamos lidando com a grandeza metros, a caixa que tem 10 cm, na conversão para metros tem 0,1 m (1/10). 
Altura x largura x comprimento x (unidades) x (fator de cubagem)
0,1 x 0,1 x 0,1 x 50 x 300 = 15
Na prática, temos uma carga de peso real de 50 kg, mas que, pelo fator de cubagem, ocupa um espaço relativo a 15 kg.
Nesse exemplo, percebemos uma vantagem na contratação, pois temos um produto leve, e o transportador poderá fazer adaptações para transportá-lo. 
Evidentemente, nem sempre o cliente terá vantagem. No caso de produtos leves em grande volume de acondicionamento, haverá o efeito contrário após a aplicação do fator de cubagem. 
Nesses casos, de clientes com produtos de grande volume, mas relativamente leves e com necessidade de transporte corriqueiro, indica-se a negociação por contratos longos em função da especificidade do produto.
O planejamento é um fator fundamental da logística. Ele deve fazer parte tanto da gestão das frotas quanto do cálculo do fator de cubagem. Os assuntos apresentados neste material são essenciais para a sua formação. Procure sempre ler mais a respeito dele para aprimorar os seus conhecimentos.
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Crossdocking
A função da logística é fazer a quantidade certa das mercadorias certas chegar ao ponto certo no tempo certo. Trata-se de um processo conectado em todas as pontas, havendo integração em cada ponto e processo.
Estão inseridos nessa dinâmica a movimentação, o transporte, a embalagem, o manuseio, a movimentação, a armazenagem, a recepção, a manipulação e o acondicionamento até a entrega final.
Muitas técnicas e ideias estão sendo desenvolvidas para enfrentar o cenário da logística, e uma delas é o crossdocking. Ele é muito aplicado por empresas de vários segmentos devido às grandes vantagens que oferece, especialmente a redução de custos e a agilidade nas operações de distribuição.
O crossdocking, de modo geral, é muito simples: trata-se de um sistema de distribuição. Normalmente, quando é recebida em um armazém ou em um centro de distribuição, a mercadoria é armazenada para posterior envio final. No sistema de crossdocking, entretanto, isso não ocorre. A mercadoria é carregada e preparada para a distribuição (expedição), de modo que possa ser entregue ao seu destino. Elimina-se, portanto, a etapa de armazenamento.
O ponto de partida no crossdocking é a transposição de cargas de um veículo pesado para veículos leves. Isso é feito em docas, e prima-se pela sincronização entre recebimento e expedição, para tornar o processo ágil e diminuir custos.
Vamos exemplificar de forma mais prática. Carretas pesadas transportam mercadorias advindas de produtores ou fornecedores e chegam às docas, onde elas são recebidas e descarregadas. Em um segundo momento, as mercadorias são separadas, etiquetadas e realocadas em veículos leves, que partem para a entrega nos destinos estabelecidos. Ocorre o processo logístico de distribuição, e, assim, sem estoque e com custos mais reduzidos, o processo é finalizado.
Figura 1 – Crossdocking
Fonte: <http://logisticaemquestao.blogspot.com.br>.
Houve evoluções fundamentais que melhoraram o desempenho e a criação de técnicas dentro da logística. Podemos citar fundamentalmente a informática e a internet. Elas propiciaram uma aproximação entre os canais de vendas e clientes e empresas. Graças ao fluxo de pedidos de entrega, os prazos são mais curtos, o que torna os clientes mais satisfeitos.
É nessa esteira que surge o crossdocking. Trata-se de uma abordagem (gestão) que propõe minimizar deficiências e proporcionar às empresas maior eficiência financeira e de mercado.
Mercadorias que exigem agilidade na entrega, seja por prazo, seja pela sua categoria (perecíveis, por exemplo), beneficiam-se da técnica. Ela reduz muito o tempo de entrega.
Outras vantagens são observadas, como a redução de custos e de prazos, a redução da área física de estoques e do estoque na cadeia de abastecimento, maior disponibilidade de produtos, simplificação nas entregas ao clientes e conhecimento das operações.
No que se refere à redução de tempo, é notória a agilidade com que as operações são apresentadas, dando como resposta vantagem competitiva. Toda área de estoque gera custo. Assim, devido ao efeito cascata, reduzir a área física gerará grande economia ao processo logístico.
Outro ponto a se considerar é a falta constante de mercadorias em função dadinâmica de descarregamento, estocagem e carregamento até a distribuição final. A técnica do crossdocking gera maior disponibilidade de produtos. A redução do estoque na cadeia de abastecimento permite a redução do estoque em trânsito, gerando ganhos de tempo e custos. Da mesma maneira, diminui-se a complexidade das entregas ao cliente, pois é feita uma única, que unificou variadas entregas a clientes diversificados em um só veículo.
Ainda cabe destacar a importância da troca de informações entre parceiros de negócios. Conhecer as operações e as suas etapas permite antever o tempo de entrega e fazer planejamento de retorno.
Qualquer processo tem pontos positivos e negativos. Até agora, apresentamos os pontos positivos do crossdocking. Entre os negativos, que existem e não podemos ignorar, estão o alto custo financeiro de implementação inicial e a necessidade de atualizar a tecnologia e de contar com profissionais qualificados.
Outro ponto central da etapa que deve ser observado é a coordenação dos esforços daqueles que participam da cadeia de abastecimento. É fundamental alinhar os objetivos e traçar um planejamento que seja eficaz e produtivo.
A partir disso, as informações são o elemento mais peculiar no relacionamento, pois são cíclicos e voláteis. Elas podem ser ajustadas e reajustadas para promover uma melhor relação entre os parceiros de negócios.
A implementação do crossdocking não é simples, mas é possível se houver parceria entre os envolvidos, confiança na qualidade dos serviços de cada um dos parceiros, compartilhamento claro e transparente de informações, profissionais treinados e gestão próxima. Isso evita intempéries e gera mobilidade na gestão estratégica de forma que os erros sejam facilmente corrigidos.
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https://www.senacrs.com.br/cursos_rede/a_gestao_da_distribuicao_de_equipamentos_materiais_produtos_e_servicos/html/4_indicadores/04_indicadores_de_desempenho_da_distribuicao.pdf
INDICADORES DE DESEMPENHO NA DISTRIBUIÇÃO
Como sabemos, toda atividade logística deve ser medida a fim de que se verifique o seu desempenho. Na distribuição, não será diferente. Para compreendermos o que é mensurado nos indicadores de desempenho na distribuição, vamos, antes, relembrar conceitos.
Distribuição
Resumidamente, distribuição é a atividade logística relacionada à entrega de mercadorias às diferentes regiões de abrangência de uma empresa. Ela pode ocorrer da empresa para o varejo ou diretamente para o cliente final, por exemplo. Fatores como pedidos atendidos, prazos e qualidade do que é entregue são fundamentais nessa atividade.
Amplamente falando, a distribuição está relacionada com o serviço prestado ao cliente. Esse serviço tem como base os seguintes fatores: 
· Disponibilidade 
· Desempenho operacional 
· Confiabilidade do serviço 
Para avaliar o desempenho em cada dimensão, é necessária uma análise específica de cada fator. Então, vamos conhecer cada um deles? 
Disponibilidade 
A disponibilidade está relacionada com a existência de estoque (mercadorias disponíveis para distribuição) e com a exatidão no atendimento dos pedidos. Ela pode ser medida das seguintes maneiras: 
Atendimentos/itens = 
Atendimentos/linhas = 
Atendimentos/valor = 
Atendimentos/pedidos = 
A taxa de atendimento por pedido (pedidos enviados completamente) é uma medida de desempenho mais rigorosa a ser adotada por uma empresa com relação à disponibilidade de mercadorias. Um pedido com apenas um item faltando em uma linha, nesse tipo de métrica, é considerado incompleto. Há empresas que monitoram a quantidade de mercadorias em falta no estoque e a quantidade de pedidos em atraso durante determinado período; e há aquelas que monitoram os indicadores de disponibilidade.
A disponibilidade é fundamental para atender às necessidades do mercado em tempos de compras pela internet, então se torna imprescindível. O consumidor quer, no conforto de sua casa, encontrar o produto desejado junto à loja que melhor atende a seus requisitos, entre os quais estão preço, pronta entrega (disponibilidade) e prazo de entrega.
Você já esteve na situação de ver um produto desejado em promoção na vitrine de uma loja física, mas ele não estar mais disponível (em estoque) quando entrou no estabelecimento? Ou de não encontrar o tamanho ou a cor desejada? O vendedor pode inclusive prometer telefonar assim que o produto chegar... Isso pode ser frustrante, e o mesmo ocorre na compra on-line. Se há falta do produto em estoque, o cliente provavelmente buscará a concorrência.
Se tem condições de fazer uma compra, o cliente final não quer esperar: ele quer comprar no melhor momento para si (quando tiver recebido seu salário, no fim de semana, no intervalo de almoço do trabalho, quando estiver na companhia de determinada pessoa). Chamamos isso de comodidade e disponibilidade. Devemos sempre estar preparados para atender ao nosso cliente. Se os indicadores de disponibilidade demonstrarem que o cliente não está sendo atendido adequadamente, é necessário agir em busca de uma solução.
Vejamos um exemplo simples. Vamos utilizar o modelo de cálculo atendimentos/itens. 
Suponha que você trabalha na Samsung e que a rede Casas Bahia adquiriu dela 1 mil unidades do celular Samsung Galaxy J7 para revenda em suas lojas. 
Porém, ela recebeu somente 950 unidades. Provavelmente, houve alguma falha durante o processo logístico (na separação dos produtos, na expedição ou em outra área). 
O indicador lhe dará a informação. Cabe a você interpretá-la, identificar onde está a falha e realizar a correção. Os indicadores, de modo geral, permitem a constante evolução dos resultados das empresas, o que os torna indispensáveis no mercado, que é cada vez mais concorrido.
As empresas, de modo geral, buscam constantemente a otimização do que é entregue a seus clientes. Além da disponibilidade do produto, a otimização do prazo de entrega é outro fator importante. As empresas querem entregar seus produtos em cada vez menos tempo, seja para o varejo, seja diretamente ao cliente final. Ainda sobre compras on-line, sabemos que não há pronta entrega. Pode levar alguns dias até que o cliente receba o seu pedido, sendo que o prazo varia de acordo com a loja. Portanto, podemos dizer que o tempo de entrega é uma variável relacionada diretamente à empresa ou, mais especificamente, ao seu desempenho operacional. 
Vamos conhecer mais sobre desempenho operacional e sobre como pode ser medido?
Desempenho operacional 
Quanto ao tempo de entrega, o desempenho operacional girará em torno do pedido. Ele pode ser mensurado pela duração média do ciclo de pedido, pela consistência do ciclo de pedido e pela entrega no prazo. 
Vejamos como funciona cada um. 
• Duração média do ciclo de pedido: É a quantidade média de dias (ou demais unidades de tempo) entre o pedido e a entrega ao cliente. 
• Consistência do ciclo de pedido: É mensurada durante um determinado ciclo de pedidos, comparando-se o desempenho real ao planejado. Exemplo: se a duração média de um pedido corresponder a cinco dias e se 20% desse período for completado em dois dias e e 30% for completado em oito, teremos uma média inconsistente. 
• Entrega no prazo: Os prazos são estabelecidos pelos clientes, sendo medidos pelo percentual de vezes em que os requisitos de entrega forem atendidos plenamente.
Os indicadores relativos a tempo podem ser utilizados na avaliação do desempenho operacional da própria empresa (quando esta realiza a entrega de seus produtos) ou na avaliação de terceiros (quando a entrega é realizada por uma transportadora terceirizada, o que é muito comum). Neste caso, a empresa parceira deverá enviar periodicamente relatórios à empresa contratante com dados relativos às entregas. A empresa contratante, por sua vez, analisará tais relatórios para averiguar se a terceira tem um desempenho satisfatório.
Figura 2 – Distribuição e tempo de entrega 
Fonte: <http://cleitonlog.blogspot.com.br/2011/05/e-o-tempo-entre-o-pedido-e-entrega-real.html>
Quanto aosfatores que compõem o serviço prestado ao cliente na distribuição, já tratamos de disponibilidade e desempenho operacional. Ainda existe a confiabilidade, que indica o nível de confiança no serviço prestado e que se reflete diretamente no que é entregue ao cliente final.
Confiabilidade do serviço 
A confiabilidade do serviço está relacionada à qualidade, mais especificamente à avaliação de desempenho do serviço logístico. As medidas de qualidade são projetadas tanto para monitorar a eficácia individual de cada atividade quanto para avaliar a logística de maneira geral. A avaliação individual pode ser vinculada a diferentes atividades logísticas, como à separação e à preparação da documentação para a distribuição de produtos. A medida pode ser a razão entre o número total de vezes em que a atividade é executada corretamente e o número total de vezes em que é executada. Exemplo: uma acurácia de 99% na separação indica que, em 99 de cada 100 vezes, os itens foram separados corretamente no armazém. Esse tipo de indicador evita que o cliente receba o produto incorreto. 
O desempenho geral é medido normalmente a partir da frequência com que surgem mercadorias danificadas. Calcula-se a quantidade de danos em relação à quantidade total de mercadorias. 
Nessa avaliação, são considerados os danos detectados pelos clientes assim que recebem a mercadoria ou em algum momento após o recebimento. Isso permite gerar o indicador “quantidade de devoluções de produtos danificados por parte dos clientes”. 
Considerando a confiabilidade e os indicadores anteriores (disponibilidade e desempenho operacional), percebe-se que não basta a empresa possuir estoque e realizar a entrega no prazo mais curto possível. É preciso que o cliente receba um produto intacto, sem danos. 
Processos como movimentação, separação, expedição e transporte devem ser bem executados para que a distribuição seja eficiente, ou, em outras palavras, para que o cliente receba o seu produto intacto.
Lembre-se de que a distribuição corresponde à parte final da cadeia logística. Houve uma série de processos anteriores que permitiram que o produto chegasse com qualidade à etapa. Assim, eventuais falhas terão maior impacto junto ao cliente final. Os indicadores de distribuição auxiliam nessa “correção de rumo”, quando necessário.
Assim como quanto à disponibilidade, os indicadores de desempenho operacional e de confiabilidade fornecem a informação, sendo necessário interpretá-la para identificar a falha e realizar a devida correção. 
Nenhuma empresa sobrevive sem medir o próprio trabalho. As organizações, de modo geral, investem cada vez mais em logística, justamente por saberem o quanto isso contribui para a experiência do cliente final. 
O principal balizador (referencial) dos indicadores de distribuição é o mercado, e, quando falamos em mercado, referimo-nos à concorrência e aos clientes. 
Se os clientes querem receber as compras on-line em um prazo cada vez mais curto, por exemplo, e o seu principal concorrente já faz entregas rápidas, a sua empresa não deve ficar para trás. Os indicadores de distribuição, como ferramenta estratégica, auxiliarão nesse processo.
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Noções de lean manufacturing
A partir de agora, conheceremos algumas noções de lean manufacturing ou manufatura enxuta, bem como a importância dessa filosofia para organizar a distribuição de matérias, produtos e serviços. Ela tem como objetivo principal produzir algo com o máximo de valor e com o menor custo possível.
Como chegamos a isso?
Identificando e eliminando todos os desperdícios, ou seja, atividades que não agregam valor nenhum ao produto. Utilizando ferramentas da qualidade, como a melhoria contínua, e com o fluxo de processo puxado pelo cliente final.
Além disso, é importante não perder tempo em adiantar os processos, ou seja, fazer somente o que é necessário para produzir naquele dia.
Outro fator muito importante dessa filosofia é o respeito pelos colaboradores. Como isso funciona?
Essa filosofia prega incentivar e desafiar os colaboradores envolvidos no processo, ou seja, acreditar neles. Mas sempre com autonomia, respeitando as diretrizes da organização e sempre fazendo um trabalho bem feito.
Figura 1 – Mostra a relação entre o fornecedor e o cliente respeitando a filosofia da manufatura enxuta.
A manufatura enxuta é uma filosofia que busca, por meio da eliminação dos desperdícios, diminuir o tempo entre o pedido e a entrega ao cliente final.
Quais são os propósitos?
A manufatura enxuta não é apenas um projeto, é bem mais do que isso, é um programa permanente.
Ela não apresenta uma meta fixa. A meta é sempre melhorar, todos os dias, o máximo possível.
É uma mudança cultural, todos devem participar, em todos os setores e níveis da organização.
As origens da manufatura enxuta ou lean manufacturing
Começou com o Sistema Toyata de Produção, com sua filosofia básica de identificar e eliminar qualquer tipo de desperdício e, posteriormente, com um segundo pilar muito importante: o just-in-time – JIT. O JIT busca entregar o que é pedido somente no momento necessário, eliminando completamente os estoques desnecessários e aumentando a eficiência e a produtividade.
Você sabia que o termo enxuta, do inglês lean, foi criado nos anos 1980 por John Krafcik, em um artigo em que descrevia as técnicas dessa filosofia? Depois desse artigo, o termo ficou familiarizado e hoje é usado para referenciar o Sistema Toyata de Produção.
Agora, vamos entender um pouco mais sobre a eliminação dos desperdícios.
ELIMINAÇÃO DE DESPERDÍCIOS
Se a proposta era produzir somente o necessário, ou seja, aquilo que realmente seria vendido, não havia espaço para desperdícios dentro da Toyota. Esse princípio se tornou uma obsessão e foi esquematizado ao considerar sete classificações diferentes.
Os sete desperdícios da indústria
Ao longo do tempo, várias ferramentas foram se incorporando à filosofia da manufatura enxuta, servindo para ajudar no desenvolvimento e aprimoramento dessa ferramenta, na medida em que melhoram, analisam e corrigem todas as imperfeições necessárias para o perfeito funcionamento desta filosofia.
Vamos descobrir agora as principais ferramentas.
PDCA
O PDCA é uma ferramenta muito útil dentro da filosofia enxuta. Por ser uma ferramenta simples, sua utilização é muito eficaz. A ferramenta tem como principal objetivo a agilidade dos processos, promovendo a melhoria contínua.
O PDCA é formado pelas seguintes etapas:
Fonte: <http://www.sobreadministracao.com/wp-content/uploads/2011/06/ciclo-pdca.jpg>
5S
A ferramenta 5S teve seu início no Japão e tem como principal função buscar a melhoria nas atitudes dos colaboradores no ambiente de trabalho, melhorando, consequentemente, a vida das pessoas dentro da organização.
O seu objetivo é melhorar a conduta das pessoas, harmonizando o ambiente de trabalho, trazendo satisfação em suas atitudes. Também tem como objetivo fazer com que a organização reduza custos e desperdícios, promovendo um aumento de produtividade.
Seu nome teve origem em cinco palavras em japonês, que começam com a letra S.
Vamos conhecê-las: Seiri, Seiton, Seisou, Seiketsu e Shitsuke.
Figura 3 – 5S e seus cinco sensos e suas relações um com o outro.
Fonte: <http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjw2Kza0ZDVAhWDGJAKHf9MAHsQjRwIBw&url=http%3A%2F%2Fgapguarulhos.com.br%2Fevents%2Fevent%2Fcurso-5s-base-para-a-qualidade-total-3%2F&psig=AFQjCNFZKdCc6kVlMYYArIQIHmIpRiJ2Hg&ust=1500391938917529>. Acesso em: 18 jul.
Kanban
Em japonês, significa simplesmente cartão, montado com o objetivo de gerir e controlar cada fase da produção. Com o objetivo de evitar o acúmulo de peças, ou seja, o desperdício, produzindo em cada etapa de fabricação somente o estritamente necessário para a próxima etapa.
Fonte: <http://somentequalidade.files.wordpress.com/2012/05/quadrokanban1.jpg>.
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Six sigma
É uma metodologia extremamente rigorosa, capaz de detectar e resolver falhas e até variações

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