Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Especialista: Carlos Eduardo Ferreira de Souza Disciplina: Direito Civil carlosedufs MODELO DE PETIÇÃO INICIAL PARA AUXÍLIO EMERGENCIAL EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ___ JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO DE JANEIRO FULANA DE TAL, brasileira, casada, autônoma, nascida em 01/01/01, portadora da carteira de identidade n° 00000000, expedida pelo ÓRGÃO/RJ, inscrita no CPF/MF sob n° 000.000.000-00, residente e domiciliada na Rua dos Tais, nº 0, Bairro, Cidade – Estado, e-mail passeidireto@passeidireto.com.br, telefone: (21) 00000-9999, vem, por meio de seus advogados subscritos, com base na Lei 13.982/2020, propor a presente AÇÃO DE CONCESSÃO DE AUXÍLIO EMERGENCIAL com pedido de tutela de urgência em face da UNIÃO, pessoa jurídica de direito público, inscrita no CNPJ sob nº 05.489.410/0001-61, com endereço no Setor de Indústrias Gráficas (SIG), Quadra 06, Lote 800, Ed. Sede II, 3º andar, Sala 200, Brasília – DF, CEP 70610-460 pelos fatos e fundamentos a seguir expostos: DOS FATOS E FUNDAMENTOS A autora é maior de 18 anos e exerce atividade de prestadora de serviços em academias e se encontra com renda atual inferior a R$ 500,00 (quinhentos reais), em razão da proibição e das recomendações que rodeiam essa atividade, resultantes da pandemia da COVID-19. Ademais, além da filha de 3 anos, reside apenas com seu marido, que trabalha como motorista de van de turismo, serviço que também se encontram prejudicado, em razão da pandemia enfrentada pelo país, razão pela qual vive de poucas viagens e continua arcando com os tributos e tarifas referentes. Assim, de forma otimista e superestimando, a renda total da casa atinge cerca de R$ 1000,00, razão pela qual se enquadra no critério de renda estabelecido pelo art. 2º, IV da Lei 13.982/2020. Especialista: Carlos Eduardo Ferreira de Souza Disciplina: Direito Civil carlosedufs Ademais, não possui emprego formal ativo, não é titular de benefício previdenciário, assistencial ou de seguro-desemprego, tampouco de programa de transferência de renda federal e exerce atividade na condição de trabalhador autônomo. Da mesma forma, não declarou IRPF em 2018, pois enfrentava outras dificuldades financeiras àquele tempo e, em sua residência, além da autora, apenas seu marido requereu a concessão do auxílio-emergencial. Resta demonstrado, portanto, o preenchimento de todos os requisitos legais previstos na Lei 13.982/2020, quais sejam: “Art. 2º Durante o período de 3 (três) meses, a contar da publicação desta Lei, será concedido auxílio emergencial no valor de R$ 600,00 (seiscentos reais) mensais ao trabalhador que cumpra cumulativamente os seguintes requisitos: I - seja maior de 18 (dezoito) anos de idade; II - não tenha emprego formal ativo; III - não seja titular de benefício previdenciário ou assistencial ou beneficiário do seguro-desemprego ou de programa de transferência de renda federal, ressalvado, nos termos dos §§ 1º e 2º, o Bolsa Família; IV - cuja renda familiar mensalper capitaseja de até 1/2 (meio) salário-mínimo ou a renda familiar mensal total seja de até 3 (três) salários mínimos; V - que, no ano de 2018, não tenha recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 (vinte e oito mil, quinhentos e cinquenta e nove reais e setenta centavos); e VI - que exerça atividade na condição de: a) microempreendedor individual (MEI); b) contribuinte individual do Regime Geral de Previdência Social que contribua na forma docaputou do inciso I do § 2º do art. 21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991; ou c) trabalhador informal, seja empregado, autônomo ou desempregado, de qualquer natureza, inclusive o intermitente inativo, inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) até 20 de março de 2020, ou que, nos termos de autodeclaração, cumpra o requisito do inciso IV. § 1º O recebimento do auxílio emergencial está limitado a 2 (dois) membros da mesma família.” Entretanto, o pedido realizado por meio de aplicativo no dia 07/04/2020 restou indeferido por dados inconclusivos. Reiterado no dia 23/04/2020, o pedido permanece sob análise, razão pela qual recorre ao Poder Judiciário para tutela de seus interesses. II – DA TUTELA DE URGÊNCIA Com base no art. 300 do CPC, deve ser concedida tutela de urgência quando demonstrado o periculum in mora e o fumus boni iuris. No presente caso, o perigo de dano reside na natureza alimentar do auxílio oferecido e o lapso temporal passado desde o primeiro requerimento realizado e a data da propositura da presente ação. Especialista: Carlos Eduardo Ferreira de Souza Disciplina: Direito Civil carlosedufs Quanto à probabilidade do direito, restam demonstrados por comprovantes do IRPF, cópia de CTPS, certidão de nascimento da filha e comprovante de endereço, comprovado por meio de autodeclaração, por não possuírem os autores comprovantes de residência em seu nome, haja vista se tratar de “imóvel germinado”, com dificuldades de comprovação. III – DA CONCLUSÃO Por todo exposto, requer: 1. seja deferida a tutela de urgência para determinar a implementação do auxílio- emergencial, com pagamento da parcela de Abril e Maio/2020 inclusas; 2. seja o réu citado para, querendo, oferecer contestação; 3. seja julgado procedente o pedido que torna definitiva a tutela de urgência para as futuras prestações do auxílio. Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos. Dá-se à causa o valor de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais). Nestes Termos, Pede Deferimento. Rio de Janeiro, 01 de junho de 2020. Ciclana da Silva Advogada OAB/RJ 000.000 Beltrano de Souza Advogado OAB/RJ 000.000
Compartilhar