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Troca ou permuta/ Contrato estimatório

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Troca ou permuta/ Contrato estimatório
Contratos troca ou permuta artigo 533CC.
Conceito e natureza Jurídica
Um Contrato é um vínculo bilateral ou plurilateral, o qual as partes expressam suas vontades e desígnios sob visão do amparo jurídico com intuito de adquirir, modificar ou extinguir relações de acordo com a jurisdição vigente. 
Para que o contrato tenha validade, é necessário que as partes e o objetivo cumpram os requisitos legais, como ser agente capaz, o objeto em questão ser lícito e forma prescrita. Existem inúmeros tipos de Contratos que poderão ser celebrados, tais como: Contrato de compra e venda; troca ou permuta; estimatório, doação; locação de coisas; comodato; mútuo; prestação de serviços; empreitadas […].
Os contratos de Troca (ou permuta), é denominado também de escambo, foi a primeira relação contratual existente entre povos primitivos, ainda quando a moeda não era utilizada para a circulação econômica e comercial. Segundo os doutrinadores Gagliano & Pamplona Filho, “troca ou permuta são expressões equivalentes, que contêm uma grande quantidade de sinônimos: câmbio, escambo, comutação, permutação”. 
Fica claro que, ainda sobre a doutrina, a permuta promete uma coisa em troca de outra. E sua melhor definição é que as partes estabelecem um acordo em que o objetivo é trocar uma coisa por outra que não seja dinheiro.
O Art. 533 caput, e seus incisos I, e II, que especificam como será feito o contrato de permuta. Suas características incluem: Bilateralidade, é oneroso, comutativo, consensual. Embora haja a possibilidade das disposições de compra e venda serem aplicadas, não tem caráter real porquê o que está em em discussão é a transferência da propriedade da coisa. Isto é, os dois bens, mesmo que seja de espécies e valores diversos.
Que fique claro que se um dos contratantes der dinheiro, ou troca de serviços não será permuta.
Como exemplo de permuta podemos usar a troca de imóveis, em uma transação em que se encontra um apartamento na cidade e uma casa no campo avaliados com o mesmo valor monetário, seus proprietários decidem fazer um contrato e trocar ente os imóveis sem o acréscimo de nem uma quantia em dinheiro, esse contrato se caracteriza como troca ou permuta previsto no art.533 do Código Civil. Já no caso em que um sujeito que estar prestes a trocar de veículo, ele vai até a concessionária adquire um veiculo novo e da o antigo como parte do pagamento e o restante paga em dinheiro, esse contrato não é considerado com o uma troca ou permuta, mas sim de um contrato de compra e venda.
OBJETO DE CONTRATO E RELAÇÃO COM A COMPRA E VENDA
São objetos do contrato de permuta os mesmos da compra e venda, quais sejam: coisa móvel, imóvel, corpórea, incorpórea, etc.
Tudo que pode ser vendido pode ser trocado, não sendo necessários que os bens permutados sejam de igual espécie ou valor, sendo lícito, portanto permutar um imóvel por uma coisa móvel, ou ainda um bem imóvel ou móvel por um direito.
O objeto de permuta consiste literalmente na troca de coisas onde ambas materialmente falando trocam seus respectivos bens, sendo que nenhum dos contratantes usam dinheiro físico ou não para tal negociação ou prestação de serviço. Do contrário passará a ser compra e venda. No art. 86 CC, está expresso que esta troca é permissiva quando tais bens são alienáveis, mesmo sendo de naturezas diversas e valores diferentes. Desta forma, a permuta gera o conhecimento entre as partes de suas respectivas obrigações.
 Com relação à troca segundo Tartuce, as partes devem se preocupar com o condicionamento da prestação a contraprestação do outro onde haja contrato bilateral (venda e compra), signalagma. Não deve ser admitido que se torne a prestação extremamente sacrificante para um deles e desproporcionalmente vantajoso para outro, o que justifica a revisão ou resolução do negócio de acordo com a situação especifica. Como o contrato está sujeito a encargos e cujas prestações recíprocas a que se obrigam os contratantes são equivalentes. Segundo o autor, as restrições à liberdade de contratar e contratual, aplicadas à compra e venda, por motivos evidentes, também devem ser mais amplo ou abrangente à permuta. Tartuce destaca que é necessário haver uma analise mais minuciosa em relação as regras relacionadas aos riscos sobre a coisa, assim como as cláusulas de compra e venda. 
 Outro ponto que o autor aborda é sobre as despesas com a tradição da coisa, mensurado no art. 533,I, DO CC que autoriza a sua divisão em igualdade, metade a metade, salvo disposição em contrário instrumento. Enfatizado pela lei , não é permitido uma injustiça contratual, no que diz respeito o negócio jurídico
Portanto é visível a existência de diferenças entre a troca e venda. Tanto se faz verdadeiro que, na V Jornada de Direito Civil, foi aprovado enunciado admitindo a promessa de permuta, nos seguintes termos: “O contrato de promessa de permuta de bens imóveis é título passível de registro na matrícula imobiliária” (Enunciado n. 435). Já para Maria Helena Diniz eles se diferem nos seguintes pontos: Na troca uma vez que ambas as prestações são em espécie; enquanto que na compra e venda a prestação é paga em dinheiro; E na compra e venda ela salienta que uma vez vendida a coisa o vendedor não poderá pedir a devolução.
O contrato é em regra, não solene, ou seja, com forma livre. Resumindo, a natureza jurídica do contrato de compra e venda é a seguinte:
Os elementos do contrato de compra e venda são os seguintes:
Cabe ressaltar que não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva, nos termos do art. 426 do CC:
Art. 426. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva.
MODELO DE CONTRATO COMPRA E VENDA:
CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE EQUIPAMENTOS
Pelo presente instrumento particular de um lado, Empresa TAL, com sede na cidade de CIDADE-UF, Rua TAL, inscrita no CNPJ sob o nº 000000, doravante denominada VENDEDORA, e de outro, Empresa TAL, com sede na cidade de CIDADE-UF, Rua TAL, inscrita no CNPJ sob o nº 000000, doravante denominada simplesmente COMPRADORA, têm justo e acertado o presente CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE EQUIPAMENTOS, que se regerá pelas disposições do Código Civil e demais condições abaixo, às quais as partes mutuamente se obrigam.
CLÁUSULA PRIMEIRA – OBJETO
O presente contrato tem por objeto a compra e venda de TAL, e demais especificações contidas no Pedido nº 000000, ao preço total de R$ 000000 (REAIS).
CLÁUSULA SEGUNDA – FORMA DE PAGAMENTO
Para a quitação do valor previsto na Cláusula Primeira, a COMPRADORA pagará à VENDEDORA a importância de R$ 000000 (REAIS) em sinal de negócio, R$ 000000 (REAIS), no ato da entrega e instalação dos equipamentos, e R$ 000000 (REAIS) após.
CLÁUSULA TERCEIRA – PRAZO DE ENTREGA
A VENDEDORA compromete-se a entregar os equipamentos no prazo improrrogável de 30 (trinta) dias, contado da assinatura do presente instrumento.
CLÁUSULA QUARTA – INSTALAÇÃO
Os equipamentos descritos na Cláusula Primeira deverão ser instalados pela VENDEDORA de acordo com o Projeto nº 000000, parte integrante deste contrato.
CLÁUSULA QUINTA – DESPESAS DE INSTALAÇÃO
As despesas do técnico responsável pela instalação e manutenção periódica dos equipamentos, notadamente transporte, hospedagem e alimentação, correrão por conta da COMPRADORA.
CLÁUSULA SEXTA: GARANTIA
A VENDEDORA oferece garantia dos equipamentos contra quaisquer defeitos de fabricação, ou de instalação, pelo prazo de 12 (doze) meses, contado da Data da assinatura do presente instrumento.
CLÁUSULA SÉTIMA – FORO
Fica eleito o foro da Comarca de CIDADE-UF para dirimir toda e qualquer controvérsia decorrente do presente ajuste.
Assim, por estarem certas e ajustadas, assinam o presente em duas vias de igual teor e forma, na presença das testemunhas abaixo.
CIDADE, 00, MÊS, ANO.
NOME COMPLETO – VENDEDORA
NOME COMPLETO – COMPRADORA
ASSINATURAS
TESTEMUNHAS
Troca entre ascendentes e descendentes 
Para Tartucci, o contrato de troca, permuta ou escambo é aquele pelo qual as partes se obrigam a dar uma coisa por outra que não seja dinheiro.Operam-se, ao mesmo tempo, duas vendas, servindo as coisas trocadas para uma compensação recíproca. Isso justifica a aplicação residual das regras previstas para a compra e venda (art. 533, caput, do CC). As partes do contrato são denominadas permutantes ou tradentes (tradens). 
Com isso, o art. 533,II, do CC nos afirma que é anulável a troca de valores desiguais entre ascendentes e descendentes se não houver consentimento dos demais descendentes e do cônjuge do alienante. Trata-se de norma específica aplicável à troca, pois se presume a onerosidade excessiva, em prejuízo aos demais herdeiros do tradente que deu a maior parte. 
Dessa forma, o enunciado visa proteger os direitos dos herdeiros necessários, sendo certo que, tratando-se de coisas de valores iguais, não haverá necessidade de consentimento dos outros descendentes e do cônjuge do tradente ou permutante. 
Por tanto, por mais que os bens trocados tenham valores idênticos é recomendável que o contrato seja consentido pelos demais herdeiros, para que não gere dúvidas e discussões desnecessárias.
No entanto, sendo a permuta efetivada com patrimônio de valor desigual a anuência dos herdeiros é medida que se impõe, pois caso estes sejam lesados poderão ajuizar ação anulatória.
Conceito e natureza juridica
O contrato estimatório ou venda consignada está elencado nos artigos 534 a 537 do Código Civil Brasileiro, e define-se quando o consignante (proprietário ou possuidor), faz entrega da posse da coisa a outra pessoa, denominado consignatário. Portanto, o primeiro cede o poder de disposição, dentro do prazo estipulado e assentado por ambos, gerando a obrigação do consignatário a efetuar o pagamento do valor previamente ajustado ou, se preferir, restituir a coisa ao consignante. 
Quanto a sua natureza jurídica, há divergência a respeito desse tipo de contrato, tendo em vista que alguns doutrinadores entendem que trata-se de venda com condição suspensiva ou resolutiva. No entanto, esse posicionamento resta falho, pois o consignatário poderá devolver a coisa e não pagar o valor estipulado, logo, não concretizará a venda. 
Contrapondo-se a esse posicionamento, outra parte da doutrina traz o entendimento de que há uma promessa de venda ou em contrato de depósito preparatório de compra e venda, mas também não se trata de promessa de compra e venda, porque, como visto anteriormente, o consignatário poderá restituir a coisa. Tampouco será admitido por depósito, uma vez que a restituição da coisa não é obrigação do consignatário, já que a ele é facultado o poder de disposição e o direito de ficar com ela.
Posto isso, observa-se que não há consenso doutrinário quanto a natureza jurídica do contrato estimatório, mas a respeito das suas características próprias, pode-se afirmar que esse contrato é típico, bilateral, oneroso e real. Como detalhado a seguir: 1) Típico: Possui definição, previsão, tutela legal. Tal contrato é apreciado pela legislação civil brasileira. Tipificado; 2) Bilateral: Possui dois polos, como já supramencionado, duas figuras caracterizam este contrato (consignante e consignatário); 3) Oneroso: Pois há sacrifício patrimonial de uma das partes e em conseguinte uma vantagem da outra; 4) Real: Se caracteriza apenas quando há tradição, quando a coisa é entregue ao consignatário. Porém a entrega da coisa no contrato estimatório, não produz os efeitos como a transferência da propriedade, isto é, ainda que o contrato seja real, não produz efeitos reais.
Nesse sentido, analisa-se que o contrato estimatório é consensual, pois conclui que, antes mesmo de ser feita a tradição, o contrato poderá ocorrer.
Efeitos e regras do contrato estimatório
O grande debate que surge quanto ao contrato estimatório refere-se à natureza jurídica da obrigação assumida pelo consignatário. Alguns doutrinadores entendem que a obrigação assumida por ele é alternativa; outros sustentam que se trata de uma obrigação facultativa. 
De acordo com o art. 536 do CC, “A coisa consignada não pode ser objeto de penhora ou sequestro pelos credores do consignatário, enquanto não pago integralmente o preço”. Isso porque o proprietário da coisa é o consignante, tendo o consignatário apenas a sua posse direta.
Entretanto, a propriedade do consignante é resolúvel, sendo extinta se a outra parte pagar o preço de estima. Eventualmente, se a coisa consignada foi apreendida ou sequestrada, poderá o consignante opor embargos de terceiro em eventual ação de execução promovida contra o consignatário. Por outro lado, o art. 537 do CC enuncia que o consignante não pode dispor da coisa antes de lhe ser restituída ou de lhe ser comunicada a restituição. 
O dispositivo limita o direito de propriedade do consignante, sendo o bem inalienável em relação a ele, na vigência do contrato estimatório. A propriedade, portanto, além de ser resolúvel, é limitada. Diante desses dois dispositivos, percebe-se que a obrigação do consignatário só pode ser alternativa, justamente diante dessa transmissão temporária do domínio. Tanto isso é verdade que, findo o prazo do contrato, o consignante terá duas opções: a) cobrar o preço de estima ou b) ingressar com ação de reintegração de posse para reaver os bens cedidos.
A possibilidade de propositura da ação possessória decorre da própria natureza da obrigação assumida e também do fato de o consignante, que ainda não pagou o preço, ser o proprietário do bem. Ora, se a conclusão for a de que a obrigação do consignatário é facultativa, havendo apenas o dever de pagar o preço de estima e uma faculdade quanto à devolução da coisa, o consignante não poderá fazer uso da ação de reintegração de posse. 
FONTES:
Manual de Direito Civil Volume Único - 5ª Edição 2015 - Flávio Tartuce
https://sarahghedin.jusbrasil.com.br/artigos/177687888/o-contrato-de-permuta-entre-ascendentes-e-descendentes
https://blog.advbox.com.br/modelo-de-contrato-de-compra-e-venda-de-equipamentos-2/

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