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O ligamento cruzado anterior

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DISCIPLINA: FISIOTERAPIA EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA 
REABILITAÇÃO FISIOTERAPEUTICA NO PÓS OPERATORIO DE RUPTURA DE LIGAMENTO ANTERIOR 
Fernanda Emily de Lima Barbosa
MAIO, 2020
1.0 INTRODUÇÃO
 O joelho é uma das articulações com maior tendência a lesões ligamentares, encontrando-se no meio de dois grandes braços de alavanca (fêmur e tíbia) e por este motivo, sofrendo um número maior de forças rotacionais. Os ligamentos desempenham a principal função de equilibrar o joelho, em resposta às forças externas. Eles podem atuar isoladamente ou interagir com outros ligamentos e; assim permitem o estudo dos principais mecanismos de lesão (SILVA et al., 2010).
 O ligamento cruzado anterior (LCA) é responsável por 86% da restrição do deslocamento anterior da tíbia. A ruptura deste ligamento causa instabilidade crônica do joelho, a qual se não tratada pode evoluir para lesão meniscal, degeneração articular e modificações artríticas. (BULDER; NOYES; GROOD, 1980) 
 A lesão do ligamento anterior, é bastante comum no meio esportivo, principalmente em esporte coletivo, impossibilitando a prática de atividade esportiva que faça movimento de pivô: diante da contextualização apresentada, pode-se levantar o seguinte questionamento: como o fisioterapeuta atua na reabilitação do pós operatório de ruptura do ligamento cruzado anterior?
 Assim o estudo desse artigo revela a importância do fisioterapeuta na reabilitação do pós operatório de ruptura do ligamento cruzado anterior, sabendo que a fisioterapia tem importante papel na reabilitação, uma vez que de nada adianta uma cirurgia tecnicamente perfeita se o pós operatório não for realizado adequadamente.
 
2.0 Referencial teórico
 2.1 ANATOMIA DO JOELHO
 A estrutura complexa do joelho permite grande mobilidade para as atividades de locomoção (marcha), além de proporcionar sustentação de enormes cargas. A articulação do joelho é sinovial e possui a junção de três ossos no interior da cápsula articular. A articulação tibiofemoral é formada pelos côndilos da tíbia e do fêmur e a articulação patelofemoral é formada entre a patela e o fêmur. A articulação tibiofemoral é a responsável pela sustentação do peso, amortecendo impactos com auxílio dos meniscos que são estruturas que absorvem os 3 choques no joelho, aprofundam as depressões dos côndilos tibiais para um melhor encaixe do fêmur, formando uma dobradiça e permitindo amplos movimentos de flexão e extensão. É considerada fisiologicamente como biaxial, realizando movimento de flexão e extensão e rotação medial e rotação lateral. (ALVES et al., 2009)
2.2 CIRURGIA DE LCA
 Na maioria dos casos, o tratamento da ruptura do LCA é cirúrgico, visando reestabelecer a função articular. A cirurgia consiste na reconstrução ligamentar através de enxerto realizado com tendões como: tendão patelar e dos músculos grácil e semitendinoso, para formar um novo ligamento e criar uma réplica do ligamento original, porém para obter capacidade funcional igual ao membro não operado é necessário reabilitação. (BELFORT; FILHO; JUNIOR, 2014)
2.3 REABILITAÇÃO 
 A fisioterapia de reabilitação deve visar reestabelecer o mesmo nível funcional que o paciente tinha antes de sofrer a lesão. 
 O fisioterapeuta tem um papel importante no pós-operatório, ajudando o paciente durante os exercícios. Atualmente, sabe-se que a atuação do fisioterapeuta tem se tornado essencial e de forma imediata. 
 O treinamento proprioceptivo, a eletroterapia, crioterapia e os exercícios de cadeia cinética fechada são bastantes utilizados em protocolos de um programa de reabilitação de LCA. Porém a hidroterapia foi apontada como a mais eficiente que outros métodos. (Alano, et al., 2014 )
 
 A hidroterapia é uma opção de tratamento que pode ser utilizada a qualquer momento do pós operatório, mesmo com presença de dor, inflamação, limitação de movimento e é um ambiente de fácil adequação para a restauração da funcionalidade.
 Algumas suposições são apresentadas para a utilização de exercícios em cadeia cinética fechada (CCF) do ponto de vista biomecânico, sugere-se que esses exercícios são mais seguros e produzem estresses e forças que oferecem menor risco às estruturas em recuperação quando comparados com os exercícios em cadeia cinética aberta (CCA) (SOUZA et al., 2007). Os exercícios em CCF são indicados com segurança, pois produzem um padrão de recrutamento muscular que simula as atividades funcionais e evitam estresse nos ligamentos cruzados (ANDRADE; DELANO; FREIRE, 2007).
 A crioterapia é um método utilizado para aliviar o quadro álgico e diminuir o edema durante a reabilitação, sendo uma técnica de fácil acesso, baixo custo, comumente empregado nas afecções musculoesqueléticas, principalmente em lesões agudas de tecidos moles. Alguns estudos demonstram que após a cirurgia de reconstrução do LCA, a crioterapia promove a redução da dor, o consumo medicamentoso, o tempo de internação hospitalar, a melhora da ADM do joelho e qualidade de vida do paciente. (Martin et al., 2001)
 O treinamento proprioceptivo possui uma forte indicação devido à perda de informação proprioceptiva no joelho após a lesão do ligamento cruzado anterior. 
 Em se tratando do treino de propriocepção deve-se levar em consideração que o LCA possui diferentes tipos de terminações sensitivas responsáveis pela adaptação do ligamento a estímulos suaves; a estímulos que garantem a resposta do ligamento a estímulos bruscos; e a respostas a estímulos externos, tais como traumatismos intensos, que põem o joelho em posição de extrema estabilidade. Em estudos a respeito de indivíduos com lesão de LCA podem desenvolver modelos de adaptação motora que envolvem o aumento da ativação dos isquiotibiais antes da articulação estar em carga, mantendo o joelho numa posição de maior flexão durante a carga (BRITO et al.,2009). 
 O treinamento proprioceptivo visa desenvolver a autonomia ao indivíduo, consciência de postura, do movimento e das mudanças no equilíbrio, conhecimento da posição do peso e da resistência dos objetos em relação ao corpo. Os exercícios proprioceptivos estabelecem o equilíbrio dinâmico da articulação do joelho. Alguns aparelhos são usados como: balancinho, tábua de equilíbrio e cama elástica (PAIVA et al., 2007).
 Ainda se tratando de propriocepção e retorno as AVD’s, o início da deambulação deve ser precoce, assim que o paciente se recupera da anestesia, utilizando um par de muletas, marcha em três pontos, transferindo peso para o membro inferior operado, usando como critério para a descarga de peso a sintomatologia dolorosa, respeitando todas as fases da marcha, iniciando o apoio do pé ao solo, primeiramente com o calcanhar-toque inicial e com o joelho em extensão. A transferência de peso para o membro inferior operado durante a marcha reduz a translação anterior da tíbia, reduzindo o estresse sob o enxerto do LCA, quando comparado 7 com os enxertos de LCA que não sofreram descarga de peso (FONSECA et al., 1992; SHELBOURNE e NITZ, 1990).
REFERÊNCIAS
Martin SS, Spindler KP, Tarter JW, Detwiler K, Petersen HA. Cryotherapy: an effective modality for decreasing intraarticular temperature after knee arthroscopy. Am J Sports Med. 2001;29(3):288-91.
ANDRADE, A. M.; DELANO, A.; FREIRE, T. Estudo do tratamento fisioterapêutico na pós-reconstrução simultânea dos ligamentos cruzados do joelho - uma revisão da literatura. Rev. Saúde. Com., Salvador. v.3, n.2, p.87-95, 2007. 
SOUSA, C. O. et al. Atividade eletromiográfica no agachamento nas posições de 40o, 60o e 90o de flexão do joelho. Rev. Bras. Med. Esporte, João Pessoa, v. 13, n. 5, p.310-316, set./out., 2007.
Alves PHM, Silva DCO, Lima FC, Pereira ML, Silva Z. Lesão do ligamento cruzado anterior e atrofia do músculo quadríceps femoral. Jornal de Biosci., 2009.
Butler DL, Noyes FR, Grood ES. Ligamentous restraints to anterior,posterior drawer in the human knee. A biomechanical study. J.Bone Joint Surg Am. 1980; 62(2):259-70.
FERREIRA, Alano A et al. A hidroterapia na reabilitação da lesão do ligamento cruzado anterior: revisão bibliográfica. Revista Amazônia Science & Health. 2014 jul/set;2(3):44-49;
 
DISCIPLINA: 
FISIOTERAPIA EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA 
 
 
 
 
 
REABILITAÇÃO FISIOTERAPEUTICA NO PÓS OPERATORIO DE RUPTURA 
DE LIGAMENTO ANTERIOR 
 
 
 
 
Fernanda Emily de Lima Barbosa
 
 
 
 
 
 
 
MAIO, 2020
 
 
DISCIPLINA: FISIOTERAPIA EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA 
 
 
 
 
REABILITAÇÃO FISIOTERAPEUTICA NO PÓS OPERATORIO DE RUPTURA 
DE LIGAMENTO ANTERIOR 
 
 
 
Fernanda Emily de Lima Barbosa 
 
 
 
 
 
 
MAIO, 2020

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