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1 Universidade Federal do Paraná (UFPR) 3.1.1.1 Biologia celular ......................................................................................................................... 1 3.1.1.2 Seres vivos ............................................................................................................................ 37 3.1.1.3 Estudo das populações ........................................................................................................ 220 3.1.1.4 Ecologia ............................................................................................................................... 294 3.1.1.5 Saúde, higiene e saneamento básico ................................................................................... 351 Candidatos ao Vestibular, O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom desempenho na prova. As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar em contato, informe: • Apostila (universidade); • Disciplina (matéria); • Número da página onde se encontra a dúvida; e • Qual a dúvida. Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. O professor terá até cinco dias úteis para respondê-la. Bons estudos! Apostila gerada especialmente para: Walter Mello Mazzini 054.594.089-38 1 Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores @maxieduca.com.br Citologia O descobrimento da célula ocorreu após a invenção do microscópio por Hans Zacarias Jensen (1590). Robert Hook, 1665, apresentou a sociedade de Londres resultados de suas pesquisas sobre a estrutura da cortiça observada ao microscópio. O material apresentava-se formado por pequenos compartimentos hexagonais delimitados por paredes espessas, lembrando o conjunto de favos de mel. Cada compartimento observado recebeu o nome de célula. Atualmente sabe-se que aquele tecido observado por Hooke (súber) está formado por células mortas, cujas paredes estava depositada suberina, tornando-as impermeáveis e impedindo as trocas de substâncias. Anos depois, o botânico escocês Robert Brown observou que o espaço de vários tipos de células era preenchido com um material de aspecto gelatinoso, e que em seu interior havia uma pequena estrutura a qual chamou de núcleo. Em 1838, o botânico alemão Matthias Schleiden chegou à conclusão de que a célula era a unidade viva que compunha todas as plantas. Em 1839, o zoólogo alemão Theodor Schwann concluiu que todos os seres vivos, tanto plantas quanto animais, eram formados por células. Anos mais tarde essa hipótese ficou conhecida como teoria celular. Mesmo sabendo que todos os seres vivos eram compostos por células, ainda havia uma dúvida: de onde se originavam as células? Alguns pesquisadores acreditavam que as células se originavam da aglomeração de algumas substâncias, enquanto que outros diziam que as células se originavam de outras células preexistentes. Um dos cientistas que defendiam essa última ideia era o pesquisador alemão Rudolf Virchow, que foi o autor da célebre frase em latim: “Omnis cellula ex cellula”, que significa “toda célula se origina de outra célula”. Virchow também afirmou que as doenças eram provenientes de problemas com as células, uma afirmação um pouco ousada para a época. Em 1878, o biólogo alemão Walther Flemming descreveu em detalhes a divisão de uma célula em duas e chamou esse processo de mitose. Dessa forma, a ideia de que as células se originavam da aglomeração de algumas substâncias caiu por terra. Baseando-se em todas essas descobertas, a teoria celular ganhou força e começou a se apoiar em três princípios fundamentais: 1. Todo e qualquer ser vivo é formado por células, pois elas são a unidade morfológica dos seres vivos; 2. As células são as unidades funcionais dos seres vivos; dessa forma, todo o metabolismo dos seres vivos depende das propriedades de suas células; 3. As células sempre se originam de uma célula preexistente através da divisão celular. A organização estrutural dos seres vivos a) Quando ao número de célula Dizemos que todos os seres vivos são formados por células, sendo conhecidos desde formas unicelulares até formas pluricelulares. O organismo unicelular tem a célula como sendo o próprio organismo, isto é, a única célula é responsável por todas as atividades vitais, como alimentação, trocas gasosas, reprodução, etc. O organismo pluricelular, que é formado por muitas células (milhares, milhões, até trilhões de células), apresenta o corpo com tecidos, órgãos e sistemas, especializados em diferentes funções vitais. As células dos pluricelulares, diferem quanto às especializações e de acordo com os tecidos a que elas pertencem. 3.1.1.1 Biologia celular Apostila gerada especialmente para: Walter Mello Mazzini 054.594.089-38 2 Podemos então considerar, para o organismo unicelular ou pluricelular, que a célula é a unidade estrutural e funcional dos seres vivos. b) Quanto à estrutura celular Em relação a estrutura celular os organismos podem ser classificados em eucariontes e procariontes. As células procariontes ou procariotas apresentam inúmeras características que as diferem das células eucariontes. Entretanto, sua maior diferença é que as células dos organismos procariontes (bactérias e cianofíceas) não possuem carioteca. Esta estrutura consiste em uma membrana que separa o material genético do citoplasma. Conforme pode ser observado na figura abaixo, a células eucariontes ou eucariotas possuem a carioteca, individualizando o material nuclear da célula, isto é, tornando o núcleo um compartimento isolado do restante das organelas dispersas no citoplasma. Unidade fundamental da vida A teoria celular afirma que todos seres vivos são constituídos por células e produtos resultantes das atividades celulares. Portanto, a célula representa a unidade estrutural e funcional dos seres vivos, da mesma forma que o átomo é a unidade fundamental dos compostos químicos. Salvo raras exceções a célula realiza um ciclo no qual se alteram duas grandes fases: interfase e mitose. A interfase representa à fase de multiplicação. Durante a interfase, em função de sua estrutura, a célula é classificada em função de sua estrutura, a célula é classifica em eucariótica e procariótica. Na célula eucariótica existem três componentes básicos: membrana, citoplasma e núcleo. Na célula procariota não existe um núcleo, sendo o mesmo substituído por um equivalente nuclear chamado nucleoide. Os vírus escapam a essa classificação por não apresentam estrutura celular. A membrana plasmática Todas as células procariotas e eucariotas apresentam na superfície um envoltório, a membrana citoplasmática, também chamada de membrana plasmática ou plasmalema. Os vírus, não sendo de natureza celular, não possuem membrana plasmática; apresentam somente um envelope de natureza proteica, que envolve um filamento de ácido nucleico, seja ele DNA e RNA. Além de conter o citoplasma, essa membrana regula a entrada e saída de substância, permitindo que a célula mantenha uma composição química definida, diferente do meio extracelular. Apostila gerada especialmente para: Walter Mello Mazzini 054.594.089-38 3 Constituição da membrana plasmática A membrana plasmática, por ser constituída deuma associação de moléculas de fosfolipídios com proteínas, é chamada de lipoproteica. Da mesma maneira, todas as outras membranas biológicas, tais como as do reticulo, da mitocôndria e do sistema golgiense são lipoproteicas. O modelo atualmente aceito da estrutura da membrana plasmática foi proposto por Singer e Nicholson. De acordo com este modelo a membrana plasmática apresenta duas camadas de fosfolipídeos onde estão “embutidas” proteínas. Sendo a camada de lipídios fluida, ela tem uma consistência semelhante à do óleo. Dessa forma, lipídios e proteínas estariam constantemente mudando de lugar de forma dinâmica. Por outro lado, o encaixe de proteínas entre os lipídios lembra um mosaico. Esses dois fatos justificam a expressão mosaico fluido, que se usa para designar este modelo. As proteínas da membrana plasmática exercem grandes variedades de funções: atuam preferencialmente nos mecanismos de transporte, organizando verdadeiros túneis que permitem a passagem de substâncias para dentro e para fora da célula, funcionam como receptores de membrana, encarregadas de receber sinais de substâncias que levam alguma mensagem para a célula, favorecem a adesão de células adjacentes em um tecido, servem como ponto de ancoragem para o citoesqueleto. Transportes entre célula e ambiente A membrana celular exerce um papel importante no que se diz respeito à seletividade de substâncias - característica esta chamada permeabilidade seletiva. Neste processo, elas podem ser: - Impedidas de atravessar o espaço intracelular ou intercelular; - Transportadas, mas com gasto de energia (transporte ativo); - Transportadas, sem gasto de energia (transporte passivo). No transporte passivo, temos a difusão simples, difusão facilitada e osmose. Neste contexto abordaremos apenas as duas primeiras, que ocorrem a fim de igualar a concentração intra e extracelular. 1Transporte Passivo Ocorre sempre a favor do gradiente, no sentido de igualar as concentrações nos dois lados (interno e externo) da membrana. Não envolve nenhum gasto de energia. A - Difusão simples Consiste na passagem de partículas de soluto do local de maior para o local de menor concentração, tendendo a estabelecer um equilíbrio. É um processo geralmente lento, exceto quando o gradiente de concentração é muito elevado ou quando as distâncias a serem percorridas pelas partículas forem muito pequenas. A passagem de substâncias relativamente grandes através da membrana se dá por intermédio de poros que ela possui, e que põe diretamente em contato o hialoplasma e o meio extracelular. A velocidade com a qual determinadas moléculas se difundem pelas membranas das células depende de alguns fatores, anteriormente citados: tamanho das moléculas, carga elétrica, polaridade, etc. B - Difusão facilitada Certas substâncias entram na célula a favor do gradiente de concentração e sem gasto energético, mas com uma velocidade maior do que a permitida pela difusão simples. Isto ocorre, por exemplo, com a glicose, com alguns aminoácidos e certas vitaminas. A velocidade da difusão facilitada não é proporcional à concentração da substância. Aumentando-se a concentração, atinge-se um ponto de saturação, a partir do qual a entrada obedece à difusão simples. Isto sugere a existência de uma molécula transportadora chamada permease na membrana. Quando todas as permeases estão sendo utilizadas, a velocidade não 1 www.sobiologia.com.br Apostila gerada especialmente para: Walter Mello Mazzini 054.594.089-38 4 pode aumentar. Como alguns solutos diferentes podem competir pela mesma permease, a presença de um dificulta a passagem do outro. C - Osmose A osmose é a difusão da água através de uma membrana semipermeável (M.S.P.). É um fenômeno físico-químico que ocorre quando duas soluções aquosas de concentrações diferentes entram em contato através de uma membrana semipermeável. Existem muitos tipos dessas membranas, exemplos: Papel celofane, bexiga animal, paredes de células, porcelana, cenoura sem o miolo (oca). No movimento osmótico a água passa obedecendo ao gradiente de pressão de difusão, sendo um mecanismo de transporte passivo. Observe as figuras abaixo: Transporte Ativo Soluções de mesma pressão osmótica são chamadas de isotônicas. Em soluções de diferentes pressões osmóticas, a solução de menor pressão é chamada de hipotônica e a de maior pressão é chamada de hipertônica. Caso se aplica uma pressão sobre a solução maior que a pressão osmótica ocorre o processo denominado de osmose inversa, e é a partir desse processo que se obtém o sal. Transporte ativo Neste processo, as substâncias são transportadas com gasto de energia, podendo ocorrer do local de menor para o de maior concentração (contra o gradiente de concentração). Esse gradiente pode ser químico ou elétrico, como no transporte de íons. O transporte ativo age como uma “porta giratória”. A molécula a ser transportada liga-se à molécula transportadora (proteína da membrana) como uma enzima se liga ao substrato. A molécula transportadora gira e libera a molécula carregada no outro lado da membrana. Gira, novamente, voltando à posição inicial. A bomba de sódio e potássio liga-se em um íon Na+ na face interna da membrana e o libera na face externa. Ali, se liga a um íon K+ e o libera na face externa. A energia para o transporte ativo vem da hidrólise do ATP. Quando solução e solvente puro (água) estão separados por uma membrana semipermeável, a água passa rapidamente de onde tem maior pressão de difusão (água pura) para onde tem menor pressão de difusão (solução) Quando duas soluções de concentrações diferentes estão separadas por uma membrana semipermeável, a água passa mais rapidamente de onde tem maior pressão de difusão (a solução diluída) para onde tem menor pressão de difusão (solução concentrada) Apostila gerada especialmente para: Walter Mello Mazzini 054.594.089-38 5 Transportes de Massa As células são capazes de englobar grandes quantidades de materiais "em bloco". Geralmente, esses mecanismos são empregados na obtenção de macromoléculas, como proteínas, polissacarídeos, ácidos nucléicos, etc. Essa entrada de materiais em grandes porções é chamada endocitose. Esses processos de transporte de massa sempre são acompanhados por alterações morfológicas da célula e de grande gasto de energia. A endocitose pode ocorrer por dois mecanismos fundamentais: A - Fagocitose É o processo pelo qual a célula engloba partículas sólidas, pela emissão de pseudópodes. Nos protozoários, a fagocitose é uma etapa importante da alimentação, pois é a forma pela qual esses organismos unicelulares conseguem obter alimentos em grandes quantidades de uma só vez. Nos metazoários, animais formados por numerosas células, a fagocitose desempenha papéis mais específicos, como a defesa contra micro-organismos e a remodelagem de alguns tecidos, como os ossos. B - Pinocitose Processo pelo qual a célula engloba gotículas de líquido ou partículas de diâmetro inferior a 1 micrômetro. Depois de englobadas por fagocitose ou por pinocitose, as substâncias permanecem no interior de vesículas, fagossomos ou pinossomos. Nelas, são acrescidas das enzimas presentes nos lisossomos, formando o vacúolo digestivo. Voltaremos ao assunto quando estudarmos a digestão celular. Diferenciação da membrana plasmática No desempenho de funções específicas, surgem diferenciações da membrana plasmática de algumas células passamos a apresentar algumas dessas diferenciações. A - Microvilosidades: são expansões semelhantes a dedos de luvas, que aumentam a superfície de absorção das células que as possuem. São encontradas nas células que revestem o intestino e nas células dos túbulos renais. B - Interdigitações: são conjuntos de saliências e reentrâncias das membranas de células vizinhas, que se encaixam e facilitam as trocasde substâncias entre elas. São observadas nas células dos túbulos renais. Apostila gerada especialmente para: Walter Mello Mazzini 054.594.089-38 6 C - Desmossomos: são placas arredondadas formadas pelas membranas de células vizinhas. O espaço entre as membranas é ocupado por um material mais elétron-denso que o glicocálix. Na sua face interna, inserem-se filamentos do citoesqueleto que mergulham no hialoplasma. É o local de "ancoragem" dos componentes do citoesqueleto, e de forte adesão entre células vizinhas. Os níveis de organização das Células Eucariotas Nesse grupo encontram-se: - Células Vegetais (com cloroplastos e com parede celular; normalmente, apenas, um grande vacúolo central) - Células Animais (sem cloroplastos e sem parede celular; vários pequenos vacúolos) Componentes Morfológicos das Células Já citamos anteriormente as diferenças entre a célula procariota e eucariota. Neste bloco, estudaremos o citoplasma dos eucariontes. Os componentes fundamentais do citoplasma de uma célula eucariota são: 1. Hialoplasma e citoesqueleto O hialoplasma ou citosol corresponde ao fluido citoplasmático onde estão mergulhadas as orgânulos citoplasmáticos. Ele é constituído por proteínas, sais minerais, açúcares e íons dissolvidos em água, localizando-se entre a membrana plasmática e o núcleo. O hialoplasma é considerado um coloide, ora no estado de sol (fluido), ora no estado de gel (viscoso). Nas regiões mais periféricas da célula, o hialoplasma costuma ter a consistência de gel, e é denominado ectoplasma. Já a parte mais interna do citoplasma é um sol, bastante fluido, e é chamada de endoplasma. Citoesqueleto Quando se diz que o hialoplasma é um fluido viscoso, fica-se com a impressão de que a célula animal tem uma consistência amolecida e que se deforma a todo o momento. Não é assim. Um verdadeiro “esqueleto” formado por vários tipos de fibras de proteínas cruza a célula em diversas direções, dando- lhe consistência e firmeza. Essa “armação” é importante se lembrarmos que a célula animal é desprovida de uma membrana rígida, como acontece com a membrana celulósica dos vegetais. Entre as fibras proteicas componentes desse “citoesqueleto” podem ser citados os microfilamentos de actina, os microtúbulos e os filamentos intermediários. Apostila gerada especialmente para: Walter Mello Mazzini 054.594.089-38 7 Os microfilamentos são os mais abundantes, constituídos da proteína contráctil actina e encontrados em todas as células eucarióticas. São extremamente finos e flexíveis, chegando a ter 3 a 6nm (nanômetros) de diâmetro, cruzando a célula em diferentes direções, embora concentram-se em maior número na periferia, logo abaixo da membrana plasmática. Muitos movimentos executados por células animais e vegetais são possíveis graças aos microfilamentos de actina. Os microtúbulos, por sua vez, são filamentos mais grossos, de cerca de 20 a 25 nm de diâmetro, que funcionam como verdadeiros andaimes de todas as células eucarióticas. São, como o nome diz, tubulares, rígidos e constituídos por moléculas de proteínas conhecidas como tubulinas, dispostas helicoidalmente, formando um cilindro. Um exemplo, desse tipo de filamento é o que organiza o chamado fuso de divisão celular. Nesse caso, inúmeros microtúbulos se originam e irradiam a partir de uma região da célula conhecida como centrossomo (ou centro celular) e desempenham papel extremamente importante na movimentação dos cromossomos durante a divisão de uma célula. Outro papel atribuído aos microtúbulos é o de servir como verdadeiras “esteiras” rolantes que permitem o deslocamento de substâncias, de vesículas e de organoides como as mitocôndrias e cloroplastos pelo interior da célula. Isso é possível a partir da associação de proteínas motoras com os microtúbulos. Essas proteínas motoras ligam-se de um lado, aos microtúbulos e, do outro, à substância ou organoide que será transportado, promovendo o seu deslocamento. Por exemplo, ao longo do axônio (prolongamento) de um neurônio, as proteínas motoras conduzem, ao longo da “esteira” formada pelos microtúbulos, diversas substâncias para as terminações do axônio e que terão importante participação no funcionamento da célula nervosa. Filamentos Intermediários Os filamentos intermediários são assim chamados por terem um diâmetro intermediário – cerca de 10nm – em relação aos outros dois tipos de filamentos proteicos. Apostila gerada especialmente para: Walter Mello Mazzini 054.594.089-38 8 Nas células que revestem a camada mais externa da pele existe grande quantidade de um tipo de filamento intermediário chamado queratina. Um dos papéis desse filamento é impedir que as células desse tecido se separem ou rompam ao serem submetidas, por exemplo, a um estiramento. Além de estarem espalhadas pelo interior das células, armando-as, moléculas de queratina promovem uma “amarração” entre elas em determinados pontos, o que garante a estabilidade do tecido no caso da ação de algum agente externo que tente separá-las. Esse papel é parecido ao das barras de ferro que são utilizadas na construção de uma coluna de concreto. Outras células possuem apreciável quantidade de outros filamentos intermediários. É o caso das componentes dos tecidos conjuntivos e dos neurofilamentos encontrados no interior das células nervosas. Movimentos do hialoplasma 1.1 Ciclose Células vivas observadas ao microscópio óptico mostram a existência de um movimento orientado da parte sol do hialoplasma (endoplasma), que arrasta orgânulos nele mergulhados. Este nome recebe o nome de ciclose e é facilmente observado em células vegetais, em que os cloroplastos- verdes, grandes, bem visíveis- são arrastados pelas correntes do citoplasma. Este fenômeno existe, aparentemente, em todas as células de eucariontes vivas, sejam elas animais ou vegetais. Apostila gerada especialmente para: Walter Mello Mazzini 054.594.089-38 9 1.2 Movimento ameboide Certas células, como as bactérias e os glóbulos brancos, podem modificar sua forma, surgindo assim os pseudópodes (=falsos pés). Os pseudópodes estão relacionados com a locomoção ou com a habilidade de fagocitar alimentos. A formação de pseudópodes depende de um movimento especial do hialoplasma celular, chamado movimento ameboide. 2. O retículo endoplasmático Consiste em uma complexa rede de membranas duplas lipoproteicas que está espalhada por todo o hialoplasma. Essas membranas duplas formam sacos achatados (também chamados de cisternas); vacúolos que armazenam substâncias de reservas; vesículas (bolsinhas), que podem se desprender do restante das membranas; e túbulos, que fazem a comunicação de sacos membranosos. Pode-se distinguir dois tipos de retículo: rugoso (ou granular) e liso (ou agranular). Retículo endoplasmático rugoso (RER) e liso (REL) O retículo endoplasmático rugoso (RER), também chamado de ergastoplasma, é formado por sacos achatados, cujas membranas têm aspecto verrugoso devido à presença de grânulos – os ribossomos – aderidos à sua superfície externa (voltada para o citosol). Já o retículo endoplasmático liso (REL) é formado por estruturas membranosas tubulares, sem ribossomos aderidos, e, portanto, de superfície lisa. Os papéis do retículo endoplasmático O retículo endoplasmático, devido à grande superfície de suas membranas, desempenha alguns papéis básicos no interior da célula: - Transporta substâncias, uma vez que apresenta uma verdadeira rede de comunicação entre as diversas regiões da célula. Apostila gerada especialmente para: Walter Mello Mazzini 054.594.089-38 10 - Armazena materiais, principalmente no interior dos vacúolos, grandes espaços envolvidos por membrana plasmática. - Facilita muitas reações químicas do citoplasma, devido à associação de suas membranas com várias enzimas. - Sintetiza lipídios, como triglicerídeos, fosfolipídios e esteroides. Em célulassecretoras de hormônios sexuais, que são na realidade esteroides, o retículo apresenta –se bem desenvolvido. O retículo rugoso (ergastoplasma), desempenha todas as funções do reticulo liso. Além disso, devido a presença de ribossomos, está intimamente relacionado a síntese proteica. 3. Os ribossomos Os ribossomos são organelas celulares presentes em todo o citoplasma de células eucariontes quanto procariontes. Elas tem como função sintetizar proteínas que serão utilizadas em processos internos da célula. Eles podem estar agrupados em fila, com a ajuda de uma fita de RNA (formando os polirribossomos), espalhados no citoplasma (ou hialoplasma), ou grudados na parede do retículo endoplasmático, dando origem ao retículo endoplasmático rugoso. 4. O complexo golgiense O complexo golgiense está presente em quase todas as células eucarióticas (núcleo organizado), e é constituído por dobras de membranas e vesículas. Sua função primordial é o processamento de proteínas ribossômicas e a sua distribuição por entre essas vesículas. Funciona, portanto, como uma espécie de sistema central de distribuição na célula, atuando como centro de armazenamento, transformação, empacotamento e secreção de substâncias. O complexo golgiense é responsável também pela formação dos lisossomos, da lamela média dos vegetais, do acrossomo do espermatozoide, do glicocálix e está ligado à síntese de polissacarídeos. Acredita-se, ainda, que a organela seja responsável por alguns processos pós-traducionais, tais como adicionar sinalizadores às proteínas, que as direcionam para os locais da célula onde atuarão. A maior parte das vesículas transportadoras que saem do retículo endoplasmático, e em particular do retículo endoplasmático rugoso, são transportadas até o complexo de Golgi, onde são modificadas, ordenadas e enviadas na direção dos seus destinos finais. A organela está presente na maior parte das células eucarióticas, mas tende a ser mais proeminente nas células de órgãos responsáveis pela secreção de certas substâncias, tais como o pâncreas, a hipófise e a tireoide. 5. Os lisossomos Os lisossomos são pequenas vesículas, formadas pelo complexo golgiense, repletas de enzimas digestivas de todos os tipos. Assim, estão diretamente relacionados com a digestão intracelular de materiais diversos. As enzimas presentes nos lisossomos, assim como qualquer outra proteínas, são produzidas nos ribossomos. Em seguida, são transferidas para o complexo golgiense, que finalmente as “empacota” em vesículas que são liberadas no hialoplasma celular. Essas vesículas são os lisossomos propriamente ditos, também chamados de lisossomos primários. Quando a célula engloba alguma partícula externa, como de alimento, por exemplo, forma-se um vacúolo alimentar, ou fagossomo. Um lisossomo se funde então ao vacúolo alimentar. Diante disso, as enzimas digestivas presente no lisossomo ficam em contato com a partícula a ser digerida, formando o vacúolo digestivo ou lisossomo secundário. As moléculas de nutrientes provenientes da digestão podem sair do vacúolo digestivo através de sua membrana e difundir- se para o hialoplasma. No agora chamado vacúolo residual funde-se a membrana plasmática e despeja seu conteúdo para o meio externo, num processo chamado defecação celular ou clasmocitose. Apostila gerada especialmente para: Walter Mello Mazzini 054.594.089-38 11 Os lisossomos podem também digerir o material proveniente da própria célula. Orgânulos fora de uso, por exemplo, são digeridos, e as moléculas que o compões são reaproveitadas pela célula. Neste caso, o lisossomo primário engloba o orgânulo, constituindo um vacúolo digestivo especial chamado de vacúolo autofágico, (auto= a si mesmo, fago= comer). 6. Os peroxissomos Os peroxissomos são organelas membranosas que contêm alguns tipos de enzimas digestivas. Sua semelhança com os lisossomos fez com que fossem confundidos com eles até bem pouco tempo. Entretanto, hoje se sabe que os peroxissomos diferem dos lisossomos principalmente quanto ao tipo de enzimas que possuem. Os peroxissomos, além de conterem enzimas que degradam gorduras e aminoácidos, têm também grandes quantidades da enzima catalase. A catalase converte o peróxido de hidrogênio, popularmente conhecido como água oxigenada (H2O2), e água e gás oxigênio. A água oxigenada se forma normalmente durante a degradação de gorduras e de aminoácidos, mas, em grande quantidade, pode causar lesões à célula. 7. As mitocôndrias As mitocôndrias estão diretamente relacionadas com a respiração celular aeróbica. No seu interior ocorre a oxidação de substâncias derivadas da glicose, com a consequente liberação de energia sob a forma de moléculas de ATP. Para as mitocôndrias funcionarem, se faz necessária a presença de oxigênio. Os resíduos produzidos nesta reação são o CO2 e a H2O. As mitocôndrias são delimitadas por duas membranas lipoprotéicas semelhantes às demais membranas celulares. Enquanto a membrana externa é lisa, a membrana interna possui inúmeras pregas – as cristas mitocondriais – que se projetam para o interior da organela. A cavidade interna das mitocôndrias é preenchida por um fluido denominado matriz mitocondrial, onde estão presentes Apostila gerada especialmente para: Walter Mello Mazzini 054.594.089-38 12 diversas enzimas, além de DNA e RNA e pequenos ribossomos e substâncias necessárias à fabricação de determinadas proteínas. 8. Os cloroplastos Os cloroplastos são os organoides responsáveis pelo processo de fotossíntese. Assim, enquanto as mitocôndrias consomem matéria orgânica, oxidando-a, os cloroplastos produzem-na. Veja o esquema abaixo que representa esse processo: Com relação a estrutura os cloroplastos têm certa semelhança com as mitocôndrias: também possuem duas membrana lipoproteicas envolventes. Além disso, existem sacos membranosos chamados lamelas, e estruturas semelhantes a moedas, chamadas tilacóides. Uma pilha de tilacóides chama-se granum (o termo grana representa o plural de granum). Lamelas e grana são ricas em clorofila, e estão mergulhadas numa material denominado estroma. Veja o esquema abaixo: 9. Os centríolos Os centríolos são organelas que não estão envolvidas por membrana e que participam do progresso de divisão celular em células animais. Nas células de fungos complexos, plantas superiores (gimnospermas e angiospermas) e nematoides não existem centríolos. Eles estão presentes na maioria das células de animais, algas e vegetais inferiores como as briófitas (musgos) e pteridófitas (samambaias). Estruturalmente, são constituídos por um total de nove trios de microtúbulos proteicos, que se organizam em cilindro. Apostila gerada especialmente para: Walter Mello Mazzini 054.594.089-38 13 São autoduplicáveis no período que precede a divisão celular, migrando, logo a seguir, para os polos opostos da célula. Uma das providências que a fábrica celular precisa tomar é a construção de novas fábricas, isto é, a sua multiplicação. Isso envolve uma elaboração prévia de uma série de “andaimes” proteicos, o chamado fuso de divisão, formado por inúmeros filamentos de microtúbulos. Embora esses microtúbulos não sejam originados dos centríolos e sim de uma região da célula conhecido como centrossomo, é comum a participação deles no processo de divisão de uma célula animal. Já em células de vegetais superiores, como não existem centríolos, sua multiplicação se processa sem eles. 10. Cílios e flagelos Os cílios e flagelos são estruturas móveis, encontradas externamente em células de diversos seres vivos. Os cílios são curtos e podem ser relacionados à locomoção e a remoção de impurezas. Nas células que revestem a traqueia humana, por exemplo, os batimentos ciliares empurram impurezas provenientes do ar inspirado, trabalho facilitado pela mistura com o muco que, produzido pelas células da traquéia, lubrifica e protege a traquéia. Em alguns protozoários,por exemplo, o paramécio, os cílios são utilizados para a locomoção. Os flagelos são longos e também se relacionam a locomoção de certas células, como a de alguns protozoários (por exemplo, o tripanossomo causador da doença de Chagas) e a do espermatozoide. Em alguns organismos pluricelulares, por exemplo, nas esponjas, o batimento flagelar cria correntes de água que percorrem canais e cavidades internas, trazendo, por exemplo, partículas de alimento. Estruturalmente, cílios e flagelos são idênticos. Ambos são cilíndricos, exteriores as células e cobertos por membrana plasmática. Internamente, cada cílio ou flagelo é constituído por um conjunto de nove pares de microtúbulos periféricos de tubulinas, circundando um par de microtúbulos centrais. É a chamada estrutura 9 + 2. Fonte: fttp://www.elsevier.es/publicaciones/1698031X/0000000400000001/v0_201308021011/13089233/v0_201308021012/pt/main. assets/262v4n1- 13089233fig03.jpg Apostila gerada especialmente para: Walter Mello Mazzini 054.594.089-38 14 10. Os vacúolos Os vacúolos são cavidades existentes no interior do citoplasma, que surgiram a partir do desenvolvimento de vesículas do retículo endoplasmático. Essas cavidades contêm água e substâncias dissolvidas. Em certos casos, podem se originar a partir da membrana plasmática (fagocitose e pinocitose). Podemos considerar os seguintes tipos de vacúolos: 10.1 Vacúolo alimentar ou fagossomo São comuns em organismos em que a digestão é intracelular. A célula engloba uma partícula através da fagocitose, que é introduzida no interior do citoplasma. 10.2 Vacúolos digestivos Quando o vacúolo alimentar se funde com o lisossomo, o vacúolo resultante, onde ocorre a digestão de substâncias ingeridas pela célula, é chamado de vacúolo digestivo. 10.3 Vacúolos contráteis Os vacúolos pulsáteis ou contráteis são organelas citoplasmáticas existentes na célula de alguns protozoários como o Paramecium, que realizam a osmorregulação, ou seja, o controle do volume celular, e deixam o meio externo com concentração idêntica ao meio interno do ser vivo, permitindo a expulsão do excesso de água com excretas tóxicas ao organismo. 10. 4 Vacúolos de células vegetais Os vacúolos das células vegetais são regiões expandidas do retículo endoplasmático. Em células vegetais jovens observam-se algumas dessas regiões, formando pequenos vacúolos isolados um do outro. Mas, à medida que a célula atinge a fase adulta, esses pequenos vacúolos se fundem, formando- se um único, grande e central, com ramificações que lembram sua origem reticular. A expansão do vacúolo leva o restante do citoplasma a ficar comprimido e restrito à porção periférica da célula. Além disso, a função do vacúolo é regular as trocas de água que ocorrem na osmose. 11. Plastos Os plastos são orgânulos citoplasmáticos encontrados nas células de plantas e de algas. Sua forma e tamanho variam conforme o tipo de organismo. Em algumas algas, cada célula possui um ou poucos plastos, de grande tamanho e formas características. Já em outras algas e nas plantas em geral, os plastos são menores e estão presentes em grande número por célula. Os plastos podem ser separados em duas categorias: - Cromoplastos que apresentam pigmentos em seu interior. O cromoplasto mais frequente nas plantas é o cloroplasto, cujo principal componente é a clorofila, de cor verde. Há também plastos vermelhos, os eritroplastos (do grego eritros, vermelho), que se desenvolvem, por exemplo, em frutos maduros de tomate. Apostila gerada especialmente para: Walter Mello Mazzini 054.594.089-38 15 - Leucoplastos: São aqueles que não possuem nenhum pigmento, seu sistema de membranas interno não é muito elaborado e funcionam armazenando substâncias. Seu nome muda de acordo com a substância que é encontrada em seu interior: - Amiloplastos: Acumulam amido; - Proteinoplastos: Acumulam proteínas; - Elaioplastos ou oleoplastos: Acumulam substâncias lipofílicas. Os componentes do núcleo O núcleo das células que não estão em processo de divisão apresenta um limite bem definido, devido à presença da carioteca ou membrana nuclear, visível apenas ao microscópio eletrônico. A maior parte do volume nuclear é ocupada por uma massa filamentosa denominada cromatina. Existem ainda um ou mais corpos densos (nucléolos) e um líquido viscoso (cariolinfa ou nucleoplasma). Nucleoplasma ou suco nuclear O nucleoplasma é o material gelatinoso que preenche o espaço interno do núcleo. Embora muitos citologistas anteriores a ele já tivessem observados núcleos, não haviam compreendido a enorme importância dessas estruturas para a vida das células. O grande mérito de Brown foi justamente reconhecer o núcleo como componente fundamental das células. O nome que ele escolheu expressa essa convicção: a palavra “núcleo” vem do grego nux, que significa semente. Brown imaginou que o núcleo fosse a semente da célula, por analogia aos frutos. A carioteca A carioteca (do grego karyon, núcleo e theke, invólucro, caixa) é um envoltório formado por duas membranas lipoprotéicas cuja organização molecular é semelhante as demais membranas celulares. Entre essas duas membranas existe um estreito espaço, chamado cavidade perinuclear. A face externa da carioteca, em algumas partes, se comunica com o retículo endoplasmático e, muitas vezes, apresenta ribossomos aderidos à sua superfície. Neste caso, o espaço entre as duas membranas nucleares é uma continuação do espaço interno do retículo endoplasmático. Poros da carioteca A carioteca é perfurada por milhares de poros, através das quais determinadas substâncias entram e saem do núcleo. Os poros nucleares são mais do que simples aberturas. Em cada poro existe uma complexa estrutura proteica que funciona como uma válvula, abrindo-se para dar passagem a determinadas moléculas e fechando-se em seguida. Dessa forma, a carioteca pode controlar a entrada e a saída de substâncias. Apostila gerada especialmente para: Walter Mello Mazzini 054.594.089-38 16 A face interna da carioteca encontra-se a lâmina nuclear, uma rede de proteínas que lhe dá sustentação. A lâmina nuclear participa da fragmentação e da reconstituição da carioteca, fenômenos que ocorrem durante a divisão celular. Os nucléolos Na fase que a célula eucariótica não se encontra em divisão é possível visualizas vários nucléolos, associados a algumas regiões específicas da cromatina. Cada nucléolo é um corpúsculo esférico, não membranoso, de aspecto esponjoso quando visto ao microscópio eletrônico, rico em RNA ribossômico (a sigla RNA provém do inglês RiboNucleic Acid). Este RNA é um ácido nucléico produzido a partir o DNA das regiões específicas da cromatina e se constituirá um dos principais componentes dos ribossomos presentes no citoplasma. É importante perceber que ao ocorrer a espiralação cromossômica os nucléolos vão desaparecendo lentamente. Isso acontece durante os eventos que caracterizam a divisão celular. O reaparecimento dos nucléolos ocorre com a desespiralação dos cromossomos, no final da divisão do núcleo. A cromatina A cromatina é um conjunto de fios muito longos e finos, emaranhados desordenadamente no interior do núcleo. Ela contém a substância, associada com proteínas, na qual se encontra a informação genética: o DNA (ácido desoxirribonucleico). O DNA é responsável pelo controle da atividade celular e o comando da reprodução da célula. Na interfase, a cromatina se organiza em dois estados diferentes. A maior parte é formada por filamentos desespiralados e pouco condensados, constituindo a eucromatina. O restante do material é formado por regiões espiraladas, muito condensadas e evidentes, formando a heterocromatina. Essa desigualdade estrutura, com dias regiões distintas da cromatina, está associada a diferenças funcionais do material genético. 2Os cromossomos Os filamentos de cromatina na interfase são muitos longos, emaranhadose misturados, a divisão celular, os fios enrolam-se, tornando-se mais curtos e grossos, o que facilita a separação do material genético. Desse modo, eles se individualizam em bastonetes denominados cromossomos. Durante a interfase, o material genético que forma a cromatina duplica-se. Cada fio de cromatina forma um novo, igual a ele. Assim, no início do processo de divisão, cada cromossomo está formado por dois filamentos idênticos, as cromátides-irmãs. Elas estão ligadas entre si por um estrangulamento - o centrômero, ou constituição primária. A presença do centrômero é obrigatória e fundamental para o cromossomo, e sua função será estuda na divisão celular. 2 2 Uzunian, A.; Castro, N. H. C..; Sasson, S. 2012. Biologia 1p.113 Apostila gerada especialmente para: Walter Mello Mazzini 054.594.089-38 17 As partes de um cromossomo separadas pelo centrômero são chamadas braços cromossômicos. A relação de tamanho entre os braços cromossômicos, determinada pela posição do centrômero, permite classificar os cromossomos em quatro tipos: -Metacêntrico: possuem o centrômero no meio, formando dois braços de mesmo tamanho; -Submetacêntricos: possuem o centrômero um pouco deslocado da região mediana, formando dois braços de tamanhos desiguais; -Acrocêntricos: possuem o centrômero bem próximo a uma das extremidades, formando um braço grande e outro muito pequeno; -Telocêntricos: possuem o centrômero em um das extremidades, tendo apenas um braço. O número de cromossomos é fixo nos indivíduos de determinada espécie, mas não e exclusivo dela. Espécies diferentes apresentam o mesmo número de cromossomos; por exemplo, a seringueira, a mandioca, a barata e o caramujo têm 36 cromossomos nas células. Geralmente, os cromossomos das células somáticas (não relacionados com a reprodução) são encontrados aos pares. Esses cromossomos que formam pares são denominados homólogos e têm a mesma forma, o mesmo tamanho e a mesma sequência de genes. Os genes que ocupam a mesma posição (loco, ou locus) em cromossomos homólogos são chamados de genes alelos. Apostila gerada especialmente para: Walter Mello Mazzini 054.594.089-38 18 Células que apresentam todos os seus cromossomos distribuídos em pares homólogos são células diploides ou 2n. As células somáticas (dos órgãos do corpo) na maioria dos organismos são diploides, inclusive as humanas. Quando uma célula não possui pares de cromossomos homólogos, mas só um representante de cada par, ela é haploide ou n. Os gametas (células reprodutoras) são exemplos de células haploides. A maioria das espécies possui um número diploide de cromossomos nas células somáticas. O número 2n no homem é 46, no cachorro 78, e na mosca 12. Na reprodução sexuada ocorre a união de dois gametas, que devem ser haploides, para manter o número 2n da espécie. Assim, a fecundação (união entre os gametas) restabelece o número 2n de cromossomos ao formar o zigoto, que é a primeira célula de um organismo. O conjunto haploide de cromossomos de uma espécie constitui a bagagem cromossômica de um gameta, sendo a contribuição genética de cada genitor para o filho. Assim, o conjunto haploide humano é 23, e o do cachorro 39. Resumindo... Cromatina e cromossomos são dois diferentes aspectos do mesmo material. Constituição química e arquitetura dos cromossomos Descobrir a natureza química dos cromossomos foi uma árdua tarefa que mobilizou centenas de cientistas e muitos anos de trabalho. O primeiro constituinte cromossômico a ser identificado foi o ácido desoxirribonucleico, o DNA. Em 1924, o pesquisador alemão Robert J. Feugen desenvolveu uma técnica especial de coloração que permitiu demonstrar que o DNA é um dos principais componentes dos cromossomos. Alguns anos mais tarde, descobriu-se que a cromatina também é rica em proteínas denominadas histonas. Divisão celular (mitose e meiose, e suas fases) Do mesmo modo que uma fábrica pode ser multiplicada pela construção de várias filiais, também as células se dividem e produzem cópias de si mesmas. Há dois tipos de divisão celular: mitose e meiose. Na mitose, a divisão de uma “célula-mãe” duas “células-filhas” geneticamente idênticas e com o mesmo número cromossômico que existia na célula-mãe. Uma célula n produz duas células n, uma célula 2n produz duas células 2n etc. Trata-se de uma divisão equacional. Já na meiose, a divisão de uma “célula- mãe” 2n gera “células-filhas” n, geneticamente diferentes. Neste caso, como uma célula 2n produz quatro células n, a divisão é chamada reducional. O principal ponto em comum entre esses dois processos é o fato de que qualquer célula, antes de entrar em mitose ou meiose, deve duplicar seu material genético. Essa duplicação ocorre durante a interfase, período no qual a célula não está em divisão, porem apresenta grande atividade, sintetizando material para seu funcionamento, crescimento e preparando-se para a divisão. Costuma-se dividir a interfase em três períodos distintos: G1, S e G2. O intervalo de tempo em que ocorre a duplicação do DNA foi denominado de S (síntese) e o período que antecede é conhecido como G1 (G1 provém do inglês gap, que significa “intervalo”). O período que sucede o S é conhecido como G2. Apostila gerada especialmente para: Walter Mello Mazzini 054.594.089-38 19 O ciclo celular todo, incluindo a interfase (G1, S, G2) e a mitose (M) – prófase, metáfase, anáfase e telófase – pode ser representado em um gráfico no qual se coloca a quantidade da DNA na ordenada (y) e o tempo na abscissa (x). Mitose A mitose é o processo de divisão celular que forma células-filhas com o mesmo número de cromossomos da célula-mãe. Por meio da mitose, uma célula com o número x de cromossomos (n, 2n, 3n) divide-se em duas células com o mesmo número x de cromossomos. Desse modo, a mitose mantem constante o número de cromossomos das células, formando células idênticas à célula inicial, condição essencial para o crescimento dos organismos pluricelulares. Todos os seres vivos começam por uma única célula, que, nos organismos pluricelulares se divide, formando as células do corpo. A mitose permite, assim, a construção dos organismos animais e vegetais. O aumento do número de células provoca o crescimento dos indivíduos. À medida que ocorre a formação da células por mitose há também um processo de especialização complexo- a diferenciação celular. Ela possibilita a transformação das células, de modo a realizar as diferentes funções orgânicas e a construir os órgãos e tecidos do corpo. Além de promover o crescimento, a mitose é necessária aos processos de regeneração do organismo, pois é por meio dela que se dá a reposição de células, para substituir células mortas. Os cromossomos durante a mitose Os cromossomos iniciam a mitose já duplicados, com duas cromátides ligadas pelo centrômero, pois a duplicação do DNA já ocorreu na intérfase. Durante mitose, as cromátides se separam, permitindo a divisão dos cromossomos, que são levados para as células-filhas. Isso possibilita que cada célula resultante da mitose receba o mesmo número de cromossomos da célula inicial. A mitose é um mecanismo de divisão reducional (R), porque mantém constante o número de cromossomos das células. As fases da mitose A mitose é um processo contínuo de divisão celular, mas, por motivos didáticos, para melhor compreendê-la, vamos dividi-la em fases: prófase, metáfase, anáfase e telófase. Alguns autores costumam citar uma quinta fase – a prometáfase – intermediária entre a prófase e a metáfase. O final da mitose, com a separação do citoplasma, é chamado de citocinese. Prófase - Os cromossomos começam a ficar visíveis devido à espiralação. - O nucléolo começa a desaparecer. - Organiza-se em torno do núcleo um conjunto de fibras (nada mais são do que microtúbulos) originadas a partir dos centrossomos, constituindoo chamado fuso de divisão (ou fuso mitótico). Embora os centríolos participem da divisão, não é deles que se originam as fibras do fuso. Na mitose em célula animal, as fibras que se situam ao redor de cada par de centríolos opostas ao fuso constituem o áster (do grego, aster = estrela). - O núcleo absorve água, aumento de volume e a carioteca se desorganiza. Apostila gerada especialmente para: Walter Mello Mazzini 054.594.089-38 20 - No final da prófase, curtas fibras do fuso, provenientes do centrossomos, unem-se aos centrômeros. Cada uma das cromátides-irmãs fica ligada a um dos polos da célula. Metáfase Os cromossomos atingem o máximo em espiralação, encurtam e se localizam na região equatorial da célula. - No finalzinho da metáfase e início da anáfase ocorre a duplicação dos centrômeros. Anáfase As fibras do fuso começam a encurtar. Em consequência, cada lote de cromossomos-irmãos é puxado para os polos opostos da célula. Como cada cromátide passa a ser um novo cromossomo, pode-se considerar que a célula fica temporariamente tetraploide. Telófase - Os cromossomos iniciam o processo de desespirilação. - Os nucléolos reaparecem nos novos núcleos celulares. - A carioteca se reorganiza em cada núcleo-filho. - Cada dupla de centríolos já se encontra no local definitivo nas futuras células-filhas. Apostila gerada especialmente para: Walter Mello Mazzini 054.594.089-38 21 Citocinese – Separando as células A partição em duas copias é chamada de citocinese e ocorre, na célula animal, de fora para dentro, isto é, como se a célula fosse estrangulada e partida em duas (citocinese centrípeta). Há uma distribuição de organelas pelas duas células-irmãs. Perceba que a citocinese é, na verdade a divisão do citoplasma. Essa divisão pode ter início já na anáfase, dependendo da célula. Função da mitose A mitose é um tipo de divisão muito frequente entre os organismos da Terra atual. Nos unicelulares, serve à reprodução assexuada e à multiplicação dos organismos. Nos pluricelulares, ela repara tecidos lesados, repões células que normalmente morrem e também está envolvida no crescimento. No homem, a pele, a medula óssea e o revestimento intestinal são locais onde a mitose é frequente. Nem todas as células do homem, porém, são capazes de realizar mitose. Neurônios e célula musculares são dois tipos celulares altamente especializados em que não ocorre esse tipo de divisão (ocorre apenas na fase embrionária). Nos vegetais, a mitose ocorre em locais onde existem tecidos responsáveis pelo crescimento, por exemplo, na ponta de raízes, na ponta de caules e nas gemas laterais. Serve também para produzir gametas, ao contrário do que ocorre nos animais, em que a meiose é o processo de divisão mais diretamente associado à produção das células gaméticas. Meiose As células somáticas de um organismo humano possuem um número diploide de 46 cromossomos em seus núcleos. Elas foram formadas de um célula inicial, o zigoto, ou célula ovo, originada da fecundação. O zigoto dividiu-se por mitose para originar as células somáticas. O zigoto tem 46 cromossomos e é formado pela união dos gametas masculinos e femininos. Para que o zigoto tenha 16 cromossomos, os gametas devem apresentar 23 cromossomos cada. No homem, e na maioria das espécies pluricelulares, encontramos células somáticas diploides e, para permitir a reprodução sexuada, gametas haploides. Para possibilitar a formação desses gametas (haploides-n), a partir de células duplóides, existe um processo especial de divisão chamado meiose. A meiose é um mecanismos de divisão reducional (R), pelo qual uma célula 2n (diploide) forma quatro células n (haploides), após duas divisões consecutivas. A meiose está associado a reprodução sexuada, possibilitando a preservação da espécies, mas não é indispensável para a sobrevivência do indivíduo. Apostila gerada especialmente para: Walter Mello Mazzini 054.594.089-38 22 As fases da meiose A redução do número cromossômico da célula é importante fator para a conservação do lote cromossômico das espécies, pois como a meiose formam-se gametas com a metade do lote cromossômico. Quando ocorre a fecundação, o número de cromossomos da espécie se restabelece. Podemos estudar a meiose em duas etapas, separadas por um curto intervalo, chamado intercinese. Em cada etapa, encontramos as fases estudadas na mitose, ou seja, prófase, metáfase, anáfase e telófase. Vamos supor uma célula 2n = 2 e estudar os eventos principais da meiose nessa célula. Meiose I (Primeira Divisão Meiótica) Prófase I – É a etapa mais marcante da meiose. Nela ocorre o pareamento dos cromossomos homólogos e pode acontecer um fenômeno conhecido como crossing-over (também chamado de permuta). Como a prófase I é longa, há uma sequência de eventos que, para efeito de estudo, pode ser dividida nas seguintes etapas: - Inicia-se a espiralação cromossômica. É a fase de leptóteno (leptós = fino), em que os filamentos cromossômicos são finos, pouco visíveis e já constituídos cada um por duas cromátides. Começa a atração e o pareamento dos cromossomos homólogos; é um pareamento ponto por ponto conhecido como sinapse (o prefixo sin provém do grego e significa união). Essa é a fase de zigóteno (zygós = par). - A espiralação progrediu: agora, são bem visíveis as duas cromátides de cada homólogo pareado; como existem, então, quatro cromátides, o conjunto forma uma tétrade ou par bivalente. Essa é a fase de paquíteno (pakhús = espesso). - Ocorrem quebras casuais nas cromátides e uma troca de pedaços entre as cromátides homólogas, fenômeno conhecido como crossing-over (ou permuta). Em seguida, os homólogos se afastam e evidenciam-se entre eles algumas regiões que estão ainda em contato. Essas regiões são conhecidas como quiasmas (qui corresponde à letra “x” em grego). Os quiasmas representam as regiões em que houve as trocas de pedaços. Essa fase da prófase I é o diplóteno (diplós = duplo). Apostila gerada especialmente para: Walter Mello Mazzini 054.594.089-38 23 - Os pares de cromátides afastam-se um pouco mais e os quiasmas parecem “escorregar” para as extremidades; a espiralação dos cromossomos aumenta é a última fase da prófase I, conhecida por diacinese (dia = através; kinesis = movimento). Enquanto acontecem esses eventos, os centríolos, que vieram duplicado da interfase, migram para os polos opostos e organizam o fuso de divisão; os nucléolos desaparecem; a carioteca se desfaz após o término da prófase I, prenunciando a ocorrência da metáfase I. Metáfase I – os cromossomos homólogos pareados se dispõem na região mediana da célula; cada cromossomo está preso a fibras de um só polo. Anáfase I – o encurtamento das fibras do fuso separa os cromossomos homólogos, que são conduzidos para polos opostos da célula, não há separação das cromátides-irmãs. Quando os cromossomos atingem os polos, ocorre sua desespiralação, embora não obrigatória, mesmo porque a segunda etapa da meiose vem a seguir. Às vezes, nem mesmo a carioteca se reconstitui. Telófase I – no final desta fase, ocorre a citocinese, separando as duas células-filhas haploides. Segue- se um curto intervalo a intercinese, que procede a prófase II. Apostila gerada especialmente para: Walter Mello Mazzini 054.594.089-38 24 Meiose II (segunda divisão meiótica) Prófase II – cada uma das duas células-filhas tem apenas um lote de cromossomos duplicados. Nesta fase os centríolos duplicam novamente e as células em que houve formação da carioteca, esta começa a se desintegrar. Metáfase II - como na mitose, os cromossomos prendem-se pelo centrômero às fibras do fuso, que partem de ambos os polos. Anáfase II – Ocorre duplicação dos centrômeros, só agora as cromátides-irmãs separam-se (lembrando a mitose). Apostila geradaespecialmente para: Walter Mello Mazzini 054.594.089-38 25 Telófase II e citocinese – com o término da telófase II reorganizam-se os núcleos. A citocinese separa as quatro células-filhas haploides, isto é, sem cromossomos homólogos e com a metade do número de cromossomos em relação à célula que iniciou a meiose. Variabilidade: Entendendo o crossing-over A principal consequência da meiose, sem dúvida, é o surgimento da diversidade entre os indivíduos que são produzidos na reprodução sexuada da espécie. A relação existente entre meiose e variabilidade é baseada principalmente na ocorrência de crossing-over. Meiose com crossing-over O crossing é um fenômeno que envolve cromátides homólogas. Consiste na quebra dessas cromátides em certos pontos, seguida de uma troca de pedaços (quiasmas) correspondentes entre elas. As trocas provocam o surgimento de novas sequências de genes ao longo dos cromossomos. Assim, se em um cromossomo existem vários genes combinados segundo uma certa sequência, após a ocorrência do crossing a combinação pode não ser mais a mesma. Então, quando se pensa no crossing, é comum analisar o que aconteceria, por exemplo, quanto à combinação entre os genes alelos A e a e B e b no par de homólogos ilustrados na figura. Nessa combinação o gene A e B encontram-se em um mesmo cromossomo, enquanto a e b estão no cromossomo homólogo. Se a distância de A e B for considerável, é grande a chance de ocorrer uma permuta. E, se tal acontecer, uma nova combinação gênica poderá surgir. As combinações Ab e aB são novas. São recombinações gênicas que contribuem para a geração de maior variabilidade nas células resultantes da meiose. Se pensarmos na existência de três genes ligados em um mesmo cromossomo (A, b e C, por exemplo), as possibilidades de ocorrência de crossings dependerão da distância em que os genes se encontram – caso estejam distantes, a variabilidade produzida será bem maior. Codificação da informação genética A descoberta do DNA ocorreu em 1869 e foi feita pelo bioquímico alemão Johann Friedrich Miescher (1844-1895). Miescher buscava determinar os componentes químicos do núcleo celular e usava os glóbulos brancos contidos no pus para suas pesquisas. Os glóbulos brancos eram um bom material pois são células que apresentam núcleos grandes e fáceis de serem isolados do citoplasma. Além disso, o pus era muito fácil de se conseguir na época em ataduras usadas em ferimentos. Analisando os núcleos, Miescher descobriu a presença de um composto de natureza ácida que era desconhecido até o momento. Esse composto era rico em fósforo e em nitrogênio, era desprovido de enxofre e resistente à ação da pepsina (enzima proteolítica). Esse composto, que aparentemente era constituído de moléculas grandes, foi denominado, por Miescher, nucleína. Essa substância foi isolada também da cicatriculada gema do ovo de galinha e de espermatozoides de salmão. Em 1880, outro pesquisador alemão, Albrecht Kossel (1883-1927), demonstrou que a nucleína continha bases nitrogenadas em sua estrutura, explicando o fato da nucleína ser rica em nitrogênio. Nove anos depois, Richard Altmann (1852-1900), que era aluno de Miescher, obteve a nucleína com alto grau de pureza, comprovando sua natureza ácida e dando-lhe, então, o nome de ácido nucléico. A partir daí, o material mais utilizado para estudo e obtenção do ácido nucléico passou a ser o timo de bezerro, cujo tecido apresenta células com núcleos grandes. Foi descoberto que a degradação do ácido nucléico do timo, chamado de ácido timonucleico, liberava quatro tipos de bases nitrogenadas: - dois tipos de bases púricas: adenina e guanina - dois tipos de bases pirimídicas: citosina e timina Foi demonstrado também que outro produto da degradação do ácido nucleico era um glicídio com 5 átomos de carbono, uma pentose, no caso uma desoxirribose. O fósforo estava presente na forma de um Apostila gerada especialmente para: Walter Mello Mazzini 054.594.089-38 26 derivado do ácido fosfórico, fosfato. Tinha-se até o momento que o ácido nucléico era composto de bases nitrogenadas (púricas e pirimídicas), de um glicídio (pentose) e de fosfato. Em 1890, foi descoberto em levedura (fermento) outro tipo de ácido nucleico, que possuía uracila ao invés de timina e ribose ao invés da desoxirribose. Dessa maneira, foram caracterizados dois tipos de ácidos nucleicos, de acordo com o glicídio que possuíam: - ácido ribonucleico (RNA) - ácido desoxirribonucleico (DNA) Em 1912, Phoebus Levine (1869-1940) e Walter Jacobs (1883-1967) concluíram que o componente básico dos ácidos nucléicos era uma estrutura composta por uma unidade que se constituía numa base nitrogenada ligada a uma pentose, e esta por sua vez, ligada a um fosfato. Esta unidade foi denominada de nucleotídeo. Um ácido nucléico seria então uma molécula composta por vários nucleotídeos unidos entre si, ou seja, um polinucleotídeo. Os estudos dos ácidos nucléicos continuaram por muitos anos sem que os cientistas soubessem de sua importância como material hereditário, descoberta que só foi realizada muitos anos depois. Os ácidos nucléicos são moléculas gigantes (macromoléculas), formadas por unidades monoméricas menores conhecidas como nucleotídeos. Cada nucleotídeo, por sua vez, é formado por três partes: - um açúcar do grupo das pentoses (monossacarídeos com cinco átomos de carbono); - um radical “fosfato”, derivado da molécula do ácido ortofosfórico (H3PO4). - uma base orgânica nitrogenada. Sabia-se de sua presença nas células, mas a descoberta de sua função como substâncias controladoras da atividade celular foi um dos passos mais importantes da história da Biologia. Função dos Ácidos Nucleicos Coordenar a síntese das enzimas (e demais proteínas) determinando assim as características dos indivíduos, como: cor dos olhos, cor da pele, estatura, tendências de comportamento, doenças hereditárias (diabetes, hemofilia, daltonismo), etc. Dessa forma controla o metabolismo, a reprodução e constituem o material genético ou hereditário de todos os seres vivos. Os Nucleotídeos: são as unidades constituintes dos ácidos nucléicos. Ou seja, são os monômeros dos ácidos nucléicos. Estrutura do Nucleotídeo Basicamente, um nucleotídeo é constituído por três partes: - Uma base nitrogenada - Uma pentose - Um grupo fosfato a) As Bases Nitrogenadas Já as bases nitrogenadas pertencem a dois grupos: - as púricas: adenina (A) e guanina (G); - as pirimídicas: timina (T), citosina (C) e uracila (U). No quadro abaixo os exemplos das bases púricas e pirimídicas Apostila gerada especialmente para: Walter Mello Mazzini 054.594.089-38 27 Bases púricas e pirimídicas As pentoses: são monossacarídeos (oses) de cinco carbonos na cadeia. Têm a função de dar sustentação a molécula. São elas: - Ribose no RNA - Desoxirribose no DNA O Grupo Fosfato (PO4): é derivado do ácido fosfórico (H3PO4) - é comum tanto ao DNA como ao RNA. Tem a função de ligar os nucleotídeos de uma mesma fita. Características do DNA Apresenta-se como fita dupla, formando uma dupla hélice (modelo de Watson e Crick, 1972). Apresenta a pentose (ose) Desoxirribose com exclusividade; Apresentam a base nitrogenada “Timina” com exclusividade; Promove a Duplicação ou Replicação: Sintetiza cópias idênticas de si mesmo; Promove a transcrição: Sintetiza moléculas de RNAm (mensageiro); O DNA é encontrado em maior quantidade no núcleo (na cromatina) que no citoplasma (nas mitocôndrias e cloroplastos) É da associação dos diferentes nucleotídeos que se formam as macromoléculas dos dois tipos de ácidos nucléicos: o ácido ribonucleico (RNA) e o ácido desoxirribonucleico (DNA). Eles foram assim chamados em função dos açúcar presente em suas moléculas: O RNA contém o açúcar ribose e o DNA contém o açúcar desoxirribose. Apostila gerada especialmente para: Walter Mello Mazzini 054.594.089-38 28 Outra diferençaimportante entre as moléculas de DNA e a de RNA diz respeito às bases nitrogenadas: no DNA, as bases são citosina, guanina, adenina e timina; no RNA, no lugar da timina, encontra-se a uracila. A importância e o funcionamento dos ácidos nucléicos O desenho mostra os filamentos dos ácidos nucléicos. DNA filamento duplo e RNA monofilamento. A Duplicação ou Replicação do DNA É o processo através do qual uma molécula de DNA dá origem a outra molécula, idêntica a molécula mãe. A duplicação é semiconservativa, ou seja, cada molécula de ADN formada conserva uma das fitas da molécula-mãe. Etapas da Duplicação 1- Em presença da enzima helicase e DNApolimerase, ocorre o afastamento das duas fitas do DNA; 2- Nucleotídeos com desoxirribose (desoxirribonucleotídeos), livres no núcleo, encaixam-se nas fitas separadas; 3- Ao final do processo, estão formadas duas moléculas de DNA, cada uma contendo uma das fitas das moléculas – mãe. Ilustração da replicação do DNA Apostila gerada especialmente para: Walter Mello Mazzini 054.594.089-38 29 A ação da enzima DNA polimerase Transcrição O material genético representado pelo DNA contém uma mensagem em código que precisa ser decifrada e traduzida em proteínas, muitas das quais atuarão nas reações metabólicas da célula. A mensagem contida no DNA deve, inicialmente, ser passada para moléculas de RNA que, por sua vez, orientarão a síntese de proteínas. O controle da atividade celular pelo DNA, portanto, é indireto e ocorre por meio da fabricação de moléculas de RNA, em um processo conhecido como transcrição. RNA: uma Cadeia (Fita) Simples As moléculas de RNA são constituídas por uma sequência de ribonucleotídeos, formando uma cadeia (fita) simples. Transcrição da informação genética A síntese de RNA (mensageiro, por exemplo) se inicia com a separação das duas fitas de DNA. Apenas uma das fitas do DNA serve de molde para a produção da molécula de RNAm. A outra fita não é transcrita. Essa é uma das diferenças entre a duplicação do DNA e a produção do RNA. Apostila gerada especialmente para: Walter Mello Mazzini 054.594.089-38 30 Enzima RNA polimerase Exemplos: Imaginando um segmento hipotético de um filamento de DNA com a sequência de bases: DNA- ATGCCGAAATTTGCG O segmento de RNAm formado na transcrição terá a sequência de bases: RNA- UACGGCUUUAAACGC Obs.: Em uma célula eucariótica, o RNAm produzido destaca-se de seu molde e, após passar por um processamento, atravessa a carioteca e se dirige para o citoplasma, onde se dará a síntese proteica. Com o fim da transcrição, as duas fitas de DNA seu unem novamente, refazendo-se a dupla hélice. Tradução: Síntese de Proteínas Tradução é o nome utilizado para designar o processo de síntese de proteínas. Ocorre no citoplasma com a participação, entre outros, de RNA e de aminoácidos. Cístron - é o segmento de DNA que contém as informações para a síntese de um polipeptídeo ou proteína. O RNA produzido que contém uma sequência de bases nitrogenadas transcrita do DNA é um RNA mensageiro. Ilustração do processo de transcrição RNAs transportadores, RNAt. Assim chamados porque serão os responsáveis pelo transporte de aminoácidos até o local onde se dará a síntese de proteínas junto aos ribossomos. São moléculas de RNA de fita simples, de pequeno tamanho, contendo, cada uma, cerca de 75 a 85 nucleotídeos. Cada fita de RNAt torce-se sobre si mesma, adquirindo o aspecto visto na figura abaixo. Duas regiões se destacam em cada transportador: uma é o local em que se ligará o aminoácido a ser transportado e a outra corresponde ao trio de bases complementares (chamado anticódon) do RNAt, que se encaixará no códon correspondente do RNAm. Apostila gerada especialmente para: Walter Mello Mazzini 054.594.089-38 31 Obs.: Anticódon é o trio de bases do RNAt, complementar do códon do RNAm. Etapas da Síntese Proteica: - Um RNAm, processado no núcleo, contendo sete códons (21 bases hidrogenadas) se dirige ao citoplasma. - No citoplasma, um ribossomo se liga ao RNAm na extremidade correspondente ao início da leitura. Dois RNAt, carregando os seus respectivos aminoácidos (metionina e alanina), prendem-se ao ribossomo. Cada RNAt liga-se ao seu trio de bases (anticódon) ao trio de bases correspondentes ao códon do RNAm. Uma ligação peptídica une a metionina à alanina. - O ribossomo se desloca ao longo do RNAm. O RNAt que carregava a metionina se desliga do ribossomo. O quarto RNAt, transportando o aminoácido leucina, une o seu anticódon ao códon correspondente do RNAm. Uma ligação peptídica é feita entre a leucina e a alanina. - O ribossomo novamente se desloca. O RNAt que carregava a alanina se desliga do ribossomo. O quarto RNAt, transportando o aminoácido ácido glutâmico encaixa-se no ribossomo. Ocorre a união do anticódon desse RNAt com o códon correspondente do RNAm. Uma ligação peptídica une o ácido glutâmico à leucina. - Novo deslocamento do ribossomo. O quinto RNAt, carregando a aminoácido glicina, se encaixa no ribossomo. Ocorre a ligação peptídica da glicina com o ácido glutâmico. - Continua o deslocamento do ribossomo ao longo do RNAm. O sexto RNAt, carregando o aminoácido serina, se encaixa no ribossomo. Uma ligação peptídica une a serina à glicina. - Fim do deslocamento do ribossomo. O último transportador, carregando o aminoácido triptofano, encaixa-se no ribossomo. Ocorre a ligação peptídica do triptofano com a serina. O RNAt que carrega o triptofano se separa do ribossomo. O mesmo ocorre com o transportador que portava a serina. - O peptídeo contendo sete aminoácidos fica livre no citoplasma. Claro que outro ribossomo pode se ligar ao RNAm, reiniciando o processo de tradução, que resultará em um novo peptídio. Perceba, assim, que o RNAm contendo sete códons (21 bases nitrogenadas) conduziu a síntese de um peptídeo formado por sete aminoácidos. O Código Genético A mensagem genética contida no DNA é formada por um alfabeto de quatro letras que correspondem aos quatro nucleotídeos: A, T, C e G. Com essas quatros letras é preciso formar “palavras” que possuem o significado de “aminoácidos”. Cada proteína corresponde a uma “frase” formada pelas “palavras”, que são os aminoácidos. De que maneira apenas quatro letras do alfabeto do DNA poderiam ser combinadas para corresponder a cada uma das vinte “palavras” representadas pelos vinte aminoácidos diferentes que ocorrem nos seres vivos. Uma proposta brilhante sugerida por vários pesquisadores, e depois confirmada por métodos experimentais, foi a de que cada três letras (uma trinca de bases) do DNA corresponderia uma “palavra”, isto é, um aminoácido. Nesse caso, haveria 64 combinações possíveis de três letras, o que seria mais do que suficiente para codificar os vinte tipos diferentes de aminoácidos (matematicamente, utilizando o método das combinações seriam, então, 4 letras combinadas 3 a 3, ou seja, 43 = 64 combinações possíveis). Apostila gerada especialmente para: Walter Mello Mazzini 054.594.089-38 32 O código genético do DNA se expressa por trincas de bases, que foram denominadas códons. Cada códon, formado por três letras, corresponde a certo aminoácido. A correspondência entre o trio de bases do DNA, o trio de bases do RNA e os aminoácidos por eles especificados constitui uma mensagem em código que passou a ser conhecida como “código genético”. Mas, surge um problema. Como são vinte os diferentes aminoácidos, há mais códons do que tipos de aminoácidos! Deve- se concluir, então, que há aminoácidos que são especificados por mais de um códon, o que foi confirmado. A tabela abaixo, especifica os códons de RNAm que podem ser formados e os correspondentes aminoácidos que especificam. Dizemos que o código genético é universal, pois em todos os organismos da Terra atual ele funciona da mesma maneira, quer seja em bactérias, em uma cenoura ou no homem.O códon AUG, que codifica para o aminoácido metionina, também significa início de leitura, ou seja, é um códon que indica aos ribossomos que é por esse trio de bases que deve ser iniciada a leitura do RNAm. Note que três códons não especificam nenhum aminoácido. São os códons UAA, UAG e UGA, chamados de códons e parada durante a “leitura” (ou stop códons) do RNA pelos ribossomos, na síntese proteica. Obs.: Diz-se que o código genético é degenerado porque cada “palavra” (entenda-se aminoácido) pode ser especificada por mais de uma trinca. Questões 01. A membrana plasmática apresenta uma propriedade típica: a permeabilidade seletiva. No que consiste essa propriedade? 02. Assinale a alternativa que completa melhor a frase a seguir: “A membrana plasmática é constituída por uma bicamada de _________ com moléculas de __________ inseridas” (A)Proteínas e glicocálix (B)Fosfolipídios e proteínas (C)Fosfolipídios e lipídios (D)Lipídios e fosfolipídios (E)Proteínas e fosfolipídios 03. (PUC - RJ-adaptada/2015) Em relação aos envoltórios celulares, podemos afirmar que: (A) todas as células dos seres vivos têm parede celular. (B) somente as células vegetais têm membrana celular. (C) somente as células animais têm parede celular. (D) todas as células dos seres vivos têm membrana celular. (E) os fungos e bactérias não têm parede celular. 04. (FUVEST) Assinale a alternativa que contêm as organelas que apresentam DNA (A) Mitocôndria e ribossomo (B) Mitocôndria e cloroplasto Apostila gerada especialmente para: Walter Mello Mazzini 054.594.089-38 33 (C) Nucléolo e cloroplasto (D) Lisossomo e ribossomo (E) Ribossomo e cromossomo 05. (UEL) A produção de ATP numa célula animal ocorre, fundamentalmente: (A) nos golgiossomos. (B) nos cromossomos. (C) nos lisossomos. (D) nos ribossomos. (E) nas mitocôndrias 06. (UNITAU) O retículo endoplasmático rugoso é responsável pela síntese e transporte de proteínas. No entanto, a síntese protéica é realizada por grânulos, que estão aderidos a ele, denominados de: (A) mitocôndrias. (B) ribossomos. (C) lisossomos. (D) cloroplastos. (E) fagossomos. 07. (UECE) Certas organelas produzem moléculas de ATP e outras utilizam o ATP produzido, pelas primeiras, para a síntese orgânica a partir do dióxido de carbono. Estamos falando, respectivamente, de (A) lisossomos e cloroplastos. (B) mitocôndrias e complexo de Golgi. (C) mitocôndrias e cloroplastos. (D) lisossomos e mitocôndrias. 08. Qual das estruturas abaixo está associada corretamente à principal função que exerce na célula? (A) Centríolo …………………………….. divisão celular (B) lisossomo …………………………………. respiração celular (C) mitocôndria ………………………………. síntese de proteína (D) ribossomo ………………………………… digestão celular (E) Complexo de Golgi ……………………. ciclos de Krebs 09. Os lisossomos participam de dois processos celulares: autofagia e autólise. No que consiste esses dois processos? 10. De que maneira a célula age em relação à água oxigenada, produto tóxico resultante da atividade celular? 11. (UNIMONTES) As organelas celulares são estruturas especializadas, presentes em células eucarióticas. As alternativas a seguir referem-se às características do complexo de golgiense, Exceto: (A) Geralmente se encontra próximo ao núcleo. (B) Não apresenta cisternas na sua constituição. (C) Pode exportar substâncias. (D) Distribui e armazena proteínas e lipídeos. 12. (UNICAMP-adaptado/2015) É comum, nos dias de hoje, ouvirmos dizer: “estou com o colesterol alto no sangue”. A presença de colesterol no sangue, em concentração adequada, não é problema, pois é um componente importante ao organismo. Porém, o aumento das partículas LDL (lipoproteína de baixa densidade), que transportam o colesterol no plasma sanguíneo, leva à formação de placas ateroscleróticas nos vasos, causa freqüente de infarto do miocárdio. Nos indivíduos normais, a LDL circulante é internalizada nas células através de pinocitose e chega aos lisossomos. O colesterol é liberado da partícula LDL e passa para o citosol para ser utilizado pela célula. a) O colesterol é liberado da partícula LDL no lisossomo. Que função essa organela exerce na célula? b) A pinocitose é um processo celular de internalização de substâncias. Indique outro processo de internalização encontrado nos organismos e explique no que difere da pinocitose. c) Cite um processo no qual o colesterol é utilizado. Apostila gerada especialmente para: Walter Mello Mazzini 054.594.089-38 34 13. No citoplasma das células encontram-se diversas organelas, desempenhando funções diversas. Em relação à função desempenhada pelas mitocôndrias podemos afirmar que: (A) é responsável pela produção de energia a partir do gás carbônico e da glicose. (B) é a organela envolvida na síntese de proteínas. (C) é a estrutura que participa da síntese de lipídeos. (D) é responsável pela respiração celular. (E) Não participa das atividades metabólicas celulares. 14. (UFLA- adaptado/2015) Na coluna da esquerda, encontram-se nomes de organelas celulares e, na coluna da direita, importantes processos fisiológicos. Marque a sequência que representa a correlação CORRETA entre as duas colunas. Organelas Processos fisiológicos 1 – Ribossomos A – Síntese de ATP 2 – Retículo endoplasmático B – Formação de grãos de secreção 3 – Mitocôndria C – Síntese de proteínas 4 – Lisossomos D – Digestão intracelular 5 – Aparelho de Golgi E – Neutralização de substâncias tóxicas (A) 1A, 2B, 3D, 4C, 5E (B) 1B, 2D, 3E, 4A, 5C (C) 1C, 2E, 3A, 4D, 5B (D) 1C, 2B, 3A, 4D, 5E (E) 1E, 2D, 3A, 4B, 5C 15. Quais das estruturas apresentadas abaixo são comuns no citoplasma de células procariontes e eucariontes. (A) Mitocôndria e ribossomo (B) Núcleo e lisossomos (C) Cloroplasto e complexo de Golgi (D) Somente o ribossomo (E) Plasmídio e ribossomo 16. (VUNESP) Numa célula eucariótica, a síntese de proteínas, a síntese de esteróides e a respiração celular estão relacionadas, respectivamente: (A) ao Complexo de Golgi, às mitocôndrias, aos ribossomos; (B) ao retículo endoplasmático liso, ao retículo endoplasmático granular, ao Complexo de Golgi; (C) aos ribossomos, ao retículo endoplasmático liso, às mitocôndrias; (D) ao retículo endoplasmático granular, às mitocôndrias, ao Complexo de Golgi; (E) ao retículo endoplasmático liso, ao Complexo de Golgi, às mitocôndrias. 17. As células são as menores unidades vivas de um organismo e estão presentes em todos os seres, com exceção dos vírus. Elas podem ser classificadas em procarióticas e eucarióticas se levarmos em consideração a ausência ou presença: (A) de parede celular. (B) de organelas celulares. (C) de carioteca. (D) de membrana plasmática. (E) de citoplasma. 18.Organismos procariontes apresentam células mais simples, que não possuem um núcleo organizado. São exemplos de seres procariontes: (A) bactérias e plantas. (B) bactérias e cianobactérias. (C) animais e plantas. (D) fungos e bactérias. (E) protozoários e bactérias. 19. A mitose é um processo de divisão celular que pode ser dividido em quatro etapas. Marque a alternativa que indica corretamente as etapas e a sequência correta em que elas ocorrem. Apostila gerada especialmente para: Walter Mello Mazzini 054.594.089-38 35 (A) Prófase, G1, S e G2. (B) G1, S, G2 e Metáfase. (C) Prófase, metáfase, telófase e anáfase. (D) Metáfase, prófase, anáfase e telófase. (E) Prófase, metáfase, anáfase e telófase. 20. (UFSM-RS). Um bioquímico mediu a quantidade de DNA em células cultivadas em laboratório e verificou que a quantidade de DNA na célula duplicou: (A) entre as fases G1 e G2 do ciclo celular. (B) entre a prófase e a anáfase da mitose. (C) durante a metáfase do ciclo celular. (D) entre a prófase I e a prófase II da meiose. (E) entre a anáfase e a telófase da mitose 21. (CES/JF-MG) Entre as frases a seguir, em relação à divisão celular por mitose, uma
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