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BIOLOGIA
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MÓDULO 1 Célula Procariota e Eucariota
FRENTE 1Citologia 
1. Os níveis de organização
Os seres vivos podem ser definidos em unidades es -
truturais caracterizáveis especificamente, cuja organiza -
ção, por sua vez, pode ser separada em níveis. Esses
níveis seriam, em ordem decrescente de complexidade,
assim esquematizados: organismo – sistemas – ór gãos
– tecidos – células – organoides – biomoléculas.
Organismo
Todo ser vivo, cujos componentes funcionam como
um todo constituindo uma unidade vital, forma um orga -
nismo. Assim, bactérias, fungos, plantas e animais são
exemplos de organismos.
Sistemas
Todo organismo, para viver, tem neces sidade de rea -
lizar uma série de funções que podem ser resumidas em
três processos fundamentais: reprodução, cresci mento e
manutenção. Conhecidas como funções vitais, elas são
exercidas por uma série de estruturas de sig nadas como
sistemas ou aparelhos, entre os quais citamos: o diges -
tó rio, o circulatório, o respiratório, o ex cretor e o
reprodutor.
Órgãos
Para executar suas funções, os sistemas são consti -
tuídos por estruturas chamadas de órgãos. Para exempli -
ficar, citamos o sistema digestório, formado pelos
se guin tes órgãos: boca, faringe, esôfago, estômago e in -
testino.
Tecidos
Os órgãos são formados por tecidos, con juntos de
células, estruturas microscópicas, adaptadas a uma
deter minada função. Nos animais superiores, encon -
tramos qua tro tipos básicos de tecidos: epitelial, conjun -
tivo, muscular e nervoso.
Células
A célula é a menor unidade capaz de manifestar as
propriedades de um ser vivo; ela é capaz de sintetizar
seus componentes, de crescer e de multiplicar-se. O
ramo da Biologia que estuda a célula é a citologia, um
dos tópicos deste livro. Na estrutura celular, identifi camos
uma série de componentes, as organelas ou organoides
celulares.
Biomoléculas
Em todos os organoides celulares, existem quatro
clas ses de compostos orgânicos fundamentais, en vol -
vidos nas suas estruturas ou atividades. Conhecidos
como biomolé culas, são eles: carboidratos, lípides, pro -
teínas e ácidos nucleicos. Tais compostos ocorrem ao la -
do de subs tâncias inorgânicas, como a água e os sais
minerais.
2. A teoria celular
A teoria celular, uma das mais importantes generali -
za ções da Biologia, pode ser resumida nas quatro propo -
si ções seguintes.
Todos os organismos vivos são formados por
células
Isso acontece desde uma bactéria, organismo
simples, cujo corpo é formado por uma única célula, até o
homem, cujo corpo é formado por 10 trilhões de células.
Todas as reações vitais de um organis mo ocor rem
na célula
Em qualquer organismo, as chamadas rea ções vitais
são atividades químicas que acontecem na célula. Assim,
a atividade que permite a corrida de um atleta acontece na
célula muscular. Nos vegetais, o processo fun damental
da vida na Terra, conhecido como fotossíntese, é uma
ativi da de das células vegetais.
As células se originam unicamente de células
preexistentes
As células nunca são geradas espontanea mente. Pela
divisão celular, as células-mães pro duzem células-filhas,
provocando a reprodução dos orga nismos unicelulares e
o crescimento dos plurice lulares.
As células contêm material genético
No interior das células, encontramos o ácido desoxir -
ribonucleico (DNA), material genético por meio do qual
suas carac te rís ticas específicas são transmitidas para as
células-filhas.
3. O descobrimento da célula
A des co ber ta da cé lu la ocor reu após a in ven ção do
mi cros có pio por Hans e Za ca rias Jan ssen (1590). Ro bert
Hoo ke, 1665, apre sen tou à Real So cie da de de Lon dres
resultados de suas pes qui sas sobre a es tru tu ra da cor ti -
ça ob ser va da ao mi cros có pio em fi nos cor tes. O ma te rial
apre sen ta va-se for ma do por pe que nos com par ti men tos
he xa go nais de li mi ta dos por pa re des es pes sas, lem bran -
do, o con jun to, os fa vos de mel das abe lhas. 
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Ca da com par ti men to foi cha ma do cé lu la (pe que na
cavi da de). Sa be-se ho je que o te ci do ob ser va do por 
Hoo ke (sú ber) es tá for ma do por cé lu las mor tas, em cu jas
pa re des hou ve de po si ção de su be ri na, tor nan do-as
imper meá veis e im pe din do as tro cas de subs tân cias (en -
tra da de ali men tos e oxi gê nio, saí da de de tri tos etc.).
Após a su be ri fi ca ção e mor te do te ci do, res tam as pa re -
des es pes sas, de li mi tan do es pa ços cheios de ar (Fig.1). 
Fig. 1 – Células suberificadas.
4. Unidades de medida
Por serem estruturas microscópicas, as células e
suas estruturas são medidas com as seguintes unidades:
• Micrômetro, que é a milésima parte do milí me tro,
cuja abreviatura é µm.
• Nanômetro, a milésima parte do micrômetro,
abre viado por nm.
• Angström, a décima parte do nanômetro, abre -
viado por Å.
5. O tamanho das células
De maneira geral, as células animais variam de 10 a
20 micrômetros, enquanto as vegetais medem de 20 a
50 micrômetros. O tamanho médio das bactérias varia de
2 a 5 micrômetros. O menor objeto que pode ser visto
pelo homem a olho nu é de aproximadamente 200 µm, o
que é conhecido como poder de resolução. Normal mente,
as células têm um tamanho inferior ao poder de resolução
do olho humano, daí o fato de só terem sido observadas
após a invenção do microscópio. O micros cópio óptico
usa um foco de luz brilhante que atravessa um sistema de
lentes que aumenta um objeto em até 2.000 vezes. Nele,
as células podem ser observadas vivas ou fixadas, isto é,
convenientemente mortas e coradas. O material em estu -
do deve ser transparente, daí os órgãos serem vistos em
finos cortes feitos com um aparelho chamado micró tomo.
Atualmente, o aparelho mais usado para a observação de
células é o microscópio eletrônico de transmissão, capaz
de aumentar o tamanho da imagem do objeto em até
1.000.000 de vezes. Em vez de um feixe de luz, ele uti liza
um feixe de elétrons e bobinas magnéticas no lugar de
lentes de vidro. Como o trajeto de elétrons é feito no
vácuo, é impossível o exame de células vivas. A imagem
obtida é projetada sobre uma tela fluorescente ou sobre
uma chapa fotográfica.
6. A estrutura dos seres vivos
Em relação ao número de células que apresentam, os
seres vivos podem ser classificados em unicelulares e
pluricelulares. Nos primeiros, como é o caso de uma
bactéria, o corpo é formado por uma única célula. Plan tas
e animais são organismos pluricelulares. Quanto à estru -
tura da célula, os organismos podem ser eucarion tes e
procariontes. Os eucariontes apresentam células cons ti -
tuídas por três partes fundamentais: membrana, cito plas -
ma e núcleo, e compreendem a quase totalidade dos
or ga nismos. Os procariontes não possuem um núcleo
típi co e são representados por bactérias e cianobactérias
(Fig. 2).
Fig. 2 – A organização estrutural dos seres vivos.
7. Estrutura de uma célula eucariótica animal
Na célula eucariótica animal, existem três com po nen -
 tes básicos: membrana plasmática, citoplasma e núcleo
(Fig. 3).
Fig. 3 – A célula animal.
Membrana plasmática
Envolvendo a célula, apa rece a membrana plas má tica,
uma delgada película através da qual são realizadas as
trocas de substâncias en tre os meios intra e extra ce lular.
É através da membrana que a célula recebe água, oxigê -
nio e alimento, ao mesmo tempo que elimina subs tâncias
úteis ao organismo ou re síduos provenientes de reações
químicas que nela acontecem.
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Citoplasma
O citoplasma é o constituinte celular mais abun dante,
formado pelo citosol e os organoides celulares. O cito -
sol, principal componente do citoplasma, é um líquido no
qual estão mergulhados os organoides ce lulares, entre os
quaisdestacamos: ribossomos, retí culo endoplasmá tico,
mitocôndrias, lisossomos, complexo golgiense, centríolos
e citoesqueleto.
Ribossomos
Os ribossomos são pequenos grâ nu los que aparecem
livremente no citoplasma ou aderidos às membranas do
retículo endoplasmático. Constituem a sede de um dos
principais processos celulares: a síntese de proteínas.
Retículo endoplasmático
O citosol é percorrido por um sistema de vesículas e
canais que se intercomu nicam formando o retículo en do -
plasmático. Trata-se de uma estrutura que auxilia a distri -
buição e o armazena mento de substâncias celulares.
Exis tem dois tipos de retículo endoplasmático: granular e
liso. O granular ou rugoso apresenta ribossomos ade ridos
às suas mem branas, o que não acontece com o liso.’
Mitocôndrias
As mitocôndrias são corpúsculos esféricos ou alon -
gados, limitados por duas membranas: uma externa ou
lisa e outra interna com uma série de expansões cha ma -
das de cristas. Nas mitocôndrias, ocor rem etapas da res -
piração celular, processo que fornece a energia neces sária
às atividades vitais da célula.
Complexo ou sistema golgiense
Organoide cons tituído por uma pilha de vesículas
circulares e achatadas, servindo principalmente para ar -
ma zenamento de secre ções, substâncias úteis produ -
zidas e eliminadas pelas células.
Lisossomos
Os lisossomos são pequenas bolsas formadas por
uma membrana que envolve enzimas, ele mentos res pon -
sáveis pela digestão de substâncias no meio intracelular.
Centrossomo
Organoide situado no centro da célula e constituído
por dois centríolos, pequenos cilin dros perpendiculares
entre si, que exercem importantes funções no processo
de divisão celular.
Citoesqueleto
A forma celular é mantida pelo citoesqueleto, um
conjunto de filamentos de natureza proteica, existente no
citoplasma.
Núcleo
Situado geralmente no centro da célula, o núcleo é
envolvido por uma dupla e porosa membrana e apresenta
no seu interior o nucléolo e a cromatina. O nucléolo é um
corpúsculo que origina os ribossomos. Estruturalmente, a
cromatina é formada pelo DNA, onde aparecem os ge -
nes, por meio dos quais o núcleo coordena as funções
celulares.
8. Estrutura de uma célula bacteriana
Na estrutura de uma bactéria (Fig. 4), notamos os se -
guintes constituintes: parede celular, membrana plas má -
tica, citoplasma e nucleoide. A parede celular é um
envoltório abaixo do qual aparece a membrana plas -
mática. No citoplasma, há o citosol e os ribos somos,
não existindo nenhum outro organoide citoplasmático. No
centro da célula, destaca-se o nu cleoide, constituído por
uma única e enovelada molécula de DNA, que representa
o material genético da célula.
Fig. 4 – A estrutura de uma bactéria.
9. Os vírus
Os vírus (Fig. 5), vistos apenas ao microscópio ele -
trônico, são acelulares, ou seja, não apresentam estrutura
celular, sendo consti tuídos por uma ma cro molécula de
ácido nucleico envolvida por uma cápsula de natureza
proteica. São parasitas obrigatórios de células vivas, pois
só se reproduzem no interior delas.
 
Fig. 5 – A estrutura viral.
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1. (UF-ES) 
a) Considerando as características apresentadas nas células ilustradas
acima, indique, com o(s) respectivo(s) número(s):
I. a(s) célula(s) eucariótica(s);
II. a(s) célula(s) procariótica(s).
Justifique sua resposta.
b) Identifique, com o número correspondente, a célula característica
de cada um dos reinos citados abaixo, mencionado os componentes
celulares presentes ou ausentes que os diferenciam:
I. Monera;
II. Vegetal;
III. Animal.
c) Por que os vírus não são incluídos entre os reinos citados? 
RESOLUÇÃO:
a) I. 2 e 3, II. 1. Justificativa: células eucarióticas: núcleo di -
ferenciado; células procarióticas nucleóide, equivalente nuclear.
b) I. Monera: 1 – ausência de núcleo e organóides; II. vegetal: 3 – pa -
rede celular e cloroplastos; III. Animal: 2 – ausência de parede
celular e cloroplastos.
c) Os vírus são acelulares e não são incluídos entre os reinos dos
seres vivos.
2. Sobre a célula, unidade estrutural e funcional dos seres vivos, está
correto afirmar que
a) os diferentes tipos celulares apresentam mitocôndrias que
sintetizam ATP.
b) as células animais apresentam membrana nuclear, o que não ocorre
com as vegetais.
c) os diferentes tipos celulares apresentam ribossomos e sintetizam
proteínas.
d) algumas células possuem DNA como material hereditário, enquanto
outras possuem RNA.
RESOLUÇÃO:
Resposta: C
3. (FGV-2018) – As células procariontes e as células eucariontes dife -
renciam-se e assemelham-se em diversos aspectos, como,
por exemplo, quanto à presença de membranas internas, constituindo
as organelas e o envoltório nuclear, e quanto à constituição dos
envoltórios membranosos.
Assinale a alternativa que cita, correta e respectivamente,
uma diferença e uma semelhança relacionadas às mem branas das
células procariontes e eucariontes.
a) Mitocôndrias com membranas internas e externas nas células
eucariontes; e constituição de dupla camada lipoproteica nas
membranas de ambas as células.
b) Ribossomos com membranas simples nas células pro cariontes; e
constituição de glicoproteínas e glicolipí dios nas membranas de
ambas as células.
c) Cloroplastos com clorofila imersa nas membranas internas nas células
eucariontes; e constituição de dupla camada celulósica nas
membranas de ambas as células.
d) Lisossomos contendo enzimas digestivas nas células procariontes;
e constituição de dupla camada proteica nas membranas de ambas
as células.
e) Ribossomos aderidos às membranas do retículo rugoso nas células
eucariontes; e constituição de polissa carídeos nas membranas de
ambas as células.
RESOLUÇÃO:
Resposta: A
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4. (FAMERP-2018) – Os domínios Archaea e Bacteria englobam micro-
organismos com características morfológicas bem de fi nidas. Estes
seres vivos compartilham semelhanças entre si, tais como
a) membrana plasmática e organelas membranosas.
b) inclusões citoplasmáticas e envoltório nuclear.
c) moléculas de DNA lineares e plasmídeos.
d) material genético disperso e ribossomos.
e) citoesqueleto e parede com peptidoglicano.
RESOLUÇÃO:
Resposta: D
5. (UNICAMP) – São estruturas encontradas em vegetais:
a) parede celular, grana, arquêntero, mitocôndria, DNA.
b) mitocôndria, vacúolo, tilacoide, vasos, cromossomo.
c) mitocôndria, carioteca, axônio, núcleo, estroma.
d) dendrito, cloroplasto, DNA, endométrio, estômato.
RESOLUÇÃO:
São estruturas encontradas em vegetais:
• Mitocôndria
• Vacúolo
• Tilacoide no cloroplasto
• Vasos (xilema e floema)
• Cromossomo
Resposta: B
6. (UNICAMP) – Considere os seguintes componentes celulares:
I. parede celular
II. membrana nuclear
III. membrana plasmática
IV. DNA
É correto afirmar que as células de 
a) bactérias e animais possuem I e II.
b) bactérias e protozoários possuem II e IV.
c) fungos e protozoários possuem II e IV.
d) animais e fungos possuem I e III.
RESOLUÇÃO:
As células de fungos e protozoários apresentam membrana nuclear
(II) e DNA (IV).
Resposta: C
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1. Estrutura
A membrana plasmática ou celu lar é uma película delgada e elástica que envolve a célula. Forma da por lípides e
proteínas (lipoprotei ca), esta membrana fica em contato, através da face externa, com o meio extra celular e, pela face
interna, com o hialoplasma da célula. Sua es pes sura é da ordem de 75Å e, como tal, só pode ser ob servada com o
auxílio da micros copia eletrônica, em que apa rece co mo duas linhas escuras separadas por uma linha central cla ra. Esta
estrutura trila minar é comum às outras membra nas encontradas na célula, sendo desig na da por unida de de membrana.
O mo delo teórico, atual mente aceito pa ra a estrutura da mem brana, éo do mosai co fluido, pro posto por Singer e
Nicholson.
De acordo com o modelo, a mem brana apresenta um mosaico de mo léculas proteicas que se movimen tam em
uma dupla camada fluida de lípides (Fig. 1).
MÓDULO 2 A Estrutura da Membrana Plasmática
Fig. 1 – O modelo do mosaico fluido.
2. Funções da Membrana
• Manter a integridade da estru tura celular. Com a
ruptura da mem brana, provocada por estímulos fí si cos ou
químicos, o citoplasma ex tra vasa e a célula desintegra-se
(citó lise).
• Regular as trocas de substân cias entre a célula e o
meio, conforme uma propriedade chamada de per -
meabilidade seletiva.
• Intervir nos mecanismos de re conhecimento
celular, através de re ceptores específicos, moléculas que
reconhecem agentes do meio, como os hormônios.
3. Especializações da Membrana
Existem especializações da mem brana plasmática
ligadas a diferen ciações celulares. Assim, temos:
Microvilosidades
São delgadas expansões da mem brana plasmática,
na superfície livre da célula. Estão presentes nas células
do epitélio intestinal e servem para au mentar a
superfície de ab sorção (Fig. 2).
Invaginações de base
As células dos canais renais pos suem, na base,
profundas invagi na ções relacionadas com o transpor te da
água reabsorvida pelos canais renais (Fig. 2).
Esquerda: célula do epitélio intestinal com microvi losidades.
Direita: célula do canal renal com inva ginações de base.
Fig.2 – Especializações da membrana.
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Desmossomos
São espécies de “botões ade -
sivos” que aparecem nas membranas
adjacentes de células vizinhas. Estão
presentes nos epitélios e aumentam a
ade são entre as células (Fig. 3).
Interdigitações
Correspondem a dobras da mem -
brana, que se encaixam para aumen -
tar a adesão; também ocorrem em
células epiteliais (Fig. 3).
Fig. 3 – Desmossomo e interdigitações.
Cutículas
As cutículas são camadas delga -
das (películas), que em muitos casos
recobrem externamente a membrana
plasmática. A composição química
des sas películas geralmente é glico -
proteica. A cutícula também recebe o
nome de glicocálix. As cutículas não
são indispensáveis à integridade da
célula, mas estão relacionadas com a
associação celular na constituição dos
tecidos.
1. (CEPS) – As membranas plasmáticas representam a estrutura mais
externa das células, separando o seu interior do ambiente. Estão
constituídas principalmente por proteínas e lipidíos que, além de compor
a sua estrutura, também facilitam o funcionamento celular.
In: Essential Cell Biology (© Garland Science 2010)
Acerca dessa estrutura celular, mostrada na figura acima, afirma-se
I. A estrutura básica das membranas celulares obedece ao modelo do
mosaico fluido proposto por Singer e Nicolson (1972), no qual
proteínas distruibuídas em padrão de mosaico flutuam em uma
bicama fluida de fosfolipídios.
II. Fosfolipídios e colesterol são lipídios que formam a estrutura básica
das membranas celulares.
III. As proteínas representam o grupo de macromoléculas mais
abundantes nas membranas das células.
IV. As proteínas de membrana atuam como canais iônicos, proteínas de
transporte, receptores de moléculas sinalizadoras e componentes
do citoesqueleto.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I, II e III.
d) III e IV.
e) I, II e IV.
RESOLUÇÃO:
Resposta: E
2. (UNICENTRO) – As figuras I e II ilustram duas visões de uma
membrana celular. Em I, é possível observar uma micrografia eletrônica
da membrana plasmática e, em II, uma representação gráfica
tridimensional. (Alberts et al. 2004)
A membrana plasmática é responsável por manter a integridade ce lular
como um sistema químico coordenado. Sobre a membrana plas mática,
é correto afirmar, exceto:
a) Apresenta camada dupla de moléculas de fosfolipídios, entre as
quais, há moléculas de proteínas encaixadas ou embutidas.
b) Os lipídios da camada dupla funcionam como receptores de mem -
brana e possuem um importante papel no reconhecimento de subs -
tâncias produzidas pelo organismo ou provenientes do meio externo.
c) O transporte ativo é o transporte de substâncias através da mem -
brana plasmática que ocorre contra um gradiente de concentração.
d) A osmose consiste na difusão da molécula de água através da mem -
brana, a favor do gradiente de concentração.
e) A pinocitose é um tipo de endocitose na qual a membrana plasmática
se invagina e engloba partículas líquidas muito pequenas.
RESOLUÇÃO:
Resposta: B
cMoléculas
de proteína
Molécula
de lipídio
Molécula
de proteína
Bicamada
lipídica
a
b Molécula
de lipídio
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3. (FATEC-2018) – As membranas celulares são estruturas lipoproteicas
cujos lipídios possuem duas extremidades. Esses lipídios das membranas
possuem apenas uma extremidade com afinidade química com a água.
Sabendo disso, em 1925, os cientistas Evert Gorter e François Grendel
extraíram hemácias de vários mamíferos, seguindo um procedimento
similar ao da tabela.
Assinale a alternativa cuja conclusão seja válida para os resultados
apresentados e para a teoria referente a eles.
a) Dado que a razão entre as áreas ocupadas por lipídios e pelas
hemácias foi de 1:2, nessa ordem, conclui-se que as células de
mamíferos eliminam lipídios, já que possuem organelas
responsáveis pelo armazenamento e secreção de lipídios para o
meio externo.
b) Dado que tanto as hemácias quanto os lipídios puderam ser
depositados na superfície da água, conclui-se que no interior das
células existe água, já que a água é fundamental para a sobrevivência
de todas as formas de vida formadas por células.
c) Dado que a razão entre as áreas ocupadas por lipídios e pelas células
originais foi de 2:1, nessa ordem, conclui-se que as membranas das
hemácias rompidas eram formadas por bicamadas, já que os lipídios
que as formavam tiveram apenas uma das extremidades atraída pela
água.
d) Dado que, na amostra controle, as hemácias estavam sem lipídios e,
na experimental, os lipídios estavam sem hemácias, conclui-se que
as hemácias são células atípicas, já que, apesar de terem tido os
lipídios extraídos, continuam com formato e disposição
aparentemente semelhantes.
e) Dado que os mamíferos possuem hemácias com membranas
lipoproteicas, conclui-se que deve ter ocorrido um erro no
procedimento experimental, já que o volume inicial extraído de
hemácias deveria ter sido duas vezes maior, para que resultasse em
uma área igual entre lipídios e hemácias nos dois procedimentos.
RESOLUÇÃO:
Resposta: C
4. (MACKENZIE) – A respeito da membrana plasmática, é correto
afirmar que 
a) as moléculas de fosfolipídios são completamente apolares.
b) a fluidez da membrana permite a movimentação das proteínas que
fazem parte dessa membrana.
c) os canais de transporte permanecem abertos o tempo todo.
d) a difusão facilitada é um processo que independe da participação de
proteínas.
e) a organização da membrana plasmática é diferente da membrana
que forma as organelas celulares.
RESOLUÇÃO:
Resposta: B
5. (VUNESP) – A membrana plasmática de seres pluricelulares é capaz
de apresentar modificações para atender a necessidades da célula e do
organismo. Um exemplo de uma dessas adaptações são os chamados
desmossomas, cuja função é:
a) garantir a passagem de estímulos de natureza elétrica entre duas
células vizinhas.
b) permitir o trânsito de substâncias hidrossolúveis entre células do
mesmo tecido.
c) controlar a passagem de macromoléculas entre células de diferentes
tecidos.
d) manter a adesão entre células de um mesmo tecido submetido a
pressões.
e) estabelecer ligações entre células com diferentes funções em
tecidos diferentes.
RESOLUÇÃO:
Resposta: D
6. (CESGRANRIO) – Observe a imagem de microscopia eletrônica de
parte de uma célula humana.
(http://contenidos.educarex.es)
Considerando a relação entre forma e função, é possível concluir que o
material utilizado para obter essa imagemfoi o
a) sangue, e o detalhe é de uma hemácea cuja função é transportar
gases respiratórios.
b) músculo, onde as estruturas alongadas representam as fibras de
actina e miosina.
c) encéfalo, cujas expansões celulares permitem a condução de
impulso nervoso.
d) osso, rico em osteócitos e osteoclastos que refazem o osso em caso
de fratura.
e) intestino delgado, cujas dobras da membrana permitem maior
absorção de nutrientes.
RESOLUÇÃO:
Resposta: E
Etapa Controle Experimental
Coletas de
material
Hemácias extra ídas
(volume: V)
Hemácias extra ídas
(volume: V)
Tratamentos Nada realizado
Lipídios extraídos 
das hemácias
Testes
Deposição das he-
má cias na superfície
da água
Deposição dos lipí -
dios extraídos na
superfície da água
Resultados
Área ocupada pelas
hemácias na
superfície da água
(área: A)
Área ocupada pelos
lipídios na superfície
da água (área: 2A)
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MÓDULOS 3 e 4 A Permeabilidade Celular
1. A permeabilidade seletiva
Para a manutenção de suas funções vitais, uma célula
necessita de substâncias existentes no meio externo, co -
mo é o caso dos nutrientes. Por outro lado, a célula deve
eliminar outras substâncias, como as toxinas resultantes
do metabolismo celular. Para permitir a entrada e saída
de substâncias, a membrana plasmática apresenta um
comportamento seletivo, realizado por uma pro priedade
exclusiva, chamada de permeabi lidade seletiva, por meio
da qual o meio celular é capaz de manter uma compo -
sição química específica e constante diferente daquela
existente no meio extracelular.
2. Tipos de transporte
O fluxo, ou seja, o transporte de substâncias através
da membrana pode ser ativo ou passivo. O transporte
passivo caracteriza-se por acontecer a favor do gradiente
de concentração, sem gasto de energia. Isto significa que
as substâncias deslocam-se do meio mais concentrado
pa ra o meio menos concentrado, sem utilização da ener -
gia fornecida pela hidrólise do ATP (trifosfato de 
ade nosina). Nesse processo de hidrólise, o ATP trans -
forma-se em ADP (difosfato de adenosina) e fosfato,
liberando energia. No transporte ativo, as substâncias são
carreadas contra o gradiente de concentração, ou seja, da
região menos concentrada para a região mais con cen -
trada, con sumindo a energia fornecida pelo ATP (Fig. 1).
Fig.1 – Os tipos de transporte.
3. Difusão simples
Trata-se de um processo de transporte passivo no
qual pequenas moléculas atravessam a membrana plas -
mática. O processo depende, principalmente, de dois
fatores: tamanho das moléculas e grau de solubilidade
em lipídios. Quanto menor for a molécula, mais rápida
será a sua penetração através da membrana. A existência
da bicamada lipídica faz com que as substâncias lipos -
solúveis penetrem mais facilmente, como é o caso de
alcoóis, cetonas e anestésicos.
4. Osmose
A osmose, um transporte passivo, é um fenômeno
que acontece quando uma membrana semipermeável
separa duas soluções de concentrações diferentes. A
membrana plasmática é do tipo semipermeável, ou seja,
é permeável ao solvente (água), mas é impermeável aos
solutos (sais, açúcar etc.). Soluções isotônicas são
aquelas que apre sentam iguais concentrações de soluto.
Quando duas soluções de concentrações diferentes são
comparadas, a mais concentrada é chamada de hipertô -
nica e a menos concentrada, de hipotônica. Quando duas
dessas solu ções são separadas por uma membrana
semipermeável, verifica-se a passagem de água da
solução hipotônica para a hipertônica, tendendo a uma
isotonia entre as duas soluções (Fig. 2).
Fig. 2 – A osmose.
Consequentemente, é fácil verificar que as células
absorvem água quando o meio extracelular é hipo tônico,
e a perdem quando o meio é hipertônico. Os efei tos práti -
cos podem ser observados quando hemácias são mergu -
lhadas em meios de concentrações diferentes (Fig. 3). Em
solução isotônica, nenhuma modificação acontece. Em
solução hipertônica, ela perde água e dimi nui de volume,
sofrendo o processo conhecido como crena ção. Já em
solução hipotônica, ocorre a hemólise, ou seja, a hemácia
absorve água, intumesce e arrebenta, por ruptura da
membrana.
Fig. 3 – Hemácia em soluções diferentes.
5. Proteínas canal ou porinas
Proteínas canal são proteínas integrais que formam
poros hidrofílicos, também chamados de canais iônicos.
Para a formação dos poros, as proteínas apresentam-se
pregueadas, de maneira que os aminoácidos hidrófobos
aparecem internamente, enquanto os hidrófilos formam o
revestimento interno do canal. A maioria das porinas é
Solução
hipotônica Solução
hipertônica
Membrana semipermeável
H O2
Açúcar
Água �t
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seletiva, permitindo a passagem de íons de acordo com
o tamanho e a carga elétrica. Assim, para exemplificar, ca -
nais estreitos bloqueiam íons grandes, enquanto os
canais com revestimento interno negativo atraem e
permitem a passagem de íons positivos (Fig. 4).
Fig. 4 – As porinas.
Na maioria dos canais, encontramos “portões” que
se abrem e fecham, regulando a passagem de íons. A
aber tura dos por tões é controlada por estí mulos. Existem
ca nais con trolados por tensão elétrica, estimulados por
mu dan ças no potencial de membrana; outros são re -
gulados por ligantes, isto é, obedecem a um ligante, que
é uma pro teína sinalizadora que se liga à proteína do canal,
abrin do-a ou fechando-a. O transporte feito por po rinas é
do tipo passivo.
Existem três tipos de transporte por proteínas car rea -
doras: 
1. Uniporte – quando as proteínas carreadoras trans -
 portam um único soluto através da membrana. 
2. Sim porte – dá-se quando duas moléculas são
trans portadas si mul taneamente em uma mesma direção.
3. Antiporte – re fere-se ao transporte em que duas
moléculas são conduzidas simultaneamente em dire ções
opostas (Fig. 5)
Fig. 5 – Transportes por proteínas.
6. Difusão facilitada
A difusão facilitada é responsável pela passagem de
moléculas hidrófilas, como açúcares e aminoácidos. O
pro cesso inicia-se quando uma molécula solúvel, como,
por exemplo, a glicose, liga-se, na superfície da mem bra -
na, a uma proteína chamada de carreadora ou permease,
sofrendo mudanças conformocionais, ou seja, relativas à
conformação molecular. A permease transfere a molécula
de glicose para o interior da célula (Fig. 6). Por não uti lizar
energia e ocorrer a favor de um gradiente de con -
centração, a difusão facilitada é um transporte passivo.
Fig. 6 – A difusão facilitada da glicose.
7. Transporte ativo 
através de bomba de Na+ e K+
As proteínas carreadoras também atuam como
bombas, transportando um soluto contra o seu gradiente
de concentração, usando energia fornecida pelo ATP. Uma
hemácia possui no citoplasma uma concentração de K+
vinte vezes maior do que o plasma circundante, e este,
por sua vez, tem concentração de Na+ vinte vezes maior
do que a hemácia. Para manter essa diferença iônica, a
célula continuamente absorve K+ e elimina Na+. Uma pro -
teína carreadora, conhecida como Na+K+ATPase, fun -
ciona como bomba, transportando K+ para o interior da
célula e Na+ para o exterior. Os íons Na+ intracelu lares
ligam-se à ATPase, que, transformando ATP em ADP,
obtém a energia necessária à sua mudança de confor -
mação, expelindo-os para o meio extracelular. A seguir,
os íons K+ do meio, por mecanismo idêntico, são transfe -
ridos para o citoplasma (Fig. 7).
Fig. 7 – A bomba de Na+ e K+.
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8. Endocitose
Endocitose é o processo pelo qual a mem brana plas -
mática engloba líquidos, macromoléculas e partículas do
meio extracelular. O material englobado é encerrado no
interior de uma vesícula endocítica e o processo com -
preende dois mecanismos: pinocitose e fagocitose. Na
pinocitose se diz que a célula bebe, já que ingere líquidos
e pequenas moléculas por invaginação da membrana
plas mática formandovesículas denominadas pinos -
somos, cujo diâmetro é menor do que 150nm. Na
fagocitose a cé lula come, ou seja, ingere grandes partí -
culas, como micro-organismos e fragmentos de células,
pela emissão de pseudópodes; nesse caso, a vesícula é
cha mada de fa gos somo. O processo ocorre principal -
men te em proto zoá rios, como as amebas, e em macró -
fagos, células, es pe cia lizadas encontradas no tecido
conjuntivo (Fig. 8).
Fig. 8 – A endocitose.
9. Exocitose
Chamamos de exocitose ou clasmocitose o
processo no qual uma vesícula citoplasmática se funde
com a membrana plasmática e li bera seu conteúdo no
meio extracelular. A vesícula po de conter material absorvi -
do pela fagocitose e não apro veitado pela cé lula ou uma
secreção produzida pela cé lula, como é o caso das en -
zimas pan creáticas (Fig. 10).
Fig. 10 – A exocitose.
10. Microvilosidades e invaginações de base
É evidente que a quantidade de trocas realizadas
entre a célula e o meio extracelular é diretamente pro -
porcional à superfície da membrana plasmática. Células
especializadas em trocas com o meio exterior apre -
sentam microvilosidades e invaginações de base,
especia li zações que determinam o aumento da superfície
celular. Microvilosidades são delgadas evaginações da
mem bra na na superfície livre da célula, ocorrem no
epitélio in testinal e servem para aumentar a superfície de
ab sorção. As invaginações de base aparecem nas células
dos ca nalículos renais, na parte da célula oposta à luz do
tubo; relacionam-se com o transporte da água reabsor -
vida pelos rins (Fig. 11).
Fig. 11 – Microvilosidades e invaginações de base.
A doença celíaca ocorre em indivíduos gene tica -
mente predispostos e resulta da ação de uma
proteína, chamada glúten, presente no trigo,
centeio e cevada.
O intestino é provido de dobras micros có picas
chamadas vilosidades, cuja função é aumentar a
su perfície de absorção dos ali mentos. O contato do
glúten com a mucosa intestinal provoca inflamação
e atrofia das vilosidades in tes tinais, prejudicando a
absorção e di gestão dos alimentos.
O indivíduo com essa doença apresenta diar -
reias frequentes, fezes fé tidas, claras e volumosas,
distensão abdo minal por gases, náuseas, cólicas,
perda de peso, fraqueza geral etc.
DOENÇA CELÍACA 
(INTOLERÂNCIA AO GLÚTEN) 
E MICROVILOSIDADES
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11. Interdigitações e desmossomos
Interdigitações e desmossomos são especia -
lizações da membrana usadas para reforçar a aderência
entre as células nos tecidos epi te liais. As pri mei ras cor -
respondem a uma série de evagi na ções e invagi na ções
que for ma um sistema de en caixes. Os des mos so mos
são espé cies de “bo tões ade sivos” formados por uma
pla ca ligada a fi la mentos inter me diá rios que são ele -
mentos do citoes que leto (Fig. 12).
Fig. 12 – Especializações de contato.
12. Junções celulares
Junções são especializações usadas para manter
células unidas em organismos pluricelulares. Existem três
tipos: aderentes, ocludentes e comunicantes. As
junções aderentes, que unem as células epiteliais, ligam
feixes de actina existentes entre duas células. As junções
ocludentes servem para ve dar o espaço interce lu lar, im -
pedindo a passagem de mo léculas de uma cé lula para a
outra. Já as jun ções comu nicantes ou do tipo fenda são
formadas por ca nais de proteínas especiali zadas pa ra a
passagem de íons e moléculas de uma célula para outra
(Fig. 13).
Fig. 13 – As junções celulares.
13. Glicocálix
A face mais externa da membrana plasmática é reco -
berta pelo glicocálix ou cobertura celular, uma camada
de açúcares que é secretada pela célula e constan -
temente se renova. Corresponde aos açúcares asso -
ciados aos lipí deos e às proteínas, formando os
glicolipídeos e as glico proteínas. Além de lubrificarem e
protegerem a célula, exercem importante papel na
adesão intercelular, para a for mação de tecidos, bem
como no reco nheci mento molecular, como é o caso de
antígenos e hormônios (Fig. 14), e no reconhecimento
celular, como no caso de transplantes de órgãos.
Fig. 14 – O glicocálix.
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MÓDULO 3
1. (VUNESP-2018) – A figura ilustra a organização molecular de uma
membrana plasmática. Os números 1, 2 e 3 indicam seus principais
componentes.
(www.grupoescolar.com. Adaptado.)
As moléculas dos gases respiratórios, oxigênio e dióxido de carbono,
entram e saem das células pelo processo de 
a) difusão simples, através do componente 1.
b) difusão facilitada, através do componente 2.
c) transporte passivo, através do componente 3.
d) transporte ativo, através do componente 1.
e) osmose, através do componente 2.
RESOLUÇÃO:
Os gases O2 e CO2 entram e saem das células atravessando a
bicamada de fosfolipídeos (1), pelo processo de difusão simples.
Resposta: A
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2. (UFPR) – A difusão facilitada pelas membranas biológicas pode ser
efetuada por dois tipos de proteínas de membrana: canais iônicos (que
são poros controlados pela abertura e fechamento de portões) e
proteínas carreadoras (que possuem um sítio de ligação específico para
o elemento a ser transportado). Assinale a alternativa que representa as
curvas de velocidade de transporte em função da concentração do
elemento transportado por canais iônicos (A) e proteínas carreadoras (B).
RESOLUÇÃO:
Resposta: E
3. (VUNESP) – A figura ilustra a maneira como certas moléculas
atravessam a membrana da célula sem gastar energia, o que é
denominado transporte _______________. Tal processo ocorre
___________ gradiente de concentração e é utilizado para a passagem de
________________.
(http://picasaweb.google.com)
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as
lacunas da oração.
a) facilitado ... independentemente do ... micromoléculas.
b) passivo ... a favor do ... aminoácidos e monossacarídeos.
c) ativo ... contra o ... íons.
d) fagocitário ... na presença de ... polissacarídeos.
e) celular ... na ausência de ... peptídeos.
RESOLUÇÃO:
Resposta: B
4. Observe abaixo o que ocorre com os vários tipos de células quando
presentes em ambientes com diferentes concentrações de soluto.
Nesse contexto, é possível afirmar que
a) as células 1 e 4 sofrem turgescência, pois encontram-se em meio
hipotônico.
b) as células 3 e 6 perdem água, pois encontram-se em meio
hipertônico.
c) as células 2 e 5 sofrem plasmoptise, pois encontram-se em
ambiente hipotônico.
d) em meio hipotônico, a célula 6 perde água por osmose.
e) em meio isotônico, a célula 5 ganha água por osmose.
RESOLUÇÃO:
Resposta: B
5. (FSAR-2018) – O fluxo de água nas células vegetais ocorre em
função das tonicidades dos meios intra e extracelular, conforme ilustram
as situações I, II e III.
(https://biologianet.uol.com.br. Adaptado)
Com relação às situações dos meios I, II e III, é correto afirmar que
a) em I, o meio intracelular é hipotônico em relação ao meio extracelular.
b) em II, o meio extracelular é hipertônico em relação ao meio intracelular.
c) em III, o meio intracelular é hipertônico em relação ao meio extracelular.
d) em II e III, os meios intra e extracelular são isotônicos.
e) em I, os meios intra e extracelular são isotônicos.
RESOLUÇÃO:
Resposta: E
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MÓDULO 4
1. (PUC-SP-2018) – A fibrose cística é uma doença hereditária em que,
na pessoa afetada, as secreções de glândulas exócrinas apresentam-se
anormalmente espessas, menos diluídas que o normal. Isso se deve ao
fato de que a mutação leva a problemas na síntese de uma proteína de
membrana (CFTR), responsável, nessas células, pelo transporte de
cloretos do meio intracelular para o extracelular. Nesse caso, é
CORRETO afirmar que uma das con sequên cias da referida mutação
é tornar o meio intracelular
a) pobre em cloreto, em relação ao meio extracelular. 
b) isotônico, em relação aomeio extracelular. 
c) hipertônico, em relação ao meio extracelular.
d) hipotônico, em relação ao meio extracelular.
RESOLUÇÃO:
O transporte de cloreto do meio intracelular para o extracelular
está prejudicado pela ausência da pro teína de membrana (CFTR),
o que acarreta o aumento da concentração de cloreto no interior da
célula (meio hipertônico).
Resposta: C
2. (VUNESP-2018) – O albatroz é uma ave marinha que bebe água do
mar. O excesso de sal é eliminado na urina e por glândulas nasais que
secretam uma solução concentrada de sal (NaC�) sobre o bico. Essa
solução é mais salobra que a água do mar. Os íons de sal são transferidos
da corrente sanguínea para os canais da glândula nasal por meio de um
epitélio específico para mover solutos, conforme mostra a figura.
(Jane B. Reece et al. Campbell biology, 2011. Adaptado.)
O fluxo de íons pelas células do epitélio ocorre por
a) pinocitose.
b) transporte ativo.
c) difusão simples.
d) difusão facilitada.
e) osmose.
RESOLUÇÃO:
De acordo com a figura há a passagem do soluto (sal) do meio
hipotônico (corrente sanguínea) para o meio hipertônico (túbulo
glandular), portanto contra o gradiente de concentração. Este
processo ocorre por transporte ativo.
Resposta: B
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3. (UEAM) – Uma hemácia foi colocada em solução hipertônica com
relação à concentração de íons sódio (Na+), de maneira que todo o
conteúdo citoplasmático dessa hemácia encontra-se hipotônico em
relação à solução. Nesta hemácia haverá
a) entrada de Na+ por osmose, transferência do excesso destes íons
por transporte ativo para fora da célula e saída de água por difusão
facilitada.
b) entrada de Na+ por difusão, transferência do excesso destes íons
por transporte ativo para fora da célula e saída de água por osmose.
c) entrada de Na+ por transporte ativo, transferência do excesso destes
íons por difusão para fora da célula e saída de água por osmose.
d) saída de Na+ por difusão, transferência do excesso destes íons por
transporte ativo para dentro da célula e entrada de água por osmose.
e) saída de Na+ por transporte ativo, transferência de excesso destes
íons por difusão facilitada para dentro da célula e entrada de água
por osmose.
RESOLUÇÃO:
Resposta: B
4. A imagem a seguir representa o movimento de íons Na+ e K+ através
da membrana plasmática.
Analise as afirmações a seguir.
I. Os íons movimentam-se contra um gradiente de concentração, com
consumo de energia, mediado por uma proteína de membrana, a
ATPase.
II. O fenômeno pode ocorrer na hemácia humana onde, a concentração
de K+, no interior da célula, é maior do que a existente no plasma
sanguíneo.
III. A energia (ATP) necessária para a ocorrência do transporte ativo de
sódio e potássio é gerada pelas mitocôndrias da hemácia.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ções):
a) apenas I
b) apenas II
c) apenas III
d) apenas I e II
e) apenas II e III
RESOLUÇÃO:
Resposta: D
5. (UNINOVE-Med-2018) – Analise a fotomicroscopia de uma ameba
envolvendo um paramécio.
(https://viemo.com. Adaptado.)
O processo analisado é classificado como
a) fagocitose, que depende da emissão de projeções celulares
denominadas pseudópodes.
b) pinocitose, em que ocorre o englobamento de pequenas partículas
alimentares.
c) difusão facilitada, que depende do consumo de energia pelas
proteínas da membrana da ameba.
d) endocitose, que depende da diferença de concentração entre os
meios intracelular e extracelular.
e) transporte passivo, que ocorre a favor do gradiente de concentração.
RESOLUÇÃO:
Resposta: A
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1. Mitocôndrias
Estrutura
As mitocôndrias são corpúsculos esféricos ou em
forma de bastonetes que aparecem imersos no hialoplas -
ma em número variável, segundo o tipo celular. Vista ao
microscópio ele trô nico, a mitocôndria apresenta uma
ultraestrutura típica, sendo de limitada por duas unidades
de mem brana, a externa e a interna, separadas por um
espaço, a câmara ex ter na. A mem brana interna limita a
ma triz mito condrial e forma, para o in terior desta, uma
série de invagina ções deno minadas cristas mitocon driais
(Fig. 1).
Fig. 1 – A estrutura de uma mitocôndria.
A matriz é uma substância amorfa em que aparecem
moléculas de DNA, RNA, ribossomos e granula ções den -
sas com 500 Å de diâmetro. As mito côndrias formam-se
a partir da divisão de outras preexistentes.
Função
No interior das mitocôndrias, ocor rem duas etapas da
respiração aeró bica: o ciclo de Krebs, desen vol vido na
matriz mitocondrial, e a ca deia respira tória, realizada nas
cristas mitocon driais.
2. Ribossomos
Estrutura
Os ribossomos são organoides que se apresentam sob
a forma de partículas globulares com 15 a 20 nm de diâ -
metro. São constituídos por duas subunidades de tamanhos
dife rentes, formadas por RNAr e pro teí nas (Fig. 2).
Fig. 2 – O ribossomo.
Aparecem livres no citoplasma ou associados às
membranas do re tí culo endoplasmático. Tanto os ribos -
 somos livres como os que inte gram o retículo
endoplasmático asso ciam-se a fila mentos de RNA
mensageiro, cons ti tuindo os polissomos ou polirribos- -
somos.
Os ribossomos originam-se do nucléolo, sendo a
sede da síntese proteica. Os aminoácidos são enca -
deados ao nível dos ribossomos para constituir uma
proteína. A bios síntese proteica será estudada mais
adiante (Fig. 3).
Fig. 3 – O polirribossomo.
3. Retículo Endoplasmático
Estrutura
O retículo endoplasmático (RE) é um sistema de
sáculos (sacos acha tados) e canalículos, limitados sem -
pre por membranas lipoprotei cas, com preendendo dois
sistemas: o retículo endoplasmático granuloso (REG) e o
retículo endoplasmático não granuloso (RENG). O REG
apresenta sáculos cujas mem branas são recobertas por
ribos-somos. O REGN é um conjunto de ca nalí culos ou
túbulos anas tomosa dos, caracterizados pela ausência de
ribossomos (Fig. 4).
Fig. 4 – O retículo endoplasmático.
MÓDULO 5 Mitocôndrias, Retículo Endoplasmático e Complexo Golgiense
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Função
O RE executa as seguintes fun ções:
1. Transporte. O RE assegura o trans porte de
substâncias, rea li zando uma verdadeira circu la ção
intrace lular; por meio dele tam bém são feitas trocas
en tre a cé lula e o meio circun dante.
2. Síntese. Provido de ribosso mos, o REG age
ativamente na sín tese proteica. Sabe-se que o REGN
é responsável pela síntese de lípi des e de esteroides,
hor mônios derivados do colesterol. As mem branas
do REGN são sinte tizadas pelo REG.
3. Armazenamento. O RE arma ze na e concentra
substâncias pro venientes do meio extrace lu lar, por
meio da pinocitose, bem como substâncias produ -
zidas pela própria célula, como é o ca so dos
anticorpos que se acu mulam no RE dos plasmó citos.
4. Detoxificação. Consiste no pro cesso de inativação
de dro gas. Quando se administra a um ani mal uma
grande quantidade de dro gas, verificam-se acentua da
atividade enzimática e uma hiper trofia do REGN.
Evidente men te que as enzi mas citadas pro vocam a
decomposição das drogas, fato bem demonstrado
nos hepatócitos.
4. Complexo Golgiense
Estrutura
Também chamado aparelho Golgien se, é constituído
por uma pilha de vesículas achatadas e circulares e outras
menores e esféricas que bro tam a partir das primeiras.
Suas mem branas são lipoproteicas e nun ca apresentam
ribossomos. Na maioria das células situa-se, quase
sempre, ao lado do núcleo; nas células vege tais aparece
difuso no citoplasma, for mando o golgios somo ou dic tios -
somo. O com plexo Gol giense origina-se do REGN (Fig. 5).
Fig. 5 – Complexo Golgiense.
Função
O complexo Golgiense executa as seguintes funções:
– Concentração de proteínas a se rem secretadas
pela célula.
– Formação do acrossomo do espermatozoide.
– Síntese de polissacarídeos. Na célula vegetal, por
exemplo, o com plexo Golgiense produz apectina,
polissacarídeo que entra na consti tuição da parede celular.
– Produção de grãos de zi mó ge no, vesículas
contendo en zimas con cen tra das presentes nas célu las
aci nosas do pâncreas. Prove nientes do com plexo
Golgiense, tais grânulos mi gram até a mem brana
plasmática, lan çando o seu conteúdo no interior do ácino.
– Síntese de glicoproteínas, co mo as enzimas
lisossômicas e as imunoglobulinas.
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1. (UDESC-2018) – A micrografia eletrônica, abaixo, mostra duas
organelas celulares, indicadas pelas letras A e B.
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/
a-origem-das-mitocondrias.htm acesso em 25/03/2018
Analise as proposições em relação a essas organelas.
I. A estrutura indicada pela letra A é responsável pelo fornecimento
de energia para a célula.
II. A estrutura indicada pela letra B está envolvida com a síntese
proteica.
III. A estrutura indicada pela letra A possui DNA próprio.
IV. A estrutura indicada pela letra B liga-se à membrana nuclear.
V. Ambas organelas são envoltas por uma membrana lipoproteica.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas II e V são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas I, II, IV e V são verdadeiras.
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.
RESOLUÇÃO:
Resposta: E
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2. Analise as equações simplificadas a seguir.
I. C6 H12 O6 ⎯⎯→ 2 H3C – CH2 OH + 2 CO2
II. C6 H12 O6 ⎯⎯→ 2 H3C – CO – COOH
III. C6 H12 O6 + 6O2 ⎯⎯→ 6 H2O + 6 CO2
IV. 6 H2O + 6 CO2 ⎯⎯→ C6 H12O6 + 6 O2
Na mitocôndria ocorre:
a) Apenas I e II
b) Apenas I e III
c) Apenas III
d) Apenas III e IV
e) Apenas IV
RESOLUÇÃO: 
Resposta: C
3. (FAMERP-2018) – Analise a figura, que ilustra, de maneira
esquemática, a disposição das moléculas de fosfolipídios presentes em
alguns componentes celulares.
Em células eucarióticas, tal disposição de fosfolipídios é encontrada
a) no complexo golgiense e no retículo endoplasmático.
b) no peroxissomo e no ribossomo.
c) no citoesqueleto e na mitocôndria.
d) nos centríolos e no lisossomo.
e) no envoltório nuclear e no cromossomo.
RESOLUÇÃO: 
Resposta: A
4. (UFU-2018) – Analise a tabela.
Assinale a alternativa que corresponde, respectivamente, aos números
1, 2, 3 e 4.
a) Macrófagos, musculares, testiculares e pancreáticas.
b) Testiculares, pancreáticas, musculares e macrófagos.
c) Testiculares, musculares, pancreáticas e macrófagos.
d) Macrófagos, pancreáticas, musculares e testiculares.
RESOLUÇÃO: 
Resposta: B
5. (FEAS) – A figura ilustra o fluxo de substâncias desde sua síntese
intracelular até sua secreção extracelular.
(http://descomplica.com.br. Adaptado.)
A substância sintetizada e as estruturas 1, 2 e 3 envolvidas no fluxo
ilustrado são, respectivamente:
a) peptídeo, mitocôndria, retículo liso e peroxissomo.
b) proteína, retículo rugoso, complexo golgiense e vesícula de exocitose.
c) enzima, complexo golgiense, retículo rugoso e lisossomo.
d) polissacarídeo, carioteca, lisossomo e fagossomo.
e) aminoácido, ribossomo, retículo liso e pinossomo.
RESOLUÇÃO: 
Resposta: B
Organelas
Celulares
Função
Exemplos de células em
que estão presentes
Retículo
Endoplasmático
Liso
Síntese e secreção de
hormônios sexuais
1
Retículo
Endoplasmático
Rugoso
Síntese de proteínas
escretadas no sangue
como, por exemplo, a
insulina
2
Mitocôndrias Respiração celular 3
Lisossomos Digestão intracelular 4
1 2
3
Ambiente
extracelular
Secreção
Membrana
plasmática
Fluxo de substânciasFluxo de substâncias
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1. Lisossomos
Estrutura
Os lisossomos são corpúsculos geralmente
esféricos, constituídos por uma membrana envolvendo
enzi mas hidrolíticas. A membrana lisossô mica não é
atacada pelas enzimas que envolve. Tal fato se deve à
exis t ência de um revestimento glico pro teico pro tetor em
sua face interna. Aparecem nas células animais e já fo -
ram ob servados em vegetais e pro to zoários. A síntese
das enzimas lisos sômicas ocorre no retículo en do plas -
mático Granuloso. Daí elas atingem o complexo
Golgiense, onde, por bro ta mento, são formados os
lisossomos.
Função
Por meio das enzimas hidroli santes que possuem, os
lisossomos agem na digestão intracelular de par tículas.
Conforme a origem do ma terial digerido, a sua função
pode ser heterofágica ou autofágica.
• Função heterofágica
Consiste na digestão de partí culas englobadas pela
célula por meio da fagocitose ou da pinocitose. Os lisos -
somos recém-formados, de sig na dos lisossomos
primários, fundem-se com as vesículas de fa gocitose ou
fagossomos e as de pinocitose ou pinossomos, resul -
tan do um vacúolo digestório hetero fágico também cha -
ma do de li sossomo secundário. No interior deste vacúolo,
ocorre a diges tão do ma terial ingerido pela célula. Os pro -
dutos resultantes da digestão pas sam ao citoplasma e
são apro veitados pela célula. Após a digestão, podem
per manecer no va cúolo diges tório resí duos que resis -
tiram ao pro ces so digestório. Ao vacúolo di ges tório que
contém material não digerido dá-se o nome de corpo
residual. Circu lando pelo citoplas ma, o corpo resi dual
entra em contato com a membrana da cé lu la, funde-se
com ela e elimina os pro dutos para o meio externo. Tal pro -
cesso é desig nado exocitose, plas mocitose ou defecação
celular (Fig. 1).
• Função autofágica
Consiste na digestão de es tru turas celulares. A
autofagia carac te riza-se pelo aparecimento de va cúo los
au tofagossomos, contendo estruturas ce lulares: mito -
côndrias, clo roplastos etc. As membranas de tais vacúolos
seriam originadas no retículo endo plas mático liso ou no
complexo de Gol gien se. A autofagia é um processo de re -
no vação das estru tu ras celulares, subs tituindo organelas
velhas por novas.
• Autólise
A ruptura da membrana lisos sômica liberta as
enzimas hidro líticas que provocam a digestão e desinte -
gração celular (autólise). Isto ocorre, por exemplo, na
regressão da cauda dos girinos durante a sua metamor -
fose para sapos. A autólise também é um dos processos
respon sá veis pela desintegração dos cadáveres.
2. Peroxissomos
Os peroxissomos são organelas esféricas, com
diâmetro variando de 0,1 a 0,51µm, delimitadas por uma
membrana. No seu interior aparecem enzimas, sendo
mais típica e cons tante a catalase.
O metabolismo celular forma pe róxido de hidrogênio
(H2O2) ou água oxigenada, substância tóxica que da nifica
estruturas celulares. A catalase existente nos pero -
xissomos protege a célula contra a ação do H2O2, decom -
pondo-o em H2O e O2.
3. Microtúbulos
Observáveis apenas ao micros cópio eletrônico, os
microtúbulos cons tituem cilindros longos e delga dos,
com 25 a 30 nm de diâmetro.
MÓDULO 6 Lisossomos – Peroxissomos, Microtúbulos e Centríolos
Fig. 1 – A ação dos lisossomos.
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Cada microtúbulo é formado por uma hélice de
moléculas globosas de uma proteína, a tubulina (Fig. 2).
Fig. 2 – Estrutura do microtúbulo com subunida des de tubulina.
Várias funções são atribuídas aos microtúbulos,
dentre as quais:
• formação do áster e do fuso mitótico durante a
divisão celular;
• formação de um citoesqueleto que age na
morfogênese celular;
• estrutura de cílios e flagelos;
• migração de vacúolos diges tórios.
4. Centríolos
Estrutura
O centro celular ou centríolo é um organoide que
aparece perto do nú cleo, no centro de uma região chama -
da centrosfera. O microscópio ele trô nico mostra que cada
centríolo é um cilindro cuja parede é consti tuída por 27 mi -
crotúbulos dis postos em nove feixes, cada um deles com
três microtúbulos paralelos. Cada cé lula apresenta dois
centríolos perpen di culares um ao outro. Não existem nos
vegetais superiores, pre sentes apenas em algas e fungos.A estrutura do centríolo.
Durante a mitose, o centríolo du plica-se e orienta a
formação do fuso mi tótico, estrutura responsável pela
distribuição dos cromossomos entre as células-filhas.
Também atuam na for mação dos corpúsculos basais de
cílios e flagelos (Fig. 3).
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Fig. 3 – A estrutura de um cílio ou flagelo.
5. Cílios e Flagelos
Estrutura
Cílios e flagelos são projeções fili formes, que agem
na movi men tação das células. Os cílios são curtos e
numerosos, enquanto os fla gelos são longos e em
número redu zido. Cí lios e flagelos possuem a mesma es -
trutura, onde aparecem nove pares de microtúbulos
dispostos em círculo ao redor de um par central; tais tú -
bulos são envolvidos por um prolonga mento da
membrana plas mática. Cílios e flage los inserem-se em
estruturas deno minadas cor pús culos basais, forma ções
semelhantes aos cen tríolos.
Função
Cílios e flagelos determinam a mo tilidade de
espermatozoides, bac té rias, algas e protozoários. Epité -
lios ci liados promovem a movimen tação de partículas,
como é o caso das vias respiratórias. O estudo da fisio -
logia animal evidencia um grande número de exemplos
de estruturas ciliadas.
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1. (UNESP) – No esquema, estão representadas etapas, numeradas de
1 a 3, de um importante processo que ocorre no interior das células, e
algumas organelas envolvidas direta ou indiretamente com esse processo.
As etapas que correspondem a 1, 2 e 3, respectivamente, e algu mas
organelas represen tadas no esquema, estão cor reta mente listadas em:
a) absorção de aminoácidos, síntese proteica e expor ta ção de
proteínas; retículo endoplasmático, lisossomo e mitocôndria.
b) fagocitose de macromoléculas, digestão celular e egestão de
resíduos; retículo endoplasmático, complexo golgiense e lisos somo.
c) fagocitose de sais minerais, fotossíntese e exportação de com postos
orgânicos; cloroplastos e vacúolos.
d) absorção de oxigênio, respiração celular e eliminação de dió xido de
carbono; mitocôndrias e vacúolos.
e) fagocitose de macromoléculas, digestão celular e exportação de
proteínas; mitocôndrias e lisossomos.
RESOLUÇÃO:
Resposta: B
2. (FAVS-2018) – A pesquisa de sangue oculto é um exame laboratorial
para a detecção de sangue nas fezes, no qual utiliza-se água oxigenada
e outros reagentes misturados às amostras de fezes do paciente para
se obter o resultado. O princípio da técnica baseia-se na decomposição
da água oxigenada pela atividade da hematina, um produto do
desdobramento da hemoglobina. Essa decomposição indica exame com
resultado positivo, ou seja, há sangue nas fezes. Nas células vivas, há
formação de água oxigenada, que é tóxica às células, mas assim que é
produzida é degradada por substâncias com ação análoga à da hematina.
Na célula, a substância com ação análoga à da hematina e a organela
que a contém, são, respectivamente,
a) ATP e mitocôndria.
b) clorofila e cloroplasto.
c) catalase e peroxissomo.
d) hemoglobina e complexo golgiense.
e) amido e vacúolo central.
RESOLUÇÃO: 
Resposta: C
3. (Med.PR) – Proposta em meados do século XIX pelo botânico
alemão Mathias Jakob Schleiden (1804-1881) e pelo zoólogo, também
alemão, Theodor Schwann (1810-1882), a Teoria Celular estabeleceu
que a célula é a unidade fundamental da vida. Com o avanço tecnológico
e científico, essa teoria vem sendo atualizada.
Considere as informações acima e os conhecimentos relacionados ao
tema e assinale a alternativa correta.
a) Os lisossomos são vesículas que contêm enzimas capazes de digerir
substâncias provenientes do meio externo através da fagocitose ou
da pinocitose, degradar organelas envelhecidas através da autólise
ou destruir a própria célula através da autofagia.
b) As mitocôndrias são organelas celulares presentes exclusivamente
no interior das células animais. Nelas ocorrem duas etapas da
respiração celular: ciclo de Krebs e cadeia respiratória (fosforilação
oxidativa).
c) O centríolo, estrutura constituída por nove trincas de microtúbulos,
possui grande importância no processo de divisão celular, visto que
participa da organização do fuso mitótico.
d) A membrana plasmática, também denominada plasmalema, consiste
em um envoltório composto basicamente por fosfolipídios e
proteínas, na forma de mosaico fluido. Está ausente em células
procarióticas.
RESOLUÇÃO: 
Resposta: C
4. Assinale a alternativa que apresenta correspondência incorreta entre
seus elementos.
RESOLUÇÃO: 
Resposta: D
5. Sobre as estruturas e organelas citoplasmáticas de uma célula
eucariótica animal, é correto afirmar que 
I. o citoesqueleto, formado por microtúbulos, microfilamentos e
filamentos intermediários, dá suporte e forma para as células, além
de colaborar em vários movimentos. 
II. os centríolos colaboram na formação dos cílios e flagelos e na
organização do fuso acromático. 
III. cílios e flagelos são constituidos por 20 microtúbulos (9 feixes de 2
e 1 par central) revestidos pela membrana plasmática.
Estão corretas:
a) apenas I e II.
b) apenas I e III.
c) apenas II e III.
d) apenas III.
e) I, II e III.
RESOLUÇÃO:
Resposta: E
Organoide Função Ocorrência
a)
Complexo 
golgiense
Armazenamento e
secreção de substâncias
Células animais e
vegetais
b) Ribossomos Síntese de proteínas
Procariontes e
eucariontes
c) Mitocôndrias Respiração celular
Células animais e
vegetais
d) Lisossomos Transporte de substâncias
Células animais e
vegetais
e) Centríolos
Orientação do fuso na
divisão celular
Células animais
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1. O Núcleo Interfásico
Interfase é o intervalo de tempo
que separa duas divisões sucessivas
de uma célula. Durante esse período,
o núcleo se chama interfásico. Na
interfase a atividade do nú cleo é alta,
pois, além da dupli ca ção do DNA,
ocorre nele uma série de pro cessos
que controlam a vida celular.
No núcleo interfásico, distingui -
mos os seguintes com ponentes:
mem brana nuclear, nucleoplasma, nu -
cléo los e cromatina (Fig. 1).
Fig. 1 – Núcleo interfásico.
2. Membrana Nuclear
Também chamada de cariote ca ou
cariolema, a membrana nuclear é uma
diferenciação local do retículo en do -
plasmático, caracterizada pela presen -
ça de numerosos poros. Ob ser vada ao
microscópio eletrôni co, apre senta-se
constituída por duas lâminas: a in -
terna, envolvendo o nu cleo plasma, e
a externa, em con tato com o hialo -
plasma e contendo ribos somos. Entre
as duas membra nas, situa-se uma
cavidade, o espa ço pe rinuclear. Qui -
mica men te, a carioteca possui a mes -
ma com po sição do plas malema e do
retículo endoplasmá tico: contém fos -
folipí deos e proteínas (membrana li -
popro teica).
Através dos poros, são realiza das
trocas entre o núcleo e o cito plasma.
A quantidade de poros varia com o
estágio funcional da célula.
3. Nucleoplasma
O nucleoplasma é um gel pro teico
cujas propriedades são compa ráveis
às do hialoplasma. Também é chama -
do de suco nuclear, cariolinfa e cario -
plasma e pode acumular produtos
resultantes da atividade nu clear, como
RNA e proteínas.
4. Nucléolo
Nucléolos são estruturas esfé ri -
cas e densas, com 1 a 3 µm de diâ -
metro, que aparecem imersas no
nu cleoplasma. Apesar de existirem
nú cleos com dois ou mais nucléolos,
ge ralmente encontramos apenas um
em cada núcleo. Ao microscópio ele -
trônico, ve rifica-se que ele não apre -
senta membrana e é formado por uma
porção fibrilar e enovelada, o nucleo -
plasma. Qui micamente, é composto
por RNA ribossômico, proteí nas e fos -
fo lipí deos, existindo pequena quanti -
dade de DNA. Com a cariote ca, o
nucléolo desaparece no início da divi -
são celular. No fim da mitose (teló -
fase), o nucléolo reapare ce origi nado
de um cromossomo especiali zado, o
cha ma do cromosso mo organizador de
nucléolos.
O nucléolo é o elemento respon -
sável pela síntese do ácido ribo -
nucleico dos ribossomos (RNAr).
O nucléolo origina osribossomos.
5. Cromatina
Cromossomos são estruturas ce -
lulares portadoras dos genes. No nú -
cleo interfásico, os cromossomos
es tão representados por um amon toa -
do de grânulos e filamentos difi cilmen -
te observáveis ao microscó pio óptico.
A todo esse conjunto de ma te rial cro -
mossômico interfásico dá-se o nome
de cromatina.
Sabe-se que a cromatina é for -
mada por longos filamentos, consti -
tuídos por DNA e proteínas, que se
apresentam em vários graus de con -
densação ou espiralização.
A cromatina é classificada em
eucromatina e heterocromatina, sen -
do o critério usado a conden sação.
A eucromatina aparece na inter -
fase descondensada e genetica men -
te ativa; já a heterocromatina se en-
contra condensada e inativa (Fig. 2).
Fig. 2 – Os tipos de cromatina.
6. A RNP
O tamanho do núcleo também é
variável, mas fixo para cada tipo ce -
lular e vinculado ao volume da célula.
Tal vinculação se expressa pela Rela -
ção de Hertwig ou Relação Nucleo -
plasmática (RNP):
volume nuclear
RNP = ——––——————————
volume celular - volume nuclear
A RNP é elevada na célula em brio -
nária, graças ao maior volume do
núcleo, mas diminui durante o cres -
cimento celular, enquanto o volume
citoplasmático aumenta e o volume
nuclear fica inalterado. Quando a RNP
atinge certo valor mínimo, a célula se
divide.
7. Função
O núcleo, por meio do DNA, con -
trola todas as ativi dades celu lares,
sendo responsável pelo crescimento,
diferenciação e divisão da célula.
8. Cromatina e Cromossomos
No início da divisão celular, os
cromossomos or ganizam-se a partir
da cromatina do núcleo interfásico.
A cromatina e os cromossomos
representam dois estados diferentes
de um mesmo material. A cromatina
é constituída por filamentos delgados
MÓDULO 7 O Núcleo e os Cromossomos
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e longos que se es piralizam no mo -
mento da divisão, formando espiras
cerradas, que constituem os cromos -
somos (Fig. 3).
Fig. 3 – A condensação cromossômica.
9. Forma
A observação de um cromos so mo
condensado mos tra-nos que este, em
geral, apresenta uma região es tran -
gulada que o divide em duas partes
chamadas bra ços. Esse estrangula -
mento serve para fixação do cro -
mossomo nas fibras do fuso durante
a mitose e rece be o nome de
constrição primária, centrômero ou
cinetocoro (Fig. 4).
Fig. 4 – Organização de um cromossomo.
Além da constrição primária, cer -
tos cromossomos apresentam est rei -
ta men tos que aparecem sempre no
mesmo lugar; são as chamadas cons -
trições secundá rias, muito utilizadas
no reconhecimento e caracteriza ção
dos cromossomos no cariótipo.
Na extremidade de um dos bra -
ços, em certos cro mossomos há uma
pequena esfera presa por fina trabé -
cula; trata-se do satélite, im por tante
na carac terização do cro mossomo.
10. Número
O número de cromossomos é
cons tante para indiví duos de uma
mes ma espécie. Assim, o homem pos -
 sui 46 cromossomos; o gado, 60; a er -
vi lha, 14; o feijão, 22; o tabaco, 48 etc.
Esse número de cromossomos,
encontrado nas cé lulas do corpo ou
células somáticas, é representado por
2n e chamado diploide. Isso se dá
porque cada cromossomo se apre -
senta em duplicata, designando-se o
par de cro mossomos idênticos como
cro mossomos homólogos.
As células sexuais ou gametas,
que contêm a me tade do número de
cromossomos das células somá ticas,
são designadas haploides (n) (Fig. 5).
Fig. 5 – Células diploides e haploides.
11. Organização Molecular dos
Cromossomos
Quimicamente o cromossomo é
constituído pelo DNA associado a pro -
teínas básicas denominadas histo nas.
Observada ao microscópio ele trônico,
a cromatina aparece cons ti tuída por
fibras de, aproximada mente, 30 nm de
diâmetro, com uma estru tura que lem -
bra um “colar de contas”. As con tas
representam os chamados nu cleos -
somos, sendo o fio que as une re pre -
sentado pelo DNA. Cada nu cleos somo
é um octâ mero, por ser for mado por 8
moléculas de histonas, nas quais se
enrola, helicoidalmente, o DNA. Uma
histo na, situada por fora de cada nu -
cleos somo, controla a conden sa ção da
cromatina (Fig. 6).
Fig. 6 – A organização molecular da cro matina.
12. Ciclo Cromossômico
Na interfase, o cromossomo apa -
rece desconden sado e sofre o pro -
cesso de duplicação. A conden sa ção
começa na prófase e atinge o grau
máximo na metáfase. A divisão do
centrômero ocorre na anáfase e a
descon densação na telófase (Fig. 7).
Fig. 7 – O ciclo cromossômico.
13. Cromátides
A duplicação cromossômica, fei ta
longitudinalmente, ocorre na in ter fase.
Após a duplicação, cada cro mos -
somo está constituído por duas me ta -
des, denominadas cromátides, uni- 
das pela região do centrômero. Por -
tanto, cromátides são as partes de um
cro mossomo duplicadas en quan to
ainda se acham ligadas pelo cen -
trômero (Fig. 8).
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Fig. 8 – Cromossomo duplicado.
14. Tipos
Conforme a posição do centrô -
mero, distinguem-se quatro tipos de
cromossomos (Fig. 9).
Fig. 9 – Tipos de cromossomos.
Telocêntrico
Cromossomo com centrômero
terminal.
Acrocêntrico
O centrômero é sub terminal, ou
seja, situa-se quase na extre midade
do cromossomo, divi dindo-o em dois
braços, um grande e outro muito
pequeno.
Metacêntrico
O centrômero é mediano e divide
o cromos somo em dois braços de
igual tamanho.
Submetacêntrico
O centrômero é submediano e
divide o cromossomo em dois braços
de tamanhos diferentes.
15. O Cariótipo
Geralmente, o número, tamanho
e forma de cromossomos de uma
deter minada espécie são cons tantes.
Ao conjunto de características de
cons tantes cromossômicas (forma,
nú me ro, tamanho etc.) de um indiví -
duo denomina-se cariótipo.
Na figura abaixo, observamos o
cariótipo humano (Fig. 10).
Fig. 10 – O cariótipo humano.
1. A figura é uma fotomicrografia de uma célula cujos componentes do
núcleo celular estão indicados. 
Analise as frases:
I. representa o envoltório nuclear (carioteca) membrana dupla,
lipoproteica e porosa.
II. é a cromatina que representa o conjunto de cromossomos,
grandemente descondensado, que aparece no núcleo interfásico.
III. é o núcleolo, organela desprovida de membrana constituída por RNA
ribossômico, proteínas e DNA ribossômico. 
Estão corretas:
a) apenas I
b) apenas I e II
c) apenas I e III
d) apenas II e III
e) I, II e III
RESOLUÇÃO:
Resposta: E
IIIIII NúcleoNúcleo
1 m�
II
IIII
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2. Três alunos de Biologia para explicar o conceito de cromossomo de
uma célula eucariótica animal fizeram as seguintes afirmações:
Aluno 1: cromossomo é o conjunto de moléculas de DNA com todas as
informações genéticas da espécie.
Aluno 2: cromossomo é uma única molécula de DNA linear, de fita dupla
com informações para síntese de algumas proteínas.
Aluno 3: cromossomo é um segmento da molécula de DNA linear, de
fita simples com informação para síntese de algumas cadeias
polipeptídicas.
O(s) aluno(s) que acertou(acertaram) a(s) definição(ções) foi(foram):
a) apenas o aluno 1.
b) apenas o aluno 2.
c) apenas o aluno 3.
d) apenas os alunos 1 e 3.
e) apenas os alunos 2 e 3.
RESOLUÇÃO:
Resposta: B
3. Na célula eucariótica o termo cromossomo designa:
a) segmento de uma molécula de DNA que codifica a síntese de uma
proteína.
b) filamento condensado de cromatina, visível na célula em divisão.
c) partículas responsáveis pela hereditariedade, formadas por
moléculas de DNA e RNA.
d) estrutura filamentosa presente no citoplasma de todas as células.
e) porção anterior da cabeça de um espermatozoide também conhecida
por acrossoma.
RESOLUÇÃO:
Resposta: B
4. (UNVG-2015) – A fotomicrografia mostra um cromossomo metafásico. 
(Http://hypescience.com)
É correto afirmar que esse cromossomo apresenta
a) um centrômero na região terminal e duas cromátides formadas por
moléculas de fita dupla de DNA.b) dois centrômeros na região mediana e quatro cromátides formadas
por moléculas de fita simples de DNA.
c) dois centrômeros na região terminal e quatro cromátides formadas
por moléculas de fita dupla de DNA.
d) um centrômero na região mediana e duas cromátides formadas por
moléculas de fita dupla de DNA.
e) dois centrômeros na região mediana e duas cromátides formadas
por moléculas de fita simples de DNA.
RESOLUÇÃO:
Resposta: D
5. O esquema a seguir representa uma célula, seus cromossomos e
alguns genes indicados de A a F
Esta célula é:
a) Haploide com N = 6 cromossomos
b) Haploide com N = 3 cromossomos
c) Diploide com 2N = 6 cromossomos
d) Diploide com 2N = 12 cromossomos
e) Triploide com 3N = 6 cromossomos
RESOLUÇÃO:
Resposta: A
6. O desenho abaixo representa um cromossomo condensado:
Assinale a al ternativa que, corretamente, indica as estruturas assinala -
das de 1 a 5.
RESOLUÇÃO:
Resposta: A
7. (UFAM) – Os cromossomos podem ser classificados de acordo com
a posição do centrômero. Observando a figura abaixo, classifique-os
respectivamente:
a) 1 acrocêntrico; 2 submetacêntrico; 3 metacêntrico; 4 telocêntrico.
b) 1 metacêntrico; 2 submetacêntrico; 3 acrocêntrico; 4 telocêntrico.
c) 1 submetacêntrico; 2 metacêntrico; 3 acrocêntrico; 4 telocêntrico.
d) 1 telocêntrico; 2 submetacêntrico; 3 acrocêntrico; 4 metacêntrico.
RESOLUÇÃO:
Resposta: B
1 2 3 4 5
a) Satélite Centrômero Telômero Constriçãosecundária Braço
b) Centrômero Centrômero Telômero Constriçãosecundária Braço
c) Satélite Telômero Centrômero Constriçãosecundária Braço
d) Satélite Telômero Centrômero Constriçãoprimária Cromátide
e) Centríolo Cromátide Braço Centrossomo Cromômero
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MÓDULO 8 O Ciclo Celular e a Mitose
1. O Ciclo Mitótico
Interfase é o período que separa
duas mitoses. Tal período caracteriza-
se por intensa atividade metabólica,
resultante da descondensação cro -
mos sômica.
A interfase é dividida em três pe-
ríodos (G1, S e G2). O período du rante
o qual ocorre a duplicação do DNA é
chamado de S; G1 (do inglês gap = in -
tervalo) é o período que antecede a
síntese de DNA; G2 é o período que
sucede a síntese de DNA e antecede
a mitose. 
Em G1, ocorre intensa síntese de
RNA e proteínas, provocando o cres -
cimento da célula. No período S, acon -
tece a síntese de DNA, determi nando
a duplicação dos cromosso mos. No
período G2, há pouca sínte se de RNA
e de proteínas (Fig. 1).
Fig. 1 – O ciclo celular.
O gráfico abaixo mostra a variação
da quantidade de DNA no ciclo celular.
Gráfico da variação da 
quantidade de DNA no ciclo mitótico.
2. Os Agentes 
Antimitóticos
Também chamados de inibido res
da mitose, os agentes antimitóticos com -
preendem radiações ou subs tân cias quí -
micas capazes de bloquear as mito ses.
Esses inibidores atuam prin cipal mente
sobre o DNA, o fuso e a citocinese.
Inibidores da Síntese do DNA
Sabemos que a mitose só acon -
tece após a síntese do DNA, que
ocorre na interfase. Por essa razão, os
agen tes que impedem a síntese do
DNA atua m como antimitóticos. Entre
os bloqueadores da síntese do DNA,
citaremos os raios X e a aminopte rina.
 Inibidores do Fuso Mitótico
Quando uma célula é tratada pela
colchicina, os fenômenos mitó ticos
desenrolam-se normalmente até a
metá fase, mas o fuso de divisão não
se forma. A célula pode voltar a um
estado interfásico, ficando tetra ploide.
O mesmo acontece quan do as
célu las absorvem a vincalen co blas tina
(Fig. 2).
Fig. 2 – A tetraploidia.
Inibidores da citocinese
A cisteamina e a citocalasina
inibem a divisão do citoplasma e pro -
vocam a formação de células binu -
cleadas.
3. Diferenças entre a Mitose
Animal e a Vegetal
Os fenômenos morfológicos da
mitose, anteriormente descritos, são
observados nas células animais, e o
mesmo processo, com duas diferen -
ças fundamentais, acontece nas cé -
lulas vegetais.
Mitose astral e anastral
Na célula animal, os centríolos
aparecem envolvidos pelas fibras do
áster, falando-se em mitose astral. Os
vegetais superiores não possuem
centríolo e, consequentemente, não
formam ásteres; tal mitose é conhe -
cida por anastral (Fig. 3).
Citocinese
Na célula animal, a citocinese
ocorre por estrangulamento da mem-
brana plasmática, sendo chamada de
centrípeta. Já nos vegetais não ocorre
o processo de estrangulamento cito -
plas mático. Na região equatorial, apa -
re cem, no meio do fuso, ve sículas
limi ta das por uma membrana.
Fig. 3a – Mitose cêntrica e astral.
Fig. 3b – Mitose acêntrica e anastral.
Inicialmente, as vesículas apa re -
cem na região central e depois au -
mentam para a periferia; por isso,
falamos em divisão centrífuga.
O conjunto de tais vesículas cons -
 titui o fragmoplasto. As vesí culas
fundem-se, formando uma lâ mina que
separa as duas célu las-filhas. No in -
terior da cavidade forma da pela con -
fluência de tais vesículas, acu mula-se
celulose, originando no va membrana
esquelética (Fig. 4).
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Fig. 4 – A citocinese centrífuga.
4. A Divisão Celular
Existem dois processos de divi são
celular: a mitose e a meiose, cada um
deles com objetivos espe cíficos.
Mitose é o processo de divisão
celular que permite a distribuição dos
cromossomos e dos constituintes
cito plasmáticos da célula-mãe igual -
men te entre as duas células-fi lhas. Tal
processo é responsável pela multipli -
cação dos indivíduos unicelu lares, pelo
crescimento dos plurice lulares e pelo
aumento do número de células (Fig. 5)
Ocorre em células haploides e di -
ploides. Na meiose, ocorre a cha ma da
redução cromática, ou seja, o ma terial
genético é reduzido à me tade. Na
meiose, uma célula diploide origina
qua tro células haploides. A meiose ocor -
 re na formação de ga me tas em animais
e de esporos em ve getais (Fig. 6).
Fig. 6 – Meiose.
5. A Mitose
A mitose é um processo contínuo
que, para efeito didático, é dividido em
quatro fases: prófase, metáfase,
anáfase e telófase.
Prófase
A prófase começa com o aumen-
to do volume nuclear e com a con-
densação da cromatina, formando os
cromossomos.
Verifica-se que cada cromosso mo
é constituído de duas cromátides
unidas pelo centrômero, o que sig ni -
fica que a duplicação dos cromos -
somos ocorreu antes da prófase, ou
seja, na interfase (Fig. 7).
Fig. 7 – Início da prófase.
No citoplasma, o início da pró fase
é marcado pela duplicação dos cen -
tríolos, que se envolvem radial mente
pelas fibras do áster. Cada um dos
cen tríolos resultantes vai migran do pa -
ra os polos opostos da célula (Fig. 8).
Fig. 8 – Meio da prófase.
Durante a migração dos cen trí -
olos, o hialoplasma vai formando entre
eles um conjunto de fibras, cons -
tituindo o chamado fuso mitó tico. A
carioteca fragmenta-se e o fuso passa
a ocupar a zona axial da célula (Fig. 9).
Fig. 9 – Fim da prófase.
Metáfase
Os cromossomos atingem seu
grau máximo de condensação e co -
locam-se no equador do fuso. Atra vés
do centrômero, os cromossomos es -
tão ligados às fibras do fuso. Há dois
ti pos de fibras no fuso: as contí nuas,
que vão de centríolo a centríolo, e as
cromossômicas, que vão de centríolo
a centrômero.
É a melhor fase para estudo do
cariótipo.
Cariótipo é o conjunto de dados
re lativos ao núme ro, à forma e ao ta -
manho dos cromossomos de uma de -
 ter minada espécie (Fig. 10).
Fig. 10 – A metáfase.
Anáfase
A anáfase começa pela duplica-
ção dos centrômeros, libertando as
cromátides, que agora passam a ser
denominadas cromossomos-filhos.
Em seguida, as fibras cromossômicas
encolhem-se, puxando os cro mos -
somos para os polos do fuso. (Fig. 11).
Fig. 11 – A anáfase.
Fig. 5 – Mitose.
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Telófase
Agora os cromossomos chegam
aos polos e sofrem o processo de
descondensação. A membrana nu -
clear reconstitui-se a partir do retículo

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