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1 Profª Viviana Raquel Zurro Eletrônica Analógica Aula 4 Conversa Inicial Amplificadores Operacionais (Amp Op) são circuitos integrados Erros dos circuitos transistorizados discretos Erro dos componentes (resistores, capacitores e os próprios transistores) Conexões entre eles O amplificador operacional leva esse nome devido a ser capaz de realizar operações matemáticas com o sinal de entrada O Amplificador Operacional (Amp Op) Ganho de laço aberto 𝑨 (malha aberta) muito alto 𝑨 é dado do fabricante Fonte: Sedra; Smith, 2000 𝒗𝒐 𝑨 𝒗𝟐 𝒗𝟏 Onde 𝐴: ganho de laço aberto 𝑣 𝑣 : tensão da entrada não inversora 𝑣 𝑣 : tensão da entrada inversora 𝑣 : tensão de saída Fonte: Sedra; Smith, 2000 2 A maioria apresenta saída em modo comum (tensão de saída única) Alguns circuitos apresentam saída diferencial (primeira etapa do amplificador de instrumentação) Como o ganho de laço aberto é muito alto Circuitos projetados com realimentação negativa Ganho de laço fechado muito menor determinado pelo projetista Praticamente dependente dos elementos externos Grande estabilidade e banda passante larga O uso de amplificadores operacionais facilita o projeto, tornando os circuitos mais simples, estáveis e fáceis de calcular Para tensões de entrada superiores a 100 [mV], o dispositivo pode ser considerado ideal Projeto de circuitos eletrônicos Cada Amp Op possui características diferentes, tanto de entrada quanto de saída Cada sensor ou etapa eletrônica anterior ao circuito tem características próprias de saída, tais como impedância e tensão (equivalente Thévenin) Caso não seja possível encontrar um dispositivo que cumpra exatamente as exigências, o circuito deverá ser adaptado para uma melhor resposta do sistema Para sinais de entrada menores do que 100 [mV] o circuito do Amp Op deverá ser modificado para correção dos parâmetros reais do dispositivo Ganho de laço aberto Característico do dispositivo, dado do fabricante Esse ganho corresponde à relação saída-entrada em laço aberto, quando não há realimentação negativa Amplificador ideal: infinito Amplificador real: varia entre 100.000 e 1.000.000 para dispositivos comuns Comportamento com sinais contínuos Realimentação negativa: ganho de laço fechado (ou malha fechada) Muitíssimo menor que o ganho de laço aberto Sistema estável Banda passante (largura de faixa) maior Os amplificadores operacionais têm limites, e o projetista deve levar em conta todas a limitações para fazer o projeto 3 Ganho do amplificador em contínua ou baixas frequências não se aplica a sinais variáveis fora da faixa de frequência de operação do dispositivo devido às limitações do Amp Op real Os amplificadores baratos e de uso comum têm uma banda passante (BP) de até alguns MHz Mas, nos amplificadores especiais de alta velocidade, a BP pode atingir centenas de MHz Comportamento com sinais variáveis Amplificadores operacionais reais Diferenças entre os transistores de entrada e variações dos componentes internos Os Amp Op mais exatos, avançados e caros chegam mais perto das condições ideais Todos eles podem ser considerados ideais, sempre e quando o sinal de entrada for suficientemente grande Limitações Ganho Finito, entre 100.000 e 1.000.000 de vezes Impedância de entrada Finita, entre M e T Impedância de saída Maior do que zero Correntes nas entradas Entre pA e nA, chamadas de correntes de polarização de entrada Características do amplificador real Tensão de offset de entrada Banda passante (ou largura de banda – faixa) Finita Capacitância de entrada Saturação Slew rate Velocidade de resposta da saída às variações de entrada Potência Temperatura Estágio diferencial de entrada Alta impedância e isolação Estágio de processamento Estágio de saída Fornece potência Diagrama de blocos de um Amp Op Fonte: Elaborado pela autora Espelhos de corrente Diferencial de entrada Estágio classe A Adaptador de nível Estágio de potência Estrutura interna de um Amp Op LM741 Fonte: Braun, 2007 4 Correção de offset (em conjunto com 5) Entrada inversora 𝑣 Entrada não inversora 𝑣 Fonte de alimentação negativa 𝑉 Correção de offset (em conjunto com 1) Saída 𝑣 Fonte de alimentação positiva 𝑉 Sem conexão (no connection) Circuito integrado (chip) LM741 Fonte: Farichild Semiconductor, 2001 O Amplificador Operacional Ideal Entrada inversora 𝑣 Entrada não inversora 𝑣 Fonte de alimentação negativa 𝑉 𝑉 , ou terra nos amplificadores de fonte única Fonte de alimentação positiva 𝑉 𝑉 Saída 𝑣 Modelo do amplificador operacional real Fonte: Boylestad; Nashelsky, 2013 Amp Op com tecnologia FET 𝑉 𝑉 conectada ao dreno 𝑉 𝑉 conectada à fonte Amp Op com tecnologia BJT 𝑉 𝑉 conectada ao coletor 𝑉 𝑉 conectada ao emissor Para simplificação de desenho do circuito, estes terminais são retirados na maioria das vezes 𝑹𝒊𝒏 ⟶ ∞ 𝑹𝒐𝒖𝒕 ⟶ 𝟎 𝑮 ⟶ ∞ 𝑩𝑷 ⟶ ∞ 𝒗 𝒗 𝒗𝒊𝒏 𝒗 𝒗 𝟎 Tensão de saída para entradas iguais 𝒗𝒐𝒖𝒕 𝟎 𝑰 𝑰 𝟎 Independentemente da temperatura Características do Amp Op ideal Fonte: Boylestad; Nashelsky, 2013 𝒗 𝒗 𝒗𝒊𝒏 𝒗 𝒗 𝟎 𝑰 𝑰 𝟎 Massa virtual de entrada Fonte: Boylestad; Nashelsky, 2013 Adaptado pela autora Massa virtual 5 Massa virtual de entrada Fonte: Braun, 2007 Adaptado pela autora Estágio de saída Fonte: Braun, 2007 Adaptado pela autora Carga aterrada Capaz de entregar corrente para a carga: sinal de saída positivo Capaz de puxar corrente da carga: sinal de saída negativo Circuitos Básicos 𝒗𝒊 sinal de entrada (𝒊 de input) 𝒗𝒐 sinal de saída (𝒐 de output) Multiplicador por uma constante (inversor ou não inversor): 𝒗𝒐 𝑨𝒗 𝒗𝒊 Inversor: 𝒗𝒐 ≡ 𝒗𝒊 Não inversor: 𝒗𝒐 ≡ 𝒗𝒊 Somador: 𝒗𝒐 ≡ 𝒗𝒊𝟏 𝒗𝒊𝟐 ⋯ 𝒗𝒊𝒏 Diferencial: 𝒗𝒐 ≡ 𝒗𝒊𝟐 𝒗𝒊𝟏 Operações matemáticas Seguidor: 𝒗𝒐 𝒗𝒊 Conversor corrente-tensão: 𝒗𝒐 ≡ 𝒊𝒊 Conversor tensão-corrente: 𝒊𝒐 ≡ 𝒗𝒊 Diferenciador: 𝒗𝒐 ≡ 𝒅𝒗𝒊 𝐝𝒕 Integrador: 𝒗𝒐 ≡ 𝒗𝒊𝒅𝒕 Outras aplicações não lineares Em todas as aplicações a seguir será aplicado o conceito de massa virtual (amplificador ideal): 𝒗 𝒗 𝑰 𝑰 𝟎 Sinais de entrada maiores do que 𝟏𝟎𝟎 𝒎𝑽 Dedução da fórmula do ganho de tensão em laço fechado Fórmulas se aplicam somente ao Amp Op ideal Facilmente deduzidas a partir de equações de nós (principalmente) e de malhas Aplicações 6 Se o sinal a ser amplificado entra na entrada inversora, o sinal de saída sairá invertido (defasagem de 180° em relação à entrada) Se o sinal entra na entrada não inversora, o sinal sairá em fase com a entrada 𝑖 𝐴 Amplificador inversor Fonte: Elaborado pela autora 𝑖 𝑣 𝑣 Sinais de entrada e saída Fonte: Elaborado pela autora Amplificador não inversor Fonte: Elaborado pela autora 𝑣 𝑣 𝑣 Divisor de tensão 𝑣 𝑣 𝑣 𝑅 𝑅 𝑣 𝑅 𝐴 𝟏 𝒊 𝑣 𝑣 Por corrente 𝑖 ⟹ 𝑣 𝑣 𝑅 𝐴 𝟏 Por corrente 𝑖 ⟹ 𝑣 𝑣 𝑅 𝐴 𝟏 Amplificador não inversor Fonte: Elaborado pela autora Sinais de entrada e saída Fonte: Elaborado pela autora 7 𝒊 𝒊𝟏 𝒊𝟐 𝒊𝟑 ⋯ 𝒊𝒏 𝒗 𝒗𝒐 𝑹𝒙 𝒗𝟏 𝒗 𝑹𝟏 𝒗𝟐 𝒗 𝑹𝟐 𝒗𝟑 𝒗 𝑹𝟑 𝒗𝒐 𝑹𝒙 𝑹𝟏 𝒗𝟏 𝑹𝒙 𝑹𝟐 𝒗𝟐 𝑹𝒙 𝑹𝟑 𝒗𝟑 𝑹𝟏 𝑹𝟐 𝑹𝟑 𝒗𝒐 𝑹𝒙 𝑹𝟏 ∑ 𝒗𝒊 𝒏 𝒊 𝟏 𝑨𝑽 𝑹𝒙 𝑹𝟏 Amplificador somador Fonte: Elaborado pela autora 𝑖 𝑖 𝑖 𝑖 𝑣 𝑣 Sinais de entrada e saída Fonte: Elaborado pela autora 𝑣 𝑣 𝑣 𝑣 Amplificador seguidor – separador ou buffer Fonte: Elaborado pela autora Sinais de entrada e saída Fonte: Elaborado pela autora 𝒊 𝐶 𝒅 𝒅 𝑣 𝑅𝐶 𝒅 𝒅 Amplificador diferenciador ou derivador pp Fonte: Elaborado pela autora 𝑖 𝑣 𝑣 Sinais de entrada e saída Fonte: Elaborado pela autora 8 𝑖 𝑣 𝑖𝑑𝑡 𝑣 𝑣 𝑑𝑡 Amplificador integrador Fonte: Elaborado pela autora 𝑖 𝑣 𝑣 Sinais de entrada e saída Fonte: Elaborado pela autora Amplificador Diferencial e de Instrumentação Sensores específicos Sinal vetorial Vetor elétrico espacial Amplificadores de instrumentaçãoou diferenciais Altíssima impedância de entrada Baixíssima impedância de saída Sinal vetorial no espaço Fonte: Elaborado pela autora Amplificador diferencial Fonte: Elaborado pela autora 𝑣 𝑣 𝑣 𝑖 𝑣 𝑣 𝑣 𝑖 𝑖 𝑣 𝑣 𝑅 𝑅 𝑅 𝑅 𝑣 𝑣 𝑣 𝑣 𝑣 𝐴 𝟐 𝟏 𝑅 𝑅 𝑅 𝑅 𝑣 𝑣 𝑣 𝑅 𝑅 𝑣 𝑅 𝑅 𝑅 𝑣 𝐴 𝟐 𝟏 Amplificador diferencial Fonte: Elaborado pela autora 9 Sinais de entrada e saída Fonte: Elaborado pela autora Amplificador de instrumentação Fonte: Elaborado pela autora Primeira etapa com entrada e saída diferencial Segunda etapa com entrada diferencial e saída em modo comum 𝑖 𝑣 𝑣 𝑣 𝑣 𝑣 𝑣 𝑣 𝑣 Cálculo do ganho da primeira etapa Fonte: Elaborado pela autora 𝒗𝒊𝟏 𝒗𝟏 𝒗𝟏 e 𝒗𝒊𝟐 𝒗𝟐 𝒗𝟐 𝒗𝒐𝟐 𝒗𝒐𝟏 𝒊𝟏 𝑹𝟐 𝑹𝟏 𝑹𝟐 𝒊𝟏 𝑹𝟏 𝟐𝑹𝟐 𝒗𝒊𝟐 𝒗𝒊𝟏 𝒊𝟏. 𝑹𝟏 𝑨𝑽𝟏 𝒗𝒐𝟐 𝒗𝒐𝟏 𝒗𝒊𝟐 𝒗𝒊𝟏 𝟏 𝟐 𝑹𝟐 𝑹𝟏 𝑨𝑽𝑻 𝒗𝒐 𝒗𝒊𝟐 𝒗𝒊𝟏 𝑨𝑽𝟏. 𝑨𝑽𝟐 𝟏 𝟐 𝑹𝟐 𝑹𝟏 . 𝑹𝟒 𝑹𝟑 𝑖 𝑣 𝑣 𝑣 𝑣 𝑣 𝑣 𝑣 𝑣 Sinais de entrada e saída Fonte: Elaborado pela autora Conversores Tensão-Corrente e Corrente-Tensão Conversor tensão-corrente: a corrente de saída é proporcional à tensão de entrada CLPs (inglês PLC): aquisição de dados por corrente Controle de velocidade de motores Tipos Carga flutuante Carga aterrada Conversor corrente-tensão: a tensão de saída é proporcional à corrente de entrada Conversores 10 𝑣 𝑣 𝑣 𝑖 Conversor tensão-corrente com carga flutuante Fonte: Elaborado pela autora 𝑖 𝑣 𝑣 Sinais de entrada e saída Fonte: Elaborado pela autora 𝒊𝟏 𝒗𝒊 𝒗 𝑹𝟏 𝒗 𝒗𝒐 𝑹𝟐 𝒗𝒐 𝒗 𝑹𝟐 𝑹𝟏 𝟏 𝒗𝒊 𝑹𝟐 𝑹𝟏 𝒊𝟐 𝒊𝟑 𝒊𝑳 𝒗𝒐 𝒗 𝟏 𝑹𝟒 𝑹𝟑 𝒗 . 𝑹𝟒 𝑹𝑳 𝑹𝟐 𝑹𝟏 𝑹𝟒 𝑹𝟑 𝒊𝑳 𝒗𝒊 𝑹𝟑 Conversor tensão-corrente com carga aterrada Fonte: Elaborado pela autora 𝑖 𝑖 𝑖𝑖 𝑣 𝑣 Sinais de entrada e saída Fonte: Elaborado pela autora 𝑖 𝑣 𝑣 0 𝑣 𝑖 𝑅 Conversor corrente-tensão Fonte: Elaborado pela autora 𝑖 𝑖 𝑣 𝑣 Sinais de entrada e saída Fonte: Elaborado pela autora 11 Referências ALEXANDER, C. K.; SADIKU, M. N. O. Fundamentos de Circuitos Elétricos. Tradução de Gustavo Guimarães Parma. Porto Alegre: Bookman, 2006. BOYLESTAD, R. L.; NASHELSKY, L. Dispositivos Eletrônicos e Teoria de Circuitos. 11. ed. São Paulo: Pearson Education, 2013. BRAGA, N. C. Conversão tensão para corrente (ART127). Instituto Newton C Braga. Disponível em: https://tinyurl.com/y36fns4q. BRAUN, D. File: OpAmpTransistorLevel Colored Labeled.svg. Wikimedia Commons, 2007. Disponível em: https://tinyurl.com/y3kmb9cs. FARICHILD SEMICONDUCTOR. LM741 Single Operational Amplifier. Alldatasheet, 2001. Disponível em: https://tinyurl.com/c7xdg28. MILLMAN, J.; HALKIAS, C. C. Integrated Electronics: Analog and Digital Circuits and Systems. Tokyo: McGraw-Hill, 1972. NATIONAL INSTRUMENTS. MultisimLive. MultisimLive, 2019. Disponível em: www.multisim.com. SEDRA, A. S.; SMITH, K. C. Microeletrônica. 4. ed. São Paulo: Makron Books, 2000. WIKIPEDIA. Amplificador operacional. Wikipedia, 2019. Disponível em: https://tinyurl.com/nfhoptx.
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