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MARCELLA CRISTINA DA SILVA – RA 1484901 PERGUNTA Na sociedade, a família possui papel fundamental. A Constituição Federal, quando trata da família, prevê no "Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade." Neste sentido surgiram dois temas, que se relacionam a responsabilidade civil: ABANDONO AFETIVO e ABANDONO AFETIVO INVERSO. Desenvolva redação abordando esses dois temas, explicando o conceito, os dispositivos legais envolvidos, indique decisões que tratam desses temas e qual o entendimento destas (indique as informações sobre o processo) e por fim, dê sua opinião em ambos os casos; ABANDONO AFETIVO Ementa DIREITO PROCESSUAL CIVIL. DIREITO CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. ABANDONO AFETIVO. PAI EM RELAÇÃO À FILHA. AUSÊNCIA DE PROVA DE CONDUTA ILÍCITA DO GENITOR. NEXO CAUSAL ROMPIDO. DANO MORAL NÃO CONFIGURADO. SENTENÇA MANTIDA. 1. Para a configuração da responsabilidade civil por abandono afetivo é imprescindível a prova de conduta ilícita do genitor (omissiva ou comissiva), o trauma psicológico sofrido pelo filho (dano) e o nexo de causalidade entre ambos. 2. No caso concreto, não foi comprovado o abandono do genitor em relação à filha, bem como não há demonstração de liame jurídico entre o abalo psicológico por ela sofrido e a suposta omissão do dever de cuidado do pai, sendo incabível, pois, a indenização pretendida. 3. Apelação conhecida, mas não provida. Unânime. Acórdão CONHECER E NEGAR PROVIMENTO, UNÂNIME ABANDONO AFETIVO INVERSO Ementa ALIMENTOS – PENSÃO QUE DEVE SER FIXADA EM VALOR SUFICIENTE PARA GARANTIR A SUBSISTÊNCIA DA ALIMENTANDA E DE ACORDO COM AS CONDIÇÕES FINANCEIRAS DOS ALIMENTANTES – ALIMENTANDA IDOSA E NECESSITA DA PENSÃO ALIMENTÍCIA DOS FILHOS PARA A SUA PRÓPRIA SUBSISTÊNCIA – PENSÃO FIXADA COM RAZOABILIDADE E OBSERVÂNCIA AO BINÔMIO NECESSIDADE/POSSIBILIDADE PREVISTO NO ARTIGO 1.694, § 1º, DO CÓDIGO CIVIL - AÇÃO PARCIALMENTE PROCEDENTE – DECISÃO MODIFICADA - RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. REDACÃO: ABANDONO AFETIVO E ABANDONO AFETIVO INVERSO Nos casos citados o primeiro de abandono afetivo, na qual um pai comete o abandono afetivo com sua filha onde a qual entra com a ação indenizatória por danos morais, onde foi alegado um trauma psicológico sofrido pela mesma assim assegurada pela lei no Artigo 227 da Constituição Federal de 88. Com outro delito por parte do pai de forma que ouve uma omissão do dever de cuidado, onde infringi a lei Artigo 1634 do Código Civil. Dentro deste processo a apelação pedida foi conhecida porem não ouve o provimento pois não teve provas suficientes para a comprovação. Já no segundo caso de abandono afetivo inverso na qual a idosa interpõe uma ação de necessidade de pensão alimentícia, pois não esta dispondo de condições financeiras para suprir suas próprias necessidades, pois aufere apenas de proventos da aposentadoria onde não consegue sobreviver, comprar medicamentos, mais despesas ordinários. Assim proveu ação para que seus filhos que visivelmente comprovado, tem capacidade financeira para colaborarem com uma pensão para a idosa maior de 80 anos de idade, assim assegurada em lei no Artigo 12 do Estatuto do Idoso. Assim sendo fixada a pensão de meio salario mínimo por cada um dos filhos assim também assegurada pelo Artigo 1634, parágrafo 1° do Código Civil. Ambos os casos há um delito de abandono afetivo proposto em Lei no Artigo 227 da Constituição Federal de 88 e uma necessidade pelas partes apelantes, por serem de direito assegurado em Lei Federal nº 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente e Lei nº 10.741/03 - Estatuto do Idoso. Sendo assim, a problemática consiste na possibilidade de condenação do pai e também dos filhos por abandono afetivo, através de uma interpretação dos art. 227 da CF/88, com base nos princípios do direito de família. A filha por sua vez teve um trauma psicológico por ter sofrido um abandono por parte do seu genitor, assim tendo um suposto ato ilícito por parte do genitor de abandono afetivo. Assim como no segundo caso a idosa como mais de 80 anos, tem a necessidade que os filhos com um padrão financeiro alto, e que tem condições de pagarem a pensão alimentícia solicitada por necessidade dos custos de tratamentos da mãe. Por fim opino a ser sim necessária e cabível a indenização a filha que foi abandonada por seu genitor, e que assim não foi presente em seu crescimento e que acabou causando o trauma psicológico na menor. E para a idosa já em fase de muitas complicações de saúde e com necessidades de compras de medicamentos e alimentação, na qual a aposentadoria não consegue suprir todas as suas necessidades, sendo assim benéfico a pensão alimentícia por partes dos filhos que tem condições financeiras para contribuir. FONTES https://tj-df.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/786651147/7309232120188070016-segredo-de- justica-0730923-2120188070016?ref=feed https://tj-sp.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/794983255/apelacao-civel-ac- 10314273320168260100-sp-1031427-3320168260100/inteiro-teor-794983275?ref=serp https://tj-df.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/786651147/7309232120188070016-segredo-de-justica-0730923-2120188070016?ref=feed https://tj-df.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/786651147/7309232120188070016-segredo-de-justica-0730923-2120188070016?ref=feed https://tj-sp.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/794983255/apelacao-civel-ac-10314273320168260100-sp-1031427-3320168260100/inteiro-teor-794983275?ref=serp https://tj-sp.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/794983255/apelacao-civel-ac-10314273320168260100-sp-1031427-3320168260100/inteiro-teor-794983275?ref=serp
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